DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10
QUARTA-FEIRA 17 DE AGOSTO DE 2016 • ANO XV • Nº 3637
AL | LÍNGUA
Para inglês ler
METRO GOVERNO VAI CRIAR EMPRESA PÚBLICA DE GESTÃO
Destino tracado ´
Os deputados tinham perguntado e o Executivo agora responde. “O Governo vai constituir uma empresa com capital totalmente do Governo para acompanhar o trabalho
operacional do sistema do metro ligeiro”. Quanto ao Terminal Marítimo do Pac On deverá obedecer ao modelo instalado e ficar na dependência do Executivo.
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GRANDE PLANO
FINANÇAS
Milhões para privados PÁGINA 5
CINEMA
A FEIRA JÁ RODA EVENTOS
USJ
Bem-vindo Sr. Baxter PÁGINA 9
A China e os Jogos JULIE O’YANG
PÁGINA 7
h
GRANDE PLANO
ESPECIAL MAS NEM TANTO
Em resposta, segundo ainda os deputados, o Executivo admitiu que “o Inglês deve ter uma maior preponderância” no território. Ao que o HM pôde apurar, há efectivamente um consenso quanto à importância do Inglês em Macau, como em qualquer outro país, uma vez que é a língua considerada internacional. Mas, a possível moldura legal proposta não é, para analistas, necessária. Melinda Chan, deputada que integra a Comissão que sugere esta legalização, afirma veemente que “as línguas a ter em conta na RAEM são efectivamente o
NO ,
THANKS Encontrar um “enquadramento legal” para o Inglês de modo a facilitar traduções de documentos e evitar atrasos é uma sugestão deixada por deputados, que dizem que o Governo concorda com uma maior preponderância da língua de Shakespeare em Macau. A ideia não é transformar o idioma numa língua oficial, mas sim dar-lhe mais importância
TIAGO ALCÂNTARA
A
questão de dar mais importância ao Inglês já levou a alguma discussão mais que uma vez, mas uma notícia avançada ontem pelo diário Ponto Final referia que um dos pontos constantes do relatório da Comissão de Acompanhamento das situação das Obras do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas era precisamente a transformação da língua inglesa num idioma oficial. Ho Ion Sang, presidente da Comissão, desmente contudo essa intenção: não explica exactamente o que quer dizer com “enquadramento legal”, mas assegura que a ideia é apenas promover a língua. No documento, assinado pela totalidade dos deputados da Comissão e que ilustra alguns dos problemas associados às demoras do projecto de serviços de saúde da Taipa, pode ler-se que “o Inglês não tem estatuto legal em Macau, por isso, as opiniões em Inglês podem ter problemas de tradução”. A afirmação segue uma explanação relativa a consultas externas que têm sido feitas dentro do projecto e o relatório refere que é sugestão da Comissão “o incentivo a uma maior utilização da língua inglesa, ponderando a atribuição de um estatuto legal a esta língua”. Algo que poderia ter sido entendido como tornar a língua num idioma oficial, mas que Ho Ion Sang rejeita. “Não me lembro de quem propôs a ideia, mas foi um deputado que reparou que, durante a tradução de algumas palavras de uma companhia de consultaria, existiam problemas na tradução de Inglês para as línguas legais. Se se mudou para uma companhia de Hong Kong [na consultoria] também é porque as nossas culturas são semelhantes, mas ele não quer dizer que quer tornar o Inglês como língua oficial. O que há é o desejo de, como o Inglês é agora a língua internacional, é necessário ter em conta a sua popularização e futura promoção”, explicou ao HM.
INGLÊS DEPUTADOS NÃO O QUEREM COMO LÍNGUA OFICIAL, MAS PEDEM PROMOÇÃO
“O que há é o desejo de, como o Inglês é agora a língua internacional, é necessário ter em conta a sua popularização e futura promoção” HO ION SANG DEPUTADO Chinês e o Português”. Na sua opinião, “já há muita gente também fluente em Inglês”, mas não seria sequer bom para Macau considerar oficialmente a língua inglesa. O Inglês é usado na RAEM mas, essencialmente, em empresas privadas, como língua interna, adianta a deputada. A presidente da Casa de Portugal, Amélia António, confessa ter ficado surpreendida, se de facto a intenção é criar um enquadramento legal. “Se há instituições de que se dedicam ao ensino de línguas, não entendo porque é uma Comissão de Acompanhamento de um outro assunto é que vem fazer sugestões deste tipo.” Para a dirigente da Casa de Portugal em Macau não são claros os fundamentos para este tipo de sugestão. O Inglês é de facto uma língua importante, considera Amélia António, “porque é a língua dos negócios”. Mas há um senão. “Quando temos duas línguas oficiais e uma delas é sistematicamente menosprezada e maltratada não entendo como é que se pretende dar a uma terceira língua um estatuto especial.”
PRIORIDADE AOS DA CASA
Outra questão levantada por Melinda Chan é a prioridade que deve, antes de mais, ser dada ao Português. “Mesmo enquanto legisladora encorajo os jovens ao estudo do Português”, admite ao HM. Para a deputada é claro que é a língua de Camões que dá a Macau a “sua especificidade”. Enquanto plataforma sino-portuguesa, Macau é diferente de todas as regiões, o que é “uma coisa boa e é uma característica a manter”. Também para Amélia António “prioritário é tratar a língua que é realmente oficial, como deve ser tratada”. A plataforma tantas vezes badalada é também chama-
da a discussão pela advogada. Falar-se do Inglês é “remar contra a maré numa altura em que se continua a falar sistematicamente em Macau como plataforma nomeadamente entre a China e os países de língua portuguesa”, sendo a tónica da necessidade a criação de condições “para que isso seja realidade”. Não está em causa a necessidade de melhorias do ensino de outras línguas no território, no-
TIAGO ALCÂNTARA
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“As línguas a ter em conta na RAEM são efectivamente o Chinês e o Português” MELINDA CHAN DEPUTADA
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UM BOCADINHO MAIS
Dar mais importância ao ensino do Inglês faz sentido para o sociólogo e ex- professor de Administração Pública do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Larry So. Mas, para o académico, RAEM e RAEHK são diferentes e cada uma tem as suas particularidades histórico-culturais que devem ser respeitadas.
“Quando temos duas línguas oficiais e uma delas é sistematicamente menosprezada e maltratada não entendo como é que se pretende dar a uma terceira língua um estatuto especial” AMÉLIA ANTÓNIO PRESIDENTE DA CASA DE PORTUGAL EM MACAU
O uso do Inglês em questões públicas também é questionável, ainda que necessário. Tendo em conta as afirmações de José Pereira Coutinho, deputado e dirigente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), “se Macau quer, de facto, internacionalizar-se, é evidente que a língua inglesa é um pressuposto fundamental para a consolidação das estruturas de uma cidade que pretende atrair turistas de outras partes do mundo”, como afirma peremptoriamente ao HM. Na sua opinião, é indubitável o maior reconhecimento que é dado à língua inglesa, sendo que o deputado destaca que é preciso ter em conta os investimentos que colocam muitas vezes os interessados em confronto com a barreira da língua. “Uma das línguas oficiais é o Chinês, que não é acessível a muitos, e a outra é o Português que tem as mesmas características ao nível da acessibilidade para os estrangeiros no geral”, ilustra José Pereira Coutinho. O facto dos serviços públicos também só utilizarem as duas línguas oficiais
também poderia na opinião do dirigente associativo, “ser revisto, nomeadamente no que respeita a politicas de sinalização”. Coutinho admite que por parte destes serviços tem “existido um esforço para disponibilizar informação nos meios, nomeadamente online, que já utilizam uma versão inglesa”.
TIAGO ALCÂNTARA
GONÇALO LOBO PINHEIRO
GCS
meadamente da língua inglesa. No entanto, Melinda Chan considera ainda que “não só o ensino do Inglês, mas também o ensino do Português deve ser melhorado”. A escassez de professores de Língua Portuguesa em Macau não é admissível para a deputada, que ilustra a situação com o facto de “até na China continental haver mais pessoas a falar fluentemente Português do que em Macau”. Amélia António também partilha da opinião de Melinda Chan: não está em causa o ensino do Inglês, que já é prática corrente em grande parte das escolas, mas o facto de a língua oficial “não ser tratada como deveria ser e é essa a prioridade”.
“Há margem de manobra e campo para investir para que a língua inglesa seja mais levada em consideração na RAEM” PEREIRA COUTINHO DEPUTADO
Por outro lado, o deputado destaca ainda a vertente oficial de uso de línguas. “Muitos dos documentos que chegam a Macau provindos do estrangeiro carecem de uma tradução oficial para as línguas da região”, afirma, e “é por isso que existem os tradutores habilitados”. No entanto estes profissionais ainda são em número reduzido e não têm mãos a medir para “dar conta do recado e traduzir devidamente a quantidade enorme de documentos”. O deputado é a favor de aumentar a utilização da língua inglesa nomeadamente no que respeita aos serviços públicos, à sinalização e indicações nas ruas, à semelhança do que se faz noutras partes do mundo. “Há margem de manobra e campo para investir para que a língua inglesa seja mais levada em consideração na RAEM”, remata. O HM tentou averiguar junto do Executivo acerca do que que planeia vir a fazer acerca desta matéria, no entanto não obteve qualquer resposta até ao final da edição. Sofia Mota (com Joana Freitas e Angela Ka) info@hojemacau.com.mo
4 POLÍTICA
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PREOCUPAÇÕES COM HABITAÇÃO POR DÍVIDAS DE TERRAS
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AL DEPUTADOS CONTESTAM “LENTIDÃO” NOS TRABALHOS LEGISLATIVOS
Devagar, devagarinho
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S deputados estão preocupados com a lentidão nos trabalhados da Assembleia Legislativa (AL), que consideram continuar a permitir que se acumulem diplomas sem que a eficiência na sua análise seja alta. As críticas foram ontem lançadas em duas conferências de imprensa sobre o trabalho desta sessão do hemiciclo, que terminou esta semana. Song Pek Kei queixou-se novamente da baixa eficiência dos trabalhos legislativos e a falta de um mecanismo de coordenação e acompanhamento dentro da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ) para supervisionar o progresso dos trabalhos. Outros deputados juntam-se ao coro de críticas, pedindo também revisão de alguns diplomas. A deputada, número dois de Chan Meng Kam no hemiciclo,
diz que no ano passado foram programada seis propostas de lei para este ano, mas até hoje só foram entregues quatro delas, com uma taxa de execução de somente 25%. As propostas que envolvem assuntos importantes relativamente a drogas ou à economia, como a nova Lei do Enquadramento Orçamental e o Regulamento de Táxis ainda não têm sequer calendário para entrega. Song Pek Kei frisa que se as propostas se continuarem a acumular, a AL vai enfrentar um “alto stress de trabalho” e também vai aumentar a possibilidade de abandonar propostas.
Para tentar resolver o atraso nos trabalho de legislação, Song Pek Kei, Chan Meng Kam e Si Ka Lon já sugeriram que o Governo faça um planeamento quinzenal, no qual se acrescente também uma avaliação de eficiência e gestão dos processos.
