GP Macau #60 - III

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GONÇALO LOBO PINHEIRO

60

º

GRANDE PRÉMIO DE MACAU ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO HOJE MACAU E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

QUINTA-FEIRA 14.11.2013

SÉRGIO FONSECA info@hojemacau.com.mo

A

PÓS três dias sem se ouvirem os motores, o reboliço está de volta às ruas de Macau desde as 7h30 da matina para completar a celebração do 60.º aniversário do evento desportivo de maior dimensão do território. Se o primeiro fim-de-semana foi para os de cá, este segundo será para os de fora, com especial foco para os pilotos portugueses, que cá sempre encontram um carinho especial e uma atenção que nem em casa recebem. António Félix da Costa será certamente o actor principal de uma película de incertezas. Depois de uma época europeia desapontante, “Formiga”, como é conhecido no meio automobilístico português, arrisca como

Segunda rodada ninguém neste regresso à prova que categoricamente venceu o ano passado. O português que foi preterido na caminhada para a Fórmula 1 pelo seu antigo companheiro de quarto Daniil Kvyat mas aceitou sem hesitar substitui-lo entre nós. E por mais que afirme que não tem obrigação de vencer e de ter já o seu lugar garantido dentro da hierarquia da Red Bull para o próximo ano, Félix da

Costa tem mais a perder do que a ganhar com esta nova aventura em Macau. Injusta ou não, a crítica não perdoa. No domingo, Félix da Costa sairá do Circuito da Guia ou como um herói, ou como um derrotado. Mas não só de Fórmula 3 e do rapaz da linha se viverá nos próximos quatro dias. Michael Rutter e Edoardo Mortara poderão bater recordes, o primeiro do número de vitórias no GP Motociclismo, recorde que já lhe pertence, e o segundo do número de vitórias consecutivas, que do próprio é propriedade. Apesar das contas resolvidas e do declínio visível em vésperas de mudança de regulamento, a corrida do WTCC voltará a ser motivo de conversa, nem que seja por Tiago Monteiro que tentará brilhar numa pista que ele sistematicamente elogia. No que respeita às outras corridas de suporte,

especial atenção para as corridas da Roadsport e da Taça Lotus, as únicas em que pilotos da RAEM têm condições para vencer. Macau ainda não ganhou uma corrida este ano, numa edição onde tinha treze possibilidades e restam seis. O saldo para já negativo não é surpresa, sabendo em antemão que valores mais altos se levantam para os anfitriões. O sábado será palco também de uma corrida VIP para antigas estrelas e ex-vencedores do Grande Prémio nas diferentes categorias. Um conjunto variado de nomes sonantes da F1 ao WTCC, passando pelo motociclismo, que recordarão o Circuito da Guia aos comandos de VW Scirocco todos iguais, prometendo uma corrida animada em tons festivos. Com o São Pedro de humor tão oscilante estes dias, veremos se o espectáculo não acaba encharcado.


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