DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10
SEXTA-FEIRA 13 DE OUTUBRO DE 2023 • ANO XXII • Nº5353
GRANDE PRÉMIO DE MACAU
A MEMÓRIA REUNIDA ÚLTIMA
ESCOLA PORTUGUESA
NOVO AMANHÃ PÁGINA 4
FOGO-DE-ARTIFÍCIO
LUZES BRITÂNICAS PÁGINA 5
António Aresta
LUCA ARGEL
SAMBA-ACÇÃO PUB.
ENTREVISTA
Um pouco de respeito O presidente da APOMAC pede ao Chefe do Executivo para não se esquecer dos aposentados, pensionistas de sobrevivência e beneficiários do subsídio para idosos quando aumentar o salário da Função Pública. Afastados das consultas para as Linhas de Acção Governativa, Francisco Manhão lamenta que Ho Iat Seng trate os associados da APOMAC “como trapos”. PÁGINA 2
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CONFÚCIO NA CULTURA PORTUGUESA
hojemacau
2 política
13.10.2023 sexta-feira
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TIAGO ALCÂNTARA
Sozinhos em casa
Associação das Mulheres pede medidas para ajudar pais
A
APOMAC PEDIDOS AUMENTOS PARA APOSENTADOS E PENSÕES
A idade da razão
Francisco Manhão espera que o Chefe do Executivo não se esqueça de aumentar os aposentados, pensionistas de sobrevivência e o subsídio para idosos, a par da promessa feita aos funcionários públicos
O
presidente da direcção da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), Francisco Manhão, defende que os aposentados, pensionistas de sobrevivência e o subsídio para idosos devem ser aumentados no próximo ano, como Ho Iat Seng anunciou para os funcionários públicos. Em declarações ao HM, o presidente da APOMAC afirmou apoiar a medida para os funcionários públicos – embora ainda não se saiba o valor do aumento – mas apela para que também se aumente o valor pago aos aposentados e aos pensionistas de sobrevivência. “Gostava de manifestar a minha preocupação, porque o Chefe do Executivo anunciou um aumento para os funcionários públicos, mas não mencionou a
situação dos aposentados nem dos pensionistas de sobrevivência”, afirmou Francisco Manhão. Os aposentados são os funcionários públicos reformados a quem é paga uma pensão, enquanto os pensionistas de sobrevivência são os cônjuges ou filhos dos aposentados falecidos, a quem é paga uma parte da reforma do pensionista. O dirigente da associação indicou também que a pensão
“A pensão de idosos não é actualizada há mais de cinco anos, mesmo que o Governo diga que adopta uma política de apoio à terceira idade.” FRANCISCO MANHÃO APOMAC
para idosos, que actualmente é de 3.740 patacas, deve ser elevada para, “pelo menos, 4.000 patacas”. “A pensão de idosos não é actualizada há mais de cinco anos, mesmo que o Governo diga que adopta uma política de apoio à terceira idade”, frisou. Francisco Manhão justificou a necessidade de actualizar os apoios com a escalada da inflação, que considera ter sido agravada pelo anúncio do aumento aos funcionários públicos. “Assim que foi anunciado o aumento dos salários dos funcionários públicos os preços nos supermercados começaram logo a subir”, indicou. “Questiono-me até que ponto o Conselho dos Consumidores controla mesmo os preços. Eles estão sempre a subir”, acrescentou.
Cartão de consumo
Quanto às Linhas de Acção Governativa (LAG), o presidente da
COMO “TRAPOS” A APOMAC sente que é tratada pelo actual Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, como “um trapo” devido à idade dos membros. Foi desta forma que Francisco Manhão tentou explicar o facto de a associação ter deixado de ser convidada para discutir com o líder do Governo as Linhas de Acção Governativa. “Ele talvez ache que somos trapos e que não precisa de nos ouvir”, afirmou. O dirigente apontou também que com os anteriores líderes do Executivo, Edmund Ho e Chui Sai On, a associação era ouvida. “Não acontecia com os anteriores Chefes do Executivo, éramos sempre convidados. Acho que as coisas devem ter mudado porque somos velhos e acham que somos trapos”, acrescentou.
APOMAC espera que o Chefe do Executivo anuncie uma nova ronda do cartão de consumo, com o valor de 10 mil patacas. “O cartão de consumo deve voltar. Mas se antes o valor era de 8 mil patacas, agora deve ser de 10 mil patacas. Se os preços estão todos a ficar mais caro, também se deve actualizar o valor do cartão de consumo”, explicou. Outra das reivindicações da associação passa pela injecção de sete mil patacas nas contas do regime de previdência. “Há uns anos que o Governo cortou esse apoio, alegando que não tinha receitas. Mas agora tem novamente receitas, pelo que pode atribuir novamente as sete mil patacas”, justificou Manhão. João Santos Filipe
Associação das Mulheres apela ao Governo que interceda junto das empresas do território para que sejam adoptadas medidas de apoio às famílias. Foi desta forma que a associação reagiu à situação de uma criança de cinco anos que ficou sozinha em casa e abriu a porta as duas funcionárias públicas, que roubaram parte do recheio da habitação. Num comunicado emitido pela associação, a vice-presidente Loi I Weng apontou que as famílias atravessam uma situação difícil para cuidar dos filhos, porque é frequente que ambos os pais trabalhem e não tenham com quem deixar as crianças. Face ao cenário traçado, a também vice-presidente da Escola da Associação Geral das Mulheres pediu ao Governo para dialogar com o sector empresarial no sentido de serem encontradas soluções para os pais que têm dificuldades em cuidar dos filhos. Contudo, a dirigente associativa não avançou com nenhum medida concreta a ser adoptada, nem fez sugestões. Por outro lado, a associação tradicional considerou ainda ser necessário que mais creches locais disponibilizem um serviço para ficar com as crianças, durante o período laboral dos pais e, principalmente, quando têm de trabalhar horas extra. Loi pede assim ao Executivo que reforce a cooperação com as associações não governamentais, para que sejam disponibilizados mais serviços de creches às famílias com pais empregados.
Punir e punir
Por um lado, Loi justificou a situação actual com o facto de nem todas as famílias terem a possibilidade de contratar empregadas domésticas para tomar conta das crianças, o que faz com que para muitos não haja outra solução que não passe por deixar as crianças sozinhas. Por outro, a dirigente alertou os pais que deixam as crianças em casa sozinhas que podem estar a violar a lei. Finalmente, Loi I Weng recordou um inquérito de 2009, que concluiu que 85 por cento dos pais no território deixavam os filhos sozinhos em casa. E entre todas as crianças que ficavam em casa, cerca de 27 por cento, ou seja, uma em cada quatro, sofriam ou causavam acidentes. Neste aspecto, a dirigente associativa reconheceu que é cada vez mais frequente as crianças passarem longas horas nas suas residências sem acompanhamento de adultos, estimando que a proporção actual de crianças sozinhas em casa deve ultrapassar os 85 por cento do estudo de 2009. N.W. / J.S.F.
sexta-feira 13.10.2023
política 3
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ECONOMIA EMPRESÁRIOS COM EXPECTATIVAS NEGATIVAS PARA OS PRÓXIMOS MESES
Paradigma do meio copo DSAL Nova feira de emprego com 357 vagas
Zona A Concluída construção do Edifício de Instalações Públicas
Está concluída a construção do Edifício de Instalações Públicas no Lote B6 da Zona A dos Novos Aterros, a cargo da CAA Planeamento e Engenharia, Consultores Limitada. Segundo dados da Direcção dos Serviços de Obras Públicas, o edifício terá nove pisos e inclui um parque de estacionamento, que ocupa três pisos, com capacidade para 270 lugares. O prédio integra também um mercado municipal, um centro de comidas e outros equipamentos públicos. A recepção provisória do edifício deverá acontecer ainda este mês.
Fórum Governos dos PLP representados em Macau
Representantes dos governos dos Países de Língua Portuguesa (PLP) no Fórum Macau estarão no território na próxima semana para assinalar o 20º aniversário do organismo de cooperação comercial e cultural entre a China, Macau e os PLP. Segundo a TDM Rádio Macau, vão estar no território os ministros dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde e de Timor-Leste, a secretária de Estado do Plano de Integração Regional da Guiné-Bissau, o secretário de Estado da Economia de Portugal, Pedro Cilínio, e membros de executivos de outros países de língua portuguesa. Em Macau vão estar ainda os embaixadores dos PLP acreditados em Pequim e ex-dirigentes do Fórum Macau, como antigos secretários-gerais adjuntos.
M
AIS de metade dos empresários industriais espera que nos próximos seis meses as exportações diminuam. Os resultados fazem parte do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador, publicado pela Direcção de Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT). Quando questionados sobre as expectativas para os próximos seis meses, 52,8 por cento dos inquiridos (cujo número total não foi revelado) acredita que as exportações vão diminuir nos próximos seis meses e todos indicaram que irá ocorrer “um forte declínio”. Em comparação com o primeiro trimestre do ano, entre todos os empresários inquiridos 57,6 por cento respondiam que esperavam uma situação pior nos próximos seis meses, com 52,6 por cento a apontar que iria haver “um forte declínio” e apenas 5 por cento esperavam um “ligeiro acréscimo”. No que diz respeito aos sectores de actividade, segundo os dados mais recentes, nas áreas do “vestuário e confecção” e “equipamentos electrónicos/eléctricos” 100 por cento responderam esperar uma forte diminuição. No pólo oposto, entre os dois trimestres, o número de empresários que se mostraram optimistas subiu para 46,8 por cento, quando anteriormente era de apenas 20,1 por cento. Quando todos os empresários são considerados, 44,8 por cento esperam um “ligeiro crescimento” nas exportações e 2 por cento um “aumento acentuado”. As áreas dos “produtos farmacêuticos” e “outros produtos não têxteis” mostram níveis de confiança mais elevados. Na primeira área todos revelaram optimismo. Na segunda área, a taxa de optimismo é de 97,4 por cento, enquanto
RÓMULO SANTOS
Começam hoje as inscrições para uma nova feira de emprego organizada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) que decorre nos dias 19 e 20 deste mês e irá disponibilizar 357 vagas de trabalho ao longo de três sessões. As inscrições terminam na próxima quarta-feira. A iniciativa, promovida em conjunto com a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), será dividida em três sessões. Na primeira serão oferecidas 182 vagas para os sectores da segurança e limpeza, e na segunda 149 vagas para o sector de hotelaria. Estas duas sessões estão marcadas para o dia 19 de Outubro no centro de formação de técnicas profissionais da FAOM, situado no Istmo de Ferreira do Amaral, n.os 101-105A, Edifício Industrial Tai Peng, 1.ª Fase, 1.º andar. No dia seguinte à tarde serão ainda disponibilizadas 26 ofertas de trabalho na sessão que decorre no 16º andar do prédio comercial do Hotel Treasure Island.
