DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10
QUARTA-FEIRA 15 DE MARÇO DE 2017 • ANO XVI • Nº 3773
MEMÓRIA VISUAL
hojemacau
JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO
JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO
EVENTOS
TABACO REGRAS PARA SALAS DE FUMO NOS CASINOS SÓ EM 2018
Depois de perdida a luta pela interdição total de fumo nos casinos, e após meses de espera, a análise e votação na especialidade da proposta de lei do tabaco irá finalmente ter lugar no
O curso da renovação PÁGINA 9
ASSOCIAÇÃO PODER DO POVO
próximo mês de Abril. No entanto, só em 2018 serão conhecidos os critérios específicos que as operadoras terão de seguir para instalar salas de fumo nos espaços de jogo.
DIRECTOS A PEQUIM PÁGINA 4
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RITA WONG E ALBERT CHU
O cinema perto de si
Silêncio dos inocentes Sei de rios h OPINIÃO MANUEL GOUVEIA
HOJE MACAU
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Fumo sem fogo
MONG-HÁ
JOÃO PAULO COTRIM
SÃO JANUÁRIO
HOSPITAL À DEFESA
ENTREVISTA
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REUNIÃO DO G20
Abertura nipónica
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AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006
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RITA WONG E ALBERT CHU GESTORES DA CINEMATECA PAIXÃO
A pequena sala de cadeiras coloridas começa finalmente a receber público de forma regular já a partir do dia 30 deste mês. Sob gestão da Associação Audiovisual CUT, a Cinemateca Paixão será também um espaço para aprender mais sobre a história do cinema de Macau, através de uma biblioteca com material reunido pelo Instituto Cultural. Rita Wong, presidente da associação, e Albert Chu, director artístico, falam da intenção de trazer uma pluralidade de experiências relacionadas com o grande ecrã, com workshops e residências para cineastas
“Queremos trazer cinema de todo o mundo” A vossa associação ganhou o concurso público para a gestão da Cinemateca Paixão, por um período de três anos. Por que decidiram participar neste processo? Albert Chu (A.C.) – A associação já levou a cabo várias projecções de filmes e promoveu várias produções de Macau. Quando soubemos que o Instituto Cultural (IC) iria abrir o concurso público, acabou por ser uma decisão natural para nós, a de que deveríamos ser um dos concorrentes. Era uma hipótese que coincidia com o que vínhamos fazendo até então, e queríamos continuar a fazer esta promoção e a realizar exibições para as pessoas de Macau. Mas a nossa maior preocupação era se conseguiríamos levar a cabo actividades numa base diária e garantir a operacionalização do espaço, porque é algo muito diferente do que realizar algumas actividades por ano. A possibilidade tornou-se mais próxima da realidade e agora já se tornou uma coisa real. Rita Wong (R.W.) – Antes de aderir a este projecto já trabalhava nesta área, pois estive no Centro Cultural de Macau (CCM) durante dez anos, ligada a projectos de audiovisual. Então a oportunidade de aderir ao projecto foi natural, foi uma boa oportunidade para concentrar todos os esforços na promoção do cinema. A.C. – Já havia uma parceria com o CCM para fazer o Macau Indies. Já nos conhecíamos bem e era uma boa maneira de trabalharmos em conjunto. Além da exibição de filmes, que outras actividades pretendem desenvolver na Cinemateca?
“Em relação à exibição de filmes, todos os anos teremos dois temas relacionados com Macau, duas pequenas actividades.” ALBERT CHU DIRECTOR ARTÍSTICO R.W. – Queremos estabelecer aqui um centro de exibição de filmes temáticos. O que temos planeado é, além da normal exibição, termos todos os meses temas especiais e eventos relacionados com os filmes, como workshops ou residências para cineastas, ou ainda palestras. Queremos que este seja não só um espaço de mostra de filmes, mas também de partilha e discussão depois da sua exibição. Em Abril vamos arrancar com um workshop sobre critica de cinema, que terá a duração de um ano. Em Maio vamos convidar alguns cineastas de Taiwan para participarem num workshop ligado ao marketing, para analisar o que o mercado necessita. Em Junho vamos ter uma residência de cineastas e vamos convidar realizadores de cinema da região – vamos ter também exibição de filmes e depois uma conversa com o público. É objectivo dessa residência levar filmes para as escolas e realizar workshops com realizadores de Macau, para que haja uma ligação. A.C. – Estamos mais activos em termos de estratégia. O dito cinema normal apenas depende do merca-
HOJE MACAU
ENTREVISTA
do, dos últimos lançamentos mas, na Cinemateca, queremos criar diferentes eventos e projectos, com várias temáticas. Temos um plano e queremos promover a cultura do filme. Que filmes poderão ser exibidos na Cinemateca? O público poderá ver cinema asiático, mas também europeu? R.W. – Queremos trazer cinema de todo o mundo. A nossa postura vai no sentido de trazer uma diversidade e também filmes que estejam fora do circuito comercial, como filmes independentes ou filmes de arte. Claro que todos os meses vamos ter filmes locais também. Em dois fins-de-semana, por exemplo, teremos películas para mostrar aos residentes e também aos turistas. Em Abril vamos começar a mostrar filmes de Macau realizados nos últimos 20 anos. Para contar a história de novo. R.W. – Sim. Em Maio teremos um maior foco nos realizadores de cinema e, em Junho, teremos uma selecção de filmes produzidos por cineastas mulheres. Na verdade vamos trabalhar com diferentes curadores, para termos esse programa diversificado. Disse-me que a Cinemateca também vai ter uma livraria e um espaço aberto ao público. Macau já teve uma importante indústria de cinema, que se foi perdendo. É importante contar a história, para que se possa recomeçar? A.C. – Em relação à livraria apenas garantimos a sua operacionalização. Cabe ao IC a cedência dos materiais. Não é algo que
está sob o nosso controlo, mas penso que a ideia é reunir todos os livros e informações disponíveis em termos não só da produção de filmes em Macau, mas também de filmes que tenham uma ligação ao território. No entanto, apenas podemos fazer recomendações ao IC. Será um projecto a implementar lentamente no próximo meio ano, mas depois penso que será feito de forma mais rápida. Em relação à exibição de filmes, todos os anos teremos dois temas relacionados com Macau, duas pequenas actividades. É fundamental fazer esse trabalho de recolha? Era algo que fazia falta ao sector? A.C. – Esse sempre foi o objectivo e vamos tentar realizar isso. Estiveram envolvidos no Macau Indies por um longo período de
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mais abordagens a outros géneros cinematográficos. R.W. – O CCM tem uma plataforma onde os realizadores têm toda a liberdade para desenvolver os temas escolhidos. Isso vai acontecer mais em Macau, sendo que vão ter de lidar com a pressão do mercado. Vão ter a liberdade para abordar temas sociais sobre os quais tenham interesse ou preocupação. De certa forma, há ainda uma experimentação? R.W. – Sim. A.C. – Há cinco anos, todos eram realizadores. Mas, agora, se quisermos montar uma equipa, há pessoas para os diferentes cargos [necessários para a rodagem e produção de um filme]. Esse é um grande salto, se compararmos com os últimos cinco anos.
“A nossa Cinemateca é uma boa forma para estarmos mais perto do público, para que possam conhecer que as produções de Macau são próximas das suas vidas.” ALBERT CHU DIRECTOR ARTÍSTICO
tempo. Tracy Choi foi premiada na primeira edição do Festival Internacional de Cinema. Como descrevem a produção cinematográfica nos dias de hoje? Acreditam que Macau começa agora a desenvolver novos passos, com mais produções? A.C. – Há muitos realizadores que têm mais conhecimentos para fazer os seus filmes. Têm uma plataforma [com o apoio do
“Vamos trabalhar com diferentes curadores para termos um programa diversificado.” RITA WONG PRESIDENTE DA CUT
CCM] para isso, para filmar e fazer grandes produções. Nos últimos anos vimos várias pequenas produções a nascer. Têm hoje mais oportunidades para participar em diferentes festivais de cinema e para terem acesso a mais lugares para filmar. Tudo isso fará com que Macau, em termos de produção cinematográfica, vá no bom sentido. Tudo depende de quão arduamente o realizador vai trabalhar. De como será trabalhada a sua criatividade. Se é bom o suficiente, se reflecte a realidade de Macau. R.W. – Cresci praticamente com todos eles que, no início, trabalhavam muito de forma individual, a aprender. A coisa mais extraordinária é que esse processo levou-os a crescer, mas a crescerem juntos, desde as primeiras edições do Macau Indies. Vejo-os agora a fazer filmes de uma forma mais madura, em termos de sonoridade, da escrita
de guiões. São ainda pequenas produções, mas estão a seguir um caminho. É a parte mais feliz de tudo isto. Numa das edições do Macau Indies venceu uma produção que abordava a temática da homossexualidade. Os realizadores locais também estão a começar a abordar outro tipo de temas, há uma maior diversidade de assuntos no cinema local? A.C. – Deveria haver. Mas muitas vezes depende da sensibilidade de cada realizador. Em poucos anos estarão mais focados num ou outro projecto e os temas começaram a ser mais diversos. Isso é bom. Pensam mais nos problemas da sociedade? A.C. – No Macau Stories 3 – City Maze [produção da Associação Audiovisual CUT] houve uma
ligação ao suspense, com um certo lado negro. Aí os realizadores começaram a abordar esse género e, no futuro, vamos ter cada vez
INAUGURAÇÃO COM DIREITO A FILME Rita Wong e Albert Chu confirmaram ainda na conversa com o HM que o dia da inauguração oficial vai servir para mostrar uma pequena produção que contou com a participação de três cineastas de Macau: Tracy Choi, Choi Koiwang e António Caetano de Faria. O contrato com a Associação Audiovisual CUT arrancou no passado dia 1 de Janeiro e está avaliado em oito milhões de patacas anuais.
Falaram do mercado. Como é que os locais olham para o cinema local, uma vez que os filmes da China ou da Coreia do Sul são muito populares? É difícil às produções locais obterem o seu espaço? R.W. – Temos de começar primeiro pelas pequenas produções. Não diria que ainda estejam a experimentar, mas têm de se focar em pequenas produções primeiro. Como contar uma história da melhor forma. Isso é o mais importante. A.C. – Olhar para as intenções do público é também a nossa missão. Queremos atrair mais locais para que venham aqui. É verdade que o público de Macau terá uma tendência para escolher primeiro os filmes coreanos, chineses e até de Hollywood. Isso é porque pensam que as produções de Macau não são boas o suficiente, ou porque é algo artístico que não compreendem. Mas a nossa Cinemateca é uma boa forma para estarmos mais perto do público, para que possam conhecer que as produções de Macau são próximas das suas vidas mas, ao mesmo tempo, têm padrões profissionais. É uma missão de longo prazo para nós. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
4 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
A Associação Poder do Povo entrega hoje no Gabinete de Ligação do Governo Central uma carta em que defende o sufrágio directo para a eleição dos representantes de Macau junto da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. É ainda pedida a abertura das fronteiras durante 24 horas
F
ALAM de falta de representação e pedem, por isso, uma mudança. A carta que a Associação Poder do Povo vai hoje entregar junto do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, endereçada a Zhang Dejiang, exige mudanças profundas na forma como os deputados por Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) e delegados da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) são escolhidos. Na visão da associação, os representantes da RAEM nestes órgãos não representam a popula-
A
S críticas do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) começam a ter consequências políticas. Ella Lei pede explicações ao Executivo, através de interpelação escrita, sobre os métodos de contratação do Instituto Cultural (IC). Além disso, questiona se práticas semelhantes são praticadas noutros serviços. Na sequência do relatório do CCAC que arrasou a forma como o IC contrata pessoal, Ella Lei pede que sejam apuradas responsabilidades. A deputada sublinha que foi usado o modelo de aquisição de serviços no recrutamento de um grande número de trabalhadores, dando eco às conclusões do CCAC. A representante dos Operários é peremptória a catego-
Pequim ASSOCIAÇÃO QUER ELEIÇÃO DIRECTA DOS REPRESENTANTES DE MACAU
Uma mão, um voto
que desconhecem notícias sobre a APN ou o CCPPC, pelo que esperamos que um dia se possa eleger estes representantes através do sistema ‘uma pessoa, um voto’”, explicou. Em comunicado, a Poder do Povo afirma que a população do Continente dá importância à APN e à CCPPC, pelo facto de ter expectativas de uma representatividade das suas preocupações e anseios, e também para que haja uma maior fiscalização dos trabalhos do Governo.
AFP
POLÍTICA
FRONTEIRAS A TODA A HORA
ção chinesa de Macau, pelo facto de não terem sido eleitos directamente pelos residentes. A Poder do Povo alerta ainda para o facto de não se saber como é que foi realizada a eleição dos representantes. A entidade fala ainda do exemplo do interior da China, que elegeu representantes oriundos das classes baixas para a APN, que foram escolhidos por cidadãos que
“Os deputados expressam as suas vozes mas não representam as vozes dos cidadãos.” CHEONG WENG FAT VICE-PRESIDENTE DA PODER DO POVO
Na ressaca do relatório Ella Lei pede transparência no recrutamento no IC
rizar as práticas de recursos humanos do IC como ilegais, considerando que esta maneira de contratar é a norma naquele organismo.Além disso, salienta que estes métodos são generalizados às subunidades do IC, algo que, para a deputada, é inadmissível, uma vez que o Governo implementou o regime do contrato de trabalho nos serviços públicos precisamente para trazer transparência à função pública. Neste capítulo, Ella Lei aplaude o Executivo, pois considera o regime legal uma via para credibilizar os serviços com transparência e eficácia. Outro dos benefí-
vivem em aldeias. Assim, a Poder do Povo acredita que também os locais devem ter o direito de votar nos seus representantes. Cheong Weng Fat, vice-presidente da Poder do Povo, defendeu ao HM que há uma falta de representatividade. “Os deputados expressam as suas vozes mas não representam as vozes dos cidadãos. Muitos dizem
A carta da Poder do Povo surge numa altura em que os deputados da APN estão reunidos em Pequim. A representar Macau estão oito deputados, incluindo o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong. São eleitos por um colégio eleitoral. A associação pede, por isso, que se instalem vários postos no território para recolha de opiniões, para que sejam entregues junto dos governantes em Pequim. A Poder do Povo pede ainda que seja disponibilizado o acesso de 24 horas na fronteira das Portas do Cerco, uma medida que poderia facilitar a vida das pessoas que circulam com frequência entre Macau e a China.
cios da lei é a igualdade que imprime no processo, assim como a justiça no acesso aos concursos públicos por parte dos cidadãos.
