






Hong Kong já não tem quarentena à chegada e Macau adoptou o isolamento domiciliário para contactos próximos. O alívio gradual das medidas de combate à covid-19 é aplaudido por economistas e residentes contactados pelo HM, que acreditam numa verdadeira recuperação do território a nível sócio-económico nos próximos meses
TRÊS anos depois do início da pandemia que mudou o mundo, Macau parece estar a reagir com o alívio das restrições. As novas regras surgiram em catadupa: com o Conselho de Estado a decretar dez novas medidas menos severas no combate à covid-19, eis que Macau decidiu reduzir as restrições introduzindo, por exemplo, a quarentena domiciliária para contactos próximos. Ao mesmo tempo, desde ontem que não é necessário cumprir quarentena para quem chega a Hong Kong.
Dois economistas contactados pelo HM congratulam-se com estas medidas, que acreditam ser um primeiro sinal para a recuperação económica há muito esperada pelos residentes.
“As notícias do fim da quarentena em Hong Kong para quem chega do exterior, e a provável aplicação da mesma medida a residentes de Hong Kong que visitam a China trazem imensas esperanças a todos os que se preocupam com a situação económica de Macau, a começar pelos próprios comerciantes e estendendo-se a toda a sociedade”, adiantou José Sales Marques.
O economista alerta para um súbito aumento de casos no ter-
“Tinha sido mais fácil para a população do que fazer isto antes do que agora, no pico do frio, além de que a população deveria ter sido avisada primeiro tal como se fez em Hong Kong.”
NELSON ROCHA PROPRIETÁRIO DE UM RESTAURANTEritório com o alívio de medidas, mas cabe às autoridades dar a volta à situação, com “a adopção de medidas preventivas adequadas e uma maior insistência na vacinação, sobretudo da população mais idosa”, incluindo “uma gestão tranquila da crise, sem pânicos desnecessários”.
“Com o fim previsto da quarentena, a economia de Macau vai voltar a respirar sem necessidade de apoios artificiais e, oxalá, os muitos planos existentes para a sua recuperação vão finalmente encontrar condições objectivas e subjectivas para alcançarem sucesso”, declarou ainda Sales Marques.
Para José Félix Pontes, também economista, “mais vale tarde do que nunca” para a adopção de medidas menos restritivas de movimentos e liberdades individuais. “O abandono das medidas drásticas que nos foram impostas deveria ter acontecido há mais tempo. Macau tem sido um seguidista cego do que tem sido implementado na China. O país alterou, de forma repentina e sem anúncio prévio, as regras de prevenção e Macau, para ser coerente, tem de adoptá-las.”
Para o economista, a realização do Mundial de Futebol do Catar trouxe a lume a evidência
“No geral diria que os residentes estrangeiros ocidentais estão entusiasmados e optimistas, mas também estamos um pouco alarmados pela forma como este ‘rebentar da bolha’ se vai desenvolver.”
RITA GONÇALVES RESIDENTEde que o mundo já tinha voltado à normalidade no que à covid-19 diz respeito. “Fazia pouco sentido que, de uma população mundial com oito mil milhões de pessoas, apenas 16 por cento tivessem de seguir medidas drásticas, enquanto os restantes 84 por cento passaram a conviver com o vírus sem quaisquer problemas. A transmissão televisiva dos jogos do Mundial foi um dos gatilhos para a mudança levada a cabo pelas autoridades chinesas”, disse.
José Félix Pontes dá o exemplo de Hong Kong, que “há alguns meses resolveu, e bem, relaxar as medidas de prevenção”. “Penso que dentro em breve a política que foi defendida pelas nossas autoridades de saúde vai ser banida do léxico das notícias sobre a covid. Eu faço a minha parte: já me esqueci do seu nome!”, salientou.
O anúncio do alívio das medidas aconteceu na última semana e só desde esta quarta-feira é permitida a quarentena em casa para contactos próximos. O número de casos tem aumentado em flecha e já há registo de uma morte, uma idosa de 80 anos não vacinada.
“Penso que dentro em breve a política que foi defendida pelas nossas autoridades de saúde vai ser banida do léxico das notícias sobre a covid. Eu faço a minha parte: já me esqueci do seu nome!”
JOSÉ FÉLIX PONTES ECONOMISTARita Gonçalves, residente, aplaude o alívio das restrições, mas mostra algum receio sobre a forma repentina como tudo se processou.
“No geral diria que os residentes estrangeiros ocidentais estão entusiasmados e optimistas, mas também estamos um pouco alarmados pela forma como este ‘rebentar da bolha’ se vai desenvolver”, contou.
Mãe de três filhos, Rita Gonçalves diz ainda não ter certezas sobre a vacinação dos filhos nesta nova fase da pandemia, por serem dispersas as informações fornecidas pelas autoridades. “A informação é muito geral e depois
somos constantemente abordados por SMS para vacinarmos as crianças. Até agora não o fiz por não haver necessidade, uma vez que tenho vivido nesta bolha, mas estou quase decidida a fazê-lo, para que os miúdos tenham menos possibilidade de ficar doentes quando a ‘bolha rebentar’.”
Mas a residente diz “não confiar nos hospitais de Macau, especialmente no que diz respeito ao factor humano”. “Depois de tanto tempo aqui presos, penso que os profissionais de saúde vão exagerar e falhar nos diagnósticos”, apontou.
No caso de Nelson Rocha, proprietário de um restaurante, “estas medidas são insuficientes, vêm demasiado tarde e na pior altura”. Na visão do empresário, o alívio das
restrições deveria ter ocorrido após o surto de Junho. “Tinha sido mais fácil para a população do que fazer isto antes do que agora, no pico do frio, além de que a população deveria ter sido avisada primeiro tal como se fez em Hong Kong, onde as autoridades avisaram três meses antes que iam abrir”, contou ao HM.
Mesmo com esperança de dias melhores para o sector da restauração, Nelson Rocha fala em “desorganização” com “consequências”, uma vez que “há muitas pessoas preocupadas com a abertura repentina”.
JOSÉ“Termos insistido nas quarentenas quando o vírus se tornou mais fraco foi um erro, mas agora então não faz qualquer sentido termos quarentenas, à semelhança da China, quando já temos o vírus espalhado na comunidade. Macau, ao contrário da China, precisa de turistas. A população da China é suficiente para trabalhar a sua economia enquanto a de Macau não é, pelo que não faz sentido continuar esta tortura psicológica da população e da economia local para uma doença que, felizmente, hoje em dia se cura na grande maioria sem um quadro clínico grave”, concluiu. Andreia Sofia Silva
“Com o fim previsto da quarentena, a economia de Macau vai voltar a respirar sem necessidade de apoios artificiais.”
SALES MARQUES ECONOMISTA
O deputado da Assembleia Legislativa e da Assembleia Popular Nacional Vong Hin Fai vai suceder a Jorge Neto Valente, que liderou a Associação dos Advogados de Macau desde 2002.
Leonel Alves passa a assumir a Mesa da Assembleia-Geral
VONG Hin Fai foi eleito na terça-feira o novo presidente da Associação de Advogados de Macau, sucedendo a Jorge Neto Valente. Num acto eleitoral com apenas uma lista candidata, à semelhança do que aconteceu ao longo dos mandatos do anterior presidente, o acto tratou-se praticamente uma formalidade.
Segundos os números apresentados pela Rádio Macau, Vong Hin Fai foi eleito num acto que contou com a participação de 321 advogados votantes de um universo de 450, o que representa uma taxa de participação de 71 por cento dos inscritos.
Entre os 321 advogados votantes, 293 apoiaram o único candidato, no que representa uma taxa de 91 por cento. Ao mesmo tempo, cerca de 28 votantes optaram não apoiar o único candidato, o que correspondeu a sete por cento.
Além do presidente, a lista vencedora conta com Oriana Pun, como secretária-geral, Álvaro Rodrigues, Chao Sio Ngan, Susana de Souza So, Chau Seng Chon e Chang San Chi. Quanto à Mesa da Assembleia-Geral passa a ter como presidente Leonel Alves, que substitui Philip Xavier, e Leong Hon Man, José Costa Álvares, como secretários.
Ainda em relação à lista vencedora, Lei Wun Kong assume a
liderança do Conselho Fiscal, que conta ainda com Fung Oi Lam e Carlos dos Santos Ferreira como os restantes membros.
Escolhido para a presidência da AAM, Vong Hin Fai tem um percurso marcado pela política. Logo após a transferência de soberania, o advogado entrou para a Assembleia Legislativa, então nomeado por Edmund Ho, cumprindo dois mandatos.
