Soma e segue
Apesar das muitas dúvidas lançadas sobre a credibilidade das previsões de 130 mil milhões de patacas em receitas do jogo, o Orçamento para 2023 foi ontem aprovado por unanimidade. O Governo matém-se optimista e reafirma a sua determinação em “seguir em frente no caminho da recuperação”, prometendo um futuro brilhante para a toda a população de Macau. PÁGINAS 4-5
“À China nãointeressa o conflito”
O historiador e presidente do Observatório da China lança, em breve, o livro “China na Nova Era: o papel vital da China na contribuição da resolução dos desafios do século XXI em prol do restabelecimento da paz”, que analisa também os desígnios saídos do último congresso do Partido Comunista Chinês. Rui Lourido elogia a política de zero casos covid e diz que o país não está interessado em invadir militarmente Taiwan
O livro “China in the New Era: China’s vital role contributing to solve the challenge of XXI Century to re-establish the peace” [China na Nova Era: o papel vital da China na contribuição da resolução dos desafios do século XXI em prol do restabelecimen to da paz] sai em breve e nasce de um convite da Academia das Ciências Sociais da China. Quais os passos para dar corpo a este projecto?
É um livro que tenta reflectir sobre que conquistas são vá lidas e com que impacto para a China e o Ocidente e qual o papel do Partido Comunista Chinês (PCC) na condução desta grande nação. É uma obra com cinco capítulos e surge no âmbito da realiza ção do XX Congresso do PCC. A Academia convidou vários investigadores inter nacionais para que dessem a sua perspectiva sobre a China. O primeiro capítulo reflecte sobre o regime po lítico democrático chinês e o seu respeito pelos direitos humanos, e o papel da China.
E que papel é esse?
O facto de a China ter co locado os interesses da po pulação no centro da acção política do próprio Governo permitiu este sucesso na eli minação da pobreza que foi conseguido em Dezembro de 2020, quando se ultra passaram os 800 milhões de pessoas retiradas da po breza extrema. No segundo capítulo, faço uma reflexão sobre o desenvolvimento económico e social da Chi na e as contradições para a comunidade internacional decorrentes destas conquis tas do país que são a vários níveis.
Em que sentido?
Nós, no Ocidente, damos conta dos avanços que a Chi na fez na sua sociedade e do facto de ter contribuído com mais de 30 por cento para o desenvolvimento económico mundial. Há também um de senvolvimento científico no país. O facto de a educação e a população terem sido colo cados no centro da orientação política leva a que possamos passar a um terceiro capí tulo que pretende explicar a luta contra a pandemia, que é muito mal-entendida no Ocidente. A China foi pioneira na descodificação do DNA do vírus SARS
-Cov-2 e na divulgação imediata desses resultados
“A China mostra que é necessário respeitar a soberania territorial de todos os países e defender a não ingerência nos assuntos internos.”
junto da comunidade inter nacional. Isso permitiu que os laboratórios do Ocidente rapidamente pudessem de senvolver vacinas. Temos depois um quarto capítulo sobre a integração de mino rias étnicas, como o Tibete ou o Xinjiang, e o conceito “um país, dois sistemas” que tem permitido trazer a Macau e a Hong Kong uma participação no desenvolvi mento económico da China muitíssimo substancial e com grandes privilégios para todo o comércio, que se pode inte grar na Grande Baía. Temos ainda o lado educativo, pois a Universidade de Macau já está também na área da Grande Baía. Esta abertura à China vai permitir estabilizar as questões de Hong Kong.
Como?
A juventude pode agora comprar casas a um preço muitíssimo mais barato mesmo nas tradicionais fronteiras de Hong Kong e isso é uma válvula de escape muito grande, pois sabemos que Macau e Hong Kong não têm mais espaço para uma expansão urbana. Falo tam bém da situação de Taiwan e dessas relações antigas e históricas com Xinjiang e Tibete. Em relação ao último capítulo falo das relações internacionais da China e as propostas para a paz, sendo essa uma pré-condição para a inclusão de todos os países, sejam eles sub-desenvolvi dos, em desenvolvimento ou desenvolvidos. O projecto “uma faixa, uma rota” é, também ele, de dimensão global e tem permitido o desenvolvimento dos países onde se tem inserido. Há ainda outra plataforma fun damental para a China que é os BRIC’s. [Brasil, Rússia, Índia e China].
Aborda também no livro a relação da China com Portugal e os restantes países lusófonos.
Sim. A nossa parceria es tratégica com a China tem de ser preservada a todo o custo. Temos mais de 500
anos de relacionamento com Macau e Portugal tem, de forma muito inteligente, de continuar com os seus aliados, como os EUA e a Grã-Bretanha, mas não pode alienar o património histó rico com a China, um país que sempre tratou Portugal de forma correcta, tendo em conta os interesses em comum.
Voltando atrás. Como é que o seu livro defende que existe uma democracia na China?
Sem dúvida nenhuma que há uma democracia na China. Não existe um tipo único de democracia no mundo, porque a democracia que é seguida nos EUA é uma democracia tal como aquela que existe na China, que é popular com características socialistas chinesas, baseada em duas organizações prin cipais na cúpula do Estado, que é o parlamento chinês, a Assembleia Popular Na cional, com oito partidos diferentes do PCC. Estes comprometeram-se com o PCC a encabeçar o desen volvimento da China. São partidos que têm uma voz própria e têm cerca de 900 deputados num todo em representação das várias classes sociais e grupos económicos e sociais. Todas as regiões autónomas, bem como Macau e Hong Kong, têm a sua voz representada no parlamento. Na APN existe uma participação cívica da população com eleições directas e repre sentativas.
Terminou recentemente o XX Congresso do PCC. Tem existido alguma evo lução no sistema político chinês nos últimos anos?
A grande alteração é a im plantação da RPC em 1949 e a capacidade que a China teve, depois com Deng Xiao ping, de se abrir ao mundo, e encetar um processo de 150 anos de tratados desiguais
“O conceito “um país, dois sistemas” tem permitido trazer a Macau e a Hong Kong uma participação no desenvolvimento económico da China muitíssimo substancial.”
“Xi Jinping consegue, neste mundo em convulsão, uma grande evolução, que foi a retirada de milhões de chineses da pobreza extrema. Só em oito anos ele tirou 100 milhões de pessoas da pobreza extrema.”
e de um roubo imenso ao património chinês que foi feito ao longo desses anos. Essa aceleração trouxe um enorme desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida à população chinesa, que é depois acelerada pelas propostas de Xi Jinping, em 2013, com a nova rota da seda. A China é hoje o prin cipal cliente do Brasil e de alguns países sul-americanos e isso tem contribuído para o desenvolvimento desses países, porque existe sempre uma perspectiva win-win [de ganhos mútuos]. Para mim, Xi Jinping consegue, neste mundo em convulsão, uma grande evolução, que foi a retirada de milhões de chineses da pobreza extrema. Só em oito anos ele tirou 100 milhões de pessoas da pobre za extrema e uma evolução histórica desta dimensão não aconteceu em nenhum outro país do mundo. Essa é a primeira grande conquista
da China. A segunda é a modernização do país de uma forma sustentável nas áreas científica, sócio-económica e ao nível ambiental. Há também o desenvolvimento político, pois o PCC tem-se sabido renovar com jovens. Em relação à pandemia, a China foi o país que melhor a combateu, uma vez que todos os outros países têm mais casos e mortes.
Mas a política de zero casos covid tem sido contestada pela comunidade científica internacional e pela pró pria Organização Mundial de Saúde.
Sou português e europeu. Como historiador consigo verificar os resultados de ambas as políticas. Do ponto de vista humano, prefiro que um país preserve a vida dos seus cidadãos. A China atingiu, ao longo destes anos, atingiu a fasquia de poucos milhares de mortos, enquanto nos EUA atingiu -se a fasquia de um milhão de mortos. Para a própria população é preferível estar mais atento e ter uma polí tica contra a covid-19 mais severa. Para a China tem sido bom do ponto de vista do apoio popular.
E do ponto de vista eco nómico?
Como têm tido um enorme desenvolvimento económi co, eles conseguiram retirar das zonas mais ricas, como Cantão, Xangai e Pequim, as suas mais valias e financiar as regiões mais pobres. São as vantagens de um sistema
planificado e centralizado. Penso que tem resultado.
Em relação a Taiwan, a tensão com a China parece ter voltado a subir de tom. A questão com Taiwan é sim ples. A China é um dos países com maior antiguidade em matéria de navegação e desde esses tempos que a presença chinesa mercantil é imensa. Isso permitiu a ligação entre o país e as ilhas do mar do sul da China. Depois houve movimentos migratórios para países como a Indonésia ou Filipinas. Com Taiwan, essa tradição marítima vem de há muito tempo. Com a dinastia Ching, Taiwan foi invadida pelos japoneses que derrotaram o exército chinês. Tal levou a China a apoiar os aliados. Por isso se chama “o aliado esquecido à China”, porque o Ocidente nunca fala no esforço imenso que a China fez, mesmo do ponto de vista humano, na luta contra os japoneses. [Essa resposta da China] permitiu que os japoneses não se expandissem mais para o Ocidente, que prometeu a devolução à China de Taiwan e não cumpriu a sua promessa, pelo que teve de acontecer, mais tarde, essa
“A China é hoje considerada pelo Ocidente como uma ameaça, o que não tem lógica para o desenvolvimento da Europa.”
reconquista. Ainda na dinastia Ching, o próprio território da ilha de Taiwan passou a ser considerado como estando na dependência da província de Fujian. Na dinastia Ching, 50 anos depois, ela passa a ser mesmo uma província directamente dependente do Governo Central. Taiwan é território chinês sem qual quer dúvida. Uma parte do partido Kuomitang abriga-se em Taiwan e essa guerra civil continua com este conflito. Não aceitaram a derrota e declararam-se com uma administração autónoma. É abusivo e perigoso o que os EUA estão a fazer, com a venda de armas ofensivas a Taiwan. Mas essa é uma tentativa de desestabilizar a China e impedir o seu desen volvimento harmonioso.