REVISÕES NECESSÁRIAS
Os três deputados repararam que muitas leis estreitamente ligadas à vida dos cidadãos têm atrasos ou falhas. Song Pek Kei exemplifica com o que diz ser a desactualização do Código Pe-
No ano passado foram programada seis propostas de lei para este ano, mas até hoje só foram entregues quatro delas, com uma taxa de execução de somente 25%
nal: entrou em vigor há mais de vinte anos e ao longo do tempo muitos crimes já aumentaram a punição, sem que tal acontecesse com outros, o que não é lógico: o homicídio é punido até dez anos de prisão, mas a punição para a contratação de trabalhadores ilegais poderá chegar aos oito anos, frisa a deputada. O colega de bancada, Si Ka Long, exemplifica com a habitação pública, para dizer que está na altura para rever as políticas a ela referentes, uma vez que centenas de pessoas ainda estão à espera de uma casa desde 2015. Se Chan Meng Kam considera que ainda não passaram anos suficientes desde a aprovação da nova Lei de Terras para que esta seja revista, Zheng Anting e Mak Soi Kun rumam em sentido contrário. Os dois, da Associação dos Conterrâneos de Kong Mun, defendem a imediata revisão do diploma. “O Governo deve enfrentar o caos social gerado pela nova Lei de Terras. A revisão da lei deve ser feita o mais rápido possível para não gerar mais confusão”, frisou Zheng Anting. Angela Ka (revisto por J.F.) info@hojemacau.com.mo
prioridade estabelecida pelo Governo de usar os terrenos recuperados para pagar dívidas põe em causa a promessa do Executivo de que seriam usados para construir habitação pública, conclui um relatório da Assembleia Legislativa. O Governo já esclareceu que o primeiro destino das parcelas recuperadas será pagar a dívida de 88.806 m2 de terras, já que actualmente o Executivo não dispõe de qualquer terreno livre, podendo haver ainda mais terrenos em dívida. Agora, os deputados mostram-se preocupados. “O Governo prometeu que ia ponderar utilizar, com prioridade, os terrenos desaproveitados retomados para a construção de habitações sociais, só que, com a divulgação desta comunicação [de que os terrenos recuperados serão usados como compensação pelos terrenos em dívida], é inevitável que a concretização dessa promessa seja afectada”, pode ler-se no relatório da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, publicado no último dia da sessão legislativa, na segunda-feira. Dado que o processo de caducidade pode ser demorado, o Executivo admitiu a hipótese de indemnizações monetárias. Numa das reuniões da Comissão, diz o relatório, “um membro sugeriu que, no caso da falta de terrenos para o efeito, o Governo pode considerar efectuar indemnizações pecuniárias. Os representantes do Governo concordaram com esta sugestão”.
KAIFONG PEDE APROVAÇÃO URGENTE DA LEI DA DROGA
A União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM ou Kaifong) pediu ontem a aprovação urgente da Lei de Combate à Droga, sobretudo no que diz respeito a tornar o exame de droga obrigatório. O pedido é feito na sequência de um caso tornado público pelas autoridades, de um condutor que fez a Ponte de Amizade toda ao contrário, por estar sob a influência de estupefacientes. Os Kaifong pedem o aumento das molduras penais para o tráfico e o consumo de drogas. A lei está a ser analisada na especialidade desde o início deste ano.
5 POLÍTICA
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Finanças GASTOS MAIS DE 700 MILHÕES EM RENDAS DE PRIVADOS EM 2015
“Retirada gradual” Os deputados continuam preocupados com as rendas privadas que o Governo anda a pagar, com Chan Meng Kam a apontar que estas já aumentaram para cima dos mil milhões este ano. No ano passado, o Governo gastou mais de 720 milhões, mas promete estar a mudar o paradigma em escritórios para os serviços públicos e o Governo respondeu que, no futuro, vai proporcionar espaços, de uma forma mais eficaz e mais rentável, para a instalação de serviços públicos”, pode ler-se no relatório. Prometida fica a reserva de solos para a construção de edifícios para este fim, na reunião que contou com a presença de Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, e Anselmo Teng, pre-
270
mil metros quadrados de área útil para escritórios, estacionamento e armazéns arrendados em 2015
TIAGO ALCÂNTARA
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Governo prometeu novamente aos deputados que iria iniciar “uma retirada gradual dos serviços públicos do mercado de arrendamento privado”. A intenção não é nova, mas foi reiterada pelos representantes do Governo numa reunião com a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos das Finanças Públicas. Segundo os números apresentados, o Executivo gastou mais de 720 milhões de patacas em 2015 com rendas privadas para serviços públicos. O relatório que dá a conhecer o teor da reunião foi ontem publicado. O valor que o Governo gastou em rendas não corresponde nem a 1% do valor total do orçado para as despesas do ano passado, mas preocupa, ainda assim, os deputados. “O facto do Governo despender, anualmente, avultadas somas do erário público para arrendar imóveis privados para a instalação de serviços públicos, situação esta que suscita cada vez mais a atenção do público, levou a Comissão a dar o devido acompanhamento à questão”, pode ler-se no relatório. Segundo as informações de Dezembro de 2015 facultadas à Comissão, o Governo pagou “mais de 60 milhões mensais de rendas” não só para serviços públicos, como para serviços com autonomia administrativa e organismos autónomos. No total, foram arrendados 270 mil metros quadrados de área útil para escritórios, estacionamento e armazéns. O Governo justifica que tomou a decisão de arrendar imóveis privados em 2003, “para estimular a economia devido à epidemia de SARS”. Mas agora a economia cresceu. “O Governo está atento à questão e vai rever as políticas. Entendem alguns membros da Comissão que o Governo deve aproveitar a descida dos preços dos imóveis para adquirir terrenos e prédios para a construção de edifícios de escritórios ou para os converter
sidente da Autoridade Monetária de Macau, entre outros.
QUE AUSTERIDADE?
Numa interpelação escrita enviada ontem ao Governo, Chan Meng Kam, versa precisamente sobre os gastos do Governo. O deputado refere que, segundo a conta central da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), as receitas financeiras do mês de Janeiro a Maio eram de 39,95 mil milhões de patacas, apresentando uma queda de 14% face ao período homólogo do ano passado. Entretanto, as despesas públicas mostraram um aumento de 11%, com um montante total de 23,59 mil milhões de patacas. Chan Meng Kam diz que, apesar da introdução de medidas de austeridade pelo Governo, as despesas públicas continuam a surgir de forma elevada. O deputado diz que “há opiniões de que a austeridade não tem em conta os gastos do quotidiano ou os arrendamentos dos escritórios para os serviços públicos”. Relativamente aos gastos de alto valor, “parece que o Governo mantém o hábito extravagante”, diz. O deputado exemplifica com estudos sobre a qualidade do serviço de Limpeza Urbana, Recolha e Transporte de Resíduos, onde se
gastou 4,5 milhões de patacas pelo serviço incumbido à Universidade de Ciência e Tecnologia. Chan Meng Kam diz mesmo que as despesas para a renda dos escritórios governamentais subiu
ATFPM DE FORA DE NOVA FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DA FUNÇÃO PÚBLICA
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Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) não faz parte, nem vai fazer, da nova Federação das Associações dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, recentemente criada. Isso mesmo disse ao HM José Pereira Coutinho, presidente da ATFPM. A Associação não foi sequer convidada, mas o também deputado diz nada querer ter a ver com a nova representação, que tem como vice-presidente da Assembleia Geral e presidente da
Direcção Chan Kam Meng e Pang Kung Hou. “Nunca, nem eu, nem a Rita Santos, nem nenhum dos nossos corpos gerentes
foi convidado. Mas somos independentes, não precisamos da Federação para nada. O objectivo é controlar as associações para serem mais obedientes ao Governo e não aceitaríamos estarmos subjugados por uma federação que tem por objectivos controlar as associações”, frisou ao HM. A Federação é constituída por setes associações dos trabalhadores da Função Pública de “diferentes camadas” e tem como objectivo servir como uma
plataforma de comunicação para reflectir as opiniões e reivindicações da Função Pública ao Governo, “assim como elevar a qualidade da Administração Pública e a gestão do desempenho”, como indica num comunicado. A Federação anunciou que fez um estudo junto dos funcionários que representa, para saber que tipo de pressões enfrentam e qual o nível de satisfação deles no trabalho. Os resultados vão sair em Setembro. J.F.
de 420 milhões de patacas em 2011 para 1,1 mil milhões este ano, apesar da existência de muitos imóveis do Governo desocupados. Joana Freitas (com Angela Ka) Joana.freitas@hojemacau.com.mo
CHUI SAI ON EM PORTUGAL A 10 DE SETEMBRO
Chui Sai On parte no dia 10 para Portugal. A visita do líder do Governo já tinha sido declarada, mas ontem foi anunciada a data. Chui Sai On, que se desloca a Portugal cinco anos depois de lá ter estado, vai a convite do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, e ficará até dia 15. Chui Sai On também se encontrará com o Primeiro-Ministro António Costa, sendo que a viagem também inclui a participação do líder do Governo na reunião da Comissão Mista Macau-Portugal, a ser copresidida não só pelo próprio Chefe do Executivo, como pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva.
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hoje macau quarta-feira 17.8.2016
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO PARA “EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (1ª FASE)”
Direcção dos Serviços de Finanças Anúncio - Concurso Público nº 2/CP/DSF-DGP/2016-
1.
Entidade que põe a obra a concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.
Objectivo: Fornecimento de géneros alimentícios aos Serviços da Administração Pública da RAEM durante o ano de 2017.
2.
Modalidade de concurso: Concurso Público.
Entidade adjudicante: Chefe do Executivo
3.
Local de execução da obra: Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues lote 138A, Macau.
Entidade onde decorre o processo do concurso: Direcção dos Serviços de Finanças
4.
Objecto da Empreitada: Construção de fundações, estruturas da cave (até ao rés-do-chão), depósitos de água para incêndios e de água potável do edifício, incluindo as impermeabilizações das mesmas.
Prazo e local de entrega das propostas: Dia 31 de Agosto de 2016, até às 17:30 horas Avenida da Praia Grande, nºs 575, 579 e 585, Edf. “Finanças”, Departamento de Gestão Patrimonial – 8º andar – sala nº 810
5.
Prazo máximo de execução: 600 dias de trabalho (seiscentos dias de trabalho) (Para efeitos da contagem do prazo de execução das obras da presente empreitada, somente os domingos e os feriados estipulados na Ordem Executiva n.º60/2000 não serão considerados como dias de trabalho).
Data, hora e local de Abertura do concurso: Dia 1 de Setembro de 2016, às 9:30 horas Avenida da Praia Grande, nºs 575, 579 e 585, Edf. “Finanças” – Auditório de Cave
6.
Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.
7.
Tipo de empreitada: A empreitada é por Série de Preços.
8.
Caução provisória: $3 000 000,00 (três milhões de patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.
9.
Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato e reforço da caução definitiva a prestar).
10.
Preço Base: Não há.
11.
Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição ou renovação. Neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição ou renovação.
12.
A sessão de esclarecimentos relativa à empreitada será realizada em 24 de Agosto de 2016 (quarta-feira), pelas 10:00 horas, no local da obra, sendo o local de encontro na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues, lote 138A, Macau;
13.
Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local: Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, R/C, Macau; Dia e hora limite: dia 7 de Setembro de 2016 (quarta-feira), até às 12:00 horas. Em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora limite para a entrega de propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a entrega de propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.
14.
Local, dia e hora do acto público do concurso : Local: Sala de reunião da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau; Dia e hora: dia 8 de Setembro de 2016 (quinta-feira), pelas 9:30 horas. Em caso de adiamento da data limite para a entrega de propostas de acordo com o ponto 13, ou em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora estabelecida para o acto público do concurso acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público do concurso serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público do concurso para os efeitos previstos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.
