Hoje Macau 25 AGO 2016 #3643

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DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ

MOP$10

QUINTA-FEIRA 25 DE AGOSTO DE 2016 • ANO XV • Nº 3643

DENISE TRUSCELLO

BLUE MAN GROUP

Sangue azul

AUTOCARROS ELÉCTRICOS CIRCULAM À EXPERIÊNCIA

A partir de hoje passam a circular pela cidade duas carreiras de autocarros eléctricos. TCM e Nova Era são as operadoras que, a título gratuito, fornecem o novo transporte

à população. O aluguer, suportado pelo Governo, custa 600 mil patacas e vai durar um mês. A implementação de mais carreiras do tipo é ainda uma incógnita.

ENSINO

O amor está no ar PÁGINA 6

TIAGO ALCÂNTARA

VAMOS A VOLTS

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hojemacau

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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ENTREVISTA

MERCADOS

QUEM DÁ MAIS? GRANDE PLANO

UBER

Guia de marcha PÁGINA 5

Longe de casa

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JOSÉ DRUMMOND

PÁGINA 5


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MERCADOS IACM QUER ATRIBUIR LICENÇAS COM CONCURSO PÚBLICO

Mais competitividade, diversificação e estabilização dos preços. São estes os três objectivos que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais pretende atingir com a criação de concursos públicos para a atribuição de licenças, ao invés do sorteio

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UEM faz negócio todos os dias com a venda de carnes, peixes e legumes frescos no mercado poderá vir a ser alvo de uma mudança na forma como deve obter a sua licença de trabalho. Isto porque Ung Sau

REVOLUCAO NAS BANCAS

Hong, membro do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) disse, segundo o jornal Ou Mun, que está a ser planeada uma alteração na forma de atribuição de licenças para as bancas desocupadas.

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GRANDE PLANO

A ideia é que seja aberto concurso público em vez de atribuir as licenças por sorteio, para que haja um aumento da competitividade e da diversificação dos vendilhões e dos seus produtos, bem como uma estabilização dos preços.

433 total de pedidos de licença

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Ung Sau Hong explicou ainda que o IACM recebeu várias opiniões que referem que o actual modelo de atribuição de licenças não acompanhou a evolução do funcionamento dos mercados, sendo que, com o sorteio, não existe transparência no processo. A ideia


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Desde 2005 que o Instituto não cobra renda aos vendilhões dos mercados por forma a apoiar o desenvolvimento do sector e para que haja uma redução dos encargos. Dez anos depois, várias opiniões referidas pelo Ou Mun defendem que, embora os custos de operação dos mercados sejam baixos, a verdade é que o preço dos produtos frescos continua elevado, existindo a ideia de que a isenção da renda não trouxe quaisquer benefícios aos cidadãos. Também há que considere que os mercados municipais, sendo recursos públicos, não devem ter bancas herdadas pelos comerciantes ao longo dos anos, por forma a dar oportunidade a outros vendilhões. O IACM realizou um sorteio para a atribuição de 28 licenças esta segunda-feira, para bancas desocupadas nos mercados de São Domingos, Horta da Mitra,

Mercado Vermelho, Tamagnini Barbosa, São Lourenço e Coloane. No total foram feitos 433 pedidos de licença, sendo que duas bancas receberam apenas um pedido, tendo esse processo sido imediatamente aceite. Todas as bancas serão ainda atribuídas pela via do sorteio. Angela Ka (revisto por A.S.S.) info@hojemacau.com.mo

Contra o vazio Instituto justifica decisão para Seac Pai Van

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futuro mercado municipal de Seac Pai Van deverá ser gerido por um concessionário escolhido no âmbito de um concurso público, o qual deverá ser realizado no final deste ano. A ideia já tinha sido defendida, mas foi confirmada pela administradora do IACM, Ung Sau

Hong, ao jornal Ou Mun. A ideia de criar um concurso público para o efeito prende-se com o facto de existir um reduzido número de consumidores na zona. O IACM garante que irá avaliar os concessionários a concurso com base na sua experiência neste tipo de operações