A grande afirmação e crescente influência chegou mais tarde, quando foi escolhido como mandatário da candidatura de Fernando Chui Sai On a Chefe do Executivo. O ex-líder do Governo de Macau concorreu sem qualquer oposição,
nos dois mandatos, e Vong Hin Fai regressou ao hemiciclo, onde se mantém até hoje. No entanto, em vez de ser nomeado, passou a integrar a Assembleia Legislativa enquanto deputado eleito pela via indirecta.
No entanto, a grande consagração de Vong Hin Fai chegou
no início da semana, quando foi votado deputado por Macau na Assembleia Popular Nacional. É o cargo de maior relevo a nível nacional desempenhado pelo político.
Além disso, soma várias nomeações do Governo da RAEM para posições como presidente do Conselho Fiscal da Fundação Macau, membro do Conselho da Universidade de Macau. É também membro da Comissão da Lei Básica do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo.
O acto eleitoral da AAM de terça-feira serviu igualmente para votar
O deputado José Pereira Coutinho quer saber se o Governo vai permitir que os funcionários públicos com mais de 15 anos de serviço efectivo se reformem de forma voluntária caso tenham o estatuto de cuidador de crianças com necessidades especiais. A pergunta foi feita através de interpretação escrita, que o gabinete do deputado ligado à Associação de Trabalhadores de Função Pública de Macau partilhou ontem. “Irão as autoridades competentes proceder às devidas alterações legais [...] possibilitando que os funcionários públicos, ou agentes, que tenham mais de quinze anos de serviço efectivo [...] possam pedir [...] a aposentação voluntária junto dos seus respectivos serviços públicos?”, perguntou o legislador.
A comissão de serviços de Yang Chongwei, como coordenador do Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais (GPDP), foi renovada, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. A renovação vai produzir efeitos a partir de 13 de Março de 2023 e prolonga-se durante um ano. Licenciado em Ciências Sociais (Administração Pública), pela Universidade de Macau e com um Mestrado em Serviços Social, pela Universidade de Hong Kong, Yang Chongwei está no Gabinete de Protecção de Dados Pessoais desde 2017. Ingressou na Função Pública em 1999 no Instituto de Acção Social, onde ficou até 2004. Foi nesse ano que fez a transição para o actual gabinete, primeiro como técnico profissional, depois como chefia-funcional e coordenador-adjunto.
os representantes no Conselho Superior da Advocacia, com 299 votos a favor, uma percentagem de 93 por cento entre os 321 advogados votantes.
De acordo com a escolha, entre os membros com mais de 10 anos de actividade, António Dias Azedo, Paulino Comandante, Kuong Iok Kao foram os seleccionados, tendo como substitutos Mónica Tavira Neves, Cheang Seng Cheong e António Almeida. Em relação aos membros com menos de 10 anos de actividade os escolhidos foram Cheong Wang Chit, Cao Lemeng e Henrique Lei, que têm como substitutos Cheong Barry Shu Mun, Cheng Ka Man e Júlio Anjos. João Santos Filipe
José Maria Tavares vai continuar à frente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) durante mais um ano, de acordo com a informação publicada ontem no Boletim Oficial. O mandato do presidente do IAM foi prolongando por decisão do Chefe do Executivo, com a data de 7 de Dezembro. A decisão foi justificada com a “experiência e capacidade profissional adequadas para o exercício das suas funções” demonstradas por José Tavares. Também os mandatos de Lo Chi Kin e O Lam, vice-presidentes, foram renovados, de acordo com o mesmo despacho publicado no Boletim Oficial. Isabel Celeste Jorge, Mak Kim Meng, Ung Sau Hong e To Sok I também viram os mandatos como administradores do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais do IAM renovados.
O acto eleitoral da AAM de terça-feira serviu igualmente para votar os representantes no Conselho Superior da Advocacia
A deputada Ella Lei interpelou o Governo sobre a necessidade de assegurar os direitos de trabalhadores com código amarelo, para que não sejam impedidos de trabalhar e não fiquem prejudicados. Apesar das actuais orientações do Governo indicarem que quem coabita com infectados pode trabalhar com o código de saúde amarelo, a deputada entende serem necessárias regras mais claras. Ella Lei aponta ainda que poderá haver casos de pessoas impedidas de entrar no local de trabalho, uma vez que há sítios não designados que podem decidir barrar a entrada de pessoas com código amarelo ou vermelho. Na mesma interpelação, a deputada recordou que as autoridades de Zhuhai já cancelaram vários postos de testagem, o que trouxe inconvenientes para os residentes transfronteiriços. Desta forma, apela ao Governo que dialogue com as autoridades da China para que haja um relaxamento das limitações de circulação de pessoas e que sejam reduzidos os preços dos testes de ácido nucleico.
As reservas cambiais cifraram-se em 207,2 mil milhões de patacas (25,74 mil milhões de dólares americanos) no final de Novembro, tendo diminuído 1,1 por cento relativamente aos dados rectificados do mês anterior, que atingiram 209,6 mil milhões de patacas. Os números foram revelados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A taxa de câmbio efectiva da pataca, ponderada pelas suas quotas do comércio, foi de 113,0 em Novembro de 2022, o que representou um decrescimento de 1,55 pontos e crescimento de 9,24 pontos, respectivamente, sobre os dados do mês anterior e relativos a Novembro de 2021. Isto significa que globalmente, a pataca caiu mensalmente face às moedas dos principais parceiros comerciais de Macau, mas subiu anualmente.
A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) realizou na terça-feira uma assembleia-geral que serviu para definir os objectivos da entidade para os próximos três anos. Segundo o jornal Ou Mun, Lee Chong Cheng, presidente, disse que a cooperação regional no contexto da Grande Baía e a promoção do desenvolvimento de Macau são as grandes apostas da associação, que pretende trabalhar na defesa dos direitos laborais e inovar na forma de fazer associativismo. Em jeito de balanço, Lee Chong Cheng destacou que nos últimos três anos a FAOM organizou cursos de formação profissional para cerca de dez mil pessoas e 100 feiras de emprego, tendo prestado apoio a cinco mil pessoas no recrutamento para novos empregos.
Apesar de as vacinas bivalentes ainda não estarem disponíveis para turistas, os visitantes aproveitam as vindas a Macau para tomar a vacina Pfizer-BioNTech, com a tecnologia mRNA, que não foi autorizada no Interior
OS turistas do Interior que vêm a Macau estão a aproveitar para ser inoculados com a vacina Pfizer-BioNTech, que não está disponível do outro lado da fronteira. A informação foi adiantada ontem pelo jornal Caixin, publicação do Interior especializada em notícias financeiras, numa altura em que no Interior da China a política de zero casos chegou ao fim.
Segundo o relato da publicação, um dos locais mais populares para os turistas acederem à vacina que utiliza a tecnologia mRNA é o Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia e Macau.
Desde o início de Dezembro, mais de uma centena de residentes do Interior da China são vacinados diariamente no Hospital da MUST
Ni Lin, um dos visitantes ouvidos no local pelo jornal Caixin, afirmou que aproveitou o último dia da deslocação ao território para tomar a vacina e que à sua frente, na fila de espera, estavam mais de 100 turistas. O cidadão do Interior explicou também que há pessoas a virem especificamente a Macau só para serem inoculados com a vacina da Pfizer-BioNTech, que não foi aprovado para o Interior.
No início, as vacinas com a tecnologia mRNA não estavam disponíveis para os visitantes. No entanto, desde Novembro que a política foi alterada, com os turistas a poderem ser inoculados.
Ni Lin revelou ter optado por ser vacinado em Macau, depois de ter levado duas doses de uma vacina chinesa, que recorre à tecnologia tradicional do vírus inactivado. As vacinas do Interior são consideradas menos eficiente na redução dos efeitos graves da covid-19. Ni ainda justificou a escolha com o facto de sofrer de doenças crónicas e entender que assim garante uma maior imunidade.
Corrida à vacina
Segundo as explicações do Hospital MUST, neste momento, as
vacinas bivalentes, produzidas a pensar nas variantes mais recentes, não estão disponíveis para quem vem do Interior. Contudo, esta realidade não tem afectado a procura.
Através do sistema de marcações, o Caixin apurou que na segunda-feira já só era possível fazer marcações para domingo, o que implica uma espera de quase cinco dias para arranjar vaga.
Representantes do hospital confirmaram que desde o início de Dezembro, mais de uma centena de
residentes do Interior da China são ali vacinados diariamente.
