hojemacau

Pereira Coutinho,
e
reforçaram a equipa que “trabalha nos bastidores” para resolver “da melhor maneira” a situação gerada pelas novas instruções que condicionam a emissão de novos BIR a portugueses que chegam a Macau como trabalhadores especializados. Coutinho afirma que a lei que alterou esse paradigma partiu da iniciativa do Governo.
na Universidade
Aformação de quadros qualificados para Macau e a importância dos alunos bilingues. Foram estes os destaques elencados pela reitora da Universidade Católica Portuguesa sobre o papel da instituição e a ligação a Macau, numa reunião com o Chefe do Executivo, que decorreu na segunda-feira.
O encontro foi divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social e durante este Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica, terá feito “uma breve apresentação” sobre o desenvolvimento da instituição e as perspectivas futuras.
Por outro lado, destacou que “ao longo dos anos, a UCP tem-
reforçando a cooperação na formação das disciplinas profissionais e promovendo relações entre ambas as partes”.
A reitora revelou também que a instituição tem planos para “lançar um programa de formação de quadros qualificados em biotecnologia com a Universidade de São José” e atirou que este programa vai beneficiar o “desenvolvimento a longo prazo” do território.
Por sua vez, Ho Iat Seng apontou que “a universidade não só possui uma longa história como manteve sempre uma boa relação com o território, tendo formado, ao longo dos anos, muitos quadros qualificados”.
-se empenhado activamente na formação de talentos para Macau em diversas áreas profissionais”, e que “os alunos bilingues nas línguas chinesa e portuguesa são
uma ponte importante entre Macau e Portugal”.
Isabel Capeloa Gil deixou ainda a esperança que “com base no relacionamento existente a
Apassagem do tufão
Koinu causou um desabamento de terras em Seac Pai Van, numa encosta de Coloane que danificou quatro viaturas. O caso foi relatado ontem pelo Jornal Ou, e não houve qualquer ferido a lamentar. No entanto, o deputado Leong Hong Sai apelou ao Governo para estudar o caso e tomar medidas que assegurem a segurança de todas as encostas no território, a começar pelas que ficam perto das habitações.
Neste sentido, Leong Hong Sai pede que se recorra à “Rede de Informação sobre a Segurança de Taludes” e se
faça uma investigação sobre o estado de todas as encostas, classificando-as de acordo com a urgência de realizar eventuais trabalhos para garantir a segurança.
Ao mesmo tempo, o deputado ligado aos Moradores, entendeu ser importante estudar a criação de um mecanismo sobre o perigo de derrocadas, principalmente durante a época de chuvas.
Leong Hong Sai afirmou também que durante tempestades e tufões, as autoridades raramente divulgaram informações e instruções sobre deslizamentos de terras.
O legislador apontou que desta vez, o facto de “vários carros” terem sido afectados pelo deslizamento, mostra que a consciência dos residentes para estes perigos ainda é fraca. Por isso, o deputado recomendou às autoridades que reforcem a promoção e a educação sobre a segurança das encostas e emitam previsões de alerta de deslizamentos de terras, especialmente durante a estação das chuvas.
universidade espera continuar a aprofundar a sua cooperação com a RAEM, especialmente, ao realizar intercâmbios académicos entre instituições de ensino superior,
“A Universidade Católica não só possui uma longa história como manteve sempre uma boa relação com o território, tendo formado, ao longo dos anos, muitos quadros qualificados.”
HO IAT SENGComo acontece sempre neste tipo encontros institucionais, o Chefe do Executivo afirmou ainda que o Governo está empenhado na “estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada 1+4”, em que a indústria do jogo financia a diversificação da economia para sectores como o financeiro, área da saúde (big health), tecnologia de ponta e sector das exposições, convenções, eventos desportivos e comerciais.
Ho também destacou que na visita deste ano a Portugal teve um encontro com “estudantes de Macau em Portugal, dos quais muitos deles frequentam a Universidade Católica Portuguesa”. Sobre este encontro, o Chefe do Executivo apontou que “todos [os alunos] demonstraram intenção de regressar a Macau para ingressar nas respectivas áreas profissionais após a conclusão dos cursos, num apoio a Macau para garantir o desempenho contínuo do seu papel de plataforma entre a China e Portugal, promovendo uma cooperação e intercâmbio mais alargados entre o Interior da China, Macau e Portugal”. João Santos Filipe
Odeputado Nick Lei está preocupado com os riscos para a segurança das crianças criados por um escorrega deformado na Zona de Lazer da Marginal da Estátua de Kun Iam.
Segundo uma interpelação escrita divulgada pelo jornal Ou Mun, o legislador recebeu várias queixas sobre as instalações para as crianças, e suspeita-se que o escorrega tenha ficado deformado devido à exposição ao sol, o que levanta dúvidas sobre a qualidade das instalações públicas.
Face às queixas recebidas de pais de crianças que utilizam o espaço, Nick Lei
quer que o Executivo explique os critérios adoptados para a compra dos equipamentos infantis, padrões de segurança e os procedimentos de manutenção.
O deputado ligado à associação de conterrâneos de Fujian também destacou que a maior parte das instalações recreativas públicas de Macau está localizada ao ar livre, pelo que os materiais do equipamento recreativo devem ter um certo grau de resistência ao calor e de durabilidade, caso contrário, avisa, “terão um impacto grave na segurança das crianças quando estas brincam”.
Nick Lei também apelou às autoridades a procederem a uma inspecção pormenorizada das outras áreas de diversão para crianças, a fim de eliminar potenciais riscos de segurança.
Na interpelação escrita é também pedido às autoridades que expliquem ao público as causas da deformação das instalações de diversão, e que se substituam os equipamentos. Por outro lado, pedem-se explicações sobre as medidas que vão ser adoptadas para que estes problemas não se repitam.
JOSÉ Pereira Coutinho considera que o Governo é o responsável pela decisão de recusar o estatuto de residente a portugueses que imigram para Macau como trabalhadores especializados. As declarações de um dos poucos deputados que se assume português surgem em resposta a Ho Iat Seng, que na semana passada responsabilizou a Assembleia Legislativa pela aprovação da nova lei, que tinha sido proposta pelo Governo.
“Estas são iniciativas legislativas, do Governo de Macau, que nos últimos anos entendeu alterar o sistema da autorização de residência aos portugueses que venham trabalhar para Macau”, afirmou o deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau. “Não é uma iniciativa da Assembleia Legislativa, como veio mencionado nos meios de comunicação social, os deputados analisam o diploma e dão a sua opinião”, acrescentou.
“Estamos a trabalhar nos bastidores para que a questão seja resolvida da melhor forma. Acreditamos que o cônsul-geral de Portugal em Macau também está muito debruçado sobre a matéria.”
PEREIRA COUTINHO DEPUTADO
Segundo os procedimentos habituais em Macau, a lei foi proposta pelo Governo, depois de consultado o Conselho Executivo, e foi aprovada pela Assembleia Legislativa.
José Pereira Coutinho era o único deputado ligado à ATFPM em 2021, quando a lei foi discutida na generalidade, e votou a favor. Na especialidade voltou contra alguns artigos e absteve-se noutros, mas nunca abordou o facto de os portugueses poderem deixar de ter acesso ao estatuto de residente permanente devido a serem trabalhadores
O Chefe do Executivo propôs a lei, mas diz que a responsabilidade é da Assembleia Legislativa. José Pereira Coutinho aprovou a lei na generalidade, mas defende que a responsabilidade é de Ho Iat Seng, porque os deputados só “analisam o diploma e dão a sua opinião”
apontou. “Não estamos a tratar bem os nossos talentos, porque não devemos fazer com que tenham de sair de Macau”, frisou.
Na conferência de imprensa de ontem, o deputado fez também uma previsão do ano legislativo de 2023/2024, que arranca na próxima semana. Pereira Coutinho destacou a importância de três diplomas, a futura lei da aviação civil, o regime jurídico da concessão de crédito para jogos de fortuna ou azar em casino e a futura lei para regular a compra de bens e serviços pela Administração. No que diz respeito à aviação civil, o legislador criticou o estado actual do Aeroporto Internacional de Macau, porque “na prática é um aeroporto doméstico” sem “interligações internacional”.
“Para atrair visitantes estrangeiros, como o Governo pretende, é preciso ter ligações directas, como acontecia no passado entre Macau e Lisboa”, vincou. “A maior parte das actividades do aeroporto são exploradas em regime de monopólio”, frisou.
especializados. Este aspecto nunca foi discutido durante a votação do diploma, nem mencionado nas reuniões da comissão.
Apesar da situação actual, Pereira Coutinho afirmou que em conjunto com seu colega de bancada, Che Sai Wang, e os conselheiros das Comunidades Portuguesas em Macau, entre os quais Rita Santos, estão a acompanhar “a questão”. “Estamos a trabalhar nos bastidores para que a questão seja resolvida da melhor forma. Acreditamos que o cônsul geral de Portugal em Macau também está muito debruçado sobre a matéria que abarca as relações entre a China, Portugal e Macau e vamos aguardar”, completou.
Quanto aos assuntos ligados ao balanço do ano legislativo 2022/2023, Coutinho apelou ao Governo para
prestar atenção à questão do desemprego no território. “O grande problema que Macau enfrenta neste momento é o desemprego. Nos últimos três anos, devido à pandemia, muita gente perdeu o emprego e a situação não está a melhorar”, afirmou. “A inflação e os empréstimos bancários também são mais uma dor de cabeça para as famílias. Por isso, no encontro com o Chefe do Executivo pedimos para que seja distribuído mais uma ronda dos cartões
de consumo electrónico no valor de 8 mil patacas [...] também pedimos que a comparticipação pecuniária seja aumentada para 15 mil patacas”, acrescentou.
Este ponto de vista foi igualmente destacado pelo deputado Che Sai Wang que apontou que actualmente muitos licenciados encontram grandes dificuldades para conseguir emprego nas áreas de formação.
José Pereira Coutinho adiantou ainda o exemplo
de uma doutorada local em economia que por não conseguir encontrar emprego em Macau mudou-se para a Universidade de Edimburgo, na Escócia. “Em Macau não conseguiu encontrar emprego, tem um doutoramento em economia, que é raro em Macau, mas mandou um email para uma das universidades mais famosas do mundo [...] e chamaram-na para fazer investigação, leccionar e até lhe deram alojamento”,
Em relação ao crédito dentro dos casinos, o deputado ligado à ATFPM destacou a importância para a economia local: “As nossas receitas estão totalmente dependentes das receitas do jogo e se não houver melhoramentos das condições de crédito, os promotores não podem exercer a actividade”, avisou. “No auge tínhamos mais de 400 promotores de jogo e agora só temos 10. Quase todos operam com prejuízos”, afirmou.