15.
Línguas a utilizar na redacção da proposta: Os documentos que instruem a proposta (com excepção dos catálogos de produtos) devem estar redigidos numa das línguas oficiais da RAEM, quando noutra língua, devem ser acompanhados de tradução legalizada, a qual prevalece para todos e quaisquer efeitos.
16.
Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo: Local: Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau; Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 12:45 horas e das 14:30 às 17:00 horas) Na Secção de Contabilidade da DSSOPT poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso mediante o pagamento de $850,00 (oitocentas e cinquenta patacas).
17.
Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação: - Preço da obra 45%; - Prazo de execução: 15% - Plano de trabalhos 10%; - Experiência e qualidade em obras 18%; - Integridade e honestidade 12%.
18.
Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer no Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, em Macau, a partir de 24 de Agosto de 2016 (inclusivé) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomarem conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais. Macau, aos 11 de Agosto de 2016. O Director dos Serviços Li Canfeng
Data, hora e local de Entrega das amostras: Dia 12 de Outubro de 2016, às 09:30 horas Avenida da Praia Grande, nºs 575, 579 e 585, Edf. “Finanças” – Auditório da Cave Caução Provisória: Valor: Quinze mil patacas (MOP$15.000,00) Modo de prestação: garantia bancária ou depósito em numerário: - para prestação mediante garantia bancária, deve apresentar documento conforme o modelo constante do ANEXO V do programa do concurso; - para prestação através de depósito em numerário, deve ser solicitada a respectiva guia de depósito no Departamento de Gestão Patrimonial destes Serviços e posteriormente proceder ao depósito no banco indicado. Consulta do Programa do Concurso, do Caderno de Encargos e da Relação dos artigos a adquirir: - Durante o horário normal de expediente, na Sala nº 810 do Departamento de Gestão Patrimonial (8º andar) do Edf. “Finanças”. Preço das cópias dos referidos documentos e respectivo suporte informático: Cinquenta patacas (MOp$50,00); ou por - Descarregamento gratuito na página electrónica da DSF (website: http://www.dsf.gov.mo) Critérios de adjudicação: O prazo e as condições de fornecimento de cada produto, neste concurso são definidos no programa do concurso, e a adjudicação de cada fornecimento é feita segundo os seguintes parâmetros e percentagens: a) Preço – 40% b) Qualidade do produto a fornecer – 45% c) Qualidade dos produtos, idêntica, aos fornecidos nos últimos 3 anos – 15%
Tempestade: Em caso de encerramento destes Serviços por motivos de tempestade ou outras causas de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas, a data e a hora de abertura das propostas, inicialmente estabelecidos, serão alterados de acordo com os pontos nºs 5.6.3 e 7.1 do programa do concurso. O Director dos Serviços Iong Kong Leong
Anúncio Concurso Público para «Empreitada de Construção da Habitação Social de Mong Há – Fase 2 e de Reconstrução do Pavilhão Desportivo de Mong Há»
1. 2. 3. 4. 5.
Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas. Modalidade de concurso: concurso público. Local de execução da obra: no aterro adjacente à Rampa dos Cavaleiros e a Rua de Francisco Xavier Pereira. Objecto da Empreitada: Construção de habitação pública, equipamentos desportivos e sociais. Prazo máximo de execução: 1470 (mil e quatrocentos e setenta) dias de trabalho (Indicado pelo concorrente; Deve consultar os pontos 7 e 8 do Preâmbulo do Programa de Concurso). 6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso. 7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços. 8. Caução provisória: $45 000 000,00 (quarenta e cinco milhões de patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais. 9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar). 10. Preço Base: não há. 11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido ou renovado a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido ou da renovação de inscrição. 12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar; Dia e hora limite: dia 21 de Setembro de 2016 (Quarta-feira), até às 17:00 horas. 13. Local, dia e hora do acto público do concurso : Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, sala de reunião; Dia e hora: dia 22 de Setembro de 2016 (Quinta-feira), pelas 9:30 horas. Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público do concurso para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso. 14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo: Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar; Hora: horário de expediente; Preço : $23 000,00 (vinte e três mil patacas). 15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação: - Preço da obra 48%; - Prazo de execução: 12% - Plano de trabalhos 18%; - Experiência e qualidade em obras 22%; 16. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, a partir de 9 de Setembro de 2016, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais. Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 4 de Agosto de 2016. O Coordenador, substituto Tomás Hoi
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AGREDIDO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO JULGADO POR MATAR GATOS Começou ontem em Taipé o julgamento do estudante universitário de Macau acusado de ter morto dois gatos. O rapaz, de 23 anos, foi agredido à saída do tribunal. Chan Hou Ieong, que foi detido no início deste mês, alegou que sofre de problemas psicológicos e não consegue controlar o ímpeto que tem de matar gatos. Confessou ter morto dois gatos na Formosa e, segundo a agência de notícias taiwanesa CNA, o tribunal elevou a caução para o equivalente
a 50 mil patacas e proibiu o finalista da Universidade de Taiwan de abandonar a ilha enquanto decorrer o processo, que irá incidir sobre os dois casos. Entretanto, um dirigente da Universidade Nacional de Taiwan fez saber que a Comissão Disciplinar da instituição vai analisar o caso do aluno de Macau no final deste mês, já que este ainda não foi expulso. Associações de animais locais e testemunhas dizem que o jovem terá morto felinos também no território.
Metro GOVERNO CRIA EMPRESA PÚBLICA DE GESTÃO
Tudo sob controlo A gestão do metro ligeiro vai ser feita por uma empresa formada por dinheiros públicos, assim que o sistema esteja a funcionar. A questão, que tinha sido levantada por deputados, é assim respondida pelo GIT, sendo que a DSMA indica que o Pac On vai ficar totalmente sob alçada do Governo, num modelo semelhante ao outro terminal
O
metro ligeiro vai ser gerido por uma empresa pública, enquanto o Terminal Marítimo do Pac On ficará sob alçada do próprio Governo. É o que confirma o Gabinete de Infra-Estruturas e Transportes (GIT) e a Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água ao HM, depois da situação ter sido levantada pela Comissão de Acompanhamento dos Assuntos de Finanças e pela Comissão de Acompanhamento dos Assuntos de Terras e Concessões Públicas. A empresa que ficará encarregue do metro é totalmente constituída com dinheiros públicos. “O Governo vai constituir uma empresa com capital totalmente do Governo para acompanhar o trabalho de gestão operacional do sistema de metro ligeiro”, indica o GIT. Para já, o Gabinete está a realizar “os trabalhos preparatórios” neste sentido, estando estes ainda “na fase preliminar”. A questão foi levantada pelos deputados de duas Comissões da Assembleia Legislativa, com os membros da que acompanha as finanças a mencionar esta situação num relatório lançado esta semana. “Quanto à futura gestão do metro ligeiro, o Governo esclareceu [a Comissão] que a entrada em funcionamento da linha da Taipa está prevista para 2019 e que o modelo de gestão que será adoptado para o sistema do metro ligeiro terá por referência o que é praticado por outras regiões com este meio de transporte”, pode ler-se no documento da Comissão presidida pelo deputado Mak Soi Kun. Os membros do grupo diziam ainda que o Executivo adiantou que
o modelo de gestão “iria considerar a realidade de Macau”, tendo ainda em conta “os interesses das diversas partes envolvidas”, de forma a que se pudesse traçar um perfil da futura entidade gestora, bem como as suas responsabilidades. Ao HM, o GIT não adiantou estes detalhes, sendo que assegura, contudo, que “o Governo vai concluir o ponto
de situação para [o] apresentar ao público em tempo oportuno”.
PAC ON COMO O OUTRO
Já no caso do Terminal Marítimo do Pac On, os deputados quiseram saber se haveria “uma entidade que vai ser incumbida da gestão futura” do espaço, ou seja “se esta vai ser entregue a uma entidade particu-
SOCIEDADE
MULHER ASSALTADA E ATACADA NA AREIA PRETA Uma mulher local de cerca de 30 anos foi assaltada e agredida na cabeça, na Areia Preta. O suspeito foi detido ontem de madrugada nos NAPE. O homem terá tentado roubar a mala da mulher e fugir, mas com a perseguição da vítima acabou por deixar cair a mala fugindo de seguida. A PSP recebeu uma denúncia, tendo conseguido bloquear a rua e deter o suspeito de cerca de 50 anos. O caso já foi transferido para a Polícia Judiciária.
lar” ou ao Governo. A DSAMA descarta que haja ideias para passar o Terminal para particulares. “De acordo com [a lei] esta direcção é responsável por coordenar e gerir o funcionamento dos terminais marítimos de passageiros”, começa por explica ao HM a DSAMA. A gestão “será igual ao que acontece agora no Terminal Marítimo do Porto Exterior”: a segurança, manutenção e limpeza são “ajudicadas a empresas de fora”, privadas, mas “a DSAMA actua completamente como corpo de supervisão e gestão”. Esta semana, o Governo garantiu que as obras do metro na Taipa vão ser concluídas a tempo de que o novo meio de transporte funcione em 2019, sendo que só no final do ano se saberá, contudo, o trajecto para o lado de Macau. O Executivo mencionou também que pretende a ligação de metro à Ilha da Montanha. O metro anda de forma automática, sem condutor, e terá uma capacidade máxima de
“O Governo vai constituir uma empresa com capital totalmente do Governo para acompanhar o trabalho de gestão operacional do sistema de metro ligeiro” GIT
transporte de 152 mil passageiros por dia. Já o Terminal Marítimo de Passageiros do Pac On está programado para abrir em Maio de 2017, 11 anos depois de ter sido começada a sua construção. Terá capacidade para 400 mil pessoas por dia. Joana Freitas
Joana.freitas@hojemacau.com.mo
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hoje macau quarta-feira 17.8.2016
Síntese do Relatório de Actividade de 2015 Em virtude da diminuição das receitas do jogo, a economia de Macau do ano 2015 também diminui continuamente, isso causa um choque à economia geral de Macau, especialmente para o comércio de varejo, e o aumento do mercado de seguro também torna-se devagar devido à diminuição da economia.
O movimento comercial de 2015 também atingiu um montante de MOP209,000,000.00 na medida em que o ajustamento do mercado, um aumento de 5% de número de unidades, e o lucro líquido deste ano é MOP31,000,000.00 com o aumento de 11% que é melhor do que o ano passado. Isso depende da ideia eficaz de administração e do princípio
prudente da verificação da aplicação de segurar. A nossa Companhia está muito confiante no crescimento das nossas actividades nos próximos anos, baseando-se no princípio dos serviços prestados, manutenção e promoção de serviços de qualidade.
Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas Para os administradores da Asia Insurance Company, Limited (sociedade de responsabilidade limitada, registado em Hong Kong) Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Asia Insurance Company, Limited, Sucursal de Macau relativas ao ano de 2015, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 13 de Abril de 2016, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.
As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2015, a demonstração de resultados, e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas. As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que se acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.