Com o aumento da procura, também a Fosun está a ponderar abrir um outro local para fornecer a vacina além da MUST. O grupo Fosun é o responsável pela importação e manufacturação da vacina da Pfizer-BioNTech na Grande China, que implica, o Interior, Hong Kong, Macau e Taiwan. João Santos Filipe
O Instituto de Habitação (IH) publicou ontem a lista definitiva de ordenação do concurso de habitação económica de 2021. Segundo os dados oficiais, foram admitidos, classificados e ordenados 9.796 boletins de candidatura e excluídos 1.911 boletins de candidatura. A lista provisória de ordenação do concurso de habitação económica de 2021 foi publicada no dia 23 de Março de 2022. O IH recebeu,
durante o período de 24 de Março a 7 de Abril de 2022, 221 reclamações apresentadas pelos candidatos e após apreciação, 129 candidaturas passaram a ser admitidas, mantendo-se as restantes excluídas. A classificação pode ser consultada em www.ihm. gov.mo/pt/eh-query-waiting-list, com o IH a desencorajar as pessoas de se deslocarem aos serviços, devido à covid-19.
A China deixou de revelar o número de casos assintomáticos e Macau pode seguir o exemplo, revelou ontem Alvis Lo. O director dos Serviços de Saúde estima que o pico de infecções de covid-19 pode chegar em meados de Janeiro e aconselha a população a presumir que todas as pessoas e locais representam risco de infecção
AComissão Nacional de Saúde deixou desde ontem de reportar o número de casos assintomáticos, a vasta maioria das infecções por covid-19, uma vez que quem não apresenta sintomas fica isento de testagem. Assim sendo, a autoridade chinesa diz que já não pode fazer uma contabilidade rigorosa dos casos. Macau pode, mais uma vez, seguir as pisadas do país, de acordo com as declarações de ontem do Director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau.
O responsável afirmou que, de momento, a evolução do número de infecções é relativamente estável, e que o pico pandémico pode ser atingido na terceira ou quarta semana depois do alívio das restrições, ou seja, em meados de Janeiro. Janela temporal que dará espaço de manobra e tempo para todos os sectores sociais se prepararem, indicou.
Sublinhando que actualmente o objectivo não é covid zero, como a população não está obrigada a testes com tanta frequência, excepto para certas profissões e para entrar em determinados locais, Alvis Lo reconheceu que o número de casos contabilizados é inferior ao real. Como tal, aconselhou a população a presumir que todas as pessoas e locais representam risco de infecção e que a vacinação deve ser prioridade.
Porém, o director dos SSM colocou água na fervura e referiu que mais de 90 por cento das pessoas infectadas durante o surto do Verão poderiam fazer isolamento em casa, se nessa altura o objectivo não fosse o covid zero. Assim sen-
do, Alvis Lo sublinhou que quem tiver sintomas de febre, dores de garganta e dores musculares não tem nada a recear.
À medida que o número de casos aumenta, a população de Macau está a aderir à vacinação contra a covid-19. Alvis Lo revelou que
Os kits médicos com máscaras KN95, testes rápidos antigénio e medicamentos antipiréticos e cápsulas Lianhua Qingwen vão ser distribuídos até ao próximo domingo, indicaram ontem as autoridades de saúde. Depois da distribuição a grupos vulneráveis, a presente fase destina-se à população geral, com os kits divididos de acordo com a idade do destinatário. Os pacotes para adultos e adolescente com mais de 12 anos incluem medicamentos antipiréticos, cápsulas de medicamentos de medicina tradicional chinesa Lianhua Qingwen, uma embalagem de teste rápido de antigénio e máscaras KN95. Os pacotes vão ser distribuídos um pouco por todo o território, em 35 postos espalhados entre a península e as ilhas. A Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude organizou o fornecimento dos kits a docentes e alunos, eliminando a necessidade de deslocação aos postos de abastecimento.
aumentou o número de pessoas que acorreram nos últimos dias aos postos de vacinação, passando de uma média diária entre 300 a 400 pessoas, para 6.000 a 7.000 pessoas.
Em relação aos casos positivos que podem fazer isolamento domiciliário, o director dos SSM afirmou que é não é realístico obrigar as pessoas a ficar em casa,
nem é esse o objectivo do Governo. Porém, realçou que as saídas só devem ser feitas em caso de necessidade e cumprindo todas as precauções preventivas.
Também quem se prepara para sair de Macau e apanhar voos internacionais não precisa preocupar-se se está infectado, porque quem tiver código vermelho não será impedido de viajar de avião para o exterior.
Outro dado relevante apresentado por Alvis Lo no Fórum Macau de ontem, prende-se com a disponibilidade de testes rápidos de antigénio. Actualmente, uma média de 150 mil pessoas carrega todos os dias o resultado de teste rápido antigénio na plataforma online. O responsável garantiu que as autoridades têm testes armazenados que chegam para os próximos três meses. Ainda assim, deixou em aberto a possibilidade de
o Governo lançar mais rondas de venda subsidiada de kits de testes rápidos, tendo em conta que vários sectores profissionais ainda estão obrigados à testagem por esta via.
O presidente do Instituto de Acção Social, Hon Wai, participou também no programa do canal chinês da Rádio Macau e revelou que na terça-feira foram encontrados casos positivos em instalações sob a alçada do organismo que dirige. Foram detectados quatro casos positivos em lares de idosos, dois casos em centros de reabilitação e três casos em creches.
De acordo com as experiências observadas internacionalmente, os lares de idosos apresentam um risco de infecção de cerca de 70 por cento dos utentes num curto espaço de tempo. Daí, as autoridades terem interrompido visitas e saídas de utentes e implementado testagens frequentes para encontrar infecções o mais cedo possível e, assim, reduzir ao máximo o impacto na saúde dos idosos. Nesse sentido, o presidente do IAS pediu compreensão a familiares e utentes e revelou que as tecnologias de comunicação, como as videochamadas, passaram a fazer parte do quotidiano da população.
Alvis Lo revelou que aumentou o número de pessoas que acorreram nos últimos dias aos postos de vacinação, passando de uma média diária entre 300 a 400 pessoas, para 6.000 a 7.000 pessoas
Apesar das restrições, Hon Wai afastou a possibilidade do regresso ao sistema de circuito fechado na gestão de funcionamento dos lares e que, de momento, funcionários e utentes estão a adaptar-se aos novos modelos de prevenção.
Na rede de lares de idosos de Macau, cada instituição tem em média entre mais de 100 a 300 pessoas, entre funcionários e utentes. Entre os utentes, a larga maioria tem mais de 80 anos e os idosos com mais tempo de internamento são pessoas acamadas e a necessitar de cuidados permanentes. Como tal, o presidente do IAS sublinha a necessidade de rigor na prevenção neste tipo de instituição, uma vez que se forem infectados 70 por cento dos utentes num lar, a probabilidade de haver um grande número de doentes a precisar de internamento hospitalar irá causar uma grande pressão no sistema de saúde de Macau. João Luz
As autoridades de saúde anunciaram ontem a sétima vítima mortal de uma pessoa infectada com covid-19.
Trata-se de uma idosa de 80 anos com um historial de várias doenças crónicas e que não foi vacinada. Ontem, foram acrescentados mais de 400 casos positivos à contabilidade pandémica
MACAU registou na terça-feira a primeira morte de covid-19 desde Julho e depois de o Governo ter anunciado o alívio da política de zero casos, revelaram ontem as autoridades. A mulher, de 80 anos, não vacinada, tinha um historial de “hipertensão, diabetes, doenças coronárias, doenças cardíacas, entre outras”, referiu o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, em comunicado.
As autoridades adiantaram que a senhora acusou positivo num teste de ácido nucleico realizado na segunda-feira e que na terça-feira foi enviada ao Centro de Tratamento Comunitário do Dome para tratamento médico.
Quando chegou ao Dome, a idosa apresentava um quadro clínico de
hipoglicemia, que melhorou após tratamento médico. De seguida, foi encaminhada para o Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane e às 19h20 não apresentou batimento cardíaco, sendo o óbito declarado cerca de 30 minutos mais tarde, depois de não reagir às tentativas de reanimação cardiopulmonar.
Questionado ontem porque a vítima não foi logo encaminhada para uma unidade hospitalar, em vez de ser enviada para o Dome, Alvis Lo começou por explicar que a triagem antecede a decisão de reencaminhamento para o hospital. O director dos Serviços de Saúde afirmou ontem no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau não acreditar que tenha acontecido triagem errada, mas que as autoridades competentes vão averiguar o que realmente aconteceu.
De forma a demonstrar a eficácia dos vários postos comunitários, que passaram a aceitar marcações ontem, Alvis Lo indicou que até às 10h30 de ontem já haviam recebido 560 marcações.