Quanto ao futuro regime para regular as compras pela Administração, Coutinho apelou para que a nova lei seja utilizada para aumentar a “transparência e a justiça” das práticas em vigor, e ainda evitar gastos excessivos. João Santos Filipe
A deputada Lo Choi In defende que o Governo deve alargar os apoios à aquisição de imóveis no próximo ano. Em declarações à Rádio Macau, a legisladora considerou que esta é uma forma de “inverter a queda da taxa de natalidade registada nos últimos anos”. Na antevisão das Linhas de Acção Governativa para o próximo ano, a
deputada defendeu também que o programa de apoio financeiro à aquisição de imóveis por parte de jovens seja alargado. Ou seja, as famílias que já beneficiaram deste apoio deviam poder concorrer a novos subsídios para a aquisição de apartamentos maiores. Sobre a recuperação dos negócios das pequenas e
médias empresas, a legisladora entende que a política de pagamento dos juros apenas com suspensão da amortização do respectivo capital deve ser prolongada por mais um ano. Lo Choi In considera que o Governo deve lançar mais apoios e subsídios para ajudar as empresas a integrarem o mercado da Grande Baía.
Um representante da União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM) entende que as autoridades devem reforçar as acções de sensibilização junto dos turistas sobre a lei dos táxis e os actos que constituem infracções. Em declarações citadas pelo jornal Cheng Pou, Leong In Pong, referiu que uma das infracções mais fáceis de identificar é a cobrança de tarifas acima dos valores permitidos por lei durante o período de tempestade. Assim sendo, o responsável entende que turistas e residentes devem permanecer em locais seguros até que seja retirado o sinal 8 de tempestade, ao invés de tentarem deslocar-se durante a intempérie. A tomada de posição do representante dos Moradores surge depois de terem sido detectadas seis infracções cometidas por taxistas, durante a passagem do tufão “Koinu” por Macau.
Foram apresentadas 12 propostas no âmbito do concurso público para a atribuição da empreitada de concepção e construção de habitação pública no lote B5 da Nova Zona de Aterro A. O objectivo é que os trabalhos de construção arranquem até ao final de Março do próximo ano. A habitação pública vai ser erigida num terreno com uma área de 9.682 metros quadrados, destinado a habitação, estacionamento público, instalações comerciais e sociais, bem como um centro modal de transportes públicos. Espera-se que após a construção dos respectivos edifícios, seja possível fornecer cerca de 1.003 fracções de habitação pública. O prazo máximo de concepção e construção era de 1.150 dias de trabalho. Como parte das exigências do concurso, foi pedido às interessadas que adoptem um “método de construção amigo do ambiente” e que sejam utilizados “elementos pré-fabricados e cofragens metálicas para a construção”.
Começa hoje a última fase de substituição das escadas rolantes do Edifício do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços das Forças de Segurança de Macau (DSFSM). Os trabalhos estão a ser feitos de forma faseada e começaram em 2019. Desde essa altura, foram mudadas escadas rolantes ascendentes e descendentes, do lado esquerdo, do átrio de partida, e os DSFSM apontam que “têm estado a funcionar com normalidade após as obras de renovação”. Nesta fase vão ser “substituídas as três escadas rolantes descendentes, do lado direito, do átrio de partida” O prazo para acabar os trabalhos é de um mês. Durante a execução das obras, o Corpo de Polícia de Segurança Pública promete “reforçar a acção de patrulha para manter a ordem das redondezas e, quando necessário, alterar as duas vias de trânsito de partida para canal manual temporário a fim de
Apenas 15 das 39 empresas candidatas receberam o certificado de empresas tecnológicas. Ao Mi, Boardware Sistema de informação e a Silergy Semicondutores (Macau) são as maiores empresas locais tecnológicas reconhecidas no âmbito do Programa de Certificação de Empresas Tecnológicas
Aaplicação de distribuição de comida Ao Mi, a electrónica Boardware Sistema de informação e a Silergy Semicondutores (Macau) são as primeiras empresas a receberem o certificado de “empresa tecnológica de referência”, no âmbito do Programa de Certificação de Empresas Tecnológicas. A lista foi divulgada ontem pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT).
O programa que nasceu com a reorganização da DSEDT tem como objectivo, de acordo com as autoridades, “identificar empresas tecnológicas locais qualificadas”
para “impulsioná-las a expandirem as suas actividades”. Esta é também uma forma de contribuir para “construir uma escada de crescimento para empresas tecnológicas locais”, de forma a melhorar “a base ecológica da inovação científica e tecnológica de Macau.
A lista apresenta diferentes níveis de classificação e as “empresas tecnológicas de referência” são as que se encontram melhor estabelecidas no território. Além ser exigido que estejam registadas em Macau e tenham actividade na área da “inovação científica e tecnológica como a actividade principal por um período superior a um ano”, não podem ser devedoras à RAEM, não podem ser empresas de utilidade pública, nem ter uma participação de empresas com capitais públicos superiores a 50 por cento.
A grande diferença das empresas tecnológicas de referência, como a Ao Mi, Silergy Semicondutores e Boardware, passa pelo
facto de terem receitas superiores a 50 milhões de patacas ou despesas superiores a 10 milhões de patacas. Mais uma dúzia
Durante o processo de candidatura, terminado em Maio, um total de 39 empresas mostraram interesse no programa. Menos de metade conseguiu o certificado e além das três mencionadas, mais 12 companhias foram certificadas como “empresas tecnológicas potenciais”.
As escolhidas foram a Netel Informação e Serviços, Companhia de Software Yonyou, Singou, Companhia de Medicina Natural Nam Yu, Alpha Solution, Vodatel, Pachira, Companhia de Equipamentos Master, Infomacro, Vastcom, Macau Pass e Macau Newland.
Estas empresas cumprem critérios semelhantes aos adoptados para as tecnológicas de referência, mas as receitas, as despesas e até o nível de impostos pagos foram inferiores.
Destaque para o facto de nenhuma das 39 empresas interessadas ter conseguido obter a certificação como “empresas tecnológicas em crescimento”.
Face aos certificado emitido, a DSEDT promete disponibilizar “medidas de apoio específicas às empresas certificadas, na tentativa de ajudar as mesmas a expandirem os negócios e promover o desenvolvimento da indústria tecnológica de Macau”. As medidas não foram reveladas. João Santos Filipe
As empresas tecnológicas de referência têm receitas superiores a 50 milhões de patacas ou despesas superiores a 10 milhões de patacas
A JP Morgan estima que os casinos de Macau facturaram uma média diária de 830 milhões de patacas, num total de 6,65 mil milhões, nos primeiros oito dias deste mês, período correspondente aos feriados da Semana Dourada. O registo representa o melhor desempenho do sector desde
pandemia
OS analistas do banco de investimento JP Morgan anunciaram na segunda-feira que os casinos de Macau apuraram um total de 6,65 mil milhões de patacas em receitas brutas nos primeiros oito dias deste mês, o que dá uma média diária de 830 milhões de patacas. Trata-se do melhor desempenho do sector desde que a pandemia começou e afectar a economia do território, segundo informações noticiadas pelo portal GGR Asia.
Os analistas da JP Morgan apontaram também que o valor diário de 830 milhões de patacas é 29 por cento superior à média diária das receitas brutas de jogo, de 645 milhões de patacas, registadas na semana dourada de Maio, durante os feriados do Dia Internacional do Trabalhador.
As celebrações do Festival da Lua, ou do Meio Outono, e do aniversário da implantação da República Popular da China, a 1 de Outubro, duraram entre os dias 29 de Setembro e 6 de Outubro, uma sexta-feira, sendo que o último fim-de-semana já gerou em receitas brutas “modestas”, de 500 milhões de patacas por dia.
Os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li concluíram que se movimentaram, entre os dias 1 e 6, um valor muito superior, de 930 milhões de patacas diariamente.
Estes números são encarados como um sinal francamente positivo da recuperação da indústria do jogo, pois segundo a JP Morgan, a semana dourada constituiu “uma aceleração significativa” de uma recuperação de cerca de 70 por cento do volume de receitas brutas de jogo no terceiro trimestre deste ano. Os valores médios diários registados nesta semana dourada, entre os dias 1 e 6, constituem
AFundação Jorge Álvares (FJA) vai continuar a apoiar financeiramente o Lusitânia Sport Clube de Macau, com sede na Taipa, que foi fundado em 1981, dedicando-se às modalidades do hóquei em patins e em campo. Segundo um comunicado da fundação, o apoio atribuído desde 2004 significa “o contínuo empenho da FJA em fortalecer a comunidade macaense através do desporto e do apoio a jovens atletas”.
Além disso, com a renovação do apoio, a FJA “mantém o apoio a duas das modalidades desportivas tradicionais de Macau – o hóquei em campo, desporto tradicional da comunidade macaense, e o hóquei em patins, modalidade por excelência da comunidade portuguesa de Macau”.
O Lusitânia Sport Clube Macau tem alcançado “resultados notáveis no cenário desportivo local”, detendo ainda “honrosas classificações obtidas em competições ocorridas em vários países da região Ásia-Pacífico”, destaca a FJA, que deseja “continuar a inspirar jovens talentos e a impulsionar o sucesso do Lusitânia Sport Clube de Macau na próxima época desportiva que se inicia no corrente mês de Outubro”.
também uma recuperação “de cerca de 80 por cento” nas receitas brutas de jogo em comparação com o mesmo período da semana dourada de 2019, quando o valor agregado das receitas brutas de jogo foi de 1,16 mil milhões de patacas.
“As receitas brutas de jogo nas apostas de massas recuperaram provavelmente entre 110 e 120 por cento em relação à semana dourada de 2019. A semana
dourada acabou por ser bastante dourada - muito melhor do que nós e o mercado esperávamos”, apontaram os analistas.
Mês de festa
Ben Lee, analista de jogo da IGamix, falou ontem à TDMRádio Macau sobre esta análise, defendendo que este pode muito bem ser o melhor mês do ano para o sector do jogo, apontando para valores mensais de 18 a 19 mil
milhões de patacas, resultados potenciados pela realização de vários espectáculos e eventos durante os próximos dias.
Sobre a possibilidade de se atingirem as 180 mil milhões de patacas de receitas este ano, Ben Lee mostra-se “reticente”, afirmando apenas que o valor obtido em termos de receitas rondará esse montante, sendo “preciso um impulso de última hora para fechar 2023 nos 180 mil milhões”, noticiou a TDM Rádio Macau.
JP MORGANDe frisar que Macau recebeu mais de 932 mil visitantes entre 29 de Setembro e 6 de Outubro, atingindo o pico no sábado, dia 30, com mais de 158 mil turistas a visitar o território. Cerca de 76,1 por cento destes visitantes vieram da China.
Os dois últimos espectáculos da 31ª edição do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, com as apresentações das equipas de Inglaterra e Alemanha, decorrem hoje às 21h e 21h40. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Turismo, estão marcados também para hoje dois eventos relacionados com os espectáculos, nomeadamente o Arraial do Fogo-de-Artifício e as duas Feiras do Festival de Fogo-de-Artifício. Serão conhecidos hoje os três primeiros classificados desta edição. A empresa pirotécnica oriunda de Inglaterra, “MLE Pyrotechnics Limited”, e a companhia vinda da Alemanha, “Feuerwerk Vertriebs GMbH”, irão apresentar exibições dedicadas aos temas “Sinfonia Harmónica: Acendendo o Poder da Música” e “Uma Jornada pela Música Clássica”, respectivamente.
