Hoje Macau 18 JANEIRO 2023 #5171

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Asas ao alto

Com o Ano Novo Lunar à porta e sem restrições de entrada, o Aeroporto de Macau espera receber, entre 22 e 26 de Janeiro, cerca de 50 mil passageiros. Rotas para Vietname e Camboja em discussão. Ligações com Banguecoque e Kuala Lumpur retomadas em Fevereiro.

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HOJE MACAU
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DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ MOP$10 QUARTA-FEIRA 18 DE JANEIRO DE 2023 • ANO XXI • Nº5173 JORGE ARRIMAR O ESCRITOR QUE VEM DE FORA ENTREVISTA PUB.
REFLEXÕES SOBRE A SIMBOLOGIA ANIMAL NO ZODÍACO CHINÊS Roderich Ptak PÁGINA 7 IMOBILIÁRIO REGISTO HISTÓRICO URBANISMO CUIDAR DA TRADIÇÃO STUDIO CITY O BRILHO DA FAMA PÁGINA 5 PÁGINA 4 EVENTOS

“Fiz-me escritor de Macau”

Lançado no fim do ano passado, “Cuéle - O Pássaro Troçador” conta a história, com elementos ficcionados, de António José de Almeida, figura importante das zonas de Humbe e Chibia, no sul de Angola, entre meados do século XIX e finais do século XX. Autor de Macau e antigo director da Biblioteca Central de Macau, Jorge Arrimar sente-se cansado do formato do romance e com vontade de regressar à poesia

2 entrevista 18.1.2023 quarta-feira www.hojemacau.com.mo
FOTOS HOJE MACAU

Quando conversámos, em 2020, disse-me que estava a trabalhar num romance histórico sobre Angola. Porquê um romance histórico?

O romance histórico, desta vez, não foi um começo. Antes já havia escrito e publicado três livros que fazem uma trilogia, “A Trilogia dos Planaltos”, de romance histórico que têm como matriz Angola, mais precisamente a minha zona de origem, que é no sul do país.

Fazia sentido contar a história de António José de Almeida, que é a personagem central do livro?

O que lhe despertou interesse nesta personalidade, ao ponto de escrever um livro?

António José de Almeida é uma figura que aparece nessa trilogia. Mesmo antes já fazia referência aos pais dele e depois ao seu desaparecimento, pois António José de Almeida e o seu irmão ficaram órfãos muito cedo. Porém, ficaram com algo do pai, como a ideia de que Huíla seria uma terra promissora para a sua actividade. Eles então vão descendo e ficam no Sul, primeiro numa região chamada Humbe e depois Chibia. Esta família fez de Chibia a sua terra principal. Esta é uma figura muito importante porque marcou profundamente aquele tempo em que viveu, finais do século XIX e princípios do século XX. Morreu em 1924. Apenas conheci amigos e descendentes de António José de Almeida, mas ficou-me sempre na memória as histórias que o meu avô contava sobre ele. Dizia-me sempre que tinha sido um homem extraordinário, porque não era só poderoso em termos económicos como se tinha revelado um homem de grande magnanimidade, de uma ligação aos outros que não era vulgar. Marcou profundamente em termos económicos, sociais e familiares a terra onde viveu, e, apesar de toda a importância que teve na época, era pouco conhecido. E hoje também o é, pelo que este livro é como um resgate ao desconhecimento de António José de Almeida e de outras figuras que também aparecem no romance. Tinha a ideia da existência de figuras importantes do sul de Angola que estavam esquecidas e perdidas no tempo.

Não estão feitas as pazes com o passado colonial português. Permanecem muitas histórias desse tipo que não são contadas por causa do esquecimento que foi sucedendo após o 25 de Abril de 1974, como se estas histórias do quotidiano tivessem ficado no período colonial? Com este romance, pretende resgatar algumas delas?

De facto, é assim, porque Angola, com o 25 de Abril e a independência, envolveu-se numa terrível guerra civil e isso fez com que a

sobrevivência estivesse em primeiro lugar. As histórias passaram a ser outras, de exílio, morte, fuga. É uma guerra que só termina em 2002 e que rompeu com o tecido social. Houve pessoas que passaram a viver noutras terras e houve um corte com as histórias contadas em contexto tradicional. Hoje, mais do que nunca, o português é falado porque representava sobrevivência na guerra civil. A guerra civil fez com que o português fosse mais falado em Angola do que no próprio período colonial.

“Cuéle - Pássaro Troçador”. De onde vem o termo “Cuéle”?

É uma palavra onomatopeica, porque o próprio pássaro canta assim, «cué…”. O “cué...” é “cuéle” na língua da zona, do Planalto de Huíla. Depois inscreve-se no português com uma ligeira adaptação e passa a ser “cuéle”. O pássaro aparece no título porque é um elemento que acompanha toda a trama romanesca. Ao longo do livro, de quando em quando, o Cuéle aparece no cimo de uma árvore a cantar. É um pássaro troçador, ele troça das nossas indecisões, dos nossos orgulhos, perdas e falhanços. É um bocado como o grilo falante, como um elemento da nossa consciência. Portanto, o Cuéle era muito conhecido entre os caçadores, porque quando um deles falhava o tiro aparecia logo o pássaro a cantar de forma trocista.

Tem formação em História. De certa maneira, com a edição deste livro, regressa à sua formação de origem.

Enquanto estudioso e homem da História, ela às vezes revela-se árida. Às vezes cansamo-nos porque tem de ser lida aos poucos, porque se pretende científica, e prendemo-nos a aspectos que não aligeiram a narrativa. Na História encontramos muito vazios porque temos de ter sempre certeza das fontes, porque elas têm de suportar a nossa tese. No género literário em que comecei, a poesia, sempre escrevi e sempre senti necessidade de ir mais além e só conseguia isso com a literatura. Todos os que escrevem romance histórico sentem que só com a literatura podem encontrar respostas. Também tenho escrito

“Fiz intervalos no romance e houve períodos em que tive mesmo necessidade de fazer intervalos e de me afastar da escrita, da trama, dos enredos para os perceber melhor.”

coisas que não têm a ver com o romance histórico, pois publiquei, não há muito tempo, um conto chamado “Catarina”, passado nos Açores. Os livros mais “pesados” foram entre a História e o romance histórico.

Que respostas lhe são dadas pela poesia?

A poesia dá respostas do sensível. Vivemos sempre tocados por coisas às quais só a poesia responde. Nunca parei de escrever poesia. O facto de estar a escrever prosa ou ficção não quer dizer que não escreva poesia, porque exige menos trabalho oficinal, pois os textos são mais curtos. Não quer dizer que sejam mais fáceis. Se calhar exigem menos tempo, posso escrever um poema num dia, mas não posso escrever um romance num dia, puxam-se a sentimentos diferentes e a poesia pode aparecer ao mesmo tempo que um romance. Eugénio de Andrade gostava muito de mostrar esse lado oficinal do poema, mais trabalhoso, para que as pessoas não pensassem que bastava que escrever poesia era assim fácil, só com inspiração. Eu, por exemplo, trabalho muito os poemas.

Conheceu pessoalmente Eugénio de Andrade. É uma das suas grandes referências?

Aí está Macau. Foi lá que o conheci. Eugénio de Andrade foi convidado pelo Instituto Cultural e foi visitar a Biblioteca [Jorge Arrimar foi

director da Biblioteca Central de Macau], sendo um homem de livros. Aí preparei uma exposição com o que tínhamos sobre ele e editámos um catálogo sobre a sua obra. Falamos um pouco nessa ocasião. Mais tarde, passando pela foz do Douro, fui visitá-lo onde vivia e onde se criou depois a Fundação Eugénio de Andrade. Mas não privei muito mais com ele. É um poeta de que gosto muito e que me marcou bastante.

Como está a relação da sua escrita com Macau?

Estive em Macau pouco tempo antes da pandemia. Fui convidado pela Universidade de Macau e participei num encontro sobre a literatura de Macau. Da minha parte, emocionalmente, estou muito ligado a Macau e devo-lhe muita coisa, foram tempos muito importantes na minha vida. Fiz-me escritor de Macau por aquilo que fui escrevendo, mesmo não sendo macaense. Sou de Macau pelos anos que lá vivi e pelo que fiz. Penso que me consideram um escritor de Macau. Costumo dizer que a geografia da minha escrita tem três pontos essenciais, Macau, Angola e Açores.

“Mesmo que a minha escrita tenha algo de oriental, eu não deixo de ser um escritor que vem de fora e que se tentou inscrever naquela sociedade, com os seus limites, e naquela cultura e forma de escrever.”

A literatura que se faz de Macau é, acima de tudo, saudosista, emotiva? É uma literatura que remete para algo que já não existe?

Haverá quem o faça, pois quem sai de Macau leva Macau consigo e há essa tendência de escrever sobre o que se passou lá. Aí, é natural que o saudosismo apareça. Mas há escritores que permanecem em Macau e que falam do presente.

Há uma grande mudança em Macau e nas comunidades portuguesas e macaense. Acha que isso levará a alterações na literatura de Macau?

Quando há mudanças sociais muito grandes isso reflecte-se a todos os níveis e a todo o tipo de arte. Afinal, vivemos em sociedade e prendemo-nos a muitos fios invisíveis que essa mesma sociedade cria e quando são cortados isso reflecte-se no nosso pensamento. No caso de Macau, todos sabem que a pandemia levou à saída de pessoas de origem não chinesa. São pessoas que marcavam a sociedade e a literatura, e aí é natural que a escrita e a literatura reflitam essa situação. Mesmo que a minha escrita tenha algo de oriental, eu não deixo de ser um escritor que vem de fora e que se tentou inscrever naquela sociedade, com os seus limites, e naquela cultura e forma de escrever. Claro que sou pessimista, porque se as pessoas saem, que lugar têm pessoas parecidas comigo em termos do que escrevem, do que falam e viveram? Se foi quase reduzido ao zero e se deixa de ter expressão, então posso dizer que sou pessimista.

Tem projectos novos para depois deste romance?

Neste momento, estou a descansar de uma escrita muito pesada como é a do romance, e sobretudo deste que vai quase às 500 páginas e tem uma mancha muito apertada, porque senão seria muito maior. É um livro muito pesado e o seu peso reflecte também muito tempo de trabalho. Foram quase dez anos a trabalhar neste romance. Estou agora mais ligado à poesia, porque é mais solta e etérea. Quando a abordamos de forma poética é sempre mais leve e isso descansa-me do trabalho que tive com “Cuéle”. Penso que durante algum tempo vou descansar da prosa.