Preços e queixas Deputados preocupados com decisão do IACM

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M declarações ao HM, o deputado Au Kam San defendeu que, antes de se avançar para a atribuição de licenças através de concurso público, o IACM deve resolver a contradição entre a criação do concurso público e a isenção da renda. Isto porque, para o deputado, a realização de um concurso público significa que quem propõe a renda mais elevada passa a ter a licença de operação da banca, mas depois existe a isenção da renda. Segundo o deputado pró-democrata, esta questão poderá gerar polémica junto dos comerciantes. Au Kam San alerta ainda para a possibilidade de se verificar um aumento dos preços, originado pelo facto de poderem ser apresentados a concurso público preços mais elevados por parte dos concessionários. “As pessoas pagam para terem a operação, mas esse dinheiro que é gasto vai reflectir-se depois nos preços a pagar pelos produtos. O concurso público irá aumentar os custos das operações, será que isso vai originar um aumento dos preços? É importante reflectir sobre isto”, apontou o deputado. Quanto ao mercado municipal de Seac Pai Van, Au Kam San garante que não existe o problema

da falta de pessoas. “Não sei se foi um pretexto do IACM. O mercado ainda está em construção e não há o problema de existirem poucas pessoas no local. Actualmente vivem em Seac Pai Van cerca de 30 mil pessoas, não podemos considerar que são poucas. É cómico afirmar que, como há poucas pessoas, se opta por fazer um concurso público em vez de sorteio”, criticou o deputado.

VANTAGENS DIVIDIDAS

Chao I Sam, vice-directora da União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM), disse ao HM que tanto o concurso HOJE MACAU

SEM BENEFÍCIOS

O IACM realizou um sorteio para a atribuição de 28 licenças, esta segunda-feira, para bancas desocupadas nos mercados de São Domingos, Horta da Mitra, Mercado Vermelho, Tamagnini Barbosa, São Lourenço e Coloane

TIAGO ALCÂNTARA

defendida pelo organismo é que através de um concurso públicos mais comerciantes tenham vontade de concorrer e ter o seu negócio. Apesar da alteração exigir uma revisão dos actuais regulamentos administrativos, o IACM confirma que ainda não há um calendário para a implementação.

Au Kam San

e na diversificação de produtos que apresentam, sem esquecer o facto das propostas apresentadas terem de beneficiar os cidadãos. Ung Sau Hong disse que ainda não vive muita gente em Seac Pai Van, sendo que o objectivo é evitar que o mercado fique vazio, pelo que a atribuição da concessão através de concurso público poderá trazer um maior dinamismo ao espaço. O mercado vai contar com uma zona de comidas preparadas, a qual vai ocupar um terço da área total. A ideia é que a zona de comidas preparadas possa ser gerida em cooperação com o concessionário. Por forma a responder aos pedidos dos cidadãos, já está definido que a área da venda de produtos frescos não vai ocupar menos de 60% do espaço. O local que vai albergar o futuro mercado municipal já está construído, mas eventuais necessidades de remodelação e ajustamento por parte do concessionário poderão obrigar a que a inauguração do mercado só seja efectuada no próximo ano. A.K./A.S.S. público como o sorteio são boas opções, já que ambas “têm as suas vantagens”. “O concurso público é apenas uma nova tentativa”, afirmou a responsável. “Mudar do sorteio para o concurso público pode aumentar a competitividade e levar de facto a uma estabilidade dos preços, o que é bom para os residentes, que assim conseguem obter os produtos a preços mais razoáveis. Acho que vale a pena tentar”, defendeu Chao I Sam. A vice-directora da UGAMM disse ainda que já existem bastantes queixas com os preços elevados e com o facto de muitas bancas nos mercados estarem vazias há algum tempo. “Com sorteio ou concurso público, os residentes esperam que as comidas sejam baratas. Não importa qual a forma que o Governo vai adoptar, o importante é reforçar a fiscalização.” Chao I Sam acredita ainda ser necessária uma revisão de alguns diplomas que regulam o sector. “O Código Comercial só regula a competição inadequada, o que basicamente só é aplicável à relação comercial entre os operadores. Para os actos inadequados como lucro excessivo, cartéis de fixação de preços ou monopólio da gestão não há uma definição definida. Portanto, é necessária uma revisão da lei contra monopólio e a lei de protecção dos direitos dos consumidores, para combater os comportamentos competitivos”, concluiu. A.K. (revisto por A.S.S.)


