MEDIA | SEGURANÇA NACIONAL CRIMES E CONCEITOS
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HISTÓRIAS DA VELHA BAÍA
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Desde o início da pandemia que não entrava tanta gente em Macau. No passado sábado, chegaram ao território 96 mil turistas, contribuindo para a média de 65 mil visitantes diários, alcançada durante o mês de Março. Entre Janeiro e Fevereiro, contabilizaram-se já quase três milhões de visitas.
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Esta semana deu uma conferência intitulada “Macau e a formação histórica da área da Grande Baía: 1700-1842”. Este não é, afinal um conceito novo. A Grande Baía de Cantão existe, pelo menos, desde 1701, quando aparece, pela primeira vez, num dicionário de geografia universal de Charles Maty, um grande geógrafo e cartógrafo que se viu obrigado a fugir de França e a refugiar-se em Amesterdão. Ele descreve, em termos de geografia comercial, toda a parte marítima entre Macau e Cantão, chamando-lhe a Grande Baía de Cantão. A obra publicada em Amesterdão foi um marco da invenção da geografia comercial. A partir de 1713, começamos a encontrar mapas franceses, ingleses, espanhóis e italianos, que mostram uma espécie de golfo entre Macau e Cantão, que se chamava a Grande Baía. A partir de 1930 começou-se a designar todo o comércio que se fazia nessa região de Cantão, com a intermediação de Macau, por sistema de Cantão. Em 1841 surge o último mapa que fala da Grande Baía de Cantão.
Como funcionava, então, esta Grande Baía?
Era uma economia-mundo. Consistia numa parte do mundo suficientemente organizada em termos económicos e com intérpretes e uma posição dominante na economia mundial. Tal devia-se à relação especial entre o mercado de Cantão e as formas de intermediação com que Macau permitia o acesso internacional a esse mercado.
Qual foi o papel de Macau neste sistema?
Macau teve, ao longo do século XVIII, e até meados do século XIX, um sistema complexo e especializado de inteligência comercial. Todas as embarcações internacionais que, entre Setembro e Janeiro, pediam a Cantão para fazer comércio, e chegavam a ser 80 embarcações por ano, tinham de passar por Macau, solicitar uma chapa de autorização, contratar um piloto e fazer um contrato com uma companhia de compradores. Essas companhias asseguravam todo o abastecimento do barco durante o período de comércio em
“Quando se fala agora no projecto da Grande Baía, falamos de algo que tem um demorado fundamento histórico. Isto funcionou durante mais de um século. Tinha estruturas e instituições especializadas.”
Cantão, do ponto de vista técnico, por exemplo. Macau assegurava também a classificação comercial dos produtos que entravam e saíam de Cantão. Eram categorizadas, por exemplo, as sedas, os chás, dava-lhes um peso internacional e preço. Encontramos peles de lontra, por exemplo, ou prata de Manila, que se descarrega e pesa na totalidade em Macau. Encontramos até coisas estranhas, como aves que vêm de Papua Nova Guiné. Só havia duas grandes balanças oficiais para pesar os produtos, uma no Leal Senado, a partir do século XVII, e da Santa Casa da Misericórdia. Os barcos internacionais tinham aí de pesar os produtos e receber uma legalização, bem como uma etiqueta comercial. Em Macau também se calculava o preço.
Havia então um sistema profissional de categorização e classificação das matérias-primas. Sim. Como o mercado de Cantão exigia reservas para o ano seguinte, tal gerou uma série de conflitos comerciais sazonais, que não eram resolvidos em Cantão, mas em Macau. Fazia-se as tentativas de arbitragem comercial e chegava-se a julgar e decidir esses casos. Em 1796, o Governador Vasco Luís Carneiro de Sousa e Faro fez um levantamento da população que arrola 962 estrangeiros, holandeses, suecos, austríacos, italianos... Os estrangeiros só podiam comercializar em Cantão de Setembro a Janeiro, e no resto do ano viviam em Macau, onde tinham casas, armazéns. Em alguns casos, traziam as famílias. Macau tinha, pelo menos, um mercado de cinco mil pessoas para apoiar
estes estrangeiros. Para a economia de Macau era fundamental e para a economia global era decisivo. Macau fornecia a estas companhias soluções para conflitos entre si. Assim, no século XVIII, tínhamos algo chamado de Grande Baía onde havia um processo de inteligência comercial e em que Macau era fundamental em termos de intermediação jurídica e de arbitragem, fornecendo ainda a comunicação linguística para todo o processo.
Já nessa altura havia tradutores e intérpretes. As companhias tinham vários intérpretes. Mas a partir de 1762, quando a companhia inglesa domina já o comércio em Cantão, Macau começa a fornecer intérpretes trilingues. A documentação mostra que a dimensão deste serviço de tradução e interpretação é enorme e inclui o serviço doméstico, com pessoas que falam as três línguas, para irem comprar produtos ou ir buscar água, por exemplo. A maior parte desses nomes eram macaenses e chineses de Cantão. Havia pessoas muito jovens a fazer esse trabalho, com 13 ou 15 anos, os chamados “boys”, que acompanhavam o serviço de estrangeiros e de empresas estrangeiras. Era um serviço muito importante, legal e escrito. O serviço era de tradução e interpretação na escrita e na oralidade. Até à ocupação inglesa de Hong Kong, em 1841, há dezenas de pessoas em Macau. De tal forma que quando os ingleses ganham a primeira Guerra do Ópio e assinam o Tratado de Nanquim, em 1842, e obrigam a China a abrir mais portos ao comércio internacional, estas pessoas de Macau começam
a ser colocados em Hong Kong e Xangai, nesses portos de comércio internacional, sendo um corpo técnico fundamental.
Que impacto teve tudo isto na sociedade local?
Macau conseguiu, no século XVIII e primeiras décadas do século XIX, produzir uma sociabilidade cosmopolita que permite que estas gentes, de diferentes geografias europeias. A 4 de Julho de 1776 dá-se a independência dos EUA e em Novembro já tínhamos barcos em Macau, de companhias privadas de Boston, por exemplo. Os barcos americanos tornam-se os segundos mais importantes a seguir aos ingleses. Macau criou então essa sociabilidade absolutamente extraordinária. A companhia inglesa, com casas e armazéns na fachada da Baía da Praia Grande, fez as primeiras competições de bilhar, trazendo o snooker inglês para Macau e as regatas. Faziam corridas de cavalos entre o que é hoje a Rua do Campo e as Portas do Cerco. Os chineses detestam, chegam a colocar cordas à noite, para os cavalos caírem. Traziam cantores, organizavam-se saraus. A sociedade de Macau atravessou um período de modernização. De globalização. Esta Grande Baía não existia sem Macau e sem Cantão, existindo porque havia, de facto, esta comunicação. O meu argumento é um pouco este: quando se fala agora no projecto da Grande Baía, falamos de algo que tem um demorado fundamento histórico. Isto funcionou durante mais de um século e funcionou bem. Tinha estruturas e instituições especializadas que permitiam este funcionamento, o que é diferente de outros temas que têm circulado em Macau.
O projecto “Uma Faixa, Uma Rota”, que mobiliza a ideia da Rota da Seda, mas este conceito só é criado por um alemão no final do século XIX. O que existia até então eram várias rotas de ligação comercial. Não havia uma rota da seda nesse sentido linear. Antes do projecto “Uma Faixa, Uma Rota” falava-se no Grande Delta,
académico
Macau, explica que a noção de Grande Baía de Cantão, enquanto zona de intenso comércio, já existia em 1701. Macau tinha um papel fundamental de intermediação, arbitragem e serviços, incluindo tradução e interpretação nos negócios
“O que retiramos dos textos, mapas e documentos históricos é que Macau tinha funções especializadas na economia mundial, não era um localismo, um bairrismo e apenas uma posição no Delta, no sul da China.”
na ligação das grandes regiões, fundamentalmente três províncias chinesas. Isso desapareceu. Estas coisas vão desaparecendo porque não têm raízes históricas. Mas o projecto da Grande Baía tem, de facto, raízes históricas profundas, onde Macau teve um papel fundamental. Se me pergunta se se pode actualizar isto, eu penso que sim.
De que forma?
Esta dimensão de arbitragem jurídica poderia actualizar-se, nomeadamente com alguns países de língua portuguesa, até porque grande parte das normas do Direito comercial, de engenharia ou de arquitectura, em Macau, têm ainda essa raiz portuguesa. Uma parte significativa da população, sobretudo jovens, fala inglês, pelo que reforçar a formação em português permitia recuperar este mercado. Se juntarmos a isto as possibilidades de alargar o cosmopolitismo de Macau, ligando ao jogo as indústrias das convenções
e dos espectáculos, poderíamos actualizar um fundo histórico que funcionou e que atraiu o comércio global.
Mas hoje temos o Fórum Macau, mais cursos de tradução. Esse sistema continua a não ser suficiente?
O Fórum Macau está a fazer 20 anos e poderia ser uma instituição em que se poderia concretizar este tipo de actualização. O que retiramos dos textos, dos mapas, dos documentos históricos é que Macau tinha funções especializadas na economia mundial, não era um localismo, um bairrismo e apenas uma posição no Delta, no sul da China.
Qual o momento histórico principal em que Macau começa a perder essa posição?
A ocupação inglesa de Hong Kong e a vitória na primeira Guerra do Ópio, até 1859 trouxe impactos positivos a Macau, pois cria-se um
movimento comercial entre Hong Kong e Macau muito grande. O número de embarcações aumenta e dá-se uma transacção de serviços muito favorável a Macau. O território começa a negociar mão-de-obra especializada, algumas dessas pessoas transferem-se para Hong Kong e entregam constantemente remessas de dinheiro para as famílias que estão em Macau. Em termos financeiros e comerciais, de 1859 até 1860 Macau beneficia. A partir daí, quase todas as companhias e consulados estrangeiros começam a sair de Macau para Xangai, dando-se uma menor vira-
gem para Hong Kong. Em Xangai os estrangeiros começam a ter concessões. Em Macau passam a haver menos empresas e os antigos compradores desaparecem para as novas cidades comerciais chinesas.