Mais de metade dos empresários industriais está pessimista e estima que o volume das exportações diminua nos próximos meses, apesar da recuperação da confiança em relação aos primeiros três meses deste ano. Os Estados Unidos é o mercado em que as exportações registam a maior redução
1,7 por cento espera uma situação semelhante e 0,9 por cento estão pessimistas. O optimismo cresceu principalmente entre os empresários que esperavam que a situação das exportações se mantivesse semelhante nos próximos seis meses. No primeiro trimestre, 22,3 por cento esperavam que a situação se mantivesse, mas o número caiu para 0,4 por cento, no segundo trimestre. Face às respostas dos empresários, a DSEDT aponta que “de uma forma geral os dados reflectiram que os empresários industriais de Macau têm uma confiança mais forte quanto às perspectivas das exportações”.
Menos encomendas
Em relação às encomendas, quase 8 em cada 10 empresas exportadoras aponta ter “insuficiente volume
de encomendas”, uma proporção de 76,6 por cento dos inquiridos. O sector do “vestuário e confecções” tinha encomendas para mais de quatro meses no primeiro trimestre, mas agora apenas tem encomendas para dois meses. Também as encomendas do sector de “equipamentos electrónicos/ eléctricos” passaram de quase três meses e meio para dois meses e meio. No mesmo sentido, as encomendas dos “outros produtos não têxteis” desceram de três para dois meses.
A DSEDT aponta que, “de uma forma geral, os dados reflectiram que os empresários industriais de Macau têm uma confiança mais forte”
Quanto aos produtos farmacêuticos, a carteira de encomendas subiu de três meses para cinco meses. O destino das exportações com maior quebra a nível de encomendas são os Estados Unidos da América, com uma queda trimestral de 25,1 por cento, que sucede a outra uma queda trimestral de 22 por cento. Também as encomendas dos “outros países americanos”, como vem referido no inquérito da DSEDT, tiveram uma redução de 16,4 por cento. No entanto, registou-se um aumento das encomendas feitas pela União Europeia de 19,3 por cento, um crescimento trimestral igual ao registado no primeiro trimestre. As encomendas do Interior cresceram 5,5 por cento, de Hong Kong 0,2 por cento e de “outros países da região Ásia Pacífico”, onde não se inclui o Japão, 5,9 por cento. João Santos Filipe
4 sociedade
AIS de 116.300 passageiros passaram pelo Aeroporto Internacional de Macau entre 30 de Setembro e 6 de Outubro, período da Semana Dourada, números que representam 66 por cento dos níveis pré-pandemia. O aeroporto processou um total de 975 voos no espaço de sete dias, equivalente a 63 por cento do registado em igual período de 2019, de acordo com um comunicado da companhia gestora. O aeroporto registou uma média de cerca de 139 voos e 16.620 passageiros por dia durante a semana dourada, referiu na quarta-feira a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau. Os passageiros vindos ou tendo como destino a China representaram cerca de metade (51 por cento) do total, seguidos do Sudeste Asiático (36 por cento) e de Taiwan (13 por cento), acrescentou. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) tinha previsto uma média diária de 100 mil visitantes durante a Semana Dourada, que este ano se prolongou por oito
dias graças à inclusão do Festival do Bolo Lunar. No primeiro dia da Semana Dourada, Macau recebeu quase 159 mil visitantes o segundo valor mais elevado desde que há registos, de acordo com dados oficiais divulgados pela Polícia de Segurança Pública. Aregião terminou este período com um total de 932.365 visitantes, aproximando-se dos valores pré-pandemia, e com uma média diária de mais de 116.500 turistas, indicou a DST. A CAM disse que a Air Macau vai lançar voos regulares para a Indonésia no final deste mês, tendo prometido novas rotas “à medida que o quarto trimestre e as férias de Natal se aproximam”. A empresa garantiu estar a apoiar “a retoma de voos para vários destinos na China continental e a expandir-se para o Sudeste Asiático e outros mercados internacionais”. O aeroporto “trabalhará em linha com a direcção de desenvolvimento do turismo do Governo” de Macau para “promover a vinda de mais turistas internacionais”, prometeu a CAM.
Snooker Escolha por evento de Macau leva a acção disciplinar Vários jogadores de snooker reconhecidos mundialmente enfrentam acções disciplinares por parte da World Snooker Tour (WST) por terem trocado o Open da Irlanda do Norte pelo torneio Macau Snooker Masters, que decorre no dia 27 de Outubro e que será organizado pela Melco. Segundo o portal Macau News Agency (MNA), o actual campeão mundial da modalidade, Luca Brecel, e os tetracampeões mundiais John Higgins e Mark Selby, correm o risco de ficar de fora do torneio de classificação cuja organização está prevista para Belfast entre os dias 22 e 29 de Outubro. O comunicado da WST que determina a acção disciplinar diz que
Luca Brecel
a participação dos cinco jogadores na competição de Macau é uma “violação dos termos do contrato”. “A WST está desapontada por saber que vários jogadores, com contrato com a WST, optaram por não jogar num evento da WST, preferindo jogar num evento não sancionado em Macau, violando assim os termos do seu contrato de jogador”, lê-se no comunicado. A WST acrescenta ainda que apesar de ter comunicado com os jogadores, estes acabaram por decidir jogar em Macau e não em Belfast.
TIAGO ALCÂNTARA
CAM SEMANA DOURADA COM MAIS PASSAGEIROS
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EPM MIGUEL DE SENNA FERNANDES ANTEVÊ FUTURO RISONHO
Um novo período
O novo director da Escola Portuguesa de Macau deverá ser recrutado em Portugal. O conselho de administração da fundação que gere a escola irá incluir José Basto da Silva, Patrícia Ribeiro e Raul Capaz Coelho, enquanto José Sales Marques sai de cena. Miguel de Senna Fernandes, vice-presidente da fundação, está optimista quanto ao futuro da escola
O
S órgãos de gestão da Escola Portuguesa de Macau (EPM) estão numa fase de mudança. Depois da reforma e saída de Manuel Machado, o novo director da escola deverá ser recrutado em Portugal, noticiou a TDM Rádio Macau. O novo dirigente deverá ser “um profissional com experiência na liderança de escolas portuguesas no estrangeiro”. Enquanto isso, para o conselho de administração da Fundação da EPM (FEPM) também se registam alterações, com Miguel de Senna Fernandes, em representação da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), a entrar para a vice-presidência, ao lado do presidente Jorge Neto Valente. Ao HM, Miguel de Senna Fernandes confirma o novo
cargo e diz esperar um futuro risonho para a escola. “Estamos a trabalhar para uma causa comum, que é levar a EPM a bom porto. Esta não é uma escola portuguesa qualquer, tem características próprias, a começar por ser uma escola de Macau. A EPM não deve ser olhada como uma mera
Miguel de Senna Fernandes diz que os novos gestores devem “fazer valer os interesses de uma escola que é de Macau, independentemente do pendor internacional que possa vir a ter”
manifestação do Estado português, embora este tenha uma intervenção importante na sua gestão.” O vice-presidente diz que os novos gestores não devem esquecer-se “de fazer valer os interesses de uma escola que é de Macau, independentemente do pendor internacional que possa vir a ter”. Olhando para os últimos anos, Miguel de Senna Fernandes disse que a escola “tem vindo a trilhar um bom caminho, com os alunos a ter bons resultados”. “Auguro uma nova etapa com uma boa liderança”, frisou. O responsável adianta que a FEPM “nunca deixou de trabalhar com transparência” e sempre cumpriu os estatutos. “Quaisquer modificações que venham a surgir na EPM ainda não foram discutidas, mas adivinha-se que venha a ser um projecto válido por muitos anos. A escola está a
sofrer modificações estruturais, mas está no bom caminho.”
Sales Marques saiu
Ainda relativamente ao conselho de administração, o HM confirmou que José Sales Marques deixou o órgão, terminando o seu mandato na segunda-feira. O economista não quis, para já, comentar a sua saída, tendo desejado “sucesso” ao novo conselho de administração. Por sua vez, José Basto da Silva, presidente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial Pedro Nolasco, foi convidado para integrar o conselho de administração. A TDM Rádio - Macau avançou ainda que Patrícia Ribeiro, presidente do Instituto Português do Oriente, e Raul Capaz Coelho, foram nomeados pelo ministro da Educação português, João Costa. A FEPM, que reuniu terça-feira, fez também um convite a Manuel Viseu Basílio para presidir ao Conselho Fiscal, enquanto no conselho de curadores se mantém os nomes de Edith Silva, antiga directora da EPM, Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau, os advogados Rui Cunha e Amélia António e ainda o presidente da Santa Casa da Misericórdia de Macau, António José de Freitas. Leonel Alves está de saída da FEPM, tendo sido convidado o académico Francisco José Leandro para integrar o conselho de curadores. Ao HM, o académico disse apenas ser “muito prematuro para fazer qualquer declaração até o processo estar terminado”. Andreia Sofia Silva
sexta-feira 13.10.2023
FOGO-DE-ARTIFÍCIO REINO UNIDO VENCE CONCURSO
Os céus em festa
O Reino Unido venceu o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício e superou a China e o Japão, que conquistaram o segundo e terceiro lugares. Apesar das contrariedades causadas pelo tempo, com alguns adiamentos, o evento chegou ao fim na quarta-feira à noite
O RÓMULO SANTOS
Reino Unido venceu o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício, que regressou após uma pausa de três anos devido à pandemia de covid-19, anunciou na quarta-feira à noite a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Num comunicado, a DST revelou que a China e o Japão ficaram no segundo e terceiro lugares, respectivamente, da 31.ª edição do concurso. A competição terminou na quarta-feira à noite, com dois espectáculos, um da empresa vencedora e outro de uma companhia da Alemanha. O final do
sociedade 5
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concurso, que estava marcado para sábado, foi adiado por duas vezes devido à passagem do tufão Koinu pelo sul da China. Também o arranque do concurso, que estava previsto para 9 de Setembro, já tinha sido adiado por dois dias devido às chuvas torrenciais que durante 10 horas consecutivas afectaram Macau. A 31.ª edição contou com 10 espectáculos, cada um com du-
ração de 18 minutos, a combinar fogo-de-artifício e música, incluindo o espectáculo “Supernova”, da Macedos Pirotecnia, apresentado em 1 de Outubro, Dia Nacional da China. A Macedos Pirotecnia, com sede no concelho de Felgueiras, no distrito do Porto, participou pela quinta vez no concurso, tendo vencido em 2000, a 12.ª edição, a primeira realizada depois da transição de admi-
O final do concurso, que estava marcado para sábado, foi adiado por duas vezes devido à passagem do tufão Koinu pelo sul da China
nistração de Macau de Portugal para a China.
Destino popular
Com o regresso do concurso, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) tinha previsto uma média diária de 100 mil visitantes durante a chamada ‘Semana Dourada’. Este constitui o segundo maior movimento de massas na China, a seguir ao período do Ano Novo Lunar, principal festa tradicional das famílias chinesas, que acontece em Janeiro ou Fevereiro, consoante o calendário lunar. No primeiro dia da ‘Semana Dourada’, Macau recebeu quase 159 mil visitantes, o segundo valor mais elevado desde que há registos, de acordo com dados oficiais divulgados pela Polícia de Segurança Pública da região chinesa. Macau terminou este período, entre 29 de Setembro e 6 de Outubro, com um total de 932.365 visitantes, aproximando-se dos valores pré-pandemia, e com uma média diária de mais de 116.500 turistas, revelou a DST. Em Dezembro de 2022, o território, que seguiu a política de ‘covid zero’, anunciou o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições, que incluíam a proibição da entrada de turistas vindos do estrangeiro.