Andreia Sofia Silva
“As receitas brutas de jogo nas apostas de massas recuperaram provavelmente entre 110 e 120 por cento em relação à semana dourada de 2019. A semana dourada acabou por ser muito melhor do que nós e o mercado esperávamos.”
NOITE, melancolia, estranheza, corpo, movimento estático, natureza morta. Todas estas palavras cabem nas fotografias de Rusty Fox, fotógrafo natural de Macau que lança, no próximo domingo, “Nocturnal” [Nocturno], pondo fim a um breve interregno na edição de livros de fotografia. O lançamento, agendado para as 17h na Casa Garden, integra o cartaz do festival literário Rota das Letras.
Ao HM, Rusty Fox confessa que estas imagens surgem no seguimento de trabalhos anteriores, muito focados na natureza e nas suas formas. “Sempre fui fascinado por objectos relacionados com diferentes formas de vida. Durante muitos anos trabalhei num projecto sobre espécimes de animais e taxidermia [técnica de preparação de animais mortos para que fiquem com as mesmas posições que tinham em vida], no tempo em que estudei fotografia no Reino Unido. Descobri que as plantas e as árvores são, de alguma forma, semelhantes aos espécimes de animais, são como objectos de exposição colocados na
FOTOGRAFIA RUSTY FOX LANÇA “NOCTURNAL” NO PRÓXIMO DOMINGO
O fotógrafo local Rusty Fox lança no domingo, no festival literário Rota das Letras, um novo livro de fotografia. “Nocturnal” retrata, a preto e branco, árvores que evocam imagens do corpo humano, onde o ambiente nocturno se mistura com sensações de melancolia e estranheza
meia-noite, que têm o seu próprio mundo.”
Confrontado com o facto de a obra remeter para atmosferas de estranheza, melancolia e até morbidade, o autor diz que muitos dos que vêem as suas imagens têm a mesma percepção, assumindo até que o seu trabalho constitui uma certa “metáfora sexual”. “O engraçado é que são apenas árvores, nada mais. Claro que, como fotógrafo, trabalho muito para que o público se sinta assim, mas também os lembrarei que, afinal, são sempre árvores.”
Estas percepções nascem do facto de Rusty Fox ter feito trabalhos anteriores sobre animais. “Vemos as árvores como tendo a forma de um corpo humano, mas para mim é mais um espécime, para ser sincero.”
O período da pandemia foi complexo para quem pretendia
já amanhã que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa recebe uma exposição de fotografia de João Miguel Barros, intitulada “Wisdom”, e que nasce de fotografias feitas em Accra, capital do Gana, já publicadas, expostas e premiadas, nomeadamente no Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau, em Julho de 2019 e na revista “Zine”, um projecto editorial fotográfico
Ao HM, João Miguel Barros, que também é advogado e que se formou nesta faculdade, disse que a mostra tem “um especial significado”, precisamente por poder voltar à escola onde fez ingressou em Direito em 1976. O lado especial deste projecto verifica-se também no facto de a exposição ocupar “todo o edifício principal da entrada, com 22 fotografias em telas de grandes dimensões, sobre um tema que
As imagens de “Wisdom”, diz João Miguel Barros, “confrontam a precariedade do ensino numa escola em Accra, no Gana, com o privilégio que é estudar numa escola de ensino superior, moderna
A mostra faz-se acompanhar de um catálogo, disponibilizado apenas online e preparado pela curadora da revista “Photo London”, Helen Ho. Esta descreve “Wisdom” como um “corpo de trabalho estimulante que pode ser visto como um comentário social visual”, tratando-se de
“fotografias que nos convidam a entrar num mundo completamente desconhecido, porém, apesar do caos aparente e das condições de pobreza, vê-se luz e esperança”.
As imagens, que podem ser vistas até 8 de Dezembro, retratam a realidade da escola “Wisdom Preparatory Academy”, situada em Adedenkpo, na cidade velha de Accra, no Gana, e fundada em 1986. Segundo João Miguel Barros, a escola ocupa um prédio antigo, danificado, que foi “uma importante mansão”. “No início destinava-se a suportar a actividade de crianças com apetência para o futebol. No entanto, em 1992, a escola foi autorizada a entrar no sistema de ensino nacional e passou a receber turmas que vão do pré-primário ao ensino médio.” O fotógrafo revela ainda que em frente ao edifício existe “um grande pátio rodeado de casas informais onde as famílias criam os seus filhos pequenos”, e que aí, ao final da tarde, costuma treinar “um grupo de pugilistas que dedicam o seu sonho a um dia serem grandes campeões”. “Foi por causa de um deles, Emmanuel Danso, que vi combater em Macau, que decidi ir a Accra”, recordou. A.S.S.
livro nessa altura. O meu último livro, ‘Dummy’ [de 2018] foi lançado mesmo antes da pandemia. Usei este tempo para ‘observar’ a relação que temos com as árvores e descobri que são ainda mais fascinantes como objectos vivos, pelo que decidi fazer este livro sobre elas.”
Rusty Fox adiantou que o feedback que tem recebido em relação ao livro tem sido positivo.
Questionado sobre o posi cionamento da fotografia mais contemporânea em Macau, tanto do ponto de vista das exposições, edições ou acolhimento do público, Rusty Fox considera que “está a melhorar”. “Além da fotografia tradicional, parece que há cada vez mais público interessado no lado mais contemporâneo da fotografia, o que é muito bom. Além disso, muitas pessoas, como eu, estão a tentar levar os trabalhos dos fotógrafos locais a diferentes actividades, como feiras de livros de arte e exposições internacionais, o que é sempre bom de ver”, rematou.
“Nocturnal” vai partilhar o palco do Rota das Letras com o lançamento de outro livro de fotografia, “Seeing the Light”, de Francisco Ricarte, arquitecto que, nos últimos tempos, se tem dedicado bastante à fotografia e que já conta com várias exposições e obras publicadas. Andreia Sofia Silva
Carlos Lemos, actualmente a residir no Canadá, irá lançar um livro amanhã em homenagem ao seu pai, Victor Hugo Lemos, um “conhecido entusiasta do Grande Prémio de Macau (GPM) e que, em vida, coleccionou um bom número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis de Macau desde 1954”, data da realização da primeira edição do GPM. A obra intitula-se “Grande Prémio de Macau - Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978 Volume I (1954-1966)”, contém 276 páginas com mais de 200 fotografias, e será lançada na sede da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC).
O livro contém “valiosas informações provavelmente nunca
antes vistas ou publicadas sobre o período ‘dourado’ do GPM, entre os anos de 1954 e 1966”, nomeadamente “fotos únicas de todos os carros participantes e dos seus vencedores, recortes da imprensa, bilhetes de acesso, crachás, programas oficiais, autógrafos dos corredores, regulamentos e formulários de inscrição”, entre outras memórias. O livro está legendado em português, chinês e inglês.
O livro custa 280 patacas, mas se for comprado no dia da apresentação custará 250 patacas. O valor total das vendas irá reverter para a instituição “Macau IC2 [I Can Too]”, que apoia pessoas com autismo ou portadoras de deficiência. Segundo um comunicado da APOMAC, o lançamento desta obra é apenas “um projecto pessoal, não visando qualquer proveito material”.
“Além da fotografia tradicional, parece que há cada vez mais público interessado no lado mais contemporâneo da fotografia, o que é muito bom.”
RUSTY FOX FOTÓGRAFO
ENTRE A paz e a guerra, amor e paixão, prosperidade e miséria, abraço e solidão, a dinastia Song do Norte viu nascer e a dinastia Song do Sul viu morrer, a mais célebre poetisa de toda a história da China, chamada Li Qingzhao. Li, também conhecida como Yi An, a Budista Leiga, cresceu entre letrados e oficiais, em Jinan, província de Shandong, no ano de 1084. Yi An é fruto de uma junção de dois reconhecidos letrados da dinastia Song: seu pai, Li Gefei (1045-1105), professor na academia imperial, um famoso ensaísta muito respeitado no seio dos amigos do grande Su Shi (1037-1101); e sua mãe, Wang Shi, poetisa de renome. “Uma menina talentosa”, assim dizia o reconhecido letrado e amigo do seu pai, Zhao Buzhi (1053-1110). Desde muito cedo, Li aproveitou o ambiente favorável onde nasceu e seu talento inato incomparável, dedicando a sua infância e adolescência ao estudo de artes e literatura. Entre os dezesseis e os dezessete anos, ela já escrevia poemas que reflectem temas históricos do séc. VII, como a rebelião de An Lushan durante a dinastia Tang. Mas o que mais marcou sua adolescência foram os pequenos ci “词” (poemas para cantar) que ela escrevia sobre seus alegres passeios aos subúrbios da sua cidade natal. Essas canções não só revelam sua ingénua adolescência, como também seu amor pela natureza e seu espírito vivo e indomável. Eis aqui uma canção que representa este período da sua vida:
昨夜雨疏风骤, 浓睡不消残酒, 试问卷帘人,却道海棠依旧。 知否?知否?应是绿肥红瘦。
AO SOM DE COMO NUM SONHO
Noite passada: chuva dispersa, vento repentino. Apesar do sono profundo, ainda sinto o último efeito do vinho. À criada, na janela, pergunto sobre o dia: “A macieira está brilhante, todavia. Não sabias? Como saberias? É o brotar das folhas verdes e o cair das flores vermelhas abatidas.”
Li escreveu tanto sobre o amor e a saudade, dois sentimentos que se estenderam e modificaram de acordo com o caminhar da sua viagem. Seguimos com outra canção:
浣溪沙
髻子伤春慵更梳,晚风庭院落梅初。
淡云来往月疏疏。
玉鸭熏炉闲瑞脑,朱樱斗帐掩流苏。
通犀还解辟寒无?
AO SOM DE LAVANDO A AREIA DO RIACHO
Vaga, com cabelo desfeito, lamento o passar da primavera. No pátio, sopra a brisa nocturna e leva para o solo, as flores de ameixeira. Nuvens claras, que vão e que voltam, cobrem e descobrem o brilho da lua.
O turíbulo do pato de jade, indiferente, dissipa o incenso perfumado. Minhas cortinas de pérola cereja, já fechadas, decaem suas franjas de borda. A almofada de rinoceronte, com seu calor, poderia dissipar o frio que nos separa?
Em 1101, aos dezoito anos, Li casou-se com um estudante da academia imperial, o homem que, segundo ela, foi o par ideal, Zhao Mingcheng (1081-1129). Zhao e Li tinham vários gostos em comum. Os dois partilhavam a mesma paixão pela poesia, colecção de inscrições antigas de bronze e pedra, objectos de arte, pintura e caligrafia. Eles compuseram juntos um catálogo de inscrições em metal e pedra. O tempo livre do casal era aproveitado para estudar as cópias das inscrições, ler livros antigos, fazer provas de memória e dedicar poemas um ao outro.
