Hoje Macau 01 DEZEMBRO 2023 #5386

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MOP$10

“Queremos trabalhar em rede” PATRÍCIA RIBEIRO

ISRAEL

PLANO CHINÊS MAL RECEBIDO PÁGINA 11

DEMOGRAFIA

OS NÚMEROS DOS TNR PÁGINA 5

CANDIDA HÖFER

hojemacau

BELAL KHALED/ANADOLU VIA GETTY IMAGES

SEXTA-FEIRA 1 DE DEZEMBRO DE 2023 • ANO XXII • Nº5386

O IPOR pretende ligações a outros centros culturais da Ásia, além da China, como Japão, Malásia ou Coreia do Sul. Nas palavras de Patrícia Ribeiro, que agora planeia os seus três anos de mandato, “procurámos entrar noutras instituições e promover a língua portuguesa noutros âmbitos, através da assinatura de protocolos. Em Macau e mais além.” ENTREVISTA

CANDIDA HÖFER

OLHAR ÉPICO EVENTOS

DIRECTORA DO IPOR

AGNES LAM

CHAMEM AS FAMÍLIAS! PÁGINA 6

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RÓMULO SANTOS

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ


2 entrevista

1.12.2023 sexta-feira

PATRÍCIA RIBEIRO

“Queremos muito trabalhar na China” DIRECTORA DO IPOR

FOTOS RÓMULO SANTOS

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Governo. Isso afectou o número dos cursos para recuperar um “O concessionário da Patrícia Ribeiro de inscrições? pouco os números dos anos da Livraria Portuguesa O novo regulamento do programa pandemia, porque foram três anos traça um balanço tem parâmetros que se diferenem que houve muitas dificuldapode comercializar ciam bastante da oferta formativa des e tivemos sempre de reagir positivo dos quase momentaneamente às mudanças, outro tipo de que o IPOR tem ao nível do curso de português como língua com o encerramento de instalacinco meses desde ções, cancelamento de cursos ou produtos e iniciativas geral estrangeira. Os cursos intensivos, para dinamizar a porque são de curta duração, ou suspensão de aulas. Queremos que assumiu a cursos para áreas específicas, recuperar esses números da oferta livraria, tendo em continuam a estar integrados formativa. Para contrabalançar direcção do Instituto a diminuição do número de for- conta que o turismo no programa. Só o curso geral deixou de estar englobado, que é mandos, procurámos, em articuestá a regressar aos Português do o maior que temos e que recebe, lação com várias entidades, entrar números normais. geralmente, o maior número de noutras instituições e promover a Oriente, após um inscrições. O facto de não estar Isso tem sido feito.” língua portuguesa noutros âmbitos, abrangido no programa e o facto através da assinatura de protocoperíodo difícil com los. Há ainda a possibilidade de de as pessoas não poderem usar o os nossos professores poderem Penso que sim. Por isso o IPOR tem subsídio poderá ter influenciado perda de formandos trabalhar noutras instituições e, um protocolo com a Universidade o número de inscritos. assim, abranger mais a acção do de Macau e assinou um protocolo e limitações. Para IPOR em Macau. Queremos muito com a Universidade de São José. Como explica a retirada deste trabalhar na China, nomeadamen- Também antemos bons contactos curso do programa? o futuro, a nova A Direcção dos Serviços de te através do posto que criámos com a UPM. Educação e Desenvolvimento em Pequim, com a promoção de directora aponta cursos junto da nossa embaixada, Os cursos de português do da Juventude (DSEDJ) mudou o tanto online como presenciais, mas IPOR deixaram de integrar o regulamento que tem outros crià expansão das também na área da formação de Programa de Aperfeiçoamento térios, nomeadamente a duração professores. Temos ainda recebido e Desenvolvimento Contínuo do dos cursos. O nosso curso geral actividades do tem 150 horas e dura 10 meses, e vários pedidos de universidades e neste momento já não é possível professores da China, e de outros IPOR além inscrever cursos desta natureza no interesse por parte do Governo países da região. programa. Já não era possível, mas para que se mantenha o português. do ensino do nós conseguimos fazê-lo dividindo Pedidos em que sentido? o curso em duas fases. Penso que Em relação à questão da não Estamos a planear fazer um proportuguês dentro não é uma alteração propositada aceitação de novos pedidos de grama de formação anual que se para impedir a inscrição deste curso residência de portugueses funestenderá ao longo de três anos para da sala de aula no programa. Foi uma diferente damentados com o “exercício responder a estes pedidos. Estamos Que balanço faz da actividade do Instituto Português do Oriente (IPOR), desde que tomou posso como directora no passado mês de Julho? Estes primeiros meses têm sido muito trabalhosos porque estamos a tentar organizar o ano de 2024. Fizemos alguns pontos de situação dos últimos três anos, porque houve condicionantes bastante variadas em Macau para o nosso trabalho. Tentámos ver em que medida tudo o que fizemos poderá condicionar a evolução do IPOR para este mandato a partir de agora. Queremos também delinear uma acção para os três anos de mandato que vamos ter. Quais são os grandes projectos que o IPOR quer desenvolver no próximo ano? Apostamos sempre na formação. Vamos tentar fazer a divulgação

forma de organização.

a tentar, com estas instituições que nos têm contactado, assinar outros protocolos, não só na área do ensino, mas em termos de colaboração de actividades culturais e fazer alguns programas de intercâmbio.

A Universidade Politécnica de Macau (UPM) tem um centro de formação de professores, por exemplo. São projectos que vão trabalhar paralelamente? As formações de que falo irão decorrer com universidades da China que nos têm procurado directamente. Não temos parcerias com outras instituições [de Macau], mas não é algo que esteja fora do nosso trabalho, porque o IPOR quer reforçar as colaborações com outras instituições do ensino superior, não só em Macau, mas noutros países. A resposta que Macau dá ao nível do português deve ser mais unificada e global?

“Fizemos alguns pontos de situação dos últimos três anos, porque houve condicionantes bastante variadas em Macau para o nosso trabalho. Tentámos ver em que medida tudo o que fizemos poderá condicionar a evolução do IPOR para este mandato.”

Como encara esta posição? Não significa menor aposta do Governo na língua portuguesa? A RAEM continua a apostar no ensino do português, continuamos a colaborar de muito perto com a DSEDJ, de onde nos chegam consultas escritas para a formação em português. As próprias escolas luso-chinesas procuram-nos para o desenvolvimento de actividades culturais e pedagógicas com crianças. Muito recentemente, o Chefe do Executivo alargou para mais quatro escolas o ensino do português. Por outro lado, o IPOR trabalha muito com os Serviços de Administração e Função Pública, organizando anualmente um programa de formação para funcionários públicos, destinado a áreas específicas e português como língua estrangeira de forma geral. Não vejo que exista um menor

de funções técnicas especializadas”. Até que ponto afecta a contratação de novos docentes pelo IPOR? Esta questão está a ser tratada ao mais alto nível e vamos ver em que medida o futuro nos poderá trazer outras alternativas. Para já, é esta, é este o mecanismo que está a ser utilizado para a contratação de professores [o bluecard].

O IPOR tem falta de docentes? Quais os desafios a esse nível? Contratámos três professores de Portugal que iniciaram recentemente funções. Com o corpo docente que temos conseguimos responder a todos os pedidos e necessidades internas. Estamos a planear 2024 e em princípio não haverá mais dificuldades. Em Janeiro vamos contratar mais um docente. Tem acontecido uma rotatividade de docentes, e há duas épocas em que isso é significativo, sobretudo


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no Verão quando termina o ano lectivo, e depois no início de um novo ano lectivo. Mas, para já, estamos a responder. O IPOR chegou a sofrer com a falta de salas de aulas. O problema está resolvido? Está resolvido, as nossas instalações dão resposta. Negociámos a partilha de instalações com o Consulado-geral e a AICEP [Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal] e conseguimos mais duas salas para fazer face a essa necessidade. Tínhamos 9 e passámos a ter 12 salas. Relativamente à Livraria Portuguesa, há muito que vinha sendo adiada uma nova concessão. Que balanço fazem do posicionamento da entidade e da estrutura de negócio? Este era o segundo concessionário [Praia Grande Edições], porque o primeiro concessionário entrou em 2003, quando a Livraria Portuguesa passou a ser explorada por terceiros. O segundo concessionário começou a operar em 2011, e no final dos cinco anos a concessão foi renovada. Com a pandemia fomos

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renovando a concessão anualmente, até que surgiram condições para abrir este concurso. O balanço em si é positivo, porque a livraria continua a responder com aquilo para o qual o contrato foi feito. Claro que teve contingências nos últimos anos, como todos nós, mas divulgou os escritores de língua portuguesa e respondeu ao fornecimento de livros para a Escola Portuguesa de Macau. Esse é um dos itens obrigatórios que temos no contrato. Fala-se que a Livraria Portuguesa nem sempre é um projecto economicamente viável. É possível alterar este modelo de negócio? É algo que o novo concessionário terá de analisar da melhor forma. Da nossa parte há sempre outras formas de fazer outro tipo de acordos ou contratos com as editoras em Portugal, ou ter outros mecanismos de colaboração. Como a livraria está aqui, um dos maiores problemas é não haver a consignação de livros, que acontece em qualquer outra livraria em Portugal. Penso que há outros mecanismos que se podem accionar e explorar para baixar o preço dos livros. O

“A RAEM continua a apostar no ensino do português, continuamos a colaborar de muito perto com a DSEDJ, de onde nos chegam consultas escritas para a formação em português.” concessionário pode diversificar a comercialização de outro tipo de produtos e fazer outro tipo de iniciativas para dinamizar a livraria, tendo em conta que o turismo está a regressar aos números normais. Isso tem sido feito pelo concessionário nos últimos anos, que tem diversificado a oferta de produtos para a área do turismo. Com a redução da comunidade portuguesa qual será o papel da livraria e que posicionamento deve ter? É verdade que a comunidade sofreu uma redução, mas está novamente

a retomar a normalidade. Tenho verificado que há pessoas a regressar. Não nos podemos cingir apenas aos portugueses, pois Macau continua a promover e a ter a língua portuguesa como oficial. Continua-se a dar formação a quadros da Função Pública, a ter escolas onde se ensina o idioma. Não nos podemos centrar apenas na comunidade. Estes actores vão procurar a literatura e outros produtos que a livraria poderá disponibilizar. Esperam um grande aumento do número de alunos para os próximos meses? Esperamos sempre que sim, sobretudo depois destes anos em que sofremos uma diminuição bastante significativa. Em 2021 tivemos cerca de 4.500 alunos e em 2022 tivemos 3.500, em termos globais. No curso geral os números diminuíram muito mais. O que procuramos fazer neste momento, e é algo que serve para contrabalançar os próximos anos, mesmo não sabendo se vamos conseguir recuperar os números no curso geral, é fazer outros acordos para continuar a promover a língua portuguesa noutros âmbitos.

