Hoje Macau 25 MAR 2013 #2818

óscar lopes (1917-2013)

perdeu-se uma voz autorizada da cultura portuguesa centrais

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Agência Comercial Pico • 28721006

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Mop$10

Director carlos morais josé • segundA-feira 25 de março de 2013 • ANO XII • Nº 2818

períodos de chuva min 20 max 23 hum 75-95% • euro 10.1 baht 0.2 yuan 1.2

Ter para ler Venham mais cinco (séculos)

Suicídio

CAM devolve terrenos que valem milhões ao Governo

Caídos das nuvens A Companhia do Aeroporto de Macau devolveu ao Executivo, e a custo zero, duas parcelas de terreno junto ao aeroporto avaliadas em 37 milhões de patacas. A devolução, que desde o início do ano levantou alguma polémica, é agora justificada pela empresa como essencial para o desenvolvimento do novo projecto do Metro Ligeiro. A acção, contudo, vai contra o projecto de alargamento do aeroporto que se espera concluído em 2030. Página 5

Mal afecta 20% dos funcionários do jogo página 6

austrália Criminalidade

Rede com ligações a Macau desmantelada página 4

BEach Boys em Macau

50 anos depois a raem sente o espírito do surf e da califórnia páginaS 18 e 19 pub

MIST depois do BRIC

Mais países estão a emergir no Mundo página 23

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política

segunda-feira 25.3.2013

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Expectativas do Governo Central devem ser respeitadas, recorda Chui Sai On em discurso patriótico Ho Ion Sang pede ordem mais razoável na aplicação

Preparação para crises financeiras em destaque

Paul Chan Wai Chi pede mais emprego para os residentes locais

overno e população de Macau devem compreender profundamente a direcção e políticas de desenvolvimento da pátria e responder às expectativas do Governo Central. Quem o diz é Chui Sai On, que discursava na sessão de divulgação das ideias predominantes das recentes sessões da Assembleia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).

O Chefe do Executivo afirma que a RAEM tem de se pautar, “sempre mais e da melhor forma”, pelas importantes orientações da política de “um país, dois sistemas”, para garantir a estabilidade,

O deputado Ho Ion Sang fez uma interpelação escrita questionando quando é que o Governo vai implementar o seu compromisso, assumido na Assembleia Legislativa (AL), de beneficiar 80% das famílias de Macau com habitação pública.

As regras para a habitação económica são claras e baseiam-se em três pressupostos: família de núcleo, família não-essencial e indivíduos solteiros. O deputado considera que essa hierarquia é injusta porque uma “família nuclear” pode não ter necessidades prementes, o que causará a estrangulação dos outros grupos, na óptica do legislador, mais necessitados. – C.L.

O pró-democrata Paul Chan Wai Chi pediu ao Governo para que garantisse prioridade aos residentes de Macau na procura de emprego.

Em interpelação escrita, o deputado lembrou que vagas de emprego em ocupações como limpeza e segurança têm sido sistematicamente ocupadas por não-residentes, e esse tipo de profissões podiam ser um atractivo para os residentes com baixo nível de estudos ou ainda uma idade mais avançada. O deputado da Novo Macau pediu ainda a implementação de uma obrigatoriedade de contratação de residentes para todo o sector terciário, referindo algumas medidas reguladoras. – C.L.

G

prosperidade e progresso de Macau, a longo prazo.

Chui Sai On diz que as sessões daAPN e da CCPPC destacaram a importância da vida dos cidadãos.

Por isso mesmo, a governação deve reforçar o princípio de “melhor servir a população”, resolvendo os problemas mais directamente relacionados com o quotidiano das suas gentes, tais como a inflação, a habitação e os transportes, bem como, aperfeiçoar e promover boas condições culturais e materiais da vida população, a fim de garantir o desenvolvimento sustentável do território.

Na lista do líder do Executivo esteve ainda em destaque a importância de “prepararmo-nos para a

crise em tempos de abastança”, a fim de garantir a segurança e prosperidade de Macau. “De acordo com a situação actual e tendência futura do desenvolvimento do território, o governo da RAEM deve preparar-se para eventuais dificuldades em tempo de prosperidade e aumentar a consciencialização sobre a crise, no sentido de uma planificação a longo prazo e em conjunto com

toda a sociedade, bem como promover o desenvolvimento sustentável”, frisou.

As autoridades, promete, vão continuar a reforçar a fiscalização e gestão ao sector do jogo, dar mais atenção à formação de quadros qualificados e, em conjunto com sociedade, criar um ambiente consensual de mobilidade dos recursos humanos e elevar o nível e eficácia da cooperação regional, nomeadamente com a província de Guangdong, a fim de impulsionar o desenvolvimento económico sustentável e social.

Bai Zhijiang, director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, falou também, na sua intervenção, em três pontos essenciais: acompanhar e analisar as tendências de forma científica e manter a excelente situação da estabilidade e prosperidade de Macau. O responsável diz que os representantes de Macau na CCPPC e na APN têm de ser rigorosos no desempenho das suas funções, contribuindo para o desenvolvimento do país e o implemento do princípio de “um país, dois sistemas” na RAEM, bem como respeitar e obedecer ao espírito das sessões da CCPPC e APN.

Chui Sai On recebe imprensa estrangeira

Sands vai pedir mais tempo para acabar projectos no Cotai A Sands está a “pensar pedir” ao Governo a prorrogação do prazo para terminar a construção do resort Sands Cotai Central no Cotai. De acordo com a revista Macau Business, o prazo acaba em Maio do próximo ano. Esta é a terceira vez que a Sands pede o prolongamento do prazo, mas a operadora não adiantou quanto mais tempo vai pedir à Administração. O Governo originalmente deu à empresa um prazo de 48 meses a partir da data em que a concessão de terras do Cotai entrou em vigor. A propriedade deve custar pelo menos 33 mil milhões de patacas.

CTM pode vir a pagar mais ao Governo por concessão

A Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM) pode ser obrigada a pagar mais ao Governo pela sua concessão. A Direcção dos Serviços de Regulação das Telecomunicações (DSRT) assegura que está a rever o pagamento da CTM no âmbito da concessão”, escreve a Citic Telecom International Holdings, a nova accionista da CTM, num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong.

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, ofereceu um almoço aos responsáveis dos órgãos de comunicação social locais em língua portuguesa e inglesa

segunda-feira 25.3.2013

política

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Macau Consciência promoveu acção numa escola chinesa por eleições “justas”

Brigada policial trava justiceiros Rita Marques Ramos rita.ramos@hojemacau.com.mo

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pesar do Chefe do Executivo já ter expresso a vontade de assistir a eleições “justas e transparentes”, o trabalho em prol desse objectivo não parece ser dirigido pela Comissão dos Assuntos Eleitorais (CAE). Esta é pelo menos a opinião da Macau Consciência, que decidiu fazer justiça pelas próprias mãos já que não pode confiar no organismo criado também para esse fim. “Pedimos à Comissão para fazer algumas regulamentações sobre a promoção de uma eleição justa.

Mas na última sexta-feira, o presidente, Ip Song Sang, disse que se for detectado algum caso [de acções desonestas] irá entregá-lo às autoridades competentes. Parece-me que ele não tem qualquer intenção de produzir directrizes para promover as eleições justas. Por isso, hoje [sexta-feira] fomos para à Escola Secundária Hou Kong para entregar um prospecto com as mesmas sobre o que estudantes e professores podem fazer para ajudarem a promover eleições justas. Além de como podem reportar os casos que comprometem as mesmas”, explica Bill Chou, porta-voz do grupo Macau Consciência, em declara-

Cecília Lin

cecilia.lin@hojemacau.com.mo

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oloane tem estado na ordem do dia e os órgão de comunicação chinesa têm insistido nos últimos dias que existem terrenos em Ká Hó que foram concedidos, ainda no tempo da Administração Portuguesa, à empresa de Sio Tak Hong para que este pusesse em prática um projecto que contemplava 46 vivendas.

Sio Tak Hong – empresário envolvido na obra do prédio que fica junto da Casamata de Coloane – é o dono da Capital Estate Limited e, da sub-empresa Companhia de Investimento Enterprises San Fa Limited, empresa que será a mentora do projecto.

ções telefónicas na tarde de sexta-feira, depois de levada a cabo esta acção ao fim da manhã.

Os folhetos foram entregues em mãos, à porta da escola chinesa, em período de saída dos alunos para almoço. Com o que o grupo de activistas não contavam

era que uma força policial os cercasse, num “duelo” de cinco contra 11 agentes oficiais. “Só viemos promover esta nota informativa que incita à promoção de eleições justas. E eles pediram algumas informações pessoais, os nossos nomes, a minha morada e contestei

porque não têm qualquer direito de o fazer de acordo com a lei de Macau (…). Isto parece ser um abuso da força e poder policial na violação do meu direito de liberdade de expressão”, salientou, antevendo a possibilidade de nova queixa na esquadra face a tal manobra policial.

Naquilo a que apelida de “desperdício de recursos”, foi-lhes definido ainda pela força policial destacada uma área de acção a 40 metros dos portões da escola. Ainda assim, prometem não desistir.

Primeiro, começaram numa escola conhecida por “ilegalidades”, da qual o grupo

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Macau Consciência já tinha recebido queixas de alunos a dizerem-se pressionados há quatro anos, em período de eleições, quando a vice-directora concorria como número dois da lista dos Kai Fong. “O mais importante para nós é fazermos a promoção porque no passado tivemos muitos casos que tentaram influenciar os estudantes e usá-los a conseguir dinheiro público para apoiar candidatos particulares”, garante Bill Chou, que excluiu nesta acção quaisquer “interesses pessoais”, dado que poderá também ele vir a ser candidato às eleições enquanto número dois da lista encabeçada por Jason Chao. “Queremos comprometer a CAE a espelhar os direitos das escolas e dos estudantes, que não podem ser usados para apoiar candidatos. Se um caso semelhante acontecer, é direito deles queixarem-se à CAE, CCAC ou a nós.”

Bill Chou não adianta ainda o nome das outras escolas onde promoverá a mesma campanha mas, adianta, a Macau Consciência excluiu para o efeito as universidades. “Não é nossa preocupação os estabelecimentos de ensino superior porque já são mais velhos, têm mais de 18 anos e são capazes de fazer juízos independentes e individuais.

A maior preocupação são os menores”, frisa. “Devia ser a CAE a providenciar estas orientações mas nada têm feito, quando em Hong Kong, por exemplo, o mesmo é feito. Se eles não fazem o trabalho, fazemos nós.”

Jornal Chang Pou relevou que vão erguer vivendas em Coloane

Espaços verdes que se perdem

No relatório anual em 2012, foi lembrado que empresa ainda detêm privilégios naqueles terrenos e, por isso, vai mesmo

construir as 46 vivendas de luxo, bem como as devidas instalações de apoio.

Contudo, e de acordo com as disposições encon-

tradas em documentos do Governo, aquela terra só pode ser usada para fins industriais, o que contraria o relatório anual da Estate

Capital Limited. Seja como for, a empresa de Sio Tak Hong entregou mesmo um projecto que aguarda aprovação do Executivo.

Mais outros terrenos

Protecção de Coloane Ontem, cerca de 150 cidadãos reuniram-se para caminharem pelos trilhos de Coloane naquilo que a organização considerou ser uma manifestação pacífica contra a construção do prédio junto da Casamata de Coloane. A actividade, criada e publicitada através do Facebook, surgiu numa luta contra a polémica frase do empresário Sio Tak Heng: “Não sou o único a destruir o ambiente”. Os ecologistas viraram o contexto a esta frase e a palavra de ordem ontem foi: “Não somos os únicos a proteger Coloane”. Várias pessoas se reuniram de modo espontâneo e iniciaram uma caminhada que teve direito a música, leitura de poesia, pintura, entre outras actividades.

Mas há mais casos em Coloane. Uma outra terra, de uso industrial, foi concedida à Companhia de Investimento de Artesanato de Porcelana Novo Macau em 1989, um mês depois desta ter sido criada. O tempo de concessão – 25 anos – está a expirar e não se sabe porque é que este pedaço de terra com

4500 metros quadrados ainda não sofreu qualquer tipo de desenvolvimento.

Contudo, uma terceira parcela de terreno, concedida à Macauport – Sociedade de Administração de Portos S.A. em 1991, e com área total de 90 mil metro quadrados, fica precisamente em frente ao terreno das 46 vilas projectado pelo empresário Sio Tak Hong. Na verdade esta terra deveria ter sido usada para expandir o terminal de Ka Hó, mas até hoje tudo permanece na mesma.

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sociedade

segunda-feira 25.3.2013

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Rede criminosa com ramificações em Macau é desmantelada na Austrália

Reclusas do EPM já não precisam de dormir no chão

“Esta investigação ainda não acabou”

Joana Freitas

joana.freitas@hojemacau.com.mo

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ma rede de organização criminosa com ramificações em Macau, que actuava na Austrália, foi desmantelada pelas autoridades australianas, na sexta-feira. A operação resultou em 27 detenções, na apreensão de 42 quilos de droga e de quatro milhões de dólares australianos. Denominada como ‘Operação Volante’, de acordo com a imprensa australiana, a actividade levada a cabo pelas autoridades da Austrália conseguiu ainda apreender imóveis residenciais – no valor de cinco milhões de dólares australianos -, fichas de casino, avaliadas em 600 mil dólares australianos, peças de joalharia, 99 carteiras de edição limitada e um automóvel de marca Lamborghini.

A rede, avançam as autoridades, actuava em toda a Ásia, em países como a China - incluindo Hong Kong e Macau -, a Tailândia, a Malásia, o

Vietname e o Myanmar, sendo que a Austrália funcionava como centro de comércio de heroína e metanfetamina. As autoridades australianas admitem que a existência de alguns tipos de droga estão a aumentar no país. “Sabemos que a oferta de ice [metanfetamina] tem vindo a aumentar nas nossas ruas”, disse o comissário assistente da polícia do Estado de Victoria, Stephen Fontana, em declarações à Agência France Press. “Mas o desmantelamento desta rede de crime organizado, esperamos, pode diminuir a existência desta droga.”

Colaboração internacional

A operação teve início em Abril de 2012, tendo sido iniciada por suspeitas de que um gangue já conhecido estava a acusado importar e traficar quantidades significativas de heroína e metanfetamina para o interior e em redor da Austrália. As autoridades alegam

Transferência de dormitório

O de autoridades do continente, de Hong Kong e de Macau, entre outros países. Por agora, cerca de cinco vietnamitas com cidadania australiana e uma mulher malaia com residência permanente no país foram presos.

A polícia de Vitória já fez buscas em mais de trinta locais por toda a cidade de Melbourne, mas as autoridades australianas não ficam por aqui. “Esta investigação ainda não acabou”, assegurou Jason Clare. “Vai continuar por toda a Austrália e a nível internacional e mais detenções vão ser feitas.” As autoridades de Macau não comentam o caso.

que os membros do grupo viviam no país da riqueza que obtinham com as actividades criminosas.

Jason Clare, ministro da Justiça, assegurou à AFP que a rede operava a partir de cidades australianas, como Sidney e Melbourne, mas com ramos por outros cinco países em redor da Ásia. “O dinheiro cria poder no submundo do crime.

A maioria das redes de crime organizado tem mais medo de perder o dinheiro do que ir para a cadeia e é por isso que apreensões como estas são tão importantes.”

A operação levada a cabo pela polícia contou com apoio

máxima de resposta ao internamento na zona prisional feminina.

Cerca de 17 reclusas têm estado a dormir em colchões no chão.