CONCURSO TRANSPARENTE
O relatório do CCAC demonstrou como foram, reiteradamente, omitidas informações e publicidade dos recrutamentos, faltando rigor nos métodos de selecção dos candidatos. Ella Lei lembra que, antigamente, alguns departamentos contratavam funcionários públicos, de forma abusiva, através de contrato de tarefa. A deputada contextualiza a iniciativa legislativa do Executivo que trouxe transparência ao processo, uma vez que os cidadãos pediam rigor nos critérios de contratação.
Vítor Ng (revisto por A.S.S.) info@hojemacau.com.mo
Neste domínio, a deputada quer saber se as autoridades têm conhecimento acerca da situação de contratação dos trabalhadores por aquisição de serviços em todos os departamentos públicos. Outra das questões da interpelação versa sobre as formas de fiscalização das práticas de recursos humanos da máquina estatal. Ou seja, se o Governo confirma se existem casos semelhantes noutros departamentos públicos. No caso particular do IC, Ella Lei quer saber quais os métodos de investigação que o Executivo irá usar e que medidas vão ser tomadas para prevenir a repetição de ilegalidades deste género. João Luz e Vítor Ng
info@hojemacau.com.mo
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POLÍTICA
LIONEL LEONG LEI LABORAL DEVERÁ SER REVISTA DAQUI A UM ANO
O
GCS
secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, disse em Pequim, à margem das reuniões da Assembleia Popular Nacional (APN), que a lei das relações do trabalho deverá “avançar para o processo legislativo” já no primeiro trimestre de 2018. A notícia é avançada pela Rádio Macau, que explica ainda que ainda este ano deverá ser organizada uma consulta pública junto da população sobre o assunto. Em Pequim, onde Lionel Leong se encontra na qualidade de deputado de Macau à APN, o secretário referiu que o Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS) tem vindo a discutir a revisão do diploma, no que diz respeito à implementação da licença de paternidade remunerada. A deputada Ella Lei já entregou um pedido ao Chefe do Executivo, Chui Sai On, para apresentar junto do hemiciclo uma proposta de alteração da actual lei. O objectivo é incluir também no novo diploma a regulamentação da sobreposição de dias de férias com feriados. “Sugerimos que, quando aconteça uma sobreposição, as férias possam ser compensadas e gozadas nos restantes dias de trabalho.” A deputada, que representa a Federação das Associações dos Operários de Macau, defende ainda a implementação de cinco dias de licença de paternidade.
Tabaco SÓ HÁ REGRAS PARA CASINOS NO PRÓXIMO ANO
Um Abril de poucos fumos A análise na especialidade da proposta de lei relativa ao tabaco está a chegar ao fim. Com cedências por parte da Assembleia Legislativa e do Executivo, o diploma vai ser apreciado na especialidade no próximo mês, mas os requisitos para as salas de fumo dos casinos só serão conhecidos em 2018
A
proposta de revisão da Lei de Prevenção e Controlo do Tabagismo deverá regressar ao plenário e ser votada na especialidade já no próximo mês, depois de meses de espera em sede de comissão. A ideia foi deixada ontem pelo presidente da 2.ª Comissão Permanente, Chan Chak Mo, após uma reunião de análise do diploma. Perdida a luta pela proibição total de fumo nos casinos, a comissão admite que as operadoras possam instalar salas de fumo obedecendo a critérios restritos. A razão, apontou Chan Chak Mo, “é a preservação dos lucros da maior fonte de receitas do Governo”. O deputado sublinha ainda que é uma forma de “minimizar os efeitos nocivos que o tabaco tem para a saúde dos trabalhadores do jogo, sendo uma medida positiva, tanto para funcionários, como para os aspectos ligados à competitividade económica”. “Não devemos correr o risco de proibir por completo o fumo nos casinos porque iria afectar as receitas e mesmo os trabalhadores”, afirmou. A solução passa pela criação de requisitos rígidos e claros para as salas de fumadores. No entanto, as directrizes que irão definir as características legais destes espaços só serão definidas após a aprovação da proposta na especialidade e dadas a conhecer através de regulamento administrativo, que está previsto para o próximo ano. “A entrada em vigor dos requisitos vai ser a 1 de
Janeiro de 2018 e as salas de fumo têm de reunir os requisitos definidos por regulamento administrativo no prazo de um ano”, afirmou. Neste período de tempo, as operadoras podem manter as salas existentes e “a instalação dos requisitos tem de ser concluída antes de 1 de Janeiro de 2019, visto o prazo para proceder às obras ser de um ano após a publicação do regulamento administrativo”, explicou Chan Chak Mo. Actualmente, Macau tem casinos em fase de construção e, questionado acerca da existência de alguma orientação que possa definir as salas de fumo que estão a ser feitas, o deputado afirmou que, de momento, não existem. As operadoras correm o risco de, em menos de um ano, terem de proceder à reconstrução de novos
“[Os casinos] ou atrasam as obras e aguardam o regulamento administrativo ou sujeitam-se,se necessário, a ter de reformular os espaços para fumadores.” CHAN CHAK MO DEPUTADO
espaços para fumadores. “Caso não tenham conhecimento dos requisitos, correm o risco de estar em incumprimento e, nesse caso, há que introduzir as alterações”, concedeu. O presidente da comissão defendeu que as decisões que os casinos estão a tomar na construção de salas de fumo “são uma decisão comercial” e, como tal, apontou duas soluções: “Ou atrasam as obras e aguardam pelo regulamento administrativo ou sujeitam-se, se necessário, a ter de reformular os espaços para fumadores”. Também as salas VIP vão estar sujeitas às mesmas regras. A proposta de revisão legislativa não admite qualquer espaço onde seja permitido fumar além das salas destinadas para o efeito. “Nas restantes áreas dos casinos é proibido fumar. O consumo de tabaco só é permitido nas salas de fumo”, sublinhou.
CONCESSÕES E EXCEPÇÕES
A comissão concordou ainda com outras cedências. A proibição de fumar a menos de 10 metros de distância de locais de paragem de transportes colectivos foi abandonada e deu lugar à nova sugestão do Executivo. O diploma prevê agora que sejam as entidades competentes a definir os espaços. “Manifestámos alguma reserva relativamente à sua exequibilidade e, agora, foi determinado que as áreas autorizadas a fumadores sejam delimitadas pela entidade competen-
te, nomeadamente o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais ou pelos Serviços de Transportes e Obras Públicas.” A comissão sugeriu que sejam instaladas salas de fumos no estabelecimento prisional. “Actualmente, é permitido fumar nas áreas demarcadas pelo director e é proibido nos recintos fechados. No entanto, há reclusos que não têm direito a recreio e que deveriam ter a possibilidade de fumar”, afirmou Chan Chak Mo. Do diploma consta também a proibição de salas de prova de charutos nos estabelecimentos de venda exclusiva de produtos de tabaco. “Por uma questão de igualdade, se as pessoas não experimentam os cigarros também não faz sentido que tenham de o fazer com os charutos”, disse. A exposição de marcas de cigarros chega também ao fim e, “nas mercearias e tendas de jornais, não podem ser visíveis por quem passa”. “O modelo que sugerimos pode passar por um papel A4 em que constem as marcas que o estabelecimento tem à venda. Pode ser mostrado aos clientes mas não pode ser visto a partir do exterior”, rematou Chan Chak Mo. A comissão deverá ter uma reunião com o Executivo na próxima semana, de modo a darem a conhecer as últimas sugestões. O objectivo é avançar o mais rápido possível com a proposta para que, em Abril, seja submetida então a votação. Sofia Margarida Mota
sofiamota.hojemacau@gmail.com
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Anúncio Concurso Público
« Angariação de patrocínio para carros para segurança, carros para transporte de pessoal médico, carros de intervenção rápida e carros oficiais para as Edições 64.ª e 65.ª do Grande Prémio de Macau » Nos termos previstos nos artigos 165.º, n.º 2, 170.º, n.º 1 e 176.º do Código do Procedimento Administrativo, no 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 3 de Março de 2017, o Instituto do Desporto vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público de Angariação de patrocínio para carros para segurança, carros para transporte do pessoal médico, carros de intervenção rápida e carros oficiais para as Edições 64.ª e 65.ª do Grande Prémio de Macau. A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados podem dirigir-se ao balcão de atendimento da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau, no horário de expediente, das 9,00 às 13,00 e das 14,30 às 17,30 horas, para consulta do processo de concurso ou para obtenção da cópia do processo. Podem ainda ser feita a transferência gratuita de ficheiros pela internet na área de download da página electrónica do Instituto do Desporto: www.sport.gov.mo. Os interessados devem comparecer na sede do Instituto do Desporto até à data limite para a apresentação das propostas para tomarem conhecimento sobre eventuais esclarecimentos adicionais. A sessão de esclarecimento deste concurso público terá lugar no dia 20 de Março de 2017, segunda-feira, pelas 10,00 horas, na sala de reuniões do Edifício do Grande Prémio sito na Avenida da Amizade n.º 207, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora da sessão de esclarecimento acima mencionadas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e hora estabelecidas para a sessão de esclarecimento serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. O prazo para a apresentação das propostas termina às 12,00 horas do dia 20 de Abril de 2017, quinta-feira, não sendo admitidas propostas fora do prazo. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora limites para a apresentação das propostas acima mencionada, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a apresentação das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido, na sede do Instituto do Desporto, no endereço acima referido.
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« Serviços de Limpeza na Sede e no Edifício Administrativo da Ala Oeste do Instituto do Desporto » Nos termos previstos no artigo 13.o do Decreto-Lei n.o 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 27 de Fevereiro de 2017, o Instituto do Desporto vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para os Serviços de Limpeza na Sede e no Edifício Administrativo da Ala Oeste do Instituto do Desporto durante o período de 1 de Janeiro de 2018 a 30 de Junho de 2020. A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados podem dirigir-se ao balcão de atendimento da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau, no horário de expediente, das 9,00 às 13,00 e das 14,30 às 17,30 horas, para consulta do processo de concurso ou para obtenção da cópia do processo, mediante o pagamento de $ 500,00 (quinhentas) patacas. Podem ainda ser feita a transferência gratuita de ficheiros pela internet na área de download da página electrónica do Instituto do Desporto: www.sport.gov.mo. Os interessados devem comparecer na sede do Instituto do Desporto até à data limite para a apresentação das propostas para tomarem conhecimento sobre eventuais esclarecimentos adicionais. O prazo para a apresentação das propostas termina às 12,00 horas do dia 19 de Abril de 2017, quarta-feira, não sendo admitidas propostas fora do prazo. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora limites para a apresentação das propostas acima mencionada, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a apresentação das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido, na sede do Instituto do Desporto, no endereço acima referido, acompanhada de uma caução provisória no valor de $ 100 000,00 (cem mil) patacas. Caso o concorrente opte pela garantia bancária, esta deve ser emitida por um estabelecimento bancário legalmente autorizado a exercer actividade na RAEM e à ordem do Instituto do Desporto ou deve ser efectuado um depósito em numerário ou em cheque (emitido a favor do Instituto do Desporto) na mesma quantia, a entregar na Divisão Financeira e Patrimonial sita na sede do Instituto do Desporto.
O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 21 de Abril de 2017, sexta-feira, pelas 9,30 horas, no auditório da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora para o acto público de abertura das propostas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, ou em caso de adiamento na data e hora limites para a apresentação das propostas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.
O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 20 de Abril de 2017, quinta-feira, pelas 9,30 horas, no auditório da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora para o acto público de abertura das propostas acima mencionadas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, ou em caso de adiamento na data e hora limites para a apresentação das propostas, por motivos de tufão ou por motivos de força maior, a data e hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.
As propostas são válidas durante 90 dias a contar da data da sua abertura.
As propostas são válidas durante 90 dias a contar da data da sua abertura.
Instituto do Desporto, aos 15 de Março de 2017.
Instituto do Desporto, aos 15 de Março de 2017.
O Presidente, Pun Weng Kun
O Presidente, Pun Weng Kun
7 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
SOCIEDADE
HO CHIO MENG DUAS SEMANAS PARA UM LONGO PROCESSO
O Tribunal de Última Instância (TUI) deu duas semanas à nova defesa de Ho Chio Meng para consultar o processo que envolve o antigo procurador, disse a advogada do arguido, Oriana Pun, à Rádio Macau. A defensora lamenta a decisão e diz que o prazo “é curto para a análise de um caso desta dimensão”. Oriana Pun, que esta segunda-feira foi confirmada como a responsável pela defesa de Ho Chio Meng, pediu pelo menos um mês ao tribunal para estudar o processo, bastante extenso, mas o colectivo teve diferente entendimento. Ainda assim, Oriana Pun disse estar confiante. Até ao momento, não há informações sobre quando vai o julgamento ser retomado.
EMPREGO ANO FECHOU COM MAIS POSTOS DE TRABALHO
Os Serviços de Estatística e Censos disponibilizaram os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-deObra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2016. Na área do comércio por grosso e retalho havia 57.845 funcionários, o que representou um crescimento de 3,6 por cento em relação a 2015. Estes trabalhadores auferiram no período estudado 12.800 patacas, um aumento de 2,6 por cento. No sector dos transportes, armazenagem e comunicações estavam empregadas 11.184 pessoas, ou seja, mais 8,4 por cento em termos anuais. Estes trabalhadores tiveram uma remuneração de 20.870 patacas em Dezembro último, o que representou um aumento de 1,8 por cento. Nas actividades de segurança havia 10.606 trabalhadores no fim de 2016, representando uma queda de 0,1 por cento. Este ramo teve uma remuneração média de 13.030 patacas, equivalendo a um crescimento de 4,5 por cento em termos anuais. O inquérito não contemplou trabalhadores por conta própria.
DINHEIRO EMPRÉSTIMOS PARA AGÊNCIAS CAÍRAM PARA METADE
Os novos empréstimos hipotecários para actividades imobiliárias aprovados pela banca caíram para metade em Janeiro, indicam dados oficiais ontem divulgados. De acordo com as estatísticas publicadas pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), os novos empréstimos foram de 2,7 mil milhões de patacas – menos 49,9 por cento em termos anuais homólogos e menos 42,2 por cento relativamente a Dezembro de 2016. Já os novos empréstimos hipotecários para a habitação totalizaram 3,4 mil milhões de patacas em Janeiro, traduzindo um aumento de 9,2 por cento em termos anuais homólogos e uma queda de 16 por cento relativamente ao mês anterior, indica a AMCM. No final de Janeiro, o saldo bruto dos novos empréstimos para actividades imobiliárias correspondeu a 169,3 mil milhões de patacas, traduzindo um aumento de 2,9 por cento; enquanto o saldo bruto dos para habitação, no valor de 181,6 mil milhões de patacas cresceu 4,3 por cento, em termos anuais homólogos.