4 POLÍTICA

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FAOM QUER CORTAR NOS TNR E DAR MAIS À FUNÇÃO PÚBLICA

“O Governo precisa de se decidir”

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ESOLVER os problemas deixados "há demasiado tempo" por resolver na Função Pública. É esse o pedido dos deputados Kwan Tsui Hang, Lam Heong San e Ella Lei, que ontem ao final da noite fizeram o balanço de uma sessão legislativa que agora finda. "Além das melhorias do salário, a concretização do novo regime sobre o contratos é necessário, bem como o novo regime para tratar das queixas da função pública e da recontratação dos funcionários.

Também é preciso revolver as situações injustas que chegaram com a reforma do concurso centralizado de ingresso", frisa Lam Heong San, também vice-presidente da AL. O deputado refere-se ao contrato de trabalho que alguns funcionários ainda têm e que não lhes garante o trabalho a tempo inteiro e ao regime de queixas que o Governo prometeu, uma vez que o actual regime só permite que os trabalhadores se queixem aos superiores hierárquicos. Mas houve ainda outros assuntos a que os deputados deram atenção: como os trabalhadores não residentes. "Com a baixa economia, o Governo ainda está a continuar ou permitir mais quotas dos trabalhadores não residentes", queixou-se Ella Lei, referindo que vai continuar a exigir ao Governo que corte a quota dos trabalhadores não residentes, "utilizando acções práticas para mostrar a concretização do princípio da preferência dos trabalhadores locais". Ella Lei também voltou a pedir a concretização da revisão de alguns artigos da Lei Laboral, como a compensação dos feriados que coincidam com os fins-de semana. Outro dos ideais da deputada, que tem vindo a defender esta questão, foi a necessidade de haver licença de paternidade com férias pagas mais extensas. Ella Lei também referiu que, depois da situação dos empregados no caso do Hotel Palácio Imperial Beijing, se pode observar que os regimes de compensação e indem-

HOJE MACAU

Kwan Tsui Hang, Lam Heong San e Ella Lei querem mais regimes para melhorar os trabalhos dos funcionários públicos, mas também pedem o corte na quota dos TNR e uma decisão definitiva do Governo sobre a revisão Lei Laboral e ao regime de previdência central

nização salarial "precisam de ser melhorados".

CASAS NA MÃO

Os deputados consideram ainda que, para resolver a dificuldade enfrentada pelos cidadãos quanto à falta de residências, a chave é o aumento do fornecimento da habitação pública. "Estamos sempre a exigir ao Governo que tenha um plano provisório para a habitação pública nos terrenos que já foram anunciados que vão servir precisamente para esse fim. Ao mesmo tempo, o Executivo "também deve recome-

Ironia governamental

Residentes manifestam-se contra bomba de gasolina na Taipa

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OMO é que o Governo pode dizer que “tem por base a população” se ignorou os pedidos dos cidadãos? É a questão colocada por alguns residentes, que se manifestaram ontem contra a construção da bomba de gasolina na Estrada Almirante Marques Esparteiro. Na noite de ontem, uma faixa foi colocada no local onde, tal como a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes confirmou ao HM, foi retomada a construção da infra-estrutura. A faixa, contra a construção da bomba de gasolina no local onde está um jardim, faz uma pergunta

directamente ao Chefe do Executivo: “como é que entende que tem por base a população se ignorou os pedidos dos cidadãos? Contra a construção da bomba da gasolina, devolva o nosso jardim”. De acordo com os residentes, que criaram até uma página no Facebook, a polícia terá ido ao local para identificar os manifestantes. O residente que colocou a faixa disse que o Governo cobriu o facto de ter reiniciado a construção com tubos e plantas falsas à volta das obras. O residente também referiu que já colocou uma vez a faixa mas que esta foi retirada, deixando só a parte de “ter por

base a população”. “É irónico por que é exactamente o que nós queremos”, frisa. O residente disse que vai tomar mais acções, incluindo apelar a mais pessoas para irem ao local “colocar sacos plásticos usados como uma forma de manifestação”. Também vai marcar um encontro com a DSSOPT juntamente com outros residentes. Ao HM, deputados como Au Kam San e Pereira Coutinho disseram ter recebido reclamações dos residentes. Um dos motivos que mais preocupa a população é a proximidade à zona de queima de panchões e de residências. A.K./J.F.

çar alguns projectos que já foram parados há anos", referiu Ella Lei. “Também é essencial a promessa de que os terrenos de Macau vão servir as pessoas de Macau” no que aos novos aterros diz respeito, refere. Os deputados falaram ainda sobre a Lei de Terras, que tem gerado polémica, para dizer mais uma vez que consideram que esta não deve ser alterada.