A abertura do Canal de Suez, em 1856, torna mais difícil a posição de Macau. Passam a ser poupados cinco mil quilómetros. A maior parte das embarcações vem até Saigão e Hong Kong, são grandes embarcações a vapor que trazem soldados, correio, mercadorias e também os primeiros turistas. Macau não é destino dessas grandes embarcações. A partir de 1870 os grandes comerciantes macaenses que restam acabam todos por falir. Temos o exemplo de Lourenço Marques, o dono da Casa Garden, que é obrigado a vender a casa por estar completamente falido. Aparecem então as primeiras indústrias têxteis. Essa burguesia comercial ligada à geografia comercial da Grande Baía não resiste a toda esta dinâmica.
Pequim veio reavivar este lado histórico, transformando-o num projecto político?
Quando vamos a apresentações oficiais deste projecto da Grande Baía, os responsáveis que o fazem têm muito pouco conhecimento do lado histórico. Uma vez perguntei a um responsável para me dar um exemplo de Grande Baía. Ele falou-me da Baía de S. Francisco, nos EUA. O desafio da economia chinesa é passar de uma economia que, durante 30 anos, cresceu a produzir manufacturas primárias baratas e passar para as tecnologias e serviços financeiros. Isso não é fácil de fazer. A ideia é que esta região se possa tornar num lugar de alta tecnologia e serviços e é aí que o Governo Central está a insistir. Pequim não fala da ligação aos países de língua portuguesa do ponto de vista comercial, mas sim na criação de uma plataforma de serviços para essas relações económicas. Macau tem, assim, de fornecer serviços, mas actualmente fornece muito pouco. Andreia Sofia Silva
“A abertura do Canal de Suez, em 1856, torna mais difícil a posição de Macau. Passam a ser poupados cinco mil quilómetros.”
Macau alertou os deputados sobre a falta de clareza das futuras leis da segurança nacional e do segredo de estado que não permitem saber que comportamentos são crime
AAutoridade Monetária de Macau (AMCM) aprovou ontem um aumento de 0,25 pontos percentuais da principal taxa de juro de referência, a nona subida desde Março de 2022, seguindo a Reserva Federal (Fed) norte-americana.
A AMCM fixou em 5,25 por cento a taxa de redesconto, valor cobrado aos bancos por injecções de capital de curta duração, de acordo com um comunicado. É o nível mais alto desde Dezembro de 2007, em plena crise financeira e económica mundial.
O regulador financeiro seguiu assim o aumento anunciado na quarta-feira pela Fed.
A AMCM disse que a subida era inevitável, por a pataca estar indexada ao dólar de Hong Kong, pelo
que “a taxa de juros em Macau é consistente com a taxa de juros em Hong Kong”.
A decisão da AMCM surgiu pouco depois de a Autoridade Monetária de Hong Kong ter anunciado a subida da taxa de juro de referência, devido ao aumento imposto pelo banco central dos EUA. Depois do anúncio, a bolsa de valores de Hong Kong negociou em alta, com o principal índice, o Hang Seng, a subir 0,28 por cento até às 09h45.
A Fed, o banco central dos Estados Unidos, decidiu na quarta-feira subir a sua taxa de juro em 25 pontos base, colocando-a no intervalo entre 4,75 por cento e 5 por cento. A decisão foi tomada por unanimidade e este é o nível mais elevado da taxa de juro de referência desde 2006.
Anatureza pouco clara da Lei de Defesa da Segurança do Estado, que permite fazer várias interpretações, ameaça fazer do jornalismo uma “profissão de alto risco” em Macau. O alerta foi deixado numa carta envida pela Associação dos Jornalistas de Macau à 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que se encontra a discutir o diploma na especialidade.
Segundo a associação, com a revisão proposta pelo Governo da Lei de Defesa da Segurança do Estado e a criação da Lei de protecção do segredo de Estado, as definições legais de crimes como “sedição” e “segredo de estado” tornam-se pouco claras. A situação é encarada como tendo “um impacto significativo nas liberdades de imprensa e expressão em Macau”, porque deixa de ser possível saber que comportamentos podem ser considerados crimes.
Neste ambiente de incerteza, a associação aponta que o jornalismo em Macau se vai tornar numa “profissão de alto risco”, e pede à 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa que “clarifique a intenção da lei” e “esclareça as dúvidas da população” sobre os diplomas.
A associação destaca ainda que de acordo com o princípio da tipificação, as condutas susceptíveis de serem crime devem ser “claras”. Admitindo que o Governo não queira alterar os diplomas, a associação pede que pelo menos sejam indicados mais exemplos de situações que podem ser tidas como crime, assim como os
critérios que vão ser adoptados para se considerar que houve prática de crime.
O fim da crítica?
No que diz respeito à sedição, a associação procura esclarecer se a partilha de opiniões contrárias às do Governo, sobre a “possibilidade de desenvolvimento do sistema político de Macau” e o levantamento de questões sobre a aplicação da Lei de Segurança Nacional também vão ser consideradas crime. “Nestas situações, qual vai ser a fronteira entre o crime e a conduta não punível?”, é questionado.
Por outro lado, a associação quer que seja esclarecido como
“Não saber o que constitui segredo de estado é como um abismo sem fundo para os jornalistas, que todos os dias recolhem informação. Os potenciais riscos legais e a pressão aumentam significativamente.” ASSOCIAÇÃO DOS JORNALISTAS DE MACAU
as autoridades vão avaliar se as críticas da população “têm boas intenções” ou se “são vistas como incentivo à sedição”.
Em relação à definição de Segredo de Estado, a associação aponta que é decalcada da lei do Interior, o que contribui para “expandir largamente” o alcance do conceito jurídico, ao mesmo tempo que “borra o escopo” do crime, fazendo com que seja menos claro que a definição actual.
“Não saber o que constitui segredo de estado é como um abismo sem fundo para os jornalistas, que todos os dias recolhem muita informação. Os potenciais riscos legais e a pressão aumentam significativamente, o que é uma forma escondida de diminuir as fontes de informação”, defende a associação. “Esta associação reitera que a população não precisa de conhecer o conteúdo dos segredos de estado, mas tem o direito de conhecer as fronteiras dos segredos de estado”, é acrescentado. João Santos Filipe
O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, prometeu “olhar mais além” ao nível da governação da RAEM. As declarações foram prestadas durante a recepção da Primavera da Província de Guangdong 2023. Na ocasião, de acordo com o Gabinete de Comunicação Social, Ho prometeu “olhar mais além, procurar prevenir riscos, ser íntegro, inovador e pragmático”, ao mesmo tempo que considerou que a cooperação da RAEM com Cantão é boa para a província vizinha. Ho Iat Seng indicou também que irá “trabalhar incansavelmente em prol do desenvolvimento estável e duradouro de ‘Um País, Dois Sistemas’ e envidar esforços árduos para realizar o sonho chinês do grande rejuvenescimento da nação chinesa”.
A deputada Ella Lei, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), defende que o valor mínimo das compensações por acidentes de trabalho deve ser aumentado todos os anos. A sugestão consta de um comunicado partilhado ontem com os órgãos de comunicação social, na sequência da decisão do Governo de congelar o valor mais um ano. A deputada pediu ainda a agilização dos procedimentos, para que os afectados por acidentes de trabalho possam receber eventuais compensações mais depressa. Finalmente, destacou a necessidade de aumentar a sensibilização para os riscos dos diferentes trabalhos e da adopção de práticas seguras.
A Associação dos Jornalistas de
Hengqin quer atrair investimento dos países de língua portuguesa
Omais alto dirigente de Macau para a Zona de Cooperação
Aprofundada da Ilha da Montanha revelou ontem que vai deslocar-se aos países de língua portuguesa para tentar atrair investimento.
De acordo com a televisão pública de Macau, TDM, António Lei Chi Wai disse que, além dos mercados lusófonos, a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin vai apostar em chamar investidores asiáticos.
O director dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação acrescentou também que está em negociações com empresas de tecnologia avançada e que as prioridades para o investimento incluem biomedicina e circuitos integrados.
António Lei afirmou ainda acreditar que Hengqin “tem uma posição única e grande potencial de desenvolvimento” para ajudar as empresas chinesas a explorar os mercados de língua portuguesa.
O dirigente fez as declarações, após a assinatura de um acordo de cooperação entre a Zona de Cooperação
e quatro empresas e organizações de Macau e da China continental.
Um dos acordos envolve a Zhuhai United Laboratories e o director-geral da empresa de biotecnologia disse à TDM esperar que a zona de Hengqin permita à farmacêutica “no futuro exportar medicamentos inovadores” para os países lusófonos.
Cao Chunlai revelou que a Zhuhai United Laboratories já investiu mil milhões de yuan (134,4 milhões de euros) em Hengqin e que irá este ano realizar estudos clínicos envolvendo três novos medicamentos contra doenças crónicas.
O director dos Serviços de Economia de Macau anunciou em Novembro a criação de dois centros sino-lusófonos para apoiar a fixação de “projectos de tecnologia avançada” da lusofonia, com a atribuição de bolsas e colaborações com universidades e empresas.
“Um centro na Zona de Cooperação Aprofundada e outro a ser criado em Macau”, notou Anton Tai Kin Ip.