Para a melhor compreensão da posição financeira da Asia Insurance Company, Limited, Sucursal de Macau e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria. Bao, King To Auditor de Contas Ernst & Young – Auditores Macau, 13 de Abril de 2016
9 hoje macau quarta-feira 17.8.2016
SOCIEDADE
USJ LINGUISTA AUSTRALIANO NOVO DIRECTOR DA FACULDADE DE HUMANIDADES
O linguista Alan Baxter regressa a Macau. Depois da Universidade de Macau, o académico integra a Faculdade de Humanidades da Universidade de São José, ocupando o cargo de director
Alan Baxter está de volta
Licenciado em Filosofia e Letras e Mestre e Doutor em Linguística, Alan Vorman Baxter é especializado em crioulos de base portuguesa, incluindo o patuá de Macau
O
linguista australiano Alan Baxter, especialista em crioulos de base portuguesa, incluindo o de Macau, vai dirigir a Faculdade de Humanidades da Universidade de São José, revelou ontem a vice-reitora da instituição privada de Macau. À Rádio Macau, Maria Antónia Espadinha, que assumia o cargo interinamente, explicou que Baxter foi escolhido num concurso de âmbito internacional. “Estive no ano passado, até agora, como directora interina da Faculdade. E tinha grande responsabilidade. Neste momento já cá temos
SEGUROS AUMENTAM POR CAUSA DO TERRORISMO
o novo director, que é o professor Alan Baxter. Houve um concurso internacional e ele foi o seleccionado.” Baxter foi director do Departamento de Português da Universidade de Macau entre 2007 e 2011, ano em que deixou o território, regressando agora para liderar o departamento de Humanidades da USJ, liga-
O presidente da Associação dos Mediadores de Seguros de Macau, Leong Chi Meng, referiu esta semana que aumentou a compra de seguros de vida em Macau. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o responsável explicou que a subida se deve sobretudo ao crescimento dos actos terroristas e acidentes pelo mundo fora, que expandiu “a consciência dos cidadãos relativamente ao seguro”. O sector dos seguros apresentou, em 2015, um aumento de cerca de 20% a 30% nos negócios. Por enquanto, os cidadãos de Macau focam-se mais no seguro de protecção de crises e seguro médico, sendo que 50% a 60% dos clientes são pessoas jovens.
O
da à Universidade Católica Portuguesa e que conta com uma licenciatura de Português-Chinês e um mestrado em Estudos Lusófonos de Literatura, além de um curso intensivo de Português pré-universitário. Licenciado em Filosofia e Letras e Mestre e Doutor em Linguística, Alan Vorman Baxter é especializado
Ministério Público (MP) garante que o caso Ho Chio Meng está a seguir a lei. É o que diz o Gabinete do Procurador em resposta ao HM, que questionou o organismo sobre a possibilidade de estar a terminar o prazo legal de acusação sem que o ex-Procurador saiba por que está preso. O período de inquérito para o caso que tem Ho Chio Meng, ex-Procurador, como principal arguido vai acabar este mês, a dia 26. Como tinha avançado no início deste mês o jornal Ou Mun, o MP teria de apresentar uma acusação sob pena da investigação dar em nada. Citando um especialista da área do Direito, que não desven-
em crioulos de base portuguesa, incluindo o patuá de Macau.
NOVO CAMPUS EM 2017
A mudança da Universidade de São José para o novo campus na Ilha Verde pode acontecer entre o final deste ano e Janeiro, adiantou ainda à Rádio Macau a vice-reitora da instituição.
“Neste momento, esperamos firmemente poder mudarmo-nos para lá naquele período entre o Natal e o começo das aulas em Janeiro, que eventualmente até pode ser um pouco diferido”, afirmou Maria Antónia Espadinha, explicando, contudo, que nada está programado. “Só podemos programar no momento em que o campus
Está tudo legal
Acusação a Ho Chio Meng ainda dentro do prazo, diz MP
dava o nome, o jornal dizia que o MP ainda não apresentou qualquer acusação após a detenção de Ho Chio Meng, em Fevereiro. A defesa pode evocar a ultrapassagem do prazo limite para acusação. Segundo o que o HM apurou, o Código de Processo Penal diz que o Ministério Público encerra o inquérito, arquivando-o ou deduzindo acusação, nos prazos máximos de seis meses, se houver arguidos presos, ou de oito meses, se os não houver. Desde 26 de Fevereiro que Ho Chio
Meng está detido, tendo ficado em prisão preventiva em Coloane, o que implica que o prazo de seis meses termine no mesmo dia deste
estiver pronto e que os edifícios estiverem licenciados. E há já edifícios que estão prontos”, disse, adiantando existirem três concluídos. O ano lectivo 2016/2017 na Universidade de São José começa a 5 de Setembro. LUSA/HM
mês. Ainda assim, como o HM apurou, o Código admite que o prazo pode ser prolongado até aos oito meses em casos “especiais de investigação”. O MP não adianta data para emitir acusação, mas ao HM assegura que está tudo dentro da lei. “O caso está actualmente em processo nos termos da lei de processo penal”, refere o organismo. Ho Chio Meng é suspeito de corrupção, em conluio com outras chefias do MPe responsáveis de empresas privadas. O caso remete para a aprovação de várias obras, mas o ex-Procurador da RAEM ainda não foi formalmente acusado. Joana Freitas
Joana.freitas@hojemacau.com.mo
10 Cinema FEIRA DE GUANGDONG, MACAU E HONG KONG ARRANCA COM SETE PROJECTOS LOCAIS
A
Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong, Hong Kong e Macau abriu ontem. Nesta edição, participam 25 projectos cinematográficos de vários produtores das três regiões e cerca de meia centena de investidores. Para o presidente do Instituto Cultural (IC), Guilherme Ung Vai Meng, a feira é mais um passo para a expansão do sector em Macau. “Esperamos do futuro uma plataforma onde surjam mais oportunidades e mais investimento, para que possamos ter mais recursos para apoiar e dar oportunidades de sucesso [aos realizadores]”, frisou o responsável. A cooperação entre as três partes envolvidas, na tentativa de se fazer mais e melhor cinema, foi partilhada também pelo vice-director da Administração de Imprensa e Publicação, Rádio, Cinema e Televisão da província de Guangdong, Liu Xiaoyi, que defendeu que os apoios são necessários para apostar e desenvolver este sector. Esta edição da Feira de Investimento conta com a participação de 25 projectos cinematográficos de vários produtores, sendo sete locais. Conta ainda com a presença de mais de 50 investidores convidados para estarem presentes e votarem nos filmes com mais potencial, o dobro dos que compareceram o ano passado. A apresentação dos projectos que vão a votos foi feita pelos produtores e realizadores dos filmes que buscam investimento, sendo que cada um dispunha de um limite de tempo para “vender” o melhor possível o seu projecto. Além desta apresentação pública, existem ainda reuniões bilaterais onde são discutidos mais a detalhe
LUZES, CAMARA ˆ
Começou ontem a Feira de Investimento na Produção Cinematográfic e Macau. Este ano foram 25 os filmes escolhidos para captarem invest geográficas tentam realizar o sonho de passar do papel ao ecrã. Sete sã
as questões de investimento e o valor necessário. Este ano foram criados três novos prémios, que visam distinguir os projectos com mais potencial. “O Prémio de Melhor Projecto Cinematográfico”, “Prémio de Excelência para Projecto Cinematográfico” e o “Prémio de Mérito de Projecto
Cinematográfico” serão atribuídos aos três filmes que obtiverem o maior número de votos por parte dos investidores. No último dia de feira, hoje, há ainda um seminário subordinado ao tema “Financiamento Cinematográfico” onde o público pode também participar. Existem 30 lugares
À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA PRECES ANTENDIDAS • Danielle Steel
Um livro sobre a família e a amizade, sobre uma mulher que tenta libertar-se do seu passado e o homem que a ajuda a vencer. Com uma visão extraordinária sobre a vida de maridos e mulheres, amantes e familiares, Danielle Steel conta-nos uma história comovente e sábia de segredos que nos ferem e escolham que nos saram – e das segundas oportunidades, que só uma vez na vida acontecem.
disponíveis e o evento conta com convidados de renome do ramo do cinema. De Hong Kong vieram os cineastas Patrick Tong e Mathew Tang e, como investidor da China, veio Liu Xiaofeng. Todos irão partilhar as novas tendências
de financiamento no cinema. A palestra realiza-se às 14h30.
“CHINA BEAT”
Entre os participantes de Macau estão dois portugueses, entre eles Fernando Eloy que apresenta “China Beat”. Um drama que fala sobre uma jovem executiva que retorna à China após três anos no Brasil. Em Macau, participa numa festa de amigos e recebe uma chamada do irmão a pedir ajuda. “O patrão [dele] é corrupto e ele decide fazer justiça, mas agora está em apuros”, resume o realizador.
“MACAU BOYS”
Do realizador Maxim Bessmertny, esta é uma comédia contada em 90 minutos. “Um estudo de personagem de quatro jovens desperdiçando o seu tempo brincando com mulheres, vinho e jogos na cidade de Macau”, explica. O financiamento previsto para pôr em prática este projecto é de 291 mil dólares americanos.
“DAYS OF BEING TRAPPED”
Fantasia e drama contados pela mão do director Vincent Hoi, de Macau. Imagine que
GONÇALO LOBO PINHEIRO
EVENTOS
“Esperamos do futuro uma plataforma onde surjam mais oportunidades e mais investimento, para que possamos ter mais recursos para apoiar e dar oportunidades de sucesso [aos realizadores]” GUILHERME UNG VAI MENG PRESIDENTE DO IC
RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • MAIL@LIVRARIAPORTUGUESA.NET
BALA SANTA • Luís Miguel Rocha
Que acontecimentos estiveram por detrás da tentativa de assassinato do Papa na praça do Vaticano em 1981? Quem é, e o que sabia verdadeiramente Alia Agca, o turco que disparou contra João Paulo II? Que forças ocultas gerem os destinos da igreja católica e conseguem nomear e destronar Papas, ocultando impunemente as suas acções? Uma jornalista internacional, um ex-militar português, um muçulmano que vê a Virgem Maria, um padre muito pouco ortodoxo que trabalha directamente sob as ordens do sumo pontífice, vários agentes dos serviços secretos mais influentes do mundo e muitos outros personagens dos quatro cantos do globo, envolvemse numa busca pela verdade e descobrem que ela nem sempre é útil. Pelo menos não o foi para João Paulo II.
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A, TOSTAO ˜
ca entre Guangdong, Hong Kong timento, onde realizadores das três áreas ão de Macau devido a um vírus mortal fica fechado com outras pessoas, durante dias, num espaço onde os bens essenciais começam a escassear. Para sobreviver é preciso tomar medidas drásticas e decisões amorais: sacrificar uma pessoa para alimentar as restantes. Em que ficamos?
a música que entretanto foi parar à internet permitiu-lhe conquistar uma legião de fãs. Esta dualidade divide a rapariga, que se questiona: abandona o sonho e recupera a vida que tinha, ou deixa para trás o passado e segue rumo ao palco?
“PHONE GHOST”
Drama e suspense contados pela mão do realizador de Macau, Ho Fei. É a história de dois homens, Barbosa e Granthman, que lutam desesperadamente para fazer face a uma situação de extrema pobreza e colapso económico no território. Um filme que o realizador promete ser emocionante, com uma morte pelo meio.
Wong Kong Po conta a história de como a tecnologia melhora a nossa vida ao mesmo tempo que escraviza a nossa mente. Uma jornalista recebe mensagens de um assassino. Mas, se no início isso a perturba, esta acaba por se envolver na história e torna-se dependente. Seiscentos mil dólares é o financiamento pedido por este realizador de Macau para concretizar o filme.