Pode dar exemplos? Vamos fazer uma campanha de divulgação do IPOR de outra forma, com outro dinamismo, percorrendo as redes sociais, mas também outros mecanismos de divulgação. Vamos fazer um trabalho de proximidade com outras instituições de ensino, colaborando mais com as escolas, para levar a língua às crianças de uma forma mais prática, sem ser sempre na sala de aula. Essa é uma forma de os incentivar a procurar os cursos no IPOR. Nos próximos anos queremos trabalhar em rede com os outros postos e centros culturais da Ásia, não apenas na China, mas Japão, Malásia ou Coreia do Sul. Estamos a trabalhar no desenvolvimento de manuais para Kuala Lumpur, pois há uma universidade que ensina o português. Eles conhecem os manuais que desenvolvemos para o contexto de Macau e estamos a fazer uma adaptação dos livros. Já estamos avançados nesse trabalho, mas o manual não está concluído. Queremos fazer itinerância de artistas, escritores e companhias de teatro para optimizar recursos. Andreia Sofia Silva


4 política

SOFIA MARGARIDA MOTA

O empresário Kevin Ho criou uma nova associação sobre o projecto da Grande Baía, intitulada Associação para o Desenvolvimento Financeiro da Grande Baía. Segundo o jornal Ou Mun, o objectivo da nova entidade é reforçar a cooperação financeira com o Interior da China, Hong Kong e Macau. Kevin Ho disse ainda que a entidade pretende unir quadros qualificados do sector financeiro e tecnológico destas regiões, além de se dedicar ao fomento da cooperação financeira aprofundada na zona da Grande Baía. Pretende-se ainda atrair investimento estrangeiro para estes sectores económicos, bem como projectos inovadores de empreendedorismo, a fim de transformar o projecto da Grande Baía numa zona económica e financeira dinâmica a nível internacional.

GCS

Grande Baia Criada associação para o desenvolvimento

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AMCM INVESTIMENTOS DOS RESIDENTES VALORIZARAM 6,4%

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OS primeiros seis meses do ano, os investimentos feitos por residentes de Macau valorizaram 6,4 por cento, de acordo com Resultados do Inquérito à Carteira de Investimentos, divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A estatística tem em conta os investimentos dos residentes de Macau. Em comparação com o período homólogo a valorização foi de 7,8 por cento. No final de Junho, e em comparação com o final do ano passado, os investimentos em títulos representativos de capital correspondiam a 334,0 mil milhões de patacas, um acréscimo de 4 por cento, as obrigações a longo prazo totalizavam 658,6 mil milhões, um aumento de 10,4 por cento e as obrigações a curto prazo eram de 80,4 mil milhões de patacas, uma diminuição de 10,9 por cento. Em termos da distribuição geográfica, a região asiática deteve ainda a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 47,2 por cento do total, sendo a restante aplicada principalmente na América do Norte (18,9 por cento), na Europa (15,3 por cento), no Atlântico Norte e Caraíbas (15,2 por cento) e na Oceânia (1,5 por cento). PUB.

TURISMO HO REUNIU COM RESPONSÁVEL DE HAINÃO

Ilha dos amores

O Chefe do Executivo considera que é possível reforçar a cooperação com Hainão em áreas como turismo, cuidados médicos e educação. Também Feng Fei mostrou-se disponível para aprender com Macau

H

O Iat Seng afirma que Macau pode encontrar oportunidades para diversificar a economia em conjunto com a província de Hainão. As declarações foram prestadas, de acordo com o Gabinete de Comunicação Social, pelo Chefe do Executivo durante um encontro na Sede do Governo da RAEM com o secretário do Comité Provincial de Hainão do Partido Comunista da China (PCC) e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Provincial, Feng Fei. No encontro, Ho Iat Seng admitiu que Macau segue as exigências do Governo Central e que procura mais oportunidades de colaboração. “O Chefe do Executivo revelou que, o Governo da RAEM, actualmente segue as exigências apresentadas pelo Governo Central, empenhando-se em adoptar a estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada 1+4”, indicou. Por outro lado, o líder do Governo apontou que Hainão promove “o seu posicionamento de desenvolvimento do porto de comércio livre” e que

ambos os territórios podem “reforçar ainda mais a colaboração em vários campos, como turismo, cuidados médicos e educação”. “A cooperação entre os dois territórios mantem-se numa boa base, com uma perspectiva promissora e enorme potencial”, acrescentou Ho. Actualmente, a província insular chinesa realiza na RAEM a iniciativa “Semana de Hainão em Macau”, de forma a promover-se. Ho Iat Seng afirmou esperar que os responsáveis da província aproveitem a visita para

“O Chefe do Executivo revelou que, o Governo da RAEM, actualmente segue as exigências apresentadas pelo Governo Central, empenhando-se em adoptar a estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada 1+4.” GCS

“compreender melhor” o desenvolvimento de Macau.

Turismo mútuo

Por sua vez, o secretário Feng Fei considerou que Macau dá “sinais de uma rápida recuperação” económica, e que “a sociedade apresenta-se estável e o desenvolvimento continua a demonstrar uma boa tendência de crescimento”. Feng indicou também que Macau e Hainão têm “uma boa cooperação na área de turismo” e que com a RAEM a “avançar a sua posição no desenvolvimento de um centro mundial de turismo e lazer” que há “um espaço mais amplo” para as duas regiões se complementarem. O governante do Interior apontou também que espera que Hainão “possa aprender com o sucesso de Macau no desenvolvimento das áreas dos cuidados médicos e da educação”. Quanto à província que lidera, Feng Fei indicou que o Governo está a aproveitar “a oportunidade da construção do porto de comércio livre para impulsionar” o “desenvolvimento de alta qualidade da sociedade e da economia”. João Santos Filipe


sexta-feira 1.12.2023

DSI MAIS APOIO ONLINE PARA EMERGÊNCIAS NO ESTRANGEIRO

DEMOGRAFIA MAIS 22.500 TNR ATÉ AO FINAL DE OUTUBRO

Povo sem estatuto

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Até Outubro, mais de 22.500 pessoas juntaram-se ao número total de trabalhadores não-residentes em Macau. Ainda assim, são quase menos 21 mil face a Outubro de 2019. Os não-residentes de nacionalidade chinesa, a larguíssima maioria, quase recuperaram para níveis pré-pandémicos, enquanto a comunidade filipina não-residente caiu 16 por cento RÓMULO SANTOS

Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) alargou o serviço online de apoio em caso de emergência no estrangeiro, para dar uma resposta rápida a residentes de Macau que percam o documento de viagem da RAEM no estrangeiro e facilitar o seu regresso a Macau. Desde hoje, está disponível o referido apoio em mais de 200 embaixadas e consulados da China. Caso os residentes de Macau maiores de 18 anos percam o documento de viagem da RAEM no estrangeiro, podem usar a aplicação para telemóvel “Conta Única de Macau” e pedir apoio em caso de emergência por motivos de extravio de documento de viagem. O apoio pode ser pedido a favor de familiares com quem viajem, “nomeadamente cônjuge, filhos com mais de 5 anos de idade à data da última emissão do BIR, pais e sogros. Para o efeito, os requerentes devem realizar o reconhecimento facial para verificação de identidade. Após o preenchimento dos dados, o requerente recebe um SMS com um código de verificação válido por 24 horas e um número do pedido. Munido destes dados, o requerente deve então dirigir-se a uma embaixada ou consulado da China (designado na mensagem). Após a confirmação da identidade do requerente é emitido um título de viagem única para efeito de regresso a Macau.

Analisando a variação entre a origem deste segmento da população, nos primeiros 10 meses do ano, registaram-se em Macau mais 14.662 TNR oriundos do Interior da China, totalizando mais de 120 mil. Aliás, a população não-residente chinesa em Outubro deste ano está quase ao nível do mesmo mês de 2019, com uma quebra de apenas 1,3 por cento. A segunda nacionalidade que mais TNR fornece à população activa de Macau, a filipina, caiu 15,94 por cento entre Outubro deste ano e o mesmo mês de 2019, apesar de ter passado de 24.259 pessoas em Janeiro de 2023 para 28.084 em Outubro. Curiosamente, a comunidade indonésia cresceu entre Outubro deste ano e 2019, totalizando nas estatísticas mais recentes 5.952 pessoas.

Leque de empregos

Importa recordar que Macau tinha perdido quase 45.000 não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em Dezembro de 2019, no início da pandemia.

O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro, ganhando mais de 10.833 TNR, seguido da construção civil (mais 4.014) e dos empregados domésticos (mais 2.274)

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número de trabalhadores sem estatuto de residente em Macau subiu em Outubro, pelo nono mês consecutivo, aumentando em mais de 22.500 desde que atingiu, em Janeiro, o nível mensal mais baixo desde 2014. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, no

DSAT Marcação de inspecção de veículos arranca amanhã Será possível, a partir de amanhã, fazer marcação prévia para a inspecção de veículos usando a aplicação para telemóvel Conta Única de Macau, informou ontem a Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT).

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Para tal, os proprietários de veículos (ou seus representantes) devem entrar na secção “Marcação prévia para inspecção de veículos” da DSAT na Conta Única, seleccionar ou preencher informações obre os veículos e acrescentar a

marcação prévia ou alterar a marcação já existente. Quem já estiver inscrito na secção “Meus veículos” pode consultar as informações de inspecção periódica de veículos na página “Meus veículos” e fazer a marcação.

final de Outubro, a RAEM tinha 174.382 trabalhadores não-residentes (TNR), mais 2.638 do que no final de Setembro e o valor mais elevado desde Fevereiro de 2021. As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que Macau ganhou 22.504 não-residentes desde Janeiro, mês em

que a mão-de-obra vinda do exterior caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. O registo de Outubro deste ano, face ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia lançar o mercado de trabalho no caos, revela que o número de TNR caiu mais de 10 por cento, de 195.209 trabalhadores para 174.382.

O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro, ganhando mais de 10.833 TNR, seguido da construção civil (mais 4.014) e dos empregados domésticos (mais 2.274). A hotelaria e a restauração tinham sido precisamente os sectores mais atingidos pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, despedindo mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, reconheceu a 3 de Fevereiro que os hotéis locais têm sentido falta de pessoal e garantiu que iria negociar com as empresas ligadas ao turismo para “resolver o problema com que o sector se está a deparar”. João Luz com Lusa

Aterros Seis propostas de empreitada para construção de viaduto O concurso “limitado” para a atribuição da empreitada de concepção e construção do viaduto entre Zona A e Zona B dos Novos Aterros Urbanos recebeu seis propostas, de acordo com o Jornal Ou Mun. A abertura das propostas acon-

teceu ontem, e as obras devem ter início no segundo trimestre do próximo ano. O projecto tem cerca de 3,2 quilómetros de comprimento, abrange o viaduto, a obra da rede viária de ligação dos arruamentos das duas extremidades do viaduto, a

passagem superior para peões e o túnel para peões. A concepção preliminar do projecto ficou a cargo da CCCC Highway Consultants Co, que recebeu um pagamento de 23,9 milhões de patacas. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun U Kuok

Tat, engenheiro da Direcção de Serviços de Obras Públicas, explicou que de acordo com o modelo adoptado houve um certo número de empresas convidadas, com base em critérios de qualificação, e entre estas vai ser escolhida uma.


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Época de saldos

TURISMO AGNES LAM SUGERE A CRIAÇÃO DE PACOTES FAMILIARES

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Agnes Lam considera que o Governo deve ter em conta as tendências do turismo e adaptar a oferta. Uma das lacunas que destaca é a falta de produtos turísticos dedicados à família. A ex-deputada justifica a posição citando estatísticas nacionais que revelam que a larga maioria dos turistas são jovens interessados em tempo de qualidade com os filhos

Seguir as tendências

OS primeiros nove meses do ano, as concessionárias de jogo gastaram cerca de 21,7 mil milhões de patacas em acções de promoção e descontos para jogadores. Os dados foram revelados pelo banco de investimento CLSA, ao portal GGRAsia. O montante reinvestido em promoções ao longo do corrente ano para aliciar os clientes representa um valor entre 17 e 18 por cento do total das receitas brutas do jogo, que até Setembro eram de 128,9 mil milhões de patacas. O montante está abaixo do que era investido em promoções junto dos jogadores antes da pandemia, entre os anos de 2017 e 2019, período para o qual o analista da CLSA Jeffrey Kiang indicou que se investia uma média de 22 por cento das receitas de jogo em ofertas para os jogadores. Esta redução do investimento em promoções também está relacionada com a transição na indústria do jogo, menos focada no segmento dos grandes apostadores, e mais orientada para o mercado de massas. “Considerando que Macau mudou estruturalmente para um jogo mais focado nos jogadores de massas, consideramos que o aumento dos descontos e reinvestimentos em 2023 ao longo do ano reflecte que a competição entre as concessionárias – no mercado de massa premium – não tem sido fácil”, afirmou Kiang, ao GGRAsia. O analista destacou igualmente que os sinais de concorrência intensa parece ser reflectidos, apesar do número de visitantes em Macau “continuar em crescimento”.