Como é viver dez anos ligado a um romance?

Não vivo da escrita, não sou um escritor profissional e faço outras coisas. Não sou um homem solitário, tenho família. Gosto muito de viver com estas pessoas que me rodeiam. Coordeno a biblioteca de uma universidade e vou fazendo outras coisas. Fiz intervalos no romance e houve períodos em que tive mesmo necessidade de fazer intervalos e de me afastar da escrita, da trama, dos enredos para os perceber melhor. Andreia Sofia Silva

entrevista 3 quarta-feira 18.1.2023 www.hojemacau.com.mo
“Costumo dizer que a geografia da minha escrita tem três pontos essenciais, Macau, Angola e Açores.”

E do velho se fará novo

Edifícios muito antigos, falta de espaços públicos e de zonas de estacionamento que não fomentam a vida comunitária. A deputada Ella Lei exige renovação urbanística de zonas antigas e tradicionais da península como é o caso da Avenida Horta e Costa e de alguns locais perto do Porto Interior, com o objectivo de melhorar a economia local e a indústria do turismo

Adeputada Ella Lei exige do Governo uma maior intervenção em bairros antigos e tradicionais da península de Macau com potencialidade em matéria de economia comunitária e turismo. Numa interpelação escrita, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pede que sejam requalificadas zonas como o bairro de San Kiu, junto à Praia do Manduco, Avenida de Horta e Costa, Rua Ouvidor Arriaga, Rua da Barca, zona da Guia ou Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida.

Os grandes problemas apontados prendem-se com a falta de renovação dos prédios, o estacionamento e mau saneamento básico.

“Embora a zona do Porto Interior tenha um longo período de desenvolvimento e tenha testemunhado a história e economia de Macau, existem vários problemas a nível comunitário, mas os planos de renovação urbana e embelezamento dos bairros nesta zona não foram clarificados [no Plano Director da RAEM]”, apontou.

Ella Lei fala “dos edifícios muito antigos”, bem como da

“falta de espaços públicos amplos e instalações públicas”, além de muitas das ruas terem lacunas ao nível da prevenção de incêndios e de saneamento básico, o que “afecta a vida dos moradores e limita o desenvolvimento económico destas áreas”.

Estudos e mais estudos

Na mesma interpelação, a deputada recorda os inúmeros estudos

e inquéritos promovidos pelo Executivo para ouvir a opinião dos residentes sobre a requalificação das zonas onde moram. “Muitos deles manifestaram a esperança de, além de se manterem as características históricas das zonas e dos edifícios, fosse feito um embelezamento das ruas e uma melhoria das instalações públicas, com mais espaços verdes e infra-estruturas recreativas. Mas, ao

longo dos anos, não foi cumprido um objectivo global a longo prazo, nem houve implementação ou planeamento”, acusou a Ella Lei.

Neste sentido, a deputada ligada à FAOM pergunta se as autoridades “dispõem de planos e disposições específicas para optimizar os espaços e ambiente comunitário da zona do Porto Interior” e como “vai ser melhorada a qualidade de vida dos residentes no futuro”.

A legisladora destacou ainda o facto de a história do comércio marítimo que passou por Macau estar presente em elementos arquitectónicos e de património em muitos dos bairros e ruas do Porto Interior, e a necessidade de desenvolver planos de revitalização urbana que possam fomentar o turismo marítimo.

FSS Prazo para pagar contribuições alargado até fim de Fevereiro

Os prazos para pagar contribuições ao Fundo de Segurança Social (FSS) foram alargados até 28 de Fevereiro. Beneficiam da prorrogação as contribuições de trabalhadores permanentes relativos ao quarto trimestre de 2022, a taxa de contratação de trabalhadores não-residentes, as contribuições de trabalhadores eventuais referentes a Dezembro de 2022 bem como as contribuições do regime facultativo do quarto trimestre de 2022. Num comunicado emitido ontem, o FSS apela aos empregadores que utilizem “os meios electrónicos tais como bancos online ou a Conta Única de Macau, para pagar contribuições”, além do “uso de transferência automática para o pagamento de contribuições e taxa de contratação de trabalhadores não-residentes”. Caso seja mesmo necessário ir aos postos de atendimento, o FSS aconselha a marcação prévia ou obtenção de senhas online também através da aplicação móvel Conta Única.

Maratona Pedidas alterações no percurso

O deputado Leong Sun Iok vai questionar o Governo sobre a possibilidade de serem realizadas alterações ao percurso da Maratona Internacional de Macau. A pergunta faz parte de uma interpelação oral, que vai ser realizada na próxima sessão da Assembleia Legislativa para colocar questões aos membros do Executivo, mas que ainda não tem data marcada. No entanto, segundo o documento divulgado ontem pelos serviços do deputado, a sua questão vai focar-se no percurso da maratona. O deputado entende que a primeira metade dos 42,195 quilómetros é interessante e passa por várias atracções turísticas. Contudo, acusa a segunda metade de ser “aborrecida”. Por isso, o deputado quer saber se o Governo vai introduzir alterações, para que o Governo concretize o conceito de “turismo + desporto”.

Comissão Talentos

A deputada ligada à FAOM pede que sejam requalificadas zonas como o bairro de San Kiu, junto à Praia do Manduco, Avenida de Horta e Costa, Rua Ouvidor Arriaga, Rua da Barca, zona da Guia ou Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida

Nesta interpelação, coloca-se também o problema das inundações na zona do Porto Interior, que afectam o comércio e a restauração. Mesmo com a realização de obras para a resolução deste problema de longa data, Ella Lei questiona se serão feitos trabalhos de renovação das zonas comerciais costeiras e dos restantes espaços junto ao Delta do Rio das Pérolas. Andreia Sofia Silva

Governo

quer realizar pesquisa este ano

A Comissão de Desenvolvimento de Talentos (CDT) reuniu esta segunda-feira e um dos principais tópicos da reunião foi o regime jurídico de captação de quadros qualificados. Segundo uma nota de imprensa, as autoridades pretendem, este ano, “dar início a uma investigação da procura de quadros qualificados para o desenvolvimento das indústrias financeira, de cultura e de desporto”, bem como melhorar “o sistema de registo de informações de talentos”. No encontro, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, disse que as conclusões do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) «constituem um rumo estratégico de grande relevância para o desenvolvimento dos quadros qualificados de Macau”, pelo que estes “talentos” devem dar resposta “à construção moderna”.

GCS 4 política 18.1.2023 quarta-feira www.hojemacau.com.mo
RÓMULO SANTOS
URBANISMO ELLA LEI PEDE RENOVAÇÃO DE ZONAS TRADICIONAIS DE MACAU

IMOBILIÁRIO COMPRA DE HABITAÇÃO CAIU PARA NÍVEL MAIS BAIXO DESDE 1984

Admirável casa nova

As transacções estão em quebra há quatro anos, e no ano passado chegou-se ao valor mais baixo das últimas quatro décadas. Julho e Agosto foram os piores meses para o mercado

NO ano passado foi registado o valor mais baixo de transacções de habitação no território desde 1984. Segundo os dados disponibilizados pela Direcção de Serviços de Finanças (DSF) em 2022 foram transaccionados 2.950 imóveis.

Em comparação com 1984, o ano com o pior registo das estatísticas oficiais da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no ano passado houve menos 540 transacções de habitação, face ao total de 3.490 transacções de 1984.

O ano de 2022 é assim inscrito nos registos históricos como o pior desde que começaram a ser publicadas estatísticas de transacções imobiliárias, o que aconteceu em 1983. Nesse ano, quando ainda nem estava prevista a transição da soberania de Macau de Portugal para a China, tinham sido registadas 3.699 transacções de habitação.

2022 foi também o quarto ano consecutivo a acumular recordes

de compras baixas de casas em Macau. A compra de habitação está em quebra desde 2018, quando tinham sido comercializadas 10.822 habitações. Esta tendência só encontra paralelo entre os anos de 2011 e 2015, o recorde negativo.

Nesses anos, afectados pela crise mundial e a campanha contra o jogo VIP em Macau, as transacções diminuíram de 17.989 trocas para 5.976.

Período negro

No ano passado, o mercado foi afectado pelas várias medidas de controlo da pandemia, não só em Macau, mas também no Interior,

CPSP Instalados três quiosques de auto-atendimento

A partir de amanhã o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) vai ter mais três quiosques de serviços de auto-atendimento. O anúncio foi feito ontem e os novos quiosques, que permitem aos utilizadores acederem a serviços de forma digital, estão situados no Centro de Apoio a Turistas, na Rua de S. Domingos, no Comissariado de Coloane de Seac Pai Van e no Posto de Migração na Zona Fronteiriça de Hengqin. A nível de funcionalidades, a partir de 18 de Janeiro, o CPSP também acrescenta o serviço de emissão da guia de Autorização de Permanência/Residência através dos quiosques de serviços de auto-atendimento. Este serviço possibilita a impressão da guia de 2.ª via por extravio e danificação.

como confinamentos e proibições de circulação.

Além disso, sentiu-se o efeito da crise no jogo, que culminou com uma contracção das receitas brutas dos casinos de 51,4 por cento, para 42,2 mil milhões de patacas. A queda

No ano passado, o mês com menos transacções foi registado em Julho, com 127 compras de casa

é mais significativa quando a comparação é feita com 2019, o último ano sem qualquer efeito da pandemia, quando as receitas foram de 292,5 mil milhões de patacas.

No ano passado, o mês com menos transacções foi registado em Julho, com 127 compras de casa, e Agosto, quando o número foi de 157 transacções. Estes meses coincidiram com o principal pico da pandemia em Macau e o surto de Julho, que levou à imposição de um confinamento parcial.

Por outro lado, o mês com mais transacções foi Outubro, com 417 transacções. João Santos Filipe

UPM INSCRIÇÕES PARA LICENCIATURAS TERMINAM

HOJE

hoje ao fim o prazo de inscrições para os cursos de licenciatura da Universidade Politécnica de Macau (UPM) para o ano lectivo de 2023/2024, que começa em Setembro deste ano.

CHEGA

Segundo uma nota de imprensa, os cursos da UPM acompanham “as principais tendências internacionais de desenvolvimento social, económico e cultural” a fim de “permitir um leque de possibilidades aos graduados da UPM na futura carreira”. O objectivo é que os futuros licenciados trabalhem em empresas e nas áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento de Macau ou na Zona de Cooperação Aprofundada Macau-Hengqin.