O deputado Leong Hong Sai pediu ao Governo informações sobre a cobertura da tecnologia 5G no território. A pergunta faz parte de uma interpelação, citada ontem pelo Jornal do Cidadão. Segundo o legislador ligado aos Moradores, em Novembro do ano passado, a Companhia de Telecomunicações de Macau e a China Telecom (Macau) receberam duas licenças para operar o serviço de 5G. No entanto, os contratos deixavam antever que a cobertura do serviço no território fosse de 100 por cento, ao fim de um ano. Leong Hong Sai questiona agora, passados cerca de seis meses, qual é a taxa de cobertura actual. Por outro lado, Leong quer saber se estão previstas medidas para incentivar os turistas e os residentes a recorrerem ainda mais à ligação 5G no território.
AAutoridade Monetária de Macau (AMCM) recusa revelar se houve perdas e qual a dimensão dos investimentos da reserva financeira da RAEM no Banco Credit Suisse. Apesar de ter sido questionada duas vezes pelo HM, a instituição liderada por Benjamin Chan Sau San não respondeu com dados às perguntas.
Na terça-feira, o HM entrou em contacto com a AMCM e colocou questões sobre a existência, ou não, de investimentos no banco suíço, uma avaliação sobre as potenciais perdas desses investimentos, e o tipo de produtos financeiros contratados.
A AMCM devolveu a mensagem de correio electrónico no dia seguinte, sem responder a nenhuma das questões colocadas, limitando-se a repetir princípios gerais, sem qualquer ligação ao caso do banco suíço, e deixando de fora o princípio da “transparência”.
“Segundo as exigências do estatuto da Reserva Financeira, a Autoridades Monetária de Macau segue os princípios básicos de ‘segurança, eficácia e estabilidade’ para optimizar a gestão dos investimentos, equilibrar os riscos e os ganhos e formular estratégias prudentes para melhorar a médio e longo prazo os ganhos com a Reserva Financeira”, pode ler-se no
conteúdo da primeira mensagem de correio electrónico.
O HM entrou novamente em contacto com a instituição e explicou que nenhuma das três perguntas tinha sido respondida. A AMCM voltou a contactar o HM e justificou-se com “acordos de confidencialidade”.
“Tendo a AMCM celebrado acordos de confidencialidade com as sociedades gestoras profissionais de activos externos, e para prevenir a volatilidade do mercado, a AMCM não pode divulgar a posição de activos individuais da Reserva Financeira”, foi justificado.
A segunda resposta indica ainda que “no geral, a estabilidade da Reserva Financeira não foi significativamente afectada pelos eventos referidos”. No entanto, não é possível perceber a partir de que quantos milhões de patacas perdidos é que a AMCM consideraria que a reserva teria sido “significativamente afectada”.
Mau exemplo Ao longo do caso, a AMCM tem adoptado uma postura
muito diferente do que acontece em outras jurisdições, como por exemplo Portugal. No país europeu, várias instituições, inclusive controladas por entidades públicas, têm vindo a público reconhecer os investimentos no banco Crédito Suisse e potenciais perdas.
Em relação ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) em Portugal foi revelado pelas autoridades públicas que os investimentos no banco suíço eram de aproximadamente 1,5 milhões de euros, ou 0,006 por cento da carteira de investimentos do FEFSSS, avaliada em 23,2 mil milhões de euros.
“Tendo a AMCM celebrado acordos de confidencialidade [...] não pode divulgar a posição de activos individuais da Reserva Fiscal.”
RESPOSTA DA AMCM
O contraste é mais significante quando se fala da exposição das empresas de seguros ao Credit Suisse. Em Portugal a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) afirmou, ao Jornal Negócios que a exposição era de 60,7 milhões de euros No entanto, numa resposta enviada ao jornal Ou Mun, publicada na quarta-feira, a AMCM já tinha evitado mencionar dados concretos. Segundo a resposta citada pelo jornal, e que focou a situação financeira do sistema e não apenas a reserva de Macau, a AMCM limitou-se a responder “que apenas algumas instituições financeiras de Macau têm investimentos de pequena dimensão relacionados com o Credit Suisse”. Mesmo sem avançar qualquer número, o que não permite aferir da veracidade das informações, a AMCM apontou que “a exposição” do sector financeiro em Macau ao banco suíço “é muito baixa”. João Santos Filipe
Ao contrário do que acontece em outras jurisdições, em que as autoridades revelaram as potenciais perdas relacionadas com o Credit Suisse, em Macau a AMCM escuda-se em “acordos de confidencialidade”
O aluno da Universidade Politécnica de Macau (UPM), Cheang Wai Hun, bateu o recorde do Guinness de maior número de flexões com um braço na barra fixa no tempo de um minuto. O aluno fez 21 flexões, mais três do que o anterior recorde de 18 flexões num minuto. Segundo o comunicado da UPM, Cheang Wai Hun, estudante da Faculdade de Ciências de Saúde e Desporto, considerou que ter batido um recorde do Guinness
é um dos seus maiores feitos e deixou a esperança de continuar a trabalhar para bater mais recordes. Cheang destacou que na prática de desporto o mais importante é ter bons gestos técnicos, e arranjar forma, de progressivamente, aumentar a intensidade do treino. O aluno aconselhou também as pessoas a reconhecerem os seus limites e a não seguirem regimes de treinos para os quais não têm capacidade.
NO passado sábado, dia 18 de Março, o número de entradas de visitantes em Macau bateu o recorde desde que a pandemia paralisou a indústria do turismo, continuando os registos positivos desde o fim da política de zero casos de covid-19.
“O mês de Março continuou a registar um bom número de visitantes, com Macau a marcar no passado sábado (dia 18) 96.011 visitantes, o maior número diário de visitantes desde o início da pandemia e o valor mais alto deste ano”, apontou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST).
Tendo em conta o mês de Março, entre o dia 1 e a passada quarta-feira, entraram em Macau em média cerca de 65 mil visitantes por dia, valor que representa um aumento de 13,4 por cento face à média diária registada em Fevereiro.
Apesar de os estrangeiros terem representado pouco mais de 2,46% dos visitantes em Janeiro e Fevereiro, a DST diz que o número “reflecte o início da recuperação do mercado internacional de visitantes de Macau”
O Governo especifica que o grande fluxo de visitantes nos “pontos e estabelecimentos turísticos”, enviaram um “sinal positivo para o turismo e as indústrias relacionadas, e para o crescimento estável do turismo e da economia de Macau”.
Além da abolição das restrições fronteiriças impostas devido ao combate à pandemia, a DST destaca o lançamento de acções promocionais de Macau enquan-
Eric Fong Hio Kin, director de marketing da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM), revelou que actualmente o número de voos diários chegou a 70 por cento do nível registado antes da pandemia. Citado pelo jornal Ou Mun, Eric Fong, também revelou que o volume
diário de passageiros, que ronda os 10 mil, se encontra num nível de 30 a 40 por cento, em comparação com 2019. Sobre a tendência para o futuro, o responsável de marketing apontou que há possibilidade de o número diário continuar a subir, devido à retoma das ligações
com o Sudeste Asiático, principalmente com mais viajantes a internacionais a virem de Banguecoque. Fong revelou também que o aeroporto continua a receber pedidos para o estabelecimento das rotas aéreas de companhias da Malásia, Camboja, Vietname e outras do Sudeste Asiático.
TURISTAS RECORDE DE VISITANTES DOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
ADirecção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) vai organizar no final deste mês três feiras de emprego com um total de 163 vagas para os “sectores do retalho de alta qualidade, hotelaria e transporte para o turismo”. As inscrições vão estar abertas a partir de hoje, até ao meio-dia de quarta-feira.
Para a manhã de 30 de Março está marcada uma sessão de emparelhamento para o sector do “retalho de alta qualidade”, com a oferta de 66 vagas para empregado de vendas, ajudante de apoio dos produtos e gestor de estagiários. A sessão decorre na sala polivalente da DSAL, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, Edifício Advance Plaza.
Na manhã do dia seguinte, está marcada a sessão para o sector hoteleiro, que irá proporcionar 29 vagas de emprego, para cargos como “escriturário dos serviços de contabilidade, escriturário dos serviços de restauração, recepcionista, empregado de serviços de restauração, pasteleiro e padeiro, técnico dos serviços de engenharia, bagageiro e empregado da lavandaria”
to destino turístico como factor decisivo para a boa performance da indústria.
Caminho trilhado
O registo de turistas este mês surge na sequência das boas performances dos meses anteriores.
A DST indicou ontem que “com a reabertura total das fronteiras, entre Janeiro e Fevereiro, Macau recebeu quase três milhões de
visitantes”, atingindo “a taxa média de ocupação hoteleira de 74 por cento”, mais 27,9 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado.
Apontando as “medidas favoráveis para a passagem fronteiriça, aliadas ao marketing de precisão e ofertas especiais, e à diversificação do turismo +” como factores decisivos para os números de turismo.
Dos mais de 2,99 milhões de visitantes, 1,99 milhões de chegaram do Interior da China, 880 mil de Hong Kong e 41 mil de Taiwan, enquanto o número de visitantes de outras regiões foi apenas de 74 mil. Apesar de os turistas estrangeiros terem representado pouco mais de 2,46 por cento, a DST diz que o número “reflecte o início da recuperação do mercado internacional de visitantes de Macau”. João Luz
À tarde, a sessão de emparelhamento oferece 68 vagas para “condutor, chefe de terminais, empregado de terminais, acompanhante de veículos e técnico de veículos eléctricos de distância estendida”.
Estas duas sessões estão marcadas para o centro de formação de técnicas profissionais da FAOM, no Istmo de Ferreira do Amaral, n.º 101-105. J.L.