PJ Residentes burlados em 1,2 milhões de dólares de HK
Dois residentes apresentaram queixa na Polícia Judiciária (PJ), após serem burlados em cerca de 1,2 milhões de Hong Kong. No primeiro caso, uma residente local conheceu um homem, numa aplicação de encontros online, que a convenceu a investir em criptomoeda. Como a mulher se interessou pelo homem investiu na moeda digital, através da aplicação recomendada pelo conhecido. Após um primeiro investimento bem-sucedido, decidiu subir o montante para 800 mil dólares de Hong Kong. Porém, a partir desse momento nunca mais conseguiu movimentar o dinheiro e o homem ficou incontactável. O segundo caso foi semelhante, mas tratou-se de um residente local que conheceu uma mulher online. Contudo, o investimento feito pela segunda vítima ficou-se pelos 400 mil dólares de Hong Kong.
Acidente Levada para o hospital por queda em escadas
Uma idosa com 78 anos teve de ser transportada para o hospital, depois de ter caído numas escadas rolantes, no Edifício Great China Plaza, na Taipa. De acordo com o jornal Ou Mun, o acidente aconteceu por volta das 10h de ontem, quando o Corpo de Bombeiros foi chamado ao local. A mulher apresentava ferimentos nas pernas e nos joelhos. A queda aconteceu quando a idosa estava no sexto andar, e como consequência da queda o funcionamento das escadas foi suspenso, para ser inspeccionado. Apesar disso, o Corpo dos Bombeiros suspeita que a queda tenha resultado de uma simples escorregadela. A vítima foi levada para o Hospital Conde São Januário.
CONTRATAÇÃO FALSA DONO E FUNCIONÁRIA DE EMPRESA DETIDOS
O
Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deteve duas pessoas por suspeitas de falsa contratação. O caso foi detectado quando o Departamento para os Assuntos de Residência e Permanência do CPSP analisava os dados de uma empresa, tendo descoberto que dois empregados oriundos do Interior da China, de apelidos Fu e Song, não permaneciam em Macau a maior parte do tempo. No domingo, o CPSP deteve Fu junto à fronteira e pediu a Leong, o patrão, para colaborar na investigação. Fu admitiu mais tarde que, após receber o blue card, nunca trabalhou na empresa nem recebeu salário. A falsa contratação tinha por objectivo facilitar as viagens entre Macau e a China e aconteceu como contrapartida por uma dívida que Leong tinha contraído junto de um amigo. O credor do patrão afirma que se contratasse estas pessoas a dívida ficaria saldada. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, podendo estar em causa a prática dos crimes de simulação e invocação de determinados actos jurídicos para a obtenção das autorizações de trabalho. O CPSP está ainda à procura de Song, o outro funcionário envolvido no esquema de falsa contratação.
6 entrevista
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LUCA ARGEL
“O samba é uma espécie de grito” MÚSICO
13.10.2023 sexta-feira
“Samba de Guerrilha” é um disco mais falado do que cantado, editado em 2021 e transposto para o palco. Amanhã, às 20h30, Luca Argel sobe ao palco do Teatro Broadway, no Cotai, para contar e tocar com a ajuda da actriz Nadia Yracema. O espectáculo, que integra o cartaz do Rota das Letras, conta diversos capítulos da história do Brasil Como se descreve como músico? Sou um músico que vem do Rio de Janeiro, onde trabalhava como professor de música de uma escola municipal. Mas acabei enveredando por um curso de mestrado em Portugal em literatura, uma área com a qual sempre trabalhei. Tenho alguns livros de poesia publicados. Quando vim para Portugal fazer o mestrado, no Porto, comecei uma roda de samba como uma brincadeira entre amigos. E ela começou a crescer, a gente começou a receber muitos convites para tocar, e o grupo acabou virando profissional, o “Samba sem Fronteiras”, que existe até hoje. Curiosamente, um grupo de samba fora do Brasil foi o trampolim para investir no meu próprio caminho. Os meus discos sempre tiveram uma ligação muito forte com o samba, por conta dessa história, de ter sido através do samba que me inseri nos palcos. Mas musicalmente também exploro muitas outras coisas. Mesmo quando faço samba, e o “Samba de Guerrilha” é um bom exemplo disso, pois é um samba atravessado com outras influências e géneros,
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entrevista 7
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há uma instrumentação e arranjos bem distantes da linguagem mais tradicional e clássica [do samba].
uniram para conseguir sobreviver. O samba é uma desculpa para as pessoas se reunirem, conhecerem, criarem laços e fazerem alguma forma de resistência e dar algum sentido a uma vida muito difícil e sem perspectivas.
O activismo político é parte integrante da sua música. Tudo isso [que acabei de referir] está ligado ao activismo, pois o samba ensinou-me muito a respeito da história do Brasil e do nosso passado colonial, e todas as desigualdades que o país traz como herança desse passado. O samba é muito atravessado por essa história, porque nasceu de comunidades de filhos e netos de escravos, com um ritmo periférico, negro. Então, vem carregado de muitas histórias e ajuda muito a gente a entender a história política do Brasil e, por tabela, de Portugal, do que foi o processo histórico de colonização e descolonização. “O Samba de Guerrilha” é, então, uma grande mistura de histórias e exploração estética das possibilidades do samba como género musical. Como foi transpor o álbum “Samba de Guerrilha” para o palco, com uma actriz [Nadia Yracema]? Esta não é a primeira adaptação pela qual o “Samba de Guerrilha” passou. Este projecto atravessa muitas linguagens. Começou como uma espécie de workshop cantado, uma mistura de narração de histórias e música, mas em que estava sozinho com a guitarra. Depois fui explorando outras linguagens, e transformei [o álbum] num programa de rádio, na Rádio Universidade do Minho. Escrevi diversos textos em torno do álbum, publicados em revistas, e depois teve o disco, que já foi uma espécie de tradução do que fazia nos workshops. Tive de cortar e seleccionar muita coisa do repertório. Depois voltei ao palco, mas desta vez já com uma encenação e uma actriz, e tive de voltar a um guião mais expandido, pois temos mais tempo para contar as histórias do que no disco. Foi aí que comecei a ensaiar o texto com a Nádia e foram sendo feitas algumas alterações, baseado nas necessidades que sentíamos em palco. Isto porque o “Samba de Guerrilha” é um projecto muito elástico, podemos escolher contar a mesma história de mil formas diferentes, começando ou terminando pela música, por exemplo. É como se o “Samba de Guerrilha” tivesse uma série de blocos e pudéssemos arranjá-los de forma muito livre. O disco conta a história do Brasil, da escravatura, da Ditadura Militar. Parece possível desconstruir o disco em várias plataformas. Completamente. Tenho a certeza de que essa adaptação do “Samba de Guerrilha” para o palco é só uma possibilidade, podemos montar o disco ao vivo de outras formas.
“A desigualdade no Brasil é um problema com cor. Tem clara origem na forma como se deu a abolição [da escravatura], em 1888, pois não foi acompanhado por reformas que garantissem a integração na sociedade com o mínimo de igualdade de oportunidades.” É uma música triste e, ao mesmo tempo, alegre. A história do samba está cheia de contradições (risos).
“Acho que a cada álbum encontro uma nova maneira de fazer música, a cada novo projecto. Claro que existe uma linha temática, estética, que vem desde ‘Bandeira’.” Uma coisa que quero muito fazer agora é adaptá-lo para um espectáculo mais voltado para crianças e jovens. Tenho vontade de fazer adaptações para outros públicos. Uma curiosidade deste disco é que tem mais texto falado do que música. A boa música tem frequentemente um lado interventivo, de activismo, e no Brasil, temos vários exemplos, como Caetano Veloso ou Chico Buarque. Mas o uso da interpretação narrativa, do spoken word, torna este disco numa obra diferente. Concorda? Sim, neste projecto, e no disco mais recente, “Sabina”, em que repeti essa ideia de contar uma história, acho que sim, [que é diferenciador]. Mas é uma idiossincrasia minha, vem um pouco contracorrente do mercado musical de hoje em dia, que é apostar em álbuns, algo cada vez mais raro. Hoje em dia a dinâmica de ouvir música mudou muito e os próprios artistas colocam-se mais no lançamento de “singles”, uma coisa mais rápida de
consumir e de promover, é aquilo que passa nas rádios. Um disco como o “Samba de Guerrilha” vai completamente contra essa lógica, podendo até ouvir as músicas em separado. Mas a experiência do álbum só funciona se o ouvirmos do princípio ao fim. Acha que o Brasil tem ainda de se reconciliar com a sua história? Sim, com certeza. Há ainda muita reconciliação e não é só no sentido de conhecer a história, é também uma reconciliação de se fazerem reformas sociais que deveriam ter sido feitas há 100 anos e nunca foram, porque são raízes dos problemas do presente. A questão da desigualdade social, e muito específica, que recai sobre a população negra, que é muito flagrante. A desigualdade, no Brasil, é um problema que tem cor. Isso tem uma clara origem na forma como se deu a abolição [da escravatura] no Brasil, em 1888, pois não se fez acompanhar de uma série de reformas que deveriam garantir que aquelas pessoas iriam conseguir integrar-se na sociedade com o mínimo de igualdade de oportunidades. Não fazendo isso, o problema tornou-se numa bola de neve. Hoje temos os problemas da pobreza, da reforma agrária, e o Estado brasileiro nunca se propôs a fazer essas reformas. Contar essas histórias é chamar a atenção para as raízes do problema. Sentiu que tinha a responsabilidade, como músico, de abordar estas questões?
Não diria isso, mas acho que estava numa circunstância em que isso me parecia o caminho mais acertado. Foi o samba que viabilizou o meu trabalho como músico, mas o facto de ser um emigrante brasileiro em Portugal, e estar na posição curiosa de fazer música brasileira fora do país, e, ainda por cima, um género como o samba, que na sua origem tem essa má resolução do que foi o passado colonial, levou a sentir-me numa posição muito fértil de levantar esse assunto, em Portugal especificamente, onde existe uma lacuna. Em Portugal existe também uma visão muito superficial do que é o samba e o que é a cultura brasileira. É uma visão um pouco...