A UPM destaca ainda o facto de tanto os cursos de licenciatura como mestrados ou doutoramentos terem obtido, nos últimos anos, “o reconhecimento unânime, nacional e internacional, sobre a qualidade do ensino e de investigação”, com “resultados notáveis”.

Além disso, é referido que a UPM foi a primeira instituição de ensino superior de Macau a ter ganho o Prémio Nacional de Mérito do Ensino e a única instituição da China a conseguir por três vezes o Prémio de Qualidade da APQN. A UPM consta no ranking 2022 das Universidades Mundiais mais influentes do Times Higher Education do Reino Unido, nomeadamente nas áreas de “Cidades e Comunidades Sustentáveis” e “Trabalho Digno e Crescimento Económico”, estando posicionada entre os 201 e 300 melhores lugares. A.S.S.

GIF TRANSACÇÕES SUSPEITAS DO JOGO CAEM 11,5%

Onúmero de transacções suspeitas reportadas pelo sector do jogo ao Gabinete de Informação Financeira (GIF) registou uma quebra de 11,5 por cento entre 2021 e 2022. Segundo dados divulgados ontem, os casinos reportaram no ano passado um total de 1,177 transacções,

que representaram 53.5 por cento do total, enquanto em 2021 foram reportadas 1,330, que representaram 54.6 por cento do total.

Por sua vez, as companhias de seguro e demais instituições financeiras reportaram no ano passado 765 transacções suspeitas face às 793 de 2021.

As demais instituições a operar no território reportaram, em 2022, 257, número inferior às 312 transacções reportadas ao GIF em 2021.

Em termos gerais, o GIF aponta que recebeu um total de 2,199 transacções tidas como suspeitas, “o que significa uma diminuição de 9.7 por cento em

relação a 2021”, sendo que a mudança “se deveu principalmente à diminuição do número de STR [transacções suspeitas] reportadas pelo sector do jogo a outras instituições”. Por sua vez, o GIF remeteu 162 casos para o Ministério Público no ano passado para posterior investigação. A.S.S.

RÓMULO SANTOS
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PSP DETIDOS POR CONDUZIREM ALCOOLIZADOS

APolícia de Segurança Pública (PSP) anunciou a detenção de duas pessoas por conduzirem embriagadas. Segundo a informação citada pelo jornal Ou Mun, o primeiro caso aconteceu na madrugada do último sábado.

Uma mulher com cerca de 30 anos, desempregada, circulava na Taipa, por volta das 4 da manhã, quando a sua viatura se envolveu numa colisão com outro veículo. Do acidente, não resultaram feridos, mas chamadas ao local, as autoridades fizeram o teste do álcool à mulher e o resultado mostrou 2,61 gramas de álcool no sangue.

Após ser questionada pelas autoridades, a condutora reconheceu que tinha estado a jantar e a beber com amigos durante a noite, antes de pegar no carro para ir para casa. O segundo caso foi registado na segunda-feira, às três da manhã, quando um homem com cerca de 30 anos foi parado numa operação stop, na Avenida do Nordeste. Após soprar o balão, o condutor acusou 2,8 gramas de álcool no sangue. Às autoridades, reconheceu que tinha estado a jantar e a beber com os amigos.

Em ambos os casos, as pessoas iam ser apresentadas a um juiz, mas segundo o artigo do Ou Mun, na segunda-feira ainda não se conhecia a decisão do tribunal.

Crime Preso por ficar com telemóvel de cliente

Um taxista foi detido pelas autoridades e está indiciado pela prática do crime de apropriação de coisa alheia. Segundo o jornal Ou Mun, os factos aconteceram a 8 de Janeiro, quando um passageiro se esqueceu do telemóvel, avaliado em cerca de 8.400 patacas, na viatura. O passageiro aperceu-se do sucedido e ligou para o seu próprio telemóvel, mas ninguém atendeu. Também o taxista não fez a entrega do telemóvel em qualquer esquadra da polícia. Face à situação, o homem contactou as autoridades, que investigaram o caso e optaram por prender o taxista, por considerarem que este tentou ficar com o telemóvel.

Entrar com o pé direito

Os casinos de Macau podem começar 2023 a facturar quase 8 mil milhões de patacas de receitas brutas em Janeiro, mais de 30 por cento do registo de 2019, indica a estimativa da Morgan Stanley baseada nos primeiros 15 dias de operação. O valor representa um aumento superior a 22 por cento em relação a Janeiro de 2022

“Aumentámos as nossas estimativas para Janeiro de 200 milhões de patacas por dia para 250 milhões de patacas de receitas brutas diárias (mais 123 por cento em termos mensais e 31 por cento do valor registado em Janeiro de 2019). Destas receitas brutas, prevemos que cerca de 85 por cento virá do segmento de massas”, perspectivam os analistas citados pelo GGRAsia.

Matar saudades

O comunicado da Morgan Stanley seguiu-se à primeira visita dos seus analistas a Macau nos últimos três anos. Do que apuraram, foi estimado que “as apostas mínimas nas mesas de casinos da península de Macau sejam de cerca de 500 patacas, enquanto no Cotai foram de 2.000 patacas”, o que “superou as expectativas”.

DEPOIS da divulgação dos dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) que revelaram a quebra de 51,4 por cento das receitas brutas em 2022, para um total de 42,1 mil milhões de patacas, em relação ao ano anterior, o presente mês de Janeiro pode significar uma mudança de paradigma.

Com base nas previsões dos analistas da Morgan Stanley face aos primeiros 15 dias do mês, Janeiro pode terminar com um volume de receitas brutas a chegar aos 7,75 mil milhões

de patacas, mais 22,2 por cento em relação a Janeiro de 2022, quando os casinos de Macau apuraram 6,34 mil milhões de patacas. Os especialistas sublinham que as receitas brutas perspectivadas para este mês representam, pelo menos, 31 por cento das receitas de Janeiro de

“Aumentámos

2019, quando as receitas brutas atingiram quase 25 mil milhões de patacas.

Importa ressalvar que em 2019, os feriados do Ano Novo Chinês calharam no início de Fevereiro, ao contrário deste ano em que irão ajudar às operações do mês de Janeiro.

Na segunda-feira, a JP Morgan divulgou também um comunicado a dar conta do crescimento semanal ao nível das receitas dos casinos de Macau. “Com base nas informações que recolhemos, estimamos que as receitas brutas dos primeiros 15 dias de Janeiro sejam de cerca de 4,3 mil milhões de patacas, ou seja, uma taxa diária de receitas entre 285 milhões e 290 milhões de patacas”, foi estimado.

Tendo em conta que este período ainda não compreende os feriados do Ano Novo Chinês, os analistas da JP Morgan são mais optimistas que os seus colegas da Morgan Stanley, apontando para receitas brutas entre 35 e 40 cento das apuradas em 2019, com as estimativas a subir para o período dos feriados do Ano Novo Chinês.

ANO NOVO LUNAR GOVERNO DÁ ACONSELHAMENTO JURÍDICO A COMERCIANTES DE FEIRA

VÁRIOS comerciantes que participam na Feira das Vésperas do Ano Novo Lunar receberam formação jurídica sobre os direitos e interesses dos consumidores da parte de várias entidades

públicas, como é o caso do Conselho de Consumidores (CC), os Serviços de Alfândega (SA), o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimen-

to Tecnológico (DSEDT). Tendo em conta que a feira “é um dos locais que gera maiores interesses em matéria de consumo nas vésperas do Ano Novo Lunar”, a ideia é que esta sessão de aconse-

lhamento transmita maiores conhecimentos jurídicos a fim de “fortalecer a consciência dos operadores comerciais sobre o cumprimento da feira” e assegurar o funcionamento da actividade segundo as leis

em vigor. O CC, por exemplo, fez um apelo aos comerciantes para que observem o que está disposto na Lei de Protecção de Direitos e Interesses do Consumidor e cumpram, para com os clientes, “o dever legal

Luz

de informação” na qualidade de operador comercial, além de deverem apresentar “de forma clara e precisa os preços dos bens em patacas e as unidades de medida” dos produtos.

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JOGO RECEITAS DE JANEIRO PODEM ATINGIR UM TERÇO DO REGISTO DE 2019
as nossas estimativas para Janeiro de 200 milhões de patacas por dia para 250 milhões de patacas de receitas brutas diárias. Destas, prevemos que cerca de 85 por cento venham do segmento de massas.” MORGAN STANLEY
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Covid-19 Segunda-feira sem registo de óbitos

Segundo o conceito usado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, na passada segunda-feira não foram registadas mortes relacionados com infecções de covid-19. Foi o primeiro dia sem óbitos desde 13 de Dezembro. Em relação aos casos confirmados, que significam, neste momento, pessoas encaminhadas para internamento em instalações de isolamento e tratamento dos Serviços de Saúde, as autoridades indicaram que na segunda-feira foram internadas cinco pessoas.

Testes rápidos Nova ronda de venda na sexta

Arranca na próxima sexta-feira a quinta ronda de fornecimento de testes rápidos antigénio, que irá durar até ao dia 2 de Fevereiro. Cada pessoa pode comprar dez testes ao preço de 40 patacas. Para o fazer terá de apresentar BIR, blue card, cartão de estudante de instituição de ensino superior de Macau não residente. Os testes vão estar à venda em 55 farmácias convencionadas dos Serviços de Saúde, cinco postos de serviços da Associação Geral das Mulheres de Macau, outros cinco postos da União Geral das Associações dos Moradores de Macau e seis postos da Federação das Associações dos Operários de Macau.

Autocarros Número de passageiros subiu 26 %

Após o levantamento de restrições com o Interior, o número de passageiros a viajar nos autocarros de Macau, entre 9 e 15 de Janeiro teve um crescimento de 26 por cento. A comparação é feita com a semana entre 2 e 8 de Janeiro, com os dados a serem citados pelo jornal Ou Mun, com base nas informações prestadas pela empresa Transportes Colectivos de Macau (TCM). Em relação ao aumento, justificado com a vinda de mais turistas, a empresa avançou que tomou as medidas necessárias para responder à procura e que se vai manter atenta a eventuais mudanças, para responder no tempo adequado às necessidades. No entanto, e face à aproximação do Ano Novo Lunar, a empresa apelou aos passageiros que utilizam os transportes públicos para seguirem as instruções dos funcionários e manterem um comportamento ordeiro.