“SINGING GIRL”
É o filme do realizador Lou Ka Hou, de Macau, que conta a história de uma rapariga que sonha ser cantora. Um dia participa num concurso com uma canção contendo linguagem imprópria. Esse episódio sai-lhe caro e ela acaba por ser expulsa da escola e repudiada pela família. Por outro lado,
“BARBOSA AND GRANTHAM”
“UM JOGO BONITO”
Do realizador António José Caetano de Faria, esta película fala sobre um menino, Zhu, que sonha ser jogador de futebol. Um dia tem a oportunidade de mostrar as suas qualidades num jogo em Macau, ao qual assiste um olheiro de um grande clube da China. No mesmo dia, o irmão de Zhu é atropelado e a oportunidade
foge-lhe por entre os dedos. Anos mais tarde, o irmão mais novo de Zhu tenta a sua sorte para mudar o destino da família.
VIZINHOS DO LADO
Entre os 25 projectos, destacam-se ainda alguns da região vizinha, como é o caso de “Taste of Orange”, de Wong Yuk-wa. A realizadora pede 800 mil dólares americanos para concretizar um filme de 90 minutos, classificado na categoria de drama e que fala sobre a vida e a forma como esta pode ser encarada. “As laranjas podem ser doces ou amargas. Não sabemos o gosto até a prova.” A vida é igual. “Today” é a história contada por Candy Ng e Yeung Chiu Hoi, ambos de Hong Kong. Um relato sobre juventude e amor. “Um fotógrafo de casamentos conhece a mulher da sua vida durante um trabalho. Há um flashback onde as personagens reflectem sobre os vários aspectos da sua vida, amor, carreira e amizade”, indica o resumo do filme. Hoje Macau
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CENTRO UNESCO EXPÕE “SONHO CHINÊS”
Mais de 60 obras do artista Water Poon vão estar patentes ao público no Centro Unesco. A exposição inaugurada no dia 15 de Agosto vai estar disponível até dia 20 e pode ser visitada no período entre as 10h00 e as 19h00. O “Sonho Chinês”, assim se chama a mostra, é uma organização da Fundação Macau e pretende mostrar várias obras deste artista que nasceu em Guangdong mas que vive actualmente em Hong Kong. Multifacetado, divide-se entre a fotografia e a pintura, tendo mesmo já produzido um filme presente num festival de cinema no Irão.
EVENTOS
hoje macau quarta-feira 17.8.2016
O que é de cá é bom
Fundação Macau abre concurso para apoiar espectáculos locais
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ÃO abrir as candidaturas para os “Espectáculos da Fundação Macau para os Cidadãos 2017” sob o título “Produções em Macau, Paixão por Macau”. A quinta edição apoia criações artísticas de associações locais, num total de 16 vagas a ser preenchidas. As candidaturas devem ser entregues pessoalmente na Fundação Macau, entre os dias 22 e 29 de Agosto. Desde que foi lançada, no ano de 2013, a iniciativa dos “Espectáculos da Fundação Macau para os Cidadãos” tem por objectivo “incentivar e apoiar as criações artísticas das associações locais do sector das artes e representação, com vista a melhorar o nível profissional dos artistas locais, aumentar o grau de participação das associações de artes e representação de acções culturais e artísticas e elevar a competitividade dos PUB
seus programas, de modo a contribuir para fomentar a oferta de programas de representação com participantes locais para que entrem nos bairros comunitários e enriqueçam a vida dos cidadãos”, de acordo com informação da Fundação Macau. Para protagonizar estes objectivos, o organismo decidiu proceder a uma recolha pública de candidaturas para a realização dos espectáculos. Serão atribuídos apoios
financeiros a 16 espectáculos seleccionados que serão levados ao público em 2017. As categorias variam entre dança, teatro, música, ópera ou programas de variedades. Os candidatos devem dirigir-se pessoalmente aos serviços da Fundação Macau e entregar as candidaturas de 22 a 29 de Agosto. No final do mês de Outubro serão publicados na página da Fundação os resultados do concurso e os espectáculos apurados para receber apoio.
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hoje macau quarta-feira 17.8.2016
Anúncio Faz-se saber que nos Concursos Públicos N.os 29/P/16《Fornecimento de Medicamentos do Formulário Hospitalar (Grupo 1) aos Serviços de Saúde》, 30/P/16《Fornecimento de Medicamentos do Formulário Hospitalar (Grupo 2) aos Serviços de Saúde》, 31/P/16《Fornecimento de Medicamentos do Formulário Hospitalar (Grupo 3) aos Serviços de Saúde》, publicados no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 29, II Série, de 20 de Julho de 2016, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 4.º do programa dos concursos públicos pela entidade que os realizam e que foram juntos aos respectivos processos. Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, e também estão disponíveis no website dos S.S. (www.ssm. gov.mo). Serviços de Saúde, aos 11 de Agosto de 2016. O Director dos Serviços Lei Chin Ion
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.º 39/P/16 Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 27 de Julho de 2016, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento e Instalação de Um Sistema de Citometria de Fluxo aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 17 de Agosto de 2016, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP$38,00 (trinta e oito patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São
Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 13 de Setembro de 2016. O acto público deste concurso terá lugar no dia 14 de Setembro de 2016, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião” do Antigo Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo dos Serviços de Saúde, 3.º andar, da Estrada de S. Francisco, n.º 5, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP$28.900,00 (vinte e oito mil e novecentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.
Serviços de Saúde, aos 11 de Agosto de 2016. O Director dos Serviços Lei Chi Ion
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CHINA
VISITA DE MINISTRAS A SANTUÁRIO POLÉMICO AZEDA RELAÇÃO COM JAPÃO
O
Governo de Pequim mostrou ontem em comunicado, o seu desagrado face à visita de duas ministras do executivo Japonês, a um templo dedicado aos “Heróis” da guerra, mas que aos olhos da China, dignificam criminosos. O Santuário Yasukuni, situado em Tóquio espicaçou a relação entre os dois países com a China a referir que este gesto “prova uma vez mais, a atitude errada daquele Executivo face à
História”. O santuário “homenageia os principais criminosos de guerra e visa embelezar as guerras de agressão”, refere um comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, Lu Kang. A ministra do interior, Sanae Takaichi, e a dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Tamayo Marukawa participaram na segunda-feira na homenagem de várias formações da política japonesa em Yasukuni, para comemorar o 71.º
aniversário do fim da II Guerra Mundial. “O Japão deve encarar abertamente a sua história de agressão e reflectir, lidar com o tema de forma responsável e apropriada, e trabalhar para ganhar a confiança dos seus vizinhos asiáticos e da comunidade internacional, com medidas concretas”, sublinhou Lu Kang, do MNE. As ministras integraram um grupo de 70 deputados de diferentes formações das duas câmaras que compõem a Dieta (o Parlamento japonês), que
se deslocou ao santuário para comemorar a rendição do Japão. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enviou uma oferenda, apesar de não ter comparecido em pessoa. O santuário com 145 anos, presta tributo a cerca de 2,5 milhões de cidadãos que morreram na Segunda Guerra Mundial e noutros conflitos bélicos. Entre as figuras homenageadas figuram criminosos de guerra, tal como o general Hideki Tojo, que autorizou o ataque a Pearl Harbor.
Nova era tecnológica Satélite de telecomunicação quântica lançado ontem
D Nuclear ADIAMENTO DE CENTRAL CRIA MAL ESTAR ENTRE PEQUIM E LONDRES
De costas voltadas
À PROVA DE HACKERS
O ministro britânico para a Ásia, Alok Sharma, encontra-se em visita oficial à China, num período de tensões bilaterais, devido à decisão do Reino Unido em adiar a construção de uma nova central nuclear financiada pela China
S
HARMA, que se reuniu na segunda-feira com o seu homólogo chinês, Wang Yi, é o primeiro responsável britânico a visitar a China, após a decisão da nova primeira-ministra, Theresa May, de suspender o projecto. Pequim concordou em ficar com uma participação de um terço na central nuclear a ser construída pela gigante francesa EDF, em Hinkley Point C, no sudoeste da Inglaterra. O negócio foi anunciado durante a visita oficial do Presidente Xi Jinping a terras de sua majestade, em Outubro, como parte da “era dourada” nas relações bilaterais, promovida pelo então primeiro-ministro britânico David Cameron e o ministro das Finanças George Osborne. A decisão da actual Primeira ministra terá sido motivada por preocupações de que o investimento do grupo estatal China General Nuclear consti-
tuísse uma ameaça à segurança do reino. Em comunicado, Sharma assegurou que a “relação entre os dois países é forte, está a crescer e beneficia ambos”. O nosso país está aberto a receber negócios e é um destino atractivo para o investimento internacional, incluindo da China”, sublinhou o ministro.
COMÉRCIO SALVAGUARDADO
A decisão de adiar a construção da central nuclear gerou
fortes reacções da parte de Pequim, com o embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, a considerar num artigo publicado pelo jornal Financial Times, que esta colocou as relações bilaterais “num ponto histórico crítico”. Por outro lado, Sharma referiu num comunicado, que “como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estamos a trabalhar juntos para enca-
A decisão de adiar a construção da central nuclear gerou fortes reacções da parte de Pequim, com o embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, a considerar num artigo publicado pelo jornal Financial Times, que esta colocou as relações bilaterais “num ponto histórico crítico”
ESIGNADO de QUESS (sigla em inglês para Experiências com Quânticos à Escala Espacial), com um peso de 600 quilos e o tamanho de um automóvel, o satélite foi ontem lançado com foguetes propulsores Longa Marcha 2D, no deserto de Gobi. A China quer começar a investigar a teleportação e formas de comunicação a distâncias impossíveis de interceptar. Este novo satélite vai girar em torno da Terra a cada 90 minutos e a uma altura de 500 quilómetros, numa órbita sincronizada com o sol. O QUESS também é referido pelo programa espacial chinês como “Micio”, em homenagem ao cientista e óptico da China Antiga, que há 2.500 anos inventou a primeira câmara escura.
rar os problemas globais do século XXI”, sublinhou. “O comércio bilateral atingiu um nível recorde. As exportações para a China cresceram 57%, desde 2010, e espera-se que esta se torne no segundo maior investidor no Reino Unido, até 2020”, lê-se na mesma nota. Além de Pequim, Sharma visitará ainda Shenzhen e Cantão, na província de Guangdong, no sul, dois importantes centros da economia chinesa. Apesar da tensão e da aberta animosidade registadas na década de 1990 sobre a transferência de soberania de Hong Kong, e da histórica “humilhação” causada pela Guerra do Ópio, o Reino Unido é hoje o principal destino do investimento chinês na Europa. Portugal é o quarto, logo a seguir à Alemanha e França.
A principal missão do satélite é tentar transmitir à Terra e receber a partir desta fotões quânticos, que em teoria não podem ser separados ou duplicados, o que pode ser a base para uma comunicação blindada a “hackers”. A partir daquele satélite, tentar-se-á estabelecer comunicações seguras entre Pequim e a região de Xinjiang, no noroeste do país. Está a ser planeada a construção, a curto prazo, de uma rede de comunicação quântica de 2.000 quilómetros, entre Pequim e Xangai, as duas principais metrópoles do país, para ser usada por agências governamentais e bancos.