Nos primeiros dois meses do ano, entraram em Macau quase 3 milhões de visitantes, afluência que levou a uma taxa média de ocupação hoteleira de 74 por cento. Só no passado sábado, 96 mil turistas chegaram ao território, o maior registo desde o início da pandemiaRÓMULO SANTOS
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus revelou ontem ter diagnosticado na quarta-feira uma infecção de covid-19. Sem adiantar detalhes sobre a idade ou estado de saúde da pessoa, ou se houve contágio na comunidade, as autoridades limitaram-se a afirmar que a pessoa foi encaminhada para as instalações de isolamento e tratamento dos Serviços de Saúde.
Uma mulher de 43 anos foi transportada na quarta-feira ao Centro Hospitalar Conde de São Januário pelos bombeiros na sequência de uma intoxicação por monóxido de carbono. Segundo um comunicado emitido ontem pelos Serviços de Saúde, a pessoa em questão, uma trabalhadora não-residente, de nacionalidade filipina, sentiu tonturas e caiu no chão, cinco minutos depois de ter tomado banho. As autoridades acrescentam que o apartamento em questão, no Edifício Va Fai, sito na Estrada da Areia Preta, tem instalado na casa de banho um esquentador a gás. Apesar de ter janelas voltadas para o exterior, estas estavam fechadas na altura do incidente e o ventilador desligado. As autoridades indicaram que o incidente foi causado pela acumulação de gás residual nocivo num ambiente com má ventilação, suspeita comprovada pelos testes laboratoriais. As autoridades indicaram que os restantes coabitantes não apresentaram sintomas de indisposição.
O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) apela a possíveis testemunhas do acidente com vítimas mortais na noite de quarta-feira, na Taipa, que contactem o Departamento de Trânsito para fornecerem informações. Por volta das 23h32 de quarta feira, um acidente com um carro e uma mota resultou na morte de um jovem de 21 anos, que conduzia o motociclo. Também o pendura da moto, outro jovem com 22 anos, ficou ferido e teve de ser hospitalizado. Quanto ao condutor do carro, apresentou ferimentos ligeiros, mas recusou ser transportado para o hospital. Quando realizou o teste do balão, o condutor do carro não acusou o consumo de álcool.
A produção da mostra “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo - Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo” custou 8,8 milhões de patacas, enquanto a decoração e montagem do espaço ficou por 1,1 milhões. Quanto ao rigor histórico, o IC espera “aperfeiçoar de forma contínua” a exposição, com o contributo de “pessoas e entidades”
Aexposição “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo - Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo” custou aos cofres públicos quase 10 milhões de patacas.
A “produção da presente exposição virtual, integrando tecnologias de simulação avançadas, como modelos tridimensionais, autoestereoscopia, realidade virtual e realidade aumentada, reconstrução de imagem de RV, concepção e produção de programas, bem como todos os equipamentos de hardware relacionados com a exposição, o custo é de cerca de 8,8 milhões de patacas”, revelou o Instituto Cultural (IC) ao HM. A esta despesa juntou-se a factura relativa aos “trabalhos de montagem e decoração do espaço da exposição”, que “custaram cerca de 1,1 milhões de patacas”.
A exposição, cuja segunda fase é inaugurada hoje, motivou algumas críticas em relação ao rigor da reconstrução virtual das características históricas da antiga Igreja da Madre de Deus, antes de ter sido destruída por um incêndio.
Uma das críticas foi da paróquia de São Lázaro que argumentou na conta de Facebook do IC que o altar reproduzido na simulação jamais poderia estar numa igreja anterior à segunda metade do século XX, pois só passou a ser uma realidade “depois do Concílio Vaticano II” na década de 1960.
Fazer o possível
Entre outras incongruências históricas e factuais na reconstrução de edifícios e zona circundante às actuais Ruínas de São Paulo, a falta de fontes de informação e relatos históricos sobre a igreja constituíram desafios reconhecidos pelo IC.
Neste aspecto, a entidade liderada por Deland Leong Wai Man indicou ao HM que entre as fontes consultadas para a exposição constam “materiais e a documentação do Boletim Eclesiástico da Diocese, documentos históricos chineses e estrangeiros, relatórios de escavações arqueológicas do Colégio de S. Paulo, bem como as respectivas pinturas históricas e obras académicas, entre outros dados recolhidos pela equipa de pesquisa”.
Ainda assim, o IC reconhece as dificuldades na reconstrução da “Igreja da Madre de Deus do Colégio de S. Paulo, que desapareceu há cerca de duzentos anos, sendo bastante escassas as fontes históricas e os vestígios físicos que documentam a sua fisionomia original”.
Com informações limitadas e dentro do prazo estabelecido,
Entre as fontes consultadas para a exposição constam “materiais e a documentação do Boletim Eclesiástico da Diocese, documentos históricos chineses e estrangeiros, relatórios de escavações arqueológicas do Colégio de S. Paulo, bem como pinturas históricas e obras académicas”
a equipa de produção tentou “reproduzir, tanto quanto possível, a fisionomia e o ambiente do espaço da Igreja, de forma digital e virtual, tendo em consideração a experiência de visualização do público e o efeito estético da exposição, por meios artísticos de modelação, coloração e composição”.
O resultado foi um produto inacabado, que o Governo pretende que “seja sempre optimizado”, ao mesmo tempo que, para “enriquecer os efeitos visuais e os interesses da exposição digital, permitindo ao público ter uma experiência relativamente intuitiva em relação à imagem da Igreja”, “parte dos pormenores foram ajustados ligeiramente, tendo em conta o equilíbrio entre a realidade e a integridade da mesma”.
Porém, tendo em conta que o conteúdo da exposição é para ser melhorado, o IC “espera que diferentes pessoas e entidades possam apresentar mais opiniões, documentação e sugestões, a fim de aperfeiçoar e optimizar, de forma contínua, o conteúdo da exposição”. João Luz
ZHU DI (1360-1424), como príncipe de Yan, governara Beiping desde 1380, quando as fronteiras do Norte se encontravam ameaçadas por constantes investidas dos mongóis, tendo-os vencido em 1390, após dez anos de duros combates. Conquistando ao seu sobrinho, o imperador Jianwen (13981402), Nanjing, a então capital da dinastia Ming, em 1402, Zhu Di tornou-se imperador e logo começou a pensar mudar-se para o Norte, devido à estratégica posição.
Em 4 de Fevereiro de 1403, já como Imperador Yongle, proclamou passar Beiping a chamar-se Beijing (Capital do
a zona da residência do Imperador, da esposa e concubinas.
Na Cidade Interior foi na altura edificado o Templo do Céu, Tiantan, onde inicialmente eram venerados o Céu e a Terra.
Enquanto prosseguiam as construções na cidade de Beijing, o Imperador Yongle mandou reparar e dragar o Grande Canal para o tornar mais largo à navegação e facilitar o transporte dos cereais da zona de Jiangnan, o celeiro da China, de Hangzhou até à nova capital, ficando essa obra terminada em 1415. Também a Grande Muralha foi reforçada para proteger o território Ming dos mongóis, que tinham retornado às suas estepes.
A transferência da capital de Nanjing para Beijing realizou-se no primeiro dia da primeira lua de 1421, mas no dia 8 da 4.ª lua desse mesmo ano Xin Chou (辛丑), 19.º ano do reinado de Yongle, devido a uma trovoada três pavilhões da Cidade Proibida arderam, tinha já a armada partido para a sexta viagem marítima de Zheng He. Alguns oficiais criticaram junto do Imperador as expedições considerando ser o incêndio um sinal divino.
Norte), mobilizando mais de 136 mil famílias de Shanxi para aí irem viver. A construção da nova capital começou em 1406, usando partes de Dadu, a capital da anterior dinastia mongol Yuan, e foi planeada com três partes: a Cidade Proibida onde se situava o Palácio Imperial, a Cidade Imperial, local desde a Porta Wumen até à Porta Qianmen e a Cidade Interior.
Beijing originariamente tinha vinte portas, nove das quais para a cidade interior, sete nas muralhas da cidade exterior e quatro para a Cidade Proibida. Cada porta tinha a sua função, sendo a Desheng para receber as tropas que
regressavam vitoriosas e a Anding de onde partiam as expedições militares.
Em 1407 iniciou-se a edificação do Palácio Imperial, com a ajuda de 230 mil trabalhadores especializados, entre habitantes locais e de todas as zonas do país. A Cidade Proibida tinha um perímetro de três quilómetros com um diâmetro no eixo Norte-Sul de 760 metros e de Oeste para Leste de 766 metros. Rodeada por muros com 7,9 metros de altura e um fosso na parte exterior a toda a volta, na parte Sul situavam-se os pavilhões onde o Imperador trabalharia nos assuntos do Estado e realizaria as cerimónias e na parte Norte,
Na quinta viagem marítima vieram de- zasseis embaixadas da Ásia e África que chegaram a Nanjing no 7.º mês lunar do ano 17.º de Yongle (ano Ji Hai 己亥), 8 ou 17 de Agosto de 1419, mas como desde 1417 o Imperador aí não voltou, foram pelo Grande Canal levados até Beijing por Zheng He. Sem fazer trasfega, os tributos prosseguiram no segundo maior junco da armada, o barco cavalo, assim chamado por ser muito rápido devido aos oito mastros e dez velas, que não entrou no Rio Yangtzé, mas por mar foi até Tianjin, passando só aí a navegar no Grande Canal para percorrer a última etapa até à capital. No oitavo mês lunar os enviados de Ormuz (Hulumosi), Zufar (Zufa’er em Omã), Adem, Mogadíscio, Zheila (Ra’s), Brava (Bu-la-wa), Cambaia (Khanbayat), Calicute (Guli), Cochim (Kezhi), Jiayile (Kayal no Sul da Índia), Ganbali (Sudoeste da Índia), Ceilão (Xilanshan), Lambri, Aru (Haru), Semudera e Malaca (Manlajia) foram recebidos por o Imperador em Beijing.
