Hoje Macau 17 JUN 2015 #3353

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Director carlos morais josé pub

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terrenos

Uma lista cada vez mais curta política Página

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opinião Do aroma ao perfume antónio conceição júnior

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q u a r ta - f e i r a 1 7 d e j u n h o d e 2 0 1 5 • ANO X i v • N º 3 3 5 3

executivo poderá negociar tolerância zero nos casinos

Cigarro da paz Os dados são claros e deixam pouca margem para dúvidas: número de jogadores VIP a diminuir 17%. Duração de estadias a cair 24%. Para agravar o quadro 32% ameaçam ir jogar para outros destinos. É o resultado de um estudo encomendado por todas as operadoras que contraria os dados do Governo. Este, no entanto, poderá agora estar aberto a discutir o assunto.

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novos casinos

O estranho mundo do Cotai pub

grande plano P.3

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diário de bordo

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hoje macau quarta-feira 17.6.2015

por carlos morais josé

ontem macau

“Considerando não haver nenhum mecanismo e condição que evite eventuais e desnecessárias controvérsias relativas à doação, os SS ainda não efectuam este tipo de procedimentos”

Uma baforada de bom senso Chui Sai On tem razão quando diz que a quebra das receitas do Jogo nada tem a ver com proibição de fumar. Mas não tem a razão toda e os números que as operadoras hoje apresentam são disso testemunho. Se pensarmos um pouco, não é do interesse das operadoras que se fume nos casinos. Estou convencido que os seus donos prefeririam um ambiente mais saudável para todos. Por isso acredito mais nos dados agora revelados, no que na estatística apresentada pelo Governo, certamente através dos Serviços de Saúde, os mesmos que montaram a campanha mais fundamentalista que alguma vez aconteceu em Macau.

De facto, não vislumbramos que interesse poderiam ter os casinos em albergar fumadores, se não soubessem que uma parte significativa das suas receitas desaparecerão com o fumo. Sobretudo, nas salas VIP, afinal onde se realiza diariamente a mais importante recolha de dinheiro para os cofres das operadoras, da RAEM e da população de Macau. (Interessante o facto do estudo governamental ter feito um “referendo informal” à população, tendo obtido o resultado de 70% a favor da proibição total do fumo nos casinos. Não se percebe bem é porque razão a população há-de ter opinião sobre isto, que não

édito a afecta directamente, e não sobre... outras coisas. Esperamos que tenha existido uma cuidadosa protecção dos dados pessoais dos “referendados”.) A verdade é que nem sempre a realidade não se curva perante os nossos desejos e tem aquele mau feitio de ir contra o que nos parece mais lógico, mais saudável e etc.. Basta, contudo, um pouco de bom senso para que se encontre uma alternativa ou várias alternativas que deixem todos satisfeitos. É por isso positivo que o Governo não se incruste na “tolerância zero” e deixe uma porta aberta à negociação. Se assim fizer, mais não mostrará que entende a realidade da cidade que

Al-Qaeda no Iémen anunciou a morte de líder em ataque americano. Nasser al-Wuhayshi, antigo secretário de Bin Laden, era visto como o segundo mais importante líder da rede terrorista global. Foi ele quem apareceu no vídeo de reivindicação do ataque contra o Charlie Hebdo.

governa e, nesse sentido, não correrá o risco de ver biliões a serem desviados para outros casinos das redondezas que, provavelmente, estarão a esfregar as mãos de contentes com esta atitude da RAEM. E convém não esquecer também que, sendo a maior parte do dinheiro aqui gasto de cidadãos chineses e de origem chinesa, é muito bom para o país que parte desse dinheiro fique em terra chinesa e não desapareça para os cofres e as economias de outros países. Uma baforada de bom senso, na hora certa, tem evitado enormes descalabros. Agora precisa-se.

horah

• Comunicado dos SS, sobre a doação de órgãos em Macau

“Este projecto de lei não foi aprovado, o que lamentamos. É uma lei que se aplica em quase todos os países e territórios. Sem a lei, é reduzida a capacidade das associações na defesa dos direitos dos seus trabalhadores” Lam Heong Sang • Vice-presidente da AL, sobre a não aprovação do projecto de lei sindical de Pereira Coutinho

“Será que olhando ao papel que a CFD representa (...) vislumbramos formas de evolução? Será que é possível, sem ferir a harmonia do sistema, incrementar os poderes de intervenção da CFD? Pensamos que sim” Leonel Alves • Presidente da Comissão de Fiscalização e Disciplina das Forças de Segurança, sobre o reforço de poderes da comissão

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“Macau está a cooperar com Moçambique através da formação de quadros, na área do Turismo, Finanças e Educação, porque temos estudantes aqui que frequentam os seus cursos na Universidade de Macau. Há muitas áreas cobertas pela cooperação com o nosso país” Rafael Custódio Marques, cônsul-geral de Moçambique em Macau, sobre a cooperação da RAEN com Moçambique | P. 7

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; André Ritchie; David Chan; Fernando Eloy; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Rui Flores Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo

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Cotai Especialista critica organização do espaço

Um mundo à parte António Falcão

Num artigo da revista Forbes, o especialista em Jogo Muhammad Cohen critica a organização do espaço dos casinos do Cotai, justificando falta de coesão com o ambiente circundante. No entanto, deixa uma nota de esperança de que aconteça uma ‘mimesis’ do tradicional no Broadway Macau

grande plano

das”. Na sua opinião, não faltará muito tempo para que estes acessos sejam parcos para as necessidades do turismo e residentes locais. “A visão tem que ser holística e a RAEM, sendo constituída por uma península e duas ilhas, tem que ser pensada assim porque a cidade vai continuar a ter problemas de grandes concentrações e tráfego”, sublinhou Carlos Marreiros.

Broadway, um espelho faz de conta

Mohammad Cohen deixa, no entanto, a nota de uma possível mudança de paradigma. O colunista vê na abertura do Broadway Macau – parte do Galaxy – o início de um hipotético bom caminho. Isto porque, de acordo com Cohen, este complexo e a sua rua de restaurantes e entretenimento ao ar livre vêm dar aos turistas e visitantes a oportunidade de experienciar toda a cidade num só local.

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ara o especialista em Jogo Muhammad Cohen o aspecto mais negativo das construções do Cotai está relacionado com um “virar de costas” ao resto do património e zonas antigas, aquilo que considera ser a particularidade da cidade. É o que escreve Cohen num artigo de opinião escrito para a revista Forbes, onde o também editor do website Inside Asian Gaming refere que os acessos dos casinos – nomeadamente do Galaxy – para zonas como a Vila da Taipa são quase inexistentes. “Atravessar do Galaxy até à vila Velha da Taipa obriga à passagem de seis faixas de rodagem que não têm um único semáforo ao longo de cem metros desde o principal acesso da vila”, frisa como um dos exemplos. Cohen escreve para a Forbes e redigiu o seu artigo na óptica de alguém que não vive na RAEM a tempo inteiro, mas o HM consultou arquitectos locais sobre este assunto e a opinião é unânime: o Cotai deveria ter mais acessos pedonais para que a deslocação das pessoas fosse facilitada. Carlos Marreiros partilha desta perspectiva, referindo mesmo que toda a cidade precisava de mais acessos, tanto nas principais artérias como nas menos movimentadas. “O Cotai surge como uma zona de concentração de casinos em Macau e, naturalmente, que os acessos não são suficientes”, começa Marreiros por dizer ao HM. “É preciso, em termos de espaços e percursos pedonais e de passagens superiores, apostar mais nessas infra-estruturas, nomeadamente para as zonas vizinhas”, explicou. A

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lógica que deve ser seguida, de acordo com o arquitecto, é a de “interacção” entre o Cotai e toda a zona circundante.

Da entrada se fez saída

Em “Macau Peninsula, Cotai - A Tale of Two Cities For Urban Casino Integration”, Cohen compara o arranjo urbano dos casinos da península e do Cotai, explicando que as primeiras construções conseguiram imiscuir-se melhor na cidade do que aquelas feitas na zona entre a Taipa e Coloane. O texto do especialista apoia-se num outro artigo, desta vez de foro

“Atravessar do Galaxy até à vila Velha da Taipa obriga à passagem de seis faixas de rodagem que não têm um único semáforo ao longo de cem metros desde o principal acesso da vila” Muhammad Cohen Especialista em Jogo

académico. Os seus autores - Andrew Klebanow e Steven Gallaway - montaram, em Abril deste ano, um documento completo sobre a história dos casinos pelo mundo. Sobre Macau, um dos problemas apontados foi precisamente a falta de acessos e consequente desconhecimento da maioria de turistas sobre a cidade além-Jogo. “Os peões devem primeiro fazer todo um caminho até à estrada principal e depois encontrar uma passagem pedestre para uma travessia segura e isso é uma pena porque as ruas perto dos resorts estão repletas de restaurantes, lojas e construções arquitectónicas feitas durante a governação portuguesa. Trata-se de um bairro atractivo e interessante, mas apenas conhecido pelos seus residentes e turistas ocasionais”, escrevem no artigo. Tal demonstra, assim, que o planeamento urbano da RAEM não passa despercebido lá fora. Um dos principais pontos é a falta de portas de entrada e saída, que na maioria das vezes dão para outros casinos e hotéis, mas não para zonas de lazer não relacionadas com o Jogo. No entanto, as críticas atingem somente o Cotai e não a península, já que também Klebanow e Gallaway - como Cohen - descrevem os casinos de Macau como sendo os que “mais harmonia” têm com

o ambiente circundante. “Não há melhor exemplo de harmonização com os bairros vizinhos do que o dos casinos integrados no distrito central de casinos da península”, começam por explicar. A razão, dizem, reside no facto de haver espaços limitados de terrenos para que grupos como a MGM, a Wynn ou a SJM expandissem, acabando por permitir “uma movimentação livre de visitantes para dentro e para fora dos casinos”. No caso destes complexos, as entradas e saídas levam à rua, nomeadamente a uma frente ribeirinha e à zona dos NAPE, munida de uma série de restaurantes, bares e clubes nocturnos e joalharias.