TELETRANSPORTE A CAMINHO
O QUESS investigará ainda o mistério científico do entrelaçamento quântico, que pode servir de base ao teletransporte, um avanço tecnológico que parece reservado à ficção científica, mas que os cientistas chineses tentam levar a cabo com esta experiência. Neste fenómeno da mecânica quântica, se duas partículas estão entrelaçadas, uma não pode ser alterada sem que a outra também o seja - mesmo que estejam espacialmente separadas por milhões de anos-luz. O satélite tentará provar esta teoria, transmitindo fotões a estações de controlo espacial em solo chinês, separadas por 1.000 quilómetros de distância. Segundo o engenheiro aeroespacial Wang Jianyu, um dos responsáveis pelo projecto, o novo satélite quântico é a primeira missão espacial em que a China não tenta imitar o que outras nações já fizeram anos antes, procurando inovar. “É o nosso primeiro passo à frente dos outros no espaço”, sublinhou, numa entrevista ao jornal de Hong Kong, South China Morning Post.
h ARTES, LETRAS E IDEIAS
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WANG CHONG
王充
OS DISCURSOS PONDERADOS DE WANG CHONG
O homem filial deve evitar os castigos, mutilações, tatuagens, tonsura, marcas. Dos quatro interditos – 6
N
A realidade, este interdito que proíbe os condenados de se aproximarem dos túmulos obedece a duas razões ditadas pela etiqueta e pela ordem, e não a crenças no fasto e no nefasto. Aos condenados penetra a ideia de que o seu corpo, recibo à nascença de seus pais, deveria, enquanto netos e filhos, ser entregue intacto na hora da morte. Eis porque Zengzi, moribundo, convocou os seus discípulos e lhes disse: “Olhem os meus pés! Olhem as minhas mãos! Hoje enfim sei que lhes sobrevivi! Meus filhos!”. Zengzi era muito escrupuloso e, ao morrer, mostrou a seus discípulos o seu corpo intacto, rejubilando por ter sobrevivido a qualquer mal que o pudesse ter atingido. E Confúcio disse: “De nossos pais recebemos o corpo, os membros, os cabelos, a pele; como ousaríamos danificá-los?”. O homem filial deve evitar os castigos, mutilações, tatuagens, tonsura, marcas, que resultam de uma virtude diminuta, de uma conduta ligeira, de uma falta de prudência! É vergonhoso ter recebido um castigo infame e o condenado faz-se as maiores censuras: eis porque não se aproxima do túmulo para rezar frente a seus progenitores defuntos. No passado, faziam-se oferendas no templo dos antepassados; hoje, as pessoas fazem-nas junto ao túmulo e a primeira razão explicativa dos condenados não se aproximarem é a vergonha de se apresentarem aos seus antepassados defuntos. Os túmulos são a morada de fantasmas e espíritos; são lugares de oferenda e sacrifício. Para essas oferendas, os deveres de jejum e pureza, impostos pelos ritos, são da mais extrema importância. Alguém que foi vítima de um castigo que o tenha deixado mutilado não se encontra num estado adequado a fazer oferendas ou servir os defuntos. Se se mantém à distância é por humildade, por respeito e por sentir a sua própria infâmia. Imagina que os defuntos, vendo o neto ou filho castigado, se afligirão e lamentarão, recusando as oferendas que lhes são apresentadas. É esta a segunda razão que determina que os condenados não se apresentem junto aos túmulos.
Tradução de Rui Cascais Ilustração de Rui Rasquinho
Wang Chong (王充), nasceu em Shangyu (actual Shaoxing, província de Zhejiang) no ano 27 da Era Comum e terá falecido por volta do ano 100, tendo vivido no período correspondente à Dinastia Han do Leste. A sua obra principal, Lùnhéng (論衡), ou Discursos Ponderados, oferece uma visão racional, secular e naturalista do mundo e do homem, constituindo uma reacção crítica àquilo que Wang entendia ser uma época dominada pela superstição e ritualismo. Segundo a sinóloga Anne Cheng, Wang terá sido “um espírito crítico particularmente audacioso”, um pensador independente situado nas margens do poder central. A versão portuguesa aqui apresentada baseia-se na tradução francesa em Wang Chong, Discussions Critiques, Gallimard: Paris, 1997.
15 hoje macau quarta-feira 17.8.2016
na ordem do dia 热风
A China e os Jogos Olímpicos
O Pólo é um desporto muito antigo na Ásia, conhecido entre os chineses por Jiju击鞠. Os nobres da Dinastia Tang (618-907) adoravam bater bolas de madeira com um bastão feito de crina de cavalo. Dos 19 imperadores, 11 foram fanáticos. Dois deles morreram mesmo em acidentes durante jogos de Pólo. Diz-se que o jogo foi introduzido pelos Persas e pela Dinastia Tubo do Tibete, e era muito praticado pelas antigas damas chinesas. Por vezes, era mais do que recreativo. Quando o Imperador Xizong teve dificuldade em escolher entre quatro candidatos à chefia militar da região de Sichuan, a decisão foi tomada a partir de um jogo de Pólo. O candidato de classe mais baixa, mas que era um excelente jogador, acabou por conseguir o lugar.
奥运先驱
O
S primeiros Jogos Olímpicos da actualidade realizaram-se em 1894. O Comité Olímpico Internacional enviou um convite à China, dirigido ao Imperador representante da Dinastia Qing, a última que deteve o poder neste país. A China ignorou o convite porque os administradores imperiais não faziam ideia do seu significado. Em 1904, muitos jornais chineses deram grande cobertura aos Jogos desse ano e, em 1906, uma revista chinesa publicou, pela primeira vez, um artigo sobre a história dos Jogos Olímpicos, falando sobre os seus antecedentes e sobre o espírito que lhes preside. A 24 de Outubro de 1907, o famoso pedagogo Zhang Boling proferiu um discurso que fez história, na cerimónia
de abertura de um evento desportivo em Tianjin. Na sua intervenção Zhang Boling salientava que, embora muitos países europeus tivessem poucas hipóteses de ganhar medalhas de ouro, não deixavam por isso de enviar atletas para participar nos Jogos. Defendeu activamente a ideia de que se deveria formar uma equipa chinesa para integrar as Olimpíadas. Depois dos Jogos Olímpicos de Londres, em 1908, um jornal de Tianjin voltou a abordar o tema dos Jogos. O jornal apelava à participação da China na próxima edição dos Jogos, enquanto organizava uma série de palestras e debates em torno dessa ideia. Entre 18 e 22 de Outubro de1910 realizou-se a primeira edição dos Jogos Nacionais em Tianjin, onde se exibiram slogans, como “Participação nos Jogos Olímpicos!”, “China, o próximo país organizador das Olimpíadas!”. E então, em 1913, os primeiros Jogos
Olímpicos do Extremo Oriente tiveram lugar em Nanking. A China foi um dos promotores e os atletas chineses obtiveram bons resultados e provaram o seu desportivismo. Posteriormente, em 1915, o Comité Olímpico enviou um telegrama aos organizadores dos Jogos do Extremo Oriente a reconhecer a Associação Desportiva do Extremo Oriente e a convidar a China a participar nas próximas Olimpíadas e na reunião do Comité Olímpico. Em 1922, o chinês Wang Zhengyan foi eleito membro do Comité Olímpico. Em 1924, três jogadores de ténis participaram a título pessoal na oitava edição, que teve lugar em Paris. Finalmente em 1928, durante a nona edição em Amesterdão, a China enviou um observador oficial, Song Ruhai, para comparecer no evento. Esta presença marcou o primeiro acto oficial da China nos Jogos Olímpicos.
Julie O’yang
16 (F)UTILIDADES TEMPO
hoje macau quarta-feira 17.8.2016
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TROVOADAS
O QUE FAZER ESTA SEMANA Hoje CONCERTOS BLUE MAN GROUP (ATÉ 28/08) Venetian, 15h00 e 20h00
MIN
25
MAX
28
HUM
80-98%
•
EURO
9.02
BAHT
EXPOSIÇÃO “INNOCENCEPEDIA” DE KAY ZHANG Macau Art Garden (até 21/08) EXPOSIÇÃO “ROSTOS DE UMA CIDADE – DUAS GERAÇÕES/ QUATRO ARTISTAS” Museu de Arte de Macau (até 23/10)
O CARTOON STEPH
EXPOSIÇÃO “O PINTOR VIAJANTE NA COSTA SUL DA CHINA” DE AUGUSTE BORGET Museu de Arte de Macau (até 9/10) EXPOSIÇÃO “EDGAR DEGAS – FIGURES IN MOTION” MGM Macau (até 20/11) EXPOSIÇÃO “CNIDOSCOLUS QUERCIFOLIUS” - ALEXANDRE MARREIROS Museu de Arte de Macau (até 31/07) SOLUÇÃO DO PROBLEMA 60
C I N E M A
SALA 1
LINE WALKER-THE MOVIE [C] FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Filme de: Jazz Boon Com: Nick Cheung, Louis Koo, Francis Ng, Charmaine Sheh 14.30, 19.30, 21.30
DORAEMON: BIRTH OF JAPAN [A] FALADO EM CANTONÊS Filme de: Shinnosuke Yakuwa 16.30 SALA 2
THE BFG [B]
Filme de: Steven Spielberg Com: Mark Rylance, Ruby Barnhill, Penelope Wilton, Jemaine Clemente 14.30, 16.45, 21.30
THE BFG [3D] [B]
Filme de: Steven Spielberg Com: Mark Rylance, Ruby Barnhill, Penelope Wilton, Jemaine Clemente 19.15 SALA 3
CHIBI MARUKO CHAN - A BOY FROM ITALY [B]
PROBLEMA 61
UM LIVRO HOJE
SUDOKU
DE
ESCULTURA “LIGAÇÃO COM ÁGUA” DE YANG XIAOHUA Museu de Arte de Macau (até 01/2017)
Cineteatro
1.2
O BOM ALUNO
EXPOSIÇÃO “THE RENAISSANCE OF PEN AND INK - CALLIGRAPHY AND LETTERING ART DE AQUINO DA SILVA Armazém do Boi (até 18/09)
EXPOSIÇÃO “PREGAS E DOBRAS 3” DE NOËL DOLLA Galeria Tap Seac (até 09/10)
YUAN
AQUI HÁ GATO
Diariamente
EXPOSIÇÃO “MEMÓRIAS DO TEMPO” Macau e Lusofonia afro-asiática em postais fotográficos Arquivo de Macau (até 4/12)
0.23