No 18.º ano de governação de Yongle, ano Geng Zi (庚子), em 1420 o Imperador mandou o Grande Eunuco (Tai Jian) Hou Xian (侯显, 1365-c.1438) ao Golfo de Bengala para tentar terminar com o conflito e estabelecer a paz entre o Sultanato de Delhi e o reino tributário da China de Bengala (Bang Ge la), assim como levar de volta os enviados do Sudeste Asiático, onde se encontra-
va o Sultão de Malaca Megat Iskandar Shah e família.
Já os embaixadores provenientes dos reinos do Mar Arábico e África de Leste esperaram quase dois anos para serem enviados aos seus países, pois a ordem imperial para a sexta viagem marítima de Zheng He só foi dada na Primavera do ano 19.º de Yongle (ano Xin Chou, 辛丑, 1421), 3 de Março de 1421, após a inauguração da nova capital. O Grande Almirante foi então despachado com cartas imperiais e prendas para os governantes desses países.
Zheng He navegando pela costa do Sudeste da China chegou ao porto de Vijaya no Zhancheng, de onde enviou uma pequena frota ao Sião (Xian lu) com o recado para o Rei tai deixar em paz o reino de Malaca, enquanto a armada seguiu com destino a Malaca, e daí para a ilha de Sumatra, visitando
os reinos de Lambri, Aru e Semudera. Em Semudera a armada foi dividida em quatro esquadrões, sendo o de Zheng He (郑和) o mais diminuto, enquanto os outros três, um comandado por o Grande Eunuco Hong Bao (洪保), o outro por o Grande Eunuco Zhou Man (周满), a liderar a frota com três juncos do tesouro a Adem, onde seguia Li Xing e o terceiro, comandado por um outro Grande Eunuco, Zhou Wen (周文), do qual na China não há já nenhuma referência, terá ido a Cambaia (Khanbayat). Todos estavam incumbidos de transportar os embaixadores de retorno às suas terras.
No Ceilão (hoje Sri Lanka) os esquadrões separaram-se, seguindo Zheng He para o Sul da Índia, Jiayile, Cochim, Ganbali e Calicute. Hong Bao viajou por Liushan (ilhas Laquedivas e Maldivas, esta governada por um sultão somali da dinastia Hilaalee conectado
a Mogadíscio) para chegar ao Golfo Pérsico e deixar em Ormuz o enviado, dirigindo-se depois a Mogadíscio, onde se encontrou com o esquadrão de Zhou Man que vinha de Jedá, seguindo depois para Brava, Melinde e Mombaça, na costa Oriental de África.
O Grande Eunuco Zhou Man, que liderou o esquadrão com três juncos do tesouro, foi à Arábia, passando por Dhofar (Zufa’er) em Omã e pela costa de Hadramaut no actual Iémen foi a LaSa, dirigindo-se depois ao porto de Adem, onde ofereceu ao Rei vestes e barrete de Oficial chinês. Tal visita ficou registada no livro Yingya Shenglan (瀛涯胜览) [Visão em Triunfo no Ilimitado Mar] escrito por Ma Huan (1380-1460). Daí foi a Jedá e no regresso passou por Socotra, por Zheila (Saylac), já na costa Somali, seguindo até Mogadíscio, onde se encontrou com o esquadrão comandado por Hong Bao.
José Simões MoraisNo regresso, atravessando o Oceano Índico vários esquadrões agruparam-se em Calicute e a armada reuniu-se toda em Semudera, visitando depois o Sião e em Palembang (Jiugang) Zheng He decretou que Shi Erjie, segunda filha de Shi Jinjin e neta de Jinqing, sucedesse na posição de administrador de Jiugang a representar o Imperador Ming.
Esta foi a mais curta de todas as viagens marítimas de Zheng He, tendo feito o mesmo percurso do da quinta viagem. A armada chegou a Nanjing no 8.º mês lunar do ano 20.º de Yongle (ano Ren Yin 壬寅, 1422) [3 de Setembro de 1422], trazendo enviados do Sião, Semudera, Adem e outros países que mandaram produtos locais como tributo. Os enviados estrangeiros foram via terra ou por o Grande Canal até à corte de Beijing em 1423.
A região voltou a registar um incidente com a entrada ilegal do contratorpedeiro
USS Milius nas águas do arquipélago das Paracels
Oexército chinês indicou ontem ter expulso um navio de guerra norte-americano que “entrou ilegalmente” nas águas de um arquipélago, controlado por Pequim, no mar do Sul da China.
O contratorpedeiro USS Milius “entrou ilegalmente” ontem “sem autorização das autoridades chinesas” nas águas das Paracels, indicou o porta-voz do teatro da operação sul do exército chinês Tian Junli, num breve comunicado.
“As forças navais e aéreas foram mobilizadas para seguir e vigiar este navio, bem como para lançar uma advertência e obrigá-lo a sair da zona”, sublinhou.
O porta-voz denunciou uma manobra norte-americana que “compromete a paz e a estabilidade no mar do Sul da China” e garantiu que o exército “mantém-se atento e tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar com firmeza a soberania nacional” chinesa.
Este incidente ocorre num contexto de luta de influência entre Pequim e Washington nesta zona marítima e de forte rivalidade em vários outros aspectos: Taiwan, [rede social] TikTok, direitos da minoria uigur ou ainda comércio. Contactadas pela agência de notícias France-Presse, as forças armadas norte-americanas para a zona Ásia-Pacífico não reagiram de imediato.
As Paracels, um arquipélago situado à igual distância das costas chinesas e
Xi envia condolências a Moçambique pelas mortes devido a ciclone
Olíder da China, Xi Jinping, enviou mensagens de condolências ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, pelas mortes em resultado da passagem do ciclone tropical Freddy, que já atingiram 165 vítimas.
De acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira à noite pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Xi enviou mensagens tanto a Nyusi como ao Presidente do Malaui, Lazarus Chakwera.
O chefe de Estado chinês disse estar “chocado ao saber que o ciclone tropical Freddy causou pesadas baixas e danos materiais no Maláui e em Moçambique”.
afectadas o número de casos de cólera tem estado a aumentar, tendo sido registados mais de 10 mil casos.
Recordes negativos Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajectória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10 mil quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de Fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de Fevereiro e regressou à ilha a 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300 mil pessoas afectadas.
vietnamitas, são disputadas por Pequim e Hanói. A marinha chinesa retomou o controlo do conjunto das ilhas em 1974, na sequência de um conflito naval.
A China afirma ter sido a primeira nação a descobrir e nomear as ilhas do mar do Sul da China, pelo qual transita actualmente grande parte do comércio entre a Ásia e o resto do mundo.
Desta forma, o Governo chinês reivindica uma grande parte das ilhas desta
“As forças navais e aéreas foram mobilizadas para seguir e vigiar este navio, bem como para lançar uma advertência e obrigá-lo a sair da zona.”
TIAN JUNLI PORTA-VOZ DO EXÉRCITO CHINÊS
zona marítima. Mas outros países, como as Filipinas, o Vietname, a Malásia e o Brunei, também reivindicam a soberania em alguns destes locais.
Cada país controla várias ilhas e atóis, nomeadamente no arquipélago das Spratleys, mais a sul, onde os incidentes são muito mais frequentes do que nas Paracels.
Os Estados Unidos e por vezes alguns dos aliados ocidentais conduzem regularmente, no mar do Sul da China, operações denominadas “liberdade de navegação”, enviando para a zona navios de guerra para contestar as pretensões chinesas.
Ao longo da última década, Pequim garantiu o controlo sobre alguns ilhéus e atóis desta região marítima, através de trabalhos de alargamento e da construção de instalações militares, visíveis em fotos de satélite divulgadas pelos meios de comunicação social ocidentais.
AAustrália e a China reuniram-se para discutir matéria de defesa, informou ontem Camberra, dias depois de Pequim ter condenado o plano australiano de se munir de uma frota de submarinos movidos a energia nuclear.
As conversações, “conduzidas num ambiente profissional”, indicou o lado australiano, marcaram a
primeira reunião formal dos responsáveis de defesa dos dois países desde 2019.
Os responsáveis australianos receberam, na quarta-feira, em Camberra, uma delegação do Exército de Libertação do Povo para um diálogo centrado em questões de segurança regional, informou um porta-voz da defesa australiana. O encontro é o mais recente sinal de que
a China e a Austrália estão a retomar as relações após um interregno diplomático, apesar das disputas sobre a crescente influência diplomática e militar da China no Pacífico.
A China avisou a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos de que estavam a seguir “um caminho errado e perigoso” depois de terem anunciado, a 13 de
Março, um acordo a longo prazo para equipar a Austrália com submarinos de propulsão nuclear armados com mísseis de cruzeiro.
A conclusão da aliança entre os três países, com o cancelamento de Camberra do contrato para a aquisição de 12 submarinos franceses, tinha também conduzido a uma crise diplomática com a França em 2021.
Xi apresentou “profundas condolências pelos mortos no desastre e ofereceu a sincera solidariedade às famílias enlutadas e aos feridos”, em nome do governo e do povo chineses.
O líder chinês também disse estar confiante “de que ambos os países irão certamente superar o desastre e reconstruir a sua pátria”.
De acordo com o Programa Alimentar Mundial (PAM), um total de 886.400 pessoas foram afectadas pela passagem do ciclone em oito províncias, havendo cerca de 213 centros de acolhimento em funcionamento.
Segundo a agência das Nações Unidas, em sete das oito províncias
Em Moçambique, o ciclone, que teve o primeiro impacto a 24 de Fevereiro, voltou a tocar terra há duas semanas.
