Suplemento Hoje Macau 21 NOVEMBRO 2022

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GRANDE PRÉMIO DE MACAU 69 º AO RITMO DE ANDY PARTE INTEGRANTE DO HOJE MACAU E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE SEGUNDA-FEIRA 21.11.2022 GCS www.hojemacau.com.mo • facebook/hojemacau • twitter/hojemacau

ENGEL BATE CONCORRÊNCIA E VENCE PELA TERCEIRA VEZ NO CIRCUITO DA GUIA

HAT-TRICK

Numa corrida reduzida e com a maior parte das voltas atrás do Safety Car, o piloto alemão da Mercedes bateu toda a concorrência e juntou mais um triunfo aos conquistados em 2014 e 2015

MARO ENGEL (Mercedes AMG GT3 Evo) foi o grande vencedor do Grande Prémio de Macau na cate goria GTs, naquela que era a prova mais antecipada e com os nomes internacionais mais conhecidos. No final, o piloto reconheceu que o início da prova foi mais compli cado do que esperava... devido ao colega de equipa.

“Foi decididamente mais difícil do que esperava devido ao início do Raffaele Marciello, mas sabia que tinha tudo para fazer um bom resultado” disse Maro Engel. “É fantástico ganhar depois de esperar sete anos e sinto-me muito feliz”, acrescentou.

Após conquistar a corrida de sábado, Engel arrancou do pri meiro lugar da grelha de partida. Porém, o seu colega de equipa

Altos & Baixos

ALTO: QUALIFICAÇÃO DE MORTARA Não venceu a corrida e cometeu um erro tremendo na corrida de sábado, quando se precipitou na partida. Foi penalizado. Porém, na sextafeira, durante a qualificação, fez várias voltas rápidas de grande nível no traçado da Guia, a mostrar claramente a difereça que faz trazer pilotos internacionais de topo.

BAIXO: MAU PLANEAMENTO

A Taça GT foi a corrida com mais qualidade, a nível de pilotos e carros, de todo o fim-de-semana. Com nomes internacionais de topo torna-se incompreensível que apenas tenham sido planeadas oito voltas para o dia de ontem. Com as tradicionais entradas do safety car, correram-se três. É muito pouco.

Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3 Evo) estava determi nado a vender cara a derrota. O suíço pressionou sempre bastante Engel e chegou à liderança na primeira curva, com os dois carros a tocarem-se mais tarde, na Curva do Mandarim.

“Depois de perder a lideran ça acho que pela minha cabeça só passaram alguns sons que se podem explicar como pi... pi.... pi... (palavrões)”, relatou Engel, em tom divertido, sobre o único momento em que a vitória esteve em causa. “Mas também tive um bom arranque... Acho que nos chegámos a tocar na segunda curva do circuito, mas é normal porque a pista tem muito sobressaltos”, justificou.

Engel acabaria por herdar o primeiro lugar, ainda antes do final

da primeira volta, quando Mar ciello seguiu em frente na curva da Melco. Também nessa altura, entrou o Safety Car em pista e só saiu a duas voltas do fim. Com tão pouco tempo corrido, Edoardo Mortara (Audi R8 LMS GT3 Evo III), mais não conseguiu do que ameaçar a ultrapassagem a Engel, na última passagem pela Curva do Hotel Lisboa.

ERRO CARO

Edoardo Mortara, também co nhecido como Senhor Macau, terminou em segundo lugar. O piloto da Audi pagou caro o erro de sábado, quando à partida da corrida de qualificação arrancou demasiado cedo, fez abortar a partida e como penalização teve de partir nessa prova do final da grelha.

“Acho que estávamos mais rápidos e que provámos isso ao longo do fim-de-semana, mas não fez diferença, porque o que interessa é o resultado... E nisto tenho de ter em conta que também contribui para o resultado com o meu erro”, admitiu.