Margem desgastadas

Face a esta tendência, o banco de investimento acredita que há “menos margem de manobra” para as concessionárias conseguirem aumentar as margens de lucro. Na sequência destes dados, o CLSA reduziu as previsões ao nível do EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] ajustado para o mercado do jogo de Macau. “Reduzimos nossa projecção [do EBITDA ajustado] em 2023 e 2024 em 2 por cento e 5 por cento, respectivamente”, reconheceu Kiang. Porém, a CLSA mantém a previsão de que as receitas brutas do jogo em Macau devem rondar os 180,1 mil milhões de patacas até ao final do ano e subir para cerca de 240,5 mil milhões de J.S.F. patacas, no próximo ano.

40 por cento são pessoas casadas e com filhos. Outro dado estatístico, destacado por Agnes Lam no estudo “Percepções sobre a psicologia de consumo e tendências de consumo dos jovens que escolhem City Walk”, é que 59 por cento destes turistas têm licenciatura e rendimentos mensais médios de 10.860 renmenbis. A ex-deputada sublinha que actualmente, mais de 70 por cento dos turistas que visitam Macau são do Interior da China e que a proporção de visitantes que chegam com visto individual continua a aumentar, face à proporção de excursionistas.

SOFIA MARGARIDA MOTA

Até Setembro os casinos gastaram 21,7 mil milhões em descontos

Ler os tempos

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ex-deputada e académica Agnes Lam partilhou ontem no Facebook uma publicação a sugerir uma “receita” para a indústria do turismo, que basicamente passa pela adaptação à actualidade. Uma das sugestões é a atenção dos operadores e Governo ao crescimento do turismo ligado à família, com produtos que promovem interacções familiares e acesso a conteúdos didácticos para crianças.

A ex-deputada cita um estudo que analisa as tendências de consumo de turismo, em particular face à popularidade recente do turismo de cidade. O estudo

realizado pela empresa chinesa Kurundata indica que a maioria dos turistas chineses que faz turismo citadino, 59,6 por cento, são mulheres. Além disso, mais de

Agnes Lam acha que Macau devia aproveitar os recursos museológicos ricos e recomendou o Centro de Ciência, o Museu Marítimo e o Museu de Macau como possíveis polos de atracção turística

Face a estes dados, Agnes Lam afirma que as tendências de consumo no Interior da China apontam para o aumento das viagens individuais para passeios citadinos, sem trajectos planeados ou guias turísticos. Nesse aspecto, o consumo familiar é um dos pontos que não deve ser esquecido pelas autoridades e operadores turísticos. Agnes Lam cita o estudo e recomenda ao Governo que tenha em atenção que estes turistas gastam dinheiro durante as escapadelas citadinas em livros de divulgação científica, materiais escolares, conteúdos pedagógicos, culturais e criativos, brinquedos e lembranças de exposições. A ex-deputada refere que Macau deveria aproveitar os recursos museológicos ricos e recomendou que o Centro de Ciência, o Museu Marítimo e o Museu de Macau como possíveis polos de atracção turística. Nunu Wu com João Luz

ASSUNTOS MARÍTIMOS SUSANA WONG ADMITE FRACO TURISMO DE IATES

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directora dos Serviços deAssuntos Marítimos e de Água (DSAMA), Susana Wong Sio Man, admitiu que o turismo de iates em Macau, envolvendo turistas chineses, ainda precisa

de dar provas do seu sucesso, apesar dos esforços do Governo para promover esse tipo de produtos no Interior da China. A admissão foi feita na quarta-feira, durante o debate das Linhas

de Acção Governativa para a tutela dos Transportes e Obras Públicas. A directora da DSAMA revelou que a aposta no turismo de iates esbarrou em problemas logísticos a

resolver entre as autoridades da RAEM e de Guangdong, refere a Macau News Agency. Segundo os acordos actuais, todas as embarcações que tenham a China como destino têm de pagar

um depósito de seguro à chegada. Ainda assim, a responsável indicou que o Governo deve continuar a encorajar a empresa que gere o porto para iates em Coloane a organizar mais actividades.

Além disso, Susana Wong mencionou que a DSAMA, e a área do serviço público que lidera, não foi beneficiada pelos investimentos em elementos não-jogo das operadoras de casinos de Macau.


sexta-feira 1.12.2023

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ESTUDO MACAU EM RISCO EXTREMO DE INUNDAÇÕES

Marés catastróficas A Polícia Judiciária (PJ) recebeu recentemente cinco queixas de burla telefónica. As vítimas perderam no total quatro milhões de patacas, três dos quais resultaram de um só caso. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a PJ esclareceu que todas as vítimas receberam falsas chamadas de pessoas que indicaram pertencer às autoridades locais do interior da China. Nessas chamadas, foi dito às vítimas que os seus contactos estavam a ser investigados por suspeita do envio de mensagens de burla, tendo os burlões pedido os dados das contas bancárias e demais informações de contacto com o argumento de prosseguirem com as investigações. Após divulgarem por telefone todos os seus dados, as vítimas perceberam que todo o montante disponível nas contas tinha desaparecido.

Farmácias Recolhido medicamento palestino

O Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF) mandou recolher o medicamento Isofen 400mg tablets (lote n.º 53062), um anti-inflamatório não esteróide utilizado para fins antipiréticos, analgésicos e anti-inflamatórios. Este medicamento, produzido pela Beit Jala Pharmaceutical Company, na Palestina, foi considerado que “não satisfaz os padrões estabelecidos na farmacopeia, pelo que o importador de medicamentos em causa foi instruído a recolher o referido lote de medicamento afectado”. “O ISAF apela aos residentes para suspender o consumo deste lote de medicamento”, foi acrescentado. As irregularidades foram detectadas, alegadamente, “através de inspecções aleatórias periódicas de medicamentos no mercado”. De acordo com as informações fornecidas pelo importador, o lote de medicamento afectado foi fornecido às farmácias comunitárias, drogarias e farmácias chinesas.

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trabalho do docente da UM prevê que, caso as águas do mar subam um metro em Macau, como está previsto ocorrer este século, a maioria da região estará em risco de inundações catastróficas a exemplo do que aconteceu durante o tufão Hato, em 2017. Shi Huabin, professor da Universidade de Macau, irá em breve publicar os resultados da investigação “Mudanças nas marés de tempestade com a subida das águas do mar”, apoiada pelo Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia.

Faith Chan sublinha que, como “a temperatura da água no oeste do Pacífico, [...] continua a subir”, no futuro “será impossível escapar a uma maior frequência de tufões” O estudo “tentou quantificar o risco de inundações causadas por marés de tempestade baseados num caso específico, o Hato”, disse à Lusa o engenheiro, referindo-se ao tufão, cuja passagem por Macau causou 10 mortos e 240 feridos. A investigação estabeleceu cinco níveis de risco com

RÓMULO SANTOS

Burlas Vítimas lesadas em quatro milhões

Com base nas consequências do Tufão Hato, um estudo de Shi Huabin, professor da Universidade de Macau, “tentou quantificar o risco de inundações causadas por marés de tempestade”

base na potencial duração das inundações, algo que Shi descreveu como “muito importante”. “Se as inundações durarem um ou dois dias, o resultado é mais perigoso”, explicou o especialista. Num cenário em que as águas do mar subam um metro, Shi disse que o modelo prevê que a maioria da península de Macau se torne uma zona de risco máximo, assim como “enormes inundações no aeroporto e no Cotai”, onde se situam os grandes hotéis-casinos.

Um cenário nada improvável, uma vez que a subida das águas do mar no Delta do Rio das Pérolas, que inclui Macau, Hong Kong e parte da província de Guangdong, “é muito maior do que a média mundial”, disse o investigador.

Sempre a subir

O nível das águas do mar em Macau vai subir até 118 centímetros até ao final do século, “mais 20 por cento do que a média mundial”, de acordo com uma previsão feita em 2020 por inves-

tigadores da Academia de Ciências da China e da Universidade Cidade de Hong Kong. No estudo, sublinhou-se que a subida do nível das águas do mar “ligada às mudanças climáticas constitui uma ameaça significativa para Macau, devido à sua baixa altitude, pequena dimensão e à construção contínua de aterros”. Faith Chan, professor da Universidade de Nottingham em Ningbo, na China, disse à Lusa que os aterros estão mais seguros, mas

sublinhou que “o verdadeiro perigo é a combinação da subida das águas do mar, marés de tempestade e fenómenos extremos, como o Hato”. O investigador sublinhou que, como “a temperatura da água no oeste do Pacífico, onde as tempestades tropicais nascem, continua a subir”, no futuro “será impossível escapar a uma maior frequência de tufões”. O plano decenal de prevenção e redução de desastres em Macau até 2028 admitiu que “é possível que, no futuro, (…) haja uma tendência para aumentarem também os incidentes relacionados com estados meteorológicos extremos”. No documento, apresentado em 2019, previa-se a construção de uma comporta de retenção de marés e de muros com 1,5 metros de altura para prevenir inundações na zona do Porto Interior. No entanto, em Fevereiro de 2023 o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu desistir do projecto. O Governo “até podia ter dinheiro para construir muros com dez metros de altura, mas não o iria fazer, porque tanto os turistas como os residentes querem usufruir da costa”, sublinhou Faith Chan. Shi Huabin acredita que o interesse neste projecto para o Porto Interior demonstra que “as pessoas já perceberam que o clima está a mudar” e “estão a prestar mais atenção a projectos que possam reduzir o nível de risco”. Mas o investigador defendeu que é irrealista esperar que “as autoridades construam um projecto de engenharia costeira ou oceânica que seja uma solução perfeita” para um fenómeno mundial. O especialista disse que, em Macau e em muitos outros locais do mundo, os habitantes têm de aprender “o que cada um pode fazer” para lidar com inundações regulares. “A sociedade ainda não está preparada para isto”, lamentou.


VIA do MEIO

A arte chinesa da ca

(Continuação da edição anterior) AINDA NO tema yinyang, a crença taoísta de que tudo quanto é complexo deriva de algo simples espelha-se na própria estrutura modular dos caracteres que podem ser reconduzidos a apenas oito traços básicos e, em última instância, a um único ponto. Do mesmo modo, o 易經Yijing, o Clássico das Mutações, afirma que existem no universo duas fases, yin e yang, que dão origem a tudo quanto existe no mundo e que, em última instância, podem ser reconduzidos ao 氣qi, a respiração do Dao, do qual são uma dupla expressão. A fonte última de energia de todo o movimento e mudança é o qi e este deve circular sem escolhos através do calígrafo quando compõe uma peça. É comum ler-se que a caligrafia deve ser avaliada como uma expressão directa do coração-mente do artista. Acredita-se que através da caligrafia o calígrafo exprime a sua natureza性xing, os seus sentimentos情 qing, a sua intenção, 意 yi. Um tipo de julgamento estético comum é deduzir da caligrafia o carácter do calígrafo e a sua envergadura moral. Mas a natureza, os sentimentos e as ideias do calígrafo estão longe de ser importantes no sentido estrito. O bom calígrafo exprime através de si algo de muito mais poderoso do que esses estados contingentes e circunscritos, exprime o próprio Dao da natureza. APRECIAÇÃO Ao escrever com pincel, o elemento-chave é a força, 力 li, ou vigor dos traços, porque revela a energia interior a fluir sem entraves, com ritmo e naturalidade. Um caracter com força exibe uma estrutura poderosa e parece carregado de energia. Essa força deve estar presente mesmo em peças de caligrafia consideradas suaves. Os chineses dividem as peças de caligrafia entre dois tipos: firmes e suaves. As caligrafias firmes são poderosas e cheias de vigor, comparáveis a dragões e a tigres ou rápidas como cavalos galopando ou uma espada volteando no ar. As caligrafias suaves são delicadas, elegantes, graciosas como as brisas quentes da primavera, como belas mulheres com flores na cabelo ou como dançarinas com cinturas delgadas.