Justiça PROSSEGUE JULGAMENTO CONTRA SÃO JANUÁRIO
A vez da defesa
Continua o julgamento que senta no banco dos réus o Centro Hospitalar Conde de São Januário, um médico obstetra e uma enfermeira por erro e negligência que, alegadamente, originou o nascimento de um bebé com paralisia cerebral profunda. Ontem foram ouvidas testemunhas arroladas pelos réus
E
“
STIVE presente no bloco operatório e fiz a reanimação do bebé”, declarou ontem uma médica pediatra ouvida em sessão de julgamento em que se inquiriram testemunhas arroladas pelos réus. Em causa estiveram os primeiros momentos de vida do bebé que nasceu sem pulso e que terá ficado com uma paralisia cerebral profunda alegadamente na sequência de más práticas médicas durante o trabalho de parto. Ainda antes, no início da inquirição, a médica revelou que não conhecia o caso em questão, uma vez que é também testemunha noutros casos e o departamento jurídico dos serviços hospitalares não lhe adiantou informações por razões de confidencialidade. A pediatra continua a trabalhar no Centro Hospitalar Conde de São Januário e foi colega do médico e réu Huang Yaobin.
A testemunha acompanhou o recém-nascido nos primeiros oito dias de vida, mas não atestou em tribunal acerca do seu estado de saúde. A inquirição girou em tornos dos procedimentos de reanimação e dos testes realizados posteriormente ao parto. Durante a operação de cesariana estava no bloco de parto uma vasta equipa. A saber, dois pediatras,
Só depois de o recém-nascido ter estabilizado, já com batimento cardíaco e respiração normais, é que se procedeu à recolha de sangue do cordão umbilical para análise
dois obstetras, duas enfermeiras e um anestesista. A testemunha confirmou que a presença de um segundo médico pediatra se deveu à gravidade da situação, tendo sido a própria a efectuar a reanimação do recém-nascido.
PRÁTICAS QUESTIONADAS
Um dos tópicos discutidos durante a sessão de julgamento foi a recolha de sangue do cordão umbilical para análises. Como o bebé nasceu sem pulso, segundo os clínicos ouvidos, as práticas médicas ditam que a prioridade seja dada à reanimação. Só depois de o recém-nascido ter estabilizado, já com batimento cardíaco e respiração normais, é que se procedeu à recolha de sangue do cordão umbilical para análise. A segunda testemunha inquirida foi um médico obstetra e ginecologista com 27 anos de carreira, e que trabalhou no São Januário até 2014, onde foi colega do réu, Huang Yaobin, durante oito
anos. Questionado pela defesa em relação às análises ao sangue da grávida, o obstetra indicou que havia indícios de uma inflamação, mas que não se pode afirmar, definitivamente, tratar-se de uma infecção nas membranas fetais. Além disso, foi discutido o impacto da administração de oxigénio enquanto o parto estava a ser induzido à parturiente. Segundo o clínico, é procedimento normal dar oxigénio de forma a estabilizar tanto a grávida, como o feto – é, de resto, um método regular no São Januário. O obstetra esclareceu ainda o colectivo de juízes que a administração de oxigénio apenas se torna prejudicial ao feto se for em grandes quantidades, deixando ainda claro que o método não serve para acalmar a grávida, nem se destina a produzir esse efeito. A sessão de julgamento foi ainda marcada por alguma esgrima de litigâncias entre as partes, com a equipa de advogados da família autora do processo a protestar a repetição de questões já debatidas, e as interrupções da advogada de um dos réus. Por outro lado, as mandatárias dos réus protestaram perante a presidente do colectivo de juízes a postura em julgamento dos autores na concessão de quesitos durante a sessão. Prosseguem os trabalhos com mais testemunhas arroladas pela defesa, depois de, na semana passada, terem sido ouvidos os familiares da criança no cerne deste processo, numa audiência marcada por emoções fortes. João Luz
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hoje macau quarta-feira 15.3.2017
9 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
SOCIEDADE
Debate REVITALIZAÇÃO DA ZONA DE MONG-HÁ DISCUTIDA ESTE SÁBADO
Interrogação chamada Canídromo Vários profissionais ligados ao urbanismo vão reunir-se para debater a renovação da zona de MongHá. Com “Relink_ Revive” pretende-se olhar para as formas de ligação dos vários pontos culturais e habitacionais da zona, sem esquecer o aproveitamento do Canídromo
Q
UAL a utilização que deve ser dada ao actual terreno ocupado pelo Canídromo? Que ligações podem ser estabelecidas em toda a zona de Mong-Há, com mais acessos pedonais? São algumas das questões para as quais vão ser encontradas respostas no debate “Relink_Revive” [ligar e reviver], que vai juntar vários profissionais ligados ao urbanismo. O encontro terá lugar no Centro de Design de Macau e é organizado pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), o departamento de arquitectura da Universidade de São José, o Instituto Politécnico de Milão e o Albergue SCM. Ao HM, José Luís Sales Marques, presidente do IEEM, explicou que a ideia é abordar estudos de caso e ter acesso a uma visão mais alargada, trazida por profissionais estrangeiros. A utilização do terreno onde se situa o Canídromo será um dos temas abordados. “Espero que seja um espaço público”, apontou Sales Marques. “Pode ser utilizado para aumentar a área de espaço público para toda aquela zona, que tem uma elevada densidade populacional.” O arquitecto Francisco Vizeu Pinheiro será um dos oradores e
irá revelar um estudo desenvolvido por alunos da USJ para a revitalização daquela zona. “A grande preocupação para o futuro é o que será feito do Canídromo, porque têm aparecido nos jornais diferentes ideias para o aproveitamento do espaço. É importante fazer valer o significado histórico e cultural de Mong-Há”, defendeu. “Está previsto no Plano de Desenvolvimento Quinquenal que essa zona seja ligada ao lazer e cultura, mas isso não é compatível com a oferta turística actual, que está centrada na Almeida Ribeiro e Ruínas de São Paulo. Temos de ter mais espaços pedonais e zonas que sejam de mais fácil acesso”, disse ainda o arquitecto. Já Maria José de Freitas, autora da primeira fase de requalificação de Mong-Há e outra das oradoras, aponta que “se o Canídromo sair dali, que seja um lugar que tenha que ver com espaços polivalentes”.
MELHORES ACESSOS
Para José Luís Sales Marques, a zona de Mong-Há carece sobretudo de novos e melhores acessos, que liguem os diversos pontos culturais e habitacionais. “A zona do Canídromo está separada de Mong-Há através da avenida Almirante Lacerda, como se fosse um muro. Tudo o que existe na colina de Mong-Há é recente, do final dos anos 90. Criaram-se algumas estruturas, mas não foi feita foi a
ligação com o Armazém do Boi e a colina. Há um dado adicional, o edifício do canil municipal, que agora é património. Isso significa que há regras estabelecidas e sem dúvida que todo aquele espaço merece ser requalificado”, lembrou o presidente do IEEM. Sales Marques acredita ainda que deveria ser feito um trabalho
“Se o Canídromo sair dali, que seja um lugar que tenha que ver com espaços polivalentes.” MARIA JOSÉ DE FREITAS ARQUITECTA
de revitalização olhando para algumas zonas da Areia Preta, onde “começa a aparecer um conjunto interessante de restaurantes, com o próprio Centro de Design de Macau, que é um pólo importante”. Também Francisco Vizeu Pinheiro fala da necessidade de “revitalizar o património que não está a ser usado”, pois existem “vários pontos culturais que estão desconectados”. “A Avenida Coronel Mesquita poderia ser mais amigável”, referiu.
APROXIMAR E RENOVAR
A primeira fase de requalificação de Mong-Há foi concluída, mas o segundo projecto acabaria por ficar na gaveta, à boleia da mu-
dança causada pela transferência de administração. Para Maria José de Freitas, seria importante, nos dias de hoje, “aproximar o quarteirão de Mong Há que envolve o Canídromo e os antigos estábulos municipais que, hoje em dia, são o Armazém do Boi”. “Deve dar-se atenção à área do Canídromo. A colina de Mong-Há tem cerca de 50 metros e, para pessoas com uma certa idade, é difícil chegar ao topo. Era importante ter meios mecânicos de acesso e de ligação entre o topo da colina e a área adjacente”, defendeu. Maria José de Freitas dá também atenção às casas históricas da Avenida Coronel Mesquita. “Há situações interessantes de moradias que eram de funcionários públicos e que estão abandonadas, e seria mais um tentáculo de ligação. Muita coisa poderia acontecer para que este espaço fosse mais integrado.” José Luís Sales Marques referiu ainda ao HM que a intenção é que a participação nesta conferência possa dar acesso a pontos para a renovação da licença dos profissionais do urbanismo, tendo já sido submetido um pedido ao Conselho de Arquitectura, Engenharia e Urbanismo para esse efeito. A entrada é gratuita. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
PANDAS OS BEBÉS “CORRUPTOS” DA NOVO MACAU
M
ACAU vai financiar, pela primeira vez, até dez residentes permanentes que pretendam realizar estágios proporcionados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). De acordo com o anúncio feito ontem, as inscrições para o projecto de estágios, organizado pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos, Fundação Macau e Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, abrem hoje e terminam a 13 de Abril. O projecto, a ser realizado pela primeira vez pelo Governo, “visa habilitar os jovens de Macau a realizarem estágios nas organizações
internacionais, com vista a ampliar a sua visão e promover o seu crescimento profissional através da aprendizagem em contexto real de trabalho”, explica um comunicado oficial. O programa prevê a atribuição, anual, de um apoio financeiro a um máximo de dez residentes permanentes. As áreas funcionais dos estágios abrangem Ciências Sociais e Humanas; Ciência, Tecnologia e Inovação; Recursos Humanos; Comunicação e Património Cultural, sendo os locais dos estágios distribuídos nos Camarões, Moçambique e Peru, refere a mesma nota. São elegíveis os residentes permanentes com qualificações profissionais ao nível
do ensino superior exigidas pelas vagas de estágio (licenciatura ou grau académico mais elevado) dos anos lectivos 2015/2016 ou 2016/2017 e correspondente capacidade linguística. O estágio tem uma duração máxima de 12 meses, prevalecendo a notificação de admissão da UNESCO. O Governo de Macau irá conceder aos estagiários admitidos um subsídio de transporte, seguro e um apoio mensal para subsistência no valor de 12 mil patacas. Os resultados relativos aos candidatos admitidos aos estágios vão ser publicados no final de Junho.
10 CHINA
hoje macau quarta-feira 15.3.2017
Taiwan EX-PRESIDENTE ACUSADO DE FUGA DE INFORMAÇÃO SECRETA
Altas inconfidências
O
ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou (2008-16), próximo da China, foi ontem acusado formalmente de cumplicidade em fuga de informação confidencial num caso de escutas telefónicas em 2013. O caso das escutas desencadeou divisões dentro do Partido Kuomintang (KMT), então no Governo, entre Ma – que o dirigia – e o presidente do parlamento da altura, Wang Jing-pyng, próximo do independentista Partido Democrata Progressista (PDP). Durante o seu mandato, Ma promoveu uma aproximação à China que levou à assinatura de 23 acordos entre Taipé e Pequim, bem como a uma histórica reunião com o Presidente chinês, Xi Jinping, em Singapura, em Novembro de 2015. Ma, que há muito tinha diferenças políticas com Wang, foi informado pelo então procurador-geral Huang Shih-ming sobre um alegado uso indevido de influência, descoberto em conversas entre Wang e o porta-voz do PDP, na altura na oposição, Ker Chien-ming, sobre um caso contra este último. Huang, que foi condenado a 15 meses de prisão por divulgar informação confidencial, reconheceu no julgamento que tinha comunicado ao então Presidente detalhes sobre a investigação a Ker e Wang, a 31 de Agosto de 2013, e disse ter informado o primeiro-ministro Jiang Yi-hua quatro dias depois, por ordem de Ma. Após a fuga de informação para a imprensa sobre o possível recurso a influência indevida, Ma fez os possíveis para que o KMT expulsasse Wang, lhe retirasse o assento parlamentar e o cargo de presidente do parlamento, mas um recurso
de Wang bloqueou legalmente as intenções do KMT.
DIVISÕES E FRACASSOS
O caso afectou a unidade do partido, e juntamente com o Movimento dos
O ex-Presidente defendeu sempre que é inocente e os seus advogados negam que o procurador tenha recebido instruções presidenciais para divulgar informação confidencial
Girassóis de 2014 – protagonizado por estudantes e movimentos sociais preocupados com a aproximação à China – levou à derrota eleitoral do KMT nas eleições municipais de 2015 e nas presidenciais e legislativas de 2016. O deputado do PDP Ker Chien-ming apresentou uma queixa contra Ma em 2013 acusando o então Presidente de ceder informação sobre uma investigação criminal em curso. Ker afirmou que Ma divulgou informação obtida pelo então procurador-geral. No entanto, o ex-Presidente defendeu sempre que é inocente e os seus advogados negam que o procurador tenha recebido instruções presidenciais para divulgar informação confidencial sobre essas conversas.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL E INVESTIMENTO EM ALTA
A
produção industrial chinesa cresceu 6,3 por cento em Janeiro e Fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o investimento em activos fixos avançou 8,9 por cento e as vendas no retalho tiveram uma subida de 9,5 por cento na mesma base de comparação. A leitura sobre os números divulgados provavelmente deve reforçar a visão de que a segunda maior economia do mundo está num caminho de crescimento constante, apesar das preocupações com os riscos de uma política de crédito ligeiramente mais apertada este ano e do aumento do proteccionismo comercial dos Estados Unidos. A China combina os dados de actividade de Janeiro e Fevereiro para suavizar as distorções
sazonais causadas pelos feriados do Ano Novo Lunar, que começaram no final de Janeiro deste ano, mas que teve lugar em Fevereiro no ano passado. Os analistas consultados pela Reuters previram que a produção industrial cresceria 6,2 por cento nos dois primeiros meses deste ano, face ao aumento de 6,0 por cento em Dezembro. A expectativa para o investimento em activos fixos era de um crescimento de 8,2 por cento, face à subida de 8,1 por cento em 2016. O aumento das vendas de retalho, no entanto, ficou bem abaixo das previsões, avançando em 9,5 por cento, face aos 10,9 por cento em Dezembro e as expectativa dos economistas de uma subida de 10,5 por cento.