Ao mesmo tempo, Mortara lamentou que só tivessem sido cor ridas três voltas. “Estou feliz com a experiência. É sempre bom vir a Macau, gosto dos fãs e de sentir a atmosfera nesta pista. Acho que o espectáculo para os fãs foi bom, mas gostava que tivesse sido mais longo, porque a corrida foi curta”, apontou.

No mesmo sentido, o piloto da Audi falou de um fim-de-semana “perigoso”. “Sinto que foi um fim -de-semana perigoso com decisões que perante as mesmas regras nem sempre foram as mesmas, por isso, também estou feliz que tenha aca bado”, desabafou. Além da redução da duração da prova de 12 para 8 voltas, Mortara não concretizou as outras queixas.

Ainda assim, mostrou-se feliz por regressar: “É sempre bom vir a Macau”, apontou.

MAIS QUEIXAS

No lugar mais baixo do pódio ter minou Alex Imperatori (Porsche GT3 R), que apesar de um bom ritmo nunca teve hipótese de lutar por algo mais. E no final, o piloto suíço, que corre com uma licença de Hong Kong, queixou-se da curta duração da corrida.

“É frustrante ter tão poucas vol tas de corrida, todos gostávamos de ter mais. É uma pena, porque queremos sempre dar mais espectá culo para os fãs e ter boas lutas na pista”, afirmou Imperatori, durante a conferência de imprensa. “Acho que recuperámos bem de uma qualificação pouco conseguida, mas com o Safety Car tanto tempo em pista, percebi que não ia fazer muito nesta prova, apesar de achar que tinha um bom ritmo”, frisou.

Classificação 1.º Maro Engel (Mercedes) 23:21.084 2.º Edoardo
(Audi) a 0.760 3.º Alexandre Imperatori (Porsche) a 2.041 Taça GT
Mortara
RÓMULO SANTOS
GCS

CONSAGRACÃO

Altos & Baixos

PISO ESCORREGADIO

A corrida foi imediatamente dada por terminada, e Souza declarado vencedor de uma prova com poucas voltas cumpridas. Apesar disso, no final, o piloto estava muito satis feito. História estava a ser feita.

“Depois do último safety car, houve logo um acidente porque os pneus não estavam a conseguir aquecer e a pista estava muito es corregadia”, contou Filipe de Souza. “Também senti o carro a escorregar muito na curva do Mandarim, e tive de corrigir duas vezes. Sabia que se travasse bruscamente era muito mais perigoso, porque tinha dois carros colados atrás”, lembrou sobre o mo

ALTO: VITÓRIA DE SOUZA

A vitória de Filipe de Souza (Audi) foi o ponto alto de um dia de competição muito acidentado. Depois de muitos anos a tentar, e de muitos azares, o macaense conseguiu cumprir um dos seus sonhos e foi o primeiro piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia. Teve a sorte que faltou em anos anteriores.

BAIXO: CORRIDA ACIDENTADA

APÓS VÁRIOS anos a tentar vencer em Macau, Filipe de Souza (Audi RS3 LMS TCR) conquistou a Corrida da Guia, uma prova que foi interrompida devido ao grave acidente com Lo Sze Ho (Hyundai i30 N TCR). No final, Souza estava radiante, com uma vitória que de morou 20 anos a ser alcançada e que foi a primeira na Corrida da Guia de um piloto de Macau, em 50 anos.

“Sinto que é um momento histórico porque é a primeira vez

que um piloto de Macau vence a Corrida da Guia!”, afirmou Souza, no final de uma prova com muitos acidentes e duas entradas de Safety Car. “Hoje foi um dia em que tive sorte”, acrescentou.

Depois de ter vencido a corrida de sábado, para a qual arrancou mal, Souza manteve-se sempre na frente no domingo. Todavia, foi sempre seguido de muito perto pelos pilotos de Hong Kong Lo Sze Ho e Andy Yan (Honda FK7 TCR).