SEGURANÇA SOCIAL

Os deputados também realçaram a importância da injecção contínua e reforçada no fundo de segurança social.

Quanto à proposta do regime de previdência não obrigatória, os deputados consideram que ainda existe insuficiências e pediram a participação obrigatória das empresas grandes e companhias do Jogo. Os deputados criticam ainda falta de um consenso sobre as comparticipações. "Deve ficar em 2:1 para os empregados e trabalhadores, isso é algo que vamos continuar a defender embora o Governo continue a não conseguir tomar uma decisão,” frisa Ella Lei. Angela Ka (revisto por J.F) info@hojemacau.com.mo

MAK HANG CHAN É NOVO SUBDIRECTOR SUBSTITUTO DA DSEC

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AK Hang Chan é novo subdirector substituto da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O anúncio foi publicado ontem, através de um despacho do Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, publicado em Boletim Oficial. A nomeação já teve início desde 15 de Agosto e estende-se por um ano. As razões invocadas para esta nomeação estão referidas no

despacho; como sendo, além da vacatura do cargo, a “competência profissional e aptidão por parte de Mak Hang Chan”. Mak Hang Chan já é funcionário da DSEC e licenciou-se em Ciências Sociais, com uma especialização em Contabilidade e Estatística pela Universidade de Southampton, no Reino Unido. Relativamente à experiência profissional, o currículo indica que de 1992 a 2007 exerceu

vários cargos neste mesmo organismo, tendo entrado como técnico de estatística, subindo a técnico superior e posteriormente como chefe de divisão. De 2007 a 2009 esteve como chefe substituto do Departamento de Estatísticas Demográficas, Sociais e do Emprego, cargo que acabou por ocupar em definitivo até receber esta nomeação.


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SOCIEDADE

Autocarros Eléctricos GOVERNO LANÇA OPERAÇÃO EXPERIMENTAL

RÁDIO-TÁXIS RESULTADOS DE CONCURSO SÓ NO QUARTO TRIMESTRE

A TCM e a Nova Era operam a partir de hoje duas carreiras de autocarros eléctricos, cujo aluguer custa 600 mil patacas. Não há ainda calendário para a implementação de mais veículos amigos do ambiente no território

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viagem começou às 11h00 e fez-se pela Taipa, com início pelo Edifício do Lago e passagens pelos Jardins do Oceano. Foi assim a viagem inaugural dos dois autocarros eléctricos que a partir de hoje vão estar disponíveis para a população, a título gratuito. Os autocarros, produzidos em Shenzen e Austrália e operados pela TCM e Nova Era, vão funcionar durante um período experimental de 30 dias, após o qual o Executivo vai criar directrizes para a implementação de mais destes veículos no território. O aluguer dos dois autocarros, suportado pelo Executivo, é de 600 mil patacas. Após a viagem com a comunicação social, Antony Ho, chefe de departamento da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), confirmou que não há ainda um calendário para que mais autocarros eléctricos operem no território. “Estamos neste momento em período experimental, por isso temos de ponderar mais sobre as estações de carregamento e o tempo máximo de circulação. Isso tem de ser coordenado com os locais para colocar os postos de carregamento. Temos que ponderar todos esses factores. Não temos um calendário mas temos de

HOJE MACAU

Circulação a meio gás aproveitar todos os dados obtidos por esse período de circulação experimental. Vamos ponderar também as propostas feitas por essas companhias”, disse.

MAIS CARO

Apesar do Governo ter vindo a incentivar a aquisição de autocarros eléctricos por parte das operadoras de autocarros, a verdade é que o valor da compra e manutenção destes veículos é mais elevado do que os autocarros movidos a energias não renováveis. “O Governo tem exigido às três companhias de autocarros