Em Novembro passado foram iniciadas obras na ala prisional, para serem colocadas mais cem camas individuais.

Também no bloco 9, para onde passam agora as mulheres que não tinham espaço para dormir, foram projectadas obras de reparação e aumento de instalações, para transformar as celas individuais em celas para três reclusas, com uma capacidade de acolhimento para 51 pessoas.

Estabelecimento Prisional de Macau vai transferir parte da população prisional feminina para outro bloco. O anúncio, feito através de comunicado pelo estabelecimento, vem no seguimento das constantes notícias que dão conta da falta de espaço da prisão das mulheres. Algumas das reclusas estavam a dormir no chão, por falta de camas.

Agora, no dia 5 de Abril, as detidas vão ser mudadas para a zona prisional anexa à Escola Superior das Forças de Segurança.

Até Março, o EPM contava com 194 reclusas, número excedeu a capacidade

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ANÚNCIO 【N.º62/2013】

ANÚNCIO【Nº. 53/2013】 (Processo: 39/CDH-DAG/2007)

É por esta via notificado Lin Jianfeng, proprietário da fracção C do 7.º andar do Bloco C do Edifício Ou Mun, no uso das competências delegadas pelo n.º 13 do Despacho n.º 09/ IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 13, II Série, de 28 de Março de 2012, e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, do seguinte:

Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro: Nome MENDES RODRIGUES

Em relação ao assunto sobre a instalação ilegal de abrigo e gaiolas metálicas nas paredes exteriores, foi aplicada por este Instituto, em 14 de Novembro de 2007, uma multa ao proprietário da fracção C do 7.º andar do Bloco C do Edifício Ou Mun, através do Despacho n.º 47/IH/2007, sendo também mandado o proprietário da fracção acima mencionada para repor a situação original.

Conforme as novas averiguações deste Instituto em 2011, verificou-se que ainda existe esta conduta violadora sobre a instalação ilegal de abrigo e gaiolas metálicas na fracção acima mencionada, o acto referido constitui uma infracção, nos termos da alínea g) do n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto, “não proceder à alteração das janelas e paredes exteriores”, pelo que, o proprietário da fracção deve repor e corrigir a situação violadora, no prazo de 15 dias, a contar do dia da publicação do presente anúncio, se o não fizer no prazo indicado, a multa diária aplicável é de 1000 patacas até ser reposta a situação original das paredes exteriores da fracção, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do mesmo decreto-lei, “pela violação continuada das obrigações de não fazer a multa é diária até cessar a conduta violadora ou for reposta a situação a que estavam obrigados em não fazer”.

Caso considere necessário consultar o processo, poderá dirigir-se ao Instituto de Habitação, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou telefonar para o n.º 2859 4875 (extensão n.º 721 Sr.ª Wong).

Nos termos do artigo 123.º do Código do Procedimento Administrativo, o Despacho n.º 37/IH/2011, de 28 de Setembro de 2011, foi declarado nulo pelo despacho sancionatório emitido sobre a conduta acima referida.

Aos, 21 de Março de 2013.

Pelo Presidente, Iam Lei Leng Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos

MANUELA

N.º do boletim de candidatura 53828

Nome

N.º do boletim de candidatura

CHAN LAI SAM

CHAN IOK PENG

100806

105830

TAI CHONG SEONG

55208

CHEONG CHI FONG

111866

SIT MEI LENG

71579

PUN SOK HA

111877

CHAN SOI IU

75180

CHEANG KA I

113386

LEONG WAI LIN

85518

CHON CHENG I

114184

LO SIO FAN

96106

CHEANG SIO MAN

119081

FONG WAI MAN

100271

NG UN KEI

127920

Por causa dos representantes dos agregados familiares acima mencionados não comparecerem no este Instituto para escolha de habitação após a emissão da segunda convocação, as respectivas candidaturas serão excluídas na lista geral, de acordo com os termos da alínea 2) do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e alínea a) do artigo 14.º do Regulamento de Acesso à Compra de Habitações Construídas no Regime de Contrato de Desenvolvimento para a Habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002.

Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia 20 de Fevereiro de 2013, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, mas não fizeram a entrega das suas contestações dentro do prazo indicado, assim como da decisão do despacho do signatário, exarado na Informação n.º0703/DAHP/DAH/2013, as respectivas candidaturas foram excluídas da lista geral de espera.

E de acordo com o disposto no n.º 21 do Despacho n.º 09/IH/2012, revisto pelo Despacho n.º 20/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 25, II Série, de 20 de Junho de 2012 e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão adminstrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30(trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Assuntos de Habitação Pública, Subst.º Chan Wa Keong 21 de Março de 2013

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Terrenos devolvidos pela CAM ao Governo servem para a construção da linha do metro ligeiro

Encurtar as delimitações do aeroporto Rita Marques Ramos rita.ramos@hojemacau.com.mo

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razão pela qual foram devolvidas duas parcelas de terreno, situadas perto do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), não ficou clara no início do ano, altura em que o Governo comunicou a decisão através de despacho publicado em Boletim Oficial. Na sexta-feira, em reunião anual da Assembleia Geral da Companhia do Aeroporto de Macau (CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau), a devolução destes 37 mil metros quadrados ao Governo, concessionados aquando da construção do aeroporto nos anos 90, foi esclarecida e justificada com a construção do metro ligeiro. “Foram apenas as áreas de delimitação em torno do aeroporto que foram entregues ao Governo porque eles querem criar aqui passagens para o metro (...) Só encurtamos as delimitações do aeroporto, não demos propriamente um pedaço grande de terra”, explicou Grace Cheng, directora do departamento de finanças e administração da CAM, depois de apresentado o relatório de actividades e o balanço contabilístico aprovado em Assembleia Geral.

Os terrenos, avaliados em 37 milhões de patacas, ficam situados na Avenida Wai Long, junto ao aeroporto, e ao lado do Terminal Ferroviário da Taipa e foram cedidos em Maio embora a operação só tenha sido agora oficialmente comunicada pela entidade gestora aeroporto. Segundo a responsável da CAM, nesta doação não foi cobrado qualquer valor.

Foram devolvidas ao Governo duas parcelas de terreno, avaliadas em 37 milhões de patacas, a custo zero, em Maio do ano passado. A decisão foi publicada em Boletim Oficial no início do ano e a Companhia do Aeroporto de Macau (CAM) justificou agora o retorno dos terrenos com o novo projecto do Metro Ligeiro

mento de 17.3% comparado com 2011.

Para 2013 há também projecções. A CAM estima como objectivos 44 mil movimentos de voo, 4,7 milhões de passageiros, falando em receitas que podem ascender as 789 milhões de patacas. Isto porque o desempenho da empresa no primeiro trimestre deste ano foi também muito satisfatório. No primeiro trimestre, o AIM conseguiu garantir 1,1 milhões de passageiros e 374 aeronaves, um aumento de 15% e 14% respectivamente.

Primeiros passos na expansão

O alargamento do AIM, que se espera concluído em 2030, permanece ainda periclitante. Ao projecto inicial, anunciado em finais de 2011, foi pedido pela CAM que fosse adicionado um novo hangar, no entanto, tal ainda não foi aprovado pelo Executivo. “Vai ser preciso a aprovação de vários departamentos do Governo, que incluiu a AACM, por isso pode demorar porque temos de explicar o design a cada departamento de que precisamos de aprovação (...) mas esperamos que seja dada em breve”, explica Grace Cheng, que adianta que só depois será aberto o concurso público.

Também na Assembleia Geral de 2013 foram oficializadas as acções preferenciais resgatáveis, no valor nominal de 1,947 mil milhões de patacas, que serviram para cobrir os empréstimos bancários

Três grandes problemas no AIM Na última Assembleia Extraordinária, a 5 de Dezembro, ficaram decididos por unanimidade os novos membros do Quadro de Directores e o Comité Executivo entre 2013 e 2015, que mencionaram três razões condicionantes do desenvolvimento do AIM: os pássaros em zonas circundantes, o tráfego na área e os recursos humanos. “Os acessos para o aeroporto são muito importantes para nós já que nos estamos a posicionar como um aeroporto de transporte multimodal”, evidencia Grace Cheng, assistente do Presidente do Comité Executivo. “Esperamos que ao chamar a atenção do Governo, considere isto para nos ajudar a enfrentar o problema com medidas para resolvê-lo”, sublinha, algo que esperam seja melhorado ou resolvido em curto prazo.

contraídos pela empresa aquando da construção do novo aeroporto. O Hoje Macau já tinha anunciado esta manobra, em Janeiro deste ano, que foi decidida em Assembleia Geral Extraordinária em Maio de 2012, depois de uma profunda análise e ponderação dos accionistas sobre este passivo da empresa, reduzindo assim o seu capital inicial, explicou então a CAM. “No segundo semestre já não tivemos de pagar quaisquer dívidas por isso tivemos receitas históricas. As dívidas foram todas pagas em Junho de 2012”, explicou ontem Grace Cheng.

Mas por que razão a medida foi tomada apenas agora, quando há mais de

uma década a empresa encontra-se em situação deficitária? “Eles pensaram que seria altura de resolver este problema e empenharam grande esforço em perceber os prós e contras. É por isso que finalmente tomaram esta decisão”, explicou a responsável do departamento financeiro.

As acções foram adquiridas pelo Governo de Macau, em 67%, e pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, que ficou com 33%.

Recorde-se que em acções ordinárias a Administração enquanto accionista maioritária detém 55,24% do capital, e a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) garante 33,03%, sendo as restantes

de investidores locais, de Hong Kong e do continente.

Estreia em lucros

Por força da medida acima designada, o ano de 2012 foi um ano de reviravolta financeira. Pela primeira vez, a CAM garantiu lucros, no valor de 66,89 milhões, “por meio da gestão profissional e política de controlo de custos”, frisa a empresa e receitas totalizadas em 769 milhões, superiores em 17% face ao ano anterior, motivadas pela “redução do peso financeiro”, garantiu Lo Keng Chio, presidente da Assembleia Geral da CAM. Também os principais operadores do AIM tiveram receitas de aproximadamente 3,59 mil milhões, um au-

Novas rotas em 2013 A Air Macau abriu uma nova rota para Wenzhou na China em Fevereiro e irá lançar uma nova para Jingjiang a 2 de Abril. Por outro lado, os trajectos entre Macau e Pequim vão aumentar para três voos diários. A Jin Air também pensa aumentar para cinco voos por dia as ligações entre Macau e Seul, na Coreia do Sul, na segunda metade do ano.

O AIM introduziu cinco novas companhias áereas e cinco novas destinações – Gangsha, Taichung, Chiang Mai, Danang e Busan – em 2012, havendo até hoje um total de 21 empresas a operar para conectar passageiros até 32 destinações.

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sociedade

Cecília Lin

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m estudo feito pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) mostra que cerca de 26% funcionários do jogo têm tendência para praticarem suicídio, sendo que destes 3,7% mostram que a tendência é muito forte.

As razões para os resultados apontam que a maioria destas pessoas são viciadas em jogo, acumulam muitas dívidas e abusam de álcool e drogas.

Este não é o primeiro estudo que indica resultados semelhantes. No ano passado, entre Setembro e Novembro, o Centro de Serviços da Zona Norte da Associação Geral dos Operários de Macau também levou a cabo um estudo, sob o apoio de Associação de Empregados das Empresas de Jogo Macau (AEEJM), que referia que a maioria dos funcionários dos casinos têm entre 25 e 31 anos. Macau conta com mais de 2 mil funcionários na indústria do jogo, mas os estudos feitos só conseguem avaliar cerca de 1,13% desse total.

A preocupação pode, por isso, vir a ser maior. A FAOM propôs ao Governo criar uma rede de apoio para os funcionários divorciados ou com recentes casos de separação e pedem a especialistas que forneçam apoio psicológico. Na base das tendências suicidas estão

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Estudo mostra que mais de 20% funcionários do jogo tem tendência para o suicídio

Jogar fora a vida

Mais apoio

Apenas 149 jogadores patológicos procuraram ajuda Os jogadores patológicos são invisíveis.

Quem o assegura é o Instituto de Acção Social, que refere que, no ano passado, apenas 149 pessoas procuraram ajuda. O sistema de Registo Central dos Indivíduos afectados pela Problemática do Jogo só registou 144 pedidos de auxílio em 2011.

ainda eventuais insultos dos clientes aos empregados e por vezes, até lesões corporais.

O director do Departamento de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência Hon Wai afirmou que procurar os jogadores escondidos é o trabalho principal para este ano. Segundo os dados, há cerca de 9600 jogadores patológicos escondidos em Macau.

Para o director-geral da AEEJM, Tam Pou Iong as empresas também têm a responsabilidade de lidar com a pressão dos seus empregados, até porque considera que a forma de gestão dos casinos não funciona bem.

“Causa um alto nível de pressão nos funcionários de jogo, porque não os afasta das mesas do jogo depois do trabalho”, refere.

Tam Pou Iong propõe ao Governo criar um sistema que proíba os funcionários de entrar nos casinos depois do horário de trabalho, a fim de reduzir o risco de que estes joguem nos casinos e acumulem dívidas. No dia 6 deste mês, um funcionário com 29 anos saltou de um edifício no Porto Interior, por causa de dívidas.

Tam Pou Iong também propõe que as concessionárias façam inquéritos aos novos empregados e de três em três anos para verificar se os funcionários demonstram problemas relacionados com o jogo.

Para Davis Fong, professor da UMAC e director do Centro de Investigação das Políticas do Jogo, acredita que a percentagem é muito alta. “Um lugar onde a taxa de suicídio é maior do que 13 em cem mil pessoas já é muito alto nos padrões da Organização Mundial de

Associação das Mulheres quer mais promoção para prevenir crimes de abuso sexual

Cooperação entre escola e sociedade

Cecília Lin

cecilia.lin@hojemacau.com.mo

S

ão muitos os casos de abuso sexual de crianças em Macau e a problemática fez a vice-presidente da Associação Geral das Mulheres, Wong Kit Chang, pedir mais promoção para prevenir os crimes sexuais. A cooperação entre a escola e sociedade é importante para o ensino de sexo, considera a responsável.

Além de promoção e ensino às crianças e jovens, diz Wong Kit Chang, deveria ainda fazer-se promoção do conceito de sexo saudável para toda

a sociedade, a fim de melhorar a compreensão pública sobre o tema.

Wong Kit Chang aponta que embora o ensino de sexo foi incluído no ensino formal, não é obrigatório recrutar profissionais para dar as aulas, fazendo com que o acesso ao conhecimento sexual não seja padronizado. “Alguns pais não têm o método correcto de incutir conhecimentos a esse respeito, assim é fácil fazer com que as crianças e jovens obtenham conhecimentos errados pelo meio incorrecto, bem como é fácil causar

mal-entendidos e mitos.

Por isso, os professores, assistentes sociais e os pais devem prestar mais

atenção às palavras e às condições psicológicas das acções dos alunos e seus filhos”, refere

Wong Kit Chang, que também insta o Governo a promover os efeitos jurídicos de abuso sexual.

Saúde. O estudo mostra que mais de 3% funcionários tem uma tendência muito forte para o suicídio. Sem dúvida que é uma percentagem preocupante.” O académico acredita que tem de haver mais publicidade ao apoio, porque os empregados dos casinos que pensam no suicídio parecem não saber da existência de uma rede de apoio.