ACIDENTE EM MINA DE CARVÃO FAZ 17 MORTOS
Um acidente numa mina de carvão na China fez pelo menos 17 mortos quando um elevador utilizado pelos trabalhadores desabou na semana passada, informou a agência Xinhua. O incidente aconteceu na quintafeira, quando o cabo do elevador se incendiou numa mina administrada pelo governo na província de Heilongjiang, nordeste do país. A operação de resgate começou de maneira imediata, mas as equipes só conseguiram chegar ao local onde estavam os trabalhadores na segunda-feira e confirmaram as mortes, indicou a agência. Dois soldadores foram detidos pela polícia, acusados de “violações graves” às normas de segurança, de acordo com a Xinhua. O director da mina foi suspenso.
JOGADOR CASTIGADO POR “COMPORTAMENTO ABOMINÁVEL”
O Shangai Shenhua, da liga chinesa de futebol, anunciou ontem que vai congelar o salário do internacional Qin Sheng pelo “comportamento abominável” sobre o belga Alex Witsel, do Tianjin Quanjian FC. Durante o jogo de sábado entre os dois clubes, da segunda jornada do campeonato, que terminou empatado 1-1, Qin Sheng foi admoestado com o cartão vermelho directo depois de uma falta sobre o antigo jogador do Benfica. O jogador foi suspenso por três jogos, mas o Shangai Shenhua quis castigar o jogador com uma multa de 300.000 yuans. Em comunicado, o Shangai Shenhua condenou o “comportamento abominável” do médio, que teve “um enorme impacto negativo sobre o clube e todo o futebol chinês”. O presidente do clube, Wu Xiaohui, garantiu que caso o jogador “não corrija o seu comportamento”, vai permanecer “durante os próximos quatro anos na equipa de reservas”.
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MONTEPIO GERAL DE MACAU ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA Nos termos do Artº 34.º, nº 1, al. a) dos Estatutos em vigor, convoco a Assembleia Geral Ordinária para reunir na sua sede, sita na Avenida Doutor Mário Soares, nº 25, 3º andar (4º piso) do Edifício “Montepio”, no próximo dia 30 de Março de 2017, pelas 17H15, com a seguinte ordem de trabalhos:
1ª - Discussão e votação do relatório e Conta de Gerência do ano de 2016 e do parecer do Conselho Fiscal; e 2ª - Outros assuntos de interesse da Associação.
No caso de não comparecer nesse dia e hora indicados, o número de associados mencionado no nº 1 do Artº 36º, considera-se desde já convocada nova reunião, que se realizará no mesmo local decorrida uma hora, com qualquer número de associados.
DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE SOLOS, OBRAS PÚBLICAS E TRANSPORTES
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Faz-se saber que em relação ao concurso público para a execução da “Empreitada de Remodelação do Departamento Policial das Ilhas da Taipa (Pac On)”, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n° 9, II Série, de 01 de Março de 2017, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2° do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso. Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente no Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, n°33, 17° andar, Macau. Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, aos 10 de Março de 2017.
Montepio Geral de Macau, aos 9 de Março de 2017. A Presidente da Assembleia Geral, Rita Botelho dos Santos
O Director dos Serviços, Li Canfeng
11 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
Mercado aberto
JORNALISTA POLÉMICO ASSASSINADO NAS FILIPINAS
Japão adverte contra proteccionismo dias antes da reunião do G20
H
O
ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, manifestou ontem preocupação com o proteccionismo económico e afirmou que a economia global deve manter-se aberta, dias antes da reunião de ministros das Finanças do G20 desta semana. Taro Aso disse que a economia de um país não pode manter-se sozinha, e sublinhou que “não há dúvida de que foram feitos esforços para alcançar uma sociedade aberta”, segundo declarações citadas pela agência Kyodo. “É inevitável que tudo se torne mais global”, disse o ministro após uma reunião do governo japonês. Espera-se que a próxima reunião dos ministros das Finanças e governadores de bancos centrais do G20, que vai decorrer na cidade alemã de Baden-Baden a 17 e 18 de Março, dê atenção especial às medidas proteccionistas do
Presidente norte-americano, Donald Trump. Durante o encontro, Aso vai reunir com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, que por sua vez poderá criticar a desvalorização do iene, que favorece os exportadores japoneses. Donald Trump já acusou o Japão de desvalorizar a sua moeda para tornar as suas exportações mais competitivas. Os ministros das Finanças na União Europeia (UE)
REGIÃO
OMENS armados mataram um controverso jornalista nas Filipinas, disseram ontem fontes ligadas ao sector da comunicação social, num país que é considerado dos mais perigosos do mundo para os profissionais da imprensa. Joaquin Briones, que trabalhava para o jornal Remate, foi atingido a tiro pelas costas na segunda-feira por motociclistas na província de Masbate (centro), zona de conflito político e de crime. Lydia Buena, editora chefe do Remate, disse ontem acreditar que o assassínio de Briones deverá dever-se aos seus duros artigos. “Ele recebeu muitas ameaças de morte porque escreveu vários artigos sobre Masbate”, indicou Buena à agência France-Presse, adiantando que muitas das peças
acordaram recentemente uma posição comum nesta reunião, e reafirmaram o seu compromisso com a abertura dos mercados. Aso disse ontem também que a reunião vai focar-se nos impostos internacionais e a desregulação financeira. “Vamos explicar [a situação] da economia japonesa, mas também necessitamos de [outros] pontos de vista”, afirmou.
de Briones estavam relacionadas com a pesca ilegal, os jogos de azar ou as drogas. A União Nacional dos Jornalistas nas Filipinas disse que Briones é o segundo jornalista assassinado desde que o Presidente Rodrigo Duterte tomou posse em Junho. Durterte provocou protestos internacionais pouco antes de tomar posse, quando disse que os jornalistas que aceitavam subornos ou estavam envolvidos noutras actividades corruptas eram alvos legítimos de assassínio. Um estudo da Federação Internacional de Jornalistas divulgado no ano passado indicava que 146 profissionais foram mortos entre 1990 e 2015, tornando as Filipinas no segundo país mais perigoso para os media, ultrapassado apenas pelo Iraque.
COREIA DO SUL PRESIDENTE DESTITUÍDA CONVOCADA PARA INTERROGATÓRIO
O Ministério Público sul-coreano vai convocar a antiga Presidente Park Geun-Hye, cuja destituição foi confirmada pelo Tribunal Constitucional na semana passada, para ser interrogada como suspeita de crimes. O porta-voz da procuradoria do distrito central de Seul disse à agência AFP que vão decidir esta quarta-feira “quando convocar a antiga Presidente Park e informá-la”. “Ela vai ser convocada como suspeita”, acrescentou. Ainda não foi decidido se Park será convocada ao gabinete do Ministério Público em privado ou publicamente, perante câmaras de televisão e fotógrafos, acrescentou. O Tribunal Constitucional do país confirmou a destituição de Park devido a um caso de corrupção, retirando-lhe a imunidade presidencial.
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BANCO TAI FUNG, S.A. MACAU CONVOCATÓRIA
AVISO
É convocada a Assembleia Geral Ordinária deste Banco, para se reunir no dia 30 de Março do corrente ano (quinta-feira), pelas 10:30 horas, na sede social estabelecida em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção nº 418, 21º andar, Edifício “sede do Banco Tai Fung”, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Balanço e das Contas do referido Banco, respeitante ao exercício findo em 2016, do relatório do Conselho de Administração, do parecer do Conselho Fiscal e do relatório dos auditores; 2. Distribuição de resultados e de dividendos; 3. Eleição dos Membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; 4. Contratação de auditores; 5. Outros assuntos de interesse para o Banco. Nos termos da lei, o relatório do Conselho de Administração, o Balanço e as Contas, o parecer do Conselho Fiscal e o relatório dos auditores, respeitantes ao exercício findo em 2016, encontram-se depositados na sede do Banco para consulta dos sócios. Macau, 15 de Março de 2017
COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL 1.
Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, chegou ao seu término, e, que de acordo com o artigo 53.º da Lei n.º 10/2013 «Lei de Terras», de 2 de Setembro, conjugado com os artigos 2.º e 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes. Localização dos terrenos: - - - -
O Presidente Substituto da Mesa Banco da China, Limitada
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Convocatória
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Ao abrigo dos estatutos desta Sociedade, é por este meio convocada a Assembleia Geral dos Accionistas, para reunir em sessão ordinária, no Centro de Comércio, localizado 2/F East Wing, Hotel Lisboa, 2-4 Avenida de Lisboa, Restaurante Portas do Sol, Sala Mandarim, no dia 30 de Março de 2017 (Quinta-Feira), pelas 17:00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. 2. 3. 4. 5. 6.
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Discussão e aprovação dos relatórios, balanço e contas finais, apresentado pelo Conselho de Administração, bem como a aplicação de resultados e o parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício de 2016; Eleição dos membros dos órgãos sociais; Deliberação sobre remuneração dos membros dos órgãos sociais; Eleição dos membros do Conselho Fiscal para o ano de 2017; Nomeação dos auditores para o ano de 2017; Quaisquer outros assuntos de interesse da Sociedade.
Macau, 13 de Março de 2017. Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Leong On Kei
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Travessa do Comandante Mata e Oliveira, n.ºs 5 a 11, em Macau; Rua de D. Belchior Carneiro, n.ºs 49 e 49A, em Macau, (Edifício Nga Keng Kok); Rua de D. Belchior Carneiro, n.ºs 51 e 51A e Pátio do Espinho, n.º 36, em Macau, (Edifício Vai Yee); Estrada de Coelho do Amaral, n.ºs 145C a 147 e Travessa dos Lírios, n.ºs 6 a 6A, em Macau, (Edifício Vai Seng); Avenida do Coronel Mesquita, n.ºs 81 a 85 e Travessa de Coelho do Amaral, n.º 7, em Macau; Rua Nova do Patane, n.ºs 4 a 112, Rua do General Ivens Ferraz, n.ºs 75 a 125 e Avenida Marginal do Patane, n.ºs 847 a 863, em Macau, (Edifício Luen San Square); Rua do General Ivens Ferraz, n.ºs 167 a 265, Rua Sul do Patane, n.ºs 242 a 266, Rua da Bacia Sul, n.ºs 229 a 327 e Rua Nova do Patane, n.ºs 95 a 123, em Macau, (Edifício Vai Chui Garden); Rua da Serenidade, n.ºs 72 a 120, Avenida do Hipódromo, n.ºs 72 a 118, Rua da Paz, n.ºs 71 a 117 e Rua da Tribuna, n.ºs 121 a 169, em Macau, (Edifício Nam Fai); Alameda da Tranquilidade, n.ºs 137 a 225, Avenida Norte do Hipódromo, n.ºs 139 a 209, Praceta do Bom Sucesso, n.ºs 4 a 68 e Rua dos Hortelãos, n.ºs 235 a 267, em Macau, (Edifício Pou Fai Hoi Keng Fa Un); Rua da Tranquilidade, n.ºs 7 a 65, Praceta da Serenidade, n.ºs 71 a 115, Avenida Norte do Hipódomo, n.ºs 5 a 87 e Alameda da Tranquilidade, n.ºs 200 a 234, em Macau, (Edifício Jardim Hoi Keng); Rua Norte do Canal das Hortas, n.ºs 148 a 218, Avenida do General Castelo Branco, n.ºs 764 a 800 e Rua da Fábrica, n.ºs 4 a 78, em Macau, (Edifício Vai Yin Garden); Rua do General Ivens Ferraz, n.ºs 59 a 73, Travessa do General Ivens Ferraz, n.ºs 11 a 57 e Avenida Marginal do Patane, n.ºs 871 a 893, em Macau, (Edifício Kun Cheong Court); Avenida Marginal do Lam Mau, n.ºs 456 a 480, Rua Marginal do Lam Mau, n.ºs 349 a 375 e Travessa Marginal do Lam Mau, n.ºs 56 a 76, em Macau, (Edifício Son Kit Garden);
Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento Taipa, para os efeitos do respectivo pagamento. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada. Aos, 16 de Janeiro de 2017.
O Director dos Serviços de Finanças, Iong Kong Leong
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JOSÉ MAÇÃS DE C
EVENTOS
“Inte a apa das co plano
EDUARDO MARTINS
FOTÓGRAFO
Quando os países crescerem Deusa d’África fala de Moçambique, da guerra e da paz
A
escritora e activista cultural moçambicana Deusa d’África, que está em Macau a participar no festival literário Rota das Letras, sonha com “um país que seja homem”. A “guerra” só deve ser feita por causas justas, como a literatura. Aos 28 anos, Deusa d’África é autora de “Ao Encontro da Vida ou da Morte” (poesia), “A Voz das Minhas Entranhas” (poesia) e “Equidade no Reino Celestial” (romance). Nasceu Dércia Sara Feliciano, no sul de Moçambique, na província de Gaza. Anos mais tarde, trocou o nome de baptismo por o de uma das personagens que criou em “Equidade no Reino Celestial”. “A minha mãe decidiu que eu devia ser Dércia Sara Feliciano. (…) E o nome que eu escolhi para mim é Deusa d’África. E ela aceita este nome, tanto que quando me acorda (…) ela diz: ‘Deusa, hora de ir ao trabalho’. E no meu local de trabalho dizem que não gostam do nome Dércia, porque Dércia é difícil. Então Deusa é mais simpático”, explicou durante uma palestra no Rota das Letras. Deusa d’África é mestre em Contabilidade e Auditoria, lecciona na Universidade Pedagógica e na Universidade Politécnica, e é gestora financeira do projecto Global Fund – Malária em Moçambique. É a partir de Xai-Xai, capital de Gaza, a cerca de 200 quilómetros de Maputo, que reflecte sobre o país que “cresceu economicamente”, mas que enfrenta “muitos desafios”. “Há muitos elementos que envolvem o crescimento de um país, dos quais ainda necessitamos como um povo, para que o país possa se erguer e possa se tornar aquilo que nós sonhamos, que é um país que seja homem, um homem competitivo diante dos outros homens, que são
os países”, disse Deusa d’África em entrevista à Lusa. A autora refere-se, em concreto, à necessidade de criar “um ambiente de paz e de tranquilidade” para que o povo moçambicano possa “crescer, viver e sonhar”, num ambiente de paz que não fique “à mercê da vontade dos homens”. A paz em Moçambique tem estado sob permanente ameaça nos últimos anos, devido a clivagens entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo). Entre 2013 e finais de 2016, o país foi assolado por acções de violência opondo as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado da Renamo, no âmbito da contestação do processo eleitoral de 2014 pelo principal partido da oposição. A mais recente trégua entre as duas partes foi anunciada no passado dia 3, com a duração de 60 dias. “Felizmente temos esta informação, esta trégua (…) vai-se prolongando uma semana, duas, um mês. São notícias boas, mas não é o que nós sonhamos como moçambicanos”, disse. Sem paz, “não podemos estudar, as crianças não podem crescer, não podem tornar-se os homens do futuro, os presidentes de amanhã, os ministros de amanhã diante desta situação”, acrescentou, reflectindo a propósito do conflito que considera “um problema de vaidade humana”.