Que elações tiramos deste XX Congresso?
A China mostra que é neces sário respeitar a soberania territorial de todos os países e defender a não ingerência nos assuntos internos, além de que se dever respeitar as escolhas dos vários países nas suas vias de desenvolvimento e os sistemas sociais, sempre mantendo os propósitos da Carta da ONU. Afasta-se a mentalidade de Guerra Fria, a oposição ao multilateralis mo e dizer não à política de criação de blocos geopolíti cos. Estas propostas do XX Congresso são fundamentais para a tal ideia da criação de um futuro partilhado para a humanidade, com a estabili zação económica.
O poder de Xi Jinping sai reforçado neste congresso. Qual será o futuro do país? O trabalho do partido e do Estado em prol do desen volvimento económico, e o combate à pandemia, mos trou à população chinesa a capacidade de resolução de problemas que afectaram o mundo como um todo, mas de onde a China se saiu bem e melhor graças à sua organização interna. Esta organização é apoiada pelo PCC e sai reforçada. Se não houver provocações mais graves com Taiwan da parte dos EUA... pois à China não interessa o conflito. Do ponto de vista pragmático e da defesa da Carta da ONU, veremos uma China activa no mundo. A China é hoje considerada pelo Ocidente como uma ameaça, o que não tem lógica para o de senvolvimento da Europa.
Andreia Sofia SilvaCovid-19 Coutinho critica despesas com pandemia
José Pereira Coutinho, deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), criticou ontem o Governo devido ao gasto dos recursos públicos com as medidas de controlo da pandemia da covid-19. Segundo Coutinho, desde o início da pandemia o Governo já gastou mais de 1,6 mil milhões de patacas com o processo, entre testes de ácido nucleico generalizados em massa, testes rápidos de antigénio, o uso de equipa mento para a mediação da temperatura corporal à entrada dos serviços públicos e escolas, entre outros. Em relação a este aspecto, o deputado destacou que só no último surto, com duas testagens de ácido nucleico em massa foram gastos “milhões e milhões de pata cas”. No mesmo sentido, o legislador perguntou também ao Governo quanto vai ser pago, a nível de quarentena, a cada piloto que participa no Grande Prémio de Macau.
Chips electrónicos Chui Sai Peng pede aposta no sector
José Chui Sai Peng apelou ontem ao Governo de Macau para reforçar o apoio à investigação e produção de chips electrónicos, de forma a apoiar o Governo Central no desenvolvimento do país. Segundo o deputado, o Executivo deve seguir os exemplos vindos dos Estados Unidos e da Europa que têm cada vez mais projectos para financiar “a produção local de chips” e, ao mesmo tempo, “restringir o investimento na China e Rússia por parte das empresas de chips subsidiadas pelo governo”. “Pode ver-se que a tecnologia de chips tem vantagem estratégica para garantir a expressão dum país na área da ciência e tecnologia, e é instrumento impor tante para salvaguardar a segurança económica”, justificou. Como forma de justificar a proposta, Chui Sai Peng deu o exemplo do “Laboratório de Referên cia do Estado em Circuitos Integrados em Muito Larga Escala Analógicos e Mistos” da Universidade de Macau e o trabalho feito a nível da investigação nestes assuntos, que apontar estar ao nível de empresas mundiais como Intel, Samsung e Mediatek.
A realidade
Ella Lei foi a primeira deputada a contestar o valor. “Segundo os dados apresentados pelo Governo, a receita bruta do jogo vai ocupar um grande peso nas receitas do orçamento para o próximo ano. O valor estimado é de 130 mil mi lhões”, começou por dizer. “Só que as receitas de jogo até Outubro só estão nos 60 mil milhões de patacas, e mesmo que se atinja, nos próxi mos dois meses, o valor de 2020, não vamos ser capazes de atingir o valor de 130 mil milhões”, alertou. Adeputada tentou assim perceber as razões que levaram a esta estima tiva: “Muitos turistas do Interior e de fora não têm qualquer intenção de vir a Macau, devido às restrições ligadas à covid-19. A estimativa das receitas brutas do jogo tem um valor idênticos aos dos últimos dois anos, que nunca foi concretizada. Por isso, espero que esclareçam se existem previsões sobre a adopção de mais medidas para atrair turistas e aumentar as nossas receitas”, pediu.
Na resposta, Lei Wai Nong admitiu que a estimativa tem “mere cido atenção da população” e que o número foi “um sinal de confiança” na recuperação.
Segundo o secretário, “o Gover no ponderou vários factores para chegar a esse valor” e prometeu “um futuro brilhante com o apoio do Governo central”.
Entre os factores, o secretário in dicou o fim da suspensão, no Interior, dos vistos electrónicos de turismo e para excursões, a “confiança que as futuras concessões de jogo vão tra zer mais receitas integradas” com a promoção dos elementos não jogo e a capacidade mais rápida de controlar eventuais surtos.
OS deputados aprovaram on tem por unanimidade e na generalidade o orçamento da RAEM para o próximo ano. Contudo, o documento apresentado pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, foi questionado devido à estimativa das receitas brutas de jogo, com o Governo a apostar em arrecadar 130 mil milhões de patacas.
O secretário indicou também que a estimativa tem por base uma média de 40 mil turistas por dia, no que será uma estimativa de 14,6 milhões de visitantes por ano.
E o emprego?
Por sua vez, José Pereira Cou tinho considerou que o facto de o orçamento ser deficitário não deve deixar ninguém contente e que o documento falha em apresentar soluções para o de semprego. “Que soluções dispõe para resolver os problemas rela
• O secretário indicou que a estimativa tem por base uma média de 40 mil turistas por dia, no que será uma estimativa de 14,6 milhões de visitantes por ano
cionados com o desemprego?”, questionou.
No entanto, Lei Wai Nong argu mentou que o Governo tem vários apoios disponíveis, inclusive alguns subsídios que existem em poucas jurisdições, além de Macau. As esti mativas do Governo apontam que o orçamento que vai ser excedentário em 694,82 milhões de patacas, com
A estimativa das receitas brutas do jogo no valor de 130 mil milhões de patacas foi justificada com o fim da suspensão dos vistos electrónicos de turismo e para excursões, a “confiança nas receitas das futuras concessões de jogo” e a capacidade mais rápida de controlar eventuais surtos
“Que soluções dispõe para resolver os problemas relacionados com o desemprego?”
PEREIRA COUTINHO DEPUTADO
paralela
3 MIL MILHÕES
PARA COVID-19
No próximo ano, o Governo estima gastar 3 mil milhões de patacas com as medidas de controlo da covid-19, inclusive no caso de haver surtos e na necessidade de obrigar os cidadãos a realizarem mais testes em massa. O número foi revelado por Iong Kong Leong, director dos Serviços de Finanças
Dá-me um espaço
Caso Alvin Chau, pedido respeito pelo direito de defesa
Odeputado Leong Hong Sai defendeu ontem a neces sidade de os edifícios dos tribunais serem expandidos e criadas condições para que os ad vogados possam realizar a defesa dos arguidos. Foi desta forma que o legislador ligado à Associação dos Moradores reagiu à polémica em torno do caso Alvin Chau, sem nunca nomear o empresário, e da falta de espaço para os advogados.
“Do recente julgamento so bre actividades ilícitas de jogo, ficámos a par da insuficiência das instalações dos tribunais. Este problema arrasta-se há muitos anos e afecta a realização dos julgamen tos”, afirmou Leong.
“Às vezes, até não há espaço suficiente para o depósito de documentos e livros pelas equi pas de advogados, o que, sem dúvida, causa limitações nos direitos das pessoas envolvidas, nomeadamente o direito de defesa, bem como nos direitos dos arguidos”, atirou.
Ouvir a população
receitas na ordem dos 105,17 mil milhões de patacas e despesas de 104,48 mil milhões de patacas. Estes números têm por base a injecção de 35,63 mil milhões de patacas provenientes da reserva financeira.
Outro slogan
Na sessão de ontem, Lei Wai Nong repetiu o novo slogan do Executivo:
“O Governo da RAEM vai continuar a prosseguir para frente, em conjunto com toda a população de Macau e com os diversos sectores, no cami nho da recuperação”, prometeu.
Embora o slogan seja longo, não deixou de entusiasmar alguns deputados como Ngan Iek Hang, que não só elogiou os vários apoios sociais, que transitam deste ano para o próximo, como também destacou ser importante que o Executivo esteja disponível para “continuar a prosseguir para frente, em conjunto com toda a população de Macau e com os diversos sectores, no caminho da recuperação”. Ip Sio Kai foi outro dos legisladores que recorreu às mesmas palavras.
Houve também deputados como Ron Lam e Lo Choi In a criticar o facto de não se injectar 7 mil patacas no regime de pre vidência central não obrigatório dos cidadãos. Para Ron Lam, esse montante devia ser injectado, à custa dos residentes permanentes que não estão no território.