Como a vítima mortal anunciada ontem não estava vacinada, o centro de coordenação de contingência voltou a apelar à vacinação da população, salientando que “a administração da vacina contra a covid-19 pode reduzir o risco de infecção” e que “o mais importante é reduzir o risco de ocorrência de casos graves e de morte após a infecção”.
“Apela-se novamente para que as crianças com idade igual
Um comunicado do Comando de Prevenção e Controlo da covid-19 em Zhuhai dá conta da obrigatoriedade de apresentar um teste de ácido nucleico com resultado negativo e com a validade de 24 horas para passar a fronteira com Macau. A mesma nota dá conta que a decisão se baseou nas opiniões fornecidas pelas autoridades de Macau, tendo sido adiado o seu prazo até ao dia 21 deste mês. Recorde-se que a medida dos testes com 24 horas de validade teve início a 30 de Outubro.
ou superior a seis meses e as pessoas que ainda não se vacinaram ou administraram as doses de reforço se submetam à vacinação, o mais rápido possível”, acrescentou.
Até sábado passado, 4.896 pessoas com idade superior a 80 anos, ainda não tinham sido vacinadas, indicou anteriormente o
Centro. No entanto, as autoridades anunciaram um alívio gradual das medidas de prevenção da covid-19 a partir desta semana.
“Actualmente a transmissibilidade é alta e é fácil de se recuperar após a infecção. Em Macau, a taxa de vacinação é superior a 90 por cento, pelo que há condições para o ajustamento das medidas
de prevenção e controlo da epidemia”, anunciou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, numa conferência de imprensa, na semana passada.
O director dos Serviços de Saúde afirmou não acreditar que tenha acontecido triagem errada no caso da idosa, mas que as autoridades competentes vão averiguar o que realmente aconteceu
A responsável estimou que, nesta nova fase de convivência com o vírus, “a população infectada possa ser entre 50 a 80 por cento”.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus revelou ontem que na terça-feira foram detectados 402 novos casos positivos de covid-19. Destes casos, 290 foram classificados como assintomáticos.
As autoridades revelam que houve uma divisão quase exacta entre homens e mulheres nos casos positivos, que dizem respeito a pessoas entre 0 e 92 anos. Desde 28 de Novembro, até terça-feira, Macau contabilizou um total de 1.325 pessoas infectadas.
João Luz com LUSA
DESDE ontem que estão em vigor as novas directrizes para as escolas adoptarem caso sejam detectados casos de covid-19. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), as escolas podem suspender as au-
las caso existam, numa turma, mais de quatro casos de covid-19 de alunos confirmados num só dia. Assim, a turma irá suspender as aulas por um período de cinco dias a contar do dia em que os casos são confirmados. Caso numa turma exista menos de quatro novos casos
confirmados, apenas os alunos doentes ficam dispensados de regressar à escola, enquanto os outros continuam a frequentar as aulas. Quanto aos alunos cujas aulas foram suspensas devido às medidas da primeira fase, nos dias 12 e 13 de Dezembro, podem, a partir
da data da suspensão das aulas, efectuar o teste rápido ou o teste de ácido nucleico por dois dias, podendo estes regressar à escola caso obtenham um resultado negativo.
Todavia, os encarregados de educação podem optar pelo não regresso imediato dos alunos à escola dependendo da situação
dos seus filhos, sendo que as escolas devem tratar as faltas desses alunos de forma flexível.
Os casos confirmados do pessoal docente ou não docente não são tidos em conta para a suspensão das aulas. O plano das aulas poderá ser ajustado nestes casos, explica a DSEDJ.
O coração é o senhor do corpo e o mestre do espírito e da inteligência. Emite ordens, mas não as recebe de nada; contém-se e emprega-se; deixa-se ir e sopesa-se; faz-se avançar e faz-se parar. Assim, a mente pode ser compelida a falar ou permanecer em silêncio, e o corpo pode ser compelido a contrair-se ou a expandir-se, mas o coração não pode ser compelido a mudar os seus pensamentos. Aceitamos aquilo que considera certo e rejeitamos aquilo que considera errado. E por isso digo: se o coração deixar as suas escolhas serem sem contenção, quando revela os seus objectos estes serão vastamente díspares. A sua disposição aperfeiçoada deve ser indivisa. As Odes dizem:
Apanho e apanho as folhas da orelha-de-rato1, Mas não consigo encher o meu tabuleiro.
São para o meu amado, Que anda na campanha de Zhou.
Um tabuleiro é fácil de encher, e as folhas de orelha-de-rato são fáceis de apanhar, mas a campanha de Zhou não deve dividir o pensamento. E por isso digo: se o coração for partido ao meio ficará sem entendimento. Desviando-se perderá o refinamento. Se for dividido será confuso. Se conduzirmos as suas investigações, a miríade de coisas poderá ser conhecida na sua totalidade; se desenvolvermos por completo a nossa substância original, seremos verdadeiramente belos.
As classes apropriadas das coisas não são de dois tipos. Assim, a pessoa de discernimento toma o objecto certo e a ele se atém de mente unificada. O lavrador é um perito dos campos, mas não pode ser feito Supervisor dos Campos. O mer-
cador é perito em mercados, mas não pode ser feito Supervisor dos Mercadores. O artesão é perito em recipientes, mas não pode ser feito Supervisor dos Recipientes. Há uma pessoa que não domina qualquer destas três capacidades, mas que pode ser posta à frente de qualquer destes cargos. Essa pessoa é o perito do Caminho, não o perito das coisas. Os peritos das coisas limitam-se a medir uma coisa contra outra. O perito no Caminho mede todas as coisas em conjunto. Assim, a pessoa exemplar atém-se ao Caminho de mente unificada e usa-o para guiar e supervisionar as coisas. Se nos ativermos ao Caminho de mente unificada, estaremos correctos. Se o utilizarmos para nos guiar na investigação das coisas, o nosso discernimento será claro. Se usarmos intenções correctas para produzir juízos correctos, a miríade de coisas obterá o seu estatuto apropriado. No passado, Shun governou o mundo sem emitir ordens e a miríade de coisas funcionou por si própria. Habitava a unificação mental a um ponto de precaridade e a sua glória [moral] era abundante. Alimentava a unificação mental a um ponto sublime e era glorioso sem disso se aperceber. Por isso, O Clássico do Caminho2 diz: “O coração humano é precário. Com o Caminho, o coração é sublime”. Só quando nos tornamos numa pessoa exemplar iluminada conseguimos compreender o subtil trabalho do precário e do sublime.
1 Cerastium glomeratum, planta com diversos fins medicinais.
2 Trata-se de uma obra perdida e da qual nada se conhece excepto esta citação.
Nota Xunzi (荀子, Mestre Xun; de seu nome Xun Kuang, 荀況) viveu no século III Antes da Era Comum (circa 310 ACE - 238 ACE). Filósofo confucionista, é considerado, juntamente com o próprio Confúcio e Mencius, como o terceiro expoente mais importante daquela corrente fundadora do pensamento e ética chineses. Todavia, como vários autores assinalam, Xunzi só muito recentemente obteve o devido reconhecimento no contexto do pensamento chinês, o que talvez se deva à sua rejeição da perspectiva de Mencius relativamente aos ensinamentos e doutrina de Mestre Kong. A versão agora apresentada baseia-se na tradução de Eric L. Hutton publicada pela Princeton University Press em 2016.
LU YAN, o lendário erudito e poeta, conhecido entre daoístas e na cultura secular como Lu Dongbin, um dos Oito imortais, é o protagonista de incontáveis histórias que tantas vezes roçam o assombro. Uma delas refere um certo dia em que entrou numa estalagem, bebeu quanto quis mas ao sair não pagou e em vez disso, pintou na parede do estabelecimento dois grous. A pintura atraía muitos clientes e um deles, por admiração ao pintor quis pagar a dívida de Lu Dongbin, quando o fez, porém, os grous soltaram-se da parede e voaram para não mais serem vistos. Os grous, aliás, estão sempre próximos dos Oito imortais com quem partilham a imortalidade, como se pode ver na representação de He Xiangu, a única mulher do grupo dos Oito, no álbum feito por Zhang Lu (1464-1538) que está no Museu de Xangai (tinta e cor sobre papel salpicado de ouro, 31,6 x 59,3 cm), onde ela vai levada no dorso de um desses pássaros.
O avistamento de uma dessas aves mereceria uma comemoração. Num célebre rolo horizontal (tinta e cor sobre seda, no Museu Provincial de Liaoning) o imperador Huizong (1082-1135) guardou uma dessas visões inesquecíveis, quando vinte grous surgiram voando no azul do céu sobre os telhados do palácio imperial, no do dia vinte e seis de Fevereiro do ano de 1112, como ele mesmo escreve. E um poema acompanha a pintura:
«No puro amanhecer grous de múltiplas tonalidades acariciam os beirais dos telhados, Os pássaros imortais, proclamando bons auspícios, chegam de súbito numa atitude favorável.