DAS FESTAS AOS FUNERAIS
Deusa d’África desenha as suas próprias roupas e sonha com um desfile de moda, entre tantos projectos que lhe faltam fazer. Além da escrita – que lhe permite ser homem, mulher, criança e às vezes até seres inanimados –, Deusa d’África acumula o papel de activista cultural, nomeadamente através da
associação Xitende, fundada em 1996 e da qual é coordenadora-geral. A autora diz-se activista “pela sociedade inteira”, que luta pela “justiça social” e em prol da produção literária num país onde, diz, “se lê menos” e faltam políticas de promoção da leitura. “Sou um contraste. Tudo muito estranho, mas vem do berço. (...) A minha família sempre foi ligada às artes, especificamente literatura, música, e eu não podia ser diferente dos meus”, afirmou. “Com cinco anos de idade, na primeira classe, eu já dizia poesia. Em todos os casamentos no bairro, todas as festas de aniversário, tinha de estar lá a dizer um poema. Hoje em dia sou convidada até em cerimónias fúnebres. Dizem que quando eu digo um poema até se esquecem que estão num ambiente triste, viajam no além”, contou. Deusa d’África não vê limites quando toca à dinamização cultural. Por exemplo, entre outras “actividades absurdas”, organizou uma marcha pelo livro por ocasião de uma celebração do Dia Mundial do Livro, a 23 de Abril. Para a autora, o livro e a poesia “são uma forma de resistência, uma forma de combate, uma forma de fazer a guerra”. Uma guerra contra? “Uma guerra é uma guerra. O importante é que a guerra tenha causas”. “O problema dos homens é que eles fazem guerras sem nenhum motivo. E o que nós temos que aprender, diz até Adolfo Hitler no livro ‘A Minha Luta’, é aprender a fazer uma guerra tendo uma causa justa”, disse. “E neste caso específico, a causa é a literatura, a promoção da nossa literatura, ao promover a literatura estamos a promover a própria existência da humanidade. Uma causa mais do que suficiente para que a gente lute por ela”, acrescentou.
Com “Arquivo e Democracia” transportou a realidade das empregadas filipinas de Hong Kong que usufruem das ruas da cidade para aproveitarem os domingos de descanso. As histórias de vida são duras mas, ainda assim, José Maçãs de Carvalho, fotógrafo e subdirector do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, assume não retratar episódios do ponto de vista sociológico, mas sim meramente visual. O ex-residente de Macau prepara novos projectos para o território
Como surgiu a possibilidade de fotografar as empregadas filipinas de Hong Kong? A ideia de fazer um ensaio visual sobre a questão já existe desde o tempo em que vivi em Macau [entre 1994 a 1998]. Desde 1999 tenho regressado a Macau anualmente e desde 2009 que comecei a filmar com mais regularidade. Porquê o nome “Arquivo e Democracia”? Desde 2011 que investigo a matéria do arquivo. Já fiz sete exposições cujos títulos têm a palavra. Aliás, a minha tese de doutoramento (2014) é sobre Arquivo e Memória. Aqui, em Hong Kong, o ‘Arquivo’ vem pelo excesso, excesso de pessoas na rua ao domingo, excesso no gesto, enfim, acumulação também. ‘Democracia’ porque a forma como ocupam as ruas configura uma espécie de democracia plena, total. O que mais o fascinou durante a realização deste projecto a Oriente? Filmei entre 2009 e 2012. Sempre achei este acontecimento muito curioso, estranho, e por ser contin-
NOVO LIVRO LANÇADO A 18 DE MARÇO
A
s fotografias sobre as empregadas filipinas que ocupam as ruas de Hong Kong e o trabalho desenvolvido sobre esse tema são parte integrante do novo livro de José Maçãs de Carvalho, a ser lançado no próximo dia 18. A obra chama-se “Arquivo e Intervalo” e é o resultado da exposição no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), tendo o apoio da editora Stolen Books e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. A obra reúne quatro textos “que se aproximam de quatro filmes em torno da matéria do arquivo e que, de algum modo, também epitomam questões fulcrais da prática fotográfica e videográfica”, escreve o autor. Desde 2010 que
José Maçãs de Carvalho tem trabalhad “em exclusivo problemáticas relativas a arquivo e à sua expressividade”. Os texto do novo livro “problematizam a substânc do arquivo naquilo que ele tem de exce so, precariedade e esquecimento, ma também aquilo que o marca como lugar temporalidade”, acrescenta. Os textos d “Arquivo e Intervalo” têm organização d José Maçãs de Carvalho e são da autor de José Bragança de Miranda, Pedr Pousada, Adelaide Ginga e Ana Rito. apresentação será feita no próximo d 18, no MAAT, em Lisboa, pelo escrito Gonçalo M. Tavares e por José Braganç de Miranda, investigador e ensaísta.
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CARVALHO
hoje macau quarta-feira 15.3.2017
EVENTOS
eressa-me arência oisas no o visual” “Interessa-me a aparência das coisas no plano visual, (...) a forma como aquelas mulheres ocupam a zona mais rica de Hong Kong.”
“Sempre achei este acontecimento muito curioso, estranho (...). Se não se for ao domingo a Hong Kong nunca se vê este fenómeno.”
gente. Se não se for ao domingo a Hong Kong nunca se vê este fenómeno. Em Macau, as empregadas domésticas residem nos seus próprios apartamentos, o que faz com que não estejam nas ruas nos seus dias de folga como em Hong Kong, onde vivem em regime interno na casa dos patrões.
ressam, mas a forma como aquelas mulheres ocupam a zona mais rica de Hong Kong e como interagem com a arquitectura.
Pensou em abordar também a realidade das empregadas em Macau? Não me interessa aquele acontecimento como facto social, não adopto um ponto de vista sociológico. Interessa-me a aparência das coisas no plano visual, portanto não são as empregadas filipinas que me inte-
do ao os cia esas re de de ria ro A dia or ça
As empregadas filipinas e indonésias em Hong Kong têm estado no epicentro de uma discussão sobre os direitos humanos e laborais. Como é que a fotografia pode contribuir para esse debate e reflexão? A arte pode sempre contribuir para o debate se tiver uma ligação ao real. Macau surge também retratada no projecto “Arquivo e Melancolia”, recentemente em exposição no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC). Porquê ir buscar uma imagem tirada dos anos 90, numa altura em que o território era tão diferente? Que história faltava contar? O filme que mostrei no MNAC foi filmado em 2011 e retomava uma fotografia que fiz numa loja de parafusos, no Porto Interior, quando vivia em Macau, no fim dos anos 90. Mais uma vez, esse filme não é sobre Macau, é sobre uma acumulação excessiva e periclitante de milhares de parafusos e porcas; um epítome da precariedade do arquivo e da memória. Tem algum novo projecto pensado sobre Macau e sobre a Ásia? Há vários projectos em progresso: uma exposição que desenvolverei com a Margarida Saraiva, ainda
sem data, e ainda um projecto de fotografia que iniciei em 1999 e que retrata o quotidiano de ex-alunos meus de Macau. Macau teve uma comunidade portuguesa pujante nos anos 80 e 90, período em que viveu no território. Que memórias guarda, que análise faz à produção de arte em Macau na altura?
As melhores memórias. Macau é a minha segunda terra. Até poderia morrer em Macau. Nesse tempo a produção artística era muito irregular: coisas fracas e coisas muito boas. Anos depois da transição, Macau ainda constitui um fascínio para os artistas portugueses? Diria que a Ásia, mais do que Macau.
É subdirector do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Estão pensadas parcerias com o território? Para já, não. Temos parcerias com o Museu Russo de S. Petersburgo e a Universidade da Sorbonne, em Paris. Temos ainda em estudo uma parceria com uma universidade inglesa. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
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Notificação n.o 00005/NOEP/GJN/2017 Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, e do artigo 68.º e n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, ao abrigo do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, no uso das competências, conferidas pelo Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e constantes da Proposta de Deliberação n.º 04/PDCA/2016, de 22 de Fevereiro, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 9, de 2 de Março de 2016, e ainda nos termos das competências definidas no n.o 1 do artigo 14.º e na alínea 5) do artigo 16.º do Regulamento Administrativo n.o 32/2001, os infractores, constantes das tabelas desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias: Nos termos do n.º 4 do artigo 36.º, n.º 1 do artigo 37.º, artigo 38.º e artigo 39.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo n.º 28/2004 e em conjugação com o n.º 2 do artigo 5.º do Código do Procedimento Administrativo, o Presidente do Conselho de Administração, ou seus substitutos, exararam despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas e a existência de culpa confirmada. Assim: 1.
Foi aplicada ao infractor, constante da Tabela I, a multa prevista no nº 1 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 1º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP300,00; O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no n.º 3 do artigo 8.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 4 do artigo 1.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “colher ou danificar plantas existentes em jardins, vias públicas e demais espaços públicos, ou apor inscrições nelas”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela I)
2.
Foram aplicadas aos infractores, constantes das Tabelas II até IX, as multas previstas no n.º 2 do artigo 45.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2.º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP600,00 (cada infracção): Os factos ilícitos exarados na acusação, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no n.º 1 do artigo 4.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 23 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “colocar ou abandonar no espaço público quaisquer materiais ou objectos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela II) Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no n.º 1 do artigo 13.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 7 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela III)
Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 13 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “cuspir escarro ou lançar muco nasal para qualquer superfície do espaço público, de instalações públicas ou de equipamento público”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela IV) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 12 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “não limpar de imediato o espaço público poluído com dejectos de animais de estimação que se está a acompanhar”, tendo sido a infractora notificada do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela V) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 14 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “urinar ou defecar nas instalações públicas ou nos espaços públicos”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela VI) O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do Artigo 2.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 18 do Artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “remover, remexer ou escolher resíduos contidos nos equipamentos de deposição”, tendo sido a infractora notificada do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela VII). O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 14.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no n.º 3 do artigo 2.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “despejar, derramar ou deixar correr líquidos poluentes, nomeadamente águas poluídas, tintas ou óleos em espaços públicos”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela VIII) Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do n..º 1 artigo 14..º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 6 do artigo 2..º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n..º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “não cumprir as recomendações técnicas para evitar a queda de pingos de água provenientes de aparelho de ar condicionado, após o decurso do prazo fixado pelo IACM para o efeito de acordo com as circunstâncias do caso concreto”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela IX)
3.
Foi aplicada ao infractor, constante da Tabela X, a multa prevista no artigo 46.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 3.º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP700,00: O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no artigo 19.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 8 do artigo 3.º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “colocar objectos que ocupem espaço público sem a licença válida”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela X)
4.
Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios para o autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos dos artigos 145.º, 148.º e 149.º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123.º do referido código. Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 150.º do mesmo diploma, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto.
5.
Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso, no prazo estipulado nos artigos 25.º e 26.º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro, para o Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau.
6.
Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75.º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 55.º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação de todo o valor das multas aplicadas, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da publicação da presente notificação, no Gabinete Jurídico e Notariado do IACM (Núcleo Operativo do IACM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na Avenida da Praia Grande, n.os 762-804, Edf. China Plaza, 5.º andar, Macau, Centro de Actividades de S. Domingos, sito na Travessa do Soriano, Complexo Municipal do Mercado de S. Domingos, 4.º andar, Macau ou através do acesso ao endereço electrónico http://www.iacm.gov.mo/rgep. Caso contrário, o IACM submeterá os processos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para a cobrança coerciva, nos termos do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, mas sem prejuízo da aplicação do disposto no n.o 4 do artigo 18.º do mesmo Decreto-Lei. Os infractores, antes da liquidação das multas, não poderão entrar de novo, na RAEM.
7.
Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes das tabelas anexas tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone n.º 8295 6868 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto. Aos 24 de Fevereiro de 2017 O Presidente do Conselho de Administração José Tavares
Tabela I Nome IU ALEXANDRE
Sexo M
Tipo e N.º do documento de identificação (*21)
Z606***(*)
N.º da acusação A062199/2016
Data da infracção 2016-07-29
Data em que foi exarado o despacho de aplicação da multa 2016-09-01
Tabela II 高華枝 GAO HUA ZHI 譚婉嬌 TAN WANJIAO 黄永贤 HUANG YONGXIAN 蒙珍蓮 DOAN VAN NHUA 陳小翠 CHEN XIAOCUI HENI NUR HAYATI GERUNDIO EDUARDO JR MONTECILLO NGUYEN THI TOAN 李勉珊 LI, MIANSHAN PADILLO MONICA ROSARIO 肖建 XIAO JIAN DOMINGO RUEL ERMITANIO
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Tabela III 冯华协 FENG HUAXIE 柳仕照 LIU SHIZHAO 周先紅 ZHOU XIANHONG 林宏彬 劉俊杰 LIU,JUNJIE 熊洋 XIONG,YANG 万兴亮 陈亲明 CHEN QINMING 余长友 YU CHANGYOU 黃经认 HUANG JINGREN NGUYEN THI NGOC 胡綠根 HU LUGEN 蔡錦添 CAI JINTIAN 何黎明 HE LIMING 施国华 SHI GUOHUA 李海平
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張志廷 ZHANG ZHITING 梁志允 LIANG ZHIYUN 薛炳林 XUE,BINGLIN 刘小林 LIU XIAOLIN 谭钜源 TAN JUYUAN 蔡晓伟 CAI XIAOWEI 伍振 WU ZHEN 刘福全 LIU FUQUAN 來有志 LAI YOUZHI 高錦亮 GAO JINLIANG 余丽 許伟康 XU WEIKANG 吉永明 JI YONGMING 朱孙軍 ZHU SUNJUN 胡德其 HU DEQI 高廣銘 GAO,GUANGMING LEE ,KANGSE 云海軍 YUN,HAIJUN 何欣喜 HE XINXI 杨建军 YANG JIANJUN 吴剑辉 WU JIANHUI 何洪藻 HE HONGZAO
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ANGELA GOAY CHUANG TING 王晓 KEVIN SANTIEGO 侯文胜 HOU WENSHENG 雷媛 LEI YUAN 卜凡强 王俊彬 曹岳侠 CAO YUEXIA DIATE SHIELA SAMALCA 冉宏社 李家齊 LI CHIA-CHI 胡娟 HU JUAN 任四儿 REN SIER
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15 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
邵培岩 SHAO PEIYAN LIE PHEK NGIM MANARA LODEWIJK HUTAPEA 強富堃 QIANG FUKUN 黃海健 HUANG HAIJIAN 陈明 CHEN MING 闫樹雷 YAN SHULEI 魏褔平 WEI FUPING 陈志勇 CHEN ZHIYONG 方浮良 FANG FULIANG 何明贵 HE MINGGUI 潘靜 PAN JING 梁其俊 李国平 LI GUOPING 桑勤燕 吴文刚 褚佩荣 阮智超 RUAN ZHICHAO
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邹成師 ZOU,CHENGSHUAI 徐鷹龙 XU,YINGLONG 張哲林 ZHANG,ZHELIN 谢家焕 XIE,JIAHUAN 况胜春 KUANG,SHENGCHUN 吳錦強 WU JINQIANG 林偉杰 陳鏡洪 CHEN,JINGHONG TRINH THI LINH 李彬 LI BIN 唐树金 TANG SHUJIN 王新民 WANG XINMIN 齐兴亚 QI XINGYA 胡杰 HU JIE 周琦 ZHOU QI 李靖 吳正华 罗志松 LUONZHISONG 黃善德 傅東權 FU TUNG KUEN 朱悅欢 朱坚亮 李松石 LI SONGSHI 黃文华 梁素素 LIANG SUSU 袁光均 YUAN GUANGJUN 徐金龙 张显根 ZHANG XIANGEN 李韩昌 LI HANCHANG 郑师珠 ZHENG, SHIZHU 李康威 LINKANGWEI 赵宪民 ZHAO XIANMIN 王绪平 WANG XUPING 庞少华 PANG SHAOHUA 彭飞 PENG FEI 李敬滔 LI KING TO 陈颖 CHEN, YING 郝志帅 HAO ZHISHUAI 梁欠元
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BATAQUE JEFREY PANES KIM JI HOON 郝凤琴 HAO, FENG QIN 魯承宇 LU CHENG-YU 欧松斌 OU, SONGBIN 何广信 HE GUANGXIN 韩明哲 葉永泉 YIP WING CHUEN 呂佳霖 LU CHIA LIN
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MANALANG NEILSEN NEPOMUCENO 韦恺林 黃金財 HUANG JINCAI 莫福年 廖亮清 LIAO LIANGQING 杨军 YANG JUN 刘祥全 LIU XIANGQUAN 何燕珍 HE YANZHEN 钟汉樑 CHUNG HON LEUNG 林杰 LIN JIE 趙炳源 CHIU PING YUEN 周睛 ZHOU QING 严日辰 丁力淳 DING Lichun 王英才 WANG YING-TSAT 楊明璋 YANG MING-CHAN 马勁文 王書凱 SETJADI ALEXANDER CONSTANTYN 张明星 ZHANG MINGXING 廖海雄 陳萬新 CHAN MAN SUN 邓鈞浩 张明星 王华东 李洪文 LI, HONGWEN 溫健明 WEN JIANMING 蓝娥明 LAN EMING 黃桂雄 HUANG GUIXONG VIJAY SHRUTI SAMANTRAY KULDEEP 谭群发 TAN QUNFA 张永勇 ZHANG YONGYONG 姚平德 YAO PINGDE 郑国智 ZHENG GUOZHI 李云峰 LI YUNFENG 張金友 ZHANG, JINYOU 張美麗 ZHANG MEILI 郑健成 ZHENG JIANCHENG 林能滿 LIN NENGMAN 胡绍贤 邓礼好 DENG LIHAO 宋迎坤 SONG YINGKUN 林倚婷 LIN YITING 李耀暉 LEE YIU FAI 周玉兰 ZHOU YULAN 廖群瑋 LIAO,CHUN-WEI 標一隆 BIAO,I-LONG 邬云海 WU,YUNHAI 张振国 ZHANG ZHENGUO 蕭委寧 SIU WAI NING 羅穩培 LO WAN PUI 吴秀红 WU XIUHONG 吴寿国 WU SHOUGUO 黃仁敏 HUANG,RENMIN 黎晓飞 LI, XIAOFEI 陈用強 CHEN YONGQIANG 赵凤雷 ZHAO FENGLEI 王子偉 陆智煊 LU ZHIXUAN 叶伟杰 YE WEIJIE 吴继成 李克新 LI KEXIN 刘明 黃清华 HUANG QINGHUA
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梁勁富 LIANG JINFU 黃蔚炫 HUAMG WEIXUAN 梁国添 LIANG GUOTIAN 張文春 ZHANG WENCHUN 高星 GAO XING 林志向 LIN ZHIXIANG 郭策 GUO CE 续进 XU JIN 黃业豪 HUANG YEHAO 黃建洪 HUANG JIANHONG 冯广维 FENG GUANGWEI 区汉标 OU HANBIAO 郑志伟 ZHENG ZHIWEI 谢祿强 XIE LUQIANG 柯海彬 舒紅祥 SHU HONGXIANG 岳承好 YUE CHENGHAO 黃启 欧阳福根 OUYANG FUGEN 秦明 QIN MING 苏炳全 SU BINGQUAN 孙浩 SUN HAO 利国卫 LI GUOWEI YU JAEMOON 郑永聪 ZHENG YONGCONG 陈子名 CHEN ZIMING 邱國揚 QIU GUO YANG MEI WEI YANG 李英 LI YING 陈王刚 CHEN, YUGANG 陈广財 CHEN GUANCAI TONG CHEE SENG 马卫星 MA WEIXING 张銳 ZHANG RUI 邹润根 姚则锋 YAO ZEFENG 杨雄 YANG XIONG 封愛政 魏忠 WEI ZHONG 王德清 WANG DEQING 颜新刚 YAN XINGANG 方榮強 FANG JUNG-CHIANG 刘汉锐 LIU HANRUI 汪运富 曾庆杰 ZENG QINGJIE 袁斌 YUAN BIN 张立伟 ZHANG LIWEI 辛國輝 XIU GUOHUI 廖國平 LIAO GUOPING 王尧仁 WANG YAOREN 伍浩文 WU,HAOWEN 江达峰 黃勇 马志刚 MA ZHIGANG 李华 黄卫棠 HUANG WEITANG 邱增力 QIU ZENGLI 杨培良 YANG PEILIANG 黃坚局 HUANG JIANJU 余建贤 YU CHIEN XIAN 周良庆 ZHOU LIANGQING 卓辉 ZHUO HUI 李晓明 LI XIAOMING
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吴紅 WU HONG 彭向宏 PENGXIANGHONG 廖兆金 LIAO ZHAOJIN 罗順祥 LUO, SHUNXIANG 杨延軍 YANG, YANJUN 王宏良 WANG HONGLIANG 胡正飞 HU ZHENGFEI 汪新民 WANG XINMIN NOTARION CHERRY SALIMBOT 刘洋 LIU YANG 黃红江 HUANG HONGJIANG 桂记住 GUI JIZHU 邓军 DENG,JUN 严卫东 YAN WEIDONG MIRANDA JAMES HARVEY PABUSTAN 卞凤容 BIAN FENGRONG 刘圣杰 梁伟源 LIANG WEIYUAN 龚战新 GONG ZHANXIN NGUYEN VAN TRUONG 谈筱康 TAN XIAOKANG 刘晓彬 LIU XIAOBIN 李运良 LI YUNLIANG 刘志明 LIU ZHIMING 潘容生 PAN RONGSHENG 吴少平 WU SHAOPING 杜旭 DU XU 吳偉強 WU WEIQOANG EUGENE KOH YEW KIAT 吕战胜 LYU ZHANSHENG 余礼岳 崔伟明 周杰保 ZHOU,JIEBAO 李忠华 LI,ZHONGHUA 万玉林 WAN,YULIN 阮榮慶 RUAN RONGQING 李德盛 LI DESHENG 程国道 CHEN KUO-TAO 宋广明 范保生 FAN BAOSHENG 方偉強 FONG,WAI KEUNG CASTILLO CRISTINA 胡建國 HU JIANGUO 錢小磊 周武衛 CHOU,WU-WEI 李云 傅麟傑 FU,LIN-CHIEH 赵英齐 ZHAO YINGQI 彭武 杨洪云 YANG HONGYUN 卢永生 LU,YONGSHENG 梁健斌 LIANG,JIANBIN 黃广桓 HUANG,GUANGHUAN 李谋雄 LI MOUXIONG 邓家渝 DENG JIAYU ABON PEDRO BALICHA 万丰源 WAN,FENGYUAM 梁永光 LIANG YUNG KUANG 赵玉龙 ZHAO YULONG
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汪兆開 WANG ZHAOKAI 顏雪瑤 YAN XUEYAO BARADI CARLINA TABOY 趙群福 ZHAO QUN FU ELEGUIN EVELYN MANAWATAO
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Tabela IV 张英武 ZHANG YINGWU 张华 门磊 MEN LEI 莫叢香 MO CONGXIANG 莫广国 MO GUANGGUO 何学瑞 HE XUERUI 王忠友 WANG,ZHONGYOU 张智亮 ZHANG ZHILIANG 邵财定 SHAO,CAIDING 王新林 WANG XINLIN 周树标 车影顺 CHE YINGSHUN 韩学武 HAN XUE WU 许猛勇 XU MENGYONG 袁锐彬 YUAN RUIBIN 郭孟云 曾五庄 張建华 ZHANG JIANHUA 王希望 WANG XIWANG 金光光 JIN,GUANGGUANG 郑亞 林晓冲 LIN XIAOCHONG 宁湖青 NING HUQING 吴兴 WU XING 卜华兵 BU HUABING 刘群 陳穎 CHEN YING 梁柏成 LIANG BAICHENG 俞芳华 YU FANGHUA
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Tabela V
Tabela VI 罗浚通
Tabela VII TO THI HA
Tabela VIII
Tabela X
Nota: (*1) Bilhete de Identidade da República Popular da China (*2) Salvo-conduto da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau (*3) Passaporte da República Popular da China (*4) Bilhete de Identidade da República das Filipinas (*5) Bilhete de Identidade de Trabalhador Não-Residente (*6) Passaporte da República das Filipinas (*7) Documento de viagem da região de Taiwan (*8) Passaporte da República da Indonésia (*9) Passaporte da República da Coreia (*10) Salvo-conduto de residente de Taiwan para deslocação à China continental (*11) Passaporte da República da Índia (*12) Passaporte da Birmânia (*13) Passaporte da República Socialista do Vietname (*14) Passaporte da República da China (*15) Passaporte dos Estados Unidos da América (*16) Passaporte da Tailândia (*17) Passaporte da Malásia (*18) Bilhete de Identidade de Singapura (*19) Salvo-conduto de residente da República Popular da China para deslocação a Taiwan (*20) Bilhete de Identidade da Malásia (*21) Bilhete de Identidade de Hong Kong
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diário de um editor
João Paulo Cotrim
Sei de rios SÃO LUIZ, LISBOA, 12 MARÇO Que sei eu? Talvez por isso afirme que o fado atingiu agora extrema maturidade, sabor e saber entre figo e pão saído do forno, entre o vigor da técnica e o perfume do espírito. Fica-me isso em fundo de boca neste concerto, singelamente chamado de Camané e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, ainda que devesse incluir algures no título o director musical, Filipe Raposo. Lá está, que sei eu: quem decidiu o alinhamento, a escolha e o encadear dos temas, o avanço e recuo de cada instrumento, os silêncios? Saio esmagado no fim da semana, percebendo que desde a segunda-feira anterior tudo viria a estar contaminado por isto. Começa com o costumeiro atraso na percepção de que Camané está prestes a explodir e convém estar por perto. Salvam-me os bastidores (obrigado, Elsa. Obrigado, Aida). Os versos cantados em lâmina a sublinhar esses momentos revividos. O delírio de melodias despenteadas para lá da bainha descosida do pano negro. Bato com a mão na cabeça para interromper as correspondências entre o que agora oiço e o que vivi ao longo da semana, do ano, que digo?, dos anos. Camané, devias ser estudado pela física quântica, essas tuas maneiras de misturar num instante tempos e espaços. Esqueçamo-nos de mim, assunto implosivo do diário. Quem como ele arrisca experimentar sem perder o pé, voar de contrabaixo sem perder os arreveses da tradição. O verso de David Mourão-Ferreira seria o mesmo sem a energia de José Mário Branco? A paisagem de Jobim e Oliveira escavaria tão funda a sua inutilidade sem Raposo e a tua voz? Outros modos são possíveis, mas estes combinam lua e noite de forma única. Na variedade das canções, que vão do tango ao quase pop, na complexidade dos arranjos, no modo de jogar com os ritmos e as sensibilidades, com os instrumentos puxando o cantar para danças nada óbvias, com invariável certeza de que as palavras são o chão da boca Choro, quieto como convém. Na boca de cena do fado há um negro muito nosso, que precisamos escavar para libertar as selvas de cor que por ali se escondem. Sim, pode haver luxúrias de luz e aventura nas noites domésticas que guardamos nos bolsos. Reparo, não sem tristeza, que colecciono respostas íntimas a inquéritos de imprensa. Relembro esta,
h ARTES, LETRAS E IDEIAS
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pela mão da Manuela Paraíso. «Qual é a característica dos portugueses que mais o irrita? O coitadismo. Somos o povo que mais se lamenta, mas também o que mais embirra com quem faz e que ignora o que fez. Enfim, o espírito de rés-do-chão». Camané, tu resgataste o fado do coitadismo. MYMOSA, LISBOA, 6 MARÇO Nunca pensei. Devia tatuar mais esta no corpo, tão desafinado que vai com o que pensa. Estou com o Ferreira Fernandes a partir História, que vai sendo maneira nossa de abrir conversa, e logo José transfigura para me contar das ocultas razões que levaram o rio Kwanza a inventar país. Tanto angolano na minha vida e nenhum me havia falado com tal rasgo destas histórias trágicas de amor: um rio daquele tamanho parte para Norte ao encontro do oceano; desenha no encontro uma baía capaz de se erguer capital de reino Ndongo; e daí, por portas travessas, resolvido conflito com o outro reino não menos mítico do Kongo, faz nascer país assente na língua portuguesa que, sofrendo barragens e transvases, não deixa de ser nascente e foz. Kwanda sendo rio, na vez de moeda, faz toda a diferença. E ponto. Um ponto é tudo, assim titulou ele a melhor crónica da imprensa
portuguesa, citando poeta que se fez moçambicano, filho do que desenhou mitos à beira Tejo. Foi o Bruno Vieira Amaral que me perguntou, há uns anos e para a Ler: «Falta alguma coisa no seu BI? Sim, uma identidade». Eis-nos fadistas. O Bruno de Almeida filmou o namoro das esquinas com o mar da Palha, cenário de Sei de um Rio, fecho inolvidável do que ainda não vi: «Rio onde a própria mentira/Tem o sabor da verdade/Sei de um rio». MYMOSA, LISBOA, 11 MARÇO Almoço longo com o Carlos Querido, em rotineiro e soalheiro costume de camponeses, ele da zona oeste, faroeste, eu da Penha, a mais alta e infértil colina de Lisboa. Ambos mondadores do silêncio, lavramos à mesa uma alegria pesada. «Se canto, não me dói tanto/O coração magoado/Mas há em tudo o que canto/Este silêncio pesado», risca a Manuela de Freitas. À laia de conclusão, passou outra resposta a interrogatório, desta para papel de jornal do Fernando Alvim. «Só escrevi um fado, que João Lucas compôs, mas quando ouvi pela primeira vez o António Zambujo a cantar pedaço da minha delirante infância pensei por momentos que a vida podia fazer sentido, bre-
ve é claro. Breve o sentido e a vida, que a poesia só ensina a cair. Fado do Homem Crescido, escrito para o filme de animação homónimo que o Pedro Brito realizou, diz com imagens e sons e palavras que a amizade é impossível, pelo que estamos condenados à solidão. Ora nada mais vale senão a amizade.» SANTA BÁRBARA, LISBOA, 13 MARÇO, MADRUGADA A noite faz-se ainda mais noite com Lua cheia desta maneira. Faz-se bruta e provoca-me do outro lado do vidro, eterna companheira, lanterna de todos os versos. «É triste sorte/Que nos faz pensar na morte/E em tudo o que em nós morreu», diz João Ferreira-Rosa. Mas teria forma a vida sem o côncavo do que nos vai morrendo? Última resposta ainda ao Alvim. «Vi a chegada à Lua em directo e logo ali descobri uma vocação, que era magro e não me dava mal com as matemáticas. Um certo professor, contudo, deu-me a conhecer um tal de Fernando Pessoa, jaz morto mas não arrefece. Até já tinha lido poesia, mas nunca tinha lido poesia. Não mais me livrei dela, apesar de ainda ter continuado a achar durante anos que podia ser astronauta. Têm sido os versos a levar-me à lua e a prender-me à terra. A enterrar-me.»