“Estamos neste momento em período experimental, por isso temos de ponderar mais sobre as estações de carregamento e o tempo máximo de circulação” ANTONY HO CHEFE DE DEPARTAMENTO DA DSAT

para estudarem a viabilidade da circulação dos autocarros eléctricos e também daqueles que utilizam as novas energias, como o gás natural. Estes autocarros têm um custo mais elevado, também em termos de funcionamento. Temos de ver se existem outras políticas para apoiar a adopção de autocarros eléctricos”, explicou Antony Ho. Neste momento, a Transmac é a única operadora sem condições para operar este tipo de autocarros. “As companhias manifestaram a intenção de colaborar com as políticas do Governo, mas se calhar é necessário mais algum tempo”, adiantou o responsável da DSAT. Um dos autocarros em funcionamento já tinha estado em exposição no Venetian em 2013. Mas estes testes são agora mais difíceis do ponto de vista técnico, disse Antony Ho. “Os dois planos têm condições de natureza diferente. O teste de 2013 foi numa superfície plana com zonas com menos pessoas, este é um plano onde se inserem mais factores. Temos mais dificuldades técnicas que o último teste não teve. Estamos a estudar a realização de mais testes.”

Um responsável da Nova Era não deixou de falar da falta de motoristas, apesar do panorama ter melhorado. “Abrimos o concurso para o recrutamento de motoristas e tentamos atrair motoristas mais jovens. Temos verificado um aumento do número de motoristas, mas se este número ainda não é suficiente, mas é melhor do que no passado.” O aumento foi de 8%, mas este ainda não é o ideal para cobrir o funcionamento em horas de ponta. “Para prestar um bom serviço ainda não é o ideal. Temos 460 motoristas e precisávamos de mais 40 ou 50. A idade média dos nossos motoristas é de 53 anos, 3% dos motoristas já ultrapassaram os 60 anos e verificamos que a idade média vai aumentar anualmente. Temos menos motoristas com menos de 40 anos”, concluiu. O horário de funcionamento dos autocarros será entre as 10h00 e as 14h00 e entre as 15h00 e as 21h00, com partidas a cada 30 minutos, sendo a partida do Edifício do Lago e o percurso até Macau.

Ó entre Setembro a Novembro se vai saber os resultados do concurso público para a obtenção de licenças de rádio-táxis. É o que confirma ao HM a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que diz que neste momento “está a acompanhar os trabalhos de adjudicação destas licenças especiais”. Inicialmente, depois de ter sido aberto um concurso público para a substituição da antiga empresa detentora dos rádio-táxis, a Vang Iek, só a Lai Ou Serviços de Táxi foi aceite. A empresa de David Chow, empresário detentor da Macau Legend, viu duas concorrentes serem chumbadas por não cumprirem regras do concurso. Depois, contudo, a Companhia de Serviços de Rádio-Táxis interpôs um recurso da decisão, que foi aceite pela DSAT, estando então as duas empresas aptas para receber a licença. O Governo tinha dito anteriormente que “no segundo ou terceiro trimestres” se saberia algum resultado, mas agora frisa ao HM a nova data. “Prevê-se que haja resultado no quatro trimestre do corrente ano, procurando que os serviços entrem em funcionamento no primeiro semestre do próximo ano”, indica a DSAT. O organismo afirmou que, pelo menos 50 rádio-táxis, devem começar a circular em 2017, incluindo cinco acessíveis a deficientes. J.F.

Andreia Sofia Silva

andreia.silva@hojemacau.com.mo

UBER AVISOU GOVERNO QUE DIA 9 DE SETEMBRO É ÚLTIMO DIA

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FINAL, a Uber já tem uma data certa para deixar Macau: 9 de Setembro. Apesar de ter rejeitado admitir directamente que iria abandonar Macau quando questionada pelo HM, na passada semana, a empresa tinha enviado já um documento ao Governo onde indicava claramente a decisão de deixar o território. “Pretendemos suspender o nosso serviço em Macau. O Governo não tem intenção de agendar a legislação para as empresas de transportes privados

e, ao mesmo tempo, multa de forma elevada os nossos condutores, o que impede o funcionamento em Macau. Raimundo do Rosário não aceitou os nosso pedidos”, pode ler-se no início da carta assinada por Mike Brown e Damian Kassabgi, responsáveis da empresa. Esta parte já era do conhecimento público desde a semana passada, depois do HM e jornal Ponto Final ter publicado que a empresa foi multada em dez milhões de patacas. Mas a data

certa não foi avançada pela empresa, que, questionada pelo HM, se limitou a dizer que “queria funcionar num ambiente livre de multas”. “Se o Governo ainda não avançou com a matéria, a Uber vai sair de Macau até dia 9 de Setembro, sendo este o último dia de funcionamento.” A empresa disse que não queria tomar esta decisão mas não tem outra solução. A carta foi enviada ao Chefe do Executivo a 16 de Agosto, e publicada dia 22, sem a Uber ter recebido qualquer resposta. A.K./J.F.