A situação parecia controlada para Souza, até que um acidente entre adversários mais atrasados, levou à entrada do safety car, que voltou a juntar os participantes. No recomeço, Souza manteve -se calmo e conseguiu aguentar a primeira posição e abrir uma nova vantagem.

Mas surgiu um novo acidente e nova entrada de Safety Car. Desta vez, devido à complexidade dos trabalhos de limpeza da pista, o Safety Car só saiu para dar tempo de cumprir uma última volta. Num final de cortar a respiração, Lo Sze Ho e Andy Yan foram com tudo para cima do macaense. Contudo, Lo, vítima de um asfalto escor regadio na Curva do Mandarim

MAIS DE 76 MIL NAS BANCADAS

Ao longo dos quatro dias de prova, a organização do Grande Prémio de Macau registou a entrada de mais de 76 mil pessoas, de acordo com os dados de Pun Weng Kun. O balanço foi feito ontem em declarações prestadas aos jornalistas, após o fim do evento. Questionado sobre a próxima edição em que se celebra o 70.º aniversário e a possibilidade de as provas se prolongarem durante dois fins-de-semana, o também presidente do Instituto do Desporto afirmou que a organização vai ouvir as opiniões da sociedade.

BILLY LO PRESO NO HARBOURVIEW

Uma das ausências notadas da Corrida da Guia, no sábado, foi a do piloto Billy Lo (Audi RS3). O residente local estava hospedado no Hotel Harbourview, quando foi detectado um caso de covid-19 numa turista, que também estava hospedada na mesma unidade. Consequentemente o hotel foi isolado pela polícia, e quem se encontrava no local ficou proibido de sair, tendo de cumprir quarentena.

A Corrida da Guia é uma prova com um prestígio difícil de igualar e que muito contribuiu para promover o Grande Prémio e Macau. Não deixa por isso de ser uma desilusão que a prova tenha tido tantos acidentes, devido a uma escolha de participantes que em muitos casos tem uma qualidade muito distante daquela de outros pilotos que fizeram a História desta corrida.

mento decisivo. “Depois vi a pancada de Lo, e espero que esteja tudo bem com ele, e percebi que tinha vencido, porque com um acidente daqueles a corrida já não seria retomada”, acrescentou.

Andy Yan destacou a boa luta, mas lamentou o acidente final, que precipitou o fim da corrida. Tam bém este piloto de Hong Kong se queixou do asfalto escorregadio.

Quanto a Lo, ontem à noite sabia-se que tinha sido transferido para o hospital e que estava cons ciente. O piloto saiu pelo próprio pé do carro e não corria perigo de vida. JOÃO SANTOS FILIPE

RAZÕES DA SEPARAÇÃO DO TCR ÁSIA DA CORRIDA DA GUIA

MUITOS estranharam a razão pela qual os concor rentes do TCR Ásia não correrem na Corrida da Guia, empobrecendo aquela que é a corrida de carros de Turismo mais emblemática

do continente asiático. Isto, deveu-se ao acordo entre o WSC Group, a entidade que detém os direitos comerciais e desportivos da categoria TCR, ter chegado a acordo com o Instituto de Desporto

de Macau para a realização do TCR Asia Challenge na Corrida da Guia.

Recorde-se que a Corri da da Guia iria ser a última prova da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIAWTCR, até o promotor des ta competição ter cancelado todos os eventos previstos para este ano no Oriente.