Não se esqueçam dos residentes

Marreiros foca a evolução da cidade no bem dos seus residentes, mais do que no Turismo. Assim, o profissional lamenta a carência de meios e acessos de deslocação do Cotai para a Taipa e Coloane. “A comunicação entre as duas ilhas que formam aquela zona devia ser maior e melhor para que assim a população de Macau pudesse usufruir deles”, continua. Para o arquitecto, a passagem superior – que liga o Cotai à zona do aeroporto e da Taipa – e a rua pedonal frente ao Quartel do Exército de Libertação que dão para os casinos “demoraram muito tempo a ser construí-

“A visão tem que ser holística e a RAEM, sendo constituída por uma península e duas ilhas, tem que ser pensada assim porque a cidade vai continuar a ter problemas de grandes concentrações e tráfego” Carlos Marreiros Arquitecto

“A expansão do Galaxy inclui o Broadway Macau, desenhado para trazer os sabores de Macau para o Cotai, usando vendedores locais num cenário de rua ao ar livre. Talvez, não surpreendentemente, esta actividade no rés-do-chão deite cá para fora toda a periferia de propriedade”, explica Cohen. Já Marreiros considera que, embora o Cotai seja “uma história de sucesso” em termos de construção concentrada de uma só indústria, não espelha exactamente o conteúdo de toda a cidade, da qual fazem parte os monumentos, outros edifícios patrimoniais, restaurantes e lojas típicas e afins. Em suma, uma das soluções para revitalizar o turismo em zonas turísticas mas não muito visitadas é melhorar os acessos oferecidos, tanto em qualidade como em quantidade. O HM tentou contactar outros especialistas da área do Urbanismo e Arquitectura, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição. Leonor Sá Machado

leonor.machado@hojemacau.com.mo


política

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gcs

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Terrenos Governo já não recupera 16 da lista de 48

No segredo dos deuses Eram 113 os terrenos que formavam a lista de espaços a serem analisados para definir a sua caducidade ou não. Depois o número desceu para 48 e agora são menos 16 os que o Governo pretende recuperar. Detalhes não existem e Raimundo do Rosário justifica apenas que a decisão vem “do antigo Governo”

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Governo retirou 16 terrenos da lista dos 48 que deveriam ser recuperados pela Administração, por não aproveitamento ou caducidade da concessão. O anúncio é feito pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, depois de uma reunião com a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras, que decorreu ontem. “Há 48 terrenos [na lista de terrenos para declarar a caducidade] e a situação é o seguinte: há 18, como é de conhecimento

público, estando até publicados em Boletim Oficial com declaração de caducidade, há mais cinco que em breve serão publicados, há nove que estão ainda em análise nas Obras Públicas e há 16 que não preenchem os requisitos da declaração de caducidade”, começou por explicar Raimundo do Rosário. Em síntese, o Secretário explicou o que aconteceu a estes 16 terrenos é que “não foram preenchidos os requisitos para a declaração da caducidade”. Contudo, mais informações o Secretário não dá, ficando por se saber a quem

pertenciam estes lotes ou sequer a sua localização. “Se não preenchem os requisitos para declarar a caducidade confesso que não estou a ver porque é que devemos divulgar. Analisámos o caso e chegámos à conclusão que no fundo estão bem, ou que não estão assim tão mal que seja necessário declarar a caducidade”, argumentou Raimundo do Rosário, adiantando que a decisão já “vem do antigo Governo”. “No início do ano dei instruções às Obras Públicas para verem duas situações: uma são as concessões que

GDI fora da reestr uturação Durante a apresentação da Linhas de Acção Governativa, Raimundo do Rosário tornou pública a decisão de reestruturar e organizar a sua pasta, sendo que haveria a possibilidade de alguns serem fundidos. Ontem, em Boletim Oficial, foi publicada a extensão do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-Estruturas (GDI) por mais dois anos e, questionado sobre o assunto, o Secretário assume que a decisão é reflexo da utilidade do Gabinete. “É simples, se foi renovado é porque sentimos a necessidade de renovar. Neste ano damos

um primeiro passo na reestruturação dos serviços e foi entendido que o GDI não fazia parte dessa primeira fase, porque não é prioritário”, esclareceu. Este ano, o Governo, explicou, vai reestruturar o Conselho de Ciência e Tecnologia, o Conselho da Segurança dos Combustíveis e a Direcção de Regulação dos Serviços de Telecomunicações. “Esses farão parte do que eu chamo de primeira fase [da reorganização dos serviços]. Depois de encerrarmos esta primeira fase, iniciaremos a segunda fase”, rematou.

estão em situação de incumprimento e a outra são as concessões provisórias que não têm condições de ser renovadas, ou não podem. Portanto isto é um trabalho que as Obras Públicas estão a fazer”, rematou. Também na reunião da Comissão pouco ou nada foi adiantado, sendo que os deputados aguardam que, numa nova visita, Raimundo do Rosário venha munido de detalhes. “A Comissão tem interesse por esses 16 terrenos, mas o Secretário disse que não trouxe essas informações para a reunião de hoje (ontem). Vai entregar-nos mais informações em breve sobre o que se passou com esses terrenos que foram excluídos da lista e por quê”, esclareceu Ho Ion Sang, presidente de Comissão.

Seis reclamações

Recorde-se que ao ser declarada a caducidade dos terrenos, as concessionárias podem reclamar, no prazo de 15 dias depois da caducidade ser publicada em Boletim Oficial, tendo ainda 30 dias para recurso em tribunal. De acordo com Raimundo do Rosário, o Executivo já recebeu reclamações face aos mais de dez terrenos que recuperou. “Já recebemos seis reclamações [ao Chefe do Executivo] e dos recursos [judiciais] já fomos citados em quatro”, esclareceu o Secretário, quando questionado sobre os, até ao momento, 18 terrenos com declaração de caducidade. Relativamente ao uso que será dado aos terrenos que o Governo poderá vir a recuperar, Raimundo do Rosário ainda não sabe. “Ainda não está decidida [a finalidade dos

“Se não preenchem os requisitos para declarar a caducidade confesso que não estou a ver porque é que devemos divulgar. Analisámos o caso e chegámos à conclusão que no fundo estão bem, ou que não estão assim tão mal que seja necessário declarar a caducidade” Raimundo do Rosário Secretário para os Transportes e Obras Públicas

terrenos], porque como já disse, ainda estão em fase de reclamação ou de recurso, mas o Departamento de Planeamento Urbanístico das Obras Públicas certamente estará a pensar nesse assunto”, esclareceu, sublinhando que são trabalhos demorados. Ainda sobre os terrenos já recuperados, Ho Ion Sang esclareceu que grande parte fica na zona do Pac On, local, que segundo os conselhos de Raimundo do Rosário, não reúne as condições para a construção de habitação. “O Secretário disse que, neste momento, esses lotes estão a ser pensados para o armazenamento de ficheiros, ou logística.” Filipa Araújo

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Junkets IUOE envia carta a Pequim a apontar falhas

“Pelo interesse da China e dos EUA” A União Internacional dos Engenheiros Operacionais do Nevada (IUOE na sigla inglesa) enviou uma carta a Pequim onde aponta falhas na regulação dos ‘junkets’. O documento, assinado por Jeffrey Fiedler, presidente da União, aponta que é preciso melhorar a fiscalização em nome da “transparência” e das políticas anti-corrupção da China. A IUOE insiste que as leis de Macau não são suficientes para permitir um controlo mais apertado sobre as operações dos ‘junkets’ e chega mesmo a dizer que isto facilita a lavagem de dinheiro. “Depois de termos visto as leis de Macau e a informação pública sobre muitos dos maiores promotores de jogo, concluímos que as iniciativas anti-corrupção da Comissão Central de Inspecção de Disciplina não conseguem atingir os seus objectivos sem haver uma maior regulamentação da indústria dos ‘junkets’ em Macau”, começa por escrever a IUOE na carta a que o HM teve acesso. “Os reguladores [de Jogo] dos EUA não conseguem de forma eficaz fiscalizar as operações dos casinos norte-americanos em Macau, do nosso ponto de vista, porque eles aparentemente toleram a falta de uma regulação significativa face a participantes essenciais no mundo do jogo de Macau.” A carta dirigida a Wang Qishan, Secretário da Comissão, aponta em especial baterias a credores e outras figuras dentro da indústria dos ‘junkets’ e diz que “pelas falhas na regulação, estes participantes têm a melhor posição para permitirem à lavagem de dinheiro e assistir ao movimento de capital para fora da China, em montantes que excedem os limites”.

A lei que regula o Jogo de Macau não é suficiente para impedir lavagens de dinheiro e outras ilegalidades. Quem o diz é a IUOE, que enviou uma carta a Pequim onde aponta falhas e diz mesmo que uma regulação mais forte iria servir os interesses anti-corrupção da China

Fiedler, acrescentando que isto é algo vital para que a entidade do Governo possa identificar eventuais associações problemáticas. “Contudo, a lei de Macau não exige que licença para uma terceira parte que usufrua dos lucros gerados por estes promotores, ou os credores que injectam o capital necessário para os empréstimos dos ‘junkets’.” A IUOE pede, por isso, que a DICJ passe a obrigar ao licenciamento de “todas os indivíduos e entidades – neste caso, também os seus administradores – que adquiram mais de 5% dos lucros gerados pelos promotores de jogo de Macau” e a todos os que “providenciam financiamento de mais de um milhão de yuan a junkets”. Fiedler pede que também estes sejam alvo de investigação do ‘bakcground’ e que seja apertada a regulamentação de “toda” a indústria ‘junket’. Dando como exemplo Cheung Chi Tai, empresário indicado como estando alegadamente ligado a tríades, mas que “tinha um posição onde podia exercer influência e controlo sobre a indústria dos junkets” e era accionista da Neptuno e um dos principais financiadores de promotores”, a IUOE escreve que os ‘junkets’ são uma força essencial no mercado de Macau e que “contam para mais de metade das receitas geradas pela RAEM”. Recorde-se que os promotores funcionam nas salas VIP, sendo que estas geraram SDFSDFSDF no ano passado. “Acreditamos que uma reforma na regulação iria servir melhor os interesses da China e dos EUA em combater estas forças”, remata a carta. Joana Freitas

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Todos juntos

A IUOE deixa uma sugestão, que inclui a mudança na forma de licenciar ‘junkets’. Algo que depende da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) e que a União – responsável pelo site macaugamingwatching.com – diz ser feita, actualmente, de forma inadequada, uma vez que não tem em conta todas os envolvidos na empresa promotora. “A licença é atribuída com base nos accionistas mais substanciais, sendo que [a DICJ] passa um atestado de que [o promotor] é adequado. Esse atestado analisa o ‘background’ pessoal, profissional e financeiro da pessoa e os seus associados profissionais e pessoais”, começa por descrever

Chui discute áreas marítimas em Pequim. Calendário de cheques a chegar

Águas de Macau em Dezembro C hui Sai On, Chefe do Executivo, partiu ontem para Pequim com definição das novas áreas marítimas e as fronteiras como pontos principais na agenda. Mas antes falou à imprensa chinesa sobre o Plano de Comparticipação Pecuniária, tendo garantido que ainda este mês serão conhecidas as datas de distribuição dos cheques. “Já aprovámos o regulamento administrativo e o Secretário para a Economia e Finanças irá

começar os trabalhos em causa”, disse, citado pela Rádio Macau. Acerca dos motivos de mais uma visita oficial à capital e a um encontro com representantes do Governo Central, um comunicado aponta que “os trabalhos relacionados com a definição das áreas marítimas sob a jurisdição da RAEM terão fim no dia 31 de Dezembro do presente ano”, sendo que “neste momento encontra-se em fase de trabalho técnico,

nomeadamente a definição da área marítima, dimensão, legislação, gestão e o futuro desenvolvimento da economia oceânica”. Aos jornalistas, Chui Sai On terá ainda referido que “abordará o assunto do novo modelo de passagem alfandegária”. Quanto aos casos de ilegalidades cometidas no seio das Forças de Segurança de Macau, Chui Sai On garantiu que “o Governo da RAEM tem exigido que os traba-

lhadores da Função Pública sejam íntegros e ajam conforme a lei”. O Chefe do Executivo terá dito, segundo o mesmo comunicado oficial, que já terá contactado com Wong Sio Chak, Secretário para a Segurança, tendo sido obtido “consenso de que é importante o trabalho de sensibilização e de prevenção. O próximo passo seria reforçar de forma razoável os trabalhos destes dois âmbitos”, pode ler-se. A.S.S.