“A história do samba está cheia de contradições.” Redutora? Redutora e idealizada demais, no sentido em que a cultura brasileira se resume a uma certa leveza, à festa, à alegria. Então, o que é o samba? Qual a sua definição? Para mim, é uma resposta a uma realidade de muita desigualdade e miséria dentro das comunidades onde nasceu. O samba é uma espécie de grito em forma de música, um refúgio em que essas comunidades se protegeram e
O seu primeiro álbum, “Bandeira”, foi lançado em 2017. Desde aí, o seu processo de composição ganhou uma forma diferente? Sim.Acho que a cada álbum encontro uma nova maneira de fazer música, a cada novo projecto. Claro que existe uma linha temática, estética, que vem desde o “Bandeira”, que tem músicas que ainda hoje toco nos meus concertos, que fazem sentido. Mas gosto de buscar sempre uma abordagem nova, um universo sonoro novo. Uma linha que tenho visto de projecto para projecto é o afastamento gradual na forma de escrever música “sambista”. O “Bandeira” é um álbum muito “sambista” na composição das músicas, na forma de escrever as canções, e no “Samba de Guerrilha” afasto-me um pouco disso, nos arranjos. No “Sabina” já estou bastante fora do samba enquanto estética, mas de certa forma a ligação com o samba está a ficar um pouco abstracta. Vou arriscando outros caminhos. Vai ser um desafio apresentar “Samba de Guerrilha” em Macau, para um público que também é chinês? Sim. Confesso que não tenho a menor ideia de como o espectáculo vai chegar aos ouvidos do público chinês, embora tenha alguma ideia de como vai chegar no público português e brasileiro. Não sei de que forma o público chinês vai se relacionar. Por ser Macau, que tem uma relação histórica com Portugal, pode ser especialmente interessante. Andreia Sofia Silva
VIA do MEIO
(Continuação do número anterior) EM 1762 Confúcio é um dos temas principais no “Diálogo entre um Teólogo, um Filósofo, um Ermitão e um Soldado”1, que discorrem cordata e pedagogicamente sobre a moral, a geografia política e as ideias religiosas. O que se poderia aprender sem um rasgo de polémica , sem qualquer ousadia interrogativa ou afrontamento ideológico ? Um livro popular, reconfortante para uma vida reflexiva simples e benevolente, era justamente a Vida y Pensamientos Morales de Confucio2 que desde 1802 conhecerá larga difusão nos meios cultos e esclarecidos portugueses, encontrando-se nas livrarias conventuais e nas bibliotecas dos Seminários. O estudo filosófico e pedagógico da moral3, da formação moral, foi uma preocupação constante nas escolas e no ensino particular e doméstico. José Ignacio de Andrade é um importante orientalista português do século XIX, hoje injustamente esquecido, e um grande divulgador das ideias de Confúcio. O seu livro, publicado em dois volumes, Cartas Escriptas da Índia e da China nos Annos de 1815 a 1835 por José Ignacio de Andrade a sua Mulher D. Maria Gertrudes de Andrade4, abre justamente com uma epístola de Francisco Martins Barros, professor de língua latina no Colégio de Nossa Senhora da Conceição : “……………….. De CONFÚCIO, philosopho sublime Mostras os dogmas, e a doutrina mostras, Que tantos evos tem regido a China. O vício não desculpas, se elle surge, Qual entre o flavo trigo e o joio inútil, Lá mesmo n’esse Império, que elogias.”5 Outro amigo de José Ignacio de Andrade, P. F. O. Figueiredo, insere este soneto: “ Confúcio douto, que a moral ensina A reis, e a povos com saber profundo, Se hoje surgisse do sepulchro fundo, E lesse o que has escripto sobre a China; Se visse como o genio teu combina, Em philosopho, quanto abrange o mundo ; Em ti notara com prazer jucundo Um discípulo da sua alta doutrina !”6 As ideias e os princípios morais e políticos de Confúcio estão omnipresentes e na “Carta L” José Ignacio de Andrade faz a difusão extensiva de umas dezenas de máximas, sem esquecer o pensamento de Mêncio. E a reflexão que faz é premonitória : “A nação chinesa, para suprir as instituições liberais, hoje em voga na Europa, tem os livros sagrados, respeitados como lei fundamental do es-
tado : acham-se neles artigos mais vigorosos contra o despotismo, do que nas instituições mais democráticas da Europa e América ; todavia, sucede na China o mesmo, que em outra qualquer parte : se o que empunha o ceptro do poder é do temperamento de Nero, só resta a opção dolorosa de morrer, ou matá-lo”7. Até onde terão chegado estas ideias de José Ignacio de Andrade ? Folheando “O Panorama. Jornal Litterario e Instructivo da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis”, de 12 de Maio de 1838, podemos observar uma gravura, ‘A Criminosa Perante o Mandarim’, a encimar um artigo sobre a administração da justiça no Celeste Império. Aí , o façanhudo mandarim prelecionava sob a égide de Confúcio. Nessa mesma publicação8 foi publicada a novela “O Feitor de Cantão”, cuja leitura é muito agradável e informativa. E, abrindo a popular “Encyclopedia das Famílias. Revista de Educação e Recreio”, no Nº 999, de 1895, deparamos com uma sintética definição do confucionismo enquanto religião : “ é um naturalismo, adoração de forças physicas, de caracter moral, tendo por base a benevolência ; como regra, modelar o presente e o futuro no pretérito e a veneração pelos antepassados. Confúcio foi o seu fundador e teve por principal apóstolo o philosopho Mêncio. Domina entre os chineses”. Detectamos também a presença dos ensinamentos de Confúcio nas áreas mais díspares, desde a história de A Mulher Através dos Séculos, de Marques Gomes, publicada em 1878, até à dissertação inaugural apresentada , em 1901, à Escola Médico-Cirúrgica do Porto, sob o título, O Suicídio Livre em Face da Religião, da Moral e da Sociedade, assinada por José Ferreira Viegas. Júlio Verne, com o popular romance As Atribulações de um Chinês na China10, publicado em 1879, contribuiu para o adensar do fascínio pela milenar civilização chinesa. No ano seguinte, em 1880, aparece O Mandarim , de Eça de Queiroz, cujo personagem reflecte em voz alta, “eu não compreendia a língua, nem os costumes, nem os ritos, nem as leis, nem os sábios daquela raça”11, sintetizando assim grotescamente a ignorância nacional, não obstante a nota de fina ironia, “sou bacharel formado ; portanto na China, como em Coimbra, sou um letrado !”12. O antigo cônsul de Espanha em Macau, Enrique Gaspar y Rimbau, publica em 1887 o pioneiro romance de ficção científica El Anacronópete. Viaje a China – Metempsicosis13 , revestindo-se de especial interesse uma carta14 enviada de Macau, em 30 de Abril de 1879, onde discorre sobre o pensamento de Confúcio e de Mêncio, no contex-
Confúcio na cult
SUBSÍDIOS PARA
António
to dos exames imperiais que conferiam a dignidade mandarínica. Confúcio é, ainda, um nome popular e prestigiado, nas escolas e nos meios mais cultos da sociedade, tido como uma fonte de sabedoria e um símbolo da virtude. Por exemplo, Duarte Leite (1864-1950), professor, diplomata e político, iniciou-se na Maçonaria em 1892, na loja maçónica ‘União Latina’, no Porto, sob o nome simbólico de ‘Confúcio’15. Historicamente tem sido recorrente a tentação de conciliar ou acentuar as convergências entre o cristianismo e
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o confucionismo, no quadro geral dos sistemas religiosos. Oliveira Martins na sua esforçada erudição16 também se debruçou sobre a moral confuciana : “Na China a reforma de Confúcio, fazendo abortar a evolução ulterior dessa mitologia pela pregação de uma moral extraída prematuramente do animismo primitivo, condenou a religião a um estado de precocidade caduca e à esterilidade consequente. Uma moral frequentemente digna do aplauso da sabedoria mais pura, veio assentar sobre uma concepção realisticamente selvagem do mundo ul-
VIA do MEIO
tura portuguesa
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A O SEU ESTUDO
o Aresta
terior. Dotado, pois, com uma moral prática civilizada, o chinês manteve uma mitologia primitiva, mostrando assim na esfera religiosa esse aspecto duplo de velhice e de infância, visível por tantos outros lados nas civilizações do extremo Oriente”. Em 1887, o reverendo John Ross17 lançou de novo uma vigorosa e sedutora campanha de harmonização de ideias e de princípios entre o cristianismo e o confucionismo, que parece ter sido muito bem sucedida. No Ocidente, o cristianismo parece ter absorvido e melhorado algumas ideias axiomáticas caras ao confucionismo, tais como a bondade, a amizade, a caridade, a hospitalidade ou a piedade, esvaziando e apagando o contexto ontológico original que poderia estar mais focado no refinamento, na conduta, na lealdade e na confiança. Sampaio Bruno publica O Brasil Mental em 1898 advertindo para um pormenor que parecia escapar aos mais atentos : “A religião positivista é, pois, exactamente como, na China, a doutrina religiosa de Kong-fu-tse (mestre Kong, Confúcio). É um naturalismo ético enxertado na religião política de Saint-Simon ; como ali se funda na dos Tchow, entendendo por isto, com Tièle, a ordem de coisas estabelecida, verosimilmente, pelo príncipe Tchow-Kong, assaz diferenciada do culto popular antigo. Consoante aqui, diversa da metafísica cristã (idealista, do tipo alexandrino) e só aceitando, não a dogmática, porém a disciplina católica”18. Tem passado completamente despercebido o romance O Lobo da Madragoa19 publicado por Alberto Pimentel em 1904, onde se dá conta das venturas e desventuras de uma chinesa de Cantão em Portugal, cujo comportamento divergia dos padrões traçados pela moral confuciana. Em 1909 José da Costa Nunes, futuro Bispo de Macau, Arcebispo de Goa e Cardeal, publicará 24 Cartas da China20, onde entre outros assuntos, disseca com profundidade os pressupostos teóricos do confucionismo. Essa designação ‘Cartas da China’ estava em voga. José Gomes da Silva, médico e naturalista que deixou obra em Macau, também escreveu as suas Cartas da China no jornal ‘O Comércio do Porto’21, contemporâneas das Cartas do Japão assinadas por Wenceslau de Moraes. E é numa das suas Cartas do Japão que Wenceslau de Moraes analisa com invulgar argúcia o legado de Confúcio : “A moral de Confúcio, toda ela bono-
mia e singeleza, incompatível com a guerra, com a luta, poderia talvez ter feito a felicidade de toda a China em peso ; mas, para tanto, seria forçoso admitir o absurdo ou o impossível, isto é, ou que a China fosse o Mundo inteiro, ou que ela pudesse manter-se eternamente isolada dos outros povos. Confúcio não considerou os outros países, julgou-os insignificantes, acreditou no eterno isolamento da sua enorme pátria. E não teve o pressentimento, vago embora (mas quem há vinte e quatro séculos o tivera ?...), das estupendas energias de certas forças naturais – o vapor, a electricidade, a resistência do metal … - e da capacidade inventiva e irrequieta dos cérebros do Ocidente. Dormia a China ; ou pelo menos, deliciava-se na contemplação da Natureza ; nas artes e nas letras ; enquanto que as outras nações progrediam em ciência, armavam-se e mais tarde viriam afronta-la”22.