Davis Fong aponta que o jogo é uma indústria especial e que as condições psicológicas dos clientes consoante estes ganham ou perdem tem efeitos diferentes consoante a pessoa. “É absolutamente inaceitável os insultos e as lesões corporais. A empresa não pode sempre considerar que os clientes são sempre correctos.”

Sem vida social

O estudo também mostra que os funcionários do jogo faltam a actividades sociais por causa dos turnos do trabalho, o que especialmente influencia os funcionários divorciados e separados.

Outro problema reside na falta de creches para as mães que trabalham nos casinos. O presidente da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau, Kwan Vai Lam, aponta que no ano passado nasceram mais de 7,300 bebés. Destes, 40% a 50% são de funcionários do jogo.

A FAOM recomenda por isso a criação do serviço de creches para apoiar o trabalho dos funcionários.

“Negócio” entre crianças e adultos A Associação de Estudos Sociais de Macau lançou um comunicado ontem publicado no no Jornal do Cidadão, onde aponta que a má relação familiar pode levar a que cada vez mais meninas façam negócios de sexo para ganhar dinheiro. Esta situação – chamada de Relacionamento Auxiliado - é uma prática comum no Japão, onde raparigas de escola são pagas por homens mais velhos para os acompanhar em saídas ou, algumas vezes, para lhes prestarem serviços sexuais. A associação apontou que hoje em dia, as meninas tendem a fazer este tipo de negócios para o consumo de produtos de luxo, na falta de dinheiro real. Algumas jovens auxiliam outras crianças a fazer o “negócio”, para assim ganharem comissão. A associação quer cooperar com a Polícia Judicial, o Instituto de Acção Social e a Direcção para os Serviços de Educação e Juventude, de forma a combater os sites com informações de pornografia e ensinar aos alunos os perigos que correm.

segunda-feira 25.3.2013

sociedade

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Diversificação económica em Macau é um mito, diz académico e economista

“Temos o condomínio de luxo paredes meias com a favela”

“A

diversificação económica não vai acontecer. Julgo que é um mito que andamos a alimentar.” Quem o diz é José Isaac Duarte, economista do território. Em declarações ao programa ‘Entrevista’da Rádio Macau, José Duarte justifica a afirmação com o fraco desenvolvimento da Indústria das Convenções e Exposições. “Falou-se tanto do sector dos MICE, este sector é uma anedota, não quero magoar ninguém com isto, mas, quer dizer, o sector dos MICE é uma gota de água, comparado com o dinheiro gerado quer pelo sector do jogo, quer pela hotelaria ou pelo imobiliário (...) os MICE sustentam-se, fundamentalmente, com subsídios públicos, que, se forem retirados, não sei se teremos meia dúzia de eventos dignos desse nome em Macau”.

O economista e professor universitário caracteriza o actual modelo económico de Macau como o de um país de terceiro mundo, onde não há modernização. “Curiosamente, estamos hoje a desenvolver Macau para um modelo que, nos anos 70, caracterizava as cidades terceiro-mundistas, que é, praticamente, a eliminação da classe média, com a cidade com condomínios de luxo, rodeada de zonas, que em Macau não são favelas, mas que serão habitações sociais, criadas pelo Governo,

porque convém que o pessoal nos condomínios de luxo tenha a engomadeira e o motorista perto”, frisou à rádio.

José Duarte compara mesmo o modelo de desenvolvimento do território ao de cidades como o Rio de Janeiro. “Temos o condomínio de luxo - a gaiola dourada, como alguns diriam - paredes meias com a favela. Não há nada no meio”.

No actual quadro económico, político e social de Macau, diz José Duarte, a diversificação não é pura, “porque ninguém pode concorrer com os casinos, e com os serviços hoteleiros e outros que circulam à volta dos casinos, em termos de pagamento”.

Montanha para Zhuhai

Sobre os benefícios que o novo espaço da Ilha da

Montanha vai trazer, o economista considera que esses vão ser direccionados, sobretudo, para Zhuhai.

“Obviamente que a Ilha da Montanha, como a China globalmente, proporcionará oportunidades a alguns agentes económicos em Macau e até proporcionará algumas oportunidades de emprego a trabalhadores de Macau, dada a proximidade.

Mas isso já Zhuhai proporciona”, diz ao programa da Rádio. “Poderá haver até – e aponta-se nesse sentido – alguns incentivos especiais a essa ligação económica com a Ilha da Montanha”, acrescenta. No entanto, ressalva José Isaac Duarte, “o que vai desenvolver é Zhuhai e não Macau”.

José Duarte considera que Macau deveria estar mais atento à “dinâmica”

de desenvolvimento de Zhuhai, ao invés de se viver fechado no próprio território. “Julgo que vivemos aqui num casulo, pouco atentos ao que se está a passar do lado de lá da fronteira e isso poderá ter alguns custos. Globalmente, a economia de Macau, se amanhã há uma SARS ou uma crise política séria nos mares do Sul da China, cai como um baralho de cartas.”

O economista diz mesmo que Macau corre o risco de se tornar num bairro de Zhuhai se não se apostar num modelo político mais moderno. “Macau se adia, de alguma forma. E quanto mais se adia, nesse plano de uma dinâmica de reflexão, de criação de processos e procedimentos mais abertos e mais fundamentados da Administração Pública, e

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de decisão política mais moderna, mais complica o seu próprio futuro como espaço autónomo”, defende. “Daqui a uns anos Macau pode ser aquele bairro de Zhuhai onde as pessoas podem ir às massagens e ao jogo”, avisa o economista.

Entrevistado pela Rádio Macau, o economista critica o modo como Macau se desenvolveu nos últimos anos, apesar de admitir que o crescimento trouxe vantagens. “Em média, as pessoas em Macau ganham mais. Houve ganhos significativos nalguns sectores, o que obviamente deve ser reconhecido. Mas do ponto de vista da nossa vivência colectiva e da utilização do espaço, Macau está substancialmente pior do que há dez anos. Está mais poluída, mais congestionada, tem muitos menos espaços verdes, está com piores serviços, está com pior assistência médica. Há pontos bons aqui e ali? Claro que há. Mas é inegável que a situação global, do ponto de vista da qualidade de vida dos residentes, se alterou significativamente.”

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AVISO COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL 1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização dos terrenos: - Rua Um do Bairro Iao Hon, n.ºs 19 a 39 e n.ºs 47 a 76, Rua Dois do Bairro Iao Hon, n.ºs 51 a 77, Rua Quatro do Bairro Iao Hon, n.ºs 27 a 39, Rua Cinco do Bairro Iao Hon, n.ºs 13 a 24, Rua Seis do Bairro Iao Hon, n.ºs 26 a 65, Rua Sete do Bairro Iao Hon, n.ºs 25 a 42 e Rua Oito do Bairro Iao Hon, n.ºs 26 a 50, em Macau; - Rua Um do Bairro Iao Hon, n.ºs 39 a 45 e Rua Quatro do Bairro Iao Hon, n.ºs 38 a 50, em Macau, (Edifício Industrial Iao Seng); - Estrada dos Cavaleiros, n.ºs 2 a 26; Rua Quatro do Bairro Iao Hon, n.ºs 17 a 25, Rua Cinco do Bairro Iao Hon, n.ºs 3 a 14 e Rua Seis do Bairro Iao Hon, n.º 18, em macau, (Edifício Heng Lung); - Rua Um do Bairro Iao Hon, n.ºs 75 a 81, Rua Nove do Bairro Iao Hon, n.ºs 1 a 8 e Estrada dos Cavaleiros, n.ºs 28 a 34, em Macau, (Edifício Hong Tai); - Estrada da Areia Preta, n.ºs 16 a 18B, em Macau, (Edifício Iao Pong).

2. Agradecemos aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam ao Núcleo da Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.

Aos, 11 de Março de 2013.

A Directora dos Serviços de Finanças, Vitória da Conceição

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nacional

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Chineses rendem-se ao estilo da nova primeira-dama, Peng Liyuan

Comparada a Carla Bruni e a Michelle Obama

A

aparição da soprano chinesa Peng Liyuan como primeira-dama do país, acompanhando o seu marido, o presidente Xi Jinping, na viagem oficial à Rússia, causou grande sensação entre os cidadãos do país asiático, que elogiaram a sua elegância e já a comparam a Carla Bruni e a Michelle Obama.

Ao contrário do pouco interesse que a nomeação de Xi como presidente gerou entre os chineses, por ser muito esperada, a figura de Peng, de 51 anos, causou admiração, especialmente nas redes sociais.

Minutos depois dos chineses verem no telejornal de sexta-feira à noite Peng a sair do avião presidencial com o seu marido, a chegarem a Moscovo, os elogios ao estilo da soprano inundavam os fóruns online chineses. “Finalmente temos uma primeira-dama apresentável na República Popular”, disse um cibernauta, enquanto outros diziam amar Peng e muitos

A

China vai duplicar as importações de petróleo russo e apoiar a construção de um gasoduto entre os dois países, ao abrigo de acordos assinados durante a primeira visita externa do novo presidente chinês, Xi Jinping. “Não viemos aqui para desperdiçar o vosso tempo”, disse Xi ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, numa cerimónia no Kremlin.

O novo presidente chinês disse a Putin pressentir que as “almas” de ambos estão abertas uma à outra e que os acordos assinados são um “avanço” nas relações bilaterais.

Ao abrigo de um acordo assinado com a petrolífera estatal chinesa, a CNPCA OAO Rosneft vai expandir o fornecimento de petróleo dos actuais 15 milhões de toneladas métricas para próximo de 31 milhões, através de três oleodutos.

A empresa russa ofereceu também à CNPC acesso a recursos petrolíferos no Árctico, em particular três blocos no “off-shore” dos mares de Barents e Pechora, além de 8 zonas “on-shore”.

A Rosneft concordou ainda em “optimizar” e potencialmente expandir os trabalhos no campo petrolífero Sakhalin-3, com outra petrolífera chinesa, a Sinopec.

destacavam que o estilo da cantora está anos luz à frente do das suas antecessoras Liu Yongqing e Wang Yeping.

Para desembarcar em Moscovo, Peng escolheu um sobretudo azul marinho com botões cruzados que destacava a sua cintura fina, com um cachecol azul claro que jogava com a gravata de mesmo tom do marido, que ao contrário de outros líderes chineses raramente usa o vermelho nos detalhes.

Os espectadores chineses mostraram a sua surpresa por ver o austero mas elegante novo estilo de Peng, a que estavam acostumados a ver com vestidos coloridos e chamativos, quando actua em óperas ou em festas de gala na TV. “Embora a roupa seja muito diferente das que usava nos palcos, eu adoro”, opinava um cibernauta no microblog Weibo (o “Twitter chinês”), enquanto um estilista, William Tang, de Hong Kong, se desfazia em elogios ao estilo combinado de Peng e Xi.

“São trajes discretos, graciosos e confortáveis, acompanhados de penteados simples e comportados.

A mala de Peng, os sapatos e as cores dos cachecóis, tudo encaixava muito bem”, destacou Tang, consultado pelo diário “South China Morning Post”.

A mala que Peng usava na sua chegada a Moscovo tornou-se num dos assuntos mais comentados na internet chinesa: por não ter marca aparente, muitos perguntavam onde a primeira-dama a teria comprado e quanto custaria.

A soprano, praticamente aposentada dos palcos desde que seu marido chegou à vice-presidência em 2008, parece até ter influenciado positivamente a imagem do seu marido, que segundo a imprensa chinesa é o único político comunista que sabe “vestir bem” desde a época do primeiro-ministro Zhou Enlai (morto em 1976), um dos políticos mais populares da era maoísta.

China vai duplicar as importações de petróleo russo

Sem tempo a perder

Paralelamente, o China Development Bank vai emprestar cerca de 16 mil milhões de patacas à Rosneft, garantidos por 25 anos de exportações petrolíferas.

Outro gigante energético russo, a Gazprom, deverá concluir

até final do ano um contrato de fornecimento de gás à China por um período de 30 anos.

Com a CNPC, a Gazprom assinou um acordo para construção, até 2018, de um gasoduto com capacidade para transportar 38

mil milhões de metros cúbicos de gás por ano.

O acordo deverá ser concluído até final do ano, e a China poderá avançar com pagamentos adiantados pelo gás russo.

Xi Jinping elogiou o papel desempenhado por Moscovo e Pequim para assegurar a paz no mundo e classificou as relações russo-chinesas como uma “garantia do equilíbrio estratégico internacional”.

O presidente chinês, que escolheu a Rússia como primeiro destino internacional depois de ter assumido o cargo, na semana passada, apelou a que os dois países “reforcem a cooperação estratégica na cena internacional (…) a fim de assegurar a paz e a estabilidade” no mundo.

A Rússia, única grande potência que ainda mantém laços estreitos com a Síria, e a China bloquearam até agora todas as propostas de resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando o presidente sírio Bashar al-Assad.

Número de cafés duplicou na China nos últimos cinco anos

O número de cafés na China continental duplicou nos últimos cinco anos para quase 32.000, confirmando a disponibilidade do “Império do Chá” para experimentar novas formas de consumo, indica um estudo divulgado hoje na imprensa oficial. A cadeia norteamericana “Starbucks”, que abriu o primeiro café na China em 1999, detém cerca de 60 % do mercado, mas a “Pacific Coffee”, de Hong Kong, espera ultrapassá-la, disse o China Daily, citando um estudo de uma empresa do Reino Unido.

O outro protagonista do sector é a companhia britânica “Costa Coffee”, que tenciona abrir 600 cafés na China até 2016, menos 200 do que a “Starbucks” já tem, em 58 cidades, e cerca de metade do que a cadeia de Seattle projecta ter em 2015. Entre os concorrentes locais sobressai a cadeia “Sculpting in Time”.

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região

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Japão lamenta mas compreende adiamento de cimeira com a UE

Chipre é prioridade O

Japão lamentou sábado o adiamento de uma cimeira com a União Europeia, que estava agendada para esta segunda-feira em Tóquio, devido à crise financeira em Chipre ao sublinhar que compreende a decisão. “É lamentável, mas compreendemos a situação. Esperamos que sejam envidados esforços para estabilizar o sistema financeiro europeu”, declarou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência AFP. Os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Barroso, iriam marcar presença na 21.ª Cimeira União Europeia-Japão, bem como o primeiro-ministro japonês, ShinzoAbe, para darem início às negociações para um acordo de comércio livre. “Os esforços actuais para se encontrar uma solução para a situação financeira de Chipre requerem a nossa

presença em Bruxelas”, declararam Van Rompuy e Barroso num comunicado conjunto divulgado na noite de sexta-feira.

Os ministros das Finanças da zona euro deverão reunir-se na noite de domingo em Bruxelas para encontrar uma solução para a crise em Chipre, sob a ameaça de bancarrota.

No comunicado, Van Rompuy e Barroso reiteraram a “importância das relações estratégicas UE-Japão” e agradeceram a Abe a “compreensão que manifestou”, esperando que possa ser “fixada uma nova data para a cimeira na primeira oportunidade possível”.

A Comissária Europeia do Comércio, Karel de Gucht, vai deslocar-se a Tóquio esta segunda-feira, como previsto.

A União Europeia pretende fechar acordos comerciais bilaterais com os Estados Unidos e o Japão, os seus principais rivais na economia mundial.

Líder norte-coreano apelou a forças especiais para reagirem depressa em caso de guerra

À velocidade da luz

Angola quer estender ao Ambiente a sua “parceria estratégica” com a China

Crescer com qualidade A

ngola quer estender à área do Ambiente a sua “parceria estratégica” com a China, em particular no domínio da gestão de resíduos e indústrias de reciclagem, indicou sexta-feira em Pequim o secretário de Estado angolano do sector, Syanga Abílio.