Cláudia Ribeiro

Fig. 18. Decalque sobre estela de還示表 Huanshi biao, de Zhong Yao鍾繇.

A caligrafia deve ser avaliada tendo em conta ainda outros factores, como a composição e a dinâmica espacial, o equilíbrio dos caracteres e a cooperação entre si, os jogos de contrastes, a qualidade dos traços, a coordenação das linhas e a capacidade de escrever de maneiras variadas os mesmos caracteres. A variação sobre o mesmo tema é omnipresente (por exemplo, nas impressões digitais, nas faces humanas, etc.) e é um dos grandes engenhos da natureza. Ora, para os chineses, toda a boa arte é conforme à natureza. Aqueles que sabem avaliar a qualidade das peças de caligrafia prestam ainda atenção à correcção de escrita dos caracteres, isto é, ao respeito pelas regras da ordem dos traços; à legibilidade, ainda que apenas para aqueles que estão treinados naquela caligrafia específica, como sucede com a cursiva; à recusa do adorno supérfluo; e à adequação entre a caligrafia e o seu significado. Com efeito, a caligrafia deve estar em consonância com o teor do texto caligrafado e ser capaz de criar a atmosfera apropriada, o que implica a compreensão do significado desse texto e dos princípios estéticos que evoca.

Yong蔡邕 (132–192), um oficial que redigiu estudos acerca da caligrafia sigilar, e Zhang Zhi 張 芝 (?–192), um pioneiro da caligrafia cursiva que viria a ganhar o epíteto 草聖caosheng, “o sábio da cursiva”, e a ser colocado no grupo dos 四賢 sixian, “os quatro virtuosos” da caligrafia chinesa. Zhong Yao鍾繇 (151–230), um funcionário do governo que foi aluno de Cai Yong, foi também o calígrafo mais importante das dinastias Han-Wei. A sua maior contribuição foi no sentido de tornar a caligrafia regular (楷書kaishu) a caligrafia padrão. 還示表Huanshi biao, uma das suas obras em caligrafia regular exibe caracteres elegantes e praticamente isentos de qualquer influência da escrita oficial, sua antecessora (Fig. 18). É, aliás, considerada a primeira peça em caligrafia regular da história. 宣示 表 Xuanshì biao, 薦季直表, Jianjizhi biao e 力命表 Liming Biao são outras das suas obras de renome. Xuanshi biao é considerado o primeiro exemplar de caligrafia regular conhecido. Zhong Yao é por isso considerado “o pai da caligrafia regular” e pertence ao grupo dos “quatro virtuosos” da caligrafia chinesa. A dinastia Jin foi uma época esplendorosa na história da caligrafia chinesa, com nada menos do que quatro calígrafos de excepção. A primeira foi Wei Shuo 衞鑠 (272–349), também conhecida como senhora Wei, 衛夫人 Wei furen. Wei Shuo foi aluna de Zhong Yao. No seu tratado 筆陣圖Bizhen tu, Diagrama da posição do pincel, distinguiu sete maneiras de segurar o pincel (七勢qishi) na caligrafia regular, precursoras dos bem conhecidos 永字八法yongzi bafa, as “oito técnicas do caracter yong” de Wang Xizhi. As “oito técnicas do carac-

ter yong” dizem respeito à maneira de caligrafar os oito traços básicos. O segundo calígrafo de excepção foi precisamente Wang Xizhi 王羲之, conhecido como 書聖shusheng, “o sábio calígrafo”, que foi aluno de Wei Shuo. A sua opus magnum é 蘭亭序Lantingxu, Prefácio aos poemas compostos no Pavilhão das Orquídeas, considerada a principal obra em caligrafia corrente da história (Fig. 19). O original, contudo, não sobreviveu à passagem do tempo. Diz-se que foi enterrado com Li Shimin, o segundo imperador da dinastia Tang, também ele um excelente calígrafo. As cópias existentes do Prefácio aos poemas compostos no Pavilhão das Orquídeas foram feitas por Feng Chengsu, da dinastia Tang, e por um calígrafo da corte da dinastia Qing. A história por trás desta obra-prima de caligrafia é a seguinte. Para comemorar a chegada da primavera, Wang Xizhi e quarenta amigos letrados encontraram-se no Pavilhão das Orquídeas em Shanyin, um subúrbio da actual cidade de Shaoxing, no Zhejiang, no dia três de março do nono ano de Yonghe (353 d.C.). Corria uma brisa suave e o sol brilhava. Os letrados jogaram então ao 流觴曲水 liushangqushui, a festa do riacho sinuoso, um jogo do Festival de Purificação da Primavera que consistia em lançar uma taça de vinho ao longo de um pequeno curso de água sinuoso, com pessoas sentadas em ambas as margens. Quando a taça parava de flutuar, a pessoa sentada à sua frente tinha de ingerir o conteúdo e improvisar um poema. Naquele dia, os letrados embriagados compuseram vinte e seis poemas. Pediram então a Wang Xizhi que redigisse um prefácio, tendo em vista publicá-los. Num brevíssimo espaço de tempo,

FRANCISCO ANZOLA

OS GRANDES CALÍGRAFOS • Da dinastia Qin (221 a.C. e 206 a.C.) à dinastia Jin (266-420 d.C.)

Fig. 17. Apreciando caligrafia.

O primeiro calígrafo de que se conhece o nome foi Li Si 李斯 (c. 280 aC - 208 a.C.), um político da dinastia Qin. Foi ele quem sistematizou a escrita chinesa em caligrafia sigilar pequena, que se tornou o padrão imperial do estado de Qin. Da dinastia Han Oriental, tem-se notícia de dois grandes calígrafos, Cai

Fig. 19. Pormenor de蘭亭序Lantingji Xu, Prefácio aos poemas compostos no Pavilhão das Orquídeas de Wang Xizhi王羲之. Colecção de cópias de Feng Chengsu馮承素. Por Leungcwd

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VIA do MEIO

aligrafia o igualmente embriagado Wang Xizhi caligrafou 324 caracteres em vinte e oito linhas. Embora se tratasse de um rascunho, viria a tornar-se no modelo mais seguido da história da caligrafia e exaltado como 天下第一行書, tianxia diyi xingshu, “a primeira caligrafia corrente sob o Céu”. Os traços são finos e livres, requintados e graciosos, exalando toda a atmosfera de fraternidade e alegria que o grupo de letrados gozou naquele memorável dia de primavera. Wang Xizhi é também considerado o grande mestre da variação (變化, bianhua), pois fazia questão de caligrafar os mesmos caracteres de forma diferente de cada vez que surgiam no texto. Por exemplo, o caracter 之zhi surge vinte vezes no Prefácio aos poemas compostos no Pavilhão das Orquídeas e de todas foi sempre escrito de maneira diferente.

Demonstrando grande versatilidade, Wang Xizhi é autor de outras obras-primas noutros tipos de caligrafia. 黃庭 經Huangting Jing foi redigido em escrita regular sobre uma seda amarelada e conta com cem linhas. Embora os caracteres variem em tamanho, Wang Xizhi conseguiu que o conjunto resultasse harmonioso e natural. Esta peça está na origem do grande período áureo da caligrafia regular, a dinastia Tang. Como se disse, Wang Xizhi é o ainda o autor do método 永字八 法yongzi bafa, “as oito técnicas do caracter yong”, que foi perpetuado através de tratados através dos tempos, desde Cui Yuan 崔瑗 (77-142) a Ouyang Xun 歐陽 詢 (557-641) em 八訣Bajue, O princípio dos oito traços. Diz-se que Wang Xizhi passou quinze anos a treinar apenas a caligrafia do caracter 永yong. O terceiro calígrafo é Wang Xianzhi 王獻之 (344–386), o mais novo e sétimo filho de Wang Xizhi. Eram conhecidos como “os dois Wang”. Xianzhi sofreu grande influência do estilo caligráfico do pai, mas foi capaz de inovar. É conhecido pela escrita cursiva de um só traço, ou seja, na qual todos os caracteres são redi-

gidos como um único traço. Wang Xianzhi é um dos “quatro sábios da caligrafia”. A sua capacidade para inovar é visível em 洛神賦Luo shen fu, uma obra em caligrafia regular considerada mais livre e divertida do que a do seu célebre pai. O quarto calígrafo é Wang Xun 王珣 (349–400), sobrinho de Wang Xizhi. Ficou conhecido por 書伯遠帖shu Boyuan tie, Carta para Boyuan, uma missiva dirigida ao seu amigo Boyuan 伯遠. Esta peça está entre três consideradas 三希 sanxi, “as três sumidades da caligrafia”. • Dinastia Tang (618–907) Na dinastia Tang surgiu um número considerável de calígrafos notáveis. Yu Shinan, Xue Ji e Chu Suiliang e Ouyang Xun compõem os chamados “quatro grandes calígrafos do início da dinastia Tang”. Yu Shinan虞世南 (558–638) foi um confucionista e secretário imperial do reinado do imperador Taizong. É também um dos quatro maiores calígrafos do início da dinastia Tang. Aprendeu caligrafia com o monge Zhu Yong, um descendente longínquo de Wang Xizhi.

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A sua caligrafia destaca-se por ser suave e tranquila. Xue Ji 薛稷 (649-713) foi um oficial que serviu a dada altura o imperador Ruizong e depois se tornou 左散騎常侍 zuo sanqi changshi, um consultor dos exames imperiais. Dedicou-se ao estudo de muitas obras caligráficas de Yu Shinan e Chu Suiliang, mas criou o seu próprio estilo. Também foi um pintor e poeta de talento, ou seja, era excelente nas Três Perfeições (caligrafia, pintura e poesia). A estela 信行禪師碑Xinxing Chanshi bei, O mestre Chan [Zen] Xinxing, um oficial da dinastia budista Sui, é considerada a sua obra principal. A estela, com aproximadamente 1800 caracteres, não sobreviveu ao tempo, mas existem fragmentos de decalques a tinta. Os caracteres são de grande elegância, com traços finos, e incorporam elementos das caligrafias corrente e cursiva na caligrafia regular.