6 política

Educação Sónia Chan reforça políticas e investimento

Escola, alunos e professores tiago alcântara

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Secretária para a Administração e Justiça garantiu que o Governo irá continuar a reforçar o ensino de Macau através de políticas e mais investimento. Durante a cerimónia de graduação do ano académico de 2014/2015, Sónia Chan pediu ao Instituto Politécnico de Macau que reforce a sua oferta de ensino, assim como a investigação. Durante o discurso, Sónia Chan explica que, a par do aumento do investimento em recursos, o Governo irá proceder à gestão racional dos recursos, à melhoria gradual do ambiente e das instalações destinadas ao ensino, ao apoio na formação de docentes e “à criação de uma equipa docente talentosa, melhorando a qualidade de ensino superior a todos os níveis”. A Secretária explica que a construção de um sistema de educação é uma das prioridades e que isso será feito “com o aperfeiçoando do sistema jurídico do ensino superior” e tendo em consideração o seu desenvolvimento a longo prazo.

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“Os jovens são o futuro da sociedade e a educação é o projecto para concretizar esse futuro. É através da educação que milhares de famílias aspiram por uma vida melhor. A educação representa também o desejo da sociedade por um futuro melhor”, disse a Secretária.

Talentos no IPM

Sobre o IPM, Sónia Chan considera que há ainda a melhorar alguns pontos, como são a qualidade do ensino e a investigação. “Estamos satisfeitos com o progresso contínuo do Instituto Politécnico de Macau, instituto que obteve a acreditação académica, segundo os critérios internacionais. (...) Com a devida autonomia e flexibilidade, esperamos que o IPM, por um lado, reforce o ensino, a investigação e o serviço prestado à comunidade, e, por outro, melhore a qualidade e a capacidade de ensino, contribuindo para a geração de recursos humanos em Macau e o alargamento da reserva de talentos”, defendeu a Secretária. Filipa Araújo

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sociedade

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Rafael Custódio Marques, cônsul-geral de Moçambique em Macau e China, pede que mais empresas locais invistam no país. Quanto à desaceleração económica na China, não há receios

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cônsul-geral de Moçambique em Macau e China, Rafael Custódio Marques, pede que mais empresas de Macau invistam no país africano, depois da empresa de engenharia Charles Strong ter participado na construção de casas sociais em Maputo. “Existe uma empresa macaense a investir em Moçambique, na área da construção de casas, e as primeiras ficarão construídas em Outubro deste ano. Gostaríamos que mais empresários macaenses investissem em Moçambique”, disse Rafael Custódio Marques aos jornalistas, à margem de um evento de promoção das oportunidades de investimento no país, que decorreu no hotel Grand Lapa.

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Investimento Cônsul de Moçambique pede mais acção de Macau

Em busca da pataca perdida Apesar disso, o cônsul-geral não esqueceu as outras áreas onde já existem laços. “Macau está a cooperar com Moçambique através da formação de quadros, na área do Turismo, Finanças e Educação, porque temos estudantes aqui que frequentam os seus cursos na Universidade de Macau. Há muitas áreas cobertas pela cooperação com o nosso país”, referiu. Questionado sobre se a desaceleração económica na China poderá afectar a captação de investimento em Moçambique, Rafael Custódio Marques considera que ainda não se sentiram consequências. “Esta desaceleração económica na China não tem tido efeitos em Moçambique. Penso que não vai acontecer no futuro, porque Moçambique é um mercado novo, com muitas potencialidades, em que o investimento chinês é bem-vindo. Não acredito que isso venha a retrair investimento chinês”, apontou. “Há empresas chinesas a investir na área do turismo, na construção de hotéis, em Maputo e Tete. Está aberto o caminho para mais investimento chinês”, referiu o cônsul-geral, frisando que as áreas do turismo e gás natural são “um factor de esperança e um desafio para o desenvolvimento económico de Moçambique”. “Não basta termos recursos é preciso capacitar as pessoas, criar infra-estruturas e melhorar uma

Projecto de David Chow em Cabo Verde parado Mário Vicente, representante de Cabo Verde junto do Fórum Macau, disse ontem que o projecto de construção de um resort com casino em Cabo Verde, do empresário local David Chow, ainda não viu a luz do dia. Segundo a Rádio Macau, o empresário “mantém o interesse”, mas “o projecto mantém-se ao nível das ideias”, sendo que “as discussões continuam”. Mário Vicente afirmou desconhecer as razões para que o projecto continue na gaveta. Vicente admitiu ainda que o desconhecimento impede a aposta de empresas de Macau em Cabo Verde e pede que haja mais procura neste sentido.

“Tem de haver mais massificação de informação junto das empresas de Macau para que vejam países como Angola ou Moçambique como oportunidades de investimento” Rafael Custódio Marques Cônsul-geral de Moçambique em Macau e China

grande quantidade de serviços”, explicou.

Melhorias no Fórum Macau

Até à data, apenas um projecto de Moçambique contou com apoio financeiro do fundo ministrado pelo Fórum Macau, o que leva Rafael Custódio Marques a considerar que é preciso fazer mais. “Se calhar tem de se fazer um bocadinho mais pelo Fórum Macau, no sentido de divulgar mais esta porta que está criada para o investimento de Macau ou de empresários chineses. Tem de haver mais massificação de informação junto das empresas de Macau para que vejam países como Angola ou Moçambique como oportunidades de investimento.” No ano em que Moçambique celebra 40 anos como país independente, a estabilidade política traça-se de forma frágil, com a Renamo, partido da oposição, a não reconhecer os resultados eleitorais de Outubro. Contudo, o cônsul-geral do país para Macau e China diz que essa questão não vai afectar futuros investimentos. “Houve num passado recente alguns sinais de instabilidade, mas

por via do diálogo penso que se conseguiu ultrapassar isso. Temos vindo a captar investimento, tanto que há grandes companhias na exploração do gás natural e carvão e o turismo tem fluido com normalidade. O

Governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para se encontrar um meio termo para erradicar a tendência de recurso à violência.” Andreia Sofia Silva

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Erro médico Novo Macau quer associação para dar voz a queixas

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Associação Novo Macau quer criar uma nova associação que acolha as queixas dos utentes dos Serviços de Saúde (SS). A ideia foi apresentada pelo presidente da Associação, Sulu Sou, que já começou a tarefa criando um grupo no Facebook, intitulado de Macau Patients Speak for Themselves (Doentes de Macau a Falar por Si Próprios). O objectivo é que a entidade actue como uma mediadora entre as queixas de doentes

e da comunidade médica e, ao mesmo tempo, chame a atenção da opinião pública sobre estas questões, como explicou o jornal Ponto Final. No entanto, a iniciativa tem ainda um outro intuito específico: permitir um maior equilíbrio de poder entre o que a associação diz serem as “relações assimétricas” entre os dois lados, como se pode ler na descrição do grupo que até ao primeiro dia de existência já tinha 439 membros.

“Esta associação é um esboço, não está estabelecida, pois ainda temos de falar com mais uma ou duas famílias de pessoas que se dizem vítimas de mau tratamento médico para construir a entidade”, afirmou Sulu Sou à publicação. O activista acrescenta que a ideia para criar este grupo surgiu depois de a Novo Macau ter dado apoio a Roberto Souza, filho de um paciente que se diz vítima de erro de diagnóstico, para que este revelasse o caso à imprensa.


8 sociedade

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Governo da RAEM estará disposto a negociar a tolerância zero do fumo nos casinos, soube o HM junto de fonte bem informada. Declarações que surgem no dia em que as seis operadoras de Jogo publicam um estudo conjunto que indica que a maioria de funcionários e clientes concorda com a criação de salas de fumo nos casinos. “Se analisarem bem as palavras do Secretário Alexis Tam e do próprio Chefe do Executivo, é fácil chegar à conclusão que existe algum espaço de negociação”, diz a mesma fonte ao nosso jornal. Ainda ontem, Chui Sai On disse que dificilmente o Governo mudará de ideias em relação à política do fim do fumo nos casinos, mas salientou que o Governo está aberto “a ouvir opiniões”. No estudo lançado, contudo, as operadoras juntam-se para pedir ao Governo que pense duas vezes, dizendo mesmo que os jogadores assumem deixar de cá vir. “Apesar das operadoras apoiarem a ideia do Governo face à Lei de Controlo do Tabagismo, uma vez que a saúde e o bem-estar de empregados e funcionários é de extrema importância, elas estão também unidas na posição de que as salas de fumo para clientes deveriam manter-se”, começa por dizer um resumo do estudo, enviado aos média. Mais ainda, as operadoras sublinham mesmo que “deveria ser feita uma consideração mais cuidadosa face às consequências

hoje macau quarta-feira 17.6.2015

Tabaco Governo poderá negociar tolerância zero “nos casinos”

O meu reino por um cigarro Um estudo assinado por todas as operadoras contraria os dados do Governo e prevê que 32% dos jogadores VIP escolherão destinos alternativos de Jogo em caso de proibição total de fumo. O Executivo poderá, no entanto, estar aberto a negociar a tolerância zero que a activação dessa proposta [de proibição de fumo] virá a ter”. Segundo os dados fornecidos, o estudo mostra que “os clientes VIP iriam reduzir as suas visitas a Macau em 17% e a duração da sua estadia em 24% com a proibição total de fumar”. Ainda por cima, realça o estudo, a competição está a crescer em termos de casinos e

32% dos entrevistados “disseram que iriam viajar para outros destinos de jogo devido a ser possível nesses outros locais fumar dentro dos casinos”.