“A construção civil é um dos aspectos mais visíveis da parceria estratégica entre a China e Angola, mas pensamos que a China tem outras soluções para oferecer ao mercado angolano, nomeadamente na área ambiental”, disse Syanga Abílio.

Segundo o governante angolano, a China “tem desenvolvido programas que permitem garantir a sustentabilidade do crescimento” e “essa experiência pode ser partilhada com Angola.

Syanga Abílio falava num hotel de Pequim após uma inédita sessão de promoção do certame “Ambiente Angola” que decorrerá este ano em Luanda de 31 de Maio a 02 de Junho de 2013, sob o tema “Promoção das Tecnologias Ambientais na Gestão de Resíduos”. É a terceira edição do certame e, depois de Pequim, a iniciativa será apresentada no Brasil e na África do Sul. “Neste momento, Angola está na fase de crescimento e desenvolvimento. Há

necessidade de introduzir melhores práticas ambientais”, disse Syanga Abílio.

Os organizadores da feira “Ambiente Angola” esperam reunir cerca de cem empresas (mais 40 do que em 2012), de nove países, entre os quais Alemanha, China, Espanha e Portugal. “Angola vive o momento mais próspero da História desde a independência, em 1975”, afirmou o presidente da Feira Internacional de Luanda (FIL), Matos Cardoso, que organiza o certame em colaboração com o Ministério angolano do Ambiente.

Ao exortar as empresas chinesas a participar na feira, Matos Cardoso disse também que “económica e socialmente, Angola é o país mais estável de África”.

Angola e China estabeleceram relações diplomáticas em 1983.

Trinta anos depois, Angola é o segundo maior fornecedor de petróleo à China, a seguir à Arábia Saudita, e cerca de 260 mil chineses trabalham naquele país africano, sobretudo em obras públicas e construção de infra-estruturas.

Segundo fontes chinesas, o montante dos empréstimos e linhas de crédito concedidos pela China à Angola desde 2004, através de vários bancos estatais, ronda as110,14 mil milhões de patacas.

O

líder norte-coreano, Kim Jong-un, inspeccionou uma unidade das forças especiais, a quem apelou para “reagir à velocidade da luz” em caso de guerra, revelou sábado a agência estatal KCNA. Esta inspecção surge quando a tensão aumenta na península coreana depois de várias ameaças de Pyongyang de uma resposta militar às manobras militares conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos e às sanções impostas pelas Nações Unidas depois do teste nuclear de Fevereiro.

Kim Jong-un, que é marechal do Exército, disse à unidade das forças especiais 1973 que a sua missão é “conquistar os bastiões inimigos”, segundo a KCNA. “Ele disse que, em caso de guerra, a unidade deverá invadir o coração dos inimigos, atacando e destruindo as instalações militares e instituições de poder reaccionárias do regime fantoche à velocidade da luz”, refere o mesmo despacho.

Segundo a KCNA, Kim salientou a

necessidade de a unidade realizar treinos com base em simulações de situações de combate para que esteja capaz de operar em áreas controladas pelo inimigo.

A unidade das forças especiais norte-coreana estará localizada na província de Pyongan Sul, no sudoeste da Coreia do Norte, segundo a AFP. Na quinta-feira, a Coreia do Norte ameaçou atacar as bases militares norte-americanas no Japão e em Guam, no Pacífico, como represália aos voos de treino de bombardeiros B-52 norte-americanos sobre a Coreia do Sul.

Fogo em campo de refugiados na Tailândia causou 42 mortos

Pelo menos 42 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas na sequência de um incêndio num campo de refugiados birmaneses no norte da Tailândia, revela um novo balanço oficial divulgado sábado. “O último balanço que pudemos confirmar é de 42 mortos”, disse o governador da província de Mãe Hong Son, Narumol Paravat, salientando que este número poderá ainda aumentar.

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literatura

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nsaístaeprofessor, historiador da Literatura portuguesa, Óscar Lopes, que morreu sexta-feira passada, no Porto, aos 95 anos, foi também um militante comunista, resistente à ditadura do Estado Novo.

Membro do Partido Comunista Português desde 1945, Óscar Lopes foi impedido de leccionar pelo fascismo, em 1953, e só depois do 25 de Abril de 1974, já com 60 anos, pode regressar ao Ensino Superior, como catedrático.

Nascido a 2 de Outubro de 1917, em Leça da Palmeira, Óscar Luso de Freitas Lopes era filho da violoncelista Irene Freitas e do compositor e etnomusicólogo Armando Leça.

Cresceu no seio de uma família de pequena burguesia intelectual, mas a vida dura dos pescadores locais, a mendicidade e a elevada taxa de mortalidade infantil cedo o marcaram e o fizeram revoltar-se, por essa camada de população que vivia na miséria, como afirmou numa entrevista, em 1996, numa edição comemorativa dos seus 90 anos, da Câmara Municipal de Matosinhos.

A descrença no liberalismo económico, após a crise de 1929, o avanço do fascismo

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Óscar Lopes (1917-2013) A literatura como reduto de liberdade e resistência

O intelectual exemplar na Europa, a derrota das forças democráticas e republicanas pelo exército de Francisco Franco, em Espanha, em 1939, a Segunda Guerra Mundial e a resistência da União Soviética

ao avanço do nazismo, fizeram com que Óscar Lopes aderisse aos ideais comunistas, em 1945, aos quais se manteve fiel toda a vida.

Depois dos estudos se-

cundários feitos no Porto, licenciou-se em Filologia Clássica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1941. Mais tarde completou a licenciatura em

Sobre Óscar Lopes “ (...) Dotado de viva inteligência, de agudo espírito crítico, do gosto da análise a partir de enfoques múltiplos, alternando-a com sínteses parciais que procura fazer convergir em conclusões globais seguras, a sua crítica da literatura portuguesa e, em geral, do nosso pensamento é uma das mais fortes e fecundas. A História da Literatura Portuguesa (manual), em colaboração com António José Saraiva, na qual lhe coube sobretudo o período contemporâneo, foi a primeira grande revelação do que afirmo. Um gosto literário seguro, aliado à compreensão dos movimentos estéti-

Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e, em 1945, aderiu ao Partido Comunista Português (PCP).

Foi professor do ensino

cos modernísticos e à posse de métodos históricos e críticos actualizados, fez dele um dos mais influentes historiadores actuais da cultura portuguesa, tanto na criação especificamente literária como na história das ideias, na sociologia da cultura, na pedagogia e nalguns aspectos da psicologia. Uma boa preparação matemática permitiu-lhe propor-se tratar algoritmicamente problemas de psicologia, linguística e semiótica em geral.

(Para apoio destes meus juízos permito-me remeter para a notória bibliografia do autor, abreviando este já longo parecer.)

Não quero contudo rematá-lo sem aludir exemplificativamente às profundas e vastas análises das obras dos nossos poetas e ficcionistas, principalmente do

secundário, no Liceu de Vila Real, e nos liceus Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas, no Porto, e, em 1974, já depois do 25 de Abril, foi chamado à Faculdade de Le-

movimento Orpheo para cá, na História da Literatura Portuguesa, in História Ilustrada das Grandes Literaturas (Lisboa, Estúdios COR). E ainda à rara capacidade de Óscar Lopes como organizador e moderador de colóquios, conferências públicas, simpósios e congressos. Aí os seus dons dialécticos e o seu bom sentido socrático do diálogo confirmam a forte personalidade do professor e do crítico, cuja formação predominantemente marxista não impede uma larga flexibilidade hermenêutica e uma visão original das obras e das formas.

Lisboa, 10 de Julho de 1975 Vitorino Nemésio

ra 25.3.2013

literatura

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Adeus ao Mestre O

tras da Universidade do Porto, onde viria a jubilar-se.

Data de 1955 a primeira edição de “História da Literatura Portuguesa”, porventura a sua obra mais conhecida, feita em parceria com António José Saraiva, assim como a “Gramática Simbólica do Português – Um esboço”, editada em 1971.

Nos anos de 1950 a 1970, teve um papel importante nas posições públicas que assumiu e na resistência à ditadura de Oliveira Salazar e Marcello Caetano, tanto na frente de luta como nas ações como militante comunista.

Foi também um importante dinamizador cultural.

Nas décadas de 1940 e de 1950, teve um papel político ativo. Esteve na génese da criação do Movimento Nacional Democrático e da Comissão Nacional para a Defesa da Paz, nas quais participou ativamente, o que lhe valeu a demissão de professor, tendo sido processado por integrar o movimento pela paz.

Em 1955 foi preso, permanecendo detido, sumariamente, por mais de um ano. Viria a ser absolvido pelo Tribunal Plenário do Porto, mas também impedido de assinar os artigos na página literária do

jornal O Comércio do Porto, onde, perseguido pela PIDE, a polícia política do regime, usou o pseudónimo Luso do Carmo.

Em 1957 viria a ser readmitido no ensino, mas continuou a sofrer ameaças e pressões policiais. Continuou também impedido de lecionar Literatura, História e Filosofia, como acontecia desde 1953.

Limitado a ensinar as disciplinas de Latim, Grego e Português, no ensino secundário, acabou por orientar a sua investigação para a aprendizagem da língua e da gramática, assim como a articulação do ensino da língua com a matemática o que, em 1967, lhe valeu a obtenção de uma bolsa do Instituto de Estudos Pedagógicos da Fundação Calouste Gulbenkian.

Com esta bolsa teve equiparação a bolseiro pelo Instituto de Alta Cultura, situação que manteve até 1973, depois de, na década de 1960, a ditadura lhe ter inviabilizado sucessivas candidaturas a professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Acandidatura de Humberto Delgado às presidenciais de 1958, a criação da Comissão Nacional de Socorro aos Presos

Políticos, em 1969, e a Comissão Nacional do III Congresso da Oposição Democrática, em 1972, foram algumas das lutas abraçadas pelo ensaísta.

Só depois do 25 de Abril de 1974, Óscar Lopes ingressaria na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde pouco tempo depois se torna presidente do conselho directivo e, em 1976, entrou para o Comité Central do PCP. Em 1990, Óscar Lopes recebeu o grau de doutor Honoris Causa pela Universidade Clássica de Lisboa.

Ensaísta e crítico literário, colaborou com jornais e revistas como Seara Nova, Vértice, o Mundo Literário, Colóquio/Letras e com o suplemento literário de O Comércio do Porto.

Os prémios Rodrigues Sampaio, com que a Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto o agraciou, e Jacinto Prado Coelho, instituído pelo Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, que recebeu em 1985, contam-se entre os galardões que lhe foram atribuídos.

Em 1989 recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública e, em 2006, a Ordem da Liberdade.

escritor Mário Cláudio reagiu à morte do professor Óscar Lopes, considerando que se perdeu um “grande mestre” e “uma espécie de pai literário para uma geração do Porto”. Mário Cláudio disse acreditar que o amigo influenciou uma geração portuense e definiu-o como “um analista da literatura portuguesa, permanentemente actualizado que partilhava o seu saber”. O escritor não esquece o gosto “apaixonado” de Óscar Lopes pela música, principalmente erudita, e o “grande legado que deixou”, sendo uma “referência importantíssima” para o escritor portuense.

O ensaísta Eduardo Lourenço afirmou que Óscar Lopes “foi uma das vozes mais autorizadas e representativas da cultura portuguesa”. “Com ele fecha uma espécie de ciclo da nossa vida histórica, por um lado, mas também política e ideológica, sob a égide ou referência de uma visão do mundo, que foi o marxismo de que a obra dele está impregnada, mas tem uma importância superior a isso e ultrapassou-a”, disse Eduardo Lourenço. O ensaísta salientou ainda a contribuição para a cultura e literatura portuguesas de Óscar Lopes como crítico literário. “Devem-se a ele críticas e análises da nossa história literária, que são incontornáveis, tendo tocado diferentes autores, da geração de Orpheu, a mais recentes”, asseverou. Eduardo Loureço disse ainda que Óscar Lopes e António José Saraiva, falecido há dez anos, “foram os professores da juventude portuguesa durante mais de meio século”.

O escritor Vasco Graça Moura considerou Óscar Lopes “um rasgador de horizontes” que, nos finais dos anos 1950, “abriu perspectivas diferentes do fenómeno literário”.

Para o escritor e presidente do conselho de administração do Centro Cultural de Belém, Óscar Lopes exerceu um “magistério que influenciou grande número de pessoas”. Além se tratar de um nome “que ficará a marcar profundamente a literatura portuguesa do século XX”, Óscar Lopes foi “um homem de grande equilíbrio, fazendo justiça a nomes que não navegavam nas suas águas políticas”,

sublinhou. “Teve uma enorme importância na minha vida literária, e influenciou o meu gosto literário, não apenas ao nível da literatura como da poesia moderna, ainda que tivéssemos pontos de vista muito diferentes em relação à política”, sublinhou.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, prestou uma “homenagem sincera” a Óscar Lopes e lembrou as suas qualidades enquanto “homem integral” que lutou pela liberdade e pela democracia. “Salientamos que a comunidade científica e intelectual devia muito e deve muito a Óscar Lopes, um homem integral, um homem que tomou partido, connosco, na luta pela liberdade, pela democracia, pelo nosso projecto de transformação da sociedade. A nossa homenagem sincera”, afirmou. “Sempre atento aos problemas do país e do povo português, Óscar Lopes teve uma intensa actividade política. Preso pela PIDE duas vezes, a primeira das quais em 1955, no processo dos partidários da paz”, acrescentou. “Em 2007, por ocasião do seu 90.º aniversário, foi-lhe prestada homenagem numa sessão pública que tivemos a honra de participar.

Afirmamos então que olhando para o seu percurso, para a sua vida, estávamos perante um homem integral”, recordou.

A catedrática de Literatura portuguesa, Isabel Pires de Lima, afirmou que Óscar Lopes “foi um brilho num céu bastante cinzento, particularmente nos anos de 1950, 1960, e 1970, em Portugal”. Para a ex-ministra da Cultura, Óscar Lopes foi “um vulto de proa, que esteve na vanguarda do que se fazia no campo da historiografia e da crítica literárias e da linguística”. “Destaco a crítica que fez no Comércio do Porto, nos anos 1950 e 1960, porque é uma crítica extremamente inovadora e uma viragem na crítica literária da época, que era impressionista, e ele introduziu-lhe uma atenção à materialidade do texto, à teoria da forma, que o fez estar atento a nomes emergentes na época e que foi o primeiro a referir, como é o caso de Agustina Bessa-Luís”, disse.

“Teve uma atitude crítica nova e muito inovadora”, sublinhou Pires de Lima.

A investigadora destacou também, sobre Óscar Lopes, “o trabalho imenso no campo da historiografia da literatura, também numa perspectiva muito inovadora e atenta ao carácter transitivo da obra arte”. “Está atento à obra de arte na sua materialidade, mas também como prática social quer nas relações com o meio em que ela se produz, quer no leitor que a lê”, afirmou Pires de lima para esclarecer em seguida: “Isso significa que a sua historiografia tem sempre, no seu horizonte, o leitor, e não está apenas centrada na sua materialidade enquanto literatura”.

“A historiografia literária do Óscar Lopes tem sempre, no seu horizonte o leitor, e eu destaco a sua obra ‘Entre Fialho e Nemésio’, que é uma espécie de síntese da sua historiografia literária”.