Página 213. A revista, era dirigida por João Romano Torres, abre com uma “Homenagem ao Genial Poeta João de Deus” e toda a colaboração não está assinada. Contudo, grande parte dessa colaboração poderá ser associada a Lucas Evangelista Torres e aos seus filhos João Romano, Manuel Lucas e Fernando Augusto. 10 A edição portuguesa sob a chancela da Livraria Bertrand, Lisboa, s\d, tradução de Manuel Maria de Mendonça Balsemão 11 O Mandarim, 3ª edição, Porto, Livraria Internacional de Ernesto Chardron, 1889, p. 152. 12 Idem, p. 90. 13 Biblioteca Arte y Letras, Barcelona, 1887. Escreve 11 ‘Cartas al Director de Las Provincias’, todas datadas de Macau, a primeira de 26 de Setembro de 1878 e a última de 8 de Dezembro de 1882. 14 Idem, pp. 269-282. 15 Pedro Magalhães, Duarte Leite (18641950), Edição do Município de Lousada, 2014, p. 22. 16 O Systema dos Mythos Religiosos, Lisboa, Livraria Bertrand, 1882, p. 71. 17 The Chinese Recorder and Missionary Journal, Nº 1, Vol. XVIII, January, 1887. No ensaio, “Our Attitude towards Confucianism”, (pp. 1-11), esforça-se por explicar “… to show that Confucianism from un enemy
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Joaquim de Santa Rita, Academia dos Humildes e Ignorantes, Conferência XXVII, Tomo IV, Lisboa, 1762, Na Officina de Ignacio Nogueira Xistro, p. 212. Traducidos del francês al castellano por D. Enrique Ataide y Portugal, Oficina de Aznar, Madrid, 1802. Coleção e Escolha de Bons Ditos e Pensamentos Moraes, Politicos e Graciozos. Escriptos por *** . Lisboa, Na Officina de Francisco Borges de Souza, Anno MDCCLXXIX, 471 pp. ; Lições de Boa Moral, de Virtude e de Urbanidade. Compostas no idioma hespanhol por D. José de Urcullu e traduzidas para o portuguez da 3ª edição de Londres de 1828 por Francisco Freire de Carvalho, Lisboa, 3ª edição, Typographia Rollandiana, 1854, 246 pp. Com especial interesse para a moral confuciana, pp. 45-48 ; Outra obra importante : Pensées Morales de Confucius, recueillies et traduites du latin par M. Levesque, Paris, MDCCLXXXIII. Para além da introdução (pp. 7-62) são apresentados 230 pensamentos morais (pp. 63-175). Lisboa, Imprensa Nacional, 1843. Conhecerá uma segunda edição em 1847. Esta obra foi reeditada sob o título Cartas Escriptas da Índia e da China, 2 volumes, introdução de Artur Teodoro de Matos, Livros do Oriente, Macau, 1998. Idem, p. 25. Idem, p. 29. Idem, p. 280. O Panorama, Vol. IX, 1852, pp. 75-76, 86-88, 91-93, 98-100, 106-107, 119-120, 125-126 e 131-132. A novela não está assinada.
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can be converted into a friend helpful to Christian teaching”, p. 10. Na contemporaneidade, será Henrique Rios dos Santos SJ, a trilhar esse caminho com O Rosário Com a Igreja da China, edição da Fundação AIS\Apostolado da Oração, 2008, 127 pp. Seleccionou 35 Pensamentos de Confúcio, dizendo: “Oferecemos um pensamento de Confúcio (Kong Fu Zi) para cada mistério também, como um modo de dar a conhecer as pontes que se podem estabelecer entre a tradicional cultura chinesa e o cristianismo”, p. 6. 18 O Brasil Mental, prefácio de António Telmo, Lello Editores, 1997, p. 155. 19 Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1904. 20 Publicadas por Tomás Bettencourt Cardoso sob o título Cartas da China, edição da Fundação Macau, 1999. 21 Este diário matutino da cidade do Porto publicava nas primeiras páginas, por exemplo em 1905, as Cartas : de África, da Alemanha, do Paraguai, da Índia, do Japão, da Andaluzia, do Brasil, da Inglaterra, de Itália, dos Açores, de França, de Cabo Verde, de Espanha, etc. Sempre assinadas por correspondentes portugueses locais. 22 Wenceslau de Moraes, Antologia, Selecção de Textos e Introdução de Armando Martins Janeira, Prefácio de Daniel Pires, Veja, 2ª edição, 1993, p. 401.
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GAZA CHINA PEDE APOIO HUMANITÁRIO PARA PALESTINIANOS E DEFENDE SOLUÇÃO DE DOIS ESTADOS
MAHMUD HAMS/AFP VIA GETTY IMAGES
Justiça ao fundo do túnel
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enviado especial da China para o Médio Oriente, Zhai Jun, apelou ontem a que se preste apoio humanitário ao povo palestiniano, na sequência dos bombardeamentos israelitas em Gaza, e defendeu a solução de “dois Estados”. “A China pretende encorajar a comunidade internacional a
formar uma força conjunta para prestar apoio humanitário ao povo palestiniano e evitar uma crise humanitária, especialmente em Gaza”, afirmou Zhai numa conversa por telefone com Osama Khedr, ministro-adjunto do Departamento para a Palestina do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio. Segundo um comunicado emitido pela diplomacia chine-
sa, Zhai afirmou que a China está disposta a “prestar apoio humanitário” e “promover um cessar-fogo imediato e o fim da violência”. O enviado chinês reiterou a “profunda preocupação” da China com a escalada de violência entre israelitas e palestinianos e lamentou o “elevado número de vítimas civis causado pelo conflito”. “A China
opõe-se e condena os atos que prejudicam civis e apela a um cessar-fogo imediato”, afirmou.
Solução “dois estados”
O responsável manifestou também o apoio de Pequim à solução de “dois Estados” e à adesão plena do país muçulmano às Nações Unidas. “O conflito israelo-palestiniano continua a desenrolar-se num ci-
clo, mas o problema é o atraso na resolução da questão palestiniana de forma justa”, afirmou. O alto funcionário egípcio disse que a comunidade internacional deve “assumir as suas responsabilidades” e “criar as condições para reiniciar o processo de paz”, e expressou a vontade do seu país de trabalhar com a China para “fazer esforços conjuntos que
Xi Jinping visita fábrica de helicópteros e drones em Jianxi
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presidente Xi iniciou uma visita à província de Jiangxi na terça-feira, começando pela cidade de Jiujiang, na margem sul do rio Yangtze, onde visitou o Parque Cultural Nacional do Rio Yangtze e uma filial local da Sinopec. Depois Xi inspeccionou a recuperação da linha costeira e a transformação e os esforços do gigante petroquímico no sentido do desenvolvimento ecológico.
Esta foi a terceira visita de Xi a Jiangxi desde a sua chegada ao poder em 2012. A província é uma antiga base revolucionária do Partido Comunista. Nela situam-se as cidades de Ganzhou, um dos pontos de partida da Longa Marcha; Ruijin, onde Mao Zedong fundou a “República Soviética Chinesa”; e Jinggangshan, onde foi instalada a primeira base revolucionária rural e criado
o Quarto Exército Vermelho, fundamental na guerra civil contra o Kuomintang no poder. Em 2016, Xi visitou Jinggangshan para prestar homenagem aos túmulos dos mártires revolucionários e, em 2019, visitou o ponto de partida da Longa Marcha no condado de Yudu.
Helicópteros no caminho
Desta vez, o presidente fez uma paragem na ChangheAir-
craft Industries Corporation na quarta-feira, quando visitava as cidades de Jingdezhen e Shangrao, na província de Jiangxi, segundo um relatório da Xinhua publicado na quinta-feira. Outras paragens durante a sua visita de inspeção incluíram um distrito histórico de protecção de cerâmica, um parque e uma aldeia de zonas húmidas, segundo o relatório. A Changhe, criada há 54 anos, fabrica e distribui princi-
palmente helicópteros e peças relacionadas. Também presta serviços de teste e manutenção de aeronaves, de acordo com o seu sítio Web oficial. “Implementamos o pensamento de Xi Jinping sobre o reforço das forças armadas e estamos empenhados em fornecer armas e equipamento de aviação de ponta para a defesa nacional e a modernização militar”, diz o portal da empresa, referindo-se aos pensamentos políticos
e à visão do presidente para o país. O portal também destaca os seus helicópteros de ataque e drones, incluindo os helicópteros militares Z-8, Z-10 e Z-11, bem como aviões da aviação civil, incluindo o AC313, AC311 e AC310. A Changhe já entregou cerca de 1.000 aeronaves, revela o portal. Os aviões da Changhe participaram em importantes missões e
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melhorem a situação”, de acordo com o comunicado. A primeira reação da China aos inesperados ataques realizados pela organização extremista islâmica Hamas em território israelita, no sábado passado, foi uma manifestação de “profunda preocupação” com a nova guerra e um apelo às partes envolvidas para que “ponham imediatamente fim às hostilidades”. “O prolongado impasse no processo de paz é insustentável”, defendeu Pequim.
O ciclo vicioso
Na segunda-feira, a porta-voz da diplomacia chinesa Mao Ning condenou os ataques contra civis e apelou a “negociações”, depois de declarar que a China é “amiga tanto da Palestina como de Israel”. “O apoio unilateral dos EUA a Israel não ajudará a pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza nem fará com que os dois lados se apercebam de que o recurso à violência para pôr fim à violência apenas prolongará o ciclo vicioso na região. Além disso, a disputa entre a Palestina e Israel pode intensificar-se em resultado do conflito em curso, e as tensões entre os países que apoiam a Palestina, como o Irão, a Síria e a Turquia, e Israel serão mais visíveis”, referiram analistas chineses ao Global Times. “Os EUA estão a atiçar o fogo”, disse Li Weijian, investigador do Instituto de Estudos de Política Externa do Instituto de Estudos Internacionais de Xangai, observando que Israel será mais resoluto no avanço das operações militares com o apoio dos EUA, o que intensificará a hostilidade entre a Palestina e Israel e dificultará as futuras negociações. O número de mortos em Israel, na sequência do ataque surpresa do Hamas no sábado, ultrapassou os 1.200 e o número de feridos os 2.900, enquanto os bombardeamentos israelitas em Gaza já fizeram pelo menos 1.055 mortos e mais de 5.000 feridos.