Essa felicidade e companheirismo provou ser temporal, na sua primeira fase, quando Zhao estava obrigado a viajar de trabalho. Nesta fase, Li começa a escrever canções que expressam amor ao seu esposo e a solidão traduzida em espera pelo amado; uma espera, segundo ela, paralela ao desejo da chegada da primavera. Segue mais uma canção que representa este momento da sua viagem:
小重山
春到长门春草青,红梅些子破,未开匀。 碧云笼碾玉成尘, 留晓梦,惊破一瓯春。
花影压重门,疏帘铺淡月,好黄昏。 二年三度负东君, 归来也,著意过今春。
AO SOM DE DUAS PEQUENAS MONTANHAS
A primavera já bate na porta das esquecidas, as ervas reverdecem, aos poucos, ameixas vermelhas abrem desiguais. As folhas de chá verde esmeralda em pó finas dissipam seu aroma No meu bonito sonho de aurora, de surpresa, estala o pequeno copo de primavera.
A sombra das flores pressiona as portas do casal As cortinas floridas transluzem a luz pálida da lua Que belo escurecer!
Sem embargo, Príncipe do Leste, é a terceira vez em dois anos que não correspondes Tens de regressar, gozar desta primavera meiga.
Com a queda da dinastia Song do Norte, em 1127, se funda a dinastia Song do Sul, com a corte em Lin’an, atual Hangzhou. No final do ano 1128, Zhao Mingcheng recebeu uma prestigiosa nomeação como governador de Jiankang (presente Nanjing). No ano seguinte, quando a corte oficial conspirou uma rebelião naquela cidade, Mingcheng desertou no meio da noite, aparentemente para garantir a sua segurança. Uma rebelião falhada resultou na demissão de Mingcheng. Zhao e Li navegaram em direção do Rio Yangtze em busca de um lugar seguro para se reinstalarem. Zhao Mingcheng foi depois convocado de volta para a corte itinerante em Jiankang. O imperador Gaozong(1127-1162) tinha decidido reintegrar Zhao e oferecer-lhe a governaç ão de Huzhou. Ao chegar em Jiankang, Zhao Mingcheng ficou doente e acabou por falecer em 18 de Agosto de 1129, provavelmente de tifo.
Aos quarenta e seis anos, gravemente doente e ao mesmo tempo fugindo dos bárbaros, Li transferiu um grande número de relíquias culturais (uma grande parte dessas relíquias, incluindo livros antigos e inscrições esculpidos em metal e pedra, foram destruídos pelo exército Jin) para Hangzhou e confiou-as ao cunhado de Zhao Mingcheng, que era ministro militar na época, para as guardar.
Ela carregou consigo um pequeno número de livros valiosos e relíquias históricas; depois, juntamente com seu irmão mais novo, seguiram a corte imperial liderada pelo imperador Gaozong à procura de refúgio e apoio. Em 1132, viúva e desabrigada, Li Qingzhao partiu de Shaoxing para Hangzhou. Depois, em 1134, colecionou e organizou o catálogo de inscrições em metal e pedra e, ainda, escreveu o epílogo.
Sem filhos e em busca de proteção, Li voltou a casar, desta vez, com um oficial de baixo escalão, chamado Zhang Ruzhou. Este casamento demorou muito pouco tempo, resultou na prisão de Li Qingzhao ao pedir o divórcio (acto prorrogativo do esposo), acusando Zhang de adultério. Li foi presa durante nove dias, e depois solta em consequência da confissão de Zhang. Este foi despojado do seu cargo, exilado e nunca mais visto.
Em seus últimos anos, Li Qingzhao viajou entre Jinhua e Lin’an. Numa permanente busca pela paz e conforto, Li viveu os seus últimos dias em profunda solidão e miséria. Ainda existe um ponto de interrogação em relação à data
exacta da sua morte, porém muitos estudiosos acreditam que ela viveu aproximadamente 67 anos. Esta viagem termina assim, com a canção que descreve esta fase menos feliz da vida da poetisa:
声声慢
寻寻觅觅,冷冷清清,凄凄惨惨戚戚。
乍暖还寒时候,最难将息。
三杯两盏淡酒,怎故他、 晓来风急。 雁过也,正伤心,却是旧时相识。
满地黄花堆积,憔悴损,如今有谁堪摘? 守着窗儿,独自怎生得黑? 梧桐更兼细雨,到黄昏、 点点滴滴。 这次第,怎一个愁字了得!
AO SOM DE MELODIA SERENA
Busco tudo aquilo que perdi, nada é tudo que [encontro, sinto só, alma lúgubre! Outono inconstante, mais difícil meu consolo endurece.
Dois ou três copos deste leve vinho, o que pode resistir ao furioso vento do anoitecer! Gansos selvagens voam sobre o cimo, mais profunda é minha dor, seja como for, somos conhecidos d’outrora. Sobre a terra tristes crisântemos se amontoam, já murchos, agora, ainda existe quem os colhe?
Na janela, observo o cair da tarde, como poderia uma alma solitária suportar o [crepúsculo!
No extremo da noite, sobre as folhas, gota a gota, um chuvisco vai caindo... Como poderia esta paisagem caber numa palavra só: [tristeza!
“Os títulos de cada ci são, portanto, os nomes dos padrões musicais nos quais os poemas se encaixam pela primeira vez. Apenas em muito poucas ocasiões têm seus próprios títulos, os quais foram escritos ou pelos próprios poetas ou por comentadores posteriores; no entanto, o habitual é não possuir título. Por isso, esses padrões são repetidos em diferentes poemas.
Se, por um lado, este género permitia uma expressão mais livre dos sentimentos e um uso habitual do pronome em primeira pessoa; por outro lado, requeria umas mãos delicadas de especialista e um sentido musical muito desenvolvido para poder satisfazer plenamente com palavras a canção seleccionada. Para realizar bem um ci, não só era necessário ser mestre da palavra, mas também é essencial conhecer perfeitamente os wuyin (cinco sons) e os liu lu (seis longitudes do tubo musical)”.
(Li Qingzhao, Poesía Completa, 60 poemas ci para cantar, traducción y notas de Pilar González España, Madrid, ediciones del oriente y del mediterráneo, 2010, pag. 15.)
Referências:
• 马玮,李清照诗词赏析
2017.
• The works of Li Qingzhao, translated by Ronald Egan. Boston/ Berlin: Walter de Gruyter Inc, 2019.
• Li Qingzhao, Poesía Completa, 60 poemas ci para cantar, traducción y notas de Pilar González España, Madrid, ediciones del oriente y del mediterráneo, 2010.
O AMOR conceitualizado pelo filósofo chinês Mozi (Mo Tzu) 墨子 (c. 470 a.C. –c. 391 a.C.) representa uma experiência emocional precisa que não possui correspondente direto em nosso idioma português. O amor universal (兼愛, jian’ai) é a pedra angular do pensamento moísta, à qual recorrerá toda ação moral (Cheng, 2008:108).2 Quando a filosofia chinesa se tornou parte de um diálogo com o Ocidente nos tempos modernos, a lógica moísta, há muito esquecida, foi redescoberta para apoiar a afirmação de que as filosofias chinesas também demonstraram uma mentalidade analítica.
Anne Cheng, em sua “História do pensamento chinês” (2008: 108), prefere traduzir 兼愛 “jian’ai” como “solicitude por assimilação” (ou uniformização), pois “entra aqui muito mais equidade do que sentimento”, afirma a sinóloga. Ela relembra que “de maneira significativa, Mozi opta por realçar a diferença” entre o termo “ 兼 , jian” (assimilar os outros a si mesmo, como demonstra a imagem abaixo, ilustrativa da etimologia do pictograma), em oposição a “bie” (administrar distinções). Assim, Mozi censura o sentido de amor diferenciado como piedade filial ( 孝 , xiao) pregado por Confúcio, devido à ancoragem do mesmo em sentimentos e, portanto, à distinção entre o tratamento dos entes familiares em
relação aos distantes. O amor ao que se refere Mozi seria pois racional, objetivo e imparcial.
Mozi estava plenamente consciente da dificuldade em ensinar as pessoas a irem contra seus sentimentos naturais de amar aos entes próximos antes dos demais. Assim, sua estratégia foi apelar ao desejo natural dos humanos pelo benefício (fazer ver como seria benéfico se todos amassem uns aos outros universalmente). Ele ressaltou que “quem ama será amado pelos outros, e quem odeia será odiado pelos outros”. Em última análise, “nosso próprio interesse é melhor garantido quando podemos amar universalmente” (Mozi, “Amor Universal” Parte III,
XVI).
1 - UFRJ / Pesquisadora de Pós-Doutorado Faperj Nota 10. www.carolting.art contact@carolting.art
2 - CHENG, Anne. História do pensamento chinês. Vozes, 2008.
“NOS últimos 10 anos, os resultados frutíferos e o crescente círculo de amigos que integram a Faixa e Rota provam plenamente que a iniciativa não se envolve num círculo fechado e estreito, transcende a velha mentalidade dos jogos geopolíticos e cria um novo paradigma de cooperação internacional”, disse Li Kexin, director do ministério dos Negócios Estrangeiros para os assuntos económicos internacionais, na apresentação de um relatório sobre o programa.
Designado pelo líder chinês, Xi Jinping, como o “projecto do século”, a iniciativa foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. Na última década, no entanto, a Faixa e Rota adquiriu dimensão global, à medida que mais de 150 países em todo o mundo aderiram ao programa.
Segundo dados da AidData, unidade de pesquisa
Execução Ordinária Processo n.º CV3-19-0206-CEO 3° Juízo Cível
EXEQUENTE: BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA CHINA (MACAU), S.A., com sede em Macau na Avenida da Amizade, no 555, Macau Landmark, Torre ICBC, 18º andar. -------
EXECUTADA: SIN HWEI MIAN, residente em Macau, na Rua de Nam Keng, Nova City Torre 6, 7º andar B, Taipa. --------------------------------------------------------------------------------------------***
----------FAZ-SE SABER que, no próximo dia 30 de Outubro de 2023, pelas 10.00 horas, neste Juízo, nos autos acima identificados, vai ser vendido, por meio de propostas em carta fechada, o seguinte bem:------------------------------------------------------------------------------------------------------
VENDA DE DIREITO
Denominação: 1/108 avos da fracção autónoma “DR/C”, do rés-do-chão “D”.----------------
Situação: Rua de Hong Chau nº52-82, Rua de Lagos nº 51-91, Avenida Dr. Sun Yat Sem (Taipa) nº 583-659. ---------------------------------------------------------------------------------------
Fim: Para estacionamento. ------------------------------------------------------------------------------
Número de matriz: 040701. ----------------------------------------------------------------------------
Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 21875 do livro B102A, a fls. 105. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Número de inscrição na Conservatória do Registo Predial registada a favor da executada
SIN HWEI MIAN: 311209G. --------------------------------------------------------------------------
O Valor base da venda: MOP$1.444.800,00 (um milhão, quatrocentas e quarenta e quatro mil, oitocentas patacas). --------------------------------------------------------------------------------***
----------São convidados todos os interessados na compra daqueles bens a entregar na Secretaria deste Tribunal, as suas propostas, até ao dia 30 de Outubro de 2023, pelas 10.00 horas, sendo que, o preço das propostas devem ser superiores aos valores acima indicado devendo, o envelope da proposta conter a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHADA”, bem como o “NÚMERO DO PROCESSO CV3-19-0206- CEO”.-----------------------------------------------------------------------------------
----------A abertura das propostas realizar-se-á neste Tribunal na data e hora acima mencionados, podendo os proponentes assistir ao acto. ------------------------------------------------------------------------------Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação do direito supra referido, podem, querendo, exercer o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------R.A.E.M., 25 de Setembro de 2023. -------------------------------------------------------------*
sobre financiamento internacional, com sede nos Estados Unidos, nos primeiros cinco anos desde o seu lançamento (2013-2017), a China financiou, em média, 83,5 mil milhões de dólares (79,3 mil milhões de euros) por ano em projectos de desenvolvimento no estrangeiro, cimentando a liderança do país como principal financiador internacional.