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, afirma em comunicado que Óscar Lopes foi “um dos mais eminentes filólogos, críticos literários e historiadores da literatura portuguesa”. Barreto Xavier refere “a longa luta antifascista e democrática” de Óscar Lopes, reconhecida “com a atribuição da Ordem da Liberdade, em 2006”.

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ASSOCIAÇÃO GERAL DE AUTOMÓVEL DE MACAU-CHINA Inscrição Curso de Formação para os Comissários Desportivos do 60º. Grande Prémio de Macau A Comissão do Grande Prémio de Macau com o intuito fomentar o desenvolvimento do desporto automobilismo, comunica-se a todos os interessados que as inscrições do curso de formação para os comissários desportivos do 60º. Grande Prémio de Macau para o ano 2013 estão abertas a partir do dia 25 de Fevereiro do corrente ano.

Todos os interessados devem preencher uma ficha de inscrição fornecida pelo AAMC, juntando 1 fotocópia do Bilhete de Identidade de Residente Macau, incluindo 2 fotografias a cores e 1 atestado médico (registado na RAEM) apto para prestar o cargo acima referido e entregá-la até ao dia 12 de Abril de 2013 na sede do Associação Geral de Automóvel de Macau - China (AAMC), sita na Avenida Amizade, Ed.do Grande Prémio, Torre Controle, 1º. Andar, Sala 121 – Macau. (virada ao Cais do Porto Exterior de Macau) Horário - De 2ª. Feira a 6ª. Feira: das 09H30 às 13H00 e das 14H30 às 18H30 (excepto feriados oficiais e tolerância de ponto aprovado pelo Chefe Executivo) Informação - Telefone: (853) 2872 6578 PROPINA PARA INSCRIÇÃO: Mop$100.00 por inscrição. (o montante será reembolsado após da frequência de todas as aulas do referido curso) Nota: Relativamente ao horário do curso de formação para os comissários desportivos, está afixado no placar e na página electrónica da Associação Geral de Automóvel de Macau – China, www.aamcauto.org.mo

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hoje na chávena Paula Bicho

Naturopata e Fitoterapeuta • obichodabotica@gmail.com

Bardana Nome botânico: Arctium lappa L. Família: Asteraceae (Compositae).

Nomes populares: Bardana-maior; Erva-dos-tinhosos; Lapa; Pegamaço-maior; Pegamassa.

Comum nas regiões temperadas da Europa, Ásia e América, a Bardana é uma planta robusta, com mais de um metro de altura, folhas grandes e pequenas flores de cor rosada ou púrpura que surgem apenas no segundo ano de vida (planta bienal).

A sua utilização medicinal remonta à Antiguidade Clássica, sendo referida por Dioscórides, o célebre médico grego do século I, para aliviar as dores das ligações desconcertadas. Laguna, tradutor das suas obras, refere-a para as mordeduras de cães raivosos, dos lacraus e das víboras acrescentando ainda que provoca a urina e mitiga as dores da bexiga. Consta que, graças a ela, o rei Henrique III de França se curou de uma grave doença de pele.

A Bardana é igualmente utilizada na milenar medicina tradicional chinesa.

Em fitoterapia são usadas sobretudo as raízes mas também as folhas e até as sementes, de preferência da planta fresca. As suas raízes são muito apreciadas na cozinha japonesa.

Composição Fibras (inulina, mucilagens), proteínas, enzimas, aminoácidos, ácidos gordos insaturados (linoleico, linolénico, oleico), vitaminas (B1, B2, B3, C, betacaroteno), sais minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio) e oligoelementos (crómio, ferro, manganês, selénio, silício, zinco); lactonas sesquiterpénicas, ácidos fenólicos, uma substância antibiótica (arctiopicrina), óleo essencial, poliacetilenos, fitosteróis, taninos e linhanos.

Ação terapêutica Excelente planta depurativa, a Bardana purifica o sangue, aumenta a eliminação de líquidos através da urina e do suor libertando o organismo de metais pesados e outras toxinas. Desta forma limpa, trata e embeleza a pele, considerada um órgão de excreção. Apresenta ainda atividade antibiótica comprovada, nomeadamente contra o estafilococo, antifúngica e anti-inflamatória. Trata-se de uma planta de eleição para o tratamento de várias afeções da pele, sejam provocadas por sobrecarga tóxica ou agente infeccioso: acne, seborreia, eczemas, psoríase,

abcessos, furúnculos, quistos sebáceos infetados, sarampo, varicela, escarlatina, tinha, feridas, úlceras cutâneas, queimaduras e picadas de insetos. Na queda do cabelo, aplicada sobre o couro cabeludo, atua como um tónico capilar.

Usada como diurética e depurativa, a Bardana tem indicação na inflamação da bexiga, infecções urinárias, cálculos, gota e artritismo.

Outras propriedades A Bardana tem igualmente uma preciosa ação protetora sobre o fígado, evitando os danos causados por alimentação errónea e consumo de drogas, aumenta a secreção de bílis auxiliando à dissolução de cálculos e favorece o funcionamento da vesícula; melhora o apetite e a digestão, tonifica o estômago e facilita a eliminação de gases. Diminui a taxa de açúcar no sangue, sendo usada como adjuvante no tratamento da diabetes, permitindo uma redução na dose da medicação de síntese.

Como tomar Uso interno • Infusão ou cozimento: 1 colher de sobremesa de raiz por chávena de água. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Nas afeções da pele o uso interno pode ser reforçado com a sua aplicação tópica.

• Em gotas, cápsulas ou comprimidos, ampolas e xaropes. Integra fórmulas depurativas para a pele, rins e emagrecimento e para a diabetes.

• Na cozinha podem usar-se as folhas e os talos, em saladas e sopas, e as raízes em diversos pratos.

• Com as sementes torradas e moídas pode preparar-se uma bebida substituta do café.

Uso externo • Infusão ou cozimento: 30 a 50 g de raiz por litro de água. Aplicar 2 a 6 vezes por dia em lavagens ou compressas.

• Também são usadas as cataplasmas com as folhas frescas esmagadas ou com a raiz cozida e o suco fresco da planta.

Precauções Contraindicada na gravidez por apresentar atividade estimulante sobre o útero. Os diabéticos deverão fazer o controlo da glicemia e os hipertensos o da pressão arterial.

Em caso de dúvida consulte o seu profissional de saúde.

Macau celebra Hora do Planeta, às escuras pelo ambiente

Casinos sem néones, pontes sem luz Joana Freitas

joana.freitas@hojemacau.com.mo

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a noite do dia 23, a preocupação pelo desenvolvimento sustentável da Terra saiu à rua. É o quinto ano em que a RAEM participa na campanha ‘Hora do Planeta’, o evento mundial que pretende fazer com que as cidades adiram à conservação de energia e de redução das emissões. Durante uma hora, casinos, pontes, edifícios governamentais, hotéis e bancos, entre outros, juntaram-se à iniciativa e criaram um “apagão” em Macau.

Organizada pelo Fundo de Con-

servação da Natureza – WWF -, o MGM Macau foi um dos casinos que se juntou à festa. O empreendimento desligou as luzes exteriores, incluindo o sinal do nome e a estátua do leão. “No spa do hotel, todas as salas de tratamento utilizaram velas para iluminação ao invés dos equipamentos eléctricos”, frisou a empresa.

Também a Sands – incluindo a strip do Cotai Central, que conta com os hotéis Sheraton e Conrad – ficou uma hora às escuras. “A Sands China está orgulhosa de participar, mais uma vez, na Hora do Planeta”, referiu Mark McWhinnie, vice-presidente de Operações da Venetian e do Sands Cotai Central.

Mas a iniciativa da Sands China não se fica por aqui. A empresa pretende alargar a Hora do Planeta para cada mês do ano, com o Hotel Conrad a desligar as luzes duas vezes por mês.

Também o Governo quer mostrar a sua preocupação pelo ambiente e, através do Gabiente para o Desenvolvimento do Sector Energético, organiza uma actividade semelhante durante a “Semana da Conservação Energética”, que tem lugar todos os anos no mês de Junho. A acção “Desligar as luzes durante uma hora” funciona como um apelo à promoção da conservação energética.

segunda-feira 25.3.2013

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MIECF termina ao fim de três dias e traz aspectos positivos ao território

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acau está a caminhar na direcção certa para a protecção ambiental, ainda que faltem alguns detalhes ao território para que consiga cumprir o objectivo. Contudo, depois de três dias do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental 2013 (MIECF, na sigla inglesa) – onde diversos painéis analisaram a situação de Macau -, o balanço é positivo, dizem os responsáveis.

O território ainda carece de condições e de equipamento para a captação e armazenagem de água, mas o Governo assegura estar a apostar na utilização de água reciclada no território. É o que vai acontecer, por exemplo, no empreendimento de habitação pública de Seac Pai Van, no cam-

A

equipa coordenada pela bióloga Paula Duque, do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, descobriu um gene nas plantas que comanda o fabrico de duas proteínas completamente diferentes e com localizações diferentes. É caso para dizer que este gene vale literalmente por dois.

A ideia de que cada gene comanda o fabrico (codifica) de uma única proteína começou a ser questionada há alguns anos, explica um comunicado do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC). Até porque, com a conclusão dos trabalhos de descodificação do genoma humano em 2003, percebeu-se que, afinal, não tínhamos os tais 100 mil genes de que se falava, mas muito menos.

Nos humanos, os genes que codificam proteínas são cerca de 20 mil a 25 mil, mas as estimativas é que existam no corpo humano cerca de 500 mil proteínas.

Na edição online desta sexta-feira da revista The Plant Cell, a equipa de Paula Duque – que inclui investigadores do Instituto Superior Técnico de Lisboa, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria e da Universidade de Ghent, na Bélgica – relata a descoberta do gene ZIFL1, com base em estudos numa planta muito utilizada como modelo pelos cientistas, a Arabidopsis thaliana.

Na sua raiz, os cientistas

pus da Universidade de Macau na Ilha da Montanha e também nos novos aterros. A água servirá para descargas sanitárias e rega de espaços verdes.

Apesar de faltarem pormenores sobre o planeamento urbanístico, a ser discutida na Assembleia Legislativa, C. S. Kiang, presidente da Fundação da Tecnologia Sustentável e reitor do Colégio das Ciências Ambientais da Universidade de Pequim, acredita que Macau tem uma “excelente localização geográfica” para assumir um papel importante no desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas. “Macau necessita de formular um planeamento urbano eficiente, com vista a resolver a crise que enfrenta presentemente.

Para a construção de uma cidade

hoje macau

Turismo sustentável na lista

sustentável com baixa emissão de carbono, [é preciso] estabelecer um centro inteligente para gestão de dados ecológicos, criação da universidade mundial do ambiente e de um centro de eco-turismo”, referiu o académico no último dia do MIECF. O turismo sustentável foi tema também para o presidente da Associação de Turismo da Ásia Pacífico (PATA), o engenheiro João Manuel Costa Antunes, que diz que as empresas e organizações ligadas ao turismo, além da formulação de medidas para a conservação de energia, redução de emissões de gases e outras medidas de responsabilidade social, devem também desenvolver o turismo sustentável, para que haja equilíbrio entre o desenvolvimento do turismo e a protecção do meio ambiente.

O último dia do MIECF – denominado como o Dia Verde do Público - teve entrada livre, com o inuito de divulgar a protecção ambiental junto do público, e atraiu cerca de 3400 visitantes. - J.F.

Arabidopsis thaliana foi a planta usada nos estudos da equipa lusa

Um gene que “vale por dois”

observaram que o ZIFL1 codifica uma proteína importante para o transporte da auxina, uma hormona essencial ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Nas folhas, verificaram que o ZIFL1 origina uma proteína que confere tolerância à seca. “O gene apresentado neste estudo é um dos poucos identificados que é capaz de produzir duas proteínas com papéis biológicos tão diferentes”, sublinha o comunicado.

“Tanto quanto sabemos, não existem muitos casos de proteínas codificadas

pelo mesmo gene que tenham funções biológicas tão diferentes”, acrescenta por sua vez Paula Duque, dizendo que geralmente as várias proteínas originadas por mesmo um gene têm funções semelhantes.

Na Arabidopsis thaliana, a equipa estudou assim o papel deste gene que pertence a uma família de genes presentes em todas as classes de organismos.

Embora se desconheça a função de muitos, sabe-se que essa família de genes fabrica proteínas que estão nas membranas das células

e permitem a passagem por aí de pequenas moléculas.

Combater a seca

Ora, ao estudarem plantas geneticamente modificadas para serem incapazes de produzir a proteína ZIFL1, os cientistas descobriram que ela tinha efeitos em diferentes órgãos e diferentes funções. Por um lado, as raízes das plantas mutantes tinham problemas de crescimento, de ramificação e orientação, o que sugeria o envolvimento do gene ZIFL1 no transporte da hormona auxina, importante

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no desenvolvimento da raiz.

Por outro lado, as essas plantas tinham dificuldades em resistir à escassez de água: os poros das folhas que regulam a transpiração (os estomas) estavam mais abertos do que nas plantas normais e o resultado foi uma maior perda de água. Isso sugeria que o gene ZIFL1 também desempenhava um papel no fecho dos estomas e no controlo das perdas de água pela planta, o que pode ser crítico em condições de seca. “No futuro, pode ser importante para a agricultura identificar proteínas que permitam fechar rapidamente os estomas”, diz Paula Duque ao jornal Público.

Intrigados com estas observações, relata ainda o comunicado, a equipa foi ver se o gene ZIFL1 podia originar duas proteínas diferentes que actuariam de modo distinto em tecidos diferentes das plantas. Concluíram que sim.

Foram então ver o que acontecia, focando-se num mecanismo genético conhecido – o “splicing alternativo” –, que permite que um mesmo gene produza múltiplas proteínas. Nos seres humanos, os estudos indicam que mais de 90% dos 20 mil a 25 mil genes que

codificam proteínas sofrem splicing alternativo. Caso contrário, não seria possível fabricarmos mais de 500 mil proteínas.

Quando os genes são activados para produzir proteínas, o ADN começa por ser copiado sob a forma de uma molécula intermédia – oARN –, que pode ser processada de diferentes formas. “Este processo de ‘corte e costura’ pode originar diferentes moléculas de ARN que podem depois ser convertidas em diferentes proteínas”, explica ainda o comunicado.

No caso do gene ZIFL1, o splicing alternativo origina duas moléculas de ARN, com apenas duas diferenças nas suas “bases” químicas, ou “letras”, mas que acabam por ter grande impacto nas proteínas produzidas. Uma delas é muito maior do que a outra em termo do número de tijolos (ou aminoácidos) que a compõem.

Na fase seguinte da investigação, a equipa observou que, nas raízes, apenas se encontrava a forma longa da proteína (chama-se ZIFL1.1), enquanto a forma curta só estava presente nas folhas (ZIFL1.3).

Para Paula Duque, é “fascinante” que a diferença de apenas duas “letras” na molécula de ARN resulte na “produção de duas proteínas que desempenham papéis essenciais quer no transporte hormonal quer na tolerância à seca”.

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cultura

segunda-feira 25.3.2013

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hoje macau

Rita Marques Ramos rita.ramos@hojemacau.com.mo

O

s Beach Boys pisaram o solo de Macau pela primeira vez ao fim de 50 anos. Ouviram-se grandes sucessos internacionais como “Wouldn’t it be Nice”, “Surfer Girls” ou “God Only Knows” em cerca de hora e meia de concerto. Um feito para o público local que fez questão de mostrar a importância da sua vinda com uma afluência em massa ao “Venetian Theatre”.