Por seu lado, segundo o HM apurou, o promotor do campeonato TCR Asia, cujos participantes dividem as grelhas de partida com o

s concorrentes do Campeo nato de Carros de Turismo da China (CTCC), não tem neste momento um acordo com o WSC Group, estan do por isso os seus carros e pilotos impedidos de se juntar ao pelotão do TCR Asia Challenge. Perante este cenário, os carros da competição chinesa ficaram com uma corrida só para si, podendo na mesma fazer parte do carnaval de corri das do Grande Prémio de Macau. SÉRGIO FONSECA

HOJE MACAU SEGUNDA-FEIRA 21.11.2022
RÁPIDAS
Classificação 1.º Filipe de Souza (Audi) 23:58.130 2.º Lo Sze Ho (Hyundai) a 2.558 3.º Andy Yan (Honda) a 24.432
Filipe de Souza é o primeiro piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia
“Sinto que é um momento histórico porque é a primeira vez que um piloto de Macau vence a Corrida da Guia!.”
FILIPE DE SOUZA PILOTO
Oriental, perdeu o controlo e bateu violentamente nas barreiras.
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RÓMULO SANTOS

Photo Finish POR RÓMULO SANTOS

HOJE MACAU SEXTA-FEIRA 21.11.2022

CHANG SURPREENDE COM RITMO DEMOLIDOR E VENCE O 69.º GP DE MACAU

VELOCIDADE DA LUZ

Num ritmo muito acima de todos os outros. É desta forma que se pode descrever a prestação de Andy Chang, piloto local que teve uma prestação notável e venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Macau, em Fórmula 4

ANDY CHANG foi o vencedor da 69.ª edição do Grande Prémio de Macau ao demorar 35:41.871 a percorrer as 12 voltas ao circuito na Guia. Na repetição do duelo das últimas duas edições, que este ano também contou com a participação de Gerrard Xie, Chang conseguiu desforrar-se das derrotas impostas por Charles Leong.

“Estou muito feliz com esta vitória”, afirmou o piloto, que triunfou naquela que foi porventura a prova com mais emoção ao longo de todo o fim-de-semana.

Gerrard Xie, piloto de Hong Kong com 16 anos, foi a grande surpresa do fim-de-semana, ao vencer a corrida de qualificação, após uma luta aguerrida com Charles Leong.

Ontem, o cenário de sábado voltou a repetir-se, e mais uma vez o jovem de Hong Kong soube defender-se na primeira volta e segurar uma liderança, que durou até à quinta volta, já depois da única entrada do Safety Car.

Após o recomeço da corrida, que aconteceu à quarta volta, Xie alargou a liderança para Charles e parecia pronto para fugir para uma vitória. Porém, Andy, que nesta altura circulava em tercei ro, conseguiu ultrapassar Charles

Leong e colocar-se em situação de atacar o líder.

A manobra da vitória aconteceu na volta seguinte. Com um ritmo mais elevado, Andy foi “comendo” segundos ao líder, até que a seguir à curva do Mandarim ultrapassou o rival. Por sua vez, Xie não ficou de braços cruzados, tentou responder no final da mesma recta, antes da Curva do Hotel Lisboa, mas Andy fechou bem a “porta”.

A partir desse momento, o vencedor lançou-se para uma corrida solitária, onde foi somando consecutivamente a volta mais rápida até abrir uma vantagem de 5,958 segundos para o segundo classificado.

“O momento-chave foi a mano bra na segunda curva do circuito, quando consegui consumar a ultrapassagem, após o recomeço. Depois defendi-me, e como tinha

um bom ritmo consegui alcançar a vitória”, explicou Andy Chang.

O OUTRO LADO

Por sua vez, Charles Leong era um homem menos feliz com o resultado e mostrou a frustração no final: “Tivemos problemas de velocidade todo o fim-de-semana. Quando chegava à última curva sentia que o carro estava no limite, que não dava para mais”, desaba fou. “Foi um dos fins-de-semana mais difíceis para mim. Quando fui ultrapassado pelo Andy nem dei luta, porque não fazia sentido, só ia perder mais tempo”, reconheceu.