Na resposta, Lei Wai Nong afirmou que a lei permite ao Chefe do Executivo injectar dinheiro nas contas individuais do fundo de previdência, quando há excedente orçamental, o que não é o caso. Por isso, não haverá “condições” para injectar a verba.
A nível de apoios sociais, o Exe cutivo estima despesas de quase 21 mil milhões de patacas, entre o plano de comparticipação pecuniá ria, vales de saúde, pagamento das tarifas de energia e apoios escolares e para idosos. De fora da proposta, para já, está a intenção de lançar mais rondas do cartão electrónico. João Santos Filipe
O deputado explicou ainda que nas condições actuais há que fazer uma opção: ou se res tringe a entrada dos membros da audiência do julgamento ou se retira espaço para os advogados. Segundo o legislador, as duas opções são más, porque sem audiência se “afecta inevitavel mente a transparência e a justiça em relação ao julgamento”. To davia, a alternativa não é melhor, sem espaço para os advogados, estes “não podem obter o apoio dos colegas, e dificilmente conseguem, num curto espaço de tempo e nas pastas grossas, encontrar, rapidamente e com precisão, os documentos neces sários e apresentá-los ao juiz”.
Leong Hong Sai considera igualmente que ao prejudicar o trabalho dos advogados, o direito de defesa dos arguidos está a ser colocado em causa.
CÓDIGO
Com estes direitos fundamen tais em causa, Leong Hong Sai sublinha que “as autoridades devem ouvir com seriedade as necessidades de utilização de espaço por parte dos interes sados dos órgãos judiciais”, “rever e acompanhar a falta de instalações e a distribuição dos espaços dos tribunais” e ainda atribuir a devida “importância a um direito que a lei atribui expressamente aos advogados, isto é, os mesmos têm o direito de ter uma sala reservada nas instalações dos tribunais”.
Desde o início do julgamento de Alvin Chau, que as queixas dos advogados devido à falta de espaço têm sido desvalorizadas pela juíza Lou Ieng Ha. A situa ção levou inclusive o presidente da Associação dos Advogados de Macau, Jorge Neto Valente, a criticar a situação na abertura do ano judiciário. As queixas também desagradaram à juíza que preside ao colectivo que du rante uma sessão do julgamento lamentou ter adoptado o que considerou ser uma postura de cooperação com os advogados.
J.S.F.DE SAÚDE FALHAS E CRÍTICAS
OSdeputados Ella Lei Cheng I e Nick Lei Leong Wong criti caram ontem o Governo devido às falhas na quarta-feira da aplicação do Código de Saúde, que afectaram a vida de quase toda a cidade.
“O código tem também fun ções de registo de viagens e veri ficação dos riscos, actualmente, é uma prova relevante das desloca ções diárias dos residentes, pois muitos estabelecimentos, quer públicos, quer privados, exigem a apresentação do código de saú de verde e o registo de viagem”, destacou Ella Lei. “Portanto, a estabilidade deste sistema é muito importante, caso contrário, a vida dos residentes é seriamente afec tada”, acrescentou.
A deputada criticou também as autoridades uma vez que ontem ainda não tinham sido reveladas as razões que motivaram as falhas. Devido às exigências das autori
dades, que obrigam à utilização do código de saúde, mas que não conseguem garantir o seu funcio namento, muitas pessoas foram impedidas de entrar em espaços públicos e privados, ou tiveram de preencher as declarações à mão.
Por sua vez, Nick Lei destacou que as falhas têm sido mais do que muitas, e que não parece haver planos para alterar a situação. “O sistema de código de saúde de Macau falhou várias vezes, no entanto, o Governo não dispõe de medidas concretas para o seu aperfeiçoamento”, atirou. “Será que acha que não se trata de um problema? Ou será que não sabe que existem problemas? Seja como for, as falhas sucessivas merecem, de facto, uma reflexão profunda das autoridades, a fim de evitar o impacto contínuo nos trabalhos de prevenção da epidemia e na vida da população”, sustentou.
“Muitos turistas do Interior e de fora não têm qualquer intenção de vir a Macau, devido às restrições ligadas à covid-19.”
ELLA LEI DEPUTADAWYNN E GALAXY ACUMULAM PREJUÍZOS NO TERCEIRO TRIMESTRE
Um Verão ruinoso
A Wynn Macau teve um prejuízo de 142,9 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, menos 14 por cento em comparação com o mesmo período em 2021. Também a Galaxy registou uma quebra de 52,5 por cento de receitas líquidas no mesmo período
AWynn Macau e a Galaxy Enter tainment Group anunciaram on tem os resulta dos do terceiro trimestre do ano, período que significou avultadas perdas para ambas as con cessionárias.
A operadora de jogo Wynn Macau anunciou ontem um prejuízo de 142,9 milhões de dólares no terceiro trimestre, ou menos 14 por cento em comparação a igual período
do ano passado. A Wynn Macau já tinha anuncia do um prejuízo de 270,6 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, mais do que duplicando as perdas em relação ao mesmo período de 2021.
“Em Macau, enquanto as restrições de viagem re lacionadas com a covid-19 continuaram a ter um im pacto negativo nos nossos resultados, tivemos o prazer de experimentar bolsas de procura encorajadoras durante o recente período
de férias de Outubro. Conti nuamos confiantes de que o mercado irá beneficiar com o regresso das visitas ao longo do tempo”, afirmou Craig Billings, director executivo da Wynn Resorts, a empresa
mãe, com casinos em Las Vegas e Boston, num comu nicado da empresa.
A mesma sorte
A Galaxy Entertainment foi pelo mesmo caminho,
“Tivemos o prazer de experimentar bolsas de procura encorajadoras durante o recente período de férias de Outubro. Continuamos confiantes de que o mercado irá beneficiar com o regresso das visitas ao longo do tempo.”
CRAIG BILLINGS WYNN RESORTSDSAL DISPONIBILIZADAS 121 VAGAS DE EMPREGO
DESDE 7 de Novembro, e até dia 18 deste mês, a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) aceita inscrições para os interessados em trabalhar em áreas como a hotelaria, restauração e vendas a retalho.
Segundo as informações disponibiliza das pela DSAL, duas dezenas de empresas vão disponibilizar 121 vagas de emprego nos sectores de hotelaria, restauração, vendas a retalho, limpeza e segurança. As vagas são para empregado de mesa, serviços de quarto, coordenador do depar tamento de recursos humanos, assistente de escritório, costureira, assistente de
cozinha, trabalhador do centro recreativo e desportivo, recepcionista de balcão, operador da sala de controlo e vigilância, trabalhador do centro de correspondência, entre outros.
No mesmo comunicado, a DSAL consi dera ainda que “tem dado muita atenção à situação do emprego das pessoas portadores de deficiência” e que continua a “motivar os empregadores” para contratarem este tipo de pessoas. Por isso, organiza, a 7 de Dezembro, uma sessão de emparelhamento entre empregadores e pessoas com deficiên cias, com o título “Feliz de ver – Vontade de contratar”.
reportando ontem quebras nas receitas líquidas do terceiro trimestre de 52,5 por cento, com comparação do igual período de 2021. No documento submetido ontem à bolsa de valores de Hong Kong, a opera dora reportou resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortiza ções [EBITDA] ajustado negativo no total de 581 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), valor que se agrava em comparação com os 384 milhões do trimestre anterior.
Recorde-se que no ter ceiro trimestre de 2021, a Galaxy obteve um EBI TDA ajustado positivo de 503 milhões de HKD.
O CEO da empresa, Lui Che Woo, destacou na nota enviada à bolsa de valores que os resultados negativos advieram das “elevadas restrições fronteiriças im postas devido à pande mia no segundo trimestre passaram para o terceiro trimestre, a que acresceram o encerramento dos casinos durante 12 dias”.
No final do período em análise, o Governo indicou que as receitas do jogo atingiram, em Outubro, o valor mais elevado desde Fevereiro, 3,9 mil milhões de patacas, mas caíram 10,7 por cento em termos anuais.
As concessionárias em Macau têm acumulado, desde 2020, prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recor rer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80 por cento das receitas gover namentais provêm dos impostos sobre o jogo. João Luz com Lusa
DST Candidaturas para apoios arrancam hoje
A partir desta manhã, as associações sem fins lucrativos podem candidatar -se aos apoios para “dinamizar a economia comunitária no âmbito do turismo”, “promover a cultura gas tronómica” e o “turismo marítimo”, no âmbito do Programa de Apoio Financeiro Específico. Estes apoios fazem parte do programa da Direcção dos Serviços de Turismo e têm como objectivo levar as associações a orga nizarem e desenvolverem actividades e projectos turísticos, para atrair os visitantes a diferentes zonas da cidade e promover as economias comunitárias. O período para apresentação de candi daturas decorre entre as 9h de hoje e as 17h45 do dia 21 de Dezembro de 2022. Os resultados serão conhecidos em Março do próximo ano.
Imposto Profissional Devolução de em curso
A Direcção dos Serviços de Finanças iniciou ontem a restituição do Imposto Profissional referente ao ano passado. A informação foi divulgada através de um comunicado com a medida a abranger cerca de 60.400 contribuin tes. Cerca de 42 mil vão receber a restituição por transferência bancária, o que representa de 70 por cento dos que recebem a restituição do imposto. Os restantes contribuintes que não aderiram o serviço de transferência bancária, recebem, posteriormente, por correio registado, o “Aviso de restituição do Imposto Profissional”, para o levantamento do montante. Quem quiser consultar o modo de devolução do imposto pode fazê-lo através do sistema do Serviço Elec trónico, a aplicação móvel Macau Tax, e ainda, os quiosques de serviço de auto-atendimento da DSF.