No entanto, do quinteto original, formado em 1961, não vieram todos os membros ainda vivos porque os concertos de 2013 já não fazem parte da “Tournée do 50º aniversário”, na qual promoveram o mais recente álbum que marcou a última reunião da banda, “That’s Why God Made the Radio” de 2012. Assim, Brian Wilson e Al Jardine não apareceram sexta à noite, apenas o veterano fundador Mike Love e Bruce Johnston, que se juntou à banda quatro anos depois do seu nascimento, ajudando vocalmente num dos primeiros grandes êxitos “California Girls”.

Outro dos feitos foi a sua energia em palco ao fim de meia década de actuações.

Talvez não seja inédito ver avôs de 70 anos em palco mas não deixa de ser surpreendente que conservem as mesmas vozes, imaculadas, na actuação das canções que relembram os anos sessenta. Ainda mais quando há vontade para continuar, sem meta de descanso. Qual é afinal o segredo para esta longevidade na carreira musical, mantendo a mesma

Mike Love e Bruce Johnston mantiveram acesa em Macau a chama dos Beach Boys, em palco há 50 anos

“As grandes estrelas são as canções, são maiores do que nós” energia dos bons velhos tempos? “Temos estilos de vida saudáveis, eu medito todos os dias, faço exercício, vejo o que comemos e estamos entusiasmados por conseguirmos cantar, actuar e ir pelo mundo conhecer diferentes culturas e cozinhas, ouvir diferentes línguas. É tudo muito interessante e inspirador”, começa por explicar Mike Love, de 72 anos.

E esta vida de artista deve ser tão boa ou tão má que não estão preparados para a largar. Por isso, na conversa com os jornalistas, prévia ao concerto, quando questionados sobre quanto mais tempo os poderemos ver em palco, a resposta foi esta: “Vamos perguntar ao Tony Bennett. Ele tem 85 anos e soa melhor do que nunca”, reagiu Mike Love. “E diz que nunca se pub

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 25/AI/2013 -----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 呂永祥(portador do passaporte da RPC n.° G30563xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.º 13/DI-AI/2011, de 11.02.2011, levantado pela DST e por despacho de 15.03.2013, exarado no Relatório n.º 27/DI/2013, de 04.03.2013, foi desencadeado procedimento sancionatório, por controlar a fracção autónoma situada na Avenida da Amizade N°s 361-B 361-K, Edf. I On Kok, 14° andar F e utilizada para a prestação ilegal de alojamento.---------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.° 2 da artigo 14.° da Lei n.° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.º da Lei n.° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n.° 1 do artigo 10.º da Lei n.° 3/2010.--------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d'Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 15 de Março de 2013.

O Director dos Serviços, Substº., Manuel Gonçalves Pires Júnior

vai reformar”, acrescentou Bruce Johnston.

Dizem-se por isso abençoados, pela carreira escolhida e genica conservada.

Sobre o espírito do grupo, o facto de já não poderem estar todos juntos não condiciona as actuações, garantem. E com justa causa. Até porque fazem questão de salientar quem são os protagonistas desde o início. “Quando tocamos as canções, o espírito delas ganha vida. As grandes estrelas são as canções. São maiores do que nós”, frisa Love. Ainda assim, antigos e novos amantes do grupo puderam, no ano passado, assistir à estrutura original, com óbvias excepções.

“Dois membros já faleceram, o meu primo Dennis [Wilson] morreu em 1983 e o Carl [Wilson] morreu em 1998 e são factos da vida.

Algumas pessoas já não estão mais connosco. Mas completamos a tournée no ano passado com todos os membros restantes”, recordou Love, o vocalista que sempre se manteve comprometido com o projecto e nunca o deixou morrer em palco, apesar de todos

os incidentes ao longo das décadas.

Longe do fim depois da reunificação

Sobre o novo álbum, não desvendaram muito acerca da derradeira reunião. “Não foi espontâneo. Foram canções que o meu primo [Brian Wilson] escreveu e estava a trabalhar já há alguns anos e depois reunimos e acabámo-las. Contribuí para uma canção do ‘That’s why god made the radio’, a ‘Daybreak Over the Ocean’”.Averdade é que o 29.º álbum, lançado em Junho de 2012, chegou ao terceiro lugar da tabela musical americana Billboard 200, frisou Johnston, a posição mais elevada desde 1965. E assim celebraram 50 anos de “Boas Vibrações” mas há mais. Há novos objectivos pela frente.

Por exemplo, “Pet Sounds”, álbum de 1966, acreditado como um dos álbuns pop-rock mais influentes e memoráveis de todos os tempos, comemorou 40 anos há sete anos com nova edição. E poderá ter novo brinde nos 50 anos. “Estaremos cá, espero. Vamos tocar três canções do álbum hoje [sexta-feira]”, anunciou Love.

Por outro lado, dizem, a inspiração para novas letras nunca foi um problema, o que faz deduzir que haverá mais discos na calha ainda que “ainda agora tenham saído do estúdio”, sentencia Bruce Johnston. “Sempre escrevemos letras mas nem sempre temos hipótese de escrevê-las. Razão pela qual temos sempre andado em tournée nas últimas décadas e fazemos mais de 100 espectáculos por ano. Sempre preferi concertos ao vivo, outros preferem em estúdio. Sempre pensamos nas canções e na criatividade”, esclareceu Mike Love, embora já não haja ímpetos como antigamente. “Quando me juntei à banda em 12 meses gravámos e lançámos três álbuns, isso já não acontece mais. Lançámos Summer Days (and Summer Nights!) com [o single] “California Girls”, o “[Beach Boys’] Party” e “Pet Sounds” em 11 meses. Preciso de sestas”, ironizou Johnston.

Próxima paragem: Macau, China

Entrar na China através de Macau foi mais um capítulo na história contemporânea

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Surf, carros e miúdas

A Califórnia, estado na zona este dos Estados Unidos da

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Instituto Cultural prepara mapa das indústrias culturais de Macau

Felizardos a serem escolhidos O América e o mais populoso do país, ao longo de gerações foi sendo apresentado pelos The Beach Boys. Invariavelmente foi até uma praia perto de Hawthorne, onde viveram, que o público do “Venetian Theatre” viajou.

Os meninos, adeptos de chinelo no pé, prancha pelo braço e camisas estilo havaiano, venderam a terra que os viu nascer como nunca antes tinha sido visto. “Foi onde crescemos e é um ambiente muito bonito – tens a praia, as montanhas, o deserto”, revela Love. “Os carros, a escola e tudo o que acontece enquanto estamos a crescer na Califórnia do Sul. Isto é também o que pomos nas nossas canções originalmente e pegou bem pelos Estados Unidos e em todo o mundo”, avalia. Já Bruce Johnston, pelo meio, não deixa escapar o seu maior interesse: as raparigas. “Foi miúdas, surf, carros, escola, e depois tive crianças e mais uma vez miúdas, surf, carros, escola e eles vão ter filhos”, descreve em tom jocoso, garantindo que ainda hoje vive na praia, em Santa Barbara.

Viver a vida boa que descrevem foi apenas o que lhes bastou para receberem o título de “Banda da América”. “Aparecemos com uma canção chamada ‘Surfing USA’ que praticamente

consagrou-a como icónica bem como ao grupo por todo o mundo. E é vital, vibrante e tem ainda impacto. Temos estado associados a essa música há 50 anos”, explica Love, que acredita que músicas como esta hão-de ser eternas. Pelo menos, nos dias de hoje, ninguém duvida que este êxito, lançado em 1963, e escrito por Brian Wilson, perdure.

No concerto de sexta, a magia esteve em palco como há meio século e, por altura desta canção, passados mais de 40 minutos de concerto, a plateia já se acumulava frenética junto ao palco. O que leva a crer que o garante do sucesso, nas suas actuações, seja a de que se mantêm presos aos anos 60. “Realmente temos algo dos anos 60 nas nossas canções, que actuamos todas as noites. A nossa música ‘Kokomo’ é o nosso maior êxito e é de 1988. Mas não há dúvida que muitas pessoas revivem memórias da sua vida através de nós”, avançou, mais uma vez, Mike Love.

E foi precisamente numa viagem pelas paragens paradisíacas na costa oeste dos Estados Unidos, que os Beach Boys conduziram a plateia, naquela que foi a música escolhida para o “encore” que encerrou com chave de ouro o concerto.

Instituto Cultural (IC) está a preparar um mapa das Indústrias Culturais e Criativas de Macau com o objectivo de promover o sector junto de residentes e visitantes. A intenção do Governo não fica, contudo, por aqui. De acordo com um comunicado do instituto, o Executivo quer ainda aumentar o reconhecimento dos espaços culturais e criativos locais.

O novo mapa irá apresentar 40 entidades do sector, seleccionadas a

partir da Base de Dados das Indústrias Culturais e Criativas de Macau.

As entidades que forem integradas neste mapa devem estar regularmente abertas ou ter contacto directo com o público.

Apenas quatro dezenas serão selecionadas e o IC baseia a escolha numa avaliação completa, que incluirá critérios do potencial de desenvolvimento da entidade, actividades realizadas, comercialização de produtos e a sua

imagem de marca. “O mapa incluirá também informações sobre os sítios do Património Mundial de Macau, museus, etc, de forma a promover ainda mais as actividades turísticas e culturais da cidade”, frisa o IC. O organismo convida todas as entidades culturais e criativas que ainda não estejam registadas na base de dados a fazerem a sua inscrição, cujo prazo termina na próxima quinta-feira. - J.F.

tiago alcântara

da banda. Os “embaixadores” da música dos Beach Boys, como se apelidam Love e Johnston, ficaram com o legado de levar em pessoa as suas músicas ao mundo e, no caminho, somam nova conquista ao conhecerem novas culturas.

“Gostamos de ir a outros países, visitar outras culturas, as diferentes arquitecturas, a comida, a língua. Acho isso fascinante”, explica Love, interrompido por Johnston.

“Nos primeiros anos nem sequer conseguíamos vir à China. Era tão complicado e agora a China está no auge, com as portas abertas.” E a primeira janela de entrada de concertos, neste ano 2013 foi Macau, depois de um voo directo de Seattle e de uma viagem de ‘jet-foil’ a partir do aeroporto de Hong Kong.

Sobre as primeiras impressões, pouco a dizer e em tom politicamente correcto. “Aqui não é tão populoso [quanto em Hong Kong]”, salienta o pianista. “As pessoas vêm para jogar, ver algum entretenimento e comprar algumas coisas. É um sítio fenomenal e espectacular”, agarra Love, descartando comparações com a cidade do jogo dos Estados Unidos. “Não acho que seja semelhante a Las Vegas. Acho que é um sítio fenomenal e este é um teatro bonito onde vamos actuar com uma fantástica acústica.

Do melhor.” Questionados sobre a presença portuguesa na RAEM, deixam escapar que não lhes é desconhecida.

“Há uma fusão de culturas nesta área, a inglesa em Hong Kong e a portuguesa em Macau. Para mim é o que torna as viagens interessantes.”

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MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 97/AI/2013 -----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CHENG RUYI (Portadora do Passaporte da China n.° G34831xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.º 58.1/DI-AI/2011 de 02.08.2011, levantado pela DST, por quem angariar pessoa com vista ao seu alojamento na fracção autónoma situada na Travessa da Amizade n.° 82, Edifício Centro Internacional de Macau, Bloco VII, 8.° andar F e utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho de 15.03.2013, exarado no Relatório n.º 112/DI/2013, de 06.3.2013, foi determinada a aplicação de uma multa de $20.000,00 (vinte mil patacas), nos termos do n.˚2 do artigo 10.º da Lei n.º 3/2010.-----------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° dos Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.--------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de dias, conforme estipulado na alínea do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010.---------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.------------------------------------------------------------Oprocessoadministrativopodeserconsultado,dentrodashorasnormaisdeexpediente,noDepartamentodeLicenciamentoeInspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d'Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 15 de Março de 2013.

O Director dos Serviços, Substº., Manuel Gonçalves Pires Júnior

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 98/AI/2013

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CHENG RUYI (Portadora do Passaporte da China n.º G34831xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.º 58.2/DI-AI/2011 de 02.08.2011, levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Travessa da Amizade n.º82, Edifício Centro Internacional de Macau, Bloco VII, 8.º andar F, bem como por despacho de 15.03.2013, exarado no Relatório n.º 113/DI/2013, de 06.03.2013, foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.˚1 do artigo 10.º e n.˚1 do artigo 15.°, todos da Lei n.º 3/2010.------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° dos Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.-------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de dias, conforme estipulado na alínea do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010.-------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.----------------------------------------------------------------Oprocessoadministrativopodeserconsultado,dentrodashorasnormaisdeexpediente,noDepartamentodeLicenciamentoeInspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.-------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 15 de Março de 2013.

O Director dos Serviços, Substº., Manuel Gonçalves Pires Júnior

20

futilidades

segunda-feira 25.3.2013

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[ ] Cinema

Cineteatro | PUB Sala 2

Parker [C]

Um filme de: Taylor Hackford Com: Jason Statham, Jennifer Lopez 14.30, 16.45, 21.30

OZ: the great and powerful [3d] [b]

olympus has fallen Sala 1

Sala 3

Um filme de: Andy Muschietti Com: Jessica Chastain, Nikolaj Coster-Waldau 14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Um filme de: Antoine Fuqua Com: Gerard Butler, Morgan Freeman, Aaron Eckhart 14.30, 16.45, 19.15, 21.30

mama [c]

Este ano Macau lembrou-se da poesia.

Lembrou-se com o merecido respeito.

Depois do Rota das Letras, e em pleno Dia Mundial da Poesia, quem gosta de poesia pôde ouvir declamações na Fundação Rui Cunha, onde 12 poetas foram lidos e fizeram-se ouvir. Tratou-se de uma actividade

[Tele]visão TDM 13:00 TDM News - Repetição 13:30 Telejornal + 360º (Diferido) 14:40 RTPi Directo 18:30 Contraponto (Repetição) 19:30 Vingança 20:30 Telejornal 21:00 TDM Desporto 22:10 Escrito nas Estrelas 23:00 TDM News 23:30 Com Ciência 00:00 Telejornal - Repetição 00:30 RTPi Directo

ser aplaudida. Uma proposta bem aceite – a ver pelo número de pessoas que ali acorreram -, onde se ouviu a poesia em português, chinês e inglês da autoria de Carlos Morais José, James Li, Kit Kelen, Fernando Sales Lopes, Yao Feng, Manuel Afonso Costa, Manuel Pinho, Tereza Sena, Han Lili, António Mil-Homens, Debby Sou Vai Keng, Gonçalo Lobo Pinheiro e Carlos Frota. Entre os andamentos, artes performativas e música chinesa intercalavam com a palavra.