Pressão alta

Recorde-se que responsáveis do sector e alguns deputados se queixam de que a proibição do fumo

nos casinos irá magoar ainda mais indústria. Algo com que Chui Sai On não concorda. “As receitas têm estado a cair há 12 meses. Não foi por causa da Lei de Controlo do Tabagismo. Depois da Assembleia Legislativa (AL) aprovar [as alterações] é que iremos analisar a situação, mas dentro das Linhas de Acção Governativa

Cuidados intensivos

Assédio Sexual Criado grupo para prevenir casos nas universidades

A vigilância vai ser mais reforçada O Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) criou um Grupo de Trabalho formado pelas “dez instituições de ensino superior de Macau” que pretende ajudar as entidades a “melhorarem os mecanismos sobre a igualdade de género e a prevenção do assédio sexual, bem como para optimizar as respectivas políticas”. De acordo com uma nota à imprensa, o grupo teve já a sua primeira reunião onde os “representante das instituições do ensino superior apresentaram as suas actuais situações, partilhando, ainda, experiências sobre o

(LAG) está escrito que vamos rever [a lei] a cada três anos”, disse, citado num comunicado. O estudo foi feito por “profissionais internacionais” e englobou clientes e trabalhadores. “De entre 34 mil funcionários das seis operadoras, 66% concordam com a manutenção e criação de salas de fumo. Destes, 81% são trabalhadores de dentro do casino, 19% são de outras áreas, e estão incluídos fumadores e não-fumadores. “Todos os que a lei pretende proteger”, salientam as empresas. Mas há mais: segundo os dados das empresas “47% dos clientes VIP e 31% dos clientes do jogo de massa mostram-se preocupados com o facto de que a proibição total de fumar irá ter um enorme impacto na economia de Macau”. Preocupação semelhante à das operadoras, que indicam ainda que o Governo deveria ter em conta as consequências.

tratamento de casos da igualdade de género e de assédio sexual”. Numa primeira fase, o grupo pretende explorar de forma conjunta as “definições da igualdade de género e do assédio sexual”, e por isso, deverão ser elaborados enquadramentos e orientações que se possam aplicar às instituições do ensino superior de Macau, para que estas possam definir ou melhorar as políticas concretas, conforme as circunstâncias de cada uma.

Criar referências

“Os intervenientes disseram que, através da participação neste

Grupo, as instituições podem reforçar o intercâmbio e a comunicação nestas áreas, elaborando em conjunto as orientações destes aspectos, para adquirirem uma referência para a continuação da verificação e melhoramento dos respectivos mecanismos”, pode ler-se no comunicado. Recorde-se que desde o ano passado que a Universidade de Macau (UM) tem sido alvo de crítica devido a vários alegados casos de assédio sexual, motivando protestos por parte de alunos e até uma declaração do novo secretário para os Assuntos

Sociais e Cultura, Alexis Tam, que pediu que fossem lançadas investigações para um problema que considerou muito importante. Também nesta universidade se falou na criação de um grupo vigilante face a estes casos. Segundo a UM, desde 2008, foram registados quatro casos de assédio sexual, mas apenas um, em que uma aluna se queixou de um professor que terá manifestado “contacto físico inapropriado”, foi concluído, apesar de a UM não revelar os resultados. Filipa Araújo

filipa.araujo@hojemacau.com.mo

“A criação das salas de fumo tem tido um feedback positivo. Por isso, sentimos que se deveria que as opiniões das pessoas deveria ter sido medida independentemente e documentadas, de forma a que se possa ter um ponto de vista mais compreensivo sobre a aceitação pela população da proibição de fumar e se isto poderia realmente ser atingido sem comprometer o objectivo de tornar Macau um centro mundial de turismo e lazer”, escrevem as operadoras. “Macau está já a enfrentar obstáculos e estar a introduzir restrições adicionais que poderão magoar ainda mais a economia deveria ser cuidadosamente avaliada. Especialmente se há alternativas.” A publicação do estudo – que é contrário ao do Governo, que indicava que 70% da população concorda com a proibição total de fumo e 80% dos turistas também - é propositada para que “todas as partes preocupadas” com a saúde dos funcionários “reconheçam que há um grande apoio no que à manutenção das salas de fumo diz respeito” e que a proibição total “pode ter um impacto negativo na economia geral de Macau”. Joana Freitas

joana.freitas@hojemacau.com.mo


sociedade 9

hoje macau quarta-feira 17.6.2015

Empresa pede reforço da segurança em obras públicas

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Hilti, empresa alemã que opera na área de engenharia, enviou uma carta ao Executivo onde pede que sejam incluídas novas tecnologias nos projectos de construção do Governo, por forma a garantir uma maior segurança no local de trabalho. A empresa, com presença em Hong Kong desde 1974, considera que a inclusão dessas tecnologias, ao criarem melhores condições de trabalho, “podem atrair mais mão-de-obra qualificada”, bem como “eventualmente vir a encorajar mais recrutamento”, pode ler-se. A carta pede ainda que o Governo inclua estas tecnologias nos novos contratos de obras públicas e que sejam inclusivamente criados incentivos financeiros para a sua inclusão, algo que, na óptica da empresa, poderá não só aumentar a produtividade como “reduzir a maioria dos acidentes de trabalho”. Apesar das recomendações, a Hilti não deixa de dar os parabéns ao Executivo “pelos recentes esforços na referência dada à segurança no trabalho”. O documento foi enviado para o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, para o director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, Li Cafeng, e diversos directores de departamento e dirigentes de associações do sector, incluindo os deputados da Assembleia Legislativa (AL) Ella Lei e Lam Heong Sang, representantes da Federação dasAssociações dos Operários de Macau (FAOM). A.S.S.

O grupo Melco Crown criou um sistema de avaliação do serviço de táxis, em conjunto com a Show Media. A apreciação fica a cabo dos passageiros e o presidente da Associação de Passageiros de Táxi de Macau, Andrew Scott concorda com a iniciativa

Táxis Melco cria sistema de avaliação de viagens

Premiar quem bem trabalha “[Concordo] com tudo o que faça com que o serviço prestado pelos condutores de táxis de Macau seja óptimo, especialmente tendo em conta o passado manchado destes condutores” Andrew Scott Presidente da Associação dos Passageiros de Táxi de Macau

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Melco Crown desenvolveu um sistema de avaliação do serviço de táxis da região, juntamente com a empresa Show Media. O intuito é descobrir quais os condutores mais profissionais e que proporcionam as melhores viagens, algo com que o presidente da Associação dos Passageiros de Táxi de Macau (MTPA, na sigla inglesa) concorda. Contactado pelo HM, Scott mostrou-se contente com a iniciativa, que disse ao HM apoiar a 100%. “[Concordo] com tudo o que faça com que o serviço prestado pelos condutores de táxis de Macau seja óptimo, especialmente tendo em conta o passado manchado destes condutores durante vários anos até final do ano passado”, começou o responsável por dizer. A iniciativa da Melco, anunciada em comunicado, passa pela atribuição

de prémios àqueles que se revelarem os melhores taxistas nesta avaliação, que é feita através de um botão no interior de cada veículo, localizado no ecrã da Show Media, instalado para o efeito.

Mais impulsos

Questionado sobre se mais operadoras de Jogo deveriam investir num sistema

Fachada da Igreja de São Domingos vai ser restaurada

O Instituto Cultural (IC) vai realizar durante 20 dias obras de restauro da fachada da Igreja de São Domingos, localizada no largo do Senado. Contudo, “os respectivos trabalhos não influenciam a visita e a utilização diária do público durante o período de restauro”, explica o IC.

semelhante, Scott apoia completamente a medida, já que considera ser uma “coisa positiva” para impulsionar um bom serviço deste transporte. Quanto a uma iniciativa destas pelo Governo, o presidente da Associação disse apenas

que “o Executivo já está a fazer um excelente trabalho no sentido de melhorar este serviço”, diferente daquele que desenvolveu até final de 2014. “[As autoridades responsáveis] não fizeram quase

nada até 2014, mas depois começaram a ouvir as fortes opiniões pública expressas através da MTPA e reagiram, tanto que desde 1 de Janeiro deste ano tem-se visto um óptimo trabalho no reforço da lei”, acrescentou. Na sessão de lançamento desta plataforma, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes disse estar “contente” por ver que o City Of Dreams e a Show Media tomaram uma posição pró-activa no reconhecimento do bom trabalho do serviço de táxis de Macau, assim apoiando o sector do Turismo e ajudando ao desenvolvimento da cidade como Centro Mundial de Lazer e Turismo. Leonor Sá Machado

leonor.machado@hojemacau.com.mo

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Concurso Público n.º 7/2015 da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para a Prestação dos Serviços de Segurança do Edifício Vicky Plaza Nos termos previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o despacho da Secretária para a Administração e Justiça, de 9 de Junho de 2015, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para a aquisição dos serviços de segurança do Edifício Vicky Plaza. A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados poderão dirigir-se ao balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, nos dias úteis, das 9,00 às 17,30 horas, para a obtenção da cópia do programa do concurso e do caderno de encargos, mediante o pagamento da importância de MOP100,00 (cem patacas) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela página electrónica do SAFP, em http://www.safp.gov.mo. A inspecção de locais de trabalho e sessão de esclarecimento deste concurso terão lugar no próximo dia 2 de Julho de 2015, pelas 09,30 horas, na sala de reuniões, sita na Rua do Campo, n.º 188-198, Edifício Vicky Plaza 4.º andar, Macau. Caso os interessados tenham dúvidas sobre o programa e o caderno de encargos deste concurso, devem apresentá-las até às 17,30 horas do dia 26 de Junho de 2015, de

acordo com a forma estabelecida no respectivo programa do concurso, para que as dúvidas sejam esclarecidas na sessão de esclarecimento. O prazo para a apresentação das propostas termina às 17,30 horas do dia 9 de Julho de 2015, não sendo aquelas admitidas fora do prazo. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido no balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, entregando uma garantia bancária no valor de MOP60.000,00 (sessenta mil patacas), a favor da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública ou efectuar um depósito em dinheiro no banco indicado, para efeitos de caução provisória deste concurso. O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 10 de Julho de 2015, pelas 10,30 horas, na sala de reuniões, sita na Rua do Campo, n.º 188-198, Edifício Vicky Plaza 4.º andar, Macau. Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, aos 11 de Junho de 2015. O Director, subst.º Kou Peng Kuan


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eventos

A RECOIL, uma equipa de ciclismo de Macau, vai estar no Japão de sexta-feira a domingo para ajudar, através da paixão pelas bicicletas, os animais abandonados de Macau. Os ciclistas deverão percorrer até mil quilómetros para passar a mensagem de que há muitos animais para adoptar

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RECOIL,umaequipa de ciclismo de Macau, vai ajudar a angariar fundos para a Associação para os Cães de Rua e o Bem-Estar Animal em Macau (MASDAW, na sigla inglesa). A equipa promove actividades destinadas a recolher fundos para apoiar eventos de beneficência e agora é a vez da MASDAW. De acordo com um comunicado, este ano a equipa propõe-se percorrer até mil quilómetros sem parar no Japão e completar a volta em 48 horas, num tour que decorrerá entre 19 e 21 de Junho. O tema do evento é “NÃO COMPRE! ADOPTE!” “É uma tour de ciclismo solidário, denominado RESGATE RECOIL para recolher fundos destinados ao auxílio dos animais carenciados de Macau”, começa por explicar a associação. “Os fundos ajudarão a MASDAW a resgatar e esterilizar cães abandonados ou errantes, bem como outros animais, para tornar Macau uma cidade amiga dos animais.” Nos últimos quatro anos, a RECOIL concretizou anual-

mente várias actividades de apoio e recolha de fundos para instituições como a Cruz Vermelha de Macau e a Hong Kong Community Chest. Por exemplo, para ajudar a primeira, os ciclistas fizeram uma digressão de 300 quilómetros a Hainão.