A voar em céus abertos

Entre 22 e 26 de Janeiro, o Aeroporto de Macau pode receber perto de 50 mil passageiros, fluxo 1,5 vezes maior do que o registado no Ano Novo Chinês de 2022. Em Fevereiro regressam os voos para Banguecoque e Kuala Lumpur e decorrem negociações para ligar Macau a destinos no Vietname e Camboja

Aempresa que gere o Aeroporto Internacional de Macau prevê o aumento do fluxo de passageiros durante o Ano Novo Chinês para cerca de 50 mil visitantes no período entre 22 e 26 de Janeiro, um volume de movimentos 1,5 vezes maior do que o verificado nos mesmos feriados do ano transacto. A perspectiva foi avançada ontem por Eric Fong, que dirige o departamento de marketing do aeroporto.

O responsável adiantou que desde que foram levantadas as restrições fronteiriças de combate à pandemia, o aeroporto da RAEM acrescentou 10 novas rotas. De momento, Macau tem ligações aéreas a 29 destinos, 20 destes localizados no Interior da China e os restantes para locais no sudeste asiático e Taiwan, operações que envolvem 11 companhias aéreas, avançou o director de departamento, citado pelo canal chinês da Rádio Macau.

Em relação à capacidade de recursos humanos para lidar com

o aumento de passageiros, Eric Fong indicou que na segunda-feira aterraram em Macau 8.000 pessoas, número que representa um “crescimento satisfatório”, mas dentro dos limites logísticos do aeroporto. O responsável estima que o aeroporto tem capacidade para processar a chegada de 30.000 passageiros por dia.

Mais ligações

Recorde-se que na semana passada, a comissão executiva da empresa que gere as operações aeroportuárias em Macau marcou uma reunião para ajustar e restaurar a normalização dos recursos humanos, avançou o Jornal Tribuna de Macau.

Quanto ao futuro imediato, ultrapassados os tempos da po-

lítica de zero casos de covid-19, Eric Fong aponta como objectivo principal o retorno a mais de 50 destinos que serviam Macau antes da pandemia. Os principais

Eric Fong indicou que na segunda-feira aterraram em Macau 8.000 pessoas, um “crescimento satisfatório”, mas dentro dos limites logísticos do aeroporto, que pode processar 30.000 passageiros por dia

alvos da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) são “mercados mais prósperos do Interior, ao mesmo tempo que se vai apostar em rotas de médio e longo curso no sudeste asiático”.

Uma das políticas para manter em termos de gestão é incentivos e descontos nas tarifas para aterrar e descolar a companhias aéreas.

Eric Fong aponta que aumentou entre 20 a 30 por cento o número de transportadoras aéreas a concorrer a ligações à RAEM, face ao período pandémico.

Para já, a CAM encontra-se em negociações para abrir rotas aéreas com destinos no Vietname e Camboja e no próximo mês são recuperadas as ligações a Banguecoque e Kuala Lumpur. João Luz

sociedade 7 quarta-feira 18.1.2023 www.hojemacau.com.mo AEROPORTO ESPERADOS 50 MIL PASSAGEIROS NO ANO NOVO CHINÊS
OLGA SANTOS OLGA SANTOS

Reflexões sobre a simbologia animal no

ULTIMAMENTE, ACADÉMICOS chineses e “ocidentais” têm debatido o papel dos animais na história e a forma como o mundo zoológico foi apercebido no passado remoto. Alguns especialistas têm argumentado que os antigos gregos tentavam entender a fauna de uma forma tal como ela é, enquanto os chineses ancestrais relacionavam os animais com um conceito cósmico mais alargado. Afirmavam que relacionar as aves e outros animais com os cinco elementos das forças do Yin e do Yang, impedia os antigos chineses de definir as differentiae zoológicas baseadas na observação biológica e na análise rigorosa dos animais em si mesmos.

Tal ponto de vista é, naturalmente, muito unilateral. A grande variedade de termos para designar os animais, encontrada em textos chineses tradicionais – que incluem diversas obras dos períodos Zhou, Qin e Han – sugerem que os chineses de outrora tinham efectivamente um amplo conhecimento da fauna. Se virmos os antigos trabalhos lexicográficos, datados da época Han – o Erya 爾雅 e o Shuowen jiezi 説文解 字 – torna-se claro que os académicos da época levaram a cabo uma enorme tarefa de classificação dos animais de acordo com a sua aparência, comportamento, entre outros factores. Mencionemos apenas um exemplo: Muitas criaturas receberam nomes com o elemento 鼠. Este caracter, que se pronuncia shu, aplica-se a ratazanas e a ratos. Consequentemente, aparece em caracteres complexos usados para roedores.

Obviamente, hoje em dia não conseguimos identificar todos os nomes de animais mencionados nos textos tradicionais chineses. Em muitos casos, são apenas nomes genéricos. Isso significa que não os podemos atribuir a famílias animais específicas, definidas pela taxonomia moderna. e também é geralmente difícil associar estes nomes a espécies individuais. As variantes regionais constituem outro problema. Na antiga China, encontramos várias línguas e dialectos. Daí, por vezes, alguns textos dão dois ou três nomes à mesma criatura, ou ao mesmo grupo de animais, e não podemos determinar exactamente qual a origem regional desta nomenclatura.

Não obstante, temos de admitir que os conceitos cósmicos desempenhavam um papel importante no passado da China e que o mundo animal, além de não ser examinado de um ponto de vista proto-zoológico, muitas vezes era percebido como um estrato de um todo muito maior. Um dos aspectos desta percep-

A questão tuzi mostra como é difícil lidar com o ciclo animal chinês. Tornou-se moda usar este ciclo para uma infinidade de coisas e, hoje em dia, as pessoas citam muitas histórias mais recentes que associam o tuzi à Lua, ao elemento Yin, e a outras dimensões, mas o simbolismo original ligado a este animal permanece desconhecido.

ção é a emergêcia gradual do zodíaco animal, com as suas doze criaturas, designado em chinês por shi‘er shengxiao 十二生肖. Este ciclo liga-se ao calendário tradicional chinês e à astronomia, a diferentes formas de adivinhação e a outras características que moldavam a vida quotidiana na China antiga.

Infelizmente, já não conseguimos reconstituir o gradual aparecimento do zodíaco animal. Só podemos afirmar o seguinte: A sua forma original não era idêntica ao ciclo actual. Alguns dos animais, que hoje o integram, não estavam presentes nas primeiras versões. Além disso, encontramos ciclos comparáveis em muitas partes da Ásia, mas que frequentemente diferem do zodíaco chinês. Em segundo lugar, interrogamo-nos porque é que animais com que estamos familiarizados não estão presentes no zodíaco chinês. Por exemplo, como é que se pode explicar a ausência das aves? A única que se encontra no zodíaco actual é o galo (ji 鷄). Mas porque é que o pato não está presente neste ciclo, nem os grous, tradicionalmente entendidos como símbolo de longevidade? Podemos explicar a ausência do gato pelo facto, muito provável, deste animal só ter sido domesticado muito tempo depois. Além disso, a ausência do veado e do urso pode significar que o ciclo actual surgiu em regiões onde estes animais raramente eram encontrados. Os elefantes e os rinocerontes também não aparecem, pelo que deveremos excluir categoricamente a China do Sul e a China Central como pátrias do ciclo actual? Pode acrescentar-se que, nos tempos ancestrais, ambos os animais podiam ser encontrados nestas regiões.

Outra questão importante é a seguinte: Embora as pessoas decorassem as sepulturas com animais do zodíaco, e embora os encontremos em inúmeros espelhos de bronze do período Han, apa-

rentemente os chineses antigos raramente acreditavam em espíritos animais. Na generalidade, esta crença só foi divulgada posteriormente. Assim, no período Tang, as pessoas temiam o espírito dos gatos. As narrativas de raposas, que se transformavam em belas mulheres para seduzir estudiosos inocentes, eram também comuns nessa época. No entanto, a raposa não tem nada a ver com o zodíaco. O mesmo se aplica ao lobo, outro animal importante na tradição asiática.

O lobo transporta-nos ao Norte asiático, onde se encontram cultos totémicos. Aparentemente, tais cultos não eram importantes na antiga China. Locais e etnias individuais raramente relacionavam o seu aparecimento e segurança com animais ou divindades animais. No entanto, e por outro lado, os animais tornaram-se símbolos de todos os tipos de coisas. As pessoas pensavam que o comportamento animal reflectia as condições sociais, o bom ou o mau desempenho de Reis e Imperadores e as relações complexas entre o Céu e a Terra. Assim sendo, nos anos maus, certos animais apareciam na estação errada, e nos anos bons não acontecia nada de especial, ou então as pessoas avistavam pássaros e outros animais que representavam uma governação equilibrada e harmoniosa. Tais crenças deram lugar ao aparecimento da “Fénix” e de outras criaturas idealizadas.

Outra questão a ter em conta é a me- tamorfose. É óbvio que os antigos chineses devem ter reparado nas transformações dos insectos. Presumivelmente, baseados nestas observações, chegaram à conclusão que os mamíferos e as aves também se podiam metamoforsear. Isto, por sua vez, podia estar relacionado com condições e ciclos sazonais, bem como com padrões éticos e morais. Finalmente, sabemos que os antigos chineses atribuíam certas características humanas ao mundo animal. Isto implicava que alguns indivíduos e os seus comportamentos eram comparados, ou identificados, com um animal em particular, com o seu presumível temperamento e com as suas características físicas observáveis.

Em suma, os antigos chineses abordavam e faziam uso da fauna de muitas e variadas maneiras. Uma análise cuidada das fontes escritas aponta para a existência de conceitos biológicos, mas também revela elementos religiosos e “ecológicos”, princípios cósmicos e outras facetas associadas ao mundo animal.

Agora podemos regressar ao zodíaco animal. A 21 de Janeiro de 2023, a China entrará no “Ano do Coelho”. Em

inglês “year of the rabbit” e em espanhol “año del conejo”. O termo chinês é tuzi nian 兔子年. Porque é que menciono os diferentes idiomas? Alguns dicionários antigos – por exemplo, o de R. H. Mathews – diz-nos que, este será o “year of the hare” (ano da lebre). A tradução alemã convencional de tuzi nian é “Jahr des Hasen”; “Hase” significa “lebre”. Por isso, qual é a verdadeira tradução de tuzi nian: “ano do coelho” ou “ano da lebre”? O zodíaco actual, como podemos ver, não é de forma alguma claro. Na verdade, a zoologia moderna não nos ajuda a resolver o puzzle. A actual taxonomia associa duas famílias à ordem dos Lagomorpha (Tuxingmu 兔形 目): (1) Os Leporidae (coelhos, lebres) e os (2) Ochotonidae (picas, etc.). Existem vários géneros dentro de cada família e várias espécies dentro de cada género. Em chinês, a família Leporidae recebe o nome de Tuke 兔科 e os Ochotonidae são chamados de Shutuke 鼠兔科. O último termo é interessante porque associa ratos/ratazanas (shu) com coelhos/ lebres (tu). Isto não é nada rebuscado, porque os animais pertencentes a essa categoria agrupam hamsters e outros pequenos roedores, que têm focinhos que em muito se assemelham aos coelhos e às lebres.