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hoje macau quarta-feira 15.3.2017
RA uma vez uma escola, uma pequena escola de bairro, sem problemas sociais conhecidos. Apesar de ser uma terra de abundância de meios e nada lhe faltar, esta escola tem meninos e meninas que, tal e qual os de outras escolas com menos meios, agridem física e verbalmente outros meninos e meninas, desrespeitam professores e funcionários da escola. Todos eles necessitam urgentemente de ajuda… vítimas e agressores… pessoal docente e não docente… Qual tem sido o papel do Sr. Reitor1 e da Vice-reitora? Quais os procedimentos instituídos e que medidas têm tomado para assegurar a manutenção/ restauração da disciplina? Recebeu e falou com algum agressor? Acareou alguma vez agressor e vítima? Congregou os respectivos pais e encarregados de educação? Quantos processos disciplinares por violência escolar levantou? Quantos Conselhos de Turma? Algum registo escrito? Ou, pelo contrário, sistematicamente têm sacudido a incómoda “água do seu capote do poder” com a mofenta estola de arminho? Ou tudo não passa de alucinações dos “caladinhos” nas conversas de café na “Fusta”? E o Serviço de Psicologia? Que relatórios tem feito? Que abordagem tem tido nos casos de violência escolar? Que seguimento tem proporcionado e que medidas tem proposto à direcção da escola, quer para às vítimas quer para os agressores, quer para os docentes e não docentes? Toda a violência é geradora de sobressalto, mesmo a que é praticada em jeito de Talião. Mas a violência física é apenas parte do drama que um número indeterminado de crianças vive, tantas vezes silenciosamente, e que as afasta da escola e de tudo o que de bom esta deveria representar: há a violência verbal, a marginalização por este ou aquele motivo, que passa despercebida, pois enquanto os professores tomam o merecido café na sala do corpo docente ninguém está vigilante nos claustros e o sistema de videovigilância tem outros destinatários e propósitos que não a segurança dos alunos. Para quando uma dinamização profissional dos recreios? Por que não se aposta nos jogos tradicionais que transmitem regras de forma didáctica? Para quando a introdução destes temas com a devida pedagogia em acções destinadas aos alunos e ao corpo docente e não docente? Sim, há alunos que sofrem, há alunos que são marginalizados, há alunos que fogem (para a biblioteca ou para qualquer sitio onde haja um adulto) para não serem
O silêncio dos inocentes - o lado ne humilhados e que, por isto, não gostam desta escola. Mais grave, estes actos e factos foram banalizados e como todos os processos de “banalização do mal” gera uma resignação por parte da comunidade escolar que vai exigir medidas extraordinárias para reverter a violência exercida sobre os “patinhos feios” desta escola. O ambiente escolar é uma preocupação de todos, dos docentes, mas também dos pais, nomeadamente este fenómeno da violência escolar mais isolada ou, no anglicismo “Bullying”2, que é mais grave, pelo carácter reiterado. Também não é de estranhar uma identificação com a vítima, com o seu sofrimento, tantas vezes silente e pelo carácter insidioso da agressão, algumas vezes grupal. Mas esta identificação não se pode ficar pela compaixão, pela mera comiseração, ou com uma lágrima de circunstância, ou compunção encenada por dever de ofício. Nem se deve deixar a vítima cristalizar em processo de vitimização. A direcção da escola tem um dever de guarda e protecção das crianças que, por seu lado, estão em processo de socialização e de aprendizagem das regras elementares de vida em sociedade. Estes fenómenos de violência têm de ter uma atenção e resposta pronta por parte dos responsáveis da escola, seja ela dos Lusitanos, dos Francos ou dos Chins. Estes fenómenos não se auto resolvem e a escola tem de ter mecanismos de prevenção, de mediação e de repressão da indisciplina e da violência escolar (que estão bem plasmados no regulamento interno). Até porque a violência não tem como destinatário exclusivo típico uma criança designada a “gorda”, o “trinca-espinhas”, o “caixa de óculos”, a “coxa” ou simplesmente o que não ostenta, desde o 1º ciclo, o iPhone topo de gama, e como tal é ridicularizado na sua particularidade, diferença ou falta de denominador comum que lhe dá salvo conduto de acesso ao grupo. A “lei da selva”, onde o mais forte imperava, não convém a uma Escola Humanista do século XXI. A escola não pode ser uma incubadora que potencia a violência grupal ou individual contra os mais fracos. Violência que já galgou os muros e inunda o relacionamento privado em que o fenómeno passa desapercebido aos pais que convivem despreocupadamente, enquanto este fenómeno escolar se reproduz... A escola tem de ser garante da formação e da transmissão dos valores correctos. Cumpre a cada um dos pais, cujos filhos frequentam essa escola da paróquia, indagar o que lá se passa, para além das portas, janelas e postigos, cuja obra, equívoco crasso do Sr. Reitor3, manifestamente não é idónea a resolver este gravíssimo problema, mas apenas para permitir que o mesmo seja escamoteado!
ROBERT MULLIGAN, TO KILL A MOCKINGBIRD
OPINIÃO
Quantas vítimas, em silêncio, tiveram de mudar de escola e até de continente para fugir à crueldade da violência escolar numa instituição que não protege os mais fracos e com manifesto insucesso no que tange a aprendizagem dos valores essenciais que devem ser ministrados na disciplina de formação cívica? Quantos professores e funcionários auxiliares são diariamente humilhados e ofendidos, por angélicos meninos e meninas de tenra idade, sem que lhes seja restaurada a dignidade e autoridade devida?! Quantos professores e funcionários se encontram desmoralizados e sem esperança por esta desdita de terem de trabalhar diariamente, entregues a si próprios, sem reforço com a inacção duma direcção procrastinadora que os devia apoiar? Será aceitável deixar os agressores reincidentes sem castigo e as vítimas sem reparação ? Será aceitável que os adultos docentes adoptem como resposta defensiva: “não quero saber de queixinhas!!” Todos os indícios e todas as barreiras físicas criadas só servem para escamotear toda esta gravíssima situação, sendo de concluir que há falta de cumprimento do dever de zelo da direcção desta escola, no que respeita à sua função de garante da
disciplina, da segurança e da saúde física e moral dos alunos cuja guarda, durante o tempo lectivo, lhes foi confiada pelos respectivos pais e encarregados de educação. Dever de zelo que também se lhes impõe para respeitar e fazerem respeitar os direitos e deveres dos alunos, legalmente consagrados4, e replicados no regulamento interno aprovado (?) pela entidade competente (?). Longe vão os tempos dos “putos” cantados pela voz timbrada de Carlos do Carmo: estes nossos putos já não jogam com bola de pano, não sabem o que é o arco que rola e as caricas, berlindes, abafadores e piões só os conhecem de ouvir falar, como
Os indícios e as barreiras físicas criadas só servem para escamotear toda esta gravíssima situação, sendo de concluir que há falta de cumprimento do dever de zelo da direcção
21 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
OPINIÃO MANUEL GOUVEIA Pai
gro e insidioso da violência escolar
peças de museu de brincadeiras d´antanho. Muitos já nem quando a tarde cai lhes passa a revolta, nem tão pouco já se sentam ao colo do pai… nem a ternura lhes volta… Talvez esteja na altura de lhes proibir o uso, dentro da escola, de smartphones e máquinas de jogos electrónicos, objectos do tipo estupidificante que servem para discriminar e os alienam das brincadeiras e dos jogos que lhes são próprios da idade. A escola já disponibiliza telefone fixo para as comunicações com os pais, que é o que importa assegurar bidireccionalmente. Este fenómeno da violência escolar exige medidas proactivas de vigilância, prevenção e mediação5 para gestão e resolução de conflitos, de modo a construir uma escola segura e sã, onde as crianças cresçam sem medo, de forma empática, sabendo distinguir, uns e outros, quais os comportamentos que são aceitáveis e inaceitáveis. Este últimos devem ser reprovados, denunciados e os danos, quando ocorram, devidamente reparados. Urge declarar TOLERÂNCIA ZERO À VIOLÊNCIA ESCOLAR, seja ela de que tipo for. Nos diversos ciclos devem ser promovidos grupos ad hoc com pessoal docente, não docente e chamar os pais a participar neste projecto.
Sempre que necessário promover reuniões com os alunos e encarregados de educação (dos alunos envolvidos) para debater os factos ocorridos, e colher quer a censura quer as medidas de restauração do bem jurídico violado, e assegurando que todos os alunos tomaram conhecimento. Se isto for feito, recorrendo desde logo ao bom senso e às regras duma sã vida em sociedade, terá como efeito necessário uma aprendizagem efectiva dos valores essenciais que devem ser objecto da formação cívica. A criança deve ser confrontada com os factos, com os seus actos, procurar saber por que o fez, e convidá-la a verbalizar e tomar consciência da gravidade e reprovação social dos mesmos, para que se arrependa e sinceramente procure ressarcir a vítima sujeitando-se a uma pena, por exemplo, que o grupo ou a turma considere adequada. Estas práticas, muitas vezes desenvolvidas em círculo (onde todos têm oportunidade de se confrontar cara a cara), permitem que os alunos partilhem as suas emoções e desenvolvam um sentimento de pertença e de comunidade, no respeito pelas suas diferenças, individualidade e até, quando é o caso, pelas deficiências ou limitações do seu colega, estimulando a entreajuda, e até a salutar defesa do terceiro, mais fraco, normalmente a vítima deste jogo de poder. Da escola esperamos que forme cidadãos conscientes e honrados, não cobardes que se comprazem com o sofrimento infligido ao seu colega mais fraco, ou que assistam passivamente a estes actos inaceitáveis. Os pais, cujo tempo útil, durante a semana, é diminuto, comparativamente ao tempo lectivo, têm o direito de ser informados do comportamento e evolução do processo de socialização dos seus educandos e até, de preferência, em participar activamente neste processo. Têm o direito e o dever de saber se o seu educando foi vítima ou agressor para o apoiar ou repreender, como educador e ultimo garante da sua formação cívica e moral. Por uma escola segura, sadia e civicamente evoluída: Basta do fazdecontaquesenaoescrevermosefingirmosquenadasepassounadasepassou!! Porque se nada mudar, se nada se fizer, um dia destes, como noutros dias, em muitos sítios do mundo, pode haver um menino, dos 6 aos 18 anos, que se desespera e que, no seu desespero sem esperança, pode fazer algo definitivo para se livrar duma violência escolar sem controlo, conscientemente negligenciada, pelas múltiplas denúncias de que tem tido conhecimento! Foi na esperança de poder evitar uma fatalidade destas, bem como para ajudar a parar o sofrimento silencioso das vítimas, que foram escritas estas linhas, para que algo mude... decisivamente!