Nos limites

O evento deste ano será levado a cabo exclusivamente pela equipa e “vai testar os limites da resistência humana, na expectativa de que as dificuldades a enfrentar possam inspirar as pessoas a sentir a sua paixão pela causa da protecção animal”. Os ciclistas vão, então, para o Japão, onde cada um dos seis membros da equipa estabeleceu para si próprio um desafio. “Mark, um assumido viciado em endurance, pretende percorrer mil quilómetros em 48 horas, Miguel, conhecido como o Rei da Montanha em Macau, tem como desafio um mínimo de 500 quilómetros em 48 horas, Herris tem como objectivo 500 quilómetros em 48 horas, tal como Ivan, Arcadia, uma sprinter furiosa, e Diana.”

Hard Rock Splash Pool Party de regresso

A Splash Pool Party do Hard Rock está de volta no dia 11 de Julho e traz como um dos convidados especiais Redfoo, do duo LMFAO. Definida pela organização como “a melhor festa de piscina da Ásia”, a Splash Cool Party deste ano conta ainda com a modelo Jennifer Tse Ting-ting e com Djs convidados. “Além de Redfoo, temos ainda o Dj britânico Tim Mason, bem como um dos mais populares Djs de Hong Kong, Arun R, que vão fazer soar música electrónica”, refere o City of Dreams em comunicado. A estrela do duo LMFAO traz consigo dançarinos da crew La Freak e Party Rock Crew. A Splash Pool Party começou há cinco anos e esta é a 12ª edição do evento, que está marcado para 11 de Julho, um sábado, das 15h30 às 23h30. Os bilhetes custam 480 patacas.

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Animais Pedalar mil quilómetros para ajudar MASDAW

“Não compre, adopte” A digressão será gravada através de aparelhos que conseguem verificar a velocidade média e a distância percorrida por cada ciclista. Durante o evento a RECOIL vai disponibilizar fotos e vídeos à MASDAW para que estes sejam colocados nas redes sociais, a fim de actualizar os apoios ao evento e ajudar a recolher mais fundos e donativos. O patrocínio será feito quer através de doação para a totalidade do desafio, quer por quilómetro completado por um ciclista escolhido.

“É uma tour de ciclismo solidário, denominado RESGATE RECOIL para recolher fundos destinados ao auxílio dos animais carenciados de Macau” Para ajudar a MASDAW – que se tem dedicado a esterilizar e alimentar animais abandonados no território – está ainda disponível para venda uma edição limitada de t-shirts com os logótipos da RECOIL e da MASDAW com a mensagem “ADOPT! DON’T SHOP!”. Estas poderão ser autografadas. Todos os lucros revertam para a MASDAW e todos os donativos podem ser feitos para as contas BOC MOP 13-01-20-024733, BOC HKD - 13-11-28-414400, BNU MOP - 9012686823 ou BNU HKD – 9012686891. Uma actualização diária estará disponível no site oficial (www.masdaw.org) e no Facebook da MASDAW.

À venda na Livraria Portuguesa Mário Soares: Uma Vida • Joaquim Vieira

O jornalista Joaquim Vieira, depois de vários anos de investigação, e de entrevistas ao próprio biografado, a amigos e inimigos, traça-nos a história de uma vida complexa, com algumas sombras por revelar, como o caso do fax de Macau. Um livro fundamental não só para perceber o homem, mas também a História recente de Portugal.

Joana Freitas

joana.freitas@hojemacau.com.mo

Arcadia

Mark

Miguel

Rua de S. Domingos 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • mail@livrariaportuguesa.net

Adeus, Berlim • Wolfgang Herrndorf Prémio Nacional de Literatura Juvenil Alemã, 2011

Dois amigos. Um velho carro roubado. E um verão que mudará as suas vidas para sempre.
 Adeus, Berlim é um romance tão divertido quanto comovente já foi comparado a obras como As Aventuras de Huckelberry Finn, de Mark Twain e Uma Agulha no Palheiro, de J. D. Salinger. Um livro de culto, definitivamente.


eventos 11

a-feira 17.6.2015

Festival de Gastronomia de Moçambique arranca amanhã

A mestria de Carlos Khan da Graça E

ntre amanhã e o dia 28 deste mês decorre no hotel Grand Lapa, em Macau, mais uma edição do Festival de Gastronomia de Macau. Este ano o evento conta com a presença do chef Carlos Khan da Graça, que promete trazer novidades ao nível da doçaria e alguns pratos, conforme disse ao HM Carlos Barreto, vice-presidente da Associação dos Amigos de Moçambique (AAM). “O chef Graça, ao longo da sua actividade profissional em Moçambique, desenvolve sempre qualquer coisa nova. Negociamos com ele a questão dos menus. Ele traz umas cervejas de Moçambique para fazer uns petiscos e uma das coisas que se faz muito é matapa com caranguejo, então pedimos-lhe para não fazer assim, porque dá trabalho a comer, por isso vamos fazer com camarão. Há algumas variantes, sobretudo ao nível da doçaria.” Este ano o festival coincide com a celebração dos 40 anos da independência de Moçambique, que se comemoram a 25 de Junho. “Já tivemos salas com 200 pessoas e este ano vamos ter

Diana

uma sala só com 120. Foi o espaço que nos determinaram, mas estamos satisfeitos. O que interessa é que as pessoas venham nos outros dias”, apontou.

Sempre a crescer

Carlos Barreto diz que o festival tem tido cada vez

mais adesão desde o primeiro ano em que se realizou, em 2007, sendo que este ano a AAM pretende atrair mais a comunidade chinesa. “As pessoas gostam de comer qualquer coisa que seja diferente. A nossa aposta neste hotel é para alargarmos a gastronomia

moçambicana à comunidade chinesa. Sabemos que há muitos clientes chineses que são habituais e também queremos que eles conheçam a nossa comida. Tivemos essa experiência sempre em eventos anteriores, sempre com um crescimento”, disse. O festival vai ter buffet de almoço a 220 patacas para adulto, jantares a 310 patacas e jantares de fim-de-semana a 368 patacas para adulto. As crianças até aos 11 anos têm direito a descontos. Por restrições orçamentais, a AAM aposta apenas, para já, na vinda do chef Carlos Khan da Graça. Para Novembro, está marcada uma exposição na Torre de Macau sobre o Parque Nacional da Gorongosa. “É fauna selvagem, mas não só. É um caso de sucesso na revitalização de um parque, já foi um dos melhores parques de África e voltará a sê-lo. Queremos mostrar não só os animais como todo o trabalho de recuperação que foi feito”, concluiu Carlos Barreto. Andreia Sofia Silva

andreia.silva@hojemacau.com.mo

Ciência UM acolhe palestras com Prémios Nobel de Química

A Biologia por quem sabe O

Harris

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vencedor do Prémio Camões deste ano é divulgado esta quarta-feira, no consulado português no Rio de Janeiro, pelas 20:30 de Lisboa, anunciou ontem a secretaria de Estado da Cultura, de Portugal. O júri reúne-se hoje, entre as 10:00 e as 16:00 locais, na Fundação da Biblioteca Na-

Ivan

s professores e vencedores do Prémio Nobel de Química, Ada Yonath e Aaron Ciechanover, estarão em Macau nos dias 10 e 11 de Julho para falar sobre a sua área de especialização. No total, estão organizadas duas palestras distintas a acontecer às 9h00 e às 9h30 de sexta-feira e de sábado, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Macau. Ada Yonath vai discursar sobre a resistência aos antibióticos e a preservação dos micróbios, enquanto Ciechanover se debruça sobre a problemática da cura de todas as doenças do mundo, colocando a questão do que tal vai poderá custar.

Yonath foca-se em Cristalografia, ou seja, a ciência que estuda átomos e sua transformação em cristais. Em 2013, a académica israelita foi apontada directora do Centro de Estrutura Biomolecular Helen & Milton Kimmelman e da Assembleia do Instituto de Ciência Weizmann. Foi juntamente com outros dois cientistas que Yonath venceu o Nobel em Química, sendo reconhecida como a primeira mulher do Médio Oriente a receber este galardão de ciências e a primeira, em 45 anos, a ganhar este especificamente. Aaron Ciechanover tem no seu portefólio o estudo da degradação das

Prémio Camões Vencedor vai ser conhecido hoje cional e no consulado-geral de Portugal no Rio de Janeiro, onde é feito o anúncio. O júri desta 27.ª edição do Prémio Camões é constituído pela portuguesa Rita Marnoto, professora na Universidade de Coimbra, pelo escritor e crítico

literário português, Pedro Mexia, pelos escritores brasileiros, Affonso Romano de Sant’Anna e António Carlos Secchin, pelo escritor moçambicano Mia Couto, e a santomense Inocência Mata, professora nas universidades de Lisboa e de Macau.

O Prémio Camões, no valor de 100.000 euros, foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989. “Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem a autores cuja obra contribua para a projecção e

células e reciclagem de proteínas, tendo recebido o Prémio Nobel de Química em 2004. Também de Israel, o académico é professor da Faculdade de Medicina Ruth & Bruce Rappaport e no Instituto de Investigação de Technion. Ciechanover é também membro da Academia de Ciências e Humanidades de Israel, da Academia Pontífice de Ciências e da associação estrangeira Academia Nacional Norte-Americana de Ciências. A entrada nas palestra é livre e o website oficial da Universidade dispõe de um formulário de registo de participação nos eventos. Leonor Sá Machado

leonor.machado@hojemacau.com.mo

reconhecimento da literatura de língua portuguesa em todo o mundo”, afirma a secretaria de Estado portuguesa em comunicado. O primeiro distinguido, em 1989, foi o escritor português Miguel Torga (19071995), autor entre outras obras de “Os bichos”.