A zoologia também nos diz que diversas espécies das duas famílias se encontram com abundância em várias partes da China. Possivelmente, devido a mudanças climáticas, o habitat destas espécies mudou ao longo da história. Assim, não se sabe ao certo se a espécie Lepus sinensis (Huanantu 華南兔) esteve sempre restrita à região a sul do Rio Yangzi River, como o seu nome científico sugere, ou não. Da mesma forma, o Lepus capensis (Caotu 草兔) pode não ter sido tão comum como é na actualidade. Assim, devemos voltar a perguntar: O que é que designava o termo tu na antiguidade, quando o coelho/lebre entrou no zodíaco animal?

Sobre este assunto não existem certezas: Não podemos dizer com exactidão quando, onde e porquê o tuzi começou a fazer parte dos doze animais do ciclo. Textos chineses antigos como o Shi jing 詩經, o “Livro dos Cantares”, mencionam o tuzi, mas não conseguimos encontrar os atributos deste animal claramente definidos – ou seja, características que nos permitam estreitar as possibilidades de pertencer a um pequeno número de espécies. O Shanhai jing 山海經, ou “Livro das Montanhas e Mares” e outras obras famosas com raízes muito antigas também

VIA do MEIO 18.1.2023 quarta-feira 8
Roderich

Zodíaco Chinês - Ano do Tuzi

mencionam o tuzi. No entanto, mais uma vez, enfrentamos os mesmos problemas ao tentar equiparar esta criatura com uma das categorias zoológicas actuais. Além disso, os estudiosos sugeriram datas diferentes para muitos textos antigos, o que torna extremamente difícil a reconstrução da trajectória do tuzi através dos tempos. As provas arqueológicas são igualmente vagas. O tuzi aparece em documentos do período Shang (cerca de 1050 AC), e temos vasos antigos de bronze, e outros objectos manufacturados, decorados com coelhos/lebres, mas não se pode adiantar muito mais sobre o papel destes animais na antiga civilização chinesa.

兔子 (2023)

A questão tuzi mostra como é difícil lidar com o ciclo animal chinês. Tornou-se moda usar este ciclo para uma infinidade de coisas e, hoje em dia, as pessoas citam muitas histórias mais recentes que associam o tuzi à Lua, ao elemento Yin, e a outras dimensões, mas o simbolismo original ligado a este animal permanece desconhecido. Actualmente, o tuzi está associado à rapidez na acção, à inteligência e à diplomacia. Além disso, em alguns lugares associa-se o coelho/lebre à fertilidade. Os antigos romanos associavam-no a Afrodite e pertencia também à esfera de Dionísio. Sem dúvida, as potencialidades eróticas permanecem bem vivas: as coelhinhas da Playboy são disso um excelente exemplo.

Não conseguimos dizer até que ponto eram importantes as características reprodutivas do coelho/lebre na antiga China –ou mesmo se tinham qualquer importância. Talvez houvesse variações regionais e os rituais relacionados com o tuzi não passassem de histórias que circulavam para trás e para diante na antiga Rota da Seda. Será este argumento válido para excluir certas espécies, especialmente as picas, a candidatos ao tuzi “original”?

É evidente que a questão do tuzi tem pano para mangas. Milhares de videntes profissionais ganham a vida a interpretar o ciclo animal e a oferecer os seus serviços a todo o tipo de clientes. Na verdade, a multiplicação “tipo coelho” da economia e de outros elementos determinam o incremento do capitalismo. Assim, podemos embelezar este artigo adicionando alguns dados biográficos: Lionel Messi (*!987) nasceu num ano tuzi. O mesmo aconteceu com Albert Einstein (*1879). De acordo com a interpretação popular, isto aponta para velocidade e capacidade fora do vulgar. Macau também é “coelho”. Pedro José Lobo (*1892, no final de um ano tuzi) encontrava-se entre os empresários e políticos mais bem relacionados. Muitas obras contam-nos que ele contribuiu muito para a sobrevivência de Macau durante a 2ª. Guerra Mundial, quando a cidade, apinhada de refugiados, passou por um período de sofrimento extremo. Finalmente, aqueles que acreditam com convicção nas semelhanças entre homens e animais, podem lembrar-se da questão das características físicas e da aparência: Hans-Dietrich Genscher, um antigo ministro alemão dos Negócios Estrangeiros (*1927), respeitado mundialmente por ser perspicaz e diplomático, era conhecido pelas suas orelhas particularmente grandes.

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Sinais de alerta

AChina anunciou ontem o primeiro declínio populacional em mais de meio século, numa altura em que a queda na taxa de natalidade ameaça causar uma crise demográfica no país mais populoso do mundo.

O Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês informou que o país perdeu 850 mil pessoas em 2022, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros.

A China encerrou assim o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes, detalhou a mesma fonte.

A sociedade chinesa continuou a ter um excedente de 33 milhões de homens no final de 2022, de acordo com o GNE.

Este número foi causado pela política de filho único, que vigorou no país entre 1980 e 2016. De acordo com dados oficiais chineses, desde 1971, os hospitais do país executaram 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações. Fruto da tradição feudal que dá preferência a filhos do sexo masculino, a maioria dos abortos ocorreu quando o feto era do sexo feminino.

Desde que abandonou a política do filho único, a China tem procurado encorajar as famílias a terem um segundo ou até terceiro filho, mas com pouco sucesso.

O maior custo de vida e com a saúde e educação das crianças e uma mudança nas atitudes culturais que privilegia famílias menores

COVID-19 GUANGDONG GASTOU 20 MIL MILHÕES DE EUROS NO COMBATE AO CORONAVÍRUS

Aprovíncia mais próspera da China, Guangdong, gastou o equivalente a cerca de 20 mil milhões de euros, nos últimos três anos, no combate contra a covid-19, de acordo com números difundidos ontem pela imprensa local.

Os gastos da província, que faz fronteira com Macau, aumentaram progressivamente entre 2020 e 2022. No primeiro ano da pandemia, os governos de todos os níveis provinciais alocaram 30,3 mil milhões de yuans na aplicação das medidas de prevenção epidémica.

Esse número aumentou para 45,4 mil milhões de yuans, em 2021, e 71,1 mil milhões de yuans, no ano passado, de acordo com dados

publicados pelo departamento de finanças da província, e citados pela revista de informação económica Caixin.

Num artigo difundido na semana passada, a agência noticiosa oficial Xinhua admitiu “dificuldades em eliminar” o vírus e o “crescente custo da implementação das medidas de prevenção e controlo” epidémico como as principais razões para o desmantelamento da política de ‘zero casos’.

Os gastos de Guangdong com o combate ao coronavírus representaram 2,34 por cento, 3,22 por cento e 5,36 por cento do orçamento da província, ao longo dos últimos três anos, respectivamente, segundo os dados citados pela Caixin.

estão entre os motivos citados para o declínio nos nascimentos.

Grande salto atrás

A última vez que a China registou um declínio populacional foi durante o Grande Salto em Frente, a campanha lançada no final dos anos 1950 pelo fundador da República Popular, Mao Zedong, para “acelerar a transição para o comunismo”, através da colectivização dos meios de produção. Esta campanha produziu uma fome em grande escala, resultando na morte de dezenas de milhões de pessoas.

O GNE informou ainda que a população chinesa em idade activa – entre os 16 e 59 anos -, ascendeu a 875,56 milhões, representando 62 por cento da população nacional. A população com 65 anos ou mais ascendeu a 209,78 milhões, representando 14,9 por cento do total.

O país mais populoso do planeta pode assim enfrentar uma crise demográfica, com a força de trabalho a envelhecer, uma economia em desaceleração e o primeiro declínio populacional em décadas. As estatísticas também revelaram o

EXPLOSÃO MORTES EM ACIDENTE EM PANJIN SOBEM PARA CINCO

Onúmero de mortes causadas por uma explosão ocorrida numa fábrica de produtos químicos no nordeste da China, no domingo, subiu para cinco, enquanto oito pessoas continuam desaparecidas, informou o ministério de Gestão de Emergências chinês.

A explosão ocorreu numa fábrica da empresa Haoye Chemical, especializada em produtos petroquímicos, na cidade de Panjin, na província de Liaoning. O acidente ocorreu às 15:13, na sequência de uma fuga

de gás, registada durante trabalhos de manutenção nos dispositivos de alcalinização da fábrica.

Trinta pessoas registaram ferimentos ligeiros, de acordo com as autoridades locais.

A operação de busca pelos desaparecidos continua e uma equipa de especialistas do ministério de Gestão de Emergências foi enviada para o local do evento para auxiliar nos trabalhos, informou o ministério.

Mais de 400 bombeiros e 105 camiões de combate a incêndios

participaram nas operações, segundo a mesma fonte. Esta segunda-feira, as autoridades locais enviaram especialistas ambientais para as imediações da fábrica para recolherem amostras de ar e estes asseguraram que os níveis de contaminação são normais.

Acidentes industriais fatais são relativamente comuns na indústria química chinesa, onde a aplicação dos regulamentos de segurança continua a ser pouco rigorosa.

O governo chinês prometeu medidas de segurança mais fortes desde que uma explosão, ocorrida em 2015 num depósito de produtos químicos na cidade portuária de Tianjin, no norte, matou 173 pessoas, a maioria bombeiros e polícias. Várias autoridades locais foram então acusadas de aceitar subornos para ignorar violações de segurança.

Em 2019, uma explosão numa fábrica de produtos químicos na província oriental de Jiangsu matou 78 pessoas.

10 china 18.1.2023 quarta-feira www.hojemacau.com.mo
PRIMEIRO DECLÍNIO EM MAIS DE MEIO SÉCULO
NATALIDADE
Pela primeira vez em 50 anos, o número de habitantes na China diminuiu. O envelhecimento da população ameaça a economia do país que pode em breve ser ultrapassado pela Índia como o mais populoso do mundo
A população com 65 anos ou mais ascendeu a 209,78 milhões, representando 14,9 por cento do total
A China encerrou o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes

aumento da urbanização num país que, até há menos de dez anos, era em grande parte rural. Ao longo de 2022, a população urbana permanente aumentou 6,46 milhões para 920,71 milhões, ou 65,22 por cento do total, enquanto a população rural caiu 7,31 milhões.