No segundo lugar da geral, Ger rard Xie aparentava alguma apatia face ao pódio: “Foi um fim-de-sema na que serviu para aprender a pista. Mas, claro que estava a competir com dois pilotos muito experientes nesta pista, e por isso, só tinha que dar o meu melhor em todas as curvas”, afirmou. JOÃO SANTOS FILIPE

Altos & Baixos

ALTO: GERRARD XIE E CHARLES LEONG

O duelo entre Gerrard Xie e Charles Leong na primeira corrida da Fórmula 4 foi um dos momentos mais entusiasmantes do fim-de-semana. Apesar de estreante, Xie mostrou uma grande maturidade e soube defender-se dos ataques do piloto de Macau, sem cometer excessos, mas também sem “abrir a porta”. No final, o piloto de 16 anos foi recompensado com uma ida ao pódio no Circuito da Guia.

BAIXO: CARROS POUCO IMPRESSIONANTES

Para quem se desloca ao Circuito da Guia para assistir às corridas, a Fórmula 4 sabe sempre a muito pouco, mesmo que os pilotos sejam destemidos e o espectáculo bom. Com os F4 a correrem depois dos GT, a diferença de andamentos, barulho e dimensão é demasiado evidente, com claro prejuízo para os fórmulas.

OS AUSENTES

A 69.ª edição do Grande Prémio de Macau voltou a reunir quase toda a “fina flor” do desporto motorizado de Macau, mas também houve notórias ausências. Entre os pilotos, há que destacar a ausência, pelo terceiro ano consecutivo, de André Couto, um dos pilotos mais titulados do território e que certamente seria uma mais valia para o evento. O piloto português não encontrou nenhum volante que lhe desse garantias e adiou novamente o seu reencontro com o Circuito da Guia. Igualmente ausente, esteve a equipa FHO Racing da empresária de Macau Faye Ho, que é uma das estruturas melhor apoiadas pela BMW Motorrad. A equipa que compete em várias frentes no motociclismo de velocidade do Reino Unido e que conta com o multi-vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, Peter Hickman, abdicou da visita de final de ano à RAEM, sendo que é sabido que a quarentena obrigatória à chegada a Macau afastou vários pilotos de proa no regresso da prova de duas rodas.

Duarte Alves, o engenheiro líder da Aston Martin Racing Asia, foi outro habitué do evento que não esteve presente. “Infelizmente devido compromissos profissionais, as restrições à entrada na RAEM causadas pela pandemia não me permitem chegar a Macau a tempo de poder participar no Grande Prémio”, explicou ao HM um dos poucos técnicos profissionais do território. “Foi com muita pena, mas não tive outra solução, pois estes projectos fora de Macau já vêm de há muitos anos e fui obrigado a optar.”

Classificação 1.º Andy Chang 35:41.871 2.º Gerrard Xie a 5.958 3.º Charles Leong a 14.086 Fórmula
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André Couto

HUFF E ZHANG ZHI QIANG DIVIDIRAM VITÓRIAS DO FIM-DE-SEMANA

AS LICÕES DO MESTRE

Com uma vitória e um segundo lugar, Huff deu aulas de condução ao longo de mais um Grande Prémio de Macau. O britânico conta agora com 11 triunfos no Circuito da Guia. Rodolfo Ávila foi 7.º e 4.º

ROB HUFF (MG5 XPower TCR) e Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) foram os ven cedores das duas corridas do Grande Prémio de Macau pontuáveis para o Campeo nato da China de Carros de Turismo (CTCC) e para o campeonato TCR Ásia.

Na corrida de sábado, Rob Huff arrancou da pole position, depois de ter sido o mais rápido na qualificação, e somou a 11.ª vitória em Macau. O inglês ainda foi pressionado por Martin Cao (MG5 XPower TCR), que

SABINO LEI ALCANÇOU TERCEIRO LUGAR NO ROADSPORT CHALLENGE

mostrou um bom ritmo nas voltas iniciais, principalmente depois de ultrapassar David Zhu (Lynk & Co). Porém, pro blemas mecânicos no MG do chinês resolveram a questão.

Sem grande oposição Huff triunfou mais uma vez em Macau, deixando atrás de si a “grande armada” de três Lynk & Co, de David Zhu, Sunny Wong e Zhang Zhi Qiang.