Afinal, quantos são? China realiza inquérito a nível nacional para apurar evolução demográfica
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China anunciou ontem que vai realizar um inquérito para apurar a sua evolução demográfica, visando formular planos de desenvolvimento económico e social, numa altura em que a sociedade chinesa regista um acelerado envelhecimento. A iniciativa surge numa altura em que as autoridades chinesas estão cada vez mais preocupadas com a baixa taxa de natalidade, apesar da recente aprovação de medidas e campanhas para aumentar o número de nascimentos. Segundo um comunicado divulgado pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), no seu portal oficial, o inquérito centrar-se-á numa
seleção de zonas urbanas e rurais da China continental, cujos agregados familiares vão ser inquiridos na totalidade. O inquérito vai ter em conta todas as pessoas registadas no agregado familiar inquirido, mesmo que não residam juntos. Para além das informações pessoais dos inquiridos, serão recolhidos dados sobre a etnia, nível de educação, migração interna, emprego, estado civil, número de filhos e situação da habitação, informou o organismo. Os dados recolhidos vão ser processados durante o mês de novembro, embora o GNE ainda não tenha indicado quando serão divulgados os resultados do in-
marchas, incluindo desfiles e celebrações, fornecendo segurança para os Jogos Olímpicos de inverno de Pequim no ano passado e missões de salvamento internacionais, acrescenta. Os helicópteros de ataque Z-8 e Z-10 têm feito parte das incursões do ELP na zona de identificação da defesa aérea de Taiwan, registadas pelo Ministério da Defesa da ilha nos últimos três anos, numa altura em que Pequim aumenta a pressão militar sobre Taipé. Em julho, o helicóptero Z-8 participou nos simula-
quérito ou o número total de indivíduos ou agregados familiares abrangidos. A China registou um declínio oficial de 850.000 de habitantes em 2022 e fechou o ano com 1.411,75 milhões de pessoas, abaixo dos 1.412,6 milhões registados no final de 2021. Tratou-se da primeira vez que a China perdeu população desde 1961, quando cerca de sete milhões de pessoas morreram, na sequência de uma fome causada pelo Grande Salto em Frente, uma campanha falhada de coletivização dos meios de produção. Durante o 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, realiza-
cros de salvamento do ELP que simulavam o transporte aéreo de tropas feridas de uma ilha não identificada ao largo da costa da província oriental de Zhejiang, que fica a cerca de 700 km de Taiwan. Foi o primeiro exercício deste género realizado pelo Comando do Teatro Oriental do ELP, que supervisiona o Estreito de Taiwan, e centrou-se na aceleração da evacuação de tropas de “ilhas de média e longa distância”, tanto em tempo de paz como de guerra, segundo a emissora estatal CCTV.
do há um ano, o partido sublinhou que o país precisa de um sistema que “aumente as taxas de natalidade e reduza os custos da gravidez, do parto e da educação dos filhos”. O país asiático permite que os seus cidadãos tenham um terceiro filho desde 2021, embora a decisão não tenha sido acolhida com grande entusiasmo pela população, devido tanto aos crescentes custos com os filhos como à prioridade dada por muitos jovens às suas carreiras. Pequim está também a preparar-se para o envelhecimento da sociedade, face ao aumento da percentagem de pessoas com mais de 60 anos - mais de 30% em 2035 - e anunciou recentemente medidas como a abertura de uma universidade para idosos, para “promover a aprendizagem ao longo da vida”. Em abril passado, a Índia ultrapassou a China como o país mais populoso do mundo.
Fórum Faixa e Rota Xi Jinping confirma presença
O Presidente chinês, Xi Jinping, vai participar no terceiro Fórum da Faixa e da Rota para a Cooperação Internacional, que se realiza de 17 a 18 de outubro em Pequim, anunciou na quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, dando oficialmente início ao que as autoridades chinesas descreveram como um dos mais importantes eventos diplomáticos multilaterais na China este ano. Xi participará na cerimónia de abertura do fórum e proferirá um discurso de abertura, e organizará um banquete de boas-vindas e eventos bilaterais para os convidados presentes no fórum, anunciou na quarta-feira a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.
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TAIWAN
Porta-voz do Conselho de Estado critica PPD
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M funcionário da parte continental da China criticou na quarta-feira as autoridades do Partido Progressista Democrata (PPD) de Taiwan pela sua “duplicidade nas relações através do Estreito de Taiwan”, dizendo que suas tentativas de alcançar “uma secessão pacífica” são uma ilusão.
“Ao mesmo tempo que se envolvem em conversas vazias sobre paz e diálogo, as autoridades do PPD aderiram obstinadamente à posição separatista e recusam reconhecer o princípio de Uma Só China e o Consenso de 1992”, disse Chen Binhua, porta-voz do Departamento dos Assuntos
de Taiwan do Conselho de Estado. “Paz, desenvolvimento, intercâmbios e cooperação são as aspirações comuns e a opinião pública dominante das pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan”, disse Chen, acrescentando que o Consenso de 1992 é a base política comum para diálogos e consultas através do Estreito. “Há apenas uma China no mundo, e a parte continental e Taiwan pertencem a uma única e mesma China. A soberania e o território da China nunca foram rompidos e não permitem divisão”, disse ele, observando que este é o verdadeiro status quo das relações entre os dois lados do Estreito e representa o consenso geral da comunidade internacional. “A paz e a estabilidade através do Estreito e a ‘independência de Taiwan’ são tão irreconciliáveis quanto água e fogo”, disse Chen. “A ‘independência de Taiwan’ é a maior ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan.” “Taiwan é Taiwan da China”, disse, alertando que qualquer tentativa de mudar o status quo só tornará as relações através do Estreito de Taiwan mais tensas e voláteis. “Somente com o retorno ao Consenso de 1992, que incorpora o princípio de Uma Só China, as relações entre os dois lados do Estreito podem voltar ao caminho certo do desenvolvimento pacífico, e a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan podem ser garantidas”, disse Chen.
Volkswagen promete mais e melhor investimento O
vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, reuniu-se com Oliver Blume, presidente do Conselho de Administração da Volkswagen, em Pequim, na quarta-feira. Ding disse que “as economias chinesa e alemã são altamente complementares e têm um enorme espaço para cooperação”. “Como economias importantes e grandes países responsáveis, a China e a Alemanha devem trabalhar juntas para promover a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento, trabalhar juntas para manter a estabilidade e a segurança das cadeias industriais e de suprimentos globais e contribuir para o crescimento econômico e a governação globais”, disse Ding. Observando que a porta da China para o mundo exterior só se abrirá mais, Ding disse que a China
PRIMEIRO BARCO A HIDROGÉNIO FAZ VIAGEM INAUGURAL
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primeira embarcação a hidrogénio da China, o “Sanxia Qingzhou 1”, fez a sua viagem inaugural nas águas de Yichang, província de Hubei, na manhã de 11 de outubro. O acontecimento representa um avanço significativo na aplicação da tecnologia de células de combustível de hidrogênio em embarcações fluviais na China. O “Sanxia Qingzhou 1” tem a capacidade de atingir uma velo-
cidade máxima de 28 km/h, com uma autonomia de até 200 km. O seu uso destina-se a operações como transporte, patrulhamento e respostas de emergência entre a área do reservatório das Três Gargantas e as duas barragens. Com um comprimento total de 49,9 metros, largura de 10,4 metros e profundidade de 3,2 metros, a embarcação tem a capacidade para transportar 80 passageiros. O navio é impulsionado por um
sistema de células de combustível de hidrogênio com uma potência nominal de 500 kW. Em comparação com embarcações tradicionais movidas a combustíveis fósseis, espera-se que o “Sanxia Qingzhou 1” prescinda de aproximadamente 103,16 toneladas de combustíveis fósseis anualmente, resultando em uma redução de emissões de dióxido de carbono de 343,67 toneladas.
e a Alemanha desfrutam de “amplas perspectivas de cooperação no campo automóvel, e a China está pronta para fornecer um ambiente melhor e condições aprimoradas para empresas estrangeiras, incluindo a Volkswagen, investirem e fazerem negócios na China. “Damos as boas-vindas à Volkswagen para continuar a alavancar as suas vantagens e expandir o investimento na
China para alcançar um maior desenvolvimento por meio de uma cooperação de benefício comum”, acrescentou. Por seu lado, Blume agradeceu à China o seu forte apoio ao desenvolvimento da Volkswagen na China, observando que a Volkswagen preza sua amizade com a China e o povo chinês e aumentará o investimento em áreas-chave.
VEÍCULOS VENDAS SUPERAM EXPECTATIVAS As vendas de veículos na China aumentaram 9,5% em setembro em relação ao ano passado, para quase 2,86 milhões de unidades, mostraram dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Veículos Automotores divulgados nesta quarta-feira. No terceiro trimestre, o desempenho geral da China na produção e vendas de automóveis “superou as expectativas”, de acordo com Chen Shihua, vice-secretário-geral da associação. Ele atribuiu o aumento das vendas parcialmente às políticas do país destinadas a estimular o consumo. Durante os primeiros nove meses, a produção e as vendas de veículos cresceram 7,3% e 8,2% em relação ao ano passado, respectivamente, observou Chen. Os dados desta quarta-feira também mostraram que a produção e as vendas de veículos de nova energia aumentaram 33,7% e 37,5% nos três primeiros trimestres, respectivamente.
sexta-feira 13.10.2023
Fukushima Vizinhos querem participar na monotorização
Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) deve “desempenhar um papel construtivo no estabelecimento de um sistema de monitorização internacional eficaz a longo prazo e assumir a responsabilidade de uma supervisão rigorosa do lado japonês”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na quarta-feira, em resposta ao anúncio da AIEA de que os seus cientistas e observadores científicos internacionais, incluindo peritos chineses, visitarão o Japão na próxima semana para recolher amostras do oceano perto da central nuclear de Fukushima Daiichi. A AIEA anunciou na terça-feira que os cientistas da AIEA e observadores científicos internacionais visitarão o Japão na próxima semana para recolher amostras marinhas perto da central nuclear de Fukushima Daiichi. As amostras serão utilizadas para corroborar a monitorização ambiental do Japão e para avaliar as capacidades técnicas relevantes do país. De acordo com a AIEA, os peritos laboratoriais chineses também participarão na “primeira amostragem extensiva do ambiente marinho” perto da central nuclear desde o início do despejo de água. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, sublinhou na quarta-feira, durante uma conferência de imprensa, que a recolha de amostras de água do mar perto de Fukushima e as actividades de análise e comparação laboratorial planeadas pelo Secretariado da AIEA são essencialmente uma actividade organizada pelo Secretariado com base num acordo bilateral com o Japão. Ora, “tal acção não é suficiente para constituir uma participação plena e um acordo de monitorização
REUTERS
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China iniciou na quarta-feira a construção de um radiotelescópio de abertura de 40 metros na área da Montanha Changbai, na Província de Jilin, nordeste do país, para apoiar futuras missões de sondas para a Lua e o espaço profundo. Desenvolvido pelo Observatório Astronómico de Xangai sob a Academia Chinesa de Ciências, o instrumento óptico foi projetado para ser um radiotelescópio multiuso grande, totalmente móvel e de alta precisão.
internacional eficaz a longo prazo com a participação das partes relevantes”, concluiu. “A China insta o Japão a responder seriamente às preocupações da comunidade internacional e a estabelecer um acordo de monitorização internacional eficaz a longo prazo com uma atitude séria e sincera”, observou Wang. De acordo com Wang, a posição firme da China em relação à objecção do Japão à descarga de águas residuais contaminadas por energia nuclear de Fukushima é consistente e clara. “O Japão tem vindo a despejar no mar águas residuais contaminadas por resíduos nucleares há quase dois meses e a comunidade internacional continua a apelar ao estabelecimento imediato de um acordo de monitorização internacional eficaz a longo prazo, assegurando a participação genuína das partes relevantes, incluindo os países vizinhos do Japão”, disse Wang, para quem “a AIEA deve desempenhar um papel construtivo nesta questão e assumir a responsabilidade de acompanhar de perto as acções do Japão”.