As transferências de soberania de Hong Kong e Macau já aconteceram há dezenas de anos, mas para as pessoas do interior da China estas ainda são duas regiões muito diferentes das outras do continente. Para cá entrarem, os chineses do continente ainda necessitam de documentos de viagem especiais e nem todos podem entrar nestas duas regiões livremente. O contexto histórico das administrações de Inglaterra e Portugal também deram algum misticismo ocidental à China, mas os protestos e queixas que as pessoas de Hong Kong fazem contra Pequim são cada vez mais e as pessoas do interior da China estão cada vez mais a perder o gosto a Hong Kong, o que se pode notar com a queda substancial no número de turistas e com os comentários que os chineses do país fazem na Internet. Pelo contrário, Macau está a cada vez mais a atrair estas pessoas, porque é sempre mencionado quando há necessidade de se fazer uma comparação com Hong Kong. “Isto é muito Macau” já se tornou uma expressão muito popular nos sites do interior da China. A manifestação contra a decisão do Mar do Sul que no mês passado foi realizada por pessoas de Macau gerou muitas discussões no Weibo, a versão chinesa do Twitter, cuja maioria dos usuários é do interior da China. E de lá surgiu a expressão, que serve para designar os actos patriotas feitos pelas pessoas de Macau. Na opinião das pessoas do interior da China, Macau está sempre “a ganhar dinheiro com o silêncio”, seguindo os indicadores dados por Pequim. É também sempre muito bem-comportado. Já tem havido cada vez mais pessoas a dizer que nunca querem visitar Hong Kong mas estão muito interessados em fazer uma visita a Macau. Pu Yi
“VERONIKA DECIDE MORRER” (PAULO COELHO, 2009)
Veronika está cansada de viver uma vida que, para a jovem eslovena, não tem sentido. Passa então a um plano: suicidar-se com calmantes. Está feliz com a decisão, até que acorda num hospital. O suicídio falhou e a jovem está agora internada numa clínica psiquiátrica. É informada que terá menos que alguns dias de vida e provavelmente morrerá internada. Não era exactamente assim que Veronika queria passar o resto dos seus dias, mas fica satisfeita com o facto de que o seu objectivo vai ser cumprido. Até que as coisas começam a mudar... Confesso que não tinha ainda lido Paulo Coelho, que se inspira neste livro na sua própria experiência de vida, mas o autor sabe prender um leitor a cada página. Joana Freitas
FALADO EM CANTONÊS Filme de: Jun Takagi 14.15, 16.00, 19.30
ICE AGE: COLLISION COURSE [A] FALADO EM CANTONÊS Filme de: Mike Thurmeier, Galen Chu 17.45
THE SHALLOWS [C]
Filme de: Jaume Collet-Serra Com: Blake Lively, Óscar Jaenada, Brett Cullen, Sedona Legge 21.30
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17 DESPORTO
hoje macau quarta-feira 17.8.2016
BILES DEIXA ESCAPAR OURO, NELSON ÉVORA E FERNANDO PIMENTA CUMPRIRAM EXPECTATIVAS E ESTÃO NA FINAL
MEDALHAS APÓS O 10.º DIA
Um dia de esperança
5. Japão
7
4
16
27
As expectativas de Biles caíram por terra e a atleta viu escapar-lhe o ouro numa prestação que teve alguns deslizes. Nelson Évora no atletismo, e Fernando Pimenta na canoagem, cumpriram as expectativas e estão nas finais do triplo salto e de K1 1.000 metros, respectivamente. A queda de uma câmara de televisão fez ainda sete feridos no Parque Olímpico
6. Rússia
11
12
13
36
7. Austrália
6
7
9
22
8. Itália
8
9
6
23
9. Coreia do Sul
6
3
5
14
10. França
7
9
8
24
D
EPOIS de dominar a sua série sem dar hipóteses à concorrência, Fernando Pimenta chegou à meia-final para assegurar o segundo lugar e segundo melhor tempo entre os oito finalistas nos K1 1.000 metros. “Vão ser os 1.000 metros da minha vida”, disse o canoísta de Ponte de Lima, bicampeão europeu de K1 1.000 e K1 5.000 metros e prata em K2 1.000 em Londres. Nelson Évora saltou 16,99 metros, naquele que é o seu melhor registo até hoje. O “capitão” da equipa de atletismo de Benfica “voou” ontem até à quarta melhor marca da qualificação entre os 12 atletas. Visivelmente satisfeito comentou, “vou lutar por uma medalha. Sempre disse que estava em boa forma e tenho mais dinamite para dar”. Tanto Nelson Évora, que venceu em Pequim com 17,67 metros, como Fernando Pimenta procuram a segunda medalha, sendo que o canoísta tenta a primeira individual, depois de ter arrebatado a prata em Londres em K2, ao lado de Emanuel Silva.
BILES ‘DESLIZOU’ PARA O BRONZE
As expectativas da ginasta americana caíram por terra ao não conseguir alcançar a tão desejada medalha de ouro, nem fazer os cinco títulos olímpicos na categoria de ginástica artística. Escorregou duas vezes na final da categoria de Trave, ficando-se pelo terceiro lugar. A holandesa Sanne Wevers recebeu a medalha de ouro. Após os títulos na prova por equipas, o concurso completo individual e no salto de cavalo, Biles pode
Sanne Wevers
ainda alcançar uma quarta medalha de ouro, se ganhar a final de solo.
‘MARTELADA’ NO RECORDE MUNDIAL
Anita Wlodarczyk reconquista o primeiro lugar no pódio, ganho em Pequim 2008, depois de em 2012 se ter ficado pelo segundo lugar nos jogos de Londres. A atleta estabeleceu novo recorde mundial no lançamento do martelo a uma distância de 82,29 metros, que acrescentou mais de um metro (1,21) à anterior marca. A polaca é a única atleta que lança acima dos 80 metros.
RECORDISTA DOS 400 METROS TREINADO POR BISAVÓ
O sul-africano Wayde van Niekerk conquistou o primeiro lugar nos 400 metros e arrebatou o recorde do mundo que estava, há 17 anos, nas mãos do americano Michael Johnson. Por trás deste enorme feito está uma bisavó de 74 anos que é a sua treinadora. “Tannie Ans”, como é conhecidaAns Botha, a bisavó que treina o atleta de 17 anos, tem quatro bisnetos e é treinadora desde a década de 1960.
“Ela é uma mulher formidável. Estou muito satisfeito de poder contar com o seu trabalho, que fala por si”, disse Wayde van Niekerk, depois de conquistar o ouro olímpico. O agora campeão conheceu Ans Botha em 2010, nos campeonatos do mundo de juniores realizados no Canadá.
“ATERRAGEM” NA META
Shaunae Miller, das Bahamas, conseguiu ontem o triunfo nos 400 metros de forma invulgar: totalmente em queda na passagem da meta. Exausta e a ver o título a escapar, Miller atirou-se para a frente e ‘mergulhou’ sobre a meta, segurando a vantagem por escassos sete centésimos de segundo sobre Felix. Os tempos ficaram em 49,44 segundos, melhor marca do ano, e 49,51, respectivamente. O pódio desta prova acaba por ser composto pelas mesmas atletas dos Mundiais de 2015, já que o bronze foi para a jamaicana Shericka Jackson, com 49,85 segundos. O queniano David Rudisha manteve o título olímpico dos 800 metros, ganhando a final da prova
com a marca de 1.42,15, melhor marca mundial do ano. A corrida, disputada no estádio olímpico do Rio de Janeiro, foi afectada pelas chuvadas que caíram antes mas tanto Rudisha como os medalhados de prata e bronze acabaram por fazer grandes marcas e ocupam agora o ‘top’ do ano naquela distância. Taoufik Makhloufi melhorou o recorde da Argélia para 1.42,61 e o norte-americano Clayton Murphy fez recorde pessoal, com 1.42,93.
AINDA OS PORTUGUESES
Na vela, os portugueses Jorge Lima e José Costa desceram para a 13.ª posição da classe 49er dos Jogos Olímpicos ao marcarem um 12.º lugar, um 19.º e um quarto, este último o melhor registo desde o primeiro dia. Cumpridas nove das 12 regatas, a dupla lusa totaliza 83 pontos, menos dois do que o Brasil, que segue no 10.º posto, o último de acesso à ‘Medal Race’. O dia foi de despedida para Vânia Neves na natação, com a atleta a fazer a prova da sua vida e a terminar no 24.º lugar em águas abertas, que concluiu em 2:01.39,3 horas. A atleta disse “não tive a classificação que tive em Setúbal (16.º lugar), mas fiz perto de sete quilómetros com o grupo da frente e à frente de nadadoras que já foram campeãs do mundo, campeãs da Europa e tudo e mais alguma coisa”, acabando por concordar que sim, foi a prova da sua vida. Vera Barbosa também vai estar em competição nas eliminatórias dos 400 metros barreiras. Aguardemos o resultado.
OURO PRATA BRONZE
TOTAL
1. Estados Unidos
26
23
26
75
2. China
15
14
17
46
3. Grã-Bretanha
15
17
8
41
4. Alemanha
8
6
6
20
CAVALEIRA BRITÂNICA CONQUISTA OURO E MARIDO
B
afejada pela sorte, a cavaleira Charlotte Durjardin de 31 anos, venceu a terceira medalha de ouro de hipismo e no final da sua prova, foi surpreendida com um pedido de casamento do noivo. Empunhando uma mão vermelha gigante, Dean Golding, o noivo, apontou para t-shirt que trazia vestida, onde se lia: “Já podemos casar?”. “Agora que ele tornou o pedido tão público, não há como não o fazer”, ironizou Charlotte Durjardin.
SETE FERIDOS EM QUEDA DE CÂMARA
A tarde na Cidade Olímpica ficou marcada pela queda de uma câmara de televisão suspensa, provocando sete feridos, dois atingidos pela câmara e cinco pelos cabos de aço que cederam. O incidente ocorreu junto à Arena Carioca 1,onde se realizam os jogos de basquetebol e o equipamento de recolha remota de imagens é da responsabilidade da empresa encarregue pela transmissão oficial dos Jogos.
O HERÓI DE SINGAPURA
Joseph Schooling que no sábado conquistou a medalha de ouro dos 100 metros mariposa, vencendo Phelps, foi recebido como um herói na sua terra natal. Além de receber um prémio de um milhão de dólares de Singapura (cerca de 665 mil euros), Schooling, de 21 anos, viu também ser-lhe concedido um adiamento do cumprimento do serviço militar obrigatório para que possa preparar-se para os próximos Jogos Olímpicos a realizarem-se em Tóquio.