O aumento líquido, de 31,3 mil milhões de dólares (21,7 mil milhões de euros) por ano, em relação aos cinco anos anteriores (2008-2012), é equivalente ao financiamento anual médio dos Estados Unidos, que ocupam a segunda posição, no período 2013-2017.
A Faixa e Rota foi acompanhada também pela fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.
Desde que foi lançada, a iniciativa apoiou projectos desenvolvidos principalmente por empresas de construção chinesas e financiados por empréstimos concedidos por bancos de desenvolvimento chineses.
O objectivo oficial é impulsionar o comércio e
o investimento e melhorar as ligações entre a China e o resto do mundo. Os analistas atribuem ao programa o mérito de ter canalizado fundos necessários para os países pobres, mas dizem que houve efeitos negativos.
Um estudo divulgado na segunda-feira pelo Centro de Políticas de Desenvolvimento Global da Universidade de Boston observou que a China “adicionou um Banco Mundial ao mundo em desenvolvimento”. “Isso não é pouca coisa e é muito apreciado pelos países em
Os líderes chineses acusam os EUA de tentar impor os seus princípios a todos os países e defendem que o seu sistema oferece uma abordagem diferente, que não interfere nos assuntos internos de outros Estados soberanos
desenvolvimento”, disse Kevin Gallagher, diretor do centro.
Mas o mesmo estudo referiu que muitos beneficiários de empréstimos chineses estão agora a sofrer com excesso de endividamento e falta de liquidez. Além disso, centrais eléctricas financiadas pela China estão a emitir cerca de 245 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, aumentando as emissões de gases com efeito de estufa que alteram o clima.
Gallagher notou que a iniciativa mudou para um novo paradigma, apelidado de “pequeno e belo”, que favorece projectos mais pequenos e energias renováveis.
O volume dos empréstimos chineses para o desenvolvimento diminuiu nos últimos anos, em parte porque a China aprendeu com as crises de dívida em vários países e também porque tem menos dinheiro para emprestar à medida que a sua própria economia abranda.
Cong Liang, um alto funcionário da principal agência de planeamento da China, disse durante a divulgação do relatório sobre a iniciativa que o país vai aderir ao “princípio da dívida sustentável” e trabalhar com os países
endividados para criar um “sistema de financiamento e investimento sustentável e controlável pelo risco”.
Outra via
A iniciativa faz também parte dos esforços da China para elevar o seu estatuto internacional e contrapor-se às críticas dos Estados Unidos ao seu regime comunista e histórico de violações dos Direitos Humanos.
Os líderes chineses acusam os EUA de tentar impor os seus princípios a todos os países e defendem que o seu sistema oferece uma abordagem diferente, que não interfere nos assuntos internos de outros Estados soberanos.
“Já não é aceitável que apenas alguns países dominem o desenvolvimento económico mundial, controlem as regras económicas e usufruam dos frutos do desenvolvimento”, lê-se no documento.
A terceira edição do fórum dedicado ao principal programa da política externa de Pequim realiza-se entre os dias 17 e 18 de Outubro. Cerca de 90 países confirmaram já a sua participação, segundo fontes do Governo chinês.
ontem a Iniciativa Faixa e Rota, que celebra este mês dez anos, como um modelo alternativo de desenvolvimento económico que foge “à velha mentalidade dos jogos geopolíticos”
Aconstrutora, até há pouco considerada financeiramente saudável, foi apanhada nos últimos meses pela crise no imobiliário na China, que ameaça agora a sobrevivência de várias empresas do sector.
Uma entrada em incumprimento seria catastrófica para este sector-chave da economia chinesa, que representa um quarto do produto interno bruto (PIB) do país.
A empresa, que já esteve formalmente em risco de incumprimento em Setembro, acabou por conseguir reembolsar 22,5 milhões de dólares (cerca de 20,9 milhões de euros) referentes a duas obrigações emitidas nos mercados internacionais (‘offshore’), no limite de uma prorrogação de 30 dias.
O grupo, que negociou então com os credores novos prazos para o pagamento de vários empréstimos, devia ter efectuado um reembolso referente a uma obrigação na segunda-feira, mas não conseguiu efectuar o pagamento, no valor de 470 milhões de dólares de Hong Kong (56,7 milhões de euros).
O grupo dispõe agora de um período de carência de 30 dias para evitar entrar em incumprimento. No entanto, a Country Garden admitiu “não poder honrar todos os reembolsos das suas obrigações junto dos investidores estrangeiros”.
“Um incumprimento podia levar os credores em causa a exigir uma aceleração” dos reembolsos que lhes são devidos ou a iniciar um processo judicial, advertiu o grupo. A empresa pediu paciência aos investidores e disse que está a “avaliar as dificuldades actuais”.
Do majongue ao dominó
A Country Garden disse ter contratado consultores financeiros “para avaliar a estrutura de capital e a liquidez” das filiais. “A empresa pretende continuar a cooperar e a dialogar com todos os credores para chegar a uma solução realista o mais rapidamente possível”, referiu o comunicado.
Um eventual incumprimento ia provocar ondas de choque nos mercados e agravar a crise no sector imobiliário chinês e o abrandamento da economia da China.
No final de 2022, a Country Garden tinha uma dívida avaliada em 180 mil milhões de euros.
IMOBILIÁRIO COUNTRY GARDEN ADMITE QUE PODE
A Country Garden, uma das maiores construtoras da China, anunciou ontem que poderá não conseguir pagar todos os empréstimos que contraiu, numa altura em que o sector imobiliário chinês enfrenta uma grave crise de liquidez
mento, com alguma esperança de recuperação”.
Há muito que os grupos imobiliários chineses recorrem a pré-vendas como modelo de financiamento.
Em 2021, no entanto, os reguladores chineses restringiram o acesso do sector ao crédito bancário, suscitando uma crise de liquidez. Uma das maiores construturas do país, o Grupo Evergrande, não resistiu. Dezenas de outros grupos estão a negociar a restruturação das dívidas.
Outro construtor chinês sobre-endividado, o grupo Kaisa, admitiu ontem numa audiência em Hong Kong que está “insolvente em termos de liquidez”, depois de não ter conseguido pagar as dívidas em 2021
A Country Garden tem quatro vezes mais terrenos para construção do que o grupo Evergrande, cujo incumprimento em 2021 provocou protestos dos compradores, alguns dos quais se recusaram posteriormente a pagar as prestações mensais.
Na terça-feira da semana passada, a Country Garden afirmou que a “prioridade operacional (...) é assegurar a entrega” de casas. Qualquer paragem na construção pode suscitar instabilidade social. A China tem já um grande número de construções inacabadas.
No final de Junho, a empresa dispunha de 147,9 mil milhões de yuan (18,6 mil milhões de euros) em caixa, destinados sobretudo a concluir habitações já pagas pelos
proprietários antes mesmo de serem construídas.
A Country Garden “não dispõe de fontes de tesouraria suficientes” para fazer face aos pagamentos
futuros, afirmou, no mês passado, a agência de notação financeira Moody’s. A agência baixou o ‘rating’ do grupo em três níveis, para “Ca”, sinónimo de “em incumpri-
Outro construtor chinês sobre-endividado, o grupo Kaisa, admitiu ontem numa audiência em Hong Kong que está “insolvente em termos de liquidez”, depois de não ter conseguido pagar as dívidas em 2021.
Apolícia de São Francisco anunciou na segunda-feira que matou a tiro um homem cujo veículo entrou no consulado da China, na cidade.
A sargento da polícia de São Francisco, Kathryn Winters, disse aos
jornalistas que “os agentes (...) entraram em contacto com o suspeito e ocorreram disparos envolvendo agentes”. O suspeito foi declarado morto no hospital, apesar dos esforços da polícia e dos paramédicos no local, acrescentou, sem
dar qualquer informação sobre a identidade da vítima.
Um porta-voz do consulado chinês indicou, em comunicado, que o suspeito “entrou violentamente no hall da administração do consulado, ameaçan-
do seriamente a vida do pessoal e das pessoas que lá se encontravam e causando sérios danos” ao edifício. “O suspeito foi detido pela polícia”, de acordo com a mesma nota, na qual condenou o “ataque violento” e apelou
para uma investigação. A polícia de São Francisco e o Departamento de Estado estão a investigar o caso, disse Winters. São Francisco tem muitos residentes de origem chinesa, muitos dos quais oriundos de Taiwan.
Avisam-se todos os interessados que estão abertos os concursos de prestação de provas, para o preenchimento dos seguintes lugares, em regime de contrato administrativo de provimento da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), de acordo com as condições referidas no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.° 41, II Série, de 11 de Outubro de 2023, e cujo prazo de apresentação das candidaturas termina no dia 24 de Outubro de 2023:
Docente do ensino secundário de nível 1, 1.º escalão:
- Área disciplinar: língua inglesa - um lugar (Número de referência: DS03/2023)
Docente dos ensinos infantil e primário de nível 1 (primário), 1.º escalão:
- Área de língua chinesa - um lugar (Número de referência: DP01/2023)
A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, aos 28 de Setembro de 2023.
O Director, Kong Chi Meng
DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE OBRAS PÚBLICAS ANÚNCIO
Concurso público de empreitada de obra pública designada por «Empreitada de Concepção e Construção de Via de Acesso (A3) entre Zona A dos Novos Aterros Urbanos e Península de Macau»
1. Entidade que põe a obra a concurso: Região Administrativa Especial de Macau.
2. Serviço por onde corre o procedimento do concurso: Direcção dos Serviços de Obras Públicas.
3. Modalidade de concurso: concurso público.
4. Objecto da empreitada: concepção e construção de viaduto (A3) e rampa de acesso de ligação da Zona A dos Novos Aterros Urbanos à Península de Macau.
5. Local de execução: no lado oeste da Zona A dos Novos Aterros Urbanos e junto ao Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior localizado na Avenida da Amizade da Península de Macau, bem como a área marítima entre os dois lados.