Ténis Nuno Borges apura-se para os quartos de final em Shenzhen
O tenista português Nuno Borges, terceiro cabeça de série, qualificou-se ontem para os quartos de final do challenger de Shenzhen, na China, ao vencer o chinês Yunchaokete Bu, em dois sets. No segundo encontro entre ambos, Borges, 85.º do ranking, voltou a derrotar o chinês, 186.º, por 6-3 e 6-4, em uma hora e 23 minutos. Nos quartos de final, o maiato vai encontrar Yu Hsiou Hsu, de Taiwan, 184.º da hierarquia ATP, naquele que será o primeiro embate entre os dois.
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HM • 1ª vez • 13-10-23
ANÚNCIO
NOVO RADIOTELESCÓPIO COMEÇOU A SER CONSTRÚIDO EM JILIN
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Os cientistas acreditam que a área da Montanha Changbai é um local ideal para observação por telescópios devido ao seu céu limpo e clima seco. Após a conclusão, o novo telescópio formará uma rede com outros cinco em todo o país e um centro de processamento de dados em Xangai, aumentando a capacidade de observação do país e servindo melhor a suas explorações no espaço profundo. A instalação científica também melhorará a pesquisa de radioastronomia
da China e promoverá conquistas mais inovadoras em vários campos de ponta, incluindo buracos negros supermassivos e dinâmica galáctica. A China anunciou no início deste ano que continuará sua pesquisa lunar com várias missões planejadas, incluindo uma tarefa para trazer 2 quilos de amostras do lado oculto da Lua de volta à Terra. De acordo com o observatório, a construção do novo telescópio e de sua estação será concluída antes do final de 2024.
Rectificação Processo nº. CV3-23-0037-CRJ 3º. Juízo Cível judicial Requerente: CONSERVATÓRIA DO REGISTO PREDIAL DE MACAU. Requeridos/Interessados: 1. COMPANHIA MAN POK LDA, com sede em Hong Kong, na Room 603, St. George Building, n.º 2 Ice House Street, Central; 2. BANCO DA CHINA LIMITADA, com sede em Pequim, ChinaE.R.P. em Macau, na Av. Dr. Mário Soares, Nº323, Edf. Banco da China; 3. LAI-CHAN-VA, masculino, casado, com último domicílio conhecido em Macau, ora ausente em parte incerta; 4. YEN-YAU-FEUNG, masculino, casado, com último domicílio conhecido em Cantão, ora ausente em parte incerta; 5. IM-SHUNG-SAN, masculino, casado, com último domicílio conhecido em Macau, ora ausente em parte incerta; 6. REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU. *** FAZ SABER que, por este Juízo acima identificado, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, CITANDO, por esta forma, os 3º, 4º e 5º REQUERIDOS/INTERESSADOS acima identificados, para no prazo de DEZ DIAS (10), findos os éditos, deduzirem oposição à Rectificação Judicial, nos termos do artº 123 do Código do Registo Predial, tudo como melhor consta da petição inicial, cujos duplicados se encontram nesta Secretaria à disposição dos citandos, prosseguindo os autos nos termos do artº. 49º. nº 2 do Código de Processo Civil de Macau. A intervenção dos citandos nos autos implica a constituição de advogado- artº. 74º. do Código de Processo Civil de Macau. Caso os citandos pretendam beneficiar do regime geral de apoio judiciário, deverão dirigir-se ao balcão de atendimento da Comissão de Apoio Judiciário, sito na Alameda Dr. Carlos D´Assumpção, nº 398, Edf. CNAC, 6º andar, Macau, para apresentarem os seus pedidos, sendo que poderão pedir esclarecimentos através do telefone n.º 2853 3540 ou correio electrónico info@caj.gov.mo. Para o efeito, terão de comunicar ao processo a apresentação do pedido àquela Comissão, para beneficiar da interrupção do prazo processual que estiver em curso, nos termos do n.º 1, do art.º 20.º, da Lei 13/2012, de 10 de Setembro. Tudo como melhor consta da petição inicial que se encontra nesta Secretaria à disposição da citanda. Macau, 29 de Setembro de 2023
3 5 7 1 6 4 9 8 2 8 3 2 7 6 1 4 5 9 2 5 9 3 8 1 6 4 7 1 6 8 3 9 2 4 5 7 1 4 9 8 3 5 2 6 7 1 6 8 2 4 7 9 3 5 2 4 8 7 5 3 1 6 6 5 7 9 2 4 3 8 1 4 7 3 6 5 9 8 1 2 www.hojemacau.com.mo 14 [f]9utilidades 13.10.2023 sexta-feira 8 1 4 6 2 7 5 9 3 3 9 4 5 8 6 7 1 2 7 2 6 1 3 8 5 9 4 9 2 6 5 3 8 7 4 1 5 6 1 2 7 3 9 4 8 9 4 5 7 6 2 1 8 3 7 3 5 4 1 9 2 6 8 7 2 8 1 4 9 5 3 6 8 3 1 5 9 4 7 2 6 5 8 1 2 4 3 6 7 9 9 8 3 6 5 7 1 2 4 6 9 4 8 2 5 3 7 1 TEMPO MUITO NUBLADO MIN 23 MAX 30 HUM 55-90% UV 9 (MUITO ALTO) • EURO 8.55 BAHT 0.22 YUAN 1.10 6 9 2 7 5 1 8 3 4 4 1 6 3 9 2 8 7 5 5 1 2 9 7 3 4 6 8 4 7 3 9 8 6 1 2 5 2 7 5 4 1 8 6 9 3 3 8 7 4 1 6 2 5 9
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MARTIN SCORSESE | O IRLANDÊS (2019)
MY HEAVENLY CITY [B]
6 9 1 5 2 8 4 7 3 7 15 2 93 88 5 3 4 6 O filme de Martin 8 7Scorsese 2 3 teve 9 a4sua6es- 1 5 treia, em alguns cinemas, a 1 de Novembro 3 9 5 6 4 2 1 1 6 7 8 2 9DON’T CALL IT MYSTERY [B] a 273de5 Novembro passaria 97 3 8 de 2019, e 4 a estar 9 57 6 4 1 3 disponível 6 4 8 na5plataforma 2 1 9 7 58 2 3 1 7 também Netflix. Com mais de três horas, Scorsese 8 2 46 3 7 6 5 1 9 volta a focar9os meandros 5 8 7do1crime 6 orga2 3 4 nizado nos Estados Unidos, contando com 1 3 7 5 2 9 1 com 7 Robert 9 4de3Niro, 5 o 6 8THE CREATOR [B] 26 8 4 3 um elenco de2luxo personagem principal, 28 8 9 9 2 3 5 7Al 8 6 11 6 4 7 75 2 3 assassino que1é a4 Pacino e Joe Pesci. Curiosamente esta foi a 64 93 42 8 9 7 8 6 1 primeira vez5que8 5 3 e6Pesci, 7 que 1 então 9 4 2 Pacino 28 9 5 3 4 9 2 regressou da7reforma 6 7 1 2 6só4para8este9filme, 3 5 1
FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Sen-I Yu Com: Vivian Sung, Keung To, Jack Yao 14.30, 16.45, 19.15, 21.30
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PROBLEMA 43
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FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Hiroaki Matsuyama Com: Masaki Suda, Kouhei Matsushita, Keita Machida, Nanoka Hara 14.15, 16.45, 21.30 Um filme de: Gareth Edwards Com: John David Washington,
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SOLUÇÃO DO PROBLEMA 42
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contracenaram juntos.
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Gemma Chan, Allison Janney, Ken Watanabe
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CREATION OF THE GODS I [C]
FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Wu Er Shan Com: Kris Phillips, Li XueJian, Bo Huang, Yosh Yu, Luke Chen, Naran 14.15, 18.50
DUMB MONEY [C]
Um filme de: Craig Gillespie Com: Paul Dano, Sebastian Stan, Shailene Woodley 16.50, 21.30
João Santos Filipe
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2 3 1 2 5 7 2 4 3 3 7 4 8 5 7 2 8 1 5 7 9 8 6 4 4 1 8 AVISO 9 COBRANÇA 5 7 ESPECIAL 2 8 9 DA CONTRIBUIÇÃO 1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, chegou ao seu 1 de7 653.º da Lei n.º 10/2013«Lei de Terras», 5 de 2 de Setembro, 4 2conjugado com os término, e, que acordo com o artigo artigos 2.º e 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período 6 de dez2anos a contar 9da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da5contribuição 9 7 especial liquidada1 pela Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana. 7 5 3 Localização dos terrenos: Borja,7 n. 212 3 - Avenida do Conselheiro 6 9e 250, Avenida do General 8 4Castelo Branco, n. 426, Rua Central de os
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Toi San, n.os 302 e 338 e Rua do Dr. Ricardo de Sousa, n.o 61, em Macau, (Edifício Yat Lai Garden); - Estrada dos Cavaleiros, n.os 1 a 19, em Macau, (Edifício Iao Wa); - Estrada de Cacilhas, n.o 18, Estrada de Ferreira do Amaral, n.os 13 e 15 e Rotunda de S. João Bosco, n.os 5 a 15, em Macau, (Edifício I Cheong Fa Iun); - Rua da Doca dos Holandeses, n.os 16, 28 e 58 a 90, Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 303 a 339 e Rua dos Pescadores, n.os 196 a 242, em Macau, (Edifício Industrial Ocean); - Avenida do Coronel Mesquita, n.os 11S a 11W, em Macau, (Edifício Yee Fu); - Rua de Francisco Xavier Pereira, n.os 1 a 1E e Estrada do Repouso, n.os 48 a 48C, em Macau, (Edifício Seng Kong); - Rua de Francisco Xavier Pereira, n.os 112 a 112F e Avenida do Ouvidor Arriaga, n.os 57 a 61, em Macau, (Edifício Yue Xiu Garden); - Avenida do Ouvidor Arriaga, n.os 49 a 51C e Rua de Pedro Coutinho, n.os 31 a 31F, em Macau, (Edifício Golden Garden); - Rua Nova à Guia, n.os 207 a 243, Calçada da Surpresa, n.os 2 a 14 e Estrada do Visconde de S. Januário, n.os 26 e 28, em Macau, (Edifício Peak Garden); - Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.os 260 a 278 e Rua de Pequim, n.os 83 a 103L, em Macau, (Edifício Royal Centre); - Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.os 298 a 316, Rua de Xangai, n.os 147 a 191 e Rua de Pequim, n.os 111 a 123, em Macau, (Edifício Associação Comercial de Macau); - Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.os 412A a 438 e Alameda Dr. Carlos D›Assumpção, n.os 719A a 745, em Macau, (Edifício Veng Tai); - Estrada Governador Albano de Oliveira, n.o 833 e Rua dos Jogos da Ásia Oriental, n.o 100, na Ilha da Taipa, (Edifício Oscar Crescent) ; - Avenida dos Jogos da Asia Oriental, n.os 678 a 750, na Ilha da Taipa, (Edifício River Let). 2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Serviços da RAEM das Ilhas, para os efeitos do respectivo pagamento. 3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada. Aos, 29 de Agosto de 2023. O Director dos Serviços de Finanças Iong Kong Leong
sexta-feira 13.10.2023
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um grito no deserto
Paul Chan Wai Chi*
AP PHOTO/MOHAMMAD AL MASRI
PELA ESPADA MATAS, PELA ESPADA MORRERÁS
O TÍTULO deste artigo foi tirado de Mateus 26:52-54, que cita Jesus quando ele se dirigiu a Pedro que, revoltado com a prisão do Messias, empunhava na mão uma espada. Jesus compreendia que fazer justiça pelas próprias mãos não resolvia os problemas e desejava ser julgado de acordo com a Lei, mesmo que o julgamento não fosse justo, porque queria que o mundo soubesse que o sangue de um inocente nunca é derramado em vão. Os factos provam que Jesus, que foi crucificado, foi o verdadeiro vencedor. O Império Romano há muito que não existe, mas a Igreja fundada por Cristo permanece firme nestes tempos conturbados e passou a ser a consciência moral da sociedade. Os cristãos de Macau que tenham feito uma peregrinação à Terra Santa ou que tenham estado ema Jerusalém, terão compreendido o problema que se arrasta desde há muito tempo entre judeus e palestinianos. Mas para resolver este conflito com 2.000 anos, não se pode depender apenas da força. Em 1993, foi assinada na presença do Primeiro-Ministro israelita Yitzhak Rabin, do líder da OLP, Yasser Arafat e do Presidente dos EUA, Bill Clinton, a Declaração de Princípios sobre a Autonomia Provisória da Palestina, conhecida como “Acordo de Oslo”. Esperava-se que este acordo viesse a resolver as relações desde há muito hostis entre os dois lados. É uma pena que o tiroteio ocorrido numa Praça central de Telavive, a 4 de Novembro de 1995, tenha não só tirado a vida a Yitzhak Rabin, um homem de paz, como também tenha mantido aceso o
A humanidade esquece-se sempre das lições da História e do sofrimento causado pelas guerras. Reparei que a cada 80 anos é travada uma guerra evitável, sempre porque alguém toma uma má decisão na altura errada, trazendo consigo tristeza e dor que jamais serão apagadas
conflito sangrento entre Israel e a Palestina até aos nossos dias. Da mesma forma, o assassinato de Song Jiaoren, na estação de Caminhos de Ferro de Xangai a 20 de Março de 1913, estilhaçou o sonho democrático da China. Song Jiaoren morreu dois dias depois de ser atingido, sem ainda ter completado 31 anos de idade, e a China ficou mergulhada num longo período de turbulência.