Mulheres Wong Kuok Iong apela à
doação de sangue
As escolas devem promover entre os mais novos a importância de doar sangue, necessidade que se torna particularmente acutilante numa altura que se verifica enve lhecimento populacional. A ideia foi defen dida na quarta-feira por Wong Kuok Iong, vogal do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da zona centro e representante da Associação Geral das Mulheres de Macau. Citada pelo jornal Ou Mun, a responsável argumentou que as autoridades precisam ter atenção às reservas de sangue disponíveis e ao facto de os doares serem cada vez mais velhos. Segundo dados apresentados por Wong Kuok Iong, os doadores com idade entre 30 a 59 anos continuam a aumentar. No ano passado, apenas 2,68 por cento dos residentes de Macau doaram sangue, com a proporção da faixa etária dos jovens entre 20 e 29 anos a diminuir. Wong indicou que as escolas primárias podem transmitir conhecimentos básicos e a importância da doação de sangue, as escolas secundárias e superiores devem organizar palestras e visitas, para incentiva à doação.
Demografia Mais mortes e menos nascimentos
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicou ontem que a população de Ma cau continua a diminuir. No final de Setembro, a população total era composta por 671.900 pessoas, menos 5.400, em relação ao fim de Junho. A DSEC explica a redução com a saída de “trabalhadores não-residentes domiciliados em Macau”. A população feminina continuou a ser superior à masculina, pois registaram -se 357.200 mulheres, representando 53,2 por cento da população total. Nos primeiros nove meses do ano, nasceram 3.203 crianças, menos 531 em relação ao mesmo período de 2021. Nos primeiros três trimestres deste ano, observaram-se 1.814 óbitos, mais 102, em relação aos primeiros nove meses de 2021. O número de casamentos registados foi de 502 no trimestre de referência, menos 147, em ter mos trimestrais. Nos três primeiros trimestres de 2022 observaram-se 1.968 casamentos registados, menos 497, em comparação com os do período homólogo de 2021.
Caridade Marcha para Um Milhão em 11 de Dezembro
A Marcha de Caridade para Um Milhão realiza-se no dia 11 de Dezembro num formato reduzido em presença, mas também online, confirmou a presidente da Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal ou Mun, Tina Ho. A responsável adiantou que os participantes na marcha virtual devem usar um mini-programa da aplicação WeChat para registar passos no local escolhido pelo participante no dia 11 de Dezembro. De acordo com a irmã do Chefe do Executivo, a continuação da iniciativa online prende -se com a necessidade de ponderação de factores como a pandemia e a saúde pública. Como alguns participantes mostraram vontade de marchar, Tina Ho explicou que a organização decidiu realizar ao mesmo tempo uma marcha com número limitado de pessoas, cumprindo as medidas de prevenção da pandemia.
Contar a velha história
A incidência de doenças crónicas e envelhecimento populacional é uma conjugação que está sob a mira do Governo. Numa reunião que juntou membros do Governo da área da saúde, Alvis Lo destacou a baixa incidência de cancro em Macau e a maior protecção conferida pela vacina mRNA, em particular para grupos de risco
Asecretária para os As suntos Sociais e Cul tura, Elsie Ao Ieong U, está preocupada com o aumento da incidência de doenças crónicas na população de Macau, factor particularmente potenciado pelo envelhecimento populacional. Este foi um dos tópicos aborda dos na reunião da Comissão de Prevenção e Controlo das Doen ças Crónicas, que aconteceu na terça-feira, e que contou com a presença do director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo.
De acordo com um comuni cado emitido ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a secretária Elsie Ao Ieong U realçou a forma como doenças como a diabetes, doenças cardio vasculares, crónicas respiratórias e cancro potenciam consideravel mente a gravidade da infecção pelo covid-19.
Face a este contexto, a gover nante realçou a importância de prevenir e controlar as doenças crónicas, trabalho que “deve ser iniciado desde a infância, para que a nova geração crie hábitos de vida saudáveis, a partir da escola e da família, introduzindo hábitos de vida saudáveis na vida quotidiana.”
Por seu lado, Alvis Lo ar gumentou que “a alta taxa de incidência de cancro, nos países desenvolvidos se deve, principal mente, à longa esperança de vida, à alta taxa de diagnóstico preciso de cancro”, factores aliados à vida sedentária e falta de exercício fí sico, “dieta rica em gordura, entre outros hábitos pouco saudáveis”.
O director dos SSM indicou que em 2020 a taxa de incidên cia estandardizada de cancro em Macau foi de “231,6 pessoas por
100 mil pessoas, menos do que a da maioria dos países desenvol vidos”. A taxa de mortalidade de referência de cancro situou-se em 86 pessoas, por 100 mil pessoas, proporção 15 por cento mais baixa do que a média mundial, segundo os dados apresentados por Alvis Lo.
Mais vale prevenir
A prevenção e a aposta em cam panhas que promovam estilos de vida saudáveis, programas de rastreio, diagnósticos oportunos e gratuitos, assim como tratamento
precoce foram os caminhos apon tados por Alvis Lo para combater o flagelo das doenças oncológicos.
O director dos SSM desta cou também os resultados da campanha de vacinação contra a covid-19. Apesar de a taxa de vacinação em Macau ter atingin do 92,1 por cento, o responsável admitiu novamente que a taxa de inoculação de pessoas com mais de 80 anos e portadores de doenças crónicas “não é satisfatória”.
Nesse sentido, além de ar gumentar que abundam estudos científicos que confirmam eficácia
A vacina mRNA pode “produzir um nível de anticorpos mais elevado e, obter melhores resultados de prevenção, pelo que é aconselhável que os doentes crónicos e os idosos recorram prioritariamente à vacina mRNA”, afirmou Alvis Lo
e segurança das vacinas contra a covid-19, Alvis Lo frisou a redu ção do risco de morte, em particu lar nas pessoas mais vulneráveis. “É aconselhável que os doentes crónicos e os idosos recorram prioritariamente à vacina mRNA para administração da 3.ª ou 4.ª doses”, apelou o responsável, destacando o elevado nível de produção de anticorpos de quem toma a vacina da BioNTech.
A comissão analisou ainda o trabalho relativo a este ano do Ga binete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo que apresentou as novas disposições sobre a proibi ção de cigarros electrónicos.
Foi ainda destacado o papel preventivo de uma aplicação de telemóvel criada para fazer “auto -avaliação de saúde através dos questionários, de modo a incen tivar o público a prestar atenção à sua saúde”. João Luz
Mestre Han Fei e o legismo
Rui CascaisHAN FEI (280 -233 a.E.C.) nasceu na família real do País de Han, no centro da China, durante a fase final do Perío do dos Estados Combatentes. Na sua formação foi determinante a influência de Xun Zi um confucionista de grande relevo político à época. Para além deste mestre, a outra fonte para as suas teo rias políticas foi, curiosamente, o “Dao De Jing” de Lao Zi, que Han Fei inter pretava mais como um texto político do que como um guia místico, como pare ceu ser prática subsequente e mesmo hodierna. Han Fei via o “Dao” como uma lei natural que todas as coisas e todos os homens estavam destinados a seguir. No entanto, o filósofo acabou por chegar a um pensamento em que o soberano era colocado no centro abso luto, controlando o Estado com a ajuda de três conceitos: poder (“shi”), técnica (“shu”) e as leis (“fa”). Este pensamen to seria objecto de um radical refina mento ao longo da sua vida e obra.
Han Fei assistiu ao gradual, mas constante, declínio do Estado Han e, em diversas ocasiões, tentou persua dir o rei a seguir políticas diferentes, apesar do monarca nunca ter ouvido os seus conselhos (diz-se que Han Fei seria gago, o que se, por um lado, lhe dificultava a comunicação das ideias na corte, por outro, o terá levado a de senvolver aquele que ainda hoje é con siderado como um dos mais brilhantes estilos escritos da China). Com um de sespero crescente, via como os políti cos do seu tempo eram levados pelos filósofos Ru (nome da escola confu cionista) e pelos seguidores de Mo Zi (490-403 a.c. Filósofo de estatura equi valente à de Confúcio, que recusava a ordem aristocrática e preconizava uma certa noção de “Amor Universal”) que pregavam interminavelmente acerca das virtudes morais.
Para além desta influência, que con siderava perniciosa em extremo, os es tados da sua época estavam à mercê de bandos de cavaleiros mercenários que a cada passo escarneciam e agiam con tra as leis, acrescentando à confusão da sociedade e dos regentes, como uma errante nuvem negra de anti-heróis pai rando sobre todo um período histórico.
Por fim, as obras de Han Fei acaba ram por chegar ao centro de poder do
Estado de Qin, onde pontificava aque le que viria a ser o Primeiro Imperador (o imperador Huangdi). No entanto, na corte Qin o filósofo foi rapidamente vítima de uma teia de suspeitas rela cionadas com a sua origem no país de Han e consequente incapacidade natu ral de servir a outro senhor. Este clima conspiratório acabaria por conduzir Han Fei ao suicídio.
O Legismo da Dinastia Qin
O ponto principal e básico de onde Confúcio e Mencius partiram assenta va numa visão do homem como funda mentalmente bom. Cada ser humano nascia com “de” ou “virtude moral”. Curiosamente, um dos maiores con fucionistas da antiguidade, e mestre de Han Fei, Xun Zi (298 -238 a.E.C.), acreditava exactamente no oposto: que todos os seres humanos nasciam fun damentalmente depravados, egoístas, gananciosos e cheios de luxúria. No entanto, esta não era uma visão inteira mente tenebrosa e pessimista da huma nidade, pois Xun Zi acreditava, simul taneamente, que os homens poderiam ser tornados bons através da educação e da convivência social. O seu aluno Han Fei começou a pensar a partir do mesmo ponto, embora tenha chegado à conclusão de que os seres humanos são tornados bons pelas leis do Estado.