6. Obra dividida por partes não.
7. Admissibilidade de apresentação de anteprojecto: sim.
8. Tipo de empreitada: por preço global.
9. Prazo de execução da obra: o prazo máximo global de concepção e execução é de 950 (Novecentos e cinquenta) dias de trabalho, contados a partir da data de consignação da obra, com 3 (três) metas obrigatórias de execução, sendo a:
- Primeira (1.ª) meta obrigatória: apresentação de todos os projectos de execução, com o prazo máximo de elaboração de 150 (Cento e cinquenta) dias de trabalho, contados a partir da data de consignação da obra;
- Segunda (2.ª) meta obrigatória: conclusão de todas as fundações por estacas, com o prazo máximo de execução de 650 (Seiscentos e cinquenta) dias de trabalho, contados a partir da data de consignação da obra;
- Terceira (3.ª) meta obrigatória: conclusão de todas as estruturas do tabuleiro, com o prazo máximo de execução de 860 (Oitocentos e sessenta) dias de trabalho, contados a partir da data de consignação da obra. (Indicado pelo concorrente; deve consultar os pontos 7, 8 e 13 do Preâmbulo do Programa de Concurso).
10. Preço base: não há
11. Condições de admissão: pessoas, singulares ou colectivas, inscritas na DSSCU na modalidade de execução de obras, bem como aquelas que à data limite de apresentação de propostas tenham requerido ou renovado a referida inscrição, sendo que neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição ou renovação.
As pessoas, singulares ou colectivas, por si ou em agrupamento, só podem submeter uma única proposta.
12. Modalidade jurídica da associação a adoptar pelo concorrente em agrupamento a quem venha eventualmente a ser adjudicada a empreitada: consórcio externo nos termos previstos no Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 40/99/M, de 3 de Agosto.
13. Local e hora para consulta do processo do concurso e obtenção de cópias:
Local: sede da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.
Hora: todos os dias úteis, das 9,00 às 12,45 e das 14,30 às 17,00 horas.
Para além da obtenção das cópias (versão digital) do processo do concurso no local acima citado, sujeito às regras e aos termos de utilização do serviço de descarregamento online, podem as mesmas serem descarregadas da página electrónica da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (www.dsop.gov.mo).
Cópias do processo do concurso: versão digital, mediante o pagamento de $1 000,00 (mil patacas).
14. Local, data e hora limite para a entrega das propostas:
Local: sede da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.
Data e hora limite: dia 13 de Dezembro de 2023 (Quarta-feira), até às 17,00 horas.
Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) na hora limite para a entrega de propostas por motivo de força maior ou qualquer outro motivo impeditivo, o prazo para a entrega das propostas é adiado para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.
15. Língua a utilizar na redacção da proposta: a proposta e os documentos que a acompanham devem estar redigidos em qualquer uma das línguas oficiais da RAEM, chinês ou português. É permitida a utilização de língua não oficial da RAEM nos casos expressamente indicados no programa do presente concurso.
16. Prazo de validade das propostas: 90 (noventa) dias, a contar a partir da data de encerramento do acto público do concurso, prorrogável nos termos do artigo 93.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro.
17. Caução provisória: $16 300 000,00 (dezasseis milhões e trezentos mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.
18. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o adjudicatário tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, em reforço da caução definitiva prestada).
19. Data de realização do acto público do concurso:
Local: sala de reunião da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar.
Dia e hora: 14 de Dezembro de 2023 (Quinta-feira), pelas 09,30 horas.
Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) para o referido acto público, por motivo de força maior ou qualquer outro motivo impeditivo, a data de realização do acto público do concurso é adiada para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.
Os concorrentes ou os seus representantes devidamente mandatados devem estar presentes no acto público para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei
n.º 74/99/M, de 8 de Novembro, e para esclarecer eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.
20. Critérios de apreciação das propostas:
– Preço da obra: 50%
– Prazo de concepção e execução: 20%
– Experiência e qualidade em obras: 20%
– Projecto de execução: 10%
21. Critério de adjudicação:
A adjudicação é efectuada ao concorrente com pontuação total mais elevada e, no caso de haver empate na pontuação total mais elevada, a adjudicação é efectuada ao concorrente com a proposta de preço mais baixo.
Região Administrativa Especial de Macau, aos 05 de Outubro de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, e de acordo com as competências subdelegadas pela alínea 2) do n.º 1 do Despacho n.º 33/IH/2023, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 29, II Série, de 19 de Julho de 2023, são notificados, por este meio, os candidatos a habitação económica constantes da tabela anexa: Após apreciação, verificou-se que os candidatos não preenchiam os requisitos de candidatura à habitação ou não apresentaram, no prazo fixado, os documentos necessários para a apreciação substancial, a Presidente Subst.a, a Vice-Presidente ou o Vice-Presidente, Subst.o, do Instituto de Habitação (IH) proferiram os despachos nas propostas e decidiram excluir os adquirentes seleccionados constantes da tabela anexa, com base nos fundamentos de facto e de direito constantes da tabela anexa, artigo 5.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2013 (Organização e funcionamento do Instituto de Habitação) e nos termos da competência delegada pela alínea 13) do n.º 1 do Despacho n.º 77/IH/2022, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 26, II Série, de 29 de Junho de 2022.
Caso não concordem com a decisão proferida, de acordo com os artigos 148.º, 149.º e o n.º 2 do artigo 150.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, podem apresentar reclamação, sem efeito suspensivo (o prazo para o recurso contencioso não se suspende com a apresentação de reclamação), respectivamente, ao Presidente (a candidatura n.o 1 constante da tabela anexa) ou à Vice-Presidente (as candidaturas n.os 2 a 13 constantes da tabela anexa) do IH, no prazo de 15 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio, ou podem apresentar recurso contencioso, sem efeito suspensivo, ao Tribunal Administrativo, no prazo de 30 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do artigo 25.º do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro.
Instituto de Habitação, aos 5 de Outubro de 2023.
A Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos Lei Hoi I ANEXO
N.º de ordem Nome do candidato N.º do boletim de candidatura N.º do processo Órgão e data da tomada de decisão N.º da proposta Fundamento de facto e de direito
1 LAM KUAN HO 81201908529 192/EAS/2022 Presidente, Subst.a, do Instituto de Habitação 06/06/2022 1290/DAJ/2022
2 LIANG YU HAO 81201930835 253/EAS/2022 Vice-Presidente do Instituto de Habitação 21/03/2023 0374/DAJ/2023
3 CHAN SOI MENG 81201918577 337/EAS/2022 Vice-Presidente, Subst.o, do Instituto de Habitação 28/07/2023 0833/DAJ/2023
4 PANG MAN I 81201920774 232/EAS/2022
5 U WAI LON 81201918310 305/EAS/2022
6 CHEOK SOU LAN 81201930719 312/EAS/2022
7 PANG HOK LEUNG 81201916786 313/EAS/2022
8 LIN WENWEI 81201915660 314/EAS/2022
O representante ou o elemento de agregado familiar foi elemento de um agregado familiar, que vendeu uma fracção de habitação económica. De acordo com a alínea 7) do n.º 5 do artigo 14.º e a alínea 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015.
1. O elemento de agregado familiar foi elemento de um agregado familiar, que vendeu uma fracção de habitação económica. De acordo com a alínea 7) do n.º 5 do artigo 14.º e a alínea 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015. 2. Não foram apresentados, dentro do prazo fixado, os documentos necessários para a apreciação substancial. De acordo com o n.º 3 do artigo 26.º e a alínea 2) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
Vice-Presidente, Subst.o, do Instituto de Habitação 27/06/2023 0729/DAJ/2023
Vice-Presidente, Subst.o, do Instituto de Habitação 12/07/2023 0770/DAJ/2023
Vice-Presidente, Subst.o, do Instituto de Habitação 12/07/2023 0771/DAJ/2023
Vice-Presidente, Subst. , do Instituto de Habitação 28/07/2023 0831/DAJ/2023
Vice-Presidente do Instituto de Habitação 29/05/2023 0623/DAJ/2023
9 LAM WENG HONG 81201906682 270/EAS/2022 Vice-Presidente do Instituto de Habitação 05/05/2023 0559/DAJ/2023
10 CHEONG CHENG NGAO 81201905040 271/EAS/2022 Vice-Presidente do Instituto de Habitação 05/05/2023 0558/DAJ/2023
11 IP MAN SIN 82201340347 01/EAS/2023 Vice-Presidente do Instituto de Habitação 08/05/2023 0563/DAJ/2023
12 NG MIO U 81201935005 255/EAS/2022 Vice-Presidente, Subst.o, do Instituto de Habitação 29/03/2023 0420/DAJ/2023
Não apresentaram, dentro do prazo fixado, os documentos necessários para a apreciação substancial. De acordo com o n.º 3 do artigo 26.º e a alínea 2) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015.
Nos cinco anos anteriores à data de apresentação da candidatura e até à data de escolha da fracção, o representante ou o elemento de agregado familiar foi promitente-comprador, co-promitente-comprador, proprietário ou comproprietário de fracção autónoma com finalidade habitacional na RAEM. De acordo com os n.ºs 2 e 4 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020 (Alteração à Lei n.º 10/2011 - Lei da habitação económica), bem como com a alínea 1) do n.º 8 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pelas Leis n.os 13/2020 e 11/2015, e a alínea 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.o 11/2015.
1. O total do rendimento mensal do agregado familiar não atingiu o limite mínimo fixado no Despacho do Chefe do Executivo n.º 169/2019. De acordo com o n.º 3 do artigo 14.º, o artigo 16.º e a alínea 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.o 11/2015.
2. Não foram apresentados, dentro do prazo fixado, os documentos necessários para a apreciação substancial. De acordo com o n.º 3 do artigo 26.º e a alínea 2) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015.
1. Nos cinco anos anteriores à data de apresentação da candidatura e até à data de escolha da fracção, o elemento de agregado familiar foi proprietário de fracção autónoma com finalidade habitacional na RAEM.
13 WONG KONG PONG 81201931388 274/EAS/2022 Vice-Presidente do Instituto de Habitação 08/05/2023 0564/DAJ/2023
De acordo com os n.ºs 2 e 4 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020 (Alteração à Lei n.º 10/2011 - Lei da habitação económica), bem como com a alínea 1) do n.º 8 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pelas Leis n.os 13/2020 e 11/2015, e a alínea 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.o 11/2015. 2. Exceder o limite máximo de património líquido constante no Despacho do Chefe do Executivo n.º 169/2019. De acordo com o n.º 3 do artigo 14.º, o n.º 1 do artigo 17.º e a alínea 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015.
PELO menos 29 pessoas, incluindo crianças, foram mortas num ataque a um campo de deslocados no estado de Kachin, no Myanmar, segundo a imprensa e dois activistas locais.
O ataque terá acontecido por volta das 23h30 de segunda-feira à em Kachin, o estado mais à norte. Imagens não verificadas nas redes sociais mostram homens a transportar vítimas, incluindo uma criança pequena, dos escombros na escuridão.
A Organização Nacional Kachin (KIO), um grupo político que há muito procura uma maior autonomia para a minoria étnica de Kachin, afirmou que 29 pessoas foram mortas e 57 ficaram feridas. Entre elas, 11 crianças com menos de 16 anos. O ataque foi efectuado por artilharia pesada e não por um ataque aéreo, como alguns tinham sugerido anteriormente.