Se a violência política pudesse resolver problemas, hoje em dia a China ainda seria governada pela família de Yuan Shikai. Quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, no passado dia 7 de Outubro, o resultado já estava à vista. Quem pela espada mata, pela espada morrerá. A questão é saber quantos inocentes perderão a vida? A humanidade esquece-se sempre das lições da História e do sofrimento causado pelas guerras. Reparei que a cada 80 anos é travada uma guerra evitável, sempre porque alguém toma uma má decisão na altura errada, trazendo consigo tristeza e dor que jamais serão apagadas. Por exemplo, em 1860, as forças britânicas e francesas aliadas tomaram Pequim e queimaram o Antigo Palácio de Verão, causando danos irreparáveis a relíquias culturais da China. Durante a Guerra Civil Americana em 1861, morreram muitos soldados. Cerca de 80 anos mais tarde, a II Guerra Mundial chegava ao fim, deixando um rasto de destruição de bens e de vidas humanas astronómico. Se todos os problemas pudessem ser resolvidos pela força, Alexandre, o Grande e Genghis Khan teriam sido únicos líderes do mundo. A desintegração sempre traz à tona dores e tristezas e a paz e harmonia é o que todos desejam. Para lidar com eficácia com o actual problema da desintegração, devemos seguir o “modelo vietnamita” ou o “modelo alemão”? Afinal de contas, a força é apenas uma moeda de troca nas negociações políticas e as questões políticas têm de ser resolvidas por meios políticos.
*Ex-deputado e antigo membro da Associação Novo Macau Democrático
“Quem não sabe desprezar não sabe respeitar.” PALAVRA DO DIA
Friedrich Nietzsche
FÓRUM MACAU FUNDO SINO-LUSÓFONO JÁ INVESTIU 60% DO CAPITAL
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Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa já investiu 60 por cento do capital disponível, disse ontem o Secretariado Permanente do Fórum Macau. “O Fundo já gastou 60 por cento (...), e investiu na maior parte dos PLP [Países de Língua Portuguesa]”, notou o secretário-geral do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Social entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau), Ji Xianzheng. O fundo de cooperação, no valor de mil milhões de dólares, foi criado há 10 anos pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Macau. As empresas interessadas em obter apoio devem garantir um investimento mínimo de cinco milhões de dólares e o fundo apenas financia 20 por cento, disse à Lusa em Maio de 2022 o presidente da Associação Comercial Internacional para os Mercados Lusófonos. Xi Jianzheng falava durante uma conferência de imprensa onde foram apresentadas as actividades para a celebração em Macau dos 20 anos do estabelecimento do Fórum Macau. Um seminário de alto nível, em 20 de Outubro, com a presença de membros de Governo de países de língua portuguesa, e uma exposição retrospectiva do estabelecimento do Fórum, a inaugurar no mesmo dia, são algumas das actividades agendadas, de acordo com o secretariado permanente. A 15.ª Semana Cultural, que arranca em 19 de Outubro vai trazer este ano à Torre de Macau, entre outras actividades, música, gastronomia e artesanato, com a presença de 100 artistas dos PLP e da China, ainda segundo o programa. Notando que a celebração do 20.º aniversário é um “momento histórico”, Ji referiu que o Fórum Macau tem um “papel insubstituível na promoção do intercambio e cooperação entre a China e os PLP em diversos domínios”, na “elevação da influência” destes países na China, bem como “na construção da plataforma de serviços para a colaboração comercial”.
sexta-feira
13.10.2023
MACAU ART GARDEN CURTAS DE AO IEONG WENG FONG EXIBIDAS AMANHÃ
Um espólio de sonho Álbum reúne imagens de uma colecção privada sobre o GP de Macau
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OI ontem o lançamento do livro “Grande Prémio de Macau - Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume I (1954-1966)”, na sede da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC). O livro foi apresentado por Jorge Fão que, entre outras considerações, propôs que o Museu do Grande Prémio comprasse o espólio de Victor H. Lemos, para o exibir nas
suas instalações. Para Fão, presidente da Mesa da Assembleia-Geral da APOMAC, “ o novo museu é muito bonito, muito moderno, mas falta-lhe alguma alma”. Algo que o espólio de Victor Lemos poderia, no seu entender, acrescentar. O autor do livro, Carlos de Lemos, macaense residente no Canadá, interveio de seguida, para revelar que assim cumpriu “o sonho de lançar um livro sobre os primeiros vinte e cinco anos do Grande Prémio de Macau”. Diferente de todos os outros livros lançados anteriormente, este pretende partilhar o extraordinário arquivo que o seu pai, Victor Hugo de Lemos, construiu com uma enorme paixão e afinco desde o seu início, em 1954, até ao ano de 1978.
Questão de justiça
Devido à dimensão da colecção, que finalmente sairá do domínio privado, o que vai permitir uma melhor compreensão da história do evento, Carlos de Lemos optou por dividir a publicação em dois volumes. Com um total de 256 páginas e mais de 250 fotos, este livro tem especial interesse para todos os entusiastas do Grande Prémio de Macau, dado que contém valiosa e diversa informação, provavelmente nunca antes vista ou publicada.
O livro foi apresentado por Jorge Fão que, entre outras considerações, propôs que o Museu do Grande Prémio comprasse o espólio de Victor H. Lemos, para o exibir nas suas instalações
Para além de fotos únicas de todos os carros que participaram no Grande Prémio de Macau durante a primeira década do evento, o livro também tem um interessante registo fotográfico das entregas dos troféus e outros eventos marcantes da ainda grande manifestação desportiva da RAEM. O livro apresenta também recortes de jornais, bilhetes, crachás, programas oficias, autógrafos dos concorrentes, regras e regulamentos, formulários de inscrição, etc. Para atrair um número ainda maior de potenciais compradores, as legendas do livro estão escritas em português, chinês e inglês. O preço de capa é de 280 patacas. O produto líquido proveniente da venda será revertido a favor da instituição Macau IC2 Association (I Can Too) que dá apoio a pessoas com autismo e portadoras de outras deficiências.
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ECORRE amanhã mais um festival de cinema no Macau Art Garden, onde serão exibidas três curtas-metragens do realizador Mike Ao Ieong Weng Fong a partir das 21h30. Às 22h30, começa uma sessão de perguntas e respostas com o cineasta amador e artista. Serão exibidos os filmes “The Mutation”, de 2007, com 12 minutos, que venceu o prémio “Louvor do Júri” na categoria “Macau Indies” no Festival Internacional de Cinema e Video de Macau. Segue-se “Sleepwalker”, de 2014, e “Macao Disease Manual”, de 2017. Destaque ainda para a vertente de fotógrafo de Mike Ao Ieong Weng Fong, que expos a sua primeira mostra individual de fotografia, intitulada “Silly Goods”, no Armazém do Boi em Dezembro de 2012. Convidado de uma das edições do festival literário Rota das Letras, o realizador licenciou-se na Escola de Comunicação Visual da Universidade de Ciência e Tecnologia de Yunlin, em Taiwan. Com o filme “Blue Amber”, produzido na China continental, ganhou o prémio de melhor cinematografia para Novos Talentos da Ásia, na edição de 2018 do Festival de Cinema de Xangai. É também um dos realizadores de ‘Estórias de Macau 2 – Amor na Cidade’, que foi a primeira longa-metragem de produção inteiramente local.
Mundial2026 Selecção de Macau perde em Myanmar por 5-1 A selecção de futebol de Macau, treinada pelo luso-angolano Lázaro Oliveira, perdeu ontem por 5-1 em Myanmar, na primeira mão da eliminatória preliminar de apuramento da Ásia para o Mundial2026. A equipa da casa, número 161 do ranking da FIFA, dominou a posse de bola e marcou o primeiro golo da partida aos 43 minutos, pelo médio Lwin Moe Aung, um dos nove jogadores de Myanmar que joga no estrangeiro. A selecção de Macau, 185.ª do ranking, conseguiu empatar num contra-ataque rápido, aos 55 minutos, pelo capitão, o avançado luso-sul-africano Nicholas Torrão. Myanmar voltou
à vantagem aos 62 minutos, quando o defesa Hein Phyo Win aproveitou um ressalto para o centro da grande área, após um pontapé de canto, para cabecear para a baliza. A selecção da casa marcou novamente de cabeça aos 81 minutos, através do médio Nay Moe Naing, depois de um cruzamento da direita. Myanmar alargou a vantagem já no período de descontos, aos 90+1 minutos, através do defesa Thet Hein Soe, que desferiu um forte remate à entrada da área. A equipa birmanesa fixou o resultado aos 90+5 minutos. Macau vai agora tentar inverter o resultado na segunda mão, em casa, a 19 de Outubro.
Mike Ao Ieong Weng Fong