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china

Subiu para uma dezena o número de detidos ligados ao fabrico de explosivos. Segundo as autoridades os suspeitos planeavam detonar um engenho de “forte potência” no passado domingo

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polícia de Hong Kong deteve uma décima pessoa pela suspeita de fabrico de explosivos, num caso supostamente ligado a um grupo político “radical” ocorrido nas vésperas da votação da polémica reforma do sistema eleitoral. As autoridades da antiga colónia britânica não descartam a possibilidade de levar a cabo mais detenções na sequência da descoberta, esta segunda-feira, de potentes explosivos numa aparente fábrica montada nos antigos estúdios da ATV, já abandonados, em Sai Kung. Um homem de 58 anos foi detido “sob a suspeita de conspirar para

hoje macau quarta-feira 17.6.2015

Hong Kong Dez detidos após descoberta de explosivos

Ameaças radicais o fabrico de explosivos” na noite de segunda-feira, elevando para dez o número de suspeitos, seis homens e quatro mulheres, todos locais com idades compreendidas entre os 21 e os 58 anos. Alguns dos detidos afirmaram ser membros de um “grupo radical local”, mas a polícia indicou que uma investigação está em curso. Caso sejam condenados pela acusação de conspiração para o fabrico de explosivos, transversal a todos os detidos, arriscam uma pena máxima de 20 anos de prisão. Dois dos suspeitos estariam a planear, segundo a polícia, detonar um engenho explosivo no passado domingo, dia 14.

O tipo de bomba encontrado consistia num explosivo de “forte potência” que já foi utilizado em diferentes atentados, como o de Julho de 2005 em Londres, em que morreram 52 pessoas e mais de 700 ficaram feridas.

Reforma em discussão

As detenções aconteceram a poucos dias da votação, pelo Conselho Legislativo (LegCo, parlamento), da proposta de reforma eleitoral que define a metodologia da eleição do chefe do Executivo da Região Administrativa Especial chinesa. O LegCo vai analisar o diploma esta quarta-feira mas, tendo em conta o intenso debate que deve

O tipo de bomba encontrado consistia num explosivo de “forte potência” que já foi utilizado em diferentes atentados, como o de Julho de 2005 em Londres desencadear, prevê-se que a votação propriamente dita seja protelada para quinta ou mesmo para sexta-feira. A proposta de lei prevê a introdução do sufrágio universal nas

Cirque du Soleil entra no Império do Meio pela mão da Fosun

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uo Guangchang, presidente da Fosun, garante que o grupo irá apostar na área que denomina de ‘ Happy & Fashionable Lifestyle”, e a compra de 25% do Cirque du Soleil, realizada em Abril, é mais um passo nessa direcção. “Queremos acompanhar o crescimento da classe média chinesa e contribuir para a sua felicidade. Os chineses trabalham muito mas também precisa de aproveitar mais a vida”, afirmou Guo Guangchang, na conferência de imprensa da assinatura da parceria com o Cirque du Soleil, em Xangai.

O presidente da Fosun - dona da seguradora Fidelidade - destacou que o potencial de crescimento da classe média chinesa é grande e que, actualmente, serão cerca de 230 milhões de chineses que poderão aproveitar de experiências como aquela que é proporcionada pelo espectáculo do Cirque du Soleil. O interesse no Cirque du Soleil já era antigo. “No meu MBA estudei o caso do Cirque do Soleil e sempre considerei um exemplo de empreendedorismo”, adiantou Guo. O presidente da Fosun espera que

este investimento estratégico no Cirque du Soleil contribua para um crescimento mais acelerado na China de acesso a produções de elevada qualidade. “Esta parceria com a Fosun permite-nos ter acesso a um mercado que andávamos há muito a namorar. E a Fosun é o melhor parceiro que poderíamos ter. O Avatar pareceu-nos o melhor espectáculo para trazer para a China, até pelo sucesso que este filme de James Cameron teve na China”, acrescentou Daniel Lamarre, CEO Cirque du Soleil, na conferência em Xangai.

eleições para o chefe do Executivo em 2017, mas só depois de uma pré-seleção de dois a três candidatos, que ficará a cabo de um comité composto por 1.200 membros, num processo descrito pela ala democrata como uma “triagem”. A proposta de lei surge após a decisão, no final de Agosto de 2014, do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular sobre a reforma política. Dado que, no passado, Pequim tinha prometido à população de Hong Kong, cujo chefe do Governo é eleito por um colégio eleitoral de cerca de 1.200 pessoas, que seria capaz de escolher o seu líder em 2017, esse anúncio desencadeou um forte movimento de contestação. Esse movimento levou a que, a 28 de Setembro do ano passado, o ‘Occupy Central’ iniciasse uma campanha de desobediência civil, reforçando os protestos estudantis então em marcha contra a recusa de Pequim em garantir o sufrágio universal pleno. As manifestações, pautadas pelo cariz pacífico, pese embora uma série de incidentes, desenrolaram-se sob a forma de ocupação das ruas – em pelo menos três distritos, incluindo no centro da cidade – e mantiveram-se até 15 de Dezembro, altura em que as autoridades procederam ao despejo dos últimos acampamentos.

Número de milionários chega aos quatro milhões

A China tinha quatro milhões de agregados familiares milionários em 2014, o segundo número mais elevado do mundo depois dos Estados Unidos, indica um estudo independente ontem divulgado. Um milhão de novos milionários surgiu no ano passado, naquele que foi o maior crescimento do mundo, indica o relatório do Boston Consulting Group. Os Estados Unidos tinham, no ano passado, sete milhões de agregados familiares milionários, o valor mais elevado a nível mundial. O Japão ocupava o terceiro lugar com um milhão, de acordo com o relatório.

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ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 18/P/15 Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 1 de Junho de 2015, se encontra aberto o Concurso Público para <<Fornecimento de Produtos de Limpeza Específicos para Máquinas Industriais de Lavar a Roupa para a Secção de Tratamento de Roupas e de Limpeza dos Serviços de Saúde>>, cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 17 de Junho de 2015, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP 48,00 (quarenta e oito patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 22/P/15

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 7 de Julho de 2015. O acto público deste concurso terá lugar no dia 8 de Julho de 2015, pelas 10,00 horas, na sala do <<Museu>> situada junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP 18.300,00 (dezoito mil e trezentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 11 de Junho de 2015 O Director dos Serviços Lei Chin Ion

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 1 de Junho de 2015, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento e Instalação de Dois (2) Sistemas de Anestesia com Respectivos Monitores aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 17 de Junho de 2015, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP43,00 (quarenta e três patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente

Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 13 de Julho de 2015. O acto público deste concurso terá lugar no dia 14 de Julho de 2015, pelas 10,00 horas, na sala do «Museu» situada junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP33.600,00 (trinta e três mil e seiscentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 11 de Junho de 2015 O Director dos Serviços Lei Chin Ion


china 13

hoje macau quarta-feira 17.6.2015

Fitch adverte economias da Ásia-Pacífico para riscos de exposição à China

Cuidado com a desaceleração A agência de notação financeira Fitch advertiu esta segunda-feira as economias da região Ásia-Pacífico para riscos devido à sua elevada dependência dos activos da China face ao abrandamento que experiencia a segunda economia mundial. Num relatório publicado segunnda-feira, a Fitch assinala que a exposição dos bancos da Ásia-Pacífico à China quase duplicou nos últimos quatro anos e alcançou 1,2 biliões de dólares no final de 2014. Além disso, a agência de notação financeira alerta para o “aumento significativo” da alavancagem do sector privado em vários países da região, o que “está a tornar os bancos e as economias mais vulneráveis” à desaceleração do crescimento chinês.

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As instituições financeiras da Ásia-Pacífico concentram três quartos dos activos chineses nas mãos de bancos fora do gigante asiático. Os bancos de Hong Kong (com 32%) e de Macau (com 21%) – ambas são Regiões Administrativas Especiais chinesas – são as que mantêm mais vínculos com a segunda economia mundial, seguindo-se Singapura, com 12% e Taiwan, com 8%. Por outro lado, os bancos do Japão e da Austrália (ambos com 1% de exposição) são os que detém menos activos chineses. A Fitch explica ainda que esta crescente exposição bancária não se traduziu numa maior dependência comercial da China, mas assinala que a maioria das economias da Ásia-Pacífico já conta com Pequim como principal parceiro comercial.

Parceria com EUA para medicamento contra MERS

C

ientistas da China e dos Estados Unidos anunciaram segunda-feira o desenvolvimento de um anticorpo para o tratamento da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) que nos últimos dias provocou a morte a 16 pessoas na Coreia do Sul. O anticorpo foi isolado por especialista da Universidade de Fundan, em Xangai, em conjunto com colegas do Instituto de Saúde dos Estados Unidos e as primeiras experiências em animais foram “muito efectivas”, segundo a agência noticiosa Xinhua. Jiang Shibo, líder da equipa de investigadores de Fudan, referiu que o anticorpo, baptizado como ‘m336’, pode neutralizar o vírus, também conhecido como “novo coronavírus”, de forma mais eficaz que outros, especialmente quando com combinado com um tipo específico de polipéptido. Na China foi detectado um caso de Síndrome Respiratória do Médio Oriente (de um cidadão da Coreia de Sul que viaja em negócios). Dezenas de pessoas estiveram de quarentena por terem estado em contacto com o cidadão sul coreano. Desde que foi detectado o primeiro caso em 2012, na Arábia Saudita, cerca de 1.200 pessoas em 23 países foram contaminadas com o vírus e mais de 400 morreram.


h

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artes, letras e ideias

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WANG CHONG

王充

OS Discursos Ponderados DE WANG CHONG

Do destino – 1 A chance de estar de acordo [com os seus superiores], assim como os problemas e obstáculos com que nos deparamos [numa carreira oficial], dependem do destino. Tal como existe um destino que governa [o instante] do nascimento e da morte, a longevidade e um falecimento precoce, existe um destino que determina o estatuto social e a fortuna. Príncipes ou servos, sábios ou tolos, todos aqueles [que pertencem] ao género dos que possuem uma cabeça e olhos e sangue que reside no corpo, possuem também um destino. Se este determina que alguém viva na pobreza e na obscuridade, pouco importa que conquiste honras e riqueza, pois acabará por sofrer um infortúnio qualquer [e as perderá]. Se, pelo contrário, o destino quiser que conheça riqueza e opulência, é possível que se arraste, por um momento, na pobreza e na obscuridade, para finalmente saborear a felicidade: aquele que merece a honra sai de uma condição humilde pelo seu próprio pé e é por seu pé que o homem votado pelo destino à obscuridade aí regressará: é quase como se disséssemos que o primeiro beneficia de um apoio sobrenatural e, o último, de uma maldição demoníaca. Somente aqueles que são destinados às honrarias são bem sucedidos em seus estudos, conhecendo, antes de todos, as promoções; aqueles que o destino chama à abundância são os únicos a obter tudo por quanto ardem, e só eles em suas empresas são bem sucedidos. Todos os outros em seus estudos falharão e nunca serão promovidos e em suas empresas se perderão. Erros cometerão e comerão dos castigos, caindo doentes e perdendo tudo. Perdendo fortuna e posição hão de regressar à pobreza e à obscuridade. Ora eis como grande talento e sólida virtude não garantem necessariamente honra e riqueza; como não devemos crer que uma inteligência medíocre ou uma parca moralidade conduzirão, por força, a pobreza ou a baixa condição. Dado um destino funesto, homens brilhantes e de moral irrepreensível se vêem postos

de parte e impedidos de avançar. Todavia, homens de inteligência fraca e virtude meã conseguem ultrapassar [a sua condição] e conhecer precoces avanços. A inteligência ou a estupidez que se mostra no trabalho, a virtude ou falta dela que se manifesta na conduta derivam da natureza e das aptidões recebidas à nascença; o sucesso ou insucesso de uma carreira oficial, o enriquecimento ou a indigência, são a prole do destino e das circunstâncias. O destino não se pode forçar, nem lutar contra as circunstâncias. Ao Céu se vota o sábio e, mesmo na pobreza e na obscuridade, permanece imperturbável. Há quem compare [a busca da] riqueza e honrarias à escavação de um trilho ou a cortar madeira. Quem ponha tudo o seu vigor nessas tarefas conseguirá abrir funda trincheira, fazer crescer abundante bosque – e mesmo quem o destino não tocou atingirá seus resultados. Que lugar haverá então para a canalha que ensina a pobreza, a decadência social e outros males? Sim, sim. Mas mesmo uma inundação pode ocorrer antes de um leito profundo; pode chegar um tigre antes que se tenha desbastado uma floresta. Ou seja, não ser bem sucedido na sua carreira oficial e ser incapaz de enriquecer são [acidentes] do mesmo género . Tradução de Rui Cascais Ilustração de Rui Rasquinho