(Continua)


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REUTERS

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Edital Uma vez que não é possível notificar directamente os interessados por meio de ofício, nos termos dos artigos 10.º, n.os 1 e 3 do artigo 58.º, n.º 2 do artigo 72.º, n.os 1 e 2 do artigo 93.º bem como n.os 1 e 2 do artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, são pelo presente notificados os contribuintes e interessados abaixo que. Em conformidade com o artigo 6.º do Regulamento Administrativo n.º 33/2022 (Plano de apoio pecuniário para aliviar o impacto negativo da epidemia nos trabalhadores, profissionais liberais e operadores de estabelecimentos comerciais em 2022), aos contribuintes a seguir mencionados foi atribuído o apoio pecuniário para operadores de estabelecimentos comerciais. E, nos termos da competência conferida pelo n.º 1 do artigo 10.º do Regulamento Administrativo, e por despacho do Exmo. Senhor Secretário para a Economia e Finanças, de 11 de Abril de 2023, esta Direcção de Serviços foi autorizada a dar início ao procedimento administrativo de verificação das informações e da qualificação dos beneficiários do apoio pecuniário previsto no Regulamento Administrativo acima mencionado. Considerando não ter sido possível provar a veracidade das informações constantes das declarações de rendimentos do imposto complementar de rendimentos, referentes ao exercício de 2021, dos contribuintes a seguir indicados, ficam os contribuintes e interessados no direito de, no prazo de 10 dias a contar do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, se pronunciarem em audiência escrita junto desta Direcção de Serviços, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M. N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

N.º de contribuinte 1301080 1325507 1373455 1417258 1420224 1612409 1634925 1946382 2157462 2407760 2415208 2417146 2426447 2532298 2532352 2658372 2770202 2781190 2797186 2853191 2920646 2922380 2922410 2951568 81506965

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Nome do contribuinte

WU SAO HA MAK POU KOK WONG KAM TENG CHOI MAN CHENG LEI KUOK KEONG CHEONG KOK SENG KUAN KIN CHON KUOK KAM HONG WONG MAN KIT LAM TAT CHEANG KUN HOU WONG HAO NA LEONG VAI FAN AO KA SENG CHE MAN NGA CHAN CHON KUAN KIT IAM KWOK HIN FUNG U CHI KIT WONG CHAN CHU WU WAI CHENG LIANG DONGCHENG LIANG WEIMIN YANG ENCHANG SOCIEDADE DE OBRAS E DESIGN IAO WAI, LIMITADA SOCIEDADE DE CENTRO SERVIÇOS DE AUTOMÓVEIS SAP SAM SAP SAM, LIMITADA SOCIEDADE DE OBRAS E DESIGN KING S, LIMITADA SOCIEDADE DE PUBLICIDADE E PROMOÇÃO KING S, LIMITADA LE MOUNTAIN CRIATIVO DA MARCA SOCIEDADE UNIPESSOAL LDA. SOCIEDADE DE PLATAFORMA DE APLICAÇÕES HOU PONG SAO, LIMITADA GRUPO SAN CHUN, LIMITADA

32 33 34 35 36 37 38 39 40

81523908 81523975 81524777 81581279 82205807 82297582 82305860 82322684 82327180

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SOCIEDADE DE ENGENHARIA WAI TIN PO, LIMITADA 澳門肌齡驛站餐飲管理有限公司 廣萊訊息科技有限公司 CRUZEIRO DO SUL TECNOLOGIA S AVANÇADAS, LIMITADA 會友有限公司 S.C. COMPUTADOR SOFTWARE LIMITADA ENGENHARIA DE DECORAÇÃO KIT CHI LIMITADA RAIO INVESTIMENTO E DESENVOLVIMENTO LIMITADA COMPANHIA DE ENGENHARIA TREASURE SEA LIMITADA COMPANHIA DE ENGENHARIA E DE CONSTRUÇÃO HOU CHEONG, LIMITADA ESTÚDIO DE PUBLICIDADE JIN BO LDA. EAST DAY GRUPO LDA. COMPANHIA DE CONSTRUÇÃO TAI CHI LIMITADA EATWELLD CONSULTADORIA E GESTÃO DE CATERING INTELIGENTE LIMITADA 文灝貿易有限公司 WA HOU MATERIAIS ECOLÓGICOS DE CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO LIMITADA MACAU MINGYU ENGENHARIA ARQUITECTÓNICA LIMITADA CASA DE ÁGUA SAUDÁVEL DE MACAU LIMITADA SHI YUAN INTERNACIONAIS GRUPO LDA. COMPANHIA DE ENGENHARIA CATHAY LIMITADA COMPANHIA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL LISA LDA. EDELVAIS LIMITADA 盛策有限公司 肌齡驛站有限公司 邦峻投資有限公司 COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE MODA NGAI CHI, LIMITADA 海蘭藥業有限公司 SOCIEDADE INTERNACIONAL I WO LIMITADA 肌齡驛站珍饈百味養生館有限公司 DA DAO XIN HANG NEGÓCIOS MACAU LIMITADA DESIGN PIXEL STUDIO SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA 宇威科創有限公司 GLORY TECNOLOGIA INOVAÇÃO SOCIEDADE UNIPESSOAL LDA. GRUPO DE RESTAURAÇÃO HAO YUE LDA. SOCIEDADE DE OBRAS DE PROTECÇÃO AMBIENTAL E DECORAÇÃO NOITE LUMINOSA, LIMITADA 繁星科技發展有限公司

Caso o interessado não se pronuncie em audiência escrita no prazo estabelecido, nem apresente qualquer justificação, considera-se que nada há a declarar em relação aos factos acima referidos, podendo esta Direcção de Serviços, nos termos do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo acima mencionado, exigir aos contribuintes a restituição do apoio pecuniário que tenham recebido para operadores de estabelecimentos comerciais. Os interessados podem, dentro das horas normais de expediente, dirigir-se ao 4.º andar do Edifício “Finanças”, sito na Avenida da Praia Grande, n.os 575, 579 e 585, Macau, para entregar a audiência escrita e consultar o presente processo administrativo. Aos 1 de Novembro de 2023.

O Director dos Serviços de Finanças, Iong Kong Leong


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china 11

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Adeus, meu velho amigo

Pequim saúda “contribuições históricas” de Kissinger para as relações sino-americanas

A

PALESTINA REACENDIMENTO DE COMBATES PODE “DEVORAR A REGIÃO”

Wang Yi e os canibais A diplomacia chinesa apresentou um plano para acabar com a guerra e os massacres. Mas Israel não está pelos ajustes

O

chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, alertou ontem que o reacendimento dos combates entre Israel e Hamas poderá levar a um desastre capaz de “devorar toda a região”, apelando a que a actual trégua conduza a um cessar-fogo. “O reacendimento dos combates apenas se transformaria muito provavelmente numa calamidade que devoraria toda a região”, disse Wang Yi, ao presidir uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre a situação em Gaza. A China, que tem apoiado uma solução de dois Estados, espera que a trégua em curso possa levar a “um cessar-fogo abrangente e duradouro”. “O actual conflito israelo-palestiniano conduziu a uma enorme perda de vidas inocentes e a um desastre

humanitário sem precedentes. Os seus efeitos colaterais ainda estão a emergir. Os testes de guerra, a consciência da humanidade e a justiça e a paz apelam à nossa racionalidade e sabedoria”, instou. De acordo com o diplomata, a história entre a Palestina e Israel ao longo de décadas mostrou repetidamente que recorrer a meios militares não é uma saída, e “abordar a violência com violência apenas conduzirá a um ciclo vicioso e incessante”. “A China espera firmemente que os últimos dias de trégua não constituam um hiato antes de uma nova fase desta ofensiva, mas sim o início de novos esforços diplomáticos para um cessar-fogo abrangente e duradouro (…) como uma prioridade absoluta”, reforçou.

Israel contra cessar-fogo

Contudo, na mesma reunião e contrariando os apelos feitos pela maioria dos Estados-membros presentes na sessão, Israel opôs-se a um cessar-fogo permanente em Gaza, argumentando que servirá apenas para sustentar o “reinado de terror do Hamas”. “Quem apoia um cessar-fogo está basicamente a apoiar a continuação do reinado de terror do Hamas em Gaza”, avaliou o embaixador israelita junto à, Gilad Erdan. Na presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros,

o chefe da diplomacia chinesa apresentou ainda uma proposta de solução para o conflito israelo-palestiniano, que assenta na implementação de um cessar-fogo abrangente e o fim dos combates, a protecção dos civis, a garantia efectiva da assistência humanitária, o reforço da mediação diplomática, e uma solução política através da implementação da solução de dois Estados. Além disso, Pequim apoiou a Palestina a tornar-se “membro de pleno direito das Nações Unidas”, num momento em que mantém, desde 2012, o estatuto de Estado-observador. O papel da China nas negociações israelo-palestinianas tem sido diminuta, com os Estados Unidos a assumirem esse papel durante décadas. Contudo, desde a mais recente escalada, Pequim tem sido das vozes mais activas dentro do Conselho de Segurança. A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, aproveitou a reunião para enfatizar os esforços de Washington, juntamente com os aliados do Médio Oriente, para aliviar a guerra atual, frisando que o “progresso acontece muitas vezes fora das paredes” do Conselho de Segurança. “Colegas, estamos agora no sexto dia de pausa humanitária em Gaza. Uma pausa que, francamente, não teria sido possível

sem a liderança do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos”, advogou, acrescentando que a posição dos Estados Unidos neste conflito tem sido pautada pela “diplomacia presidencial direta e pessoal”. “Os Estados Unidos instaram Israel a tomar todas as medidas possíveis para evitar vítimas civis enquanto exerce os seus direitos de salvaguardar o seu povo de atos de terror”, disse ainda a diplomata, num momento em que crescem as críticas a Washington por apoiar Israel numa ofensiva que, segundo o Hamas, já matou mais de 15 mil pessoas em Gaza. Thomas-Greenfield garantiu ainda que os Estados Unidos não descansarão até que todos os reféns detidos pelo Hamas sejam libertados. Também o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina, Riyad al-Malki, esteve presente na reunião, tendo apelado para que “os massacres não sejam retomados”, numa referência à trégua em vigor. “O nosso povo enfrenta uma ameaça existencial. Não se deixem enganar com toda a conversa sobre a destruição de Israel, porque é a Palestina que está a ser alvo de um plano para a sua destruição”, insistiu. “Israel deveria estar convencido de que nenhuma força na Terra pode arrancar os palestinianos da Palestina”, acrescentou.

China saudou ontem as “contribuições históricas” de Henry Kissinger para as relações entre Pequim e Washington, após a morte, aos 100 anos, do antigo diplomata norte-americano, descrito como “um velho e bom amigo do povo chinês”. Kissinger “apoiou o desenvolvimento das relações entre China e Estados Unidos durante muito tempo e visitou a China por mais de 100 vezes, fazendo contribuições históricas para promover a normalização” das relações entre os dois países, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin. “Durante toda a sua vida, Kissinger atribuiu grande importância às relações entre China e Estados Unidos e acreditou que estas eram vitais para a paz e prosperidade dos dois países e do mundo”, acrescentou. Conselheiro de segurança nacional e secretário de Estado dos presidentes norte-americanos Richard Nixon e Gerald Ford, entre 1969 e 1977, Kissinger desempenhou um papel fundamental no degelo gradual das relações entre Washington e a China, o que lhe valeu a alcunha de “velho amigo do povo chinês”. O Presidente chinês, Xi Jinping, que se encontrou com o antigo diplomata em Pequim em julho passado, enviou as suas condolências ao homólogo norte-americano, Joe Biden, de acordo com o porta-voz. O primeiro-ministro Li Qiang e o ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi também enviaram mensagens de condolências, segundo a mesma fonte. “A China e os Estados Unidos devem herdar a visão estratégica, a coragem política e a sabedoria diplomática de Kissinger”, afirmou Wang. Os dois países devem “aderir ao respeito mútuo, à coexistência pacífica e à cooperação vantajosa para todos”, sublinhou o porta-voz, apelando a um “consenso” entre as duas potências.