Para o filósofo, a única forma de contrariar o egoísmo humano e a sua depravação era através do estabele cimento de leis que recompensassem abundantemente as acções, que bene ficiassem os outros (a comunidade, a sociedade; o próprio Estado, na figura do soberano) e punissem impiedosa mente todas as acções que causassem mal aos outros ou ao Estado. Se, para Confúcio, o poder era algo para ser usa do em benefício do povo, para Han Fei, o benefício do povo residia no controlo sem restrições do egoísmo individual.
As obras de Han Fei acabaram por chegar ao centro de poder do Estado de Qin, onde pontificava aquele que viria a ser o Primeiro Imperador (o imperador Huangdi). No entanto, na corte Qin o filósofo foi rapidamente vítima de uma teia de suspeitas relacionadas com a sua origem no país de Han e consequente incapacidade natural de servir a outro senhor. Este clima conspiratório acabaria por conduzir Han Fei ao suicídio.
legismo
Radical, Han Fei acrescentava que se não se puder confiar no próprio Im perador para se comportar à altura do interesse do seu povo, isto é, se se pode esperar egoísmo do próprio Imperador, é necessário que as leis tenham um carác ter supremo acima mesmo do soberano. Idealmente, se as leis fossem suficien temente bem escritas e aplicadas com agressividade, não existiria necessidade sequer de liderança individual, pois as leis seriam só por si suficientes para go vernar o Estado. Mais um aspecto em directa oposição ao idealismo confucio nista de uma condição social humana em que as leis não seriam necessárias.
Quando os Qin ganharam poder imperial ao cabo de décadas de guerra civil, adoptaram as ideias dos Legistas como a sua teoria política. Na prática isto significou apenas uma nova forma de totalitarismo uniforme. As pessoas eram obrigadas a trabalhar por perío dos indefinidos em projectos do Esta do, um dos quais foi a construção de secções de muralhas defensivas, parte da Grande Muralha. Todos os tipos de discórdia com o governo passaram a ser objecto de pena capital. Todos os mo dos de pensamento alternativo, que os Legistas entendiam como encorajando a tendência natural de fraccionamento da humanidade, foram banidos. Estas políticas acabariam por causar a que da da própria Dinastia Qin ao cabo de apenas catorze anos no poder. As revol tas locais não encontraram resistência por parte dos oficiais do governo, que temiam que os próprios relatórios sobre essas revoltas pudessem ser considera dos como críticas ao governo e assim resultassem na sua própria execução. A corte só descobriu estes levantamentos quando era já demasiado tarde e, em termos gerais, os Qin caíram em descré dito por mais de dois milénios.
Apesar de tudo isto, não é de facto simples desacreditar o Legismo como apenas um curto, anómalo e desagra dável período de totalitarismo na his tória da China. Os Legistas estabele ceram formas de governo que influen ciariam profundamente o futuro. Em primeiro lugar, adoptaram e colocaram em prática o idealismo de Mo Zi acerca do utilitarismo: as únicas ocupações a que o povo se devia dedicar deveriam ser aquelas que beneficiassem mate rialmente os outros, em particular a agricultura. A maioria das leis dos Qin foram tentativas de demover as pes soas de certas actividades inúteis tais como as Letras e a Filosofia. Este uti litarismo haveria de sobreviver como uma das correntes mais dinâmicas da teoria política chinesa.
Em segundo lugar, os Legalistas inventaram aquilo a que podemos chamar “o primado da lei”, ou seja, a noção de que a lei é superior a cada indivíduo, incluindo governantes. É a lei que deve governar e não os indivíduos, cuja autoridade se limita à administra ção da lei.
Em terceiro lugar, os Legistas apli caram, quase como conclusão lógica, uma padronização uniforme da lei e da cultura. De modo a ser eficaz, a lei deve ser aplicada com uniformida de, ninguém deve ser punido mais ou menos severamente por causa do seu estatuto social. Esta noção de igualda de perante a lei permaneceria, com al gumas alterações (nomeadamente na questão religiosa, levantada sobretudo com o advento do budismo organiza do na China), um conceito central nas teorias chinesas de governo.
Na sua busca de uniformização, os Qin levaram a cabo um projecto de padronização da cultura chinesa abarcando o sistema de escrita, o sis tema monetário, os pesos e medidas, e os sistemas filosóficos (o que conse guiram sobretudo através da destrui ção de escolas de pensamento rivais). Tudo isto afectou profundamente a coerência da cultura chinesa e a cen tralização do governo. A dinastia que lhes sucedeu, a dos Han (202 a.E.C. – 9 a.E.C.), continuou esta tentativa de fusão de escolas rivais num processo conhecido por Síntese Han.
PINTURA, CALIGRAFIA E TRADUÇÃO
Meia noite, não consigo dormir, Levanto-me e sento-me para tanger o qin. Através da cortina leve passa o brilho do luar, Sopra uma brisa pura que enfuna a minha cabaia, Lá fora, um solitário ganso selvagem lança um grito lancinante, e faz esvoaçar pássaros que desatam a piar no norte da floresta. Indeciso, o ganso volteia e acaba olhando para mim. Parece que sabe como estou sozinho, o coração ferido.
SUDESTE ASIÁTICO LÍDERES EM MARATONA DIPLOMÁTICA COM AGENDA GLOBAL
Sem mãos a medir
OSudeste Asiático vai acolher vários líderes mundiais a partir de hoje, numa maratona di plomática com uma agenda que engloba temas como a guerra na Ucrânia, a rivalidade EUA-China, Coreia do Norte, Myanmar ou a insegurança alimentar.
A primeira etapa será na capital do Camboja, Phnom Penh, onde se realiza a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) e diversas reuniões bilaterais, entre esta sexta-feira e domingo.
Segue-se a cimeira do grupo das economias mais desenvolvidas (G20), na ilha indonésia de Bali, na terça e na quarta-feira (15 e 16), e uma reunião daAPEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico), em Banguecoque, até 19.
Em Phnom Penh, estarão, entre outros, o secretário -geral da ONU, António Guterres, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em repre sentação do líder Xi Jinping.
A Rússia vai enviar o ministro dos Negócios Es trangeiros, Serguei Lavrov, a Phnom Penh, onde já está o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá discursar na ASEAN por vi deoconferência, após ter sido convidado pelo primeiro -ministro do Camboja, Hun Sen, anfitrião da cimeira.
Kuleba vai assinar em Phnom Penh um tratado que formalizará as relações diplomáticas de Kiev com a ASEAN e que constitui o me canismo prévio para a Ucrânia ter um estatuto de parceiro de diálogo do bloco regional.
Águas tremidas
A ASEAN, fundada em 1967, integra actualmente 10 países: Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar (antiga
O Sudeste Asiático tem tentado manter boas relações com ambos (EUA e China) por serem indispensáveis para o desenvolvimento económico da região e dos seus mais de 660 milhões de habitantes
Birmânia), Singapura, Tai lândia e Vietname.
A ASEAN vai também realizar encontros bilaterais com vários parceiros, in cluindo ONU, China, Japão, Canadá, Coreia do Sul e Es tados Unidos, motivo para a
presença de Biden em Phnom Penh no fim de semana, numa altura de crescentes tensões entre Washington e Pequim.
Um alto funcionário da administração norte-ame ricana citado pela agência francesa AFP disse que
Biden vai salientar a im portância da paz na região, incluindo Taiwan, e o respei to pela “ordem internacional baseada em regras”.
Pequim e Washington disputam a influência no mundo e o Sudeste Asiático
tem tentado manter boas re lações com ambos por serem indispensáveis para o desen volvimento económico da região e dos seus mais de 660 milhões de habitantes.
Acabado de garantir um histórico terceiro mandato
Oaumento no número de casos de covid-19 resultou no bloqueio parcial de Guangzhou, uma das maiores cidades da China e importante centro industrial, agravando a pressão sobre as cadeias de fornecimento globais.
Residentes em distritos que abrangem quase cinco milhões de pessoas devem permanecer em casa pelo menos até domingo, com um membro de cada família autorizado a sair uma vez por dia para comprar bens de pri meira necessidade, disseram ontem as autoridades.
A decisão surge depois de a capital da província de Guangdong, de 13 milhões de habitantes, ter registado
Sem fim à vista
mais de 2.500 novos casos entre quarta e quinta-feira.
Muitas escolas em toda a cidade estão a dar aulas via ‘online’ e os estudantes universitários foram impe didos de entrar ou sair dos ‘campus’.
O transporte público foi suspenso e as aulas foram interrompidas em grande parte da cidade. Os voos para Pequim e outras grandes cidades do país foram tam bém cancelados, segundo a imprensa estatal.
Um passo atrás
No total, a China registou 8.824 novos casos entre quarta e quinta-feira, o valor mais elevado desde o final de Abril. Embora este número
seja baixo, considerando que a China tem 1,4 mil milhões de habitantes, a escala geo gráfica do surto constitui um desafio para a estratégia dos ‘zero casos’.
Todas as 31 regiões de nível provincial da China relataram novas infecções, nos últimos dias. Para além de Guangdong, no sudeste, também a província central de Henan e a região autó noma da Mongólia Interior diagnosticaram mais de mil casos entre quarta e quinta -feira. Outras áreas do país relataram várias centenas de novos casos.