Wang Chong (王充), nasceu em Shangyu (actual Shaoxing, província de Zhejiang) no ano 27 da Era Comum e terá falecido por volta do ano 100, tendo vivido no período correspondente à Dinastia Han do Leste. A sua obra principal, Lùnhéng (論衡), ou Discursos Ponderados, oferece uma visão racional, secular e naturalista do mundo e do homem, constituindo uma reacção crítica àquilo que Wang entendia ser uma época dominada pela superstição e ritualismo. Segundo a sinóloga Anne Cheng, Wang terá sido “um espírito crítico particularmente audacioso”, um pensador independente situado nas margens do poder central. A versão portuguesa aqui apresentada baseia-se na tradução francesa em Wang Chong, Discussions Critiques, Gallimard: Paris, 1997.


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artes, letras e ideias 15

Pode chegar um tigre antes que se tenha desbastado uma floresta.


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Síntese do Relatório de Actividade da Sucursal de Macau do Citibank A Administração tem o prazer de anunciar os resultados financeiros auditados do Citibank NA, SUCURSAL DE MACAU (a “ SUCURSAL “) para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014. Referente aos resultados do Ano de 2014, o lucro antes de impostos foi de MOP15.035(Mil). O ativo total foi MOP3.417.389(Mil). Depósitos de clientes ascenderam a MOP1.957.051(Mil). Em nome da Administração do Citibank, eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para prestar homenagem à Comunidade de Macau e, especificamente, para nossos clientes de prestígio. Estamos empenhados em prestar serviços de qualidade a todos os clientes e manter contribuir para a sociedade de Macau.

Sr. Gavin Yu Yiu Kwong Gerente da Sucursal de Macau do Citibank NA

Síntese do Parecer dos Auditores Externos Para o gerência do Citibank N.A. - Sucursal de Macau (Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado nos Estados Unidos da América) Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Citibank N.A. - Sucursal de Macau relativas ao ano de 2014, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 19 de Maio de 2015, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo. As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2014, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações na conta da sede e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos do sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos do sucursal. Para a melhor compreensão da posição financeira do Citibank N.A. - Sucursal de Macau e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Ieong Lai Kun, Auditor de Contas KPMG Macau, aos19de Maio de 2015


( F ) utilidades

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tempo

pouco

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nublado

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hum

65-90%

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0.23

Cineteatro

O que fazer esta semana

jurassic world Sala 1

jurassic world [b]

Filme de: Colin Trevorrow Com: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Irrfan Khan 14.30, 16.45, 21.30 Filme de: Colin Trevorrow Com: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Irrfan Khan 19.15

san andreas [b] Filme de: Brad Peyton

Hoje Exibição do filme “American Hustle” Casa Garden, 19h00 Entrada livre

“A Arte de Imprimir” (até Dezembro) Centro de Ciência de Macau Entrada livre Exposição “Ao Risco da Cor - Claude Viallat e Franck Chalendard” Galeria do Tap Seac (até 9/08) Entrada livre Exposição “Who Cares” (até 28/07) Armazém do Boi, 16h00 Entrada livre

Exposição “Valquíria”, de Joana Vasconcelos (até 31 de Outubro) MGM Macau, Grande Praça Entrada livre

Filme de: Brad Peyton Com: Dwayne Johnson, Kylie Minogue Carla Gugino 19.30 Sala 3

force majeure [b]

17 de JUNHO

Caso Watergate

Diariamente

Exposição “Murmúrio da Impermanência”, Pinturas a óleo de André Lui Chak Keong (até 27/06) Fundação Rui Cunha Entrada livre

san andreas [3d][b]

Aconteceu Hoje

Exposição “Saudade” (até 30/9) MGM Macau Entrada livre

Musical “A Bela e o Monstro” (até 26/6, de quinta a domingo) Venetian Macau Bilhetes entre as 280 a 680 patacas

Com: Dwayne Johnson, Kylie Minogue Carla Gugino 14.30, 16.30, 21.30

Filme de: Ruben Ostlund Com: Johannes Kuhnke, Lisa Loven Kongsli 14.30, 16.45, 19.15, 21.30

Sala 2

Exposição de Artes Visuais de Macau (até 2/8) Pintura e Caligrafia Chinesas Edifício do antigo tribunal, 10h00 às 20h00 Entrada livre

1.28

C i nema

jurassic world [3d] [b]

Exposição “De Lorient ao Oriente - Cidades Portuárias da China e França na Rota Marítima da Seda” Museu de Macau (até 30/08) Entrada livre

yuan

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ho j e h á f i l me “Autografia” (Miguel Gonçalves Mendes, 2004) Quem é o poeta? “Um homem”, “uma máquina de passar vidro colorido”, “um copo”, “uma pedra configurada”. Mário Cesariny gritou, no poema “Autografia”, “O meu nome está farto de ser escrito na lista dos tiranos: condenado à morte!”. No documentário com o mesmo nome do seu poema, Cesariny encarna os seus próprios papéis. Não grita, mas é como se gritasse. Grita os amores que teve e os que passaram por ele, as palavras que escreveu, os quadros que pintou. Em casa, de cigarro na mão, vemos o poeta e pintor despido, ao lado da irmã, Henriette, que diz: “a contar a nossa vida toda, as pessoas não querem saber disso”, enquanto Cesariny faz desfilar a vida, de peito aberto. Andreia Sofia Silva

• A 17 de Junho de 1972, a sede do Partido Democrata, no edifício Watergate, em Washington, é invadida para a colocação de microfones a mando do presidente dos EUA, Richard Nixon, que disputava a reeleição. O caso Watergate consistiu numa série de investigações que desnudou uma complexa operação de escutas telefónicas e espionagem dos escritórios do Partido Democrata por parte de membros da cúpula da presidência dos EUA no ano eleitoral de 1972. É também nesta altura que começa a investigação de dois repórteres do The Washington Post, que acabam por descobrir o envolvimento do presidente no caso e provocam a sua renúncia ao cargo. As investigações tiveram como ponto de partida a prisão de cinco homens, na madrugada de 17 de Junho, que tentavam implantar escutas telefónicas no Comité Central Democrata. A prisão dos cinco homens desencadeou a investigação jornalística, levada a cabo pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Berstein a partir de Junho de 1972. Woodward e Bernstein trabalhavam no The Washington Post e, a partir do momento em que souberam das circunstâncias da prisão dos homens em Watergate, iniciaram uma investigação dos propósitos daquela operação. Passaram então a ouvir testemunhas e vasculhar variadas pistas que pudessem levar às reais extensões do problema. Um dos informadores de Bob Woodward era Mark Felt, um membro do alto escalão do FBI, que só teve a sua identidade revelada uma década depois do acontecimento. Ainda em 1972, Richard Nixon conseguiu ser reeleito como presidente da República pelo Partido Republicano. Entretanto, o escândalo de Watergate passou a ser fortemente associado aos seus ex-assessores, que foram investigados e condenados em 1973 por formação de quadrilha e espionagem electrónica. Em 1974, a Comissão de Justiça da Câmara de Representantes concluiu que Nixon sabia de todo o esquema de escutas e exigiu que o presidente se afastasse do cargo, sob pena de sofrer impeachmet – impedimento de completar o mandato, suspensão da actividade política. Em 9 de Agosto de 1974, Nixon renunciou ao cargo de presidente, tendo sido o primeiro e único presidente dos Estados Unidos a fazê-lo.

fonte da inveja

Os alemães estão a provocar a III Guerra Mundial. Lembrem-se

João Corvo

que a II salvou o capitalismo dos EUA e da Europa da Grande Depressão.


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opinião

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urbanidades

life

António Conceição Júnior

Do aroma ao perfume

V

iemos de um outro tempo em que o que nos era mais caro era a sinceridade. Inocência dos tempos da juventude e, possivelmente, de muita ingenuidade. Vivíamos um tempo que a si mesmo se dava generosamente mais. Tal como agora, havia acácias, árvores de polpudas flores de cor de romã que se estatelavam no chão, soltando fibras que semelhavam algodão, pairando no ar. Projectavam sombras frondosas enquanto os triciclos nos traziam frescas brisas e a barraca de pesca permanecia na meia-laranja. No ar pairavam aromas tantos, misturas indiscerníveis, metáforas do que são os macaenses, nação de singularidades, de indiví-

duos multilingues que por aqui permanecem ou pelo mundo se espalharam em diáspora. Há trinta ou mais anos, disse que o que fazia a diferença em Macau do resto da China era a existência de uma comunidade que tinha conseguido, pela genética, legitimar a fugaz presença portuguesa, configurando-se, ela sim, como embaixadora, usufrutuária e portadora da Portugalidade. Saltando o desfiladeiro das décadas, é grato constatar que desde a Transição, a

República Popular da China encontra em Macau a mais adequada plataforma para a relação com os Países Lusófonos. Macau sempre foi, de forma inexplicável, um sortilégio que por aqui nutriu as raízes, não apenas de tantos portugueses aqui radicados ad aeternum, como de chineses que por aqui se instalaram, provenientes de províncias diversas. A nós, portugueses e luso-macaenses, é-nos requerido que saibamos encontrar e

Macau sempre foi, de forma inexplicável, um sortilégio que por aqui nutriu as raízes, não apenas de tantos portugueses aqui radicados ad aeternum, como de chineses que por aqui se instalaram, provenientes de províncias diversas

emanar a essência da singularidade, para que o aroma se transmute em perfume singular para o Lótus de Macau. A cada um de nós, de origem vária, diversa e dispersa, cumpre-nos ser a diferença. Que fiquem para trás os tiques de outros mundos que a este não pertencem. Que nos afirmemos pela qualidade, pela natural capacidade de nos misturarmos, em vez de nos atermos a refúgios de círculos fechados. Macau é, deve ser, sobretudo, um espaço para relações singulares, sempre pronto ao reatamento. A idade tem destas coisas, potencia o tempo distante e traz a cada reencontro a certeza de que, aos Amigos de verdade, Macau nunca lhes é indiferente. À medida que o tempo passa, os aromas apuram-se.