A destruição e as inundações causadas pelo ciclone Freddy deslocaram mais de 500.000 pessoas e “a falta de água potável levou a um aumento dramático dos casos de cólera”, especialmente no Maláui, disse na quarta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o Freddy pode ter quebrado o recorde de duração do furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da instituição não confirmem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.
MAIS de 200 magnatas chineses saíram da lista de pessoas com fortunas superiores a mil milhões de dólares, em 2022, segundo um relatório da Hurun, considera a Forbes chinesa.
No total, 229 empresários chineses viram as suas fortunas cair abaixo daquele valor. Isto representa mais de metade das 445 pessoas no mundo que deixaram de fazer parte daquela lista.
Trata-se da maior queda para os bilionários chineses desde que a Hurun começou a elaborar anualmente aquele ‘ranking’, em 2013. A publicação atribuiu a queda à incerteza económica, flutuações nos mercados financeiros e à depreciação da moeda chinesa, o yuan.
O património líquido acumulado pelos bilionários chineses da lista - incluindo 77 pessoas em Hong Kong e 46 em Taiwan - caiu 15 por cento no ano passado. No resto do mundo, a queda foi de 10 por cento.
Por outro lado
Mas a China também foi o país de origem da maioria dos novos bilionários, com a fortuna de 69 pessoas a ultrapassar, pela primeira vez, os mil milhões de dólares.
A pessoa mais rica do país asiático, pelo segundo ano con-
Mais de 200 magnatas chineses perderam estatuto de bilionário em 2022
que, em alguns casos, paralisaram as suas operações, além de reduzirem a procura por produtos e serviços”, disse Wang Feng, presidente da consultora Ye Lang Capital.
Wang previu que, após o fim da estratégia ‘zero covid’ e face à enorme dimensão do mercado chinês, grandes fortunas vão continuar a ser geradas no país nos próximos anos.
A China lidera o mundo em fortunas acima dos mil milhões de dólares com 969 pessoas, seguida pelos Estados Unidos, com 691
A China lidera o mundo em fortunas acima dos mil milhões de dólares com 969 pessoas, seguida pelos Estados Unidos, com 691.
secutivo, e número 15 a nível mundial é Zhong Shanshan, de 69 anos. O fundador da empresa de água engarrafada Nongfu tem uma fortuna de 69.000 milhões de dólares, uma valorização de 4 por cento, face ao ano anterior.
O segundo lugar pertence ao fundador do grupo Tencent, Pony
Ma, com 39.400 milhões de dólares. Em terceiro, surge o criador da ByteDance, Zhang Yiming, com 37.000 milhões de dólares.
O britânico Rupert Hoogewerf, presidente do Hurun Report, observou que a combinação de factores como o aumento das taxas de juros, valorização do dólar
norte-americano, a política de ‘zero covid’, desvalorização da cotação das empresas do sector tecnológico e o impacto da guerra na Ucrânia prejudicaram as fortunas multimilionárias.
“O ano de 2022 foi difícil para os empresários chineses devido às medidas de prevenção epidémica,
Segundo dados oficiais, a economia chinesa cresceu 3 por cento, em 2022, abaixo da meta do governo, de 5,5 por cento, devido ao impacto da política de ‘zero casos’ de covid-19, que pesou fortemente na actividade económica devido às restrições e rígidos bloqueios impostos para conter surtos suscitados pela altamente contagiosa variante Ómicron do coronavírus.
“HOLD
“Beauty & The Beach” é o nome da nova exposição da fotógrafa Georgia Creeden que estará patente na galeria “Hold On to Hope” entre os dias 2 e 23 de Abril. Em Coloane, será assim possível ver imagens que prestam homenagem à natureza, mas que, acima de tudo, visam celebrar o Mês da Terra
OS bilhetes para a 33.ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM), que se realiza entre os dias 28 de Abril e 28 de Maio, começam a estar à venda no próximo domingo. O público poderá, assim, adquirir ingressos para um programa composto por 20 espectáculos que abrangem áreas como o teatro, ópera chinesa, dança, música e artes visuais, entre outros meios de expressão artística.
A edição deste ano do festival começa com o espectáculo “A Sagração da Primavera”, uma produção da bailarina chinesa Yang Liping que procura inspira-
ção na combinação de elementos ocidentais e orientais, para descobrir novos caminhos artísticos e liderar a sensibilidade estética. Em “Na Substância do Tempo”, da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, por exemplo, os bailarinos “farão a vida cintilar através dos seus corpos e movimentos”, descreve o Instituto Cultural, em comunicado.
Por sua vez, o encenador de teatro chinês Liu Fangqi, conhecido pelas suas peças de grande sucesso, levará à cena a sua comovente adaptação teatral de uma das três obras-primas de Higashino Keigo: “Os Milagres dos Armazéns Namiya”.
O leque variado de programas conta ainda com “Eu Sou uma Lua”, uma peça escrita pela jovem dramaturga Zhu Yi que narra os desejos e os segredos de citadinos.
No ano em que comemora o seu 30.º aniversário, o Grupo de Teatro Dóci Papiaçám di Macau encerrará o Festival deste ano com a peça de teatro em patuá “Chachau-Lalau
di Carnaval” (Oh, Que Arraial!), convidando o público a observar, a partir de múltiplas perspectivas, a vitalidade desta manifestação do património cultural intangível nacional, na nova era.
Entre as demais produções locais desta edição do festival, destacam-se a Ópera Cantonense Multimédia Completa Ligações de Hato; o concerto “Cordas Embriagadas”, da Orquestra de Macau; o teatro de dança “Clube Solidão” e uma série de peças de teatro diversificadas, nomeadamente “m@rc0 p0!0 endg@me
2.0”, “Lift Left Life Live” e “O Vestido Fica-lhe Bem”.
AFundação Rui Cunha (FRC) apresenta este sábado, 25, pelas 21h, o primeiro “Saturday Night Jazz” do ano, que integra um concerto que trará os “Olá Jazz Guys (HK) & MJPA” ao palco da Galeria.
Após três anos de espera, os artistas de Hong Kong estão de volta à série das Noites de Jazz ao Sábado. O guitarrista e promotor de Hong Kong, Mark Leung, fundou a “Olá School of Music” para desenvolver estudos de performance e educação musical no território vizinho. É também o fundador e presidente da Free Music Association (FMA) e membro da Sociedade de Compositores e
ON TO HOPE” EXPOSIÇÃO DE GEORGIA CREEDEN ABRE AO PÚBLICO DIA 2
ABRIL será o mês de celebrar a natureza e o planeta em que vivemos a partir da fotografia.
Entre os dias 2 e 23 a galeria “Hold On to Hope”, gerida pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM) na pitoresca vila de Ka-Hó, em Coloane, recebe a exposição “Beauty & The Beach”, com fotografias da autoria de Georgia Creeden.
Esta exposição mostra imagens únicas da praia Hác Sá e Coloane. Segundo uma nota de imprensa, a fotógrafa “adora tirar
Esta exposição contará com fotografias emolduradas da série “Beauty & the Beach” de Georgia, que mostram imagens únicas da praia Hác Sá e Coloane
OInstituto Internacional de Macau (IIM) lança, na próxima sexta-feira, 31, o livro “Jogos e Brincadeiras de Macau”, de José Joaquim Monteiro, mais conhecido por J.J. Monteiro, o “poeta-soldado”, já falecido. A edição ilustrada, e em versão bilingue, é o extracto do livro do autor “Meio Século em Macau”, onde narra em versos, os seus primeiros dias em Macau e como rapidamente se apaixonou por esta terra e pelas suas gentes.
os usos e costumes à história de Macau e à filosofia chinesa, também identificou as diversificadas actividades que ocupavam as muitas horas de lazer dos jovens e crianças.”
fotos de um ponto de vista diferente, pois as coisas nem sempre são como parecem ser”. “Como diz o ditado: a beleza está nos olhos de quem vê”, lê-se ainda. De frisar que esta será a 22ª exposição organizada pela galeria que, recentemente, acolheu uma outra mostra de fotografia com trabalhos de Lúcia Lemos, directora da Creative Macau, a propósito do Dia Internacional da Mulher.
Georgia Creeden chegou pela primeira vez a Hong Kong em 1989 e viajou extensivamente por toda a China e Sudeste Asiático durante mais de 30 anos, produzindo principalmente roupas desportivas para o mercado europeu. Deixou permanentemente a Nova Inglaterra, EUA, em 1997 e fundou a “Cia Consultadoria Roupa Dunfey Lda” em Macau, onde residiu durante mais de 25 anos. Recentemente, em 2021, Georgia mudou-se para Melbourne, Austrália.
Autores de Hong Kong (CASH). Mas Mark Leung é ainda um velho amigo da Associação de Promoção do Jazz de Macau (MJPA, na sigla inglesa), que também estudou com o mestre Zé Eduardo de Portugal.
Mark Leung irá juntar-se à guitarrista Moon Wong, e aos
saxofonistas Ginger Keung e Hui Chi Sum. Os músicos da MJPA vão apresentar-se na segunda parte, tocando clássicos do jazz com uma pequena ajuda de seus amigos de Hong Kong. Liderado pelo guitarrista Mars Lei, presidente do MJPA, o grupo contará ainda com Ao Chon Fai ao piano, Johnny Yao e Bolo no baixo, e Roy Tai na bateria.
A MJPA, co-organizadora do evento desde 2014, é formada por amantes do jazz que regularmente tocam, ensinam e exploram os vários estilos deste género musical, no âmbito de múltiplos projectos vocacionados para a juventude e outros.