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Esta mostra “apresenta uma selecção variada de obras da autoria de Höfer criadas ao longo dos últimos 20 anos”, organizando-se em seis temas principais, nomeadamente “Passagens”, “Teatros”, “Museus”, “Bibliotecas”, “Visão do Mundo” e “Obras Inéditas”

FOTOGRAFIA MAM REVELA TRABALHO DE CANDIDA HÖFER “OLHAR ÉPICO”

O esplendor da imagem “Candida Höfer - Olhar Épico” é a nova exposição de fotografia acolhida pelo Museu de Arte de Macau a partir da próxima terça-feira. Esta é a oportunidade para o público admirar 60 imagens da fotógrafa alemã, um dos grandes nomes da fotografia contemporânea

O

Instituto Cultural (IC) promove, a partir da próxima terça-feira, 5, uma nova mostra de fotografia acolhida pelo Museu de Arte de Macau (MAM). Trata-se de “Candida Höfer - Olhar Épico”, que revela um total de 60 obras fotográficas da fotógrafa contemporânea “de

renome mundial”, aponta o IC em comunicado. No primeiro andar do MAM poderão ser vistos “trabalhos representativos das últimas duas décadas e alguns dos seus trabalhos mais recentes”, que são uma apresentação “de diferentes tipos de arquitectura cultural ocidental em diferentes períodos”. Desta forma, pretende-se

que o público possa “reflectir sobre a forma como estes espaços continuam a moldar e a influenciar a memória colectiva das gerações vindouras”. Candida Höfer é considerada uma das mais importantes fotógrafas conceptuais da segunda metade do século XX, tendo vencido vários prémios internacionais, incluindo o Prémio de Belas Artes de Colónia, o

Prémio de Extraordinária Contribuição para Fotografia dos Sony World Photography Awards e o Prémio Lucie de Mérito em Arquitectura. Ainda segundo o IC, Höfer é conhecida pelas suas perspectivas ortogonais, ao nível dos olhos, e por fotografar interiores arquitectónicos de espaços públicos desprovidos da presença humana.

Assim, esta mostra “apresenta uma selecção variada de obras da autoria de Höfer criadas ao longo dos últimos 20 anos”, organizando-se em seis temas principais, nomeadamente “Passagens”, “Teatros”, “Museus”, “Bibliotecas”, “Visão do Mundo” e “Obras Inéditas”. A mostra é ainda complementada pela projecção do vídeo intitulado “Espaços Silenciosos”, que se destina a “inspirar os espectadores a reflectir sobre o significado destes espaços que manifestam a fé religiosa, a estética e o espírito cultural”.

Arte do diálogo

Além da mostra propriamente dita, o MAM organiza ainda duas sessões com o público sobre a obra da autora, a decorrer no auditório do museu. Uma das palestras intitulada “Candida Höfer: Diálogo Artístico em Macau”, decorre em inglês no dia 6, quarta-feira, entre as 19h e as 20h. Nesta sessão, a fotógrafa irá apresentar “as ideias criativas e as técnicas fotográficas da artista e os

RALPH MÜLLER

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O legado de Oseo Acconci Obra do arquitecto italiano recordada na Fundação Rui Cunha

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Höfer é conhecida pelas suas perspectivas ortogonais, ao nível dos olhos, e por fotografar interiores arquitectónicos de espaços públicos desprovidos da presença humana significados das suas obras, através do intercâmbio e diálogo com o crítico de arte Herbert Burkert e os curadores João Ó e Rita Machado”. Por sua vez, no dia 9 de Dezembro, entre as 16h e as 17h, João Ó e o fotógrafo local Wong Ho Sang apresentam as suas ideias sobre a relação entre fotografia e arquitectura em cantonense e inglês, numa conversa intitulada “Fotografia x Arquitectura: Diá-

logo sobre o Mundo da Arte de Candida Höfer”. Estas sessões estão sujeitas a lugares limitados e a inscrições na plataforma da “Conta Única de Macau”. “Candida Höfer: Olhar Épico” pode ser vista no MAM até ao dia 3 de Março do próximo ano, estando disponíveis visitas guiadas em chinês aos sábados, domingos e feriados a partir do dia 16 de Dezembro, sempre às 15h.

Tap Seac Feira de Natal inaugura dia 16 de Dezembro O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) promove, a partir do dia 16 de Dezembro e durante 17 dias consecutivos na Praça do Tap Seac, tendo como tema “Oficina dos Sonhos de Natal”. Segundo um comunicado do IAM, o evento terá 23 tendas onde serão vendidas lembranças de Natal e produtos alimentares, sendo ainda colocados na praça

espaços de diversão como um carrossel, chávenas gigantes, um labirinto para que “residentes e turistas possam festejar o Natal em conjunto”. A feira de Natal no Tap Seac terá ainda espectáculos diversos, nomeadamente “balões torcidos, malabarismos feitos por palhaços e espectáculos de magia, existindo ainda um local para tirar

fotografias com recurso à realidade aumentada, bem como um presépio e uma barraca de Natal. A última edição da feira acontece a 1 de Janeiro, decorrendo entre as 14h e as 23h. No entanto, nos dias 24, 25 e 31 de Dezembro, ou seja, véspera e dia de Natal e véspera de Ano Novo, a feira decorre entre as 14h e as 24h.

ECORRE na próxima quarta-feira, pelas 18h30 na Fundação Rui Cunha (FRC), uma sessão de homenagem ao trabalho do arquitecto Oseo Acconci, organizada pelo centro de investigação Docomomo Macau. “Construir o Século XX - Um Italiano em Macau: Oseo Acconci e a sua Arquitectura nas décadas de 1950 e 1960” será apresentada por Jane Lei, doutorada em Belas Artes pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e moderada pelo arquitecto Tiago Rebocho, da Docomomo. Segundo um comunicado da organização, Jane Lei conduziu um projecto de investigação “inovador” sobre a esquecida história da arte de Macau entre as décadas de 1950 e 1980, centrado em Oseo Acconci e na sua época. O seu trabalho centra-se em questões cruciais como mudanças urbanas de Macau, a sua história e as comunidades marginalizadas. Lei foi também membro fundador da organização “Stone Commune e do Art Space of Old Ladies House”, conhecido hoje como Ox Warehouse”, ou Armazém do Boi, e tem vindo a exercer funções de curadoria e trabalhos artísticos, sendo actualmente artista free-

lance. Jane Lei fundou ainda, muito recentemente, a Lighthouse Publishing Co., Ltd., com foco na publicação e distribuição de livros de humanidades e arte.

Períodos “dinâmicos”

A palestra na FRC pretende revelar “as multifacetadas contribuições artísticas de Oseo Acconci”, um artista italiano que chegou a Macau no início do século XX e deixou uma indelével marca na paisagem artística e arquitectónica da cidade. Centrando-se nos períodos mais dinâmicos das décadas de 1950 e 1960, que provaram ser o apogeu da carreira de Acconci, a discussão navega pelos seus papéis como escultor, pintor, arquitecto e empreiteiro, enfatizando a raridade de tal diversidade na história da arte de Macau. A organização do evento descreve ainda que o legado de Oseo Acconci, que se manifesta num espectro de obras abrangendo esculturas, murais e projectos arquitectónicos, proporcionando um ponto de referência e contexto distintos nos anais da história da arte de Macau. Notavelmente, as suas criações durante a era de desenvolvimento urbano do pós- II Guerra incorporam o espírito de

artesanato e inovação, deixando um impacto duradouro na paisagem urbana em evolução. Apesar do seu papel fundamental em projectos de obras públicas, incluindo estruturas icónicas como a fonte da Praça do Leal Senado, blocos para funcionários públicos e da polícia, juntamente com muitos outros edifícios governamentais, Acconci permanece comparativamente obscurecido nas sombras dos seus contemporâneos. Assim, esta apresentação “procura ressuscitar o seu legado, lançando luz sobre a proeza arquitectónica incorporada nas suas criações e as suas qualidades modernistas, bem como o significado cultural das suas obras”. Esta palestra visa ainda ressaltar “os desafios de documentar as contribuições de Acconci devido à falta de registos abrangentes e à natureza controversa ou destruída de algumas de suas obras nos últimos anos”. Ao abordar estas lacunas na narrativa histórica, a apresentação pretende “oferecer uma compreensão matizada da influência de Oseo Acconci no património artístico e arquitectónico de Macau, enriquecendo o discurso sobre a evolução cultural da cidade”, descreve ainda a organização.


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PROBLEMA 16

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SOLUÇÃO DO PROBLEMA 15

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SALA 1

FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Anselm Chan Mou Yin Com: Carlos Chan, Michelle Wai, Tommy Chu, Hedwig Tam 14.30, 19.15, 21.30

FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Nick Cheuk Com: Lo Chun Yip, Ronald Cheng, Hanna Chan, Rosa Maria Velasco 17.30

FALADO EM CANTONÊS Um filme de: Walt Dohrn 16.45 SALA 2

FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: David Tang Com: Kent Tsai, Mandy Wei, Belle Hsin 14.30, 21.30

With Feeling” Nick Cave continua contido, duro e recolhido na sua dor, como sempre, 21 aliás. Inabalavelmente sóbrio e caloroso. Hoje Macau

FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS Um filme de: Tsutomu Mizushima 16.30, 19.30

SALA 3

FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Zhang Mo Com: Xiaofei Zhang, HongChi Lee, Kara Wai Ying-Hung 14.30, 19.15 Um filme de: Alejandro Moneverde Com: Jim Caviezel 16.45

FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Lawrence Kan Com: David Chiang, Jennifer Yu, Bowie Lam 21.30

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9 6 8 1 5 7 3 2 4 1 4 3 8 7 5 2 6 9 2 3 4 9 8 6 7 1 5 8 9 6 1 4 2 3 7 5 7 1 5 3 4 2 6 8 9 5 7 2 6 3 9 1 8 4 3 9 7 8 2 5 1 4 6 AVISO 7 5 9 4 8 1 6 2 3 COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL 5 2 saber 6 que,4o prazo 9 de1 8 por7arrendamento 3 dos terrenos 2 1 abaixo 8 indicados, 3 9 chegou 6 ao5seu término, 4 7e, 1. Faço concessão da RAEM que de acordo com o artigo 53.º da Lei n.º 10/2013 <<Lei de Terras>>, de 2 de Setembro, conjugado com os artigos 2.º e 4.º 4 da8Portaria 1 n.º6219/93/M, 7 de32 de9Agosto,5foi 2 6 renovado 3 4por um 2 período 5 de7dez 9 o mesmo automaticamente anos a1 contar8 da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção 8 dos7Serviços 2 de5Solos6e Construção 9 4Urbana. 3 1 9 2 7 5 6 8 4 3 1 Localização dos terrenos: 1 - 5 Avenida 9 7 3 4 2 6 8 3 8 1 9 2 4 7 5 6 do Conselheiro Borja, n.º 306, em Macau; 6 - 4 Avenida 3 2 1Tamagnini 8 5Barbosa, 9 n.º7422, Rua Va Tai, n.º 3,4Rua Dois 6 do5Bairro7Va Tai, 1n.ºs33 a 158e Rua9Três2 de Artur do Bairro Va Tai, n.ºs 10 a 16, em Macau, (Edifício Wa Fu Lau); Rua Va Tai, n.º 6, Istmo de Ferreira do Amaral, n.ºs 127 a 131, Rua Dois do Bairro Va Tai, n.ºs 17 a 37 e Rua Três do Bairro Va Tai, n.ºs 18 a 38, em Macau, (Edifício Wa Keong Lau); - Rua Um do Bairro Va Tai, n.ºs 17 a 31, Rua Dois do Bairro Va Tai, n.ºs 22 a 40, Rua Va Tai, n.ºs 4 e 4A e Istmo de Ferreira do Amaral, n.ºs 121 a 125, em Macau, (Edifício Wa On Lau); - Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, n.ºs 394 e 402, Rua Dois do Bairro Va Tai, n.ºs 2 a 20, Rua Um do Bairro Va Tai, n.ºs 1 a 15 e Rua Va Tai, n.ºs 1B e 1C, em Macau, (Edifício Wa Hong Lau) ; - Rua Marginal do Canal das Hortas, n.ºs 58 a 90, Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, n.ºs 364 a 378, Rua Um do Bairro Va Tai, n.ºs 6 a 42 e Rua Va Tai, n.ºs 1 a 1AD, em Macau, (Edifício Ling Nam); - Istmo de Ferreira do Amaral, n.ºs 66 a 72 e Estrada dos Cavaleiros, n.ºs 73 a 99, em Macau, (Edifício Kong Nam); - Istmo de Ferreira do Amaral, n.ºs 113 a 119, Rua Marginal do Canal Das Hortas, n.ºs 18 a 44, Rua Va Tai, n.ºs 2 a 2D e Rua Um do Bairro Va Tai, n.ºs 54 a 98, em Macau, (Edifício San Nam); - Avenida de Venceslau de Morais, n.ºs 181 e 183, em Macau, (Edifício Industrial Va Meng); - Avenida de Venceslau de Morais, n.ºs 237 a 251, Rua de Venceslau De Morais, n.ºs 2 a 18 e Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 577 a 615, em Macau, (Edifício Industrial Fu Tai); - Travessa de Ma Kau Seak, n.ºs 7 a 15, em Macau, (Edifício Industrial Kin Va); - Avenida do Almirante Lacerda, n.ºs 115 a 117A, em Macau, (Edifício Heng Seng); - Beco da Rosa, n.ºs 27G e 27H e Beco dos Coulaus, n.ºs 24 a 24B, em Macau, (Edifício Si Leong); - Rua do Visconde Paço de Arcos, n.ºs 374 a 380 e Avenida de Demétrio Cinatti, n.ºs 47 e 48, em Macau, (Edifício Jardim Fun Lei). 2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Serviços da RAEM das Ilhas, para os efeitos do respectivo pagamento. 3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada. Aos, 8 de Novembro de 2023. O Director dos Serviços de Finanças Iong Kong Leong -