Quanto a Rodolfo Ávila, o português arrancou de quinto no sábado e terminou em sétimo lugar, num dia em que os MG, à excepção do carro conduzido para Huff, não mostraram andamento para a concorrência.

A VEZ DE ZHANG Ontem, com a grelha inver tida Gao Hua Yang (SAIC Lamando), foi o primeiro líder da prova, depois de ter arrancado muito bem e mos trado um ritmo competitivo. Atrás, Zhang Zhi Qiang, que partiu de sexto, ia ganhando posições depois de um arran que bem conseguido.

À segunda volta, Sunny Wong teve uma batida na primeira curva do circuito, e o safety car foi chamado à pista, onde ficou durante três voltas. No recomeço, Gao Hua Yang errou e perdeu tempo na curva Melco, o que permitiu a que Zhang chegasse à liderança. Mais atrás, também Huff ia ganhando posições.

A duas voltas do fim, o britânico conseguiu chegar ao segundo lugar e ainda ganhou 2,5 segundos ao líder. No en

ALTO: DESEMPENHO DE HUFF

É um excelente piloto, tem uma carreira invejável nos carros de turismo, e sempre que vem a Macau impressiona. Este ano não foi excepção e Huff deixa novamente o território com a ideia de que até com o pior carro do plantel estaria a lutar pelas vitórias.

BAIXO:

SAFETY CAR

Não se discute a entrada do safety car na corrida de ontem. Mas foi uma pena que a luta entre Rob Huff (MG5 XPower TCR) e Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) fosse limitada pelas três voltas feitas atrás do safety. Soube a pouco, até porque os dois estavam em grande forma.

tanto, Zhang mostrou muita segurança a defender-se por dentro na recta que antecede a curva do Hotel Lisboa, já na última volta, e segurou um triunfo merecido.

“Estou muito feliz com o resultado. Nas últimas duas voltas fui muito pressionado pelo Huff, mas defendi-me bem”, afirmou Zhang. “Se tivesse perdido para ele, que é sempre muito rápido aqui, também não era nenhuma vergonha, mas felizmente tive um ritmo alto e consegui vencer”, acrescentou.

Por sua vez, Huff admitiu que “não queria ser segun do” na corrida de domingo, mas mostrou-se satisfeito com o fim-de-semana. “Tive uma vitória e é bom estar de regresso. Talvez se o safety car tivesse estado menos voltas em pista eu tivesse vencido”, disse. “Mas o importante é que demos um bom espectáculo”, realçou.

Por sua vez, na segun da corrida, Rodolfo Ávila somou um quarto lugar.

SABINO OSÓRIO Lei (Mitsu bishi Evo 9) terminou a corrida de ontem no Roadsport Challenge no terceiro lugar, a 2.942 do vencedor Chan Chi Ha (Mitsubishi Evo 9). No final, o macaense, que se estreou com um carro 2000cc, e tinha arrancado de 15.º na classe e 26.º à geral, mostrou-se muito

satisfeito com o pódio alcançado. “É um resultado inacreditável. Ontem, (no sábado), tive mui tos problemas de pneus e perdi muitos lugares. Mas, no início da corrida de hoje (ontem) puxei muito, tive muitos duelos na pista e no final tive uma posição que me deixa muito feliz”, afirmou face ao resultado alcançado.

O resultado teve um sabor ainda mais especial por ter sido alcançado naquela que é a pista favorita do piloto. “É sempre fantástico correr em Macau, é uma pista fantástica, o local onde

nasci”, afirmou. “Os 2000cc são muito poderosos e é uma condução diferente dos 1600 turbo. Não fiz muitos testes antes da prova, mas aqui tentei o meu melhor e estou feliz”, sublinhou.

Na classe dos 2000cc, des tacaram-se ainda os macaenses Jerónimo Badaraco e Luciano Lameiras, que apesar de terem aspirações à vitória, terminaram em 4.º e 7.º, respectivamente.