Flutuando ao acaso, os habitantes originais das três ilhas eternas afluem aos pares exibindo as suas formas milenares. Parecem espelhar o luan azul que fez o ninho no alto dos preciosos pavilhões. Será que estes são os gansos vermelhos que se reuniam no Lago celeste?
Demoram-se, chamam e gritam no Palácio púrpura, Fazem-se notar até entre a sempre ocupada gente comum.»
Bian Jingzhao (1354-1428), também conhecido como Bian Wenjin, pintor da corte de Yongle e Xuande daria continuidade à representação das aves acarinhadas por Huizong, que as recriou noutras pinturas, mostrando-as em poses diversas. Nessa altura esses pássaros já se tinham tornado uma presença familiar nos jardins imperiais e nos retiros elegantes dos letrados. Certas qualidades dos grous como a longa vida ou a lealdade, por acasalarem com um só parceiro para a vida, faziam deles um desejado augúrio de mensagens políticas positivas.
Nos dois rolos verticais que estão no Museu do Palácio Nacional em Pequim, Bian juntou bambus e grous para duplicar o simbolismo através de um meticuloso realismo. Como em Dupla claridade (Shuangqing, tinta e cor sobre papel, 109 x 44,6 cm) feito com o mestre da pintura de bambus, Wang Fu (1362-1416). Sofisticados destinatários dessas pinturas sabiam que os grous de Bian Jingzhao eram auspiciosos, sem precisarem de os ver a voar.
UMalto funcionário do Partido Comunista da China (PCC) pediu o avanço inabalável da causa da reunificação nacional.
Wang Huning, membro do Comité Permanente do Bureau Político do Comitee Central do PCC, proferiu estas observações no 11.º Congresso
Nacional de compatriotas de Taiwan, iniciado em Pequim na terça-feira, indica o diário do Povo.
Wang disse que durante a última década - a primeira década da nova era - o PCC apresentou uma estrutura política geral para resolver a questão de Taiwan na nova era, promoveu o intercâmbio e a coopera-
ção através do Estreito de Taiwan, e se opôs resolutamente às actividades separatistas destinadas à “independência de Taiwan” e à interferência estrangeira, mantendo assim a iniciativa e a capacidade de conduzir as relações através do Estreito.
Wang acrescentou que nos últimos cinco anos as
federações de compatriotas de Taiwan em vários níveis têm desempenhado um papel importante no avanço do desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito e no aprofundamento do desenvolvimento integrado de vários sectores em todo o Estreito de Taiwan.
A China especificou os papéis das autoridades centrais, bem como os papéis dos governos locais, na promoção e direcção da campanha do país de revitalização das áreas rurais. A acção procura forjar sinergias e alcançar progressos sólidos na implementação de políticas e cumprimento de tarefas, de acordo com uma directriz oficial, citada pelo Diário do Povo. Os ministérios e departamentos relacionados são os principais responsáveis pela formulação e implementação de planos estratégicos, principais políticas e projectos de vitalização rural, entre outros. Os governos locais devem assumir a responsabilidade por 14 tarefas, incluindo garantir o fornecimento de grãos e produtos agrícolas importantes, planear o desenvolvimento das indústrias rurais e introduzir mais talentos para participar na campanha. A directriz introduz igualmente medidas de avaliação e supervisão destinadas a incitar os governos centrais e locais a cumprirem com suas responsabilidades, indica o Diário do Povo.
AComissão de Saúde da China informou ontem que vai deixar de publicar dados sobre casos assintomáticos de covid-19, face à redução acentuada da frequência de testes PCR, que deixaram de ser obrigatórios.
A agência governamental disse que parou de publicar o número diário de casos em que nenhum sintoma é detectado por ser “impossível compreender com precisão o número real de pessoas infectadas assintomáticas”, geralmente a grande maioria dos casos, de acordo com um comunicado.
Os únicos números relatados são casos diagnosticados em instalações de teste públicas.
Sem contar os casos assintomáticos, a China registou apenas 2.249 infecções “confirmadas”, entre segunda e terça-feira, elevando o total de casos no país para 369.918
Isto representa um desafio para a China, à medida que põe fim a quase três anos da estratégia ‘zero covid’. Como os testes de PCR em massa deixaram de ser obrigatórios e os pacientes com sintomas leves podem recuperar em casa, em vez de serem isolados em instalações designadas, tornou-se mais difícil avaliar o número real de casos.
As ruas de Pequim permanecem silenciosas, com filas a formarem-se junto a clínicas de febre - cujo número aumentou de
94 para 303 - e às farmácias, onde clientes tentam obter anti-piréticos ou anti-inflamatórios.
Apesar dos esforços para aumentar a vacinação entre os idosos, dois centros montados em Pequim para administrar vacinas permaneciam vazios na terça-feira.
As chamadas para as linhas directas de saúde aumentaram seis vezes, de acordo com a imprensa estatal.
Sem contar os casos assintomáticos, a China registou apenas 2.249 infecções “confirmadas”, entre segunda e terça-feira, elevando o total de casos no país para 369.918. O país registou 5.235 mortes pela doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.
Apesar do relaxamento das restrições, os restaurantes permanecem quase todos fechados ou vazios na capital chinesa. Muitas empresas estão a ter dificuldades em encontrar funcionários suficientes que
não estejam doentes. Sanlitun, um dos distritos comerciais mais populares de Pequim, estava ontem deserto.
Os hospitais também estão a ter dificuldades em manter o pessoal, enquanto os pacotes de entregas se acumulam nos pontos de distribuição, devido à escassez de funcionários.
Algumas universidades chinesas anunciaram que vão permitir que os alunos terminem o semestre em casa, na esperança de reduzir o potencial de um surto maior do novo coronavírus, durante o Ano Novo Lunar, que se celebra no final de Janeiro.
A China também parou de rastrear algumas viagens, reduzindo a probabilidade de as pessoas serem forçadas a cumprir quarentena por terem estado em zonas de médio e alto risco.
Apesar disso, as fronteiras do país permanecem praticamente fechadas e não há informações sobre quando as restrições vão ser relaxadas para viajantes que chegam do exterior.
China admite existência de postos no estrangeiro, mas “sem actividade policial”
AChina reconheceu ontem que mantém “esquadras de polícia de serviço” no estrangeiro, mas negou que tenha exercido “actividade policial”, como denunciaram organizações de defesa dos Direitos Humanos incluindo em Portugal, acusando Pequim de perseguir dissidentes além-fronteiras.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês admitiu que Pequim “mantém uma rede de esquadras de polícia de serviço” no estrangeiro, mas sublinhou que não existem “esquadras de polícia clandestinas”, como denunciaram também países terceiros, como a Alemanha.
Estas esquadras foram criadas “por grupos de chineses apaixonados no exterior” e são dirigidas por “voluntários comprometidos com a diáspora chinesa e não por agentes da polícia chineses”, segundo o porta-voz.
Informações obtidas pela agência alemã DPA indicam que pelo menos “cinco altos funcionários” que trabalham nestas esquadras prestam assessoria jurídica a cidadãos chineses e alemães para solicitarem docu-
O volume de viagens para a China vai registar uma “recuperação notável” em 2023, face à reabertura das fronteiras do país e ao reinício dos voos internacionais, indica um relatório divulgado ontem pela Academia de Turismo Chinesa.
Embora a China continue a impor uma quarentena de
oito dias a quem chega ao país oriundo do exterior, o rápido desmantelamento da política ‘zero covid’ resultou num aumento de 351 por cento nas pesquisas por voos internacionais, de acordo com dados da agência de viagens Trip.com.
As autoridades chinesas devem abolir em breve a necessidade de quarentena
para quem chega ao país e outras restrições, à medida que a doença se torna endémica em várias cidades chinesas.
Em 2019, o último ano antes da pandemia, a China registou 145 milhões de entradas. Em Março de 2020, no entanto, o país encerrou as fronteiras quase totalmente, reduzindo em 98 por
cento o número de ligações aéreas ao exterior.
Nos últimos dias, a imprensa oficial começou a minimizar o risco da variante Ómicron através de artigos e entrevistas com especialistas.
As autoridades afirmaram que estão reunidas “as condições” para um ajustamento das medidas nesta
“nova situação”, em que o vírus causa menos mortes, e anunciaram um plano para acelerar a vacinação entre os idosos, um dos grupos mais vulneráveis, mas ao mesmo tempo mais relutante em ser inoculado.
