PRÉMIO DE MACAU
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO HOJE MACAU E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
SEGUNDA-FEIRA 18.11.2013
GONÇALO LOBO PINHEIRO
60
º GRANDE
SÉRGIO FONSECA info@hojemacau.com.mo
H
Á um velho ditado das corridas de automóveis que diz que o “segundo é o primeiro dos últimos”. Félix da Costa não venceu, mas também não pode, nem irá ser crucificado pelo que fez este fim-de-semana em Macau. Foram visíveis as limitações do conjunto Dallara-Volkswagen face à concorrência equipada com motores da marca da estrelinha. Por seu lado, Alex Lynn esteve soberbo, ele que na qualificação de quinta-feira
Tudo bem quando termina bem era apenas 26.º, merecendo a vitória na corrida Fórmula 3. Não deu a “chapada de luva branca” como tanto gostaria, mas o rapaz da linha deixou uma boa imagem do seu imenso valor e incrível talento, talvez a razão porque a Red Bull não o dispensou após escolher o tal russo para o segundo volante da Toro Rosso F1 em 2014. A Fórmula 1 poderá estar agora mais difícil, mas Félix da Costa será sempre
lembrado em Macau como um dos melhores pilotos portugueses que por cá correu. E por falar em portugueses, que bem que também esteve Tiago Monteiro, que pelo terceiro ano consecutivo hasteou a bandeira de Portugal no pódio da Corrida da Guia. Entre os de cá, Sun Tit Fan, mais uma vez, salvou a honra do convento, oferecendo na corrida Macau Roadsport
Challenge a única vitória à RAEM nas treze corridas que constituíram a edição do “jubileu de diamante”. Sob o olhar atento de Jean Todt, o presidente da FIA que pela primeira vez viu o Grande Prémio ao vivo, destaque para as vitórias de dois gigantes das corridas de carros de turismo - Yvan Muller e Rob Huff – nas corridas do WTCC, e para a sexta vitória consecutiva, um recorde,
do “Sr Macau”, Edoardo Mortara, na emocionante e corrida de GT. E o que dizer de Ian Hutchinson? Ainda há 18 meses “Hutchy” não estava seguro que poderia continuar a sua carreira nas corridas de duas rodas tão mal tratada que estava a sua perna e no sábado estragou o dia, contra todas as previsões, ao grande favorito e recordista Michael Rutter no Grande Prémio de Motociclismo.
Independentemente do balanço tradicionalmente chorudo da organização, a 60.ª edição não terá sido a mais espectacular da história, mas para bem do desporto, fez-nos esquecer as tragédias e episódios do ano passado e que nos permitiu concentrar apenas no que interessa: as corridas e só as corridas. Como um dia disse William Shakespeare, tudo bem quando termina bem!