No mesmo dia ouviu-se a Sílaba. Um concerto “spoken-word” que visou “celebrar as palavras em português” no Dia Mundial da Poesia. João Pedro

Malaysia Grand Prix FIA F1 World Championship 2013 Main Race Malaysia Grand Prix FIA F1 World Championship 2013 Chequered Flag Malaysia Grand Prix FIA World Rally Championship 2013 Event Highlights 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers Iraq vs. Jordan (LIVE) Score Tonight 2013 Copa Lagos 2012 Lebanon vs. Nigeria Rebel TV 20 500 Great Goals

INFORMAÇÃO TDM

promovida por Fernando Sales Lopes, também poeta, que merece

15:45

17:45

18:30

19:30

21:30 22:00 23:00 23:30

40 - FOX Movies 11:40 Enough 13:35 Transporter: The Series 14:25 The Help 16:50 Killers 18:35 One For The Money 20:10 The Walking Dead 21:00 Secret Window 22:40 Act Of Valor 00:35 Goon

RTPi 82 15:00 Telejornal Madeira 15:30 Consigo 16:00 Correspondentes 16:30 AntiCrise 17:00 Bom Dia Portugal 18:00 Portugal Aqui Tão Perto 18:45 O Teu Olhar (Telenovela) 19:30 Em Reportagem (Madeira) 20:00 Trio d´Ataque 21:00 Jornal da Tarde 22:15 O Preço Certo 23:15 Portugal no Coração 30 - FOX Sports 12:00 NASCAR Sprint Cup Series 2013 15:00 Sandman Triathlon 2012 15:30 Australian Ironman 2012/13 12 17:00 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers

Oman vs. Japan 19:00 Tour De Taiwan 2013 Highlights 19:30 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:00 NASCAR Sprint Cup Series 2013 22:00 FOX SPORTS Central 22:30 FIA F1 World Championship 2013 - Highlights

Malaysia Grand Prix 31 - STAR Sports 12:00 HSBC Sevens World Series 2012/13 15:00 FIA F1 World Championship 2013 - Raceday

41 - HBO 12:50 The Lady 15:00 Aung San Suu Kyi 16:05 The Color Of Money 18:00 Divine Secrets Of The Ya-Ya Sisterhood 20:00 Phil Spector 22:00 Boss 23:00 Girls 23:30 Enlightened 00:00 Closer 42 - Cinemax 12:15 Internal Affairs 14:00 The Untouchables 16:00 The Spy With A Cold Nose 17:30 Louis L’Amour’S The Diamond Of Jeru 19:00 Red Water 20:30 Meeting Evil 22:00 Code Name: Wolverine 23:35 Middle Men

Sudoku [ ] Cruzadas

Poesia e os poetas

olympus has fallen [c]

HORIZONTAIS: 1-Escândio (s.q.). Criadas de servir, sopeiras (Pop.).

Gálio (s.q.). 2-Departamento de França. Ementa, lista. Progenitor.

3-Conceder. Matemática (abrev.). 4-Que pode ser movido. Coragem!.

5-Povoação da Beira Litoral. Referente à velhice. Nela. 6-Pertencente ou relativo a determinado lugar. Beneficiai (Fig.). 7-Actínio (s.q.).

Revesti de laca. Deus-Sol, no antigo Egipto. 8-Vossa. Caira, desabara.

9-Irmã dos pais. Rio da Rússia. 10-Antiga possessão portuguesa na India. Pano de Arrás. Rio da Suiça. 11-Também (Arc.). Escárnios, zombarias. Voz do carneiro ou do cordeiro.

VERTICAIS: 1-Sociedade Anónima (abrev.). Molusco (pl.). Nome de letra. 2-Guerreiro valente. Profissional de telecomunicação que transmite programas de rádio ou de televisão. 3-Também não. Criada de companhia. 4-Canteiro de rosas. 5-Profissão (Suf.). Interessar-se com vigiante zelo. Troça. 6-Pó fecundante vegetal. Balseiros, dornas.

7-O mais (Ant.). Trabalhai com afã. Desirmanado. 8-Que é da cor do ouro. 9-Utensílio com uma parte larga e achatada e um cabo (pl.).

Cada uma das duas partes que pendem da cintura da sobresaca, fraque, etc.. 10-Larapiar. Figuravam. 11-Queixume. Tirem-se donde estavam. Traseira.

Soluções do problema HORIZONTAIS: 1-SC. SOPAS. GA. 2-AIN. ROL PAI. 3-DER. L. MAT. 4-L. MOVEL. SUS. 5-UL.SENIL. NA. 6-LOCAL. DOTAI. 7-AC. LACAI. RA. 8-SUA. RUIRA. M. 9-TIA. B. OBI. 10-GOA. RAS. AAR. 11-ER. RISOS. ME. VERTICAIS: 1-SA. LULAS. GE. 2-CID. LOCUTOR. 3-NEM. CA. AIA. 4-S. ROSAL. A. R. 5-OR. VELAR. RI. 6-POLEN. CUBAS. 7-AL. LIDAI. SO. 8-S. M. LOIRO. S. 9-PAS. T. ABA. 10-GATUNAR. IAM. 11-AI. SAIAM. RE.

Aqui há gato

Um filme de: Sam Raimi Com: James Franco, Rachel Weisz, Michelle Williams,

Mila Kunis 19.15

Costa, na voz e electrónica, aliou-se a outros músicos como Abel Silva, na guitarra, Paulo Pereira, no sopro,

À venda na Livraria Portuguesa

Manuel Ribeiro, na percussão, José Chan, no baixo, e Vasco Passeira na guitarra clássica. Com participação especial de Fernando Sales Lopes e António Mil-Homens, quem foi à Livraria Portuguesa pode assistir à poesia encruzilhada com música.

A poesia, uma das sete artes tradicionais, compreende aspectos metafísicos - no sentido de sua imaterialidade - e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fáctico. Por isso é que é tão bela, não acham? Miau...

Pu Yi

O Mundo de Soma Zero • Gideon Rachman

A lógica de soma zero, na qual o lucro de um país equivale à perda de outro, impediu que as nações chegassem a acordo no combate às alterações climáticas e ameaça conduzi-las a um novo declínio económico generalizado. A lógica soma-zero está por detrás de outros problemas internacionais, como o da guerra no Afeganistão ou o do acesso às reservas de energia, água e alimentos. Estas questões políticas e económicas podem provocar novas guerras, catástrofes ambientais e crises financeiras agravadas. Este livro define os termos de um novo debate. Gideon Rachman mostra claramente que ao otimismo decorrente do colapso da União Soviética, sucedeu, no rescaldo da grande crise financeira, uma profunda ansiedade. Neste livro obrigatório, Rachman sustenta que a política internacional se tornou muito mais perigosa e volátil e explica o que se pode fazer para contrariar esta lógica debilitante de um mundo soma zero.

José e Pilar - Conversas Inéditas • Miguel Gonçalves Mendes, Valter Hugo Mãe

Durante quatro anos, Miguel Gonçalves Mendes filmou José Saramago e Pilar del Río, na intimidade de Lanzarote, em viagens de trabalho por todo o mundo, em festas com os amigos e a família. Desse intenso registo resultaram, primeiro, o filme, José e Pilar, e agora, o livro que se compõe, essencialmente, de material inédito: centenas de horas de conversa que exploram os grandes temas - da política ao amor, passando pelo trabalho, a literatura e a morte.

Rua de S. Domingos 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • mail@livrariaportuguesa.net

REGRAS |

Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição solução do problema do dia anterior

segunda-feira 25.3.2013

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opinião

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As novas famílias Mário Duarte Duque*

A

união de facto é uma relação entre indivíduos que pressupõe materialmente os mesmos termos do matrimónio e é assegurada, assim como é violada, pelos mesmos motivos do matrimónio.

Para a sociedade contemporânea a união de facto é forma de fundar a solidariedade e a responsabilidade dos cônjuges, verificados todos os pressupostos, em situações em que apenas faltou a formalização de um casamento civil. Serve para assegurar as situações em que o casamento civil não chegou a acontecer, sem que isso prejudique o que esses cônjuges desenvolveram e desenvolvem em conjunto.

Quando a relação de facto homossexual é reconhecida, mas não na forma de casamento, significa o reconhecimento de tudo o que é material, todavia a negação expressa de um casamento civil que, para as sociedades que já integraram estas questões, é contemplado como um estigma que coloca o casamento civil, que é transversal a toda a sociedade, na mesma esfera do casamento religioso, que se admite ser exclusivo.

O mesmo repercute, exatamente do mesmo modo, nas restrições à adoção, sendo certo que os termos de avaliação, por que um assistente social se pauta, são fatores de suporte e de estabilidade que não emergem da sexualidade dos candidatos e onde, uma vez verificados todos os pressupostos favoráveis, se alguma contraindicação persiste, é apenas por insuficiência do meio que os acolhe.

Para os modelos de família que não resultaram de formatos sociais endógenos, i.e. que a sociedade não estabilizou modelos que servem de exemplo aos participantes, mas todavia reconhece-se-lhes aptidão, a garantia deveria ser que a aptidão revelada por essas famílias resulta totalmente das próprias capacidades dos participantes, que são necessariamente elevadas, naquelas circunstâncias.

Existem também os regimes entre indivíduos que partilham uma economia doméstica comum. Regimes que surgiram há várias décadas, em diversos ordenamentos, propostos por legisladores que tiveram a iniciativa e a capacidade de tomar por obrigação a salvaguarda de direitos fundamentais, para além do que as sociedades estão em capacidade de definir e aceitar em determinado momento, já cientes que a responsabilidade e a solidariedade entre indivíduos sequer pressupõe uma relação sexual e que as variáveis são muito mais que as que é possível antever ou comtemplar na lei.

O esforço da sociedade global é de acertar o passo para que se estabeleçam as necessárias plataformas comuns. Não é esperar que cada nação ou região cumpra com os mesmos passos por que outras já passaram e gaste com isso o mesmo tempo, porque o mesmo é dizer que mantém sempre a mesma distância em relação às demais. Sequer isso é processo para o qual existe exemplo.

Antes existe exemplo de sociedades que,

em determinado momento, por força dos recursos que desenvolvem, simplesmente ultrapassam outras.

O que se espera que aconteça, em questões que se revelam essenciais para a comunidade global, é que umas sociedades deem passos normais mas outras necessariamente que deem passos mais largos, porque simplesmente não têm alternativa. A exceção que se admite é o reconhecimento que onde há necessidade de acelerar procedimentos, o esforço é maior e necessariamente o suporte deverá ser melhor acautelado, sem prejuízo das mesmas oportunidades e das mesmas metas.

O que não se pode admitir é que indivíduos sejam reduzidos do seu desenvolvimento e a sociedade reduzida dessa contrapartida, sobre questões para que já há capacidade de antever que só são prejuízo para o que é essencial e só são benefício para o que ainda é insuficiente.

Todavia a questão das ligações entre indivíduos é transversal a todo o ordenamento.

Qualquer psicólogo ou assistente social sabe recomendar que estar sujeito às condições do espaço doméstico familiar, para além da maior idade, não contribui para o desenvolvimento dos jovens.

Sabe alertar para o facto de que a RAEM não está em capacidade de assegurar habitação para todos os estratos sociais e, por isso, remete necessariamente as necessidades da população jovem para outra prioridade e, com isso, prejudica-se desenvolvimento humano Sabe alertar para o facto de que a RAEM não está em capacidade de assegurar habitação para todos os estratos sociais e, por isso, remete necessariamente as necessidades da população jovem para outra prioridade e, com isso, prejudica-se desenvolvimento humano.

O complexo habitacional do Fai Chi Kei, reconhecido pela sua qualidade urbana, mas apontado por as habitações terem áreas reduzidas, teria sido o equipamento ideal e foi uma oportunidade perdida para habitação jovem numa estratégia de renovação.

Em verdade, não existem programas de habitação para que jovens possam ganhar

a sua independência, dividir com amigos ou com quem querem partilhar o seu quotidiano, sendo que tudo isso faz parte do desenvolvimento e do aprofundamento da orientação sexual adulta.

Muitos dos jovens que tiveram a iniciativa de se organizar no sentido da sua independência também tiveram entretanto que regredir a casa dos pais por não terem capacidade de corresponder às atuais condições do mercado da habitação.

Sendo verdade que grande parte da população tem dificuldades em resolver presentemente as questões da habitação, também é verdade que uma parte significativa da população tem várias habitações que preferem arrendar do que dar autonomia aos filhos. Isso quer dizer que a condição poderá resultar de um enquadramento público, mas tão pouco tem capacidade de se equilibrar numa estratégia familiar.

Mesmo para as habitações antigas, menos dispendiosas e mais à escala da carteira da população jovem, a modalidade do seu financiamento é agravada e, assim, logo afastada do estrato social que tem a energia necessária para recuperar essas habitações e de contribuir para uma estratégia pública de renovação física e demográfica dos bairros antigos na RAEM. Quer isso dizer que os impactos que resultaram do desenvolvimento na RAEM não são apenas os diretos, mas também aqueles que resultam de mecanismos que se realimentam entre si e que se amplificam. Por outro lado, os mecanismos que se podiam realimentar em sentido contrário e, por isso, com capacidade de se equilibrarem, esses não se articulam, ou simplesmente não estão disponíveis.

Num universo de crescente disfuncionalidade, de ambientes laborais tensos, de condições familiares impositoras, de uma esfera social pouco solidária e onde a razoabilidade nem sempre abunda, se sequer a orientação sexual se desenvolve em moldes tranquilos, o mesmo é recusar aos indivíduos a possibilidade de aprofundar e partilhar a sua intimidade, que é sempre fator de enriquecimento pessoal e sempre melhor suporte e melhor refúgio que a solidão.

Se nesse curso, um dia, alguém propuser uma aliança e outro aceitar, significa que podem contar um com o outro. Não tem nada de estranho, nas civilizações faz-se isso há milénios, entre estados, entre organizações e entre indivíduos.

Mais estranho é no terceiro milénio E. C., à luz das mesmas fundações intelectuais, as alianças mais solidárias sejam entre membros de partidos políticos, sociedades secretas e à margem da lei. *Arquiteto – investigador UNESCO- Institute for Water Education, Delft, Holanda Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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opinião

segunda-feira 25.3.2013

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David Chan*

macau visto de hong kong

Reunificação XI (Continuação)

N

a semana passada discutimos a admissão de estudantes de Direito em Macau e em Hong Kong. Os alunos têm de passar num teste de carácter em Hong Kong, teste esse que é raro ver em Macau. Também começamos a abordar a questão do ensino universitário. Hoje vamos continuar a falar deste tema.

Grande Quantidade de Docentes em ‘Part-Time’

Uma grande quantidade de professores em regime de ‘part-time’ produz resultados diferentes. Alguns têm boas competências, mas outros nem tanto. Os dois casos que se seguem demonstram bem a importância da competência no ensino.

A matéria, digamos LT, estava a ser dada por um professor chinês, funcionário superior do governo. O conteúdo desta matéria requeria a utilização do Português. Esta era a matéria de final de ano. No início, o professor usou os julgamentos portugueses como matéria de ensino. No entanto, no final do ano, os alunos não conseguiram cumprir porque o seu nível de português era mais ou menos equivalente ao dos níveis dois e três dos cursos do IPOR. Não conseguiam entender os julgamentos portugueses. O professor decidiu então mudar de método e começou a dar o primeiro capítulo de um manual português de modo a ensinar a língua portuguesa básica. Depois de completo o professor nunca mais voltou a ensinar português. Nas aulas seguintes pediu aos alunos para explicarem os artigos dados com a ajuda do dicionário. Muitos deles não o conseguiram fazer. Um dos objectivos do curso era reforçar o conhecimento dos estudantes relacionado com os termos legais portugueses. Seja o Direito Inglês ou Português, existem sempre termos legais. Estes termos são usados em situações específicas.Apalavra inglesa usada, por exemplo, para “defendant” usa-se em relação a quem está a ser processado. Mas não se pode escrever

Se houvesse um sistema com uma apreciação externa, a disputa, o exame, e a classificação dada pelo professor poderiam ser examinadas externamente. A universidade enquanto uma instituição de ensino moderna, tem de ter um procedimento transparente e justo “the accused is sued” porque em inglês a palavra “accused” significa alguém que é “defendant” num caso criminal. Há algumas semanas atrás, se estão lembrados, abordámos o significado de “solicitor” e “barrister”; não era o mesmo “advocado” em Português. Infelizmente era muito difícil de passar este tipo de conhecimento na pós-graduação de um curso de Direito.