6 hoje macau quinta-feira 25.8.2016

O novo ano lectivo da DSEJ arranca com mais orçamento e manuais para uma maior formação do amor à pátria e a Macau. Aumento de alunos, de subsídios e de bolsas já estão definidos, sendo que haverá ainda um enfoque especial no ensino do Português e da área da Saúde

DSEJ ANO LECTIVO ARRANCA COM EDUCAÇÃO PATRIÓTICA E MAIS DINHEIRO

Muito amor para dar TIAGO ALCÂNTARA

SOCIEDADE

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NO novo vida nova. A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) avança mais um início das aulas com o lançamento de manuais de Educação Cívica e Patriótica para o ensino primário e com um aumento geral de subsídios. Este ano marca, assim, a primeira vez que são lançados e colocados ao dispor dos alunos os manuais escolares para a “educação moral e da educação do amor pela pátria e por Macau”. Com o nome de Educação Moral e Cívica, estes são manuais dirigidos ao ensino primário e vão ser utilizados paralelamente à realização de actividades que “cultivam e promovem nos alunos o amor pela pátria e por Macau e as boas qualidade morais”. Paralelamente, são reforçados os conteúdos escolares acerca dos assuntos nacionais e história e cultura tradicional chinesas. O ensino artístico também integra este aspecto nacional e será implementado o item a que a DSEJ chama de “Apreciar a Essência Nacional - Saborear a Ópera Chinesa”. Sun Yat-Sen não será esquecido e o novo ano tem prevista a realização de uma série de actividades comemorativas do seu 150.º

O

Hospital de S. Januário afirma não ter tido responsabilidades no processo que levou à morte de uma paciente vítima de cancro e que fez tudo o que estava ao seu alcance para apoiar a vítima. A informação é adiantada em comunicado de imprensa emitido pelos Serviços de Saúde (SS), na sequência da queixa avançada na terça-feira pelo viúvo da vítima, que entregou uma petição na Sede do Governo. O homem acusa o hospital de não ter dado a devida

aniversário. Além disso, para os alunos que tenham participado na jornada de educação da defesa nacional, é organizada uma visita de estudo à Casa Memorial do Dr. Sun Yat Sen, encorajando-os a darem maior atenção ao território através do conhecimento da sua história.

DE OLHO NAS NECESSIDADES

A DSEJ diz ainda que teve como referência a necessidade de quadros qualificados em Macau, pelo que lança também bolsas especiais

77

mil alunos inscritos nas 77 escolas de Macau

para apoiar alunos que optem por estudos nos cursos de Enfermagem, Terapia da fala e ocupacional, Fisioterapia, Estudos Portugueses e Tradução, áreas que têm vindo a sofrer com falta de profissionais. “[Vão ser] adoptadas novas medidas para garantir a qualidade do ensino, incluindo integração dos cursos desta língua no ‘plano de desenvolvimento das escolas’ como itens de financiamento prioritário”, frisa ainda a DSEJ sobre o ensino do Português, acrescentando que vai ser definido um limite mínimo do número de horas do ensino de Português nas escolas particulares. Os aumentos dos subsídios são ainda alargados à alimentação e a bolsas dentro e fora de Macau.

AUMENTOS PARA TODOS

A DSEJ destaca ainda o aumento dos subsídios escolares para “o

aperfeiçoamento da qualidade educativa”. Segundo os dados fornecidos pela entidade, os valores correspondentes aos subsídios para a escolaridade gratuita por turma: nos ensinos infantil o apoio sobe para 913.600 patacas, no primário para um milhão, no secundário geral para 1,2 milhões e no secundário complementar para mais de 1,3 milhões. Há

DESENVOLVIMENTO SEM LIMITES

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DSEJ anunciou ainda o arranque da terceira fase do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo. Segundo os dados divulgados pela TDM, na segunda fase do programa participaram cerca de 136 mil pessoas registando um aumento de 18% relativamente à primeira fase, em Dezembro de 2013. As autoridades enviaram 40 casos de abuso do apoio para o Ministério Público, sem serem ainda conhecidos os resultados. A terceira fase compreenderá um montante idêntico ao da anterior, em que são atribuídas seis mil patacas a cada residente que integrar o programa. Até agora o valor usado no programa foi de 560 milhões de patacas.