1 - Cf, historicamente o artigo 16.º do Decreto n.º36:508, de 17/09/1947, já mais coevamente o Decreto-Lei n.º24/97/M, de 16/6 os passou a designar Director e subdirector, Artigo 3.º(Órgão de direcção) 1. O órgão de direcção do Liceu é constituído por um director e quatro subdirectores. 3. O director e os subdirectores são equiparados, para efeitos de vencimento, respectivamente, a chefe de divisão e a chefe de sector. 2 - “uma forma particular de violência associada sempre a uma relação de poder entre alguém que se apresenta como superior e um seu igual que se considera inferior e incapaz de responder à agressão” – enquanto outros autores amplificam o significado do conceito, integrando nesta categoria diferentes formas de indisciplina escolar. 3 - Não fora a exiguidade circundante e a próxima obra do Sr Reitor seria a construção dum fosso, com crocodilos de estimação famintos, para melhor impedir o acesso dos pais ao recinto escolar. 4 - Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro (República Portuguesa) Aprova o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e secundário e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação (cujas normas, designadamente direitos e deveres dos alunos se devem repercutir nos regulamentos internos e de disciplina das Escolas dos Lusos) Artigo 7.º Direitos do aluno São direitos do Aluno, nomeadamente: a) Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas; … f) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral; Artigo10.º Deveres do aluno São deveres do Aluno, nomeadamente: … d) Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, discriminar alguém em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social, ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas: … f) Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;
g) Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os alunos; … i) Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente do local ou dos meios utilizados, que atentem contra a integridade física, moral ou patrimonial dos professores, pessoal não docente e alunos; j) Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos; x) Reparar os danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou em equipamentos ou instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer atividades decorrentes da vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a reparação, indemnizar os lesados relativamente aos prejuízos causados;
5 - A mediação escolar possibilita uma gestão positiva de conflitos e tem sido objecto de trabalhos, designadamente de licenciatura e mestrado. Tem sido implementada em diversos países. Um programa de Mediação Escolar global pretende: 1. Um programa de Mediação entre colegas, que trata de conflitos entre estudantes (dimensão horizontal), entre estudantes e adultos (dimensão vertical), e entre adultos (dimensão horizontal). 2. Os pais compreendem o programa, usando as habilidades em casa, dando apoio constante aos filhos. 3. A direcção da escola, os professores, o pessoal auxiliar e administrativo fazem parte activa do programa, usando os princípios da Mediação, implementando o programa e dirigindo os conflitos para a Mediação. 4. Tem de existir formação para todos os intervenientes na escola. 5. O mediadores devem ser os próprios estudantes (no caso de conflitos entre eles); 6. Ensina-se na aula, a todos os estudantes, a resolverem conflitos através da comunicação eficaz e no desenvolvimento de habilidades pessoais (Mediação entre-Pares). 7. Essas aulas devem ser ministradas por professores com capacitação prévia fornecida por Formadores em Mediação. 8. No caso de conflitos de dimensão vertical, o mediador deverá ser externo à instituição. 9. Os adultos procuram resolver os seus conflitos através da Mediação (conflitos entre professores, entre professores e pais, etc.)
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FRACA
O QUE FAZER ESTA SEMANA Hoje
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ROTA DAS LETRAS | CONCERTO DE SÉRGIO GODINHO 20h30 | Teatro Venetian
Diariamente EXPOSIÇÃO | “ANSCHLAG BERLIM – DESENHO DE CARTAZES DE BERLIM” Galeria Tap Seac
O CARTOON STEPH
EXPOSIÇÃO “CONFUSION OF CONFUSIONS - WORKS BY YOYO WONG” Armazém do Boi | Até 26/3 EXPOSIÇÃO “VELEJAR NO SONHO” DE KWOK WOON Oficinas Navais N.º1 | Até 23/4 EXPOSIÇÃO “SOLIDÃO”, FOTOGRAFIA DE HONG VONG HOI Museu de Arte de Macau PROBLEMA 197
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 196
Cineteatro
C I N E M A
UM DISCO HOJE
SUDOKU
DE
EXPOSIÇÃO “WORKS BY LEI CHEOK MEI” Armazém do Boi | Até 26/3
EXPOSIÇÃO “ENTRE O OLHAR E A ALUCINAÇÃO” DE JOÃO MIGUEL BARROS Creative Macau (Até 25/3)
1.15
MADEIRA ESCURA
ROTA DAS LETRAS | “ANTES E DEPOIS DE TONY AWARD”, ENTREVISTA COM GARRY HYNES 19h00 | edifício antigo tribunal
EXPOSIÇÃO “AD LIB” DE KONSTANTIN BESSMERTNY Museu de Arte de Macau (Até 05/2017)
YUAN
AQUI HÁ GATO
ROTA DAS LETRAS | “UMA VIDA LITERÁRIA”, ENTREVISTA COM BRIAN CASTRO 18h00 | edifício antigo tribunal
EXPOSIÇÃO “TRACING LINERS”, DE JOÃO PALLA Casa Garden
0.22
Envernizadas, austeras, cheias de rococós e torcidos asfixiantes e que fecham os sentidos em fúnebres carvalho e cerejeira. Nós, gatos, morremos sem alarido, apodrecemos algures esquecidos e somos comida para os bichos às claras. Os humanos seguem outros ritos, entre eles o enterro dos mortos em caixas de madeira escura trabalhada. Mas a carpintaria funerária também serve como decoração de interiores. É madeira que combina bem com naperons, com cheiro a naftalina, jarras de flores plásticas e fotografias amarelecidas pelo tempo. É uma decoração estagiária, preliminar, para a morte. Além de servir uma forma tradicional de falta de bom gosto é o material de eleição de serviços estatais. Tribunais do desconforto cervical, repartições de finanças das lamúrias, cartórios notoriamente notariais, conservatórios do registo de esperanças perdidas, por aí fora. Quem vai aos serviços tira uma senha para o seu próprio enterro e depois aguarda num caixão onde jaz uma multidão de companheiros pré-mortos. Deviam encher as repartições com faustosos ramos de flores, ciprestes e carpideiras profissionais, enquanto se preenche o formulário B e se perde o pulso no Anexo 1. Milhares de minutos falecem de morte burocrática no sacrifício à celulose. Estes arbóreos símbolos de morte são alimentados pelo adubo dos nossos cadáveres, num eterno ciclo que gira em torno da madeira escura. Pu Yi
“YOU KNOW WHERE THE EAST IS” | ZUOXIAO ZUZHOU
Zuoxiao Zuzhou vem de Pequim com sons capazes de remeter para Tom Waits e letras que misturam sátira, escuridão e uma orientalidade que é só dele. O seu primeiro álbum data de 1998. Escolher entre a já extensa discografia não é fácil, mas “你知道东方在哪一边 You Know Where the East Is” pode abrir o apetite para uma exploração maior. Crítico, satírico e politicamente incorrecto, o multifacetado artista é uma lufada de ar fresco, não apenas na China, mas no panorama musical em geral. Sofia Margarida Mota
KONG: SKULL ISLAND SALA 1
KONG: SKULL ISLAND [C] Filme de: Jordan Vogt-Roberts Com: Tim Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson 14.30, 16.45, 21.30
KONG: SKULL ISLAND [C][3D] Filme de: Jordan Vogt-Roberts Com: Tim Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson 19:15 SALA 2
THE FOUNDER [B] Filme de: John Lee Hancock Com: Linda Cardellini, Michael Keaton,
Patrick Wilson 14.30,16.45, 21.30 SALA 2
LA LA LAND [B] Filme de: Damien Chazelle Com: Ryan Gosling, Emma Stone 19.15 SALA 3
THE GIRL WITH ALL THE GIFTS [C] Filme de: Colm McCarthy Com: Gemma Arterton, Sennia Nanua, Paddy Considine 14.30, 16.30, 19.30, 21.30
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23 hoje macau quarta-feira 15.3.2017
ÓCIOSNEGÓCIOS
BAR CELONA, TAPAS AND RICE ANTÓNIO GUIJARRO, PROPRIETÁRIO
Da Catalunha a Macau O Bar Celona, Tapas and Rice traz a Macau os sabores catalães. Dos petiscos característicos ao arroz único da região, o espaço aberto desde 2015 tem contado com casa cheia e orgulha-se da sua exclusividade
espaço que faz parte do desenvolvimento de Macau. A localização, na zona da Areia Preta, também confere uma maior proximidade à verdadeira Macau, o que agrada a muitos visitantes.”
ARROZ CATALÃO
Apesar de as tapas serem a especialidade, António Guijarro explica que o sucesso do Bar Celona se deve a muito mais do que isso. Deve-se ao todo. “Penso que as pessoas que nos visitam não o fazem apenas pelas tapas, mas principalmente por apreciarem todo um produto que nos propomos oferecer e que faz parte da cultura do próprio espaço.”
C
HAMA-SE Bar Celona, Tapas and Rice e é o espaço pensado para trazer os sabores da Catalunha ao Oriente. A ideia partiu do proprietário, António Guijarro, natural de Barcelona. António esteve sempre ligado à hotelaria e a vinda para Macau teve na origem um convite enquanto consultor de restauração. “Após uma passagem pela Austrália vim ao território fazer consultadoria no âmbito da abertura de um hotel. Já na altura a ideia era a mistura de conceitos que fundissem cozinhas.” Perante a diversidade do território, António Guijarro pensou em fazer algo mais. “Queria fazer alguma coisa que pudesse contribuir para o movimento e política da diversidade de oferta turística em Macau”, diz ao HM. Se, por um lado, já era um território dotado de uma grande variedade de restaurantes de diferentes géneros e todos “muito bonitos”, Barcelona ainda não tinha um lugar na península. “Os espaços que encontrei iam da cozinha portuguesa à local e passavam por muitos tipos de cozinha do ocidente. No entanto, Barcelona tem características gastronómicas únicas e queria fazer a minha contribuição particular”. Com o caminho percorrido desde a abertura do Bar Celona, em 2015, António Guijarro “esqueceu” os obstáculos que entretanto teve de ultrapassar e preserva as alegrias que, afirma, têm sido muitas, especialmente no que diz respeito à receptividade por parte da população local. “Os locais têm sido incríveis desde a nossa abertura. O espaço é muito bonito e temos contado com casa cheia permanentemente”, afirma satisfeito. Os clientes podem ser famílias ou grupos de amigos com idades entre os 20 e os 50 anos, que querem comer bem e passar um bom bocado. “Cerca de 60 por cento dos nossos clientes são locais”, diz.
“Temos turistas da Coreia, Japão e Singapura que procuram um restaurante de primeira qualidade.” Do todo fazem parte os alimentos que, na sua maioria, são importados “e de grande qualidade”. A razão, aponta, “é não ser possível encontrar, deste lado do mundo, produtos semelhantes. Não têm a mesma intensidade e prezamos manter os sabores originais”. A ideia é manter uma cozinha típica, clássica e autêntica. Mas o Bar Celona – Tapas and Rice não oferece só os petiscos, e a opção pelos pratos de arroz nada tem que ver com a presença oriental, muito pelo contrário. O arroz, aqui, é específico da Catalunha e, segundo o proprietário, dotado de um sabor único. “A Catalunha produz e tem uma forma de cozinhar o arroz também única. O cereal, cultivado entre o mar e as montanhas, não se encontra em mais parte nenhuma do mundo”, explica. “Temos uma grande variedade de arroz que misturamos com outros produtos. Por exemplo, temos como especialidade o arroz de lagosta, que é um prato que aqui não existe”. Para o futuro, António Guijarro vê a expansão. A ideia é exportar a marca para as maiores cidades asiáticas. “Já estamos a pensar em Hong Kong, Singapura, Taipé e Zhuhai”, remata. As aplicações de turismo ajudaram no sucesso do lugar e é através delas que chegam muitos visitantes dos mais diversos lugares. “Temos turistas da Coreia, Japão e Singapura que
procuram um restaurante de primeira qualidade.” Para o proprietário, a grande adesão deve-se também ao crescente número de turistas que tenta fugir aos casinos. “É um
Sofia Margarida Mota
sofiamota.hojemacau@gmail.com
BAR CELONA, TAPAS AND RICE • Rua de Venceslau de Morais, 16
“
A
Coreia do Norte voltou ontem a denunciar os exercícios militares da Coreia do Sul e Estados Unidos, que são um ensaio de um ataque preventivo a Pyongyang, e ameaçou lançar “ataques ultra precisos” perante violações da sua “soberania”. Se Seul e Washington atentarem contra a soberania, “os ataques ultra precisos” das tropas norte-coreanas “vão realizar-se sem piedade em terra, ar e mar”, alertou num comunicado publicado pela agência estatal de notícias norte-coreana KCNA. A nota avisa Seul e Washington, que actualmente levam a cabo as suas manobras anuais Foal Eagle e Key Resolve, de que os “porta-aviões de propulsão nuclear e o resto de activos estratégicos dos imperialistas sul-coreanos estão ao alcance dos ataques ultra precisos do Exército Popular da Coreia”.
EM MANOBRAS
O texto do regime de Pyongyang surge um dia depois de os aliados iniciarem os PUB
amortalhados em resina de papoila/jazem teus dedos brancos e finos/com bicos de cegonha/ e na clepsidra continuam a gotejar/teus versos escritos ao vapor do vinho”
Jorge Arrimar
Os avisos do costume Pyongyang ameaça responder a Seul e Washington com ataque “ultra preciso”
seus exercícios de combate simulado Key Resolve, que vão durar até dia 24, e que começaram a executar também, no passado dia 1,
o Foal Eagle, manobras que serão concluídas no final de Abril. O destacamento de activos militares este ano para
os exercícios é o maior até à data, já que Washington incluiu os seus caças F-35B e o porta-aviões nuclear Carl Vinson, depois de o regime
Se Seul e Washington atentarem contra a soberania, “os ataques ultra precisos” das tropas norte-coreanas “vão realizar-se sem piedade em terra, ar e mar.” COMUNICADO PUBLICADO PELA AGÊNCIA ESTATAL KCNA
norte-coreano ter realizado em 2016 um número recorde de testes nucleares e de mísseis. Pyongyang, que denuncia periodicamente a natureza não defensiva destas manobras, já lançou no passado dia 6 de Março, em jeito de resposta ao início do Foal Eagle, quatro mísseis balísticos de médio alcance que caíram em águas japonesas. Ao clima de especial tensão que se vive na península coreana junta-se a instalação, desde a semana passada, em solo sul-coreano do estado antimísseis THAAD. Este sistema norte-americano para travar projécteis norte-coreanos que ameacem cair na Coreia do Sul gerou críticas do regime de Kim Jong-un e da China, que considera que interfere nos seus sistemas de defesa.
quarta-feira 15.3.2017
PIZZI E CARRILLO EM RISCO PARA CLÁSSICO
Pizzi e Carrillo estão em risco para o clássico com o FC Porto, da 27.ª jornada, se na próxima partida, em casa do Paços de Ferreira, forem admoestados com cartão amarelo. O médio internacional português, com quatro cartões amarelos há várias jornadas, não limpou a folha na recepção ao Belenenses e segue para a próxima jornada novamente em risco de falhar o jogo seguinte, ou seja, o clássico na Luz. Antes de ser substituído e já depois do 3-0, Pizzi deslocou-se à zona técnica e conversou com Rui Vitória. Mas o médio saiu pouco depois do desafio, por troca com André Horta. Além de Pizzi, também o internacional peruano, André Carrillo, ficou ontem em risco de poder falhar o jogo com o FC Porto, isto porque viu (aos 71’) o quarto cartão na Liga, em 16 jogos.