O exame de LT consistia em duas partes independentes. A primeira, de “preencher o espaço em branco” contribuía com 50% do valor do teste. Havia apenas dez perguntas.

Os outros 50% resultavam de uma única pergunta de desenvolvimento. O exame tinha três páginas. Por outras palavras, o exame consistia em dez perguntas de uma palavra, e numa pergunta de resposta longa. Antes do exame, o professor deu algumas pistas para o trabalho de revisão. Um dos alunos seguiu essas instruções, para além de ter feito a sua própria pesquisa académica, que acabou por ser publicada num famoso jornal académico.

Mas esta foi a única disciplina a que passou.

Comparemos a matéria LT com a Criminal Law, uma cadeira de um ano. Era dada por um professor chinês em mandarim. Era um promotor público. O exame consistia em perguntas de verdadeiro ou falso, escolha múltipla, perguntas de desenvolvimento, etc. Tinha seis páginas. O aluno com a segunda pior nota pediu ao professor para lhe indicar que erros tinha cometido, mas este recusou. O caso foi denunciado ao Director do Programa e foi pedida uma apreciação

externa. A resposta do director do programa foi simples. Manteve-se em silêncio quanto à apreciação externa e disse que o aluno apenas tinha o direito de consultar o seu exame.

Agora, meus leitores, pensem nestes dois casos. No primeiro, um exame de três páginas, com dez perguntas de resposta de uma palavra e uma pergunta de resposta longa. No segundo, um exame de seis páginas com várias perguntas diferentes. Qual foi o critério da universidade na construção destes exames? Os padrões académicos destes dois exames foram semelhantes? A boa classificação numa pergunta de desenvolvimento vale a publicação de um artigo num famoso jornal académico? Was a “pass grade” essay-type answer equivalent to a paper published in a famous academic journal? Qual foi o padrão académico global deste programa de pós-graduação? A classificação de segunda pior nota para um aluno, sem justificação suficiente, foi uma acção positiva do professor em causa?

Se houvesse um sistema com uma apreciação externa, a disputa, o exame, e a classificação dada pelo professor poderiam ser examinadas externamente. A universidade enquanto uma instituição de ensino moderna, tem de ter um procedimento transparente e justo. Antes da última decisão, particularmente ao nível do julgamento académico, a universidade deveria levar em conta as opiniões de especialistas externos. É isto que se passa em Macau? Sem um sistema de apreciação, como é que as universidades podem aceitar opiniões externas, antes de fazerem o seu julgamento académico? Como é que se conectam com outras universidades a nível global?

Para a semana vamos ver como é que as questões acima mencionadas se resolvem no curso PCLL . Para além disto, se os alunos chumbarem no LL.B, não podem ser advogados em Macau. Quais são as suas segundas melhores escolhas?

Até para a semana. *Professor Associado no Instituto Politécnico de Macau

segunda-feira 25.3.2013

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entrevista

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Jim O’Neill, pai dos Bric, prevê o futuro da economia

“Xi Jinping herdou uma economia que já se está a ajustar” Min Zeng in WSJ

A

primeira coisa que se nota é o seu forte sotaque britânico de Manchester. Depois, talvez, o seu fato meio desalinhado. E de facto, Jim O’Neill é uma mistura curiosa de professor e banqueiro engravatado. Mas o conhecido economista foi quem percebeu, há mais de dez anos, o potencial de quatro países que a maioria dos investidores ignorava — Brasil, Rússia, Índia e China. Apelidou-os de “BRIC” e a sigla popularizou-se porque expressa muito bem uma nova tendência no poder económico global, que se inclina para longe dos grandes países desenvolvidos.

Vamos começar com a sua perspectiva para o crescimento global nesta década.

A minha opinião é controversa, pois creio que o PIB mundial entre 2011 e 2020 será maior do que em cada uma das três últimas décadas, graças aos Bric. A China cria uma nova Espanha a cada ano. Em 2011, em apenas um ano, o aumento do PIB, em dólares, nos quatro países do Bric foi equivalente a toda a economia da Itália. Em 2015, o PIB agregado dos quatro países do Bric provavelmente será maior que o dos Estados Unidos. Assim, os países do Bric serão, cada vez mais, o verdadeiro motor do PIB global.

Qual a sua expectativa para o desempenho dos quatro países do Bric? É quase certeza que o crescimento da China vai desacelerar dos 10% anuais para 7%.

Creio que a Índia pode crescer mais de 10% ao ano, mas não tenho certeza. Suponho que o Brasil vai crescer 5% e a Rússia, 4%.

Então é mais optimista a respeito da Índia?

Sem dúvida, a Índia tem o maior potencial de crescimento do grupo Bric nesta década.

Tem uma situação demográfica incrível.

Tem uma taxa de natalidade muito alta, ou seja, o perfil demográfico vai melhorando o tempo todo, e é muito jovem. Nos próximos 20 anos, o crescimento da população trabalhadora na Índia pode ser tão grande quanto o total de pessoas que trabalham nos EUA

hoje. É absolutamente incrível. Mas é claro que a Índia precisa fazer reformas para que isso aconteça. Para começar, precisa adoptar uma política de receber investimentos estrangeiros directos. Quando será que a Índia vai realmente abrir as portas para o investimento estrangeiro directo? Essa é a pergunta de um bilião de rupias. Já aprendi que, com a Índia, não se pode ter esperanças demais, pois a situação é muito complexa.

Por que a Rússia está para trás em relação aos outros Bric?

A Rússia tem a situação demográfica mais fraca. É também a mais dependente da produção de combustíveis. Creio que é bem possível que o preço do petróleo já tenha chegado ao pico, e que o superciclo dessa commodity esteja a chegar ao fim. Desde 2000, os preços do petróleo basicamente subiram, embora o pico absoluto tenha sido em 2008. Tenho dito este ano que os investidores devem ser pessimistas quanto ao petróleo, e continuo a pensar assim.

Qual é o maior risco para o crescimento dos países do Bric?

Acabamos de superar o maior risco: uma guerra comercial entre os EUA e a China.

Temia que Mitt Romney vencesse as eleições presidenciais americanas, mas agora este risco passou, e isso é uma boa coisa. Outro risco é que o governo chinês não consiga controlar uma mudança, ao estilo chinês, para a democracia. Creio que planeiam avançar as reformas políticas, mas isso vai acontecer lentamente. Já passei muito tempo na China e conheci muita gente importante.

Uma das coisas que mais falam é que desejam dar mais atenção à inovação e à criatividade.

Isso significa permitir que as pessoas sejam mais criativas e assumam mais riscos. É preciso dar mais liberdade. Assim, vou continuar a observar isso de perto. O processo é muito imprevisível. Pode ser dificílimo. Se os líderes do país não tiverem habilidade, a China pode sofrer graves consequências.

De que modo a mudança de foco da China para o consumo interno vai afectar as relações do país com os EUA e o crescimento global?

Acompanho de perto as tendências das vendas reais no consumo da China, e têm

sido fantásticas. Temos visto fortes sinais de aceleração. Creio que o presidente Xi Jinping herdou uma economia que já se está a ajustar. Se a tendência para o aumento do consumo interno ganhar força, isso deverá melhorar muito as relações entre EUA e China. Os EUA poderão vender mais e mais para a China, e não vão querer importar tantos produtos chineses. Os EUA passarão a ver a China não tanto como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade. É uma oportunidade fantástica para as firmas americanas de produtos de consumo que vendem para o mercado chinês. O ponto central desta década é que os EUA estão-se a tornar mais e mais como a China, e a China mais e mais como os EUA. É por isso que estou tão optimista quanto ao crescimento global. Fico surpreso ao ver que o FMI não está mais optimista quanto a essa tendência.

Se pensarmos na crise de 2008, a causa foi que os EUA estavam a consumir demais e a China a consumir muito pouco. Os EUA têm um défice comercial excessivo e a China tem um superávit comercial excessivo. Mas

ambos os países estão fazendo progressos significativos na direcção oposta. O défice comercial dos EUA está agora em uns 3% do PIB e o superávit comercial chinês em cerca de 2,5%. São números muito animadores.

Quais são suas projecções para a zona euro?

Desconfio que a Europa vai voltar a ser uma maçada. Pelos padrões europeus, os últimos dois anos foram emocionantes demais. No fundo, a Europa é uma região maçadora.

O potencial de crescimento da Europa é de cerca de 1,5% a 2% nesta década. Sim, a crise na zona do euro é dramática, mas acabaremos por resolvê-la de uma forma ou de outra. A grande pergunta é: Quando?

Essa é a pergunta de um trilião de euros.

E os EUA estão no caminho do crescimento?

Vejo um crescimento anual de 2,5% para esta década. Pelo padrão dos últimos 30 anos, isso seria decepcionante. Mas os EUA só cresceram uma média de 1,6% ao ano nos últimos dez anos. Os EUA têm dois dilemas. Primeiro, o país precisa produzir mais e consumir menos. E segundo, os EUA têm um enorme problema fiscal. Em alguns aspectos, a Europa está na frente dos EUA na maneira como enfrenta défices fiscais. Os EUA precisam apertar a sua política fiscal. O país não tem escolha. É claro que, no curto prazo, precisa dar apoio à economia, mas, no longo prazo, o défice fiscal deve ser atacado.

Qual é o Bric que mais gosta de visitar?

O Brasil, sem dúvida. Porque eles gostam de futebol e eu também. Em 2012, não fui à Índia, mas fui ao Brasil, à Rússia e à China.

Costumava ir à China com mais frequência.

Qual é o Bric que mais gosta de visitar?

O Brasil, sem dúvida. Porque eles gostam de futebol e eu também.

Tem alguma nova sigla para nós?

Não quero ser conhecido como o Sr. Sigla.

Já disseram recentemente que eu criei outra: MIST (“neblina”, em inglês), ou seja, México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia.

O que eu acredito é que esses quatro países, juntamente com os Bric, devem ser considerados como distintos dos demais países emergentes, pois respondem por mais de 1% do PIB mundial. São “gente grande”. Creio que os países do Mist vão-se sair bem nesta década, mas não tão bem como os Bric.

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segunda-feira 25.3.2013

c a r t oon pesca ao chipre por Steff

Portugal perde com Quénia em râguebi

Uma penalidade na última jogada ditou hoje a derrota de Portugal frente ao Quénia, por 15-12, nos quartos de final do torneio de Hong Kong, sexta etapa do circuito mundial de râguebi de sevens. Portugal adiantou-se no marcador aos três minutos, com um ensaio de Duarte Moreira, a que Pedro Leal acrescentou mais dois pontos da conversão, contudo a equipa queniana ainda antes do intervalo deu a volta ao marcador, com dois ensaios (Willy Ambaka e Dennis Ombachi) e uma conversão (Biko Adema). No recomeço, logo na abertura, Portugal empatou com um ensaio de Frederico Oliveira, mas uma penalidade na última jogada, convertida por Adema deu o triunfo aos africanos. Portugal vai agora disputar as meias-finais da Taça Plate, frente ao Canadá, numa disputa para os lugares entre o quinto e oitavo.

SCP Bruno de Carvalho é o novo presidente

Bruno de Carvalho, líder da lista B, recolheu 53,63 por cento dos votos para o Conselho Directivo, revelou o ainda presidente da Mesa da Assembleia Geral, Eduardo Barroso.

O empresário sucede assim a Godinho Lopes, tornando-se no 42.º presidente da história do Sporting.

Recorde-se que os resultados finais só serão conhecidos na terça-feira. A lista C, de José Couceiro, o principal concorrente de Bruno de Carvalho, arrecadou 45,35 por cento dos votos para o Concelho Directivo. Já Carlos Severino, que encabeçava a lista A, recolheu 1,02 por cento dos votos.

Quanto è escolha para a Mesa da Assembleia Geral, também a lista B ficou por cima. Jaime Marta Soares passará a presidir o órgão, que somou 50,47 por cento dos votos. A lista C arrecadou 44,46 por cento, enquanto a lista A somou 5,07 por cento. A lista B, aqui encabeçada por Bacelar Gouveia, venceu igualmente a corrida para o Conselho Fiscal e Disciplinar, com 43,77 por cento dos votos, contra os 35,18 por cento da lista C. A lista D (independente) somou 18,89 por cento e a lista A ficou-se pelos 18,89 por cento.

Mais visitantes chegaram a Macau em Fevereiro

Excursionistas no topo pub

M

acau recebeu 2.376.840 visitantes em Fevereiro, mais 11,5% do que no período homólogo de 2012, numa subida impulsionada pelo facto de o Ano Novo Chinês se ter celebrado no segundo mês do ano, indicam dados divulgados na sexta-feira.

De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), os excursionistas (mais de 1,2 milhões) representaram 53,2% do universo de visitantes que escolheram Macau como destino.

Do total, 1,5 milhões eram visitantes oriundos do interior da China, reflexo de um crescimento de 17,4% em termos anuais, sendo que 754.692 pessoas entraram com visto individual.

O número de visitantes de Hong Kong (602.137) também aumentou 15,8% em termos anuais, à semelhança do total de visitantes do Reino Unido (4.348) e da Rússia (2.044), mercados que registaram, em fevereiro, acréscimos de 3,3 e 9,8%, respetivamente, de acordo com os mesmos dados.

Em contrapartida, o número de visitantes provenientes de Taiwan (81.096) e Coreia do Sul (39.380) caiu, respetivamente, 2,7 e 13,3%, numa tendência seguida pelo mercado dos Estados Unidos (12.105, ou menos 6,6%), Austrália (6.571, ou menos 21,4%) e Canadá (5.236, ou menos 4,6%).

Nos dois primeiros meses do ano entraram no território 4.689.161 visitantes, valor que traduz um acréscimo de 2,1% comparativamente ao período homólogo do ano passado. - Lusa

Vettel vence GP da Malásia

O alemão Sebastien Vettel, em Red Bull, venceu, este domingo, o Grande Prémio da Malásia. Vettel, que garantiu a segunda vitória em duas provas, superou o colega australiano Mark Webber, também da Red Bull, para garantir a vitória no GP da Malásia. Na terceira posição ficou o britânico Lewis Hamilton (Mercedes).

Este Grande Prémio ficou ainda marcado pelo abandono precoce do espanhol Fernando Alonso, na segunda volta, após os toques com os dois monolugares da Red Bull.

Empreendedorismo para Cabo Verde

Cabo Verde recebeu o prémio `Country of the Year´ e o da categoria `Actividades per capita´ no Congresso Mundial da Semana Global do Empreendedorismo, que decorreu no Rio de Janeiro, no Brasil. O país foi distinguido devido à promoção do empreendedorismo por alturas da Semana Global do Empreendedorismo em 2012, realizada em parceria com a Agência de Desenvolvimento Empresarial e Inovação. Os galardões foram recebidos por Jacqueline Carvalho, vice-presidente adjunta da Associação dos Jovens Empresários de Cabo Verde (AJEC). “A atribuição deste prémio a Cabo Verde surpreendeu a própria Associação uma vez que, a concorrer ao mesmo, estavam gigantes com muito mais anos de estrada na promoção do empreendedorismo, como os EUA e o Brasil”, afirmou a AJEC em comunicado, organizadora da Semana Global do Empreendedorismo em Cabo Verde. A AJEC acrescenta que os prémios são “motivos de orgulho para Cabo Verde e para a Associação, associados, parceiros e patrocinadores”.