Georgia fez parte do comité do International Ladies Club of Macau (ILCM) durante mais de 17 anos e esteve activamente envolvida em actividades sociais e eventos de angariação de fundos para instituições de caridade locais, incluindo a ARTM. Durante esse tempo, organizou bazares de caridade, manhãs de café social e jantares vínicos, e também produziu boletins informativos e materiais gráficos e de marketing. No período de residência em Macau, Georgia “adorava caminhar e raramente saía de casa sem a sua câmara”, estando sempre “interessada em capturar imagens e momentos especiais ao longo do caminho”.
De 1937 a 1988, J. J. Monteiro assistiu a muitos jogos e brincadeiras da época, em especial o tempo de infância e adolescência dos seus filhos na rua do Bairro do S. Lourenço, à volta do conhecido poço da Caixa Escolar, mesmo em frente ao Liceu em Tap Seac e, posteriormente, na Praia Grande, brincando às escondidas, agarradas, triól, talu (bilharda), cromos, tapa, 5 sacos, chiquia. No prefácio, da autoria de Jorge Rangel, presidente do IIM é referido que J.J. Monteiro “surpreendia pela facilidade com que versejava, com boa rima e correcta métrica, sobre os mais variados assuntos de Macau, desde as cenas do quotidiano e
“É precisamente este o tema da edição agora dedicada aos jogos e brincadeiras das gentes de Macau. Uma introdução, escrita pelo seu filho Rogério, que também coordenou a edição e produziu muitas das ilustrações, explica o contexto e o significado destas manifestações lúdicas que fizeram a delícia de muitas gerações e os rapazes e raparigas de hoje já mal conhecem”, adianta o prefácio.
Muitas obras
“A Minha Viagem para Macau” (1939), “A História De Um Soldado” (1940, 1952, 1963 e 1983), “De Volta a Macau” (1957 e 1983) e “Macau Vista Por Dentro” (1983) são os títulos dos seus primeiros livros, sendo talvez “Macau Vista Por Dentro” a sua obra mais importante, revelando já um visível amadurecimento e um conhecimento profundo das origens e do percurso dos portugueses no Oriente, assim como de aspectos relevantes da cultura da China milenar. Após o seu falecimento, em 1988, a família do autor procurou dar vida ao legado e às suas obras que não tinham sido editadas, tendo posteriormente feito publicar pelo Instituto Cultural “Anedotas, Contos e Lendas” (1989), e pelo Instituto Internacional de Macau “Meio Século em Macau”, em dois volumes (2010), e “Memórias do Romanceiro de Macau” (2013), e a sua última obra “Vulgaridades Chinesas” encontra-se em preparação pela família.
ARRANCAno próximo sábado, dia 1 de Abril, o seminário “O Poder do Design Tridimensional”
[The Power of Three-dimensional Design], com o arquitecto Siza Cham, destinado a arquitectos e profissionais de design. Organizado pelo CAC - Círculo dos Amigos da Cultura, o evento será apenas em cantonense e decorre entre as 14h30 e as 17h10, fazendo parte do Programa de Desenvolvimento Profissional Contínuo.
Siza Cham vai apresentar as novas tendências do mercado de design em arquitectura, abrangendo três áreas, incluindo o design aplicado aos projectos de arquitectura,
aos projectos de imobiliário ou no planeamento urbanístico. Recorrendo a casos de estudo, Siza Cham vai explorar três possibilidades de renovação de edifícios, nomeadamente a renovação adaptada, o restauro ou a modificação de exterior.
O profissional está registado como arquitecto em Macau, mas
é dirigente de várias associações, sendo vice-presidente da Associação de Decoração de Edíficios da China, presidente-executivo do comité de design da Associação de Circulação de Materias de Construção da China e presidente da Associação Comercial para o Design de Interiores de Macau para a Área da Grande Baía, entre outros cargos. Siza Cham é ainda fundador da TC Design International.
As inscrições decorrem até ao dia 31 de Março e a taxa de inscrição é de 500 patacas. Os membros da Associação dos Arquitectos de Macau e da Associação de Engenheiros de Macau pagam apenas 300 patacas.
A fotógrafa “adora tirar fotos de um ponto de vista diferente, pois as coisas nem sempre são como parecem ser”
Ler um livro de Cossery á assinar uma sentença de leitura obrigatória de todas a suas obras. É no cumprimento desta “pena” que aparece “Uma conjura de saltimbancos”. Aqui, um chefe de polícia com a obsessão das conjuras revolucionárias, um informante revoltado, um jovem que vai estudar no estrangeiro e regressa com um diploma falso, um actor míope, uma adolescente que anda de bicicleta, um senhorio frustrado, rico e canalha, um estudante de veterinária que vem receber uma herança e se perde de amores por uma matrona e acaba assassinado, enchem o livro que apela à vida e à alegria numa cidade de província condenada.
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; Gonçalo Waddington; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; João Romão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo
Governo da Região Administrativa Especial de Macau Serviços de Alfândega de Macau
Notificação n.°: 002/2023
Não tendo sido possível notificar os infractores da tabela seguinte pela forma prevista nos n.os 1 e 2 do artigo 49.º da Lei n.º 7/2003, procede-se, por este meio, à respectiva notificação nos termos da alínea 2) do n.º 3 do mesmo artigo:
Relativamente aos infractores indicados na tabela, que violaram o disposto na alínea 2) do n.º 1 do artigo 9.º e/ ou na alínea 1) do n.º 1 do artigo 10.º da Lei n.º 7/2003 vigente, pela importação e/ou exportação de mercadorias que constam do Mapa B (Tabela de Importação) do Anexo II e/ou do Anexo III do Despacho do Chefe do Executivo n.º 209/2021 a que se refere o n.º 4 do artigo 9.º da Lei n.º 7/2003 vigente, ou cujo valor seja superior ao equivalente a 5.000 patacas, sem terem obtido licença de importação ou apresentado declaração de importação e exportação válidas, os actos infringem o disposto da alínea 2) do n.o 1 do artigo 9.º e/ou da alínea 1) do n.o 1 do artigo 10.º da Lei n.º 7/2003 vigente, os respectivos actos de infracção podem ser punidos, respectivamente, com a pena de multa de 5.000 a 100.000 patacas e/ou 1.000 a 50.000 patacas, sendo as mercadorias apreendidas, declaradas perdidas a favor da RAEM nos termos do no. 1 do artigo 36º e/ ou do no. 1 do artigo 37º do mesmo diploma, os Serviços de Alfândega instauraram os respectivos autos de notícia e procedimentos de aplicação de sanção contra os infractores.
Nome do Infractor Sexo Tipo do Domumento N.º do Documento N.o do Processo Sancionário N.o e Data de A.N
Governo da Região Administrativa Especial de Macau Serviços de Alfândega de Macau Notificação n.°: 006/2023
Não tendo sido possível notificar os infractores da tabela seguinte pela forma prevista nos n.os 1 e 2 do artigo 49.º da Lei n.º 7/2003, procede-se, por este meio, à respectiva notificação nos termos da alínea 2) do n.º 3 do mesmo artigo:
Para os devidos efeitos, notificam-se os interessados envolvidos nos processos sancionatórios seguintes que devem concluir a marcação e ir buscar os artigos apreendidos, 30 dias a contar da data da publicação da presente notificação, os mesmos podem comparecer pessoalmente, ou via telefónica para o n.o 84900888, na Divisão Técnica e de Contencioso do Departamento da Propriedade Intelectual no Edifício do Posto Fronteiriço de Macau no Posto Fronteiriço Qingmao, nas horas normais de expediente para fazerem a marcação sobre a data, hora e local de devolução dos artigos apreendidos nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 31º da Lei n.º 7/2003 vigente. Caso não compareçam para tratar das formalidades de devolução no prazo de 6 meses após o prazo conclusão do procedimento referido, os Serviços de Alfândega vão enviar os artigos apreendidos à autoridade administrativa competente para vender, destruir ou afectar a finalidade socialmente útil conforme os casos.
Interessado Sexo Tipo do Domumento N.º do Documento N.o do Processo Sancionário N.o e Data de A.N RONG, HANDI M a C4xxxx599 3847/DPI/2020 3999/2020 13/11/2020
Nota: a. Salvo-conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC Serviços de Alfândega de Macau, aos 2 de Março de 2023 Chefe do Departamento da Propriedade Intelectual Lee Sze Ngar
LIU
M 23xxx218
Nota: a. Bilhete de identidade de residente da RAEM b. Titulo de Identificação de Trabalhador Não-residente da RAEM c. Salvo-conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC
Para os devidos efeitos, e sem prejuízo do disposto no artigo 75.º do Código do Procedimento Administrativo vigente, nos termos do artigo 48.º da Lei n.º 7/2003 vigente, notifica-se, por este meio, que contra os infractores mencionados foi elaborada acusação escrita no respectivo auto de notícia, pelo que devem entregar aos Serviços de Alfândega a defesa escrita e os meios de prova no prazo de 10 dias úteis a contar da data da publicação da presente notificação. Relativamente a cada infracção podem arrolar, no máximo, 3 testemunhas. Para consultar as informações relativas ao respectivo processo sancionatório, podem deslocar-se, durante as horas de expediente, à Divisão Técnica e de Contencioso do Departamento da Propriedade Intelectual no Edifício do Posto Fronteiriço de Macau no Posto Fronteiriço Qingmao, para entregar o respectivo pedido. Para qualquer esclarecimento, ligue para o telef. n.º 84900888.