A FESTA DE PEREIRA

Na classe 1600cc Turbo, o ven cedor foi Lui Man Kit (Mini

Cooper S). No entanto, na altura de subir ao pódio, a grande festa foi de Junio Pereira, que levou o Ford Fiesta ao segundo lugar.

Após arrancar em 6.º na classe e 13.º à geral, Pereira soube evitar as confusões e os problemas de outros pilotos e foi subindo até ao pódio.

Por sua vez, Rui Valente (Mini Cooper S) terminou em 23.º, nas boxes, com problemas de caixa de velocidades. O herói local chegou a rodar nos lugares cimeiros, mas no final acabou por perder várias posições. JOÃO SANTOS FILIPE

LIANG JIA TONG VENCE CORRIDA DA GRANDE BAÍA

LIANG JIA Tong (Lamborghini) venceu a corrida da Grande Baía, na frente de Luo Kai Luo (Mercedes AMG GT4), que foi segundo, e de Chris Chia (Mercedes AMG GT4), que terminou no lugar mais baixo do pódio. Numa prova em que os pilotos do Interior foram os mais fortes, Liang manteve um duelo interessante com Luo, mas no final acabou por ser o mais rápido. Por sua vez, Delfim Mendonça Choi (Audi R8 LMS Cup) não foi além de um 17.º lugar, a uma volta do vencedor. J.S.F.

HOJE MACAU SEGUNDA-FEIRA 21.11.2022
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Classificação [1.ª CORRIDA] 1.º Rob Huff (MG XPOWER) 23:32.837 2.º David Zhu (Lynk & Co) a 3.986 3.º Sunny Wong (Lynk & Co) a 6.537 (…) 7.º Rodolfo Ávila (MG XPOWER) a 10.679 Classificação [2.ª CORRIDA] 1.º Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co) 28:34.503 2.º Rob Huff (MG XPOWER) a 1.004 3.º Gao Hua Yang (SAIC Lamando) a 5.124 4.º Rodolfo Ávila (MG XPOWER) a 12.531
Altos
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Motos

KOSTAMO TRIUNFOU NA 54.ª EDIÇÃO DO GRANDE PRÉMIO DE MACAU

`A TERCEIRA FOI DE VEZ

que surpreendeu ao assu mir a liderança. Apesar do contratempo, o piloto de 31 anos pareceu estar sempre mais rápido do que os res tantes concorrentes e foi sem surpresa que à terceira volta assumiu a liderança, que nun ca mais largou, depois de se distanciar do alemão David Datzer (BMW S1000 RR).

O arranque menos con seguido foi explicado com uma nova electrónica na moto e um novo sistema de lançamento. “Mudámos a electrónica da mota antes do início da prova e temos um controlo novo de lançamen to ao qual ainda não estou habituado”, explicou Erno.

BANDEIRA PORTUGUESA NO PÓDIO

Um dos pilotos em destaque foi Sheridan Morais que ter minou em terceiro e se tornou o primeiro português a subir ao pódio do Grande Prémio de Motos. No ano de estreia, Morais não se livrou de alguns sustos, mas no final estava mui to satisfeito com o resultado.

“Foi uma excelente cor rida, sabia que era forte no primeiro e terceiro sectores e que podia ter um bom resul tado. Só que mais do que uma vez que, na primeira curva do circuito, a mota ficou presa em ponto-morto, e achei que ia bater no muro”, reconheceu o piloto da Honda. “Acabei por abrandar para chegar ao fim”, admitiu.

Ainda assim, Morais mos trou-se feliz com o resultado e considerou “fantástico” ter sido o primeiro português a subir ao pódio em Macau, onde afirmou encontrar uma presença portuguesa “muito superior à esperada”.