Nenhum comentário foi feito sobre o possível efeito nos dados demográficos do fim da política de

‘zero covid’, que resultou numa vaga de casos do novo coronavírus sem precedentes no país no mês passado, causando uma crise de saúde pública.

As Nações Unidas estimaram no ano passado que a população mundial atingiu oito mil milhões de habitantes em 15 de Novembro e que a Índia substituirá a China como a nação mais populosa do mundo ainda em 2023.

Dores de crescimento

Economia no segundo menor ritmo dos últimos 40 anos

Oritmo de crescimento da economia chinesa caiu para o segundo nível mais baixo em pelo menos quatro décadas, no ano passado, reflectindo o impacto da política de ‘zero covid’ e uma crise no sector imobiliário.

Os dados divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) sugerem, no entanto, que a actividade económica está a recuperar, depois de Pequim ter posto fim às medidas de prevenção epidémica que resultaram no bloqueio de cidades inteiras, culminando com protestos em larga escala.

A segunda maior economia do mundo cresceu 3 por cento, em 2022, menos de metade da taxa de crescimento de 8,1 por cento, alcançada no ano anterior.

Trata-se da taxa de crescimento económico mais baixa desde pelo menos a década de 1970. Em 2020, no início da pandemia da covid-19, o país asiático cresceu 2,4 por cento, devido à imposição de bloqueios em várias partes do país, após o vírus ter sido detectado na cidade de Wuhan, no centro do país.

O consumo está a recuperar depois de o Partido Comunista Chinês (PCC) ter posto subitamente fim à política de ‘zero casos’ de covid-19, em Dezembro passado.

No entanto, os consumidores continuam cautelosos, à medida que a China lida com uma vaga de casos sem precedentes, que causou uma crise de saúde pública no país. As autoridades dizem que o pico dessa vaga parece ter passado.

Futuro promissor

No sábado passado, o Conselho de Estado chinês prometeu cortar impostos, facilitar empréstimos bancários e oferecer outros apoios aos empresários, para “promover um crescimento estável”.

“A reabertura deve resultar numa explosão de crescimento no próximo ano”, disse Andrew Tilton, economista do banco de investimento Goldman Sachs, num relatório publicado na sexta-feira.

O banco norte-americano elevou a perspectiva de crescimento da economia chinesa este ano de 4,5 por cento para 5,2 por cento.

O Banco Mundial, no entanto, reduziu este mês a perspectiva de crescimento para 4,3 por cento, face à previsão de 5,2 por cento, publicada em Junho passado.

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Assunto: Inscrição para a última edição do curso especial sobre auditoria

Ao abrigo das disposições transitórias relativas a contabilistas registados e a contabilistas registados com o registo suspenso, previstas no n.º 6 do artigo 97.º e nos n.ºs 6 e 7 do artigo 98.º da Lei n.º 20/2020 (Regime de qualificação e exercício da profissão de contabilista), podem os respectivos indivíduos, no prazo de três anos, contado a partir da data da entrada em vigor desta lei, participar em cursos especiais sobre auditoria, sendo a conclusão dos mesmos e a aprovação obtida nas correspondentes avaliações consideradas equiparadas ao preenchimento dos requisitos de possuir o conhecimento tido por necessário pela Comissão sobre a legislação relacionada com o sector da contabilidade, fiscalizada e auditoria aquando do pedido de licença para o exercício da profissão. As disposições transitórias acima mencionadas prescrevem no dia 30 de Novembro do corrente ano.

De acordo com a deliberação de 30 de Dezembro de 2022 da Comissão de Provas da Comissão Profissional dos Contabilistas e nos termos do n.º 3 do artigo 12.º do Regulamento Administrativo n.º 42/2020 (Comissão Profissional dos Contabilistas), o 6.º curso especial sobre auditoria (turma em chinês) vai ser realizado de 11 de Março a 27 de Maio de 2023 (aos Sábados, das 14h00 às 18h00). É de salientar que este vai ser o último curso especial sobre auditoria organizado por esta Comissão, pelo que apelamos aos indivíduos que pretendam transitar para contabilistas habilitados a exercer a profissão através da participação no curso para aproveitarem esta oportunidade.

Os interessados podem inscrever-se, mediante o “boletim de inscrição do 6.º curso especial sobre auditoria (turma em chinês)” a descarregar na página “Comissão Profissional dos Contabilistas” do website da Direcção dos Serviços de Finanças (www.dsf.gov.mo), devidamente preenchido e entregue juntamente com os respectivos documentos, no período de 18 de Janeiro a 3 de Fevereiro de 2023, dentro do horário do expediente para a “Comissão Profissional dos Contabilistas”, sita na Rua da Sé, n.º 30, Centro de Recursos da Direcção dos Serviços de Finanças, 1.º andar, Macau.

Para esclarecimento de qualquer dúvida, é favor proceder à consulta através do telefone n.º 8599 5344.

Aos 16 de Janeiro de 2023.

O Presidente da CPC Iong Kong Leong

china 11 quarta-feira 18.1.2023 www.hojemacau.com.mo
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Depois de brilhar em 2012 no concurso televisivo The Voice of China, um dos mais famosos do Interior, Guan Zhe vai realizar o primeiro concerto a solo em Macau. No Centro de Eventos do Studio City aguardam-se por êxitos como Miss You Tonight ou Settle Down

Ocantor pop Guan Zhe vai estar em Macau a 27 de Janeiro, para um concerto de celebração do Ano Novo Lunar. O espectáculo vai ter lugar no Centro de Eventos do Studio City e os bilhetes custam entre 488 e 3.888 patacas.

Apesar de ter estado em Macau em outras ocasiões, esta é a primeira vez que o cantor de 41 anos, que se tornou conhecido do grande público com a participação no concurso televisivo “The Voice of China”, vai fazer um espectáculo a solo.

“Estou muito entusiasmado e ansioso por ter a oportunidades de realizar o meu primeiro concerto a solo no Centro de Eventos do Studio City durante o Ano Novo Lunar”, afirmou Guan Zhe, através de um comunicado divulgado

CINEMA SUBMISSÕES PARA “MACAO FILMS & VIDEOS PANORAMA” ATÉ SEXTA

TERMINA esta sexta-feira, dia 20, o prazo para a submissão de projectos cinematográficos para a nova edição do evento “Macao Films & Videos Panorama”, uma iniciativa da Associação Audiovisual CUT apoiada financeiramente pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura do

Instituto Cultural. Os melhores trabalhos poderão ganhar o prémio do júri, no valor de dez mil patacas. Um troféu, enquanto o prémio do público, para melhor filme, terá o valor de cinco mil patacas. O festival vai ter lugar de 17 a 26 de Março.

Nesta fase, a organização do evento divulgou o

nome da primeira convidada que fará parte do júri de selecção das produções que irão a concurso. Trata-se de Joyce Yang, uma veterana crítica de cinema de Hong Kong, e que é também membro da Sociedade de Crítica de Cinema de Hong Kong.

Segundo escreveu a organização do “Macao

Films & Videos Panorama” sobre o evento, nas redes sociais, Joyce Yang fez parte dos júris de eventos como o Festival Internacional de Documentário de Hong Kong, os Prémios FIPRESCI, o CASCADIA - Festival Internacional de Cinema Feminino e os Prémios IFVA.

Além disso, Joyce Yang foi co-editora de dois livros com os argumentos premiados de Chiu Kang-Chien. Escreve regularmente para revistas e jornais de Hong Kong e China, onde se incluem títulos como o Hong Kong Economic Times, a City Magazine, a HKinema e Global Screen.

12 eventos 18.1.2023 quarta-feira www.hojemacau.com.mo

STUDIO CITY MELCO CELEBRA ENTRADA DO NOVO ANO COM MÚSICA POP

Palco da fama

pela empresa Melco. “Vai ser uma noite fabulosa e vou partilhar com o público de Macau muitas músicas tradicionais de ano novo chinês, num arranjo que preparei em conjunto com a minha equipa”, acrescentou.

Nascido em Jilin, no Norte da China, Guan Zhe e tem 41 anos. Antes de se tornar um dos nomes mais conhecidos da actualidade da música popular chinesa, Zhe esteve vários anos a escrever e compor músicas para outros artistas famosos como Sun Yue, Na Ying e Mao Ning.

No entanto, o salto para a fama chegou em 2012. Na altura, com cerca de 30 anos, e depois de ter tentado participar sem grande sucesso em outros programas de talento, Guan Zhe afirmou-se no concurso The Voice of China, um dos mais vistos no Interior.

Primeiro álbum

Com uma audiência de milhares de milhões através da televisão e das plataformas móveis, o cantor conseguiu finalmente a fama que lhe abriu as portas para gravar o

No reportório de Guan Zhe cabe ainda a faixa “Macau Welcomes You”, criada para celebrar o 19.º aniversário da transferência

seu primeiro álbum com o título “Surrounding Story”.

Em Macau, um dos momentos mais aguardados vai ser o êxito “Miss You Tonight”, que tem mais de 900 milhões de visualizações nas plataformas chinesas

e 100 milhões no Youtube. Outros êxitos incluem as músicas “Settle Down”, “I’m Still Loving You” e “Well Enough”. Além disso, a audiência vai poder assistir às principais músicas interpretadas pelo artista no concurso The Voice of China.

No reportório de Guan Zhe cabe ainda a faixa “Macau Welcomes You”, criada para celebrar o 19.º aniversário da transferência. Este é um trabalho que funciona como uma ode a várias características locais, onde se destaca a mistura da cultura chinesa com a ocidental e que não deixa de fora a bifana nem o bacalhau.

Os bilhetes estão à venda desde o dia 13 de Janeiro, com o ingresso mais barato a custar 488 patacas. No pólo oposto, os bilhetes mais caros têm um custo de 3.888 patacas. Ainda assim, quem faz parte do clube de Wechat da Melco e tenha gasto 4 mil patacas no resort tem direito a um ingresso grátis. João Santos Filipe

FRC “FAI CHUN – OFERTA DE PAPÉIS VOTIVOS” JUNTA CALÍGRAFOS E POETAS

HOJE, entra as 10h e as 16h, a Galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe o tradicional evento “Fai Chun – Oferta de Papéis Votivos”. Em comunicado, a organização adianta que este ano irá contar com a “presença de 26 calígrafos e poetas locais, membros da Associação de Poesia dos Amigos do Jardim da Flora, que há muitas anos é parceira da FRC nesta iniciativa”. Ao longo das seis horas do evento, quem estiver interessado pode passar pela Galeria da FRC para receber gratuitamente os papéis com mensagens de boa sorte em caligrafia chinesa.