Serviços de Alfândega de Macau, aos 2 de Março de 2023 Chefe do Departamento da Propriedade Intelectual Lee Sze Ngar
AS NOVAS tecnologias, medias e redes sociais possibilitam novas formas de expressão e a democratização da circulação de informação. No entanto, vivemos em um mundo onde a posse dos medias está cada vez mais centralizada e monopolizada, com concentração de interesses económicos de grandes grupos de comunicação, que em geral priorizam os negócios financeiros em detrimento da efectiva liberdade de expressão e acesso à informação e conhecimento. Para se ter uma ideia, no Brasil, cerca de uma dezena de famílias domina a quase totalidade da posse dos jornais, revistas, televisões e rádios. Porém, é importante ressaltar que a liberdade de manifestação e expressão não se dá apenas pela existência das novas tecnologias e medias. A mesma tecnologia que permite qualquer ser humano seja um protagonista da comunicação também possibilita que grandes empresas, governos e órgãos de controle e repressão mapeiem, de forma mais eficaz do que qualquer outra já existente até hoje, onde as pessoas estão, que palavras elas usam (não só em seus blogs e redes sociais, mas em seus e-mails pessoais e conversas privadas em comunicadores e mensagens de texto, áudio e vídeo), assim como a localização das pessoas, a hora em que estiveram em determinado lugar e com quem estiveram. Além, é claro, de ouvirem e verem através dos microfones e câmeras dos cada vez mais multipresentes dispositivos nas casas das pessoas.
Todas essas informações são obtidas através da colecta de dados em larga escala, incluindo a hora exacta e a localização georreferenciada de cada interacção. Esses dados
As massas possuem uma mente colectiva, que é diferente da mente individual, e que as emoções e comportamentos das massas são influenciados por factores como sugestão, emoção e identificação com o grupo
são então cruzados com palavras e opiniões que você expressa, pessoas que você adiciona ou segue, pesquisas que realiza e as suas preferências comerciais, eróticas e políticas. Essas informações são então utilizadas para alimentar um poderoso acúmulo de dados conhecido como Big Data, que é processado por algoritmos cada vez mais avançados, capazes de classificar, cruzar e tabular informações de forma inteligente. Como isso tudo é utilizado? Além dos evidentes usos comerciais para as propagandas que nos invadem, poderá ser cada vez mais usado para vigilância e controlo
tanto da criminalidade quanto do activismo social e o que mais se desejar. Hoje, a maior parte do uso dessas tecnologias inteligentes de manipulação das pessoas e das massas é feita por grupos de extrema direita, que souberam se apropriar, d’après Goebbels, do uso de técnicas de propaganda para disseminação de mentiras e distorções com o objetivo de manipular a opinião pública, que foi uma das principais estratégias utilizadas pelo regime nazista e que levou, nos dias actuais, às vitórias eleitorais do Brexit, de Trump e de Bolsonaro.
Freud, já há 100 anos, em sua obra “Psicologia das Massas e Análise do Eu”, abordou a dinâmica das massas e como as emoções e ações individuais são influenciadas pela psicologia do grupo. Ele argumenta que as massas possuem uma mente colectiva, que é diferente da mente individual, e que as emoções e comportamentos das massas são influenciados por factores como sugestão, emoção e identificação com o grupo.
Noutras palavras, assim como a metalurgia possibilita a construção de meios de transporte para facilitar a vida de todos, mas também permite a fabricação de armas de morticínio cada vez mais letais, os novos medias podem levar tanto a uma liberdade de expressão e informação cada vez maior, como a formas de repressão jamais vistas.
O “front” das fake news e da ciência, tecnologia e inovação é muito amplo e exige nosso estudo mais aprofundado, para cumprir de forma mais efectiva os desafios e terefas que assumimos como protagonistas políticos.
AAssociação dos Advogados de Macau (AAM) foi eleita para presidir ao conselho fiscal da União de Advogados de Língua Portuguesa (UALP), na 33.ª assembleia geral que se realizou em Lisboa, entre os dias 13 e 15 de Março. Na mesma reunião, elegeu-se a Guiné-Bissau para presidir à UALP, tendo sido atribuída a vice-presidência ao Brasil e Cabo Verde.
Nesta assembleia-geral da UALP “advogados de países e territórios onde se fala português debateram-se temas como o exercício da profissão por residentes e não residentes nos Estados-membros da UALP”. Foi ainda decidido que o V Congresso da UALP irá realizar-se em Macau e a 34.ª assembleia-geral da UALP irá decorrer em Luanda, Angola, em Agosto deste ano. A AAM fez-se representar pelo vogal da sua direcção, o advogado Álvaro Rodrigues.
A UALP foi criada em 2002 com a designação de “Associação das Ordens e Associações de Advogados dos Países de Língua Portuguesa” formalizando assim os fortes laços que existiam entre os Advogados de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique e Portugal. A designação para UALP viria a ser adoptada em 2005. Actualmente, UALP representa mais de um milhão de advogados.
A polícia tailandesa informou ontem que abateu um homem que alegadamente matou a tiro três pessoas e feriu duas outras, e que se encontrava barricado numa habitação, no sul do país. O homem foi morto após ter disparado contra agentes da polícia que tentavam detê-lo, durante uma operação que durou mais de 15 horas. A polícia na província de Petchaburi, a sudoeste de Banguecoque, indicou em comunicado que, após horas de negociações, os agentes finalmente invadiram a casa onde o atirador se refugiara. Os acontecimentos ocorreram na quarta-feira à tarde numa zona comercial movimentada no distrito de Muang (cerca de 140 quilómetros a sudoeste de Banguecoque), e levaram à evacuação de um jardim-de-infância próximo, bem como ao destacamento de uma centena de polícias para negociar com o atacante. Segundo a imprensa local, o agressor é um ex-soldado de 29 anos que enfrentava uma acusação de agressão física.
AChina destacou ontem a sua relação saudável com Espanha, depois de ter sido confirmado que o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitará o país na próxima semana. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin enfatizou, em conferência de imprensa, que os líderes de ambos os países “mantêm um bom intercâmbio e comunicação” e que a relação entre a China e Espanha “está a desenvolver-se de forma saudável há algum tempo”. Não foram dados mais detalhes sobre a visita.
Sánchez vai estar na China nos dias 30 e 31 de Março, para participar num fórum económico e de líderes da Ásia-Pacífico na ilha de Hainan e para fazer uma visita oficial a Pequim, segundo um comunicado do Governo de Espanha.
Taxa de incidência da tuberculose em Macau em quebra
Ataxa de incidência da tuberculose no território tem registado uma tendência de quebra nos últimos 20 anos. Os dados são dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), onde se aponta em comunicado que, em 1998, a taxa era de 109,1 casos por cada 100 mil habitantes, número que passou a uma média de 44,4 casos por cada 100 mil habitantes no ano passado. Trata-se, assim, de uma descida de 59,3 por cento, com uma taxa de redução anual de cerca de quatro por cento. No mesmo comunicado, os SSM indicam também que “taxa de sucesso do tratamento da tuberculose em Macau tem-se mantido num nível elevado”, tendo em conta que, nos últimos 20 anos, foi, em média, de 94,4 por cento, sendo “muito superior à taxa de sucesso exigida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, que é de 85 por cento. Relativamente aos casos de tuberculose multi-resistente, a sua taxa de notificação em Macau é, em média, de 2,1 por
cento. Estes dados foram ontem divulgados no âmbito do Dia Mundial da Prevenção e Tratamento da Tuberculose, que hoje se celebra. A OMS definiu este dia a fim de chamar a atenção do público para esta doença.
Mais de 1 milhão de mortes Na mesma nota, os SSM dão conta que, em termos mundiais, a taxa de sucesso do tratamen-
“A taxa de sucesso do tratamento da tuberculose em Macau tem-se mantido num nível elevado”, tendo em conta que, nos últimos 20 anos, foi, em média, de 94,4%, “muito superior à taxa de sucesso exigida pela OMS”, de 85%
to da tuberculose atinge, em média, mais de 90 por cento. De acordo com o “Relatório Global de Tuberculose 2022”, da OMS, em 2021, foram registadas 10,6 milhões de pessoas que contraíram tuberculose, das quais 1,6 milhões morreram. “Antes do aparecimento da covid-19, a tuberculose foi sempre o ‘maior assassino’ de doenças infecciosas”, apontam os SSM. No caso de Macau, as autoridades de saúde indicam que “têm sido cumpridas rigorosamente as estratégias e orientações da OMS para o controlo global da tuberculose, tendo obtido bons resultados”.
“Nos últimos anos, com o envelhecimento progressivo da população e o aumento da população flutuante, a prevenção e o controlo da tuberculose também enfrentam novos desafios”, explicam os SSM. As autoridades prometem reforçar o trabalho de controlo e prevenção da doença no futuro.
No encontro com o líder chinês, Xi Jinping, será abordada a “mediação que a China está a fazer na guerra entre a Ucrânia e a Rússia, um tema fundamental por causa dos valores europeus e pacifistas do Governo [de Espanha] e do ponto de vista mundial”, disse o ministro da Presidência espanhol, Félix Bolaños, numa entrevista transmitida ontem pelo canal de televisão RTVE.
A China apresentou um plano para a paz na Ucrânia, no final de Fevereiro, que o Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu esta semana, num encontro com Xi Jinping, em Moscovo, pode servir de base para uma resolução do conflito quando o Ocidente estiver preparado para isso.
A Toshiba manifestou-se ontem favorável à Oferta Pública de Aquisição (OPA) de um consórcio japonês para comprar o gigante industrial e tecnológico nipónico por 14 mil milhões de euros. O Conselho de Administração da Toshiba, no entanto, não chegou, “por agora”, a recomendar as condições da OPA aos acionistas, esclarece a multinacional japonesa em comunicado. A OPA do consórcio liderado pelo fundo de investimento Japan Industrial Partners (JIP) deverá ser lançada no final de Julho, indicou ainda o grupo empresarial nipónico. A Toshiba, cujas origens remontam a 1875, é há muito um símbolo da indústria japonesa.
“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível.’’