Após uma espera de dois anos, as motos regressaram a Macau e o finlandês foi o grande vencedor. A prova ficou marcada pela confusão de sábado, devido à sujidade da pista, que levou a que a corrida tivesse de ser adiada para ontem

ERNO KOSTAMO (BMW S1000RR) venceu o Grande Prémio de Motos de Macau, à terceira tentativa. Após dois anos de interregno da prova de motos, o finlandês dominou o fim-de-semana, que ficou igualmente mar cado pela prestação de She ridan Morais (Honda CBR 1000 RR SP), que levou pela primeira vez a bandeira portuguesa ao pódio.

No final, o piloto consi derou o resultado fantástico,

mesmo se não rodou nos tempos por volta que preten dia. “Não estou feliz com os meus tempos por volta, mas estou muito feliz com o re sultado”, afirmou o finandês. “É um resultado fantástico, principalmente depois de ter sofrido um grande acidente em 2019”, acrescentou.

Ontem Kostamo cum priu as oito voltas com um tempo de 19:54.192, tendo feito a volta mais rápida com um registo de 2:27.493.

Em comparação, o melhor registo em corrida de 2018, a última que teve mais do que uma volta, tinha sido de 2:25.005.

Classificação

Erno arrancou da pole -position, mas uma partida menos conseguida fez com que caísse para segundo, atrás de Sheridan Morais,

No lugar intermédio do pódio terminou David Datzer, que rodou sempre muito perto de Kostamo até à quinta volta. A partir daí, o finlandês foi simplesmente embora. Po rém, o alemão ficou satisfeito com o resultado alcançado.

“Estou muito feliz com os tempos alcançados. Con segui seguir o Erno e o

ALTO: REGRESSO

Após dois anos sem competição de motos, o regresso desta prova foi um dos pontos altos de todo o fim-de-semana. Apesar de ser uma corrida sempre cheia de perigo, é um dos eventos que mais contribui para o “carisma” do Grande Prémio de Macau. O espectáculo de domongo foi bem agradável e esperase que no próximo ano regressem os nomes mais famosos da modalidade.

BAIXO: CANCELAMENTOS E ADIAMENTOS

Quando as provas foram apresentadas, o sábado era o dia do Grande Prémio de Motociclismo, como tradicionalmente acontece. No entanto, quem se deslocou às bancadas para ver este espectáculo acabou desapontado. Além da sessão de aquecimento, que decorreu dentro da normalidade, a primeira corrida foi cancelada (e bem), entre a realização de duas voltas de formação e uma reunião com os pilotos na pista. Também a segunda corrida foi adiada para o dia seguinte. Quem apenas tinha bilhete para sábado ficou prejudicado.

Morais no início, mas depois de algumas voltas comecei a sentir problemas com os pneus e achei que o segun do lugar seria suficiente”, apontou o alemão.

CONFUSÕES DE SÁBADO

Se no domingo tudo correu bem na prova de motos, o mesmo não se pode dizer em relação a sábado. Com a pri meira corrida agendada para sábado de manhã, a mesma acabou por ser cancelada devido à sujidade da pista. Antes do início, os pilotos e a organização reuniram-se na pista e acordaram que seriam feitas duas voltas, para que houvesse oportuni dade de testar as condições do asfalto. Após as voltas, mais de metade dos pilotos considerou que as condições eram demasiado perigosas.

Com uma corrida can celada, era suposto que as motas voltassem à pista no final do dia. Porém, também a segunda corrida teve de ser adiada de sábado para ontem de manhã, uma vez que as condições da pista se encontrava longe do de sejado e ainda por se temer que não houvesse luz natural suficiente até ao final da prova.

HOJE MACAU SEGUNDA-FEIRA 21.11.2022 Altos & Baixos
1.º
19:54.192 2.º David
(BMW) a 8.262 3.º Sheridan
(Honda) a 10.836 (...) 7.º André
a 45.355
Erno Kostamo (BMW)
Datzer
Morais
Pires (Honda)
FOTOS GCS

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