Embora tenha sido recebido com alívio, o fim da estratégia usada para tentar controlar a propagação da
mentos ou realizarem processos burocráticos.
As forças de segurança alemãs alertaram para a existência de duas esquadras chinesas clandestinas no país e indicaram que estas são alegadamente utilizadas para influenciar a diáspora chinesa no país, concluiu uma comissão parlamentar.
Organizações de defesa dos Direitos Humanos estimam que existam cem esquadras deste tipo em pelo menos 50 países, incluindo em Portugal.
O ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim insiste, no entanto, que o objectivo é “ajudar os cidadãos chineses que não puderam deslocar-se ao país durante a pandemia do novo coronavírus para que possam fazer exames médicos e renovar as cartas de condução”.
As autoridades também afirmaram que esses centros “não violam a lei porque não realizam actividades policiais” e destacaram que a China “não interfere nos assuntos internos de outros países ou na sua soberania”.
doença está a suscitar também preocupações.
A remoção das restrições poderá desencadear uma ‘onda’ de casos sem paralelo este inverno, sobrecarregando rapidamente o sistema de saúde do país, de acordo com as projeções elaboradas pela consultora Wigram Capital Advisors.
As autoridades de saúde dão continuidade ao fim da política de zero casos e anunciam o fim da publicação dos números de assintomáticos, alegando ser impossível precisar o número real de pessoas infectadas sem sintomasAlgumas universidades chinesas anunciaram que vão permitir que os alunos terminem o semestre em casa, na esperança de reduzir o potencial de um surto maior do novo coronavírus, durante o Ano Novo Lunar
Chama-se “4 Steps Into the Clouds II” e é a nova instalação promovida pela 10 Marias – Associação Cultural na Casa Garden. Da autoria de Mónica Coteriano, co-fundadora da associação, esta é uma instalação que explora o imaginário de todas as idades associado às nuvens
AMANHÃ, a partir das 18h30, a Casa Garden acolhe uma instalação sobre o universo imaginário das nuvens, promovida pela 10 Marias – Associação Cultural e da autoria de Mónica Coteriano, artista e co-fundadora da entidade. O público poderá explorar
Orealizador japonês Hayao Miyazaki vai estrear em 2023 uma nova longa-metragem de animação, ao fim de uma década, anunciaram esta terça-feira os estúdios Ghibli e a distribuidora Toho.
O filme intitula-se “Kimitachi wa do ikiru ka” (“Como é que vives”, em tradução livre) e chegará aos cinemas japoneses a 14 de Julho de 2023.
A longa-metragem inspira-se numa obra com o mesmo título,
publicada em 1937 pelo autor de literatura para a infância Genzaburo Yoshino.
Segundo a revista Variety, a narrativa é sobre um adolescente de 15 anos, numa viagem de amadurecimento espiritual, de descoberta da pobreza e do sentido da vida, com a ajuda do diário de um tio.
Sem revelar mais detalhes sobre a produção, os estúdios Ghibli
publicaram um detalhe de uma ilustração do que aparenta ser um pássaro, assinada por Miyazaki.
Este será o primeiro filme de Hayao Miyazaki em dez anos, depois de ter estreado “As asas do vento” (2013). Na altura, o cineasta anunciou que iria reformar-se, mas acabou por se dedicar a mais uma longa-metragem de animação.
Considerado um dos mais importantes criadores do cinema de
animação, dentro e fora do Japão, Hayao Miyazaki está a poucos dias de celebrar 82 anos.
Entre os seus filmes, distintivos pelo cruzamento entre fantasia e realidade, fortemente marcados pela espiritualidade, pela natureza e pela infância, estão “O meu vizinho Totoro” (1988), “A princesa Mononoke” (1997), “A viagem de Chihiro” (2001) - que lhe valeu um Óscar e um Urso de Ouro em Ber-
lim -, “O Castelo Andante” (2004) e “Ponyo à beira-mar” (2008).
É ainda autor de séries de televisão - como «Conan, o rapaz do futuro” - e manga (banda desenhada japonesa), como a série “Nausicaa”.
Hayao Miyazaki foi ainda um dos fundadores, juntamente com Isao Takahata, dos estúdios Ghibli, de onde saíram todas aquelas produções.
este imaginário e fazer uma espécie de passeio pelas nuvens até ao dia 25 de Janeiro.
Segundo uma nota de imprensa, “as nuvens são construídas para ocupar todo o espaço da galeria, proporcionando aos visitantes um passeio paradisíaco. Eles podem sentar-se, descansar, meditar ou simplesmente caminhar pelas nuvens. Dentro de algumas nuvens haverá aparelhos de som para que o público ouça uma voz que sussurra histórias em inglês, chinês e português”.
Depois de uma primeira exposição realizada na galeria da Creative Macau, entre Novembro de 2019 e Janeiro de 2020, chega agora a vez de voltar a apresentar este mundo tão específico com colaborações de artistas como Elis Mei, Nina Lee, Vera Paz, Luísa João Chambica, Kate Samozwaniec, Ines Trokovic, Steven Turner e de Alice Côrte-Real, que acrescenta a perspectiva de uma adolescente sobre as nuvens a este trabalho.
Ao HM, Mónica Coteriano adiantou que esta instalação nasce da idade de um sonho de criança que é desenvolvido na idade adulta, o de andar nas nuvens e poder senti-las. Na instalação cada nuvem conta uma história, sendo os textos escritos pela pró -
Mónica Coteriano adiantou que esta instalação nasce da idade de um sonho de criança que é desenvolvido na idade adulta, o de andar nas nuvens e poder senti-las
Dentro de algumas nuvens haverá aparelhos de som para que o público ouça uma voz que sussurra histórias em inglês, chinês e português
pria Mónica Coteriano que são depois incorporados com as intervenções dos artistas convidados.
“Inicialmente seriam só textos meus, mas depois pensei que seria interessante ter outras vozes e lancei o desafio a três pessoas que respeito imenso e que são artistas, como é o caso da Kate Samozwaniec [fotógrafa de Macau a residir na Polónia], Vera Paz [actriz e encenadora] e Steve Turner [escritor]. A Alice Côrte-Real escreve muito bem e tem um imaginário adolescente fantástico, e, assim, achei interessante juntar as três fases, a infantil, a adolescente e a fase adulta.”
Mónica Coteriano conta ainda que “há uma junção, em que as nuvens estão todas instaladas de forma estratégica para que o visitante tenha mesmo de se aproximar da nuvem para a poder ouvir”. “Fiz um investimento no chão para ter a sensação de uma área almofadada, criei uma estrutura de espuma, em que as pessoas sepodem sentar e deitar junto à nuvem e ouvir o texto. É um passeio pelas nuvens e faz-se uma escolha, pois o público deve identificar-se mais com umas do que com outras”, acrescenta Mónica, que diz querer “proporcionar uma experiência com base no meu imaginário, em que as pessoas fazem parte da própria instalação”. Andreia Sofia Silva
O fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro, residente em Macau, é um dos participantes na mostra de fotografia “Edição Limitada”, que será inaugurada em Lisboa este sábado e que conta com um total de 66 fotojornalistas portugueses. Em “Edição Limitada”, Gonçalo Lobo Pinheiro, que actualmente é fotojornalista da agência Lusa, participa com uma imagem das Ruínas de São Paulo. A exposição conta com nomes de profissionais que habitualmente publicam em jornais portugueses ou que trabalham em regime freelance com a imprensa nacional e internacional, como é o caso de Ana Brígida, Adriano Miranda, Daniel Rocha e Daniel Rodrigues, entre outros. A exposição está patente na Galeria Santa Maria Maior até ao dia 21 de Janeiro do próximo ano.
O Instituto Cultural (IC) decidiu suspender o espectáculo “Melodias inesquecíveis nas Ruínas de São Paulo”, marcado para sábado entre as 18h e as 19h, “devido ao tempo frio severo” que se deverá sentir nesse dia, aponta uma nota de imprensa. O evento, que deverá acontecer no dia de Natal, apresenta várias peças clássicas como a “Canção dos Sete Filhos” e “Mission Impossible”, o que irá permitir que o público “sinta o charme da música” em conjugação com o património. A coordenação e programação do evento está a cargo da Orquestra de Macau. As actuações marcadas para o dia 24 são adiadas para o dia de Natal “devido à organização das instalações”, aponta o IC. Com este evento, o IC pretende “activar a atmosfera cultural da cidade, desenvolver o efeito interactivo entre a cultura e o turismo, enriquecer a experiência de turismo cultural de Macau enquanto local de encontro cultural entre o Oriente e o Ocidente, a fim de projectar uma imagem de ‘Macau Cultural’”.