Fai Chun (揮春) é uma decoração tradicional usada durante o Ano Novo Chinês, que marca a chegada da época primaveril.

Em português poderá traduzir-se por Onda de Primavera. As pessoas colocam os Fai Chun nas portas para criar uma atmosfera alegre e festiva, já que as frases caligrafadas significam boa sorte e prosperidade. Normalmente, os Fai Chun tradicionais são de cor vermelha, com caracteres pretos ou dourados inscritos a pincel, que visam proteger as casas com votos de bons auspícios para o ano que se segue.

Hoje em dia são mais frequentes as versões impressas e produzidas em larga escala. Podem ser quadrados ou rectangulares e pendurados na vertical ou na horizontal, geralmente aos pares.

Não existem apenas na China, mas também na Coreia, Japão e Vietname.

AUSTRÁLIA FILME MADEIRENSE “POSSO OLHAR POR TI” GALARDOADO EM FESTIVAL

Ofilme madeirense Posso

Olhar Por Ti, de Francisco Lobo Faria, foi premiado com o ‘Best Youth Cast’ [melhor elenco de jovens] no festival australiano Titan International Film Festival, de acordo com a produtora.

A cerimónia de entrega de prémios da primeira edição do festival, referente ao ano 2022, realiza-se este

sábado, no Palace Chauvel Cinema, em Sydney, e conta com a presença do realizador Francisco Lobo Faria, lê-se num comunicado enviado à Lusa pela produtora de cinema Filmógrafo.

Posso Olhar Por Ti “retrata um grupo de crianças organizado em prol de um objectivo comum e, para o alcançar, desenvolvem a

sua veia empreendedora, exploram os seus talentos e capacidades, falham, desentendem-se, mas não desistem”, referiu o comunicado.

Produzida na Madeira, a obra conta com a participação dos jovens actores Martim Lobo, Laura Silva, Francisca Madeira, Tiago Valente, Iago Fernandes, Matilde Gouveia e Eduarda Sousa.

Ainda de acordo com a nota do Filmógrafo, o realizador Francisco Lobo Faria expressou “emoção em poder receber o prémio e agradeceu à equipa do filme pelo seu trabalho dedicado”.

O realizador destacou, além disso “a importância de contar histórias que retratem a realidade dos jovens e ajudam a compreendê-los

melhor”. Com imagem de Carlos Melim, som de Daniel Guiomar, produção executiva de Vanessa Fernandes e montagem de Herman Delegado, “o filme reúne uma extensa lista de técnicos, actores e figurantes originários da Madeira”, realçou o comunicado.

Francisco Lobo Faria é licenciado em Teatro

pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa. Como actor participou em filmes como “A Eternidade e um Dia”, “Feiticeiro da Calheta” e a série de televisão “Abandonados”.

“Posso Olhar Por Ti” é o primeiro trabalho do actor enquanto argumentista e realizador.

eventos 13 quarta-feira 18.1.2023 www.hojemacau.com.mo
Um dos momentos mais aguardados vai ser o êxito “Miss You Tonight”, que tem mais de 900 milhões de visualizações nas plataformas chinesas e 100 milhões no Youtube

UM FILME HOJE

FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base de R.A.E.M., correm éditos de TRINTA DIAS contados a partir da segunda e última publicação deste anúncio, citando a Ré MACAU ELAINE JINGHE TECNOLO- GIA DE FARMACÊUTICA SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA, para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o dos éditos, querendo contestar a acção supracitados, podendo na contestação deduzir em reconvenção o seu direito a benfeitorias ou a uma indemnização e deve ainda oferecer logo as provas, pelos fundamentos constantes da petição inicial que se encontra à disposição da citanda neste Juízo, cujo pedido consiste em:

O autor pede que a presente acção seja julgada procedente e provada e, por via dela, declarando:

i) Que o contrato de arrendamento celebrado do imóvel em causa o qual inclui o contrato complementar cessou no dia 31 de Maio de 2021;

ii) O despejo da Ré do imóvel, o qual deverá ser restituído em condições restauradas ao autor devoluto de pessoas e bens no prazo de 8 dias e, no caso contrário, ordenar a execução de despejo de por mandato nos termos do artigo 935.º do CPC;

iii) A condenação da Ré no pagamento ao Autor das rendas vencidas em dívida desde Março a Maio de 2021 no montante total de HK$180,000.00 (cento e oitenta mil Hong Kong Dólares) equivalente a MOP$185,670.00 (cento e oitenta cinco mil e seiscentas e setenta patacas);

iv) A condenação da Ré no pagamento ao Autor de juros de mora à taxa legal sobre as rendas vencidas desde a data indicada a ponto iii) até 3 de Setembro de 2021, no montante de HKD7,468.77 (sete mil, quatrocentas e sessenta e oito patacas e setenta e sete avos Hong Kong Dólares), equivalentes a MOP7,704.03 (sete mil, setecentas e quatro patacas e três Avos) e juros de mora vincendas até pagamento integral a contar desde o dia 4 de Setembro de 2021.

v) A condenação da Ré no pagamento ao Autor de rendas contadas desde o dia 1 de Junho de 2021 até à data de citação da Ré no montante mensal de HKD60,000.00 (sessenta mil Hong Kong Dólares) a título de indemnização contados a partir da instauração da presente acção, ou seja, indemnização do período entre Junho a Agosto de 2021 no montante de HK$180,000.00 (cento e oitenta mil Hong Kong Dólares) equivalente

O último filme de Spike Lee, “BlacKkKlansman” traz ao ecrã duas horas de um pequeno delírio baseado nos acontecimentos reais que tiveram lugar numa América dividida racialmente, no final dos anos 70. Tudo começa quando um detective afro-americano, Ron Stallworth, consegue ingressar no Kuk Klux Klan para levar a cabo uma investigação. Acontece que Stallworth não só é convidado a integrar a “organização” com acaba por ser presidente de uma das suas filiais regionais. Enquanto que o verdadeiro Stallworth comunicava com o KKK por telefone, um seu colega, branco, tratava dos encontros pessoais. A história aconteceu mesmo, e preveniu uma série de ataques do KKK. Mais, não se trata de um argumento apenas válido para recordar um passado recente, o racismo é cada vez mais uma temátca actual e deve ser recordada para que as situações de discriminação racial não se repitam. Hoje Macau

Zoe Saldaña, Sigourney Weaver 16.00, 21.00

SALA 3 M3GAN [C] Um filme de: Gerard Johnstone Com: Allison Williams, Violet McGraw, Ronny Chieng 14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; Gonçalo Waddington; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; João Romão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo

a MOP$185,670.00 (cento e oitenta cinco mil seiscentas e setenta patacas);

vi) A condenação da Ré no pagamento ao Autor a título de indemnização contadas a duplo da renda mensal e a partir da data da citação da Ré até à restituição do imóvel arrendado no montante mensal de HKD120,000.00 (cento e vinte mil Hong Kong Dólares);

vii) A condenação da Ré no pagamento das despesas de obras de decoração do imóvel em causa no caso de incumprimento da sua restauração, no montante a liquidar conforme os pormenores na execução da sentença; e

viii) A condenação da Ré no pagamento de todas as despesas a respeito ao imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria, e despesas a liquidar na execução da sentença.

É obrigatória a constituição de advogado (art.º 74º do C.P.C.M.), caso contestar.

Caso seja requerido o apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono no prazo da contestação, este interrompe-se desde a data em que o requerente junte aos autos o documento comprovativo do pedido de apoio judiciário (art.º 20.º da Lei n.º 13/2012). *

Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 6 de Janeiro de 2023

Correm éditos de trinta (30) dias, contados da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando os HERDEIROS INCERTOS DE LEONG KAI CHONG que se julguem com a qualidade de herdeiros ou sucessores do falecido LEONG KAI CHONG, faleceu no dia 13 de Agosto de 2019, com última residência conhecida Rua de S. Francisco Xavier Pereira, nº 199, Edf. Long Yuen (Edf. Tang Lung Court), 7º andar R, Macau, para no prazo de DEZ (10) dias, contestarem, querendo, a presente habilitação, conforme tudo melhor consta da petição inicial, cujos duplicados se encontram neste 2º Juízo Criminal à sua disposição e que poderá ser levantado nesta secretaria nas horas normais de expediente, sob pena de não o fazendo no dito prazo seguir o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.

E ainda que é obrigatória a constituição de advogado caso conteste. Macau, em 04 de Janeiro de 2023.

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CINEMA M3GAN SALA 1 THE FIRST SLAM DUNK [B] FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Takehiko Inoue 14.30, 19.15 THE FIRST SLAM DUNK [B] FALADO EM CANTONÊS Um filme de: Takehiko Inoue 16.45, 21.30 SALA 2 THE TUNNEL TO SUMMER, THE EXIT OF GOODBYES [B] FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Tomohisa Taguchi 14.30, 19.30 AVATAR: THE WAY OF THE WATER [C] Um filme de: James Cameron Com: Sam Worthington,
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HM • 1ª vez • 18-1-23 HM • 1ª vez • 18-1-23 ANÚNCIO Autor: CHANG CHI WO (曾志和), de sexo masculino, residente em Macau, Taipa, na Avenida dos Jardins do Oceano, n.º 23, Jardins do Oceano, Cattleya Court, 10.º
SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA (澳門壹林靖和醫藥科技一人有限 公司), registado na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis com n.º 79020 (SO), com sede sito
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em Macau
Avenida da Praia Grande, n.º 762-804, China Plaza, 14.º andar G.
Acção de Despejo n.º CV1-21-0039-CPE Tribunal Judicial de Base –1.º Juízo Cível ANÚNCIO Habilitação (Apenso) n.º CR2-22-0142-PCS-A 2º Juízo Criminal Requerente: CHAN SAO FAN /陳秀芬. Requeridos: LEONG POU CHU/梁寶珠, LAI
U KAM/黎如金, LEONG LAI CHU/梁麗珠, LEONG KENG MAN/梁經文, LEI I KAO/李誼教, ASIA INSURANCE COMPANY, LIMITED/ 亞洲保險有限公司 e HERDEIROS INCERTOS DE LEONG KAI CHONG/梁繼宗之不確定繼承人 ***

POLÍTICA DA CHINA À COVID-19 É CIENTÍFICA, DIRECCIONADA E EFICAZ

RECENTEMENTE, à luz da evolução da situação, a China vem aprimorando suas políticas à COVID-19 que adoptam as medidas contra a Classe B, em vez das doenças infecciosas mais graves da Classe A, de acordo com a lei. Este é um ajustamento na abordagem de resposta da China com base numa avaliação abrangente da mutação do vírus, da situação da COVID-19 e dos esforços de resposta contínuos, incluindo uma alta taxa de vacinas. Isso ajuda a tornar a resposta mais baseada na ciência, direccionada e eficaz, restaurar a normalidade no trabalho e na vida do povo, atender às necessidades médicas e de saúde regulares e minimizar o impacto da COVID-19 nas operações econômicas e sociais.