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8 1 7 2 6 5 3 9 4 4 7 9 6 1 8 2 3 5 “One More Time With Feeling” é 9 4 6 7 1 3 5 2 8 8 2 3 9 7 5 4 1 6 um documentário britânico realizado 2 9Dominik 8 4 e7que1 6 TROLLS BAND TOGETHER 5 [A]1 6LAST4SUSPECT 3 [C]2 9 8 7 em 2016 5 por3 Andrew acompanha a gravação do décimo sexto 3 8 9 4 7 2 1 6 5 7 4 5 2 9 1 3 6 8 álbum de Nick Cave, “Skeleton Tree”, 1 6do seu 5 filho 3 9de 8 4 7 2 FLUFFY LOVE [A] 2 6 1 5 8 3 7 9 4 após a morte 15 anos. Tocante e com momentos muito pecu2 7 4 6 5 1 8 3 9 3 9 8SOUND 7OF4 6 [C]5 2 1 FREEDOM liares, “One More Time With Feeling” mostra de 6 forma 5 3crua, 1 as4 múltiplas 9 2 8 7 1 3 4 8 2 7 6 5 9 faces de um homem e artista complexo 7 2 8caminho, 5 3 após 6 9um4 1 GIRLS UND PANZER DAS 6 FINALE 8 7IN BROAD 3 DAYLIGHT 5 9[B] 1 4 2 que continua o seu evento trágico. 4 9 Em 1 “One 8 2More 7 Time 6 5 3-CHAPTER 4- [A] 9 5 2 1 6 4 8 7 3

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5 1 4 9 8 6 2 7 3 6 9 8 7 4 3 2 5 1 3 9 7 2 1 4 5 8 6 5 4 3 8 2 1 7 9 6 2 6 8 3 7 5 9 4 1 2 7 1 9 6 5 3 4 8 8 5 2 6 9 7 3 1 4 do edital 9 8 5 2 7 6 1 3 4 Rectificação (19/FGCL/2023) 96.º da8Lei n.º310/2015 1 (Regime 6 de5garantia 2de créditos laborais), o1Conselho 3Administrativo 6 4 do5Fundo8de Garantia 9 de2 7 Nos7 termos4 do artigo Créditos Laborais (FGCL) deliberou, em 13 de Novembro do corrente ano, autorizar a atribuição do crédito requerido a favor dos trabalhadores 1 abaixo 3 mencionados 6 4 (inclusive 5 2os eventuais 7 9 7 o2 4edital3que 1 9 no6dia 278 5 dos devedores juros de8 mora), por ter saído inexacto respectivo foi publicado de Novembro do corrente ano, se rectifica o seguinte: 4 7 1 5 6 3 8 2 9 4 5 2 1Montante 3 total7 8 6 9 Número Devedor(es) Nome dos trabalhadores N.º do pedido dos créditos (MOP) 6 8 5 1 2 9 LONG 4 3 7 8 6 7 5 9 2 4 1 3 KAIYUN 120/2022 $57,708.01 IEONG KUAN SIO 8/2022 $110,095.03 9 2 3 7 4 8 1LAO LAI 6 LAI5 3 1 9 6 8 4 5 7 2 657/2023 $64,700.73

TONG WAI MAN 111/2022 $16,951.28 LAO KA MAN 674/2023 $120,351.63 WONG MENG CHIT 157/2022 $94,341.23 NG CHI WA 696/2023 $91,723.31 KUAN I TENG 419/2022 $115,521.84 PUN CHI LAP 176/2022 $113,669.20 LEONG WAI MAN 448/2023 $115,874.88 LEI IO MENG 364/2022 $64,085.76 MIO IEK LON 671/2023 $128,363.33 GRUPO DE LEONG CHI KEONG 244/2022 $153,731.67 CONSULTORIA 1 $3,236,666.79 CHEONG LAI IENG 365/2022 $120,555.89 COMERCIAL SUNCITY SONG IN MAN 140/2022 $60,125.05 LIMITADA WONG WAI MENG 283/2022 $289,832.93 LEI KUOK KEI 665/2023 $110,576.64 LEONG LOK IO 670/2023 $138,006.00 LAM CHI KUN 351/2022 $52,231.60 LEONG TAK CHUN 698/2023 $48,984.85 CHOI HOU IN 683/2023 $68,378.71 HO KIN NGAI 381/2023 $524,041.05 U HOI TEK 368/2022 $64,381.76 LEI CHI IEONG 558/2023 $177,577.36 TANG CHI HOU 560/2023 $97,929.23 CHE TENG SAM 259/2023 $158,433.57 CHAN HONG 706/2023 $78,494.25 De acordo com a alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º da Lei acima referida, conjugada com o n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M de 11 de Outubro, os devedores abaixo referidos são notificados que o FGCL irá, no prazo após oito dias contados a partir da data da publicação deste edital, atribuir os montantes resultantes dos créditos a favor dos trabalhadores mencionados no quadro abaixo. Além disso, nos termos do artigo 8.º da mesma Lei, o FGCL fica sub-rogado nesses créditos, após a sua atribuição. O devedor acima referido pode comparecer, durante as horas de expediente, na sede da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado n.os 221 a 279, Edifício Advance Plaza, Macau, para consultar o respectivo processo. 30 de Novembro de 2023. O Presidente do Conselho Administrativo do FGCL, Wong Chi Hong


sexta-feira 1.12.2023

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Carlos Coutinho

ARISTÓTELES ‘et alia’, filosofando à grande e à grega, definiram como autarcia a situação em que o Estado controla todos os recursos necessários à sua subsistência de forma autónoma, afirmando a sua independência contra qualquer interferência estrangeira, ou, quando muito, como uma sociedade que se basta a si mesma, pelo que nunca aceitariam a designação de um presidente de câmara ou de freguesia como autarca, mesmo que fosse português ou membro da CPLP. Autarquismo, por isso, seria a eliminação do governo geral em favor do autogoverno, assim como patriarca seria o homem mais importante de uma família ou aquele que chefia uma família. Isto, entre os judeus e mesmo entre povos mais antigos. Já matriarca é um termo que apenas foi adoptado eruditamente no século XIX no âmbito dos estudos antropológicos, para indicar uma figura da mulher e mãe que assume uma posição dominante num determinado grupo social. Nas sociedades modernas, todavia, as matriarcas são geralmente mulheres já avós que, num modelo familiar alargado, têm um papel preponderante e, por vezes, despótico na sua relação com os outros membros da família. Na Biologia, nomeadamente no caso dos cavalos, a matriarca é uma égua, normalmente a de mais idade, que usufrui de uma posição superior à das outras éguas, em geral todas aparentadas, e respectivos potros. No caso dos felinos, especialmente os gatos, matriarca é a fêmea que ostenta três cores na pelagem. Os machos que apresentam as três cores são quase todos inférteis, isto é, geneticamente incapazes de se reproduziram. Também com os marsupiais é patriarca ou matriarca o elemento de maior grau hierárquico na família. Quanto aos cardeais, o caso mais notório é o do patriarca de Lisboa, de momento um tal D. Rui Valério que é também o bispo das Forças Armadas, sem nunca ter dado um tiro. Pelo menos que eu saiba. A Infopédia especifica que se trata do “nome dado aos chefes político-religiosos que dirigiram os Hebreus durante a sua vida nómada e que foram anteriores aos Juízes”. O que eu conhecia era a fase inicial da espécie humana em que matriarcado (do grego antigo μητέρος, metéros, mãe, e ἀρχή, arché, origem, ou regra) sinónimo de ginecocracia (em grego hodierno, γυναικοκρατία), algumas vezes citado como ginocracia. Em algumas culturas, a mulher ainda é líder da família e a transmissão de bens, assim como do poder tribal, se faz através dos membros do sexo feminino do grupo. Na dimensão religiosa, muitas vezes o matriarcado tem sido associado à adoração de divindades femininas da fertilidade e da maternidade. James Frazer, J. J. Bachofen, Walter Burkert Robert Graves, James Mellaart e Marila Gimbutas desenolveram a teoria segundo a qual todas as divindades da Europa e da bacia do Mar Egeu são oriundas de uma