Diversas plantas medicinais podem ser úteis para o tratamento do excesso de acidez do estômago (ou pirose, mais comummente conhecido por azia), sendo de realçar as plantas emolientes, que protegem as mucosas digestivas dos efeitos do excesso de acidez, e as plantas com a capacidade de absorver ou neutralizar o excesso de acidez do estômago. Acresce dizer que o tratamento com as plantas medicinais não provoca efeito de ricochete, ou seja, não aumenta a acidez após ter passado o efeito curativo. É igualmente de referir a importância de se estabelecer a causa desta afecção para que possa ser devidamente tratada. Vamos conhecer Hoje algumas destas plantas:
Alcaçuz (Pau-doce, Raiz-doce, Regoliz), Glycyrrhiza glabra, raízes e rizomas: Planta herbácea, que pode alcançar 1,5 metros de altura, o Alcaçuz possui folhas compostas, bonitas flores de cor azul-violeta agrupadas em cachos, frutos em forma de vagem e longos rizomas com a espessura de um dedo. Originário dos países mediterrânicos e do Próximo Oriente, cresce em terrenos húmidos e argilosos. Segundo Dioscórides, famoso médico e botânico grego do século I d.C., considerado o pai da fitoterapia, «O seu sumo (…) serve também contra os ardores do estômago.» Com efeito, a planta exerce uma importante actividade anti-inflamatória e emoliente sobre o estômago, acalmando a acidez e fazendo desaparecer a sensação de enfartamento ou peso no estômago; além disso, actua ainda como digestivo e cicatrizante. Tomado em infusão ou maceração, é recomendado para o tratamento de dispepsias (digestões difíceis) de qualquer origem, meteorismo (gases e arrotos), dores de estômago, cólicas intestinais e biliares, gastrite e úlcera gastroduodenal.
dispostas em umbelas terminais; a raiz, a Cenoura, geralmente de cor alaranjada, possui a mesma designação que a planta. Conhecida como alimento, é igualmente uma planta medicinal, cuja utilização remonta à Antiguidade, como o comprova o Papiro de Ebers. Neste documento médico egípcio, datado de cerca de 1500 a.C., já se recomendava a Cenoura como cosmético. De facto, o seu elevado conteúdo em carotenos ou provitamina A (transformada no fígado em vitamina A ou retinol) torna-a benéfica não só para a saúde da pele, como também para a das mucosas. Assim sendo, a ingestão de Cenoura crua, ralada ou em sumo, melhora a função da mucosa gástrica, normalizando a produção de sucos, acalmando as dores de estômago e o excesso de acidez; participa igualmente na cicatrização de úlceras. O tratamento deve ser prolongado, para que se sintam os seus benefícios.
“Enigma da Primeira Lua”, de Edvirges Aparecida Salgado, é o trabalho vencedor da segunda edição dos prémios A-Má, promovidos pela Fundação Casa de Macau em Lisboa. Em segundo lugar ficaram dois trabalhos, “Macau Sempre”, de João Oliveira Botas, e “Tomásia”, de Shee Va. O júri decidiu ainda atribuir menções honrosas a cinco trabalhos apresentados a concurso, que serão anunciados posteriormente. A cerimónia de entrega dos prémios acontece amanhã, às 17h, na sede da fundação, na zona do Príncipe Real.
Cenoura (Cenoura-brava), Daucus carota, raízes: Nativa da Europa, cresce em estado selvagem nos campos e lugares incultos, sendo também cultivada em todo o mundo. Trata-se de uma planta herbácea, que pode atingir 80 cm de altura, com folhas finamente divididas e pequeninas flores brancas
Psílio (Erva-das-pulgas, Erva-pulgueira, Pulicária), Plantago psyllium, sementes: O seu nome deriva do grego, psyla, que significa pulga, numa alusão à semelhança entre as suas sementes, de 3 mm, lisas e de cor castanha, e este insecto. O Psílio é uma herbácea com caule erecto e pequenas flores brancas agrupadas em espigas ovoides, que pode alcançar 30 cm de altura. Oriundo da região mediterrânica, cresce em terrenos arenosos ou pedregosos, sendo igualmente cultivado para fins medicinais. Usado desde a Antiguidade como remédio, foi recomendado por Dioscórides como emoliente (suavizante). Efectivamente, as suas sementes contêm mucilagens em abundância, responsáveis pela sua actividade emoliente e anti-inflamatória, além de laxante. Estas mucilagens, quando em contacto com a água, multiplicam o seu volume e transformam-se numa massa suave e de aspecto gelatinoso, criando uma capa viscosa e protectora ao longo do interior do tubo digestivo, desde o estômago até ao intestino grosso. Desta forma, é produzido um efeito suavizante e anti-inflamatório sobre as mucosas digestivas, acalmando o excesso de acidez e a dor de estômago, e detendo as cólicas e a diarreia. Pode ser tomado em maceração.
ADVERTÊNCIAS: Este artigo tem como objectivo apenas a divulgação e não deve substituir a consulta de um profissional de saúde, nem promover a auto-prescrição. Além disso, algumas plantas têm contra-indicações, efeitos adversos ou interacções com medicamentos.
Não é fácil de ouvir. “Verified” conta histórias de mulheres de diferentes partes do mundo com um elemento em comum: viajaram até Pádua, em Itália, e fizeram “couchsurfing” em casa de um polícia. Aí, foram drogadas e vítimas de abuso. Os primeiros episódios tornam evidentes as dificuldades das vítimas na jornada pela descoberta do que lhes aconteceu e pela obtenção de justiça, desde a falta de confiança em relatos de uma vítima a dificuldades das autoridades em lidar com casos que aconteceram além-fronteiras. O primeiro episódio começa com os planos de viagem de uma rapariga portuguesa.
Um filme de: Kouno Ayako 14.15, 16.15, 19.15
BLACK PANTHER: WAKANDA FOREVER [B] Um filme de: Ryan Coogler Com: Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Danai Gurira 21.15
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Processo disciplinar n.º: PD-RC-01-2019
Arguido – Ex-trabalhador do Instituto para os Assuntos Municipais, Choi U Fai
Nos termos do n.º 1 do artigo 339.º e do n.º 2 do artigo 333.º do Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau, aprovado pelo Decreto-lei n.º 87/89/M, de 21 de Dezembro, e alterado pelo Decreto-lei n.º 62/98/M, de 28 de Dezembro, é notificado o ex-trabalhador do Instituto para os Assuntos Municipais, Choi U Fai, ora em parte incerta, que, na sequência de processo disciplinar contra si instaurado, por despacho do Exm.º Senhor Secretário para a Administração e Justiça, de 23 de Novembro de 2022, lhe foi aplicada a pena disciplinar de demissão.
Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal de Segunda Instância, a interpor no prazo de sessenta dias, contados da publicação do presente notificação, podendo ainda requerer cópia da decisão ora notificada, durante as horas de expediente, na Divisão Jurídica e de Notariado, sita na Rua do Dr. Soares, n.º 6, Edifício Soares (Casa amarela), Macau.
A Presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais, substituta, O LAM 6 de Dezembro de 2022
ESSE LUGAR ideal que, nunca alcançado, é apesar de tudo sempre perseguido como uma ânsia de espelho. Ou de outro, ou de um outro “outro”, mesmo que reduzido a um olhar do eu sobre si próprio. As cidades são também seres que se dão a momentos de abandono. Naqueles lugares em que subitamente se encontram sós, escoadas as pessoas que as tomam ou tomam todos os lugares dela de assalto, e se encontram de novo com um silêncio que é somente aparência, porque dele se ouve como destilado do mais profundo da sua alma de lugar, uma voz subtil e nítida, contudo, que somente se faz ouvir depois da exaustão, antes dela ou para lá do esquecimento. Lugares que, ao contrário do que se imagina não encontramos pelo acaso da conjugação desses factores, mas pelo contrário parecem ter vindo ao nosso encontro e de um olhar também ele silencioso ou mergulhado em cuidado. Ou como se essa voz em surdina, que então se faz ouvir qual canto de sereia, se faça urgente e conduza. Apropriação de um lugar é fazer dele reflexo de uma determinada constatação. Um reflexo no verdadeiro sentido da palavra reflexo, atribuída a uma imagem vista ao espelho. Se ela é real e se ela é rigorosa, quando sempre depende de um olhar, mesmo do sujeito que se abeira e se vê chegar. Talvez mesmo de um espelho negro, desses em que as superfícies de obsidiana que adulteram em profundidade, a
Gosto de salitres e humidades, ferrugens e corrosões, gosto da actividade desse tempo que parasita as matérias e tem uma voz própria. Texturas abstractas que reinventam mapas de destinos
idealmente verdadeira pureza das imagens reflectidas. Misteriosamente tornadas fantasmagóricas aparições de uma outra realidade. Um inesperado “algo mais”. Gostar dos silêncios da cidade convocados e coleccionados, por tantos lugares que por momentos são esquecidos. Por tantas marcas do tempo, que, esse nunca esquece as matérias nem as deixa parar o seu percurso para a morte. Penso que morte é a dos fungos, das oxidações a adulterar as cores das massas e das tintas, que morte é essa de beleza a tirar a respiração. Que velhice, que vida, que tempo activo e imparável
e que não retém memórias sem fabricar resíduos sem alterar suportes, sem cair e desprender e sem admitir restauros que não sejam, esses sim, o esgotar dos sinais que remetiam para outro tempo contínuo. Paragem, o restauro, encerra uma vida das matérias, forçadas a revestir-se de uma nova existência estética. Gosto de salitres e humidades, ferrugens e corrosões, gosto da actividade desse tempo que parasita as matérias e tem uma voz própria. Texturas abstractas que reinventam mapas de destinos. Que seduzem para criaturas inventadas por quem distraidamente vê. Como monstros que saem do espaço em busca de território fértil para atormentar ou causar o riso. Fantasias próprias do espelho que somos. Mas não deixo de pensar que, cicatrizes são as do corpo, as que saram. Não este percurso para a destruição. São lugares devolutos. O que perdem em privacidade, ganham em intimismo. Gosto de encontrar lugares de uma cidade em que temporariamente se instalou esse silêncio próprio para tudo fazer ouvir. Também somos seres que se corroem por dentro e envelhecem por fora. Do lado de lá e do lado de cá do espelho. Mas não sei se não ficaremos sempre do lado de cá. Acorrentados a uma imaginação invocada no lugar ou por ele, mas que se refaz como movimento para um interior qualquer a que o lugar é na verdade estranho. Somos sempre nós. E também estranhos.
UMA organização não-governamental timorense pediu ontem ao chefe de Estado para vetar o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023 por considerar não estarem incluídas estratégias que evitem o precipício fiscal no país.
Numa carta aberta dirigida a José Ramos-Horta, a organização não-governamental (ONG) La’o Hamutuk pediu a não promulgação do OGE porque “o conteúdo da proposta de lei orçamental não inclui uma estratégia para impedir Timor-Leste de cair num precipício fiscal, que se tornou uma preocupação pública nos últimos meses”.
A ONG lembrou recentes preocupações manifestadas pela Câmara de Contas no parecer sobre a Conta Geral do Estado para 2021, em que refere que “levantamentos do Fundo Petrolífero continuam a crescer à taxa actual sem que sejam arrecadadas novas receitas petrolíferas significativas” pelo que “o Fundo estará esgotado em cerca de 10 a 13 anos”.
Nesse sentido, considerou, “a sustentabilidade das finanças públicas está em jogo, pelo que é urgente gerir as receitas petrolíferas com prudência em benefício das gerações actuais e futuras e avaliar os resultados e impactos recentemente alcançados no desenvolvimento de Timor-Leste através de transferências do Fundo Petrolífero acima do Rendimento Sustentável Estimado”.
A La’o Hamutuk, a principal ONG do país no acompanhamento das finanças públicas, explicou que baseia sempre as suas análises numa investigação cuidada e com o espírito de “defesa de mais democracia e de uma economia sustentável e diversificada”.
A ONG referiu ainda a queda quase para zero nas receitas petrolíferas e as reduções de valor nos investimentos do Fundo Petrolífero, devido à situação nos mercados internacionais nos últimos anos.
“Entre Janeiro e Outubro deste ano, o saldo do Fundo Petrolífero baixou de 19,7 mil milhões para 16,9 mil milhões de dólares, podendo continuar a cair”, notou, referindo que o precipício fiscal não foi discutido no debate orçamental no Parlamento Nacional.
UMA acção judicial colectiva foi apresentada ontem no Quénia contra a empresa-mãe do Facebook, Meta, sobre o papel da plataforma na propagação da violência em África e que inclui um pedido de indemnização de 2 mil milhões de euros.
A acção colectiva foi apresentada no Supremo Tribunal da capital queniana, onde o Facebook abriu um importante centro de moderação de conteúdos para a África subsaariana em 2019.
Um dos litigantes é Abrham Meareg, um académico etíope cujo pai, um professor de química da região de Tigray, no norte da Etiópia, foi vítima de um ataque racista no Facebook, tendo depois sido morto em Novembro de 2021.
O ataque ocorreu durante a guerra que opõe o Governo etíope e os rebeldes de Tigray, que deixou milhares de mortos, estando agora em vigor um acordo de paz assinado em novembro passado na África do Sul.
Abrham tentou fazer com que o Facebook retirasse as mensagens difamatórias, sem sucesso.
O segundo queixoso é o também etíope Fisseha Tekle, um antigo investigador e conselheiro jurídico da organização de direitos humanos Amnistia Internacional (AI).
As suas reportagens sobre violência guerra da Etiópia fizeram dele um alvo de abusos no Facebook.
O terceiro litigante é o Instituto Katiba, uma organização queniana criada para defender a Constituição do Quénia.
“Estou em tribunal para finalizar a apresentação de uma queixa constitucional contra a Meta, a empresa proprietária do Facebook, por dar prioridade ao discurso odioso e perigoso […] na sua plataforma Facebook e pelas suas decisões de moderação de conteúdo ou falta de investimento na moderação de conteúdo”, disse o advogado Mercy Mutemi, que representa Abrham e Fisseha.
Mutemi disse que os seus clientes suportaram “grande sofrimento como resultado da forma como os algoritmos são concebidos e das más decisões de moderação” da rede social.
“Os meus clientes procuram uma solução para o algoritmo e uma mudança na moderação do conteúdo do Facebook para que isto nunca mais aconteça a ninguém”, acrescentou.
“Existe discriminação na forma como o Facebook trata os utilizadores africanos em comparação com os utilizadores de outros locais. Os utilizadores africanos estão a receber um tratamento de segunda classe quando se trata de escolhas
algorítmicas e moderação de conteúdos, e isto tem de parar”, disse o advogado.
Os litigantes, que acreditam que a Meta possa ter violado a Constituição queniana, pedem uma indemnização de 200 mil milhões de xelins quenianos (cerca de 1,525 mil milhões de euros) para criar um fundo de restituição para as vítimas africanas de ódio e violência incitadas no Facebook.
Estão também a reclamar mais 50 mil milhões de xelins (cerca de 382 milhões de euros) por danos semelhantes de ‘posts’ patrocinados.
Este processo tem o apoio de várias organizações como partes interessadas, incluindo a Amnistia Internacional, a Comissão de Direitos Humanos do Quénia e a Ordem dos Advogados do Quénia.
“Esta acção legal é um passo importante para responsabilizar a Meta pelo seu modelo de negócio prejudicial”, disse Flavia Mwangovya, director regional adjunto da AI para a África Oriental, numa declaração.
Apesar das alegações, a Meta sustenta que não permite o discurso do ódio e o incitamento à violência no Facebook e no Instagram e que investe em recursos técnicos e humanos para seguir esse conteúdo.
Aorganização não-governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) indicou ontem que 533 jornalistas foram detidos, este ano, em todo o mundo, um número que representa um novo máximo.
Em 2021, o número de jornalistas detidos, 488, já tinha sido considerado um recorde histórico, acrescentou a ONG de defesa da liberdade de imprensa, sediada em Paris, no relatório anual.
O número de jornalistas mortos (57) está também a aumentar, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia.
No ano passado e em 2020, este número, 48 e 50, respectivamente, foi considerado “historicamente baixo”.
Mais de metade dos jornalistas presos em todo o mundo, a 1 de Dezembro, encontravam-se em cinco países: China (110), Myanmar (antiga Birmânia, 62), Irão (47), Vietname (39) e Bielorrússia (31).
O Irão é o único país que não constava desta “lista negra” no ano passado, indicou a RSF, que mantém este registo anual desde 1995.
A República Islâmica deteve um número “sem precedentes” em 20 anos de profissionais da comunicação social, desde o início do movimento de protesto, em Setembro.
“Os regimes ditatoriais e autoritários estão rapidamente a encher as prisões com jornalistas”, disse o secretário-geral da ONG, Christophe Deloire.
Neste relatório global, a RSF notou um número sem precedentes de mulheres jornalistas na prisão: 78. No ano passado, a ONG contou 60.
“As mulheres jornalistas representam actualmente quase 15 por cento de todos os detidos, em comparação com menos de 7 por cento há cinco anos», indicou.