No entanto, alguns países, desconsiderando a ciência e os fatos, insistiram em tomar medidas discriminatórias de entrada com restrição contra a China. Alguns medias ocidentais desacreditaram o ajustamento da política à COVID-19 da China, alegando que a resposta da China falhou. Eles exageraram deliberadamente e até deturparam o ajustamento da política na China, mas evitaram relatar as deficiências e o alto preço pago na resposta à COVID-19 nos seus próprios países. Na verdade, isso não passa de padrões duplos e é claramente contra a ética jornalística.

Desde que a COVID-19 começou, a China sempre colocou a vida do seu povo acima de tudo, fez o melhor esforço para proteger a vida e a saúde do povo e despejou todos os recursos no tratamento de todos os pacientes. Nos últimos três anos, temos respondendo com eficácia a cinco ondas globais da COVID-19 e evitando infecções generalizadas com a cepa original e a variante de Delta, que são relativamente mais patogénicas do que as outras variantes. A China reduziu muito o número de casos graves e mortes, ganhou um tempo precioso para o desenvolvimento, aplicação de vacinas e terapêuticas, e para preparar suprimentos médicos e outros recursos. As conquistas estão aí para todos verem.

Recentemente, à medida que a virulência das subvariantes de Omicron diminui, a experiência de resposta e absorção de vacinas chinesas aumentam, a China rebaixou o gerenciamento do vírus e mudou o foco para a proteção da saúde e a prevenção de casos graves. Trata-se de uma mudança oportuna e necessária, fundamentada na ciência e adoptada numa perspectiva de longo prazo, ainda tendo o povo como centro. Não significa de forma alguma o abandono do vírus ou a saída total das medidas de prevenção e controle. Continuamos a fazer todos os esforços para atender às necessidades de drogas do povo

COVID-19 nos seus próprios países

e proteger grupos-chave e residentes rurais, para garantir que suas medidas sejam bem direccionadas e eficazes. Muitas províncias passaram já pelo pico de infecção e a vida das pessoas está gradualmente voltando ao normal. Os factos provaram que a China está bem preparada para a batalha e nós temos confiança e capacidade para conquistar novas vitórias. Aqueles que exageram que “o sistema médico da China está entrando em colapso” são meros boatos.

Desde o início da COVID-19, a China não apenas protegeu a vida, a saúde e a segurança do próprio povo, mas também ressaltou activamente à comunidade internacional que se unisse na luta contra a epidemia. Assumimos primeiramente vacinas como bens públicos internacionais. Até agora, fornecemos 2,2 mil milhões de doses de vacinas e uma grande quantidade de materiais anti-epidémicos para o mundo, especialmente países em desenvolvimento. Como o trabalho de prevenção e controlo entrou em um novo estágio, a China implementou novas políticas de maneira suave e ordenada e otimizou ainda mais as políticas de entrada e saída, tornando os intercâmbios de pessoal chinês e estrangeiro mais fácil.

O nosso potencial económico e a nossa vitalidade serão libertados ainda mais, e uma série de políticas recém-introduzidas terá um efeito sobreposto, que continuará a trazer mais benefícios para manter a estabilidade e a suavidade das cadeias internacionais de abastecimento e indústria, promovendo uma cooperação mutuamente benéfica entre os países, e impulsionando a recuperação e o crescimento da economia mundial.

Acções falam mais alto que palavras. Com os factos acima mencionados, todas as pessoas sem preconceito obterão uma compreensão objectiva e abrangente do ajustamento da política da China. Acreditamos firmemente que, com base na experiência da luta contra a COVID-19 nos últimos três anos, a China será capaz de coordenar efetivamente a prevenção e o controle da epidemia com os desenvolvimentos económico e social e obter a vitória final na luta contra a epidemia. A optimização e o ajustamento contínuos das políticas de prevenção e controlo da epidemia da China também fornecerão uma turbina mais estável e confiável para a recuperação da economia mundial e ajudarão o mundo a acabar com a epidemia o mais rápido possível.

vozes 15 quarta-feira 18.1.2023 www.hojemacau.com.mo
*Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM
Alguns medias ocidentais desacreditaram o ajustamento da política à COVID-19 da China, alegando que a resposta da China falhou. Eles exageraram deliberadamente e até deturparam o ajustamento da política na China, mas evitaram relatar as deficiências e o alto preço pago na resposta à
XINHUA/JU PENG

Erros trágicos

Oconselheiro presidencial ucraniano que admitiu a possibilidade de a defesa aérea da Ucrânia ter causado a destruição de um edifício residencial em Dnipro apresentou ontem a demissão, noticiou a agência Ukrinform.

Aleksey Arestovich anunciou a sua decisão na rede social Facebook e publicou cópia da carta dirigida a Andriy Yermak, chefe de gabinete do Presidente Volodymyr Zelensky.

“Escrevi uma carta de demissão. Quero dar um exemplo de comportamento civilizado: um erro fundamental, que significa demissão”, justificou Arestovich, citado pela agência ucraniana. A Ukrinform não referiu se o pedido de demissão foi aceite.

Um míssil Kh-22 russo atingiu um edifício residencial em Dnipro (sudeste) no sábado, provocando pelo menos 44 mortos e 22 desa-

parecidos, segundo um novo balanço divulgado hoje pelo presidente da câmara local, Borys Filatov.

Pouco depois do ataque, Arestovich disse num canal YouTube de um advogado russo que o míssil poderia ter sido abatido pela defesa aérea ucraniana e caído, por isso, no prédio, quando o alvo seria uma instalação eléctrica próxima.

Ressalvou, no entanto, que a culpa da Rússia era inequívoca, porque “se não houvesse um ataque russo, tal tragédia não teria acontecido”.

Esta possibilidade foi negada pela força aérea ucraniana, que alegou não ter armas capazes de abater os Kh-22.

Trata-se de mísseis antinavio de longo alcance desenvolvidos na antiga União Soviética, de acordo com o Instituto para o Estado da Guerra (ISW), com sede nos Estados Unidos.

No dia seguinte ao do ataque, Arestovitch justi -

ficou as suas declarações com o cansaço e disse que tinha apenas referido uma possibilidade que lhe fora transmitida por um antigo elemento das forças de defesa aérea de Dnipro.

Mas as suas declarações foram aproveitadas pela Rússia para negar responsabilidade pelo ataque.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, invocou, na segunda-feira, “as conclusões de alguns representantes do lado ucraniano”, referindo-se a Arestovitch, para insistir que a responsabilidade era da defesa aérea da Ucrânia.

“Isto causou indignação na sociedade ucraniana”, segundo a Ukrinform.

Condenação geral

A demissão de Arestovitch também foi noticiada pela agência russa TASS, que a atribuiu às duras críticas de que foi alvo.

Segundo a TASS, um deputado ucraniano anunciou, na segunda-feira, o início de uma recolha de assinaturas para exigir a demissão de Arestovitch, acusando o conselheiro presidencial de traição.

O ataque em Dnipro foi condenado pela generalidade da comunidade internacional

e valeu a Moscovo renovadas acusações de crimes de guerra por visar alvos civis.

Desconhece-se o número exacto de baixas civis e militares na guerra iniciada pela Rússia em 24 de Fevereiro do ano passado, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.

As Nações Unidas confirmaram a morte de cerca de sete mil civis desde que as tropas russas invadiram o país vizinho.

As informações sobre a guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

TAILÂNDIA EXPLOSÃO CAUSA PELO MENOS UM MORTO

PELO

menos uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas, devido a uma explosão ontem num petroleiro na província de Samut Songkhram, no oeste da Tailândia, que deixou ainda sete pessoas desaparecidas, informaram fontes oficiais.

Fontes do Departamento de Prevenção e Mitigação de Desastres de Samut Songkhram disseram à agência noticiosa EFE que são ainda desconhecidas as causas da explosão no navio Smooth Sea. Os tanques do petroleiro, com capacidade para 6.500 toneladas de crude, estavam vazios porque o navio estava em manutenção no porto do rio Mae Klong.

A explosão, que danificou várias casas próximas do porto, situado a cerca de 85 quilómetros a sudoeste da capital Banguecoque, começou num camião-cisterna às 09:17, segundo o jornal Bangkok Post. O departamento da Marinha tailandesa disse que as equipas de emergência conseguiram

controlar as chamas no espaço de uma hora e que teve início uma investigação para determinar a causa do incêndio.

Em Julho de 2021, uma pessoa morreu e outras 33 ficaram feridas devido a uma explosão numa fábrica de produtos químicos perto de Banguecoque, forçando a retirada de mais de 1.800 pessoas.

Duas pessoas ficaram feridas em 2014 depois de um petroleiro ter explodido, causando um incêndio que se espalhou para um outro navio num porto no rio Mekong, que separa a província de Chiang Rai, no norte da Tailândia, do vizinho Laos.

quarta-feira 18.1.2023
toda
de mal, há dois remédios:
PALAVRA DO DIA
“Para
a espécie
o tempo e o silêncio.”
A Fidelidade Macau congratula o Banco Nacional Ultramarino pela “Medalha de Honra Lótus de Prata” recebida do Governo da Região Administrativa Especial de Macau pelo reconhecimento dos serviços de excelência que presta à comunidade de Macau.
Parabéns BNU! Alexandre Dumas PUB. Conselheiro demite-se por ter admitido papel da defesa aérea em Dnipro
“Escrevi uma carta de demissão. Quero dar um exemplo de comportamento civilizado: um erro fundamental, que significa demissão.”
ALEKSEY ARESTOVICH EX- CONSELHEIRO PRESIDENCIAL UCRANIANO

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