ócios / negócios

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“My Art: Sweets”, loja de doces Carina Ribeiro, criadora

“Todas as coisas são caseiras” facebook

O percurso de Carina Ribeiro pelo mundo da culinária e doçaria começou nos idos anos 2000. Primeiro em Macau, depois em Portugal, Carina foi chef de cozinha. Até que regressou ao território e decidiu começar a vender bolos de aniversário e sobremesas para fora. A “My Art: Sweets” começou no Facebook, mas agora já tem um espaço físico na zona do Dom Bosco

“De há dois anos para cá já se vêem várias lojas em Macau como a minha e essa foi uma das razões que me fez sair do online. Pensei que, se não começasse agora, depois iria ser apenas mais uma loja” essa foi uma das razões que me fez sair do online. Pensei que, se não começasse agora, depois iria ser apenas mais uma loja. Já houve um pequeno ‘boom’. Mas esta é das poucas lojas onde as pessoas podem comer na hora, beber um café ou um chá, onde todas as coisas são caseiras”, aponta.

O

s bolos de Carina Ribeiro têm a fama de serem deliciosos, de várias cores, tamanhos e feitios. Tudo depende do gosto do cliente e da pessoa a que se destinam. Há quatro anos que Carina começou a fazer bolos por encomenda via Facebook, através da sua página “My Art: Sweets”, mas o que era um projecto pessoal que funcionava através do ‘passa a palavra’, depressa se transformou num negócio com pernas para andar. A loja propriamente dita abriu esta semana junto ao Colégio Dom Bosco e disponibiliza bolos e sobremesas já feitos, prontos a comprar, café, chás, crepes e panquecas. Carina Ribeiro planeia um dia ter refeições, mas, para já, os mais gulosos podem também desfrutar de crepes e panquecas na “happy hour”, que dura entre as 16h00 e as 17h00. Chegar a um público mais vasto foi o objectivo desta chef de cozinha, mãe de três filhos. “Quis abranger um maior mercado, porque através do Facebook, apesar das pessoas irem passando a palavra, acabamos por ficar nos clientes regulares. Não há tanta gente, as pessoas deixam de visitar a página. Então comecei a ver que já tinha a minha cadeia de clientes e decidi deixar a minha página no Facebook, que apesar de tudo continua a funcionar e a aceitar pedidos. Quero chegar a uma maior clientela e poder dar a conhecer o meu produto a mais pessoas”, contou ao HM. Carina Ribeiro garante que não quer ficar por aqui, pretendendo continuar a dar cartas como empresária no mundo da cozinha. “Depois do Facebook, o próximo passo seria abrir a minha loja de bolos, mais tarde o meu café, mais tarde um restaurante (risos). É esse o meu objectivo.”

19

No início eram as marmitas

Com poucos dias de funcionamento, a loja é um sucesso, apesar de muitos ainda não ousarem passar para o lado de lá da porta e provar as sobremesas. “O público ainda tem um bocado de receio, porque vêem que não sou chinesa, ficam mais cépticos para entrar. A pessoa tem de sorrir um bocadinho, convidar a entrar. Se falarem inglês, entram. Vou tentar mudar isso aprendendo um bocadinho mais de chinês, porque o meu chinês ainda não é perfeito”, referiu. Amentora da “MyArt: Sweets” conta que há quatro anos, quando começou, havia pouca oferta no mercado ao nível dos bolos e sobremesas personalizados. Mas agora começam a surgir as lojas de bolos e Carina Ribeiro não quis ficar para trás. “De há dois anos para cá já se vêem várias lojas em Macau como a minha e

Carina Ribeiro chegou a Macau pela primeira vez em 1994 e começou a trabalhar nesta área porque, um dia, experimentou uma refeição num restaurante perto do Centro Cultural de Macau (CCM) e não gostou do que provou. Mas antes disso já Carina Ribeiro fazia refeições para fora, a partir de casa. “Tive de criticar, porque o bacalhau com natas tinha açúcar. Mas a pessoa que estava no restaurante perguntou-me se não gostaria de trabalhar com eles. Fui, fiz uma entrevista, gostaram muito e passei a trabalhar lá e foi assim que virei chef de cozinha. Durante algum tempo trabalhei lá, depois mudei e trabalhei em vários restaurantes. Mas aí não fazia doces, era só comida tradicional portuguesa. Depois abri o meu café em Portugal e foi aí que comecei a fazer bolos e a apostar na doçaria, para não pedir bolos de outros lados. Foi aí que comecei a ganhar paixão por fazer bolos.” Carina Ribeiro deixou Macau em 2004 para voltar em 2011. Ainda passou pelo Westin Resort, até que decidiu ser mãe a tempo inteiro. Nascia então a “My Art: Sweets”. “Organizei uma festa de aniversário e achei os bolos caríssimos, então pensei que não valia a pena pagar aquele preço, porque eu sabia fazer melhor. Decidi abrir a minha página no Facebook.” O gosto pelos bolos de chocolate de Carina fez-se logo notar: “comecei logo com muitas pessoas”. Andreia Sofia Silva

andreia.silva@hojemacau.com.mo


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cartoon por Stephff

“Guerra das Estrelas” nos cinemas chineses pela primeira vez

A

Coronavírus já chegou à Europa

A Alemanha registou a primeira morte por Síndrome Respiratório do Médio Oriente (MERS coronavírus),dois anos depois, segundo a agência noticiosa RIA Novosti. A vítima trata-se de um homem de 65 anos, que terá sido infectado durante uma viagem a Abu Dhabi em Fevereiro. Até agora não há indicações de que terá contagiado outras pessoas. As 200 pessoas com quem esteve em contacto já fizeram análises e todos os testes deram negativo para MERS, de acordo com o jornal alemão Die Welt. Até agora só houve dois casos de MERS na Alemanha: um morreu em Munique em Março de 2013 e outro que fez um tratamento em Essen.

Scolari pode levar Lima para a China

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A Imprensa chinesa está a avançar com a possibilidade de o avançado brasileiro Lima ser reforço do Guangzhou Evergrade, campeão nacional daquele país, que será orientado na próxima temporada por Luiz Felipe Scolari. Lima, 32 anos, acaba de terminar a terceira época ao serviço do Benfica, tendo apenas mais um ano de contrato. Caso transferisse agora o jogador, o Benfica garantiria assim algum retorno financeiro, uma vez que a partir de Janeiro Lima ficará livre para assinar por qualquer clube a custo zero.

Timor libertado português detido

Diplomacia imediata O Tribunal de Recurso de Díli, Timor-Leste, alterou a medida de coação ao português Tiago Guerra, que estava em prisão preventiva por suspeita de branqueamento de capitais, para Termo de Identidade e Residência, disse ontem fonte da defesa. A mesma fonte disse à agência Lusa que a decisão foi comunicada ontem à tarde e que Tiago Guerra, que estava detido desde Outubro, já foi libertado e está em casa de amigos. O cidadão português foi libertado poucas horas depois de ter sido visitado pela mulher do chefe de Estado timorense, Isabel da Costa Ferreira, e depois de uma campanha de sensibilização levada a cabo por familiares e amigos. Essa campanha suscitou várias acções diplomáticas e políticas nos últimos meses. Na segunda-feira, o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministro de Timor-Leste, Agio Pereira, disse que a justiça timorense estava a fazer tudo o que é possível para concluir o processo judicial de Tiago Guerra. “Sabemos que o nosso sector de Justiça, sobretudo no âmbito da Procuradoria-Geral da Repú-

blica, está a fazer tudo, dentro do possível, para poder concluir este processo”, disse à Lusa Agio Pereira, à margem de uma conferência em Lisboa. Tiago Guerra, suspeito do crime de branqueamento de capitais, foi detido em Díli, juntamente com a mulher, a 18 de Outubro de 2014. O Português estava em prisão preventiva sem acusação formal e a sua mulher, Chan Fong Fong Guerra, está com Termo de Identidade e Residência (TIR), impossibilitada de sair de Timor-Leste.

Da celeridade

A lei timorense prevê que a prisão preventiva possa ser aplicada durante um ano e meio, renovável por mais um ano em casos de grande complexidade.

“Este (processo) está no âmbito processual da justiça. Já conversei com os seus pais (de Tiago Guerra) aqui (na conferência em Lisboa). Todos nós somos humanos, sentimos a sensibilidade de como questões processuais afectam famílias”, sublinhou Agio Pereira. “Não é prazer nenhum para o nosso Estado manter pessoas na prisão sem justificação e esperemos que este processo de investigação seja concluído o mais rápido possível”, disse ainda o ministro timorense. Oficialmente, e como disse recentemente à Lusa o procurador-geral timorense, José Ximenes, Tiago Guerra é suspeito do crime de branqueamento de capitais com “factos que aconteceram em vários países”.

China vai exibir “A Guerra das Estrelas” pela primeira nos seus cinemas quatro décadas após a saga cinematográfica se ter tornado um sucesso mundial, divulgou ontem a agência noticiosa francesa, AFP. O Shangai Internacional Film Festival vai mostrar o conjunto dos seis filmes da série “Guerra das Estrelas” pela primeira vez esta semana, com exibições nos principais cinemas chineses, disseram os organizadores do festival. Em 1977, enquanto as audiências ocidentais seguiam as aventuras de Luke Skywalker, Han Solo e Princesa Leia “há imenso tempo atrás numa galáxia longínqua”, a China acabava de sair de uma caótica revolução cultural e confrontava-se com a necessidade de fazer reformas económicas que iriam transformar o país sob regulação comunista. As lotações esgotaram completamente num dos cinemas que exibiu o primeiro filme da série.

Entre as diversas estratégias preparadas para receber os fãs, como a música do filme a ser tocada na sala de recepção à medida que estes entravam no cinema, sobressaía ainda um homem que vestia uma camisola de C-3PO – o robô tradutor dourado -, e uma mulher que numa blusa preta ostentava os soldados de branco, fiéis ao Império. O assistente de vendas, Joy Han, meteu um dia de folga para ver o filme, apesar de já ter visto todos os seis episódios através da Internet. “É muito melhor visto no grande ecrã”, disse à AFP Joy Han, “isto é uma primeira vez para a China”, acrescentou.


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