18 PUBLICIDADE
hoje macau quarta-feira 17.8.2016
19 hoje macau quarta-feira 17.8.2016
OPINIÃO
AMY GOODMAN in Esquerda.net
Q
UANDO Theodore Roosevelt cunhou a expressão “bully pulpit” (“púlpito”) para expressar que a Casa Branca era uma formidável tribuna de acção política, não imaginou que muitos anos depois a retórica de campanha de um candidato à presidência do seu próprio partido poderia mudar radicalmente o sentido da expressão, fazendo com que tenha os sentidos mais recentes e negativos da palavra “bullying”. No entanto, é o que parece estar a fazer Donald Trump, a julgar pela cada vez mais irracional e perigosa espiral discursiva da sua campanha, a qual bem se poderia considerar como uma formidável tribuna de intimidação e de ameaças. No dia 9 deste mês, na Carolina do Norte, Trump disse a respeito de Hillary Clinton e da Segunda Emenda da Constituição, que é a que garante o direito de porte de arma: “Essencialmente, Hillary quer abolir a Segunda Emenda. E certamente, se conseguir designar os juízes que quer, não há nada que possam fazer, amigos. Ainda que os rapazes da Segunda Emenda talvez sim. Não sei.”. A sugestão por parte de Trump de que os seus seguidores e defensores do livre porte de armas poderiam assassinar Hillary Clinton ou os juízes que ela pudesse designar provocou indignação, não só a nível nacional, mas também no mundo. No entanto, as palavras agressivas e demagógicas de Trump não produzem o afastamento de todos. Enquanto cada vez mais dirigentes republicanos condenam as suas expressões, ainda goza do fervoroso apoio de algumas personalidades no seio do canal Fox News de Rupert Murdoch e da Associação Nacional de Armas (NRA, na sigla em inglês). Esta tríade infame formada por Trump, Fox e NRA poderá facilmente provocar violência política durante esta campanha eleitoral. Horas depois de fazer aqueles comentários, Trump fez a sua primeira aparição no programa “Hannity” da Fox News. Na entrevista, Sean Hannity adiantou-se a Trump e partilhou o seu próprio raciocínio retorcido para tentar mitigar a catástrofe que se aprofundava: “Obviamente, o que você está a dizer é que existe um forte movimento político de defesa da Segunda Emenda e que se as pessoas se mobilizarem e votarem pode-se impedir que Hillary tenha esse impacto no Supremo Tribunal”. Trump coincidiu amavelmente com essa versão revisionista do seu apelo às armas. Mas a manobra retórica desvanece-se no ar. Trump não estava a advogar um movimento político que impedisse Hillary Clinton de chegar à
STANLEY KUBRICK, THE SHINNING
Uma tríade infame: Donald Trump, Fox News e a Associação Nacional de Armas
A tríade infame formada por Trump, Fox e NRA poderá facilmente provocar violência política durante esta campanha eleitoral presidência, mas estava a sugerir que “os rapazes da Segunda Emenda” poderiam tomar medidas se isso acontecer, se ela ganhar as eleições. A NRA também saiu rapidamente em defesa de Trump e publicou no Twitter: “Donald Trump está certo. Se Hillary Clinton consegue designar magistrados do Supremo Tribunal contrários à Segunda Emenda, não há nada que possamos fazer”. Enquanto ia aumentando a reacção negativa aos comentários de Trump, a NRA acrescentou, antecipando-se à versão de Hannity: “Mas SIM há algo que podemos fazer no dia das eleições: Ir às urnas e votar pela Segunda Emenda! Defendam a Segunda Emenda. Hillary nunca”. Poucas horas depois, a
NRA anunciou uma campanha publicitária nacional no valor de três milhões de dólares em apoio a Trump. A campanha inclui um anúncio publicitário em que ataca Hillary Clinton, a quem qualifica de hipócrita por contar durante as suas viagens com a protecção de agentes armados dos Serviços Secretos. A Coligação para parar a violência com armas (CSGV, na sigla em inglês) condenou imediatamente os comentários de Trump e acrescentou: “É um ponto de vista que a Associação Nacional de Armas tem tentado transformar em maioritário e que foi repetido incessantemente por candidatos a cargos políticos no passado”. A organização que trabalha pelo controle de armas tem um
grande banco de dados online de comentários efectuados por líderes da NRA chamado “NRA on the Record” ou “Declarações públicas da NRA”. Ao procurar no site as entradas “Violência Política” ou “Vigilantismo” podem encontrar-se inúmeras justificações para a violência armada cujas fontes são citadas de forma impecável. No site, aparece grande quantidade de citações textuais de Ted Nugent, membro da direcção da NRA, guitarrista de rock de idade avançada, incisivo defensor do direito ao porte de armas e simpatizante de Trump. Em relação a Hillary Clinton, Nugent comentou no facebook no passado mês de Maio: “Tenho o teu controle de armas aqui, puta!”. A frase acompanhava um vídeo satírico em que aparece Bernie Sanders a disparar sobre Hillary Clinton num debate na CNN sobre o controle de armas. Boa parte da retórica bombástica contra Hillary Clinton reflecte um padrão de misoginia, profundamente arreigado, que se evidencia em muitos dos tiroteios massivos, desde o agressor de Orlando, Omar Mateen, que batia na esposa, até Adam Lanza, que matou a mãe em casa antes de perpetrar o massacre da escola primária Sandy Hook. Em 2010, Glenn Beck, que era então apresentador da Fox News, iniciou uma campanha para denegrir a fundação filantrópica progressista Tides e a Associação Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês). Em Julho deste ano, Byron Williams, que disse ter-se sentido inspirado por Beck, subiu a um automóvel cheio de armas, munições e coletes à prova de bala e tentou matar pelo menos onze pessoas em Tides. Numa entrevista na prisão, o jornalista John Hamilton perguntou a Williams se Beck tinha incitado à violência explicitamente. Williams respondeu-lhe: “Beck vai negar qualquer abordagem violenta, vai negar tudo sobre conspirações, mas dá todas as razões para crer nessas coisas. Protege-se a si próprio e não se pode culpá-lo por isso”. Hillary Clinton disse na quarta-feira durante um acto de campanha em Des Moines, Iowa: “As palavras importam, meus amigos. Se alguém é candidato à presidência ou se é presidente dos Estados Unidos, as suas palavras podem ter enormes consequências”. Donald Trump tem prometido pagar os honorários legais das pessoas que agridam fisicamente os manifestantes opositores, nos seus actos de campanha. Tem insultado as mulheres, os muçulmanos, os mexicanos e os mexicano-norte-americanos. Zombou de um repórter deficiente. Predisse que se for derrotado, será porque as eleições foram “manipuladas”. Um dos seus mais próximos assessores prognostica que a sua derrota provocaria um “banho de sangue”. Trump é um perigoso demagogo que incita à violência e o momento para o parar é agora.
“
o lírio-do-vale e o rododendro / o meu fresco branco no branco / presos na estação de chuva de flores / os dois olhares dolorosos / lidos, / sentidos / florescem apenas no gume da poesia / esta primavera de antítese”
Wai Mei
JAPÃO PROTESTA CONTRA PRESENÇA CHINESA EM ÁGUAS NACIONAIS
As ilhas da discórdia O Japão aponta o dedo à China e acusa o país de invasão das suas águas territoriais ao largo das ilhas Diayou. O país nipónico considera a situação insustentável e pede calma na resolução da situação. Suspeita-se que hajam importantes reservas de gás natural e petróleo naquele arquipélago. Taiwan também reclama a soberania do território
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governo do Japão publicou um vídeo que mostra vários navios chineses em águas territoriais nipónicas à volta das ilhas disputadas de Diayou, como parte dos protestos para levar o país vizinho a desistir das incursões na zona. As imagens foram gravadas pela Guarda Costeira entre os dias 5 e 9 de Agosto. Num comunicado que acompanha o filme, o Ministério dos Negócios Estrangeiros classifica a acção como “inaceitável” e considera que o comportamento da China está a provocar uma escalada de tensão na região. A 6 de Agosto foi apresentado um protesto às autoridades de Pequim por terem sido detectados mais de 200 barcos perto das ilhas Diaoyu. De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, em 2012 um total de 40 navios de mil ou mais toneladas entraram nas suas águas, e o número
JUDICIÁRIA DETÉM 17 PESSOAS LIGADAS A REDE DE AGIOTAGEM
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Polícia Judiciária deteve 17 pessoas que trabalhavam para uma organização que fazia empréstimos ilegais a jogadores, arrecadando juros de 10% por aposta. À agência Lusa a PJ explicou que a detenção aconteceu na segunda-feira, na sequência de uma operação envolvendo dois apartamentos residenciais, onde os suspeitos (chineses do continente com idades entre os 24 e os 47 anos) trabalhavam e onde foram também apreendidos os recibos de dívida que eram registados. Segundo a PJ, os detidos, que as autoridades acreditam pertencerem ao mesmo grupo criminoso, negaram receber qualquer salário, mas disseram gozar de alojamento gratuito e refeições. O dinheiro que ganhavam, disseram, resultava dos empréstimos cedidos a jogadores nos casinos,
entre 30 mil e 50 mil dólares de Hong Kong de cada vez, sobre os quais cobravam juros de 10% por cada jogo. De acordo com a PJ, estas detenções estão relacionadas com outras dez realizadas em 29 de Junho, também por agiotagem para jogo, que por sua vez resultaram de uma investigação iniciada em Fevereiro, quando as autoridades receberam informação sobre a existência de uma rede que estaria a actuar sobre funcionários dos casinos. Segundo informações prestadas na altura, esta rede terá começado a funcionar em 2011 e os seus membros “exigiam aos devedores assinar um talão empréstimo, obrigando-os ainda a entregar os documentos de identificação, de trabalhador, caderneta da conta bancária, cartão multibanco, entre outras fotocópias”. LUSA/HM
JOGO MGM RESORTS AUMENTA PARTICIPAÇÃO EM MACAU
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triplicou em 2015 para 120 navios.
SOBERANIA CONTESTADA
A disputa pela posse do arquipélago das Diaoyu que está desabitado e tem apenas sete quilómetros quadrados, levou a que
as relações entre os dois países tivessem sofrido um dos seus piores momentos em décadas, após Tóquio ter adquirido, em meados de Setembro de 2012, três das ilhas a um proprietário privado. O gesto foi contestado
O Ministério dos Negócios Estrangeiros [japonês] classifica a acção como “inaceitável” e considera que o comportamento da China está a provocar uma escalada de tensão na região
MOTORISTA DA UBER RECORRE DE SENTENÇA
Um motorista da Uber, que foi apanhado pela polícia a conduzir embriagado, recorreu de uma decisão do tribunal. O homem foi condenado a uma pena de quatro meses de prisão e está inibido de conduzir durante um ano e meio. A pena é um cúmulo por ser reincidente, mas o motorista interpôs recurso do Tribunal Judicial de Base (TJB). O tribunal mandou, então, aplicar como medida de coacção o termo de residência e a obrigação de apresentação periódica de 15 em 15 dias, medidas a que o homem fica sujeito enquanto o caso não for novamente a julgamento.
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quarta-feira 17.8.2016
tanto pela China como por Taiwan, que também reclama a soberania das ilhas, e gerou uma onda de protestos contra o país vizinho, e que em alguns casos, tiveram contornos violentos, e originaram o cancelamento de eventos diplomáticos. Desde que o clima de tensão se agravou, a zona alvo da contenda tem vindo a ser patrulhada por embarcações das partes envolvidas. Suspeita-se que existam importantes reservas de petróleo e gás natural naquele pequeno pedaço de terra.
empresa norte-americana MGM Resorts anunciou ontem, em comunicado à bolsa de Hong Kong, que vai adquirir mais 4,95% da operadora de jogo de Macau MGM China por 150 milhões de dólares. Segundo o comunicado, a empresa-mãe vai pagar à Grand Paradise Macau Limited, controlada por Pansy Ho, filha do magnata Stanley Ho, 100 milhões de dólares no imediato, a que se junta um pagamento de 50 milhões ao longo de, no máximo, cinco anos. Como resultado desta transacção, a MGM Resorts aumenta a sua participação na MGM China de 51% para 56% - a operadora de jogo de Macau resulta da parceria entre Pansy Ho e a MGM Resorts. Assim, Ho e a Grand Paradise Macau passam a deter 22,49% da MGM China. Por outro lado, o comunicado dá conta de que Pansy Ho acordou também adquirir quatro milhões de acções da MGM Resorts. Grant Bowie, director executivo da MGM China, considera que a transacção “fortalece a relação entre os maiores accionistas da empresa e reforça o
seu compromisso colectivo com a MGM China e com Macau”. AMGM China anunciou no início do mês uma queda de 22% nas suas receitas em Macau no primeiro semestre deste ano, comparando com o mesmo período de 2015. As receitas da operadora foram de 7,2 mil milhões de dólares de Hong Kong entre Janeiro e Junho. A empresa anunciou em Fevereiro o adiamento da abertura do MGM Cotai para o próximo ano devido às condições do mercado, no mesmo dia em que revelou que teve uma quebra de 33% nas suas receitas em Macau no conjunto do ano de 2015. Entre Janeiro e Junho, os casinos de Macau registaram no conjunto receitas de 107.787 milhões de patacas, menos 11,4% do que no primeiro semestre de 2015.