Faz-se o que se pode

S. Januário descarta-se de acusação por “negligência”

atenção ao caso da esposa, que viria a falecer a 3 de Abril, e pede agora uma indemnização para cobrir as despesas do funeral. “O CHCSJ tem acompanhado com enorme atenção esta situação”, lê-se em comunicado dos SS, onde estes avançam que a instituição pública avaliou todo o processo relativo à situação clínica da

doente. Para o efeito, procedeu a “várias consultas colegiais de especialidades, recolhendo opiniões e prestando esclarecimentos, por diversas vezes, à família e à doente, sobre o real estado de saúde”.

ACESSO DEPENDENTE

Acusado de não ter efectuado esforços no sentido de enviar a doente para cuidados num

ainda a registar a integração de uma escola particular no sistema escolar da escolaridade gratuita somando um total de 55 destas instituições no território. São mais de 77 mil os alunos inscritos nas 77 escolas de Macau para o ano lectivo de 2016/2017 e o número de professores aumentou para 7340 docentes, mais 3% do que no ano anterior.

hospital no estrangeiro, o São Januário argumenta que “cada caso é proposto pelo médico especialista assistente do doente conforme o seu estado de saúde, ao responsável do respectivo serviço que, caso concorde com a avaliação clínica, irá propor a situação à Junta para Serviços Médicos no Exterior”, que por sua vez homologará o pedido.

“Cada caso é um caso e o acesso aos serviços médicos no exterior depende da decisão clínica da especialidade”, defendem os SS. O queixoso argumenta que não foi efectuada uma revisão ao estado da sua esposa em 2011, quando foi pedido, e dez anos depois de ter sido sujeita a remoção do peito devido a um cancro de mama. Segundo o cidadão, o que lhe foi dito foi que, não tendo existido reincidências nos cinco anos subsequentes à cirurgia, não haveria regresso da doença.

Mais tarde a esposa acabou por ser diagnosticada com uma metástase nos pulmões em estado avançado que acabou por chegar ao cérebro e provocar a morte da doente. O HM tentou saber junto dos SS mais pormenores sobre o facto do pedido de exames não ter sido continuado, no entanto não obteve resposta até ao fecho desta edição. Sofia Mota

info@hojemacau.com.mo


7 hoje macau quinta-feira 25.8.2016

Foi ontem apresentada uma queixa acerca da demissão irrazoável de croupiers. A iniciativa foi tomada pela Associação Nova dos Direitos dos Trabalhadores do Jogo, liderada pela Cloee Chao em conjunto com dois excroupiers e foi entregue à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Ao HM, Cloee Chao informou que a Associação recebeu um total de seis queixas de despedimento em que, segundo os funcionários que as apresentarem, o motivo terá sido porque tinham sono. Quatro deles já arranjaram novos empregos e por isso não participaram na acção de ontem. Um dos funcionários em causa afirma que foi coagido, sob ameaça, a assinar uma carta de demissão voluntária. Um outro ex-croupier afirma que por não a assinar, acabou por ser despedido. Os seis trabalhadores consideram que as operadoras os demitiram antes de 2017 de modo a não pagar o bónus que depois dessa data seria exigido.

PONTE ENTRE ATERROS E ZONA A PRONTA ATÉ NOVEMBRO

O Gabinete para o Desenvolvimento de Infraestruturas (GDI) colocou ontem a concurso público a concepção e construção da ponte entre a Ilha Artificial e a Zona A dos Novos Aterros Urbanos. A informação publicada em Boletim Oficial (BO) dá ainda a conhecer que a empreitada tem um prazo máximo de execução até 30 de Novembro do próximo ano. O concurso abre sem definição de preço base, sendo que será considerado o preço global para a ponte e para as fundações faseadamente.

Jockey Club EMPRESA DIZ ESTAR A TRABALHAR EM PLANO SOBRE VIOLAÇÃO À LEI

Cavalos na corrida

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Jockey Club assegurou ao HM que tem conhecimento sobre a violação ao Código Comercial e admite estar a preparar uma proposta para repor a situação. A resposta da empresa chega depois de, há duas semanas, o HM ter avançado com a notícia de que a empresa violou a lei devido a ter contas que não batem certo com o que é obrigatório com o Código Comercial e