A Organização Mundial da Saúde disse, em Maio passado, que a abordagem extrema da China para
conter a covid-19 é “insus tentável”, devido à natureza altamente infecciosa da variante Ómicron.
Pequim recusou, no entanto, aprovar a importa ção de vacinas estrangeiras de RNA mensageiro no continente, já permitida nas regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong desde o início da pandemia.
A taxa de vacinação entre os idosos com inoculações domésticas, menos eficazes na prevenção de morte e doença grave, é de apenas 86 por cento, segundo dados oficiais.
Os próximos dias vão ser agitados na região asiática com a presença de vários chefes de Estado de todo o mundo. Em cima da mesa, estarão alguns dos temas quentes que marcam a actualidade, como a guerra da Ucrânia ou a rivalidade EUA-China
seu homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o primeiro -ministro japonês, Fumio Kishida, à margem das cimeiras da ASEAN ou do G20, segundo a imprensa japonesa.
Na agenda da ASEAN estará também Myanmar, que continua a embaraçar a ASEAN, que não conse guiu ainda negociar uma saída para a crise com o seu Estado-membro desde o golpe de Estado de Fevereiro de 2021.
Xi Jinping é esperado na cimeira do G20, em Bali, onde poderá ocorrer o seu primeiro encontro presencial com Joe Biden
Horário de instalação das barreiras do Grande Prémio
O “69º Grande Prémio de Macau” será realizado nos dias 17 a 20 de Novembro. Devido à realização deste evento, serão instaladas as barreiras a partir do dia 14 de Novembro em horas diferentes e vedado o trânsito rodoviário nas vias a seguir indicadas, que serão reabertas progressivamente, logo após a conclusão das corridas, no dia 20 de Novembro até à madrugada do dia 21.A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau solicita a melhor compreensão dos condutores e residentes, bem como o respeito pela sinalização provisória e pelas instruções da Brigada de Trânsito.
Data Hora de Instalação Arruamento Local de instalação
Est. de Cacilhas Depósito de Pólvora (Rampa)
14 de Novembro (2.a feira) 15:00
consecutivo, Xi Jinping tem recebido uma série de líderes internacionais em Pequim, incluindo o chanceler ale mão, Olaf Scholz.
Xi é esperado na ci meira do G20, em Bali, onde poderá ocorrer o seu
primeiro encontro presen cial com Biden, depois de reuniões anteriores por videoconferência.
Já o receio crescente de um teste nuclear da Coreia do Norte, deverá motivar encontros de Biden com o
A ASEAN e Myanmar têm-se culpado mutuamente pela falta de progresso nas conversações e a única san ção significativa, até agora, é precisamente a ausência do líder da junta militar birma nesa, Min Aung Hlaing, da cimeira de Phnom Penh, por decisão dos seus pares.
PETRÓLEO COMPRAS A ÁFRICA CAEM 22,6 POR CENTO
AS compras pela China de petróleo dos países africanos registaram uma queda homóloga de 22,6 por cento, entre Janeiro e Setembro, segundo dados da consultora S&P Global, destacando a acelerada transição asiáti ca para fornecedores na Rússia e Golfo Pérsico.
Esta queda reduziu ainda mais a parti cipação de África no mercado de petróleo chinês, de 13,2 por cento, no ano passado, para pouco mais de 10 por cento, nos pri meiros três trimestres de 2022, segundo um relatório da consultora especializada no mercado energético, com base em dados das alfândegas chinesas e fontes da indústria.
Angola continua a ser o único país afri cano na lista dos dez maiores fornecedores de petróleo da China, mas também Luanda está a sofrer com o declínio das compras chinesas ao continente. Nos primeiros nove meses deste ano, as exportações de petróleo bruto de Angola para a China caíram 59,4
por cento, em termos homólogos, de acordo com dados oficiais chineses.
Segundo uma pesquisa feita por David Shinn, investigador especializado nas relações China – África, da Universidade George Wa shington, em 2008, a China obteve quase um terço do seu petróleo de África. No espaço de uma década, o volume das compras chinesas caiu 18 por cento, de acordo com a mesma fonte.
A S&P Global prevê que a Ásia encerre 2022 com uma queda acentuada nas compras de petróleo africano, face a taxas de frete relativamente mais altas, uma diferença maior nas cotações de petróleo Brent e Dubai e o aumento da concorrência das refinarias europeias, em busca de alternativas em África, face às sanções impostas à Rússia.
A participação de África no mercado de petróleo da Índia caiu, de 12,5 por cento para 8,4 por cento, entre Janeiro e Setembro de 2022, face ao período homólogo.
15 de Novembro (3.a feira)
10:00
Est. D. Maria II Saída da garagem do Museu das Comunicações Rua dos Pescadores Saída da Companhia das Águas de Macau
Av. da Amizade
Entrada e Saída das garagens do Edifício Jubilee Court (Junto à estação de gasolina)
Est. de Cacilhas Entrada e Saída das garagens do Edifício Cheng Pak Kok
Est. dos Parses Saída da garagem da Autoridade Monetária de Macau
Av. da Amizade
15:00
Rua de Nagasaki até a intersecção da Avenida da Amizade (Ao lado do Edf. Jardim San On)
Est. D. Maria II
16 de Novembro (4.a feira) 10:00 Av. da Amizade
Entrada da oficina de automóveis (Junto ao Museu das Comunicações)
Ponte da Amizade – saída para a Av. da Amizade
MUNDIAL DE HÓQUEI EM PATINS PORTUGAL FICA EM
PRIMEIRO DO GRUPO
PORTUGAL go leou na quarta -feira o Chile por 7-1 e garantiu o primeiro lugar do Grupo A no Campeonato do Mundo de hóquei em patins, que se realiza em San Juan, na Ar gentina.
No jogo com os Chile, os portu gueses assumiram o comando do jogo e foram eficazes nas investidas à baliza adversária.
Telmo Pinto inau gurou muito cedo o marcador, aos dois minutos, quando apa receu na área e não falhou no frente a frente com o guarda -redes chileno.
Pouco tempo de pois, João Rodrigues dilatou a vantagem numa saída rápida. Ainda antes do in tervalo, João Souto
faz o terceiro, cons truindo um resulta do confortável para enfrentar o segundo tempo.
Os chilenos mar caram antes de ir para os balneários, num lance individual com grande técnica de Felipe Márquez, que não deu qualquer hipótese ao guarda -redes Ângelo Girão.
Para a segunda parte, seguiu-se um festival de golos lu sos. Gonçalo Alves voltou a entrar ape nas para marcar um lance de bola para da, e concretizou, Telmo Pinto voltou a marcar, Diogo Ra fael facturou, bem como Henrique Ma galhães, que fechou a contagem.
Jogo no Pavilhão Aldo Cantoni, em San Juan, na Argentina.
Estrangeiros vão à luta
CONVOCATÓRIA
Rita Botelho dos Santos, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Tra balhadores da Função Pública de Macau, vem, nos termos do n.º 2 do art.º 30.º dos estatutos desta Associação, convocar a As sembleia Geral para o próximo dia 24 de No vembro de 2022 (quinta-feira), pelas 18H00, na sede da A.T.F.P.M., que sita na Avenida da Amizade Nºs. 273-279 r/c, Macau, com a se guinte ordem de trabalhos:
1 Aprovação do orçamento e plano de actividades para o ano de 2023.
2. Outros assuntos.
Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, ao 09 de Novembro de 2022.
A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Comendadora Rita Botelho dos Santos
As listas de inscritos da 69.º edição do Grande Prémio de Macau foram ontem reveladas, destacando-se a presença de quatro pilotos estrangeiros que conquistaram a glória no Circuito da Guia
PARA além de Edoardo Mortara, anunciado pela Audi Sport Asia na pretérita semana, a Taça GT Macau vai contar com mais dois pilotos europeus de nível mundial, ambos ex-vencedores da Taça do Mundo de GT da FIA nas ruas de Macau - o alemão Maro Engel e o italia no Raffaele Marciello. Com dezasseis carros inscritos, onde também se destacam Darryl O’Young, vencedor da prova no ano passado, e Alexandre Imperatori, o suíço escolhido pela Porsche para defender as suas cores na prova, espera-se que a projecção mediática dos dois pilotos da Mercedes-AMG e do rival italo-suíço da Audi coloque novamente esta corrida na agenda internacional.
Igualmente há a destacar o regresso de Rob Huff, piloto que venceu por nove ocasiões na Corrida da Guia, e que optou por participar no Grande Prémio
de Macau com a equipa oficial da MG, onde terá como com panheiro de equipa o português Rodolfo Ávila, em vez de com pletar a temporada da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA - WTCR, na qual ocupava o terceiro lugar na classificação de pilotos. Curiosamente, o inglês não irá lutar pela décima vitória na Corrida da Guia, visto que
os concorrentes do campeonato TCR Asia e do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) foram colocados na Taça de Carros de Turismo de Macau. Já os ex-concorrentes da Taça de Carros de Turismo de Macau foram transferidos para a corrida Macau Roadsport Challenge. A Corrida da Guia, que este ano também irá oferecer o título do TCR Asia Challenge, será preenchida por carros da categoria TCR de vários pilotos privados de Macau, Hong Kong e também do Interior da China.