As estimativas do número de mortos têm variado. Um activista Kachin baseado em Laiza, que falou sob anonimato, disse anteriormente ao jornal The Guardian que 33 pessoas tinham sido mortas, incluindo 13 crianças. Um bebé de três meses estava entre as vítimas, disse ela.
Acrescentou que o número de mortos poderia aumentar ainda mais porque o campo cobria uma grande área e os voluntários ainda estavam a recuperar corpos. As casas dos campos foram construídas nas montanhas, acrescentou, e por isso ficaram enterradas debaixo do solo.
“As casas do campo estão muito próximas umas das outras, pelo que a situação está totalmente desorganizada”, disse, acrescentando que o ataque foi apenas o último dos “actos desumanos” dos militares.”Há muitos casos como este. Este não é o único
caso”, afirmou. O ataque teve lugar no campo de deslocados internos de Mung Lai Hkyet, a poucos quilómetros de uma base militar gerida pelo Exército da Independência de Kachin (KIA), a ala militar da KIO e um dos muitos grupos que lutam contra a junta militar de Myanmar, que tomou o poder em 2021
Impossível encarar
A zona, perto da fronteira com a China, tem sido palco de frequentes confrontos armados nos últimos meses.
A ONU alertou para o acesso limitado da ajuda humanitária no estado de Kachin e em muitas outras zonas do país, descrevendo um nível de necessidade terrível.
Um segundo activista Kachin baseado em Laiza, que falou com o The Guardian a partir de um hospital que trata os feridos, disse: “Todo o quarteirão do campo desapareceu.
É como se um grande buraco tivesse sido deixado na terra e as casas tivessem sido destruídas. A minha casa fica a cerca de seis quilómetros do campo de deslocados internos de Mung Lai Hkyet. Mas a minha casa também estava a tremer. Os tectos e as portas das casas em Laiza desabaram”.
Na altura em que deu o seu testemunho, o activista
estava no hospital a ajudar os médicos com a logística, mas disse que não conseguia olhar para as vítimas. “Não me posso emocionar porque tenho de continuar a trabalhar”, disse. “Vi três crianças pequenas que perderam as mães. Não me atrevo a olhar para as crianças”.
O general Zaw Min Tun, porta-voz da junta, negou a responsabilidade dos militares. Disse à televisão controlada pelos militares que a junta tinha analisado o incidente e acreditava que a explosão tinha sido causada por bombas que tinham sido armazenadas pelo KIA.
Os militares têm sido frequentemente acusados de atacar sítios civis, incluindo hospitais, escolas, locais religiosos e casas de civis. No ano passado, os militares mataram 60 pessoas, incluindo músicos e crianças, num ataque aéreo que teve como alvo um concerto em Kachin.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que o embaixador de Myanmar nas Nações Unidas, Kyaw Moe Tun, disse a uma comissão da ONU que, desde o golpe, os militares importaram mais de mil milhões de dólares em armas e matérias-primas para uma
“política de terra queimada que assassinou mais de 4.000 civis, incluindo mulheres e crianças, deslocou à força cerca de 2 milhões de pessoas e destruiu ou queimou mais de 75.000 casas”.
Kyaw Moe Tun - que se manteve leal ao governo civil e não representa a junta - citou dados de investigadores que indicam que houve uma média de 30 ataques aéreos por mês em Myanmar de Janeiro a Junho deste ano, e instou os Estados-Membros e o Conselho de Segurança a imporem embargos de armas abrangentes contra os militares.
Desde que tomaram o poder em Fevereiro de 2021, os militares têm enfrentado a oposição determinada de uma resistência armada, que inclui tanto grupos armados que se formaram após o golpe, como grupos armados maiores e estabelecidos, como o KIA.
O KIA ofereceu refúgio a manifestantes, políticos e outras pessoas que fugiam dos abusos militares e treinou combatentes de grupos mais recentes que se opõem ao golpe. O campo de deslocados internos de Mung Lai Hkyet foi criado em 2011, quando o acordo de cessar-fogo entre o KIA e os militares se desmoronou. No entanto, desde o golpe de Estado, o campo tem aumentado à medida que um número crescente de pessoas tem sido deslocado e alberga cerca de 850 pessoas. O conflito obrigou 2 milhões de pessoas a fugir das suas casas, um número sem precedentes no país, segundo a ONU, provocou o aumento da pobreza e o colapso dos serviços de educação e de saúde. Segundo um relatório da ONU publicado no início deste ano, a Rússia e a China são os principais fornecedores de sistemas de armamento avançados aos militares de Myanmar.
A bolsa de Tóquio fechou ontem em alta, com o principal índice, o Nikkei, a ganhar 2,43 por cento, para 31.746,53 pontos. No fecho da sessão, o segundo indicador, o Topix, subiu 2,12 por cento para
PUB.
2.312,19 pontos. O índice Nikkei reflecte a média não ponderada dos 225 principais valores da bolsa de Tóquio, enquanto o indicador Topix agrupa os valores das 1.600 maiores empresas cotadas.
HM • 1ª vez • 11-10-23
Execução de sentença sob n.º CV2-20-0014-CPE-A 2º Juízo Cível a forma sumária (Apenso)
Exequente: SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E FOMENTO PREDIAL GOLDEN CROWN SARL (金山發展有限公司), registada na Conservatória dos Registos Comercial de Bens Móveis de Macau sob o n.º 1135(SO), residente na Avenida dos Jardins do Oceano, nº 388, Edifício Jardins do Oceano, 7º andar A, Taipa, em Macau.
Executado: CHAN WAI SAN (陳偉新), sexo de masculino, com última sede conhecida em Macau, na Rua da Alfândega, 5.º andar F do Edifício Man Hong Mansion, ora ausente em parte incerta. ***
Correm éditos de trinta (30) dias, contados na segunda e última publicação do anúncio, notificando o Executado CHAN WAI SAN, da realização da penhora ordenada pelo Mm.º Juiz deste Tribunal dos seguintes bens: Verba n.º 1
Saldo da conta do Banco da China, na quantia de HKD1.104,71 e CNY113,82. Verba n.º 2
Saldo da conta do Banco Comercial de Macau, na quantia de HKD3.137,82. Verba n.º 3
Saldo da conta do Banco Nacional Ultramarino, na quantia de HKD472,50. Verba n.º 4
Saldo da conta do Banco de Guangfa, na quantia de HKD803,68, USD9,08 e EUR10,04. Verba n.º 5
Saldo da conta do Banco Tai Fung, na quantia de HKD399,32. Verba n.º 6
Saldo da conta do OCBC Wing Hang, na quantia de HKD3.960,06 e USD12,49. Verba n.º 7
O montante de MOP10.000,00 que o executado têm direito a receber no “Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico do Ano 2022”.
As penhoras acima referidas foram realizadas em 22/10/2021, 28/10/2021, 1/11/2021, 16/11/2021, 19/11/2021 e 19/9/2022. É notificada o Executado para, querendo, no prazo de dez (10) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar à Exequente a quantia exequenda no montante de MOP223.110,18 e acréscimos legais, ou deduzir embargos de executado ou oposição à penhora, e ainda requerer a substituição dos bens penhorados por outro de valor suficiente, tudo conforme no art.º 820º do C.P.C.M., sob pena de, não o fazendo no referido prazo, seguir o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.
Os duplicados da petição inicial encontram-se aguardados nesta secretaria do 2º Juízo Cível, poderão ser levantados nas horas normais de expedientes.
Macau, em 15 de Setembro de 2023.
As vítimas do ataque no estado de Kachin incluem crianças, segundo os meios de comunicação social e activistas locais. O alegado ataque da junta militar resultou na morte de, pelo menos, 29 pessoas no estado de Kachin, junto à fronteira com a China
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 21/P/23
Faz-se público que, por despacho da Ex.ma Senhora Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, de 20 de Setembro de 2023, se encontra aberto o Concurso Público para a «Prestação de Serviços de Aluguer de Equipamentos para Oxigenoterapia Domiciliária aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 11 de Outubro de 2023, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP65,00 (sessenta e cinco patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo).
As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,30 horas do dia 10 de Novembro de 2023
O acto público deste concurso terá lugar no dia 13 de Novembro de 2023, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau.
A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP128.000,00 (cento e vinte e oito mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.
Serviços de Saúde, aos 5 de Outubro de 2023
O Director dos Serviços de Saúde Lo Iek Long
Baseado num romance com o mesmo nome, “The Haunting of Hill House” é uma série que estreou na Netflix em 2019, arrebatando os fãs da ficção de terror. O enredo é clássico e assente numa premissa comum: uma família muda-se para uma casa assombrada, abrindo portas a um rol de mistérios assustadores. Corredores sinistros, maçanetas de portas que giram sozinhas e uma trama que se desenrola devagar, em tempos paralelos, deixando o espectador cada vez mais preso à série. Destaque para as interpretações de Henry Jackson Thomas Jr, Timothy Hutton e Carla Gugino. João Luz
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo
Anúncio
Faz-se saber que no concurso público n.o 22/P/23 para o «Fornecimento de Medicamentos e Outros Produtos Farmacêuticos para a Convenção das Farmácias», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 38, II Série, de 20 de Setembro de 2023, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 4.º do programa do concurso público pela entidade que o realiza e que foram juntos ao respectivo processo.
Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, e também estão disponíveis na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo).
Serviços de Saúde, aos 6 de Outubro de 2023
O Director dos Serviços de Saúde Lo Iek Long
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 26/P/23
Faz-se público que, por despacho de Sua Excelência, o Chefe do Executivo, de 16 de Agosto de 2023, se encontra aberto o Concurso Público para o «Fornecimento de Vacinas aos Serviços de Saúde », cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 11 de Outubro de 2023, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP 76,00 (setenta e seis patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo).
As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às às 17,45 horas do dia 7 de Novembro de 2023
O acto público deste concurso terá lugar no dia 8 de Novembro de 2023, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau.
A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP100.000,00 (cem mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.
Serviços de Saúde, aos 6 de Outubro de 2023.
O Director dos Serviços de Saúde Lo Iek Long
AVISO
Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de Construção de Viaduto na Rotunda da Amizade – 2.ª Fase », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 38, II Série, de 20 de Setembro de 2023, foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e junta ao processo do concurso.
A referida aclaração complementar encontra-se disponível para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 5 de Outubro de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
UM DOS aspectos interessantes da evolução do discurso político é a franqueza com que alguns interesses sociais são hoje enunciados. É um novo padrão: em vez da universalidade, mesmo que camuflando uma divisão (“os portugueses de bem”), notam-se agora deslizes para estratégias do pionés. Veja-se o exemplo dos liberais: o seu pionés são os donos do Alojamento Local, a quem prometem mais dinheiro. O do Governo é mais vasto: quer uma subida prolongada do preço da habitação, para seduzir este sector dos empresários do AL, de promotores imobiliários e de construtores de luxo e beneficiar o turismo, que entende ser o destino de Portugal. O resultado é um terramoto habitacional e o debate recente sobre uma medida — a proibição de compra de casa por não residentes que não sejam emigrantes — faz luz sobre o assunto.