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FILOSOFANDO E O 25N

A crença de que um governo das mulheres precedeu o governo dos homens foi, de acordo com Haviland, “sustentada por muitos intelectuais do século XIX”. A hipótese sobreviveu até o século XX e foi notavelmente duradoura no contexto do feminismo e, especialmente, do ‘feminismo de segunda onda’, mas a hipótese está em grande parte desacreditada

deusa matriarca pré-indo-europeia (Neolítico). Segundo esses especialistas, a religião da deusa mãe era a base de toda a Pré-História das civilizações antigas e a Deusa seria o fundamento sócio-religioso do matriarcado. Na mitologia nórdica há referências às sociedades matriarcais, como as Elvens e outros povos pré-históricos que habitaram nas regiões da Escandinávia. Algumas teorias dizem que o uso de armas duplas (dual wield) foi desenvolvido especialmente para mulheres, pela dificuldade de carregarem escudos muito pesados. Não é, no entanto, o mesmo que matrilinearidade onde as crianças são identificadas em função das mães em vez dos pais, e famílias estendidas e alianças tribais formam linhas consanguíneas femininas conjuntas. Por exemplo, na tradição judaica Halakha, somente uma pessoa nascida de mãe judia é automaticamente considerada judia. Portanto, a herança judaica é passada de mãe para filho. É também diferente de matrifocalidade que alguns antropólogos usam para descrever sociedades em que a autoridade materna é

proeminente nas relações domésticas, devendo o marido juntar-se à família da esposa, em vez de a esposa mudar-se para a tribo do marido. Assim, matriarcado seria uma combinação de múltiplos factores. Inclui matrilinearidade e matrifocalidade, sendo que o mais importante é as mulheres serem encarregadas da distribuição de bens do clã e, especialmente, das fontes de sustento. A maioria dos antropólogos afirma que não existem sociedades conhecidas que sejam inequivocamente matriarcais. De acordo com J. M. Adovasio, Olga Soffer e Jake Page, não se conhece de facto nenhum matriarcado verdadeiro que tenha existido. A antropóloga Joan Bamberger argumentou que o registo histórico não contém fontes primárias sobre qualquer sociedade dominada por mulheres. A lista ‘human cultural universals’, do antropólogo Donald Brown, (as características compartilhadas por quase todas as sociedades humanas actuais) inclui os homens como sendo o “elemento dominante” nos assuntos políticos públicos, que ele afirma ser a opinião contemporânea da antropologia dominante. Existem, contudo, algumas divergências e possíveis excepções. A crença de que um governo das mulheres precedeu o governo dos homens foi, de acordo com Haviland, “sustentada por muitos intelectuais do século XIX”. A hipótese sobreviveu até o século XX e foi notavelmente duradoura no contexto do feminismo e, especialmente, do ‘feminismo de segunda onda’, mas a hipótese está em grande parte desacreditada. Eis por que Carlos Moedas se esforça tanto por ser um autarca arcaico, levando às suas celebrações do 25 de Novembro na autarquia lisboeta convidados da direita troglodita e também o cada vez mais inquietante almirante Gouveia e Melo, aquele chefão que castigou os 13 subordinados seus que se recusaram a patrulhar o Atlântico num vazo de guerra comprovadamente apto a afundar-se. * Para que não se perca a noção do que significa esta efeméride que concentra a devoção da grande vilanagem, respigo:

António Barreto – “Hoje, 25 de novembro, é dia de festa. Apesar de ser data controversa e detestada por alguns (…)” Espero que não tenha dado o badagaio à Maria Filomena Mónica, ao ler isto no “Público”, porque o que parece é que o seu marido e ex-sociólogo do Pingo Doce a largou para ir de braço dado com Carlos Moedas à Festa dos Biltres. Manuel M. Gomes, fingindo desconhecer a “Lei Barreto”, afirma que “o que se passa hoje no Alentejo é simplesmente vergonhoso, desumano e imoral. A exploração do próximo é algo que pensava não existir a este nível em Portugal, mas infelizmente estou profundamente errado. Já agora, gostava de saber e, para isso, peço ajuda aos jornalistas. O que aconteceu aos que há um ano foram detidos em Odemira?” E, pergunto eu, o que vai acontecer aos que continuam a seguir a lei do Barreto no Alentejo, no Ribatejo e até em Trás-os-Montes? José Pacheco Pereira – “Ter ‘ideologia’ é normal e saudável em democracia e é de supor, por exemplo, que os socialistas sejam socialistas. (…) Há anos que reclamo de governos sem qualquer resposta o esclarecimento documental sobre muitos aspetos da negociação com a troika, que permitam saber que medidas são da autoria da troika ou dos governos Sócrates e Passos-Portas-troika, mas duvido que haja sequer um registo fiável desses contactos, em especial quando se sabia que um ministro português usava um computador de um membro da troika para enviar correspondência”. Basílio Horta – “Estávamos organizados com o PS à frente. O PS era o grande dinamizador e o grande organizador dessa reação. Nunca se soube donde vieram as armas, mas que vieram, vieram. Se houvesse alguma coisa dessas, era uma guerra civil. Eu estava em Celorico de Basto. O CDS tinha uma grande força em Celorico de Basto, o segundo concelho onde o CDS tinha a maior força e estávamos à espera do que poderia acontecer. Havia realmente armas. (Eu) já as trazia de Fafe. Não era eu, era o grupo em que eu estava integrado. Ali era mais PS. Não havia PSD. (…) O Cardeal António Ribeiro, que era muito meu amigo e esteve no meu casamento e no batizado das minhas filhas, achava que o CDS vinha dividir a direita, que não havia razão nenhuma para dividir a direita, que não havia razão nenhuma para haver CDS”, até porque, lembro eu, como o Pacheco Pereira reconheceu, a horda do partido único fascista havia-se transferido para dentro do PSD, então PPD. E o Basílio, presidente agora da Câmara de Sintra, à frente do PS, faz questão de frisar que “o dr. Mário Soares era uma figura, uma coisa que hoje nos falta.” Para que conste.


“O amor é a união de duas solidões que se respeitam.” PALAVRA DO DIA

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lançamento inaugural do foguetão europeu Ariane 6 está previsto para entre 15 de Junho e 31 de Julho de 2024, anunciou ontem a Agência Espacial Europeia (ESA). “É um bom dia para a Europa espacial”, declarou o diretor da ESA, Josef Aschbacher, numa conferência de imprensa, anunciando o lançamento inaugural do foguetão, que esteve inicialmente previsto para 2020. A data exacta do lançamento será anunciada, provavelmente, em Março ou Abril de 2024, de acordo com Aschbacher. O presidente do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), Philippe Baptiste, especificou que o foguetão ainda será sujeito a mais dois testes e só depois será data uma precisa para o lançamento. A luz verde para o lançamento inaugural resulta de uma decisão conjunta da ESA, do fabricante ArianeGroup e do CNES, que fornece a infraestrutura portuária da estação espacial em Kourou. Inicialmente previsto para 2020, o primeiro voo do Ariane 6, concebido para enfrentar a concorrência do americano Space X, foi adiado diversas vezes devido à pandemia de covid-19 e a dificuldades de desenvolvimento.

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SOSCHILDREN

Com o regresso ao formato de fim de semana único, não se esperam grandes mexidas no programa do 71.º Grande Prémio de Macau

GP PROMOTORES DO INTERIOR QUEREM REGRESSAR EM 2024

Marcar a posição M ENOS de duas semanas passaram desde a conclusão do 70.º Grande Prémio de Macau, mas já os promotores dos campeonatos de automobilismo do Interior da China tentam marcar posição para a edição número 71 do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. O Campeonato da China de Fórmula 4 lançou o seu calendário para a temporada de 2024, colocando o Grande Prémio de Macau como a sua prova de encerramento, numa clara e pública demonstração de intenções sobre um eventual regresso à RAEM no próximo ano. Após três visitas consecutivas a Macau, o Campeonato Chinês de Fórmula 4 teve este ano a sua prova de encerramento agendada para o Circuito da Guia. Porém, a Comissão Organizadora do Grande Prémio acabou por optar pelos mais modernos e seguros monolugares Tatuus F4-T421 do revitalizado Campeonato do Sudoeste Asiático de Fórmula 4. Esta “derrota” gerou uma resposta imediata por parte do promotor do campeonato chinês que foi ganho este ano pelo jovem do território, Tiago Rodrigues. No próximo ano, o Campeonato Chinês de Fórmula 4, irá finalmente introduzir um monolugar de F4 da

última geração. O novo Mygale M21-F4 vai substituir o desactualizado Mygale M14-F4, visto a correr no Grande Prémio de 2020 a 2022, que estava em uso desde 2015. O promotor da única competição nacional de monolugares da China apostará num calendário de seis provas, com a primeira a ser disputada no fim de semana do regresso do Grande Prémio da China de Fórmula 1, em Xangai, e a última agendada para o circuito citadino de Macau. Também o promotor do Campeonato da China de Carros de Turismo/TCR China, já divulgou às equipas o rascunho do calendário da próxima época. O Grande Prémio de Macau é a prova de final de ano, sendo que a competição onde correu André Couto esta temporada poderá optar por colocar a prova do Circuito da Guia como extra-campeonato, ao contrário deste ano, em que serviu de palco para a decisão dos títulos de pilotos e construtores.

Mais ou menos fechado

Com o regresso ao formato de fim de semana único, não se esperam grandes mexidas no programa do 71.º Grande Prémio de Macau. O acordo entre as autoridades competentes de Macau e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) contempla a presença da Taça do

Mundo de Fórmula 3 da FIA e a Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia até 2025. O TCR World Tour ainda não anunciou o seu calendário para o próximo ano, mas dado o bom relacionamento entre o WSC Group e as entidades desportivas do território, é esperado que a Corrida da Guia volte a ser o palco para a prova de fim de temporada da maior competição internacional de carros de Turismo. O Grande Prémio de Motos de Macau, um dos elementos diferenciadores do evento, continua de boa saúde e ninguém acredita que o troféu bimarca Toyota GR86-Subaru BRZ, lançado com sucesso este ano pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), não tenha o seu lugar no evento do mês de Novembro. A sexta prova é com certeza a Taça de Carros de Turismo de Macau, que provavelmente regressa como a prova final do Campeonato da China de Turismo/TCR China, ao passo que uma sétima corrida no evento, mesmo num horário já por si apertado, não é teoricamente impossível, tendo tal acontecido pela última vez em 2016. Contudo, para além da Corrida de Fórmula 4, a Taça GT - Corrida da Grande Baía, é outra forte candidata caso essa “slot” seja aproveitada. Sérgio Fonseca

ESA

número de travessias irregulares para o território da União Europeia (UE) aumentou 18 por cento, para mais de 330.000, nos primeiros dez meses de 2023 em comparação com o período homólogo do ano passado, foi ontem anunciado. De acordo com um relatório divulgado pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), entre Janeiro e Outubro deste ano 331.600 pessoas tentaram entrar irregularmente no território dos Estados-membros da UE. O Mediterrâneo Central continua a ser a principal rota migratória, com 143.613 pessoas a tentarem entrar por esta via, um aumento de 68 por cento face ao período homólogo. Um total de 97.300 pessoas tentaram chegar a países da União Europeia pelos Balcãs Ocidentais, um decréscimo de 23 por cento, enquanto o Mediterrâneo Oriental verificou um aumento de 24 por cento (mais de 45.000 pessoas). A Frontex resgatou quase 40.000 pessoas entre Janeiro e Outubro e participou na repatriação de mais de 31.000 pessoas. Por causa do fluxo migratório súbito na fronteira entre a Finlândia e a Rússia, que levou Helsínquia a encerrar todos os postos fronteiriços com Moscovo, a agência europeia iniciou na quarta-feira um reforço da presença na Finlândia, com mais 50 elementos e equipamentos para o efeito, como carros-patrulha.

1.12.2023

ESPAÇO | ARIANE 6 LANÇAMENTO ENTRE JUNHO E JULHO

GCS

UE TRAVESSIAS IRREGULARES AUMENTARAM 18 POR CENTO

Rainer Maria Rilke

sexta-feira

FIFA Portugal desce uma posição no ranking

A selecção portuguesa de futebol desceu um lugar no ranking mundial, para o sétimo, de acordo com a classificação divulgada ontem pela FIFA, que continua a ser liderada pela Argentina, campeã do mundo em título. Portugal, que na actualização anterior subiu do oitavo para o sexto posto, foi, nesta actualização, ultrapassado pelos Países Baixos, que ascenderam uma posição. Atrás da selecção lusa, seguem, sem alterações em relação ao ranking anterior, a Espanha, que é oitava, a Itália, nona, e a Croácia, 10.ª. Na frente do ranking, continua a selecção da Argentina, seguida da França, que é segunda, e da Inglaterra, que subiu do quarto para o terceiro posto. O Brasil, que desceu dois lugares, é agora quinto, imediatamente atrás da Bélgica, que subiu uma posição, e é agora quarta.


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