São quinze os concorrentes, todos eles estrangeiros, que vão dar corpo ao 54.º Grande Prémio de Motos de Macau. A lista dos participantes ontem desvendada revela que da dezena e meia de participantes apenas quatro correram ante riormente na prova. Nadieh Schoots, que será a primeira senhora a alinhar na prova, fará certamente as manchetes, está em evidência numa lista de
inscritos que também conta com o português André Pires, um dos mais experientes à partida, e de Sheridan Morais, piloto nascido na África de Sul, mas com dupla nacionalidade, e que correrá com a licença portuguesa na prova da RAEM.
Casa com bom número
Apesar dos tempos conturbados por que passa a economia de Macau, serão cinquenta e sete os pilotos do território, dez dos quais de matriz portuguesa, que vão participar no evento que é o maior cartaz desportivo anual de Macau. Das sete corridas do programa, apenas na corrida de motociclismo a RAEM não es tará representada. Ao todo estão quatro pilotos locais inscritos na prova de Fórmula 4, um na Taça GT Macau, sete na Corrida da Guia, um na Taça de Carros de Turismo de Macau, catorze na Taça GT Grande Baía e trinta e um na Macau Roadsport Chal lenge. Sérgio Fonseca
Na próxima terça-feira ao final da tarde, é apresentado na galeria da Fundação Rui Cunha o novo projecto fotográfico de Gonçalo Lobo Pinheiro, intitulado “O que foi não volta a ser...”. Através da justaposição de imagens, o fotógrafo capturou o passado e presente de uma cidade em constante mutação
UMA das ideias mais repe tidas sobre Macau é a sua natureza de mudança per manente e acelerada. O novo projecto fotográfico de Gonçalo Lobo Pinhei ro coloca em camadas o passado e presente do território onde vive há 12 anos.
Seguindo o conceito de jus taposição, o projecto “O que foi não volta a ser...” é apresentado na terça-feira, às 18h30, na Fundação Rui Cunha em formato duplo: livro e exposição fotográfica, que pode ser visitada até dia 26 de Novembro.
Durante mais de um ano, Gonçalo Lobo Pinheiro lançou-se numa busca de fotografias antigas de Macau que pudesse sobrepor às paisagens actuais da cidade. O resultado foi um somatório de
FOTOGRAFIA GONÇALO LOBO PINHEIRO SOBREPÕE O PASSADO E PRESENTE DE MACAU
Quem te viu e quem te vê
diferentes épocas numa fotografia, onde preto e branco do passado contrasta com as cores do presente.
Porém, apesar de Macau ser uma cidade amplamente retrata da, as fotografias acabavam por incidir sempre sobre os mesmos locais ou sobre sítios que pura e simplesmente deixaram de existir.
O autor conta ao HM as oscila ções de entusiasmo porque passou à medida que ia encontrando e ultrapassando barreiras.
“Não foi um processo fácil. Parti do meu catálogo de fotos antigas. Colecciono fotografias antigas de vários temas, como 2ª Guerra Mundial, basquetebol das décadas de 80 e 90 e também tenho fotografias antigas de Portugal e Macau. Foi aí que tudo começou, com cinco fotografias”, conta.
“Ao início fui muito ambicioso, quis fazer um livro com 100 fotogra fias e uma exposição com 50”, conta o autor. Porém, o ímpeto acabou por ser travado pelas dificuldades para encontrar matéria-prima.
“Podia ter resolvido o assunto indo ao arquivo histórico de Ma cau, mas a ideia era trabalhar foto grafias de particulares.” Começava assim a jornada, com apelos online em grupos de Facebook dedicados a fotografia antiga da cidade, busca em lojas de velharias. O destino final acabou por ser a compra de fotografias no eBay.
“Com os apelos no Facebook, as pessoas ficaram muito contentes com o projecto, mas ninguém me ajudou com fotografias”, conta. A realidade acabou por limitar o escopo do projecto. “Comecei a
ver que tinha muitas fotos sempre dos mesmos locais. Por exemplo, é fácil encontrar fotos das Ruínas de São Paulo”, revela o fotojornalista, que acabou por limitar o livro a 40 fotografias e a exposição a 20.
O que foi e o que é
Além da dificuldade em encontrar fotografias, a evolução e erosão da cidade acrescentou outro factor.
“Se Macau mudou muito desde que cheguei em 2010, imagine a
“Se Macau mudou muito desde que cheguei em 2010, imagine a diferença que faz em comparação com 1950 ou 1960. Muitas das fotografias antigas eram impossíveis de replicar porque os lugares não existem.”
GONÇALO LOBO PINHEIRO FOTOJORNALISTAdiferença que faz em comparação com 1950 ou 1960. Muitas das fo tografias antigas eram impossíveis de replicar porque os lugares não existem. Por exemplo, tenho uma foto lindíssima de um jardim que já lá não está”, conta ao HM.
A fantasmagoria dos locais da cidade alarga-se a instalações, como o cais das embarcações que ligavam Macau às ilhas.
Mas um sítio que Gonçalo Lobo Pinheiro realça do levantamento temporal que fez para este projecto é a Avenida Almeida Ribeiro e as suas múltiplas vidas. O que foi, o que é e o que poderia ter sido.
“Fotografei a Avenida desde o BNU até à Ponte 16, quase a cada cinco metros tirava uma foto. Acabei por acompanhar muito a evolução da Almeida Ribeiro com este tra balho. Foi, de facto, uma das zonas da cidade que mais perdeu com o
tempo”, reflecte o autor, que imagina o que seria da velhinha San Ma Lo se as autoridades lhe reservassem o cuidado e a preservação de que foi alvo a vizinha Rua da Felicidade. “Hoje poderíamos ter uma Almeida Ribeiro fechada ao trânsito, bonita, cheia de esplanadas”, uma Almeida Ribeiro que honrasse o charme e a vida que tinha nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado. Porém, o que foi não volta a ser e o que não é, jamais será.
O livro, patrocinado pelo Banco Nacional Ultramarino (BNU), terá o prefácio da jurista e política por tuguesa Maria de Belém Roseira, antiga Ministra da Saúde e Ministra para a Igualdade, igualmente de putada à Assembleia da República Portuguesa, que passou por Macau durante os anos de 1980, onde foi administradora da TDM - Teledi fusão de Macau. João Luz
LIVRO “MACAU’S HISTORICAL WITNESSES” APRESENTADO AMANHÃ NO PAVILHÃO DO TAP SEAC
Olivro “Macau’s His torical Witnesses”, da autoria de Christopher Chu e Maggie Hoi, é apresentado amanhã, a partir das 16h no Pavilhão Polidesporti vo Tap Seac. Editado pela chancela “Os Macaenses Publicações, LTD”, a obra
propõe uma viagem no tempo através das histórias de 22 locais emblemáticos, que toda a gente conhece, da cidade.
“O nosso livro procura desafiar o mantra genérico do ‘encontro entre oriente e ocidente’ muitas vezes
usado para descrever Ma cau e a sua história, ao adoptarmos as perspec tivas de vários pontos de referência da cidade em vez das nossas perpectivas. Assim sendo, perguntámos a edifícios, estátuas e ruas as experiências porque
passaram nos últimos 400 anos e como as mudanças alteraram as cidades e aqueles que cá vivem”, afirma Christopher Chu em comunicado.
O autor acrescenta que espera que o livro seja útil a quem estiver interessado
em compreender a história de Macau.
“Macau’s Historical Witnesses” conta ainda alguns detalhes sobre a chegada dos primeiros portugueses à cidade, e outras individualidades como Camilo Pessanha. “A
história de Camilo Pessanha foi acrescentada ao livro como um suplemento, mas a sua vida em Macau foi tão fascinante que decidi escrever um segundo livro dedicado exclusivamente à sua estada em Macau”, indica Christopher Chu.
Fez ontem 131 anos que Arthur Rimbaud morreu, apenas com 37 anos de idade. Da mesma forma precoce como morreu, Rimbaud pertenceu a uma classe restrita de escritores que antes da maioridade atingiu um patamar de mestria absoluta da criação literária. Lawrence Durrell pertence a esse panteão. Rimbaud es creveu “O Barco Bêbado” com 16 anos, uma ode à capitulação e ao abandono, ao arrebatamento trágico que acabaria por marcar a vida do poeta. Obra essencial, que li vezes sem conta e que continuarei a ler até que a minha quilha rebente e eu jaza no mar largo. João Luz
EM MACAU A ALVORADA É TRANQUILA
NO FILME soviético “As Alvoradas são Tranquilas” produzido nos anos 70, as sistimos ao desenrolar da Grande Guerra Patriótica. O sargento-major Vaskov acabou de saber que os nazis tinham enviado uma força especial de paraquedistas para espiar a União Soviética. Vaskov escolheu cinco, das mulheres soldado que se voluntariaram, para interceptar os paraquedistas alemães. A protecção da Pátria é responsabilidade de todos e devemos estar vigilantes e erguermo -nos para enfrentar o inimigo. No fundo, a segurança nacional deve assentar no senti mento patriótico do povo.
No passado dia 8, um jornal de língua chinesa publicou, na primeira página, uma notícia sobre o relatório final da consulta pública sobre a Revisão da Lei relativa à Defesa da Segurança do Estado. Os jornais venderam-se rapidamente nos quiosques, mas eu consegui comprar um com faci lidade numa loja de conveniência muito movimentada. Deixei 5 patacas à rapariga da loja de conveniência e saí, evitando a longa fila de pessoas que estavam à espera para pagar. Sobraram muitos jornais naquela loja porque as pessoas prestavam mais atenção aos diversos artigos que estavam em saldo. A política é importante, mas não podemos descurar a economia. Para defender a se gurança nacional, é preciso dar prioridade à segurança das pessoas. Para além disso, devemos considerar seriamente a ameaça que a recessão económica representa para a segurança nacional.