Questão semântica, pois os preços da habitação não são determinados pela oferta e procura. Prova: subindo os juros e o custo da casa para o comprador, a procura diminuiu; segundo os recentes dados do INE sobre o primeiro trimestre do ano, reduziu-se em 20,8 por cento em termos homólogos (ou 10,5 por cento em cadeia); e se a procura desce, o preço deveria descer. O problema é que o preço continuou a subir (mais 8,7 por cento).
A razão para o preço subir quando há menos procura é simplesmente que isto não é um mercado como o dos livros. O preço é arrastado por um segmento da procura que nunca se contrai e que, aliás, é protegido: os compradores estrangeiros ricos ou os fundos globais de investimento, que compram barato o que para nós é caro. Em Junho, a mediana nacional do preço da habitação vendida nos 12 meses anteriores era de €1477 por metro quadrado e a vendida aos estrangeiros era 54 por cento mais cara. Em Julho, a diferença na Área Metropolitana de Lisboa era de cerca de 70 por cento e em alguns concelhos do Algarve a procura por estrangeiros era 90 por cento do total.
O director do Expresso resumiu isto assim: “O excesso de turismo é assente na oferta de Alojamento Local de forma descontrolada; uma estratégia de vistos gold que, ao permitir o acesso a um passaporte português em troca de €500 mil gastos na compra de um imóvel, fez disparar os preços e condicionou a construção de nova habitação; uma política fiscal discricionária e porventura inconstitucional, que permite a estrangeiros com rendimentos pagarem uma taxa de imposto à qual os portugueses só têm acesso se tiverem salários muito baixos, e a falta de uma política nacional e municipal de construção inteligente que não promova apenas a construção de casas de luxo. Estas são as causas principais do inferno actual que as famílias portuguesas vivem.” Ou seja,
“A
é o inferno e, se a solução fosse o milagre de mais oferta privada, seria fácil perceber o que iria ser construído, casas de luxo para norte-americanos ricos.”
a política actual é o inferno e, se a solução fosse o milagre de mais oferta privada, seria fácil perceber o que iria ser construído, casas de luxo para norte-americanos ricos. Não há mercado, mas há lei do lucro.
E entra a xenofobia
A proibição da compra por estrangeiros não-residentes foi proposta pelo liberalérrimo Governo canadiano e aplica-se na europeíssima Dinamarca, com Governos de direita e de centro. No entanto, explodiu aqui a acusação de que seria uma maldade xenófoba. O problema é que o problema chega a muita gente e obriga a pensar fora da facilidade ideológica, pelo que surgiram dois contra-argumentos a essa condenação, a urgência e a comunidade. À esquerda, Carmo Afonso apontou que somos obrigados a “discutir a possibilidade de restringir o direito de propriedade numa situação de emergência. Há milhares de pessoas que não conseguem arrendar casa e ainda menos comprar uma. Há outras tantas
que não estão a conseguir pagar as prestações dos empréstimos. Uma geração inteira, à excepção daqueles que tiveram ajuda familiar, está excluída do sonho de ter uma casa digna para viver”. Um homem de direita, Henrique Raposo, juntou-se-lhe: “Para mim, no actual contexto, faz-me de facto muita impressão que um estrangeiro rico possa comprar uma casa em Portugal para não usar, só para usar de vez em quando, ou para viver em Portugal como se estivesse num gueto de ricos sem contacto orgânico com a sociedade.” Aguiar-Conraria, também no Expresso, lembrou o óbvio, que “os direitos de quem reside em Portugal não são os mesmos de quem não reside. Um exemplo (e podia dar milhares): o ensino universitário para um chinês, não-residente, que estude em Portugal não é subsidiado pelo Estado. [...] Regras diferenciadas para estrangeiros não residentes são a regra e não a excepção”. Não concordando com a proposta, tanto por achar que exige demasiada intervenção pública e pode baixar demasiado o preço da habitação, o economista afirma, no entanto, que “esta proposta, ao contrário de várias do plano Mais Habitação, tem o mérito de ter lógica. Se queremos que um preço baixe, ou promovemos um aumento da oferta ou uma redução da procura. Ninguém vai inventar a roda”.
De facto, a acusação de xenofobia é somente um testemunho de desespero argumentativo. Quem quer manter os vistos gold, os benefícios fiscais a estrangeiros e outras promoções do imobiliário de luxo está a arruinar gerações no nosso país, e percebe-se que queira fugir da questão atacando moinhos de vento, para proteger uma clientela que despreza o mal que o bloqueio habitacional nos provoca. É uma razão para que amanhã as ruas de Portugal lembrem que somos um país e não um resort.
política actual
AS autoridades policiais da China e de Macau detiveram oito pessoas, incluindo um residente de Macau e dois cidadãos chineses, alegadamente envolvidos no furto de uma mala com 4,5 milhões de renminbis ocorrido em Agosto no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior. Os detidos no Interior da China foram depois reencaminhados para Macau.
Segundo o jornal Ou Mun, o dinheiro foi roubado quando a vítima se encontrava no terminal dos ferries do Porto Exterior e tentava sair do território. Quando foi à casa de banho, o suspeito local e um dos suspeitos do Interior da China roubaram a mochila e a mala, e de seguida fugiram para a província de Guangdong.
A Polícia Judiciária (PJ) de Macau explicou que o residente local, que será o alegado cabecilha do grupo, entregou o dinheiro ao irmão e à mãe, tentando transferir o montante através do câmbio ilegal. A PJ conseguiu recuperar 1,3 milhões e deteve cinco suspeitos, após a apreensão dos três primeiros suspeitos, incluindo a mãe e o irmão do alegado cabecilha.
O caso foi encaminhado para o Ministério Público para mais investigação e detidos são suspeitos dos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A PJ procura mais suspeitos ligados ao caso.
O Estado português gastou 18,2 dos 20 milhões de euros previstos para a organização da Jornada Mundial da Juventude, revelou ontem a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, ressalvando que não estão incluídas as despesas indirectas dos ministérios. “Não era possível, depois daquilo que foi acordado entre o Governo e as autarquias, não cumprir aquilo que tínhamos para cumprir nas nossas responsabilidades, fosse na mobilidade, na saúde ou em todas as operações logísticas em que tivemos de nos envolver. O rigor orçamental permite também que, dos 20 milhões que foram dados como limite”, o Estado tenha gasto 18.245.996 euros, precisou Ana Catarina Mendes aos deputados. Na Comissão Parlamentar da Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, onde foi ouvida a pedido do Chega sobre os ajustes directos feitos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ministra destacou o facto de não terem sido gastos na totalidade os cerca de 20 milhões de euros aprovados pelo Governo em 2022.
Borrell convida MNE israelita e palestiniano para reunião extraordinária
Ochefe da diplomacia da União Europeia (UE) convidou os seus homólogos israelita e palestiniano para participarem na reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) dos 27, convocada após o ataque do grupo islâmico palestiniano Hamas contra Israel. O anúncio foi feito pelo Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, que convocou uma reunião extraordinária e informal, que decorrerá num formato híbrido -- presencial e virtual -- em Mascate, Omã, com a participação dos MNE israelita, Eli Cohen, e palestiniano, Riyad al-Maliki.
Também na rede social X (antigo Twitter), Borrell divulgou ter telefonado ao MNE iraniano, Hosein Amir Abdolahian, para reiterar “a mais forte condenação dos ataques brutais do Hamas contra Israel”. “Nada pode justificar actos de terror tão desprezíveis e nada pode justificar o apoio a estes”, escreveu ainda Borrell, que se encontra na capital de Omã
para uma reunião entre a UE e o Conselho de Cooperação do Golfo.
As autoridades israelitas confirmaram mais de 900 mortos e 2.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, lançada no sábado e apoiada pelo grupo Jihad Islâmica, enquanto mais de 680 palestinianos morreram e 3.700 ficaram feridos na sequência de bombardeamentos e ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, aos quais se somam mais de 15 em operações e confrontos com forças israelitas na Cisjordânia ocupada.
Irão afasta rumores
O ‘ayatollah’ Ali Khamenei, a autoridade máxima do Irão, negou ontem que o seu país tenha estado por trás do ataque lançado no sábado pelo Hamas contra Israel, mas reforçou o apoio iraniano aos palestinianos.
“Apoiantes do regime sionista e outros têm espalhado rumores nos últimos dois, três dias, incluindo que o Irão estaria por trás desta acção. Estes rumores são falsos”, disse o ayatollah Khamenei
num discurso numa academia militar.
Outras autoridades iranianas já haviam rejeitado na segunda-feira as acusações de envolvimento iraniano na preparação do ataque do Hamas, um movimento que Teerão defende abertamente há muitos anos, mesmo que as suas relações tenham vivido altos e baixos.
Khamenei declarou ainda que Israel “sofreu um fracasso irreparável nos campos militar e de informação” após esta ofensiva do movimento palestiniano. “Insisto no termo ‘irreparável’”, acrescentou o líder iraniano.
“É evidente que defendemos a Palestina, defendemos as suas lutas. Beijamos os rostos e os braços dos promotores [do ataque] e dos corajosos jovens palestinianos. Mas aqueles que dizem que o trabalho foi realizado por não palestinianos, “não conhecem a nação palestiniana e estão a cometer um erro”, acrescentou. “É claro que todo o mundo muçulmano é obrigado a apoiar os palestinianos”, segundo o líder supremo do Irão.
quarta-feira 11.10.2023
Kong Chi está acusado de arquivar casos, ignorar provas e desviar o rumo das investigações em dezenas de casos criminais, segundo apurou ontem o canal Macau da TDM, que teve acesso ao despacho de acusação produzido pelo Ministério Público (MP), organismo a que pertencia o principal arguido de um processo que volta a incidir sobre o aparelho judicial da RAEM.
Segundo a mesma fonte, Kong Chi terá partilhado informações confidenciais com suspeitos mesmo em casos que não eram dele, usando outros funcionários para isso, através de informações obtidas informalmente. Em troca, o procurador-adjunto receberia subornos através de um grupo criminoso que alegadamente liderava.
Kong Chi está formalmente acusado dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, violação de segredo de justiça e prevaricação.
Na altura em que foi o MP divulgou o processo, cujo julgamento começa na próxima sexta-feira, foi revelado que “na associação criminosa” estariam alegadamente envolvidos “um advogado de apelido Kuan e dois arguidos de apelidos Choi e Ng”. Segundo o HM apurou na altura, “o advogado”, trata-se de uma advogada: Kuan Hoi Lon. A causídica ligada ao escritório K.N.L. está suspensa pela Associação dos Advogados desde o início de Agosto, tendo inclusive deixado de aparecer nas pesquisas no portal da associação.
Foram emitidos também mandados de detenção para os quatro arguidos, e, de acordo com o Jornal Ou Mun, todos estão detidos preventivamente na Prisão de Coloane.
MP PROCURADORADJUNTO ACUSADO DE MUDAR RUMO DE INVESTIGAÇÕESO ‘ayatollah’ Ali Khamenei, a autoridade máxima do Irão, negou ontem que o seu país tenha estado por trás do ataque lançado no sábado pelo Hamas contra Israel, mas reforçou o apoio iraniano aos palestinianos