Hong Kong mudou recentemente as regras de quarentena, para quem chega à cidade para o sistema “0+3”. De acordo com o Chefe do Executivo, John Lee, após a implementação das novas regras, a Hong Kong Sevens and Global Financial Lea ders’ Investment Summit 2022 realizou-se com sucesso e a cidade voltou a ter o seu estatuto de centro financeiro internacional, o que significa que Hong Kong deu mais um passo no sentido do regresso aos seus dias de glória. Em termos de prevenção epidémica, Macau abraçou a política da “meta dinâmica de infecção zero”, muito eficaz para “prevenir casos importados, evitar o ressurgimento de casos internos”, e não pretende seguir o exemplo de Hong Kong. Contudo, na Revisão da Lei relativa à Defesa da Segurança do Estado, o Governo da RAE de Macau pretende alinhar-se com os conteúdos da “Lei da República Popular da China sobre a Salvaguarda da Segurança Nacional na Região Administrativa Especial de Hong Kong”, tornando Macau, até aqui conhecido como Centro Mundial de Turismo
e Lazer, numa cidade caracterizada pela “segurança máxima”. Qualquer pessoa que compre medicamentos sabe que a dosagem para adultos é diferente da dosagem para crianças. Neste contexto, a administração de um Governo divorciado da realidade será definitivamente incapaz de curar eficazmen te as doenças da cidade.
De acordo com os dados estatísticos, até finais de 2021, o valor dos capitais da Reserva Financeira do Governo da RAE de Macau ascendeu a 643,17 mil milhões de patacas. O secretário para a Economia e Finanças declarou recentemente que, até ao final de Setembro deste ano, o valor dos capitais da Reserva Financeira será de 562,93 mil mi lhões de patacas, e o Orçamento da RAEM de 2023 vai continuar a ser um orçamento deficitário.
O secretário para a Economia e Finanças está confiante de que a receita bruta dos jogos de fortuna ou azar para o ano 2023 se estime em 130 mil milhões de patacas, confiança partilhada por alguns especialistas, mas por outros motivos, aparecem opiniões
A política é importante, mas não podemos descurar a economia. Para defender a segurança nacional, é preciso dar prioridade à segurança das pessoas. Para além disso, devemos considerar seriamente a ameaça que a recessão económica representa para a segurança nacional
publicadas em jornais que afirmam que o montante estimado de 130 mil milhões de patacas deve ser revisto. Alguns operadores que jogo afirmaram que a receita bruta do Governo da RAEM proveniente dos jogos de fortuna ou azar será, no máximo, de 80 mil milhões de patacas em 2023, enquanto que outros peritos prevêem que se venha a situar entre os 70 e os 80 mil milhões de patacas.
Nos primeiros 10 meses de 2022, a receita bruta acumulada dos jogos de fortuna ou azar foi de 35,718 mil milhões de patacas. Tendo em conta o desenvolvimento da epidemia na China e o recente número de turistas provenientes do continente, é muito pouco provável que venha a haver um aumento significativo da receita bruta dos jogos de fortuna ou azar nos últimos dois meses de 2022. Para conseguir chegar ao fim do ano com 50 mil milhões de patacas na receita bruta dos jogos de fortuna ou azar já será preciso um milagre.
Na Proposta de Lei intitulada “Lei do Orçamento de 2023” apresentada na As sembleia Legislativa pelo Governo da RAE, salienta-se que foi uma decisão sensata manter as medidas em prol do bem-estar da população em 2023, uma vez que estas medidas podem, de facto, trazer alívio fi nanceiro aos habitantes através do aumento ciclo económico interno de Macau. As lojas vendem pouco e oferecem descontos dia sim dia não, e muitas fecham as portas.
As pessoas que se preocupam com Macau ficaram preocupadas após a atribuição das seis concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casinos da RAEM, Região Administrativa Especial de Macau. Alguns destas seis concessionárias vão despedir muitos trabalhadores devido à ausência de turistas e de jogadores para travar as perdas financeiras mensais. A propósito deste assunto, terá o Governo da RAE tomado medidas para evitar a vaga de despedimentos?
A “política da “meta dinâmica de infec ção zero” deve ser ajustada já que o vírus continua a sofrer mutações e a reduzir a sua perigosidade. Mas ninguém consegue prever se o Governo da RAE vai adoptar as medidas pré-pandémicas para os turis tas que chegam a Macau, em Março ou no final de 2023. Antes da alvorada o céu fica particularmente escuro e a terra silenciosa. Nessa altura, algumas pessoas estão a dor mir, outras fingem estar adormecidas e as que já acordaram impõem silêncio umas às outras, porque ninguém quer ser responsável pela destruição da quietude que precede o alvorecer.
OJapão e os Estados Uni dos iniciaram ontem um grande exercício militar conjunto no sudoeste do Japão, uma região par cialmente reivindicada pela China, e após a Coreia da Nor te ter lançado dezenas de mísseis.
Os exercícios bienais “Keen Sword” começaram numa base aérea japonesa no sul do Japão e também serão realizados em vários outros locais, dentro e ao largo do Japão, até 19 de Novembro.
Cerca de 26 mil soldados japone ses e 10 mil americanos, bem como 30 navios e 370 aeronaves de ambos os lados, devem participar nos exercí cios, segundo o Ministério da Defesa japonês. Austrália, Grã-Bretanha e Canadá também se juntarão a partes dos exercícios, acrescentou.
Exercícios de campo conjuntos, que incluem aterragem anfíbia, estão planeados em ilhas remotas do sudoeste do Japão, incluindo Tokunoshima,Amami e Tsutarajima.
A China reivindica praticamente todo o mar do Sul da China, onde já construiu ilhas artificiais equipadas com instalações militares e aeródro mos. Pequim também reivindica uma série de ilhas que são controladas pelo Japão no mar da China Oriental.
Risco de segurança
O exercício conjunto ocorre após a Coreia do Norte ter disparado pelo
PUB.Forças unidas
Japão e Estados Unidos em exercícios militares conjuntos de armas
menos 34 mísseis desde 2 de Novem bro, o último dos quais na quarta-feira, em direcção ao mar do Japão.
A 3 de Novembro, o regime de Pyongyang disparou três mísseis
balísticos, um dos quais activou alertas em várias regiões do Japão, apesar de aparentemente não ter sobrevoado o arquipélago devido a uma falha em pleno voo.
O primeiro-ministro japonês Fu mio Kishida, citando o agravamento da segurança na região, prometeu aumentar substancialmente a ca pacidade militar do país e possi velmente permitir a capacidade de ataque preventivo para atacar locais de lançamento de mísseis inimigos.
Cerca de 26 mil soldados japoneses e 10 mil americanos, bem como 30 navios e 370 aeronaves de ambos os lados, devem participar nos exercícios, segundo o Ministério da Defesa japonês
Estes planos devem ser incluídos numa estratégia de segurança nacio nal revista e em directrizes de defesa de médio a longo prazo, cuja divul gação é esperada ainda este ano.
Irão Pelo menos 328 mortos e quase 15.000 detidos em protestos
Pelo menos 328 pessoas foram mortas e 14.825 detidas nos protestos no Irão desencadeados pela morte de uma mulher a 16 de Setembro após ser detida pela polícia de costumes, avançou ontem o grupo Activistas dos Direitos Humanos. Segundo o grupo, que acompanha os protestos há 54 dias, o anúncio do número de vítimas visa enfrentar o silêncio mantido pelo Governo do Irão há várias semanas e as informações avançadas pela imprensa estatal, que garante que as forças de segurança não mataram ninguém. As manifestações, que são já consideradas a maior ameaça ao regime teocrático do Irão desde a Revolução Islâmica, em 1979, deverão intensificar-se nos próximos dias, à medida que as pessoas vão para as ruas para marcar o luto dos 40 dias pelos primeiros manifestantes mortos, uma cerimónia comum em vários países do Médio Oriente.
Geral
de Angola Região Administrativa Especial de Macau República Popular da China
COMEMORAÇÃO DO DIA 11 DE NOVEMBRO, DATA DA INDEPENDÊNCIA DA REPÚBLICA DE ANGOLA
COMUNICADO
EM VIRTUDE DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU (RAEM), REPÚBLICA POPULAR DA CHINA, TER TIDO DUAS SEMA NAS DE INCERTEZA RELATIVAMENTE A POSSIBILIDADE DE CIRCU LAÇÃO COMUNITÁRIA DE NOVOS CASOS DA COVID-19, BEM COMO A NECESSÁRIA PRUDÊNCIA QUE A SITUAÇÃO REQUER; O CONSULADO GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA NA RAEM LEVA AO CONHECIMENTO DE TODA A COMUNIDADE ANGOLANA RESI DENTE EM MACAU QUE ESTÃO CANCELADAS AS ACTIVIDADES COMEMORATIVAS ALUSIVAS AO DIA 11 DE NOVEMBRO, DATA DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA.
POR SE TRATAR DE UM EVENTO HISTÓRICO QUE HONRA TODO O POVO ANGOLANO E OS DEFENSORES DOS DIREITOS DE AUTODETER MINAÇÃO DOS POVOS, O CÔNSUL-GERAL DE ANGOLA NA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU APROVEITA A OCASIÃO PARA FELICITAR TODOS OS ANGOLANOS RESIDENTES EM MACAU.
MACAU, 09 DE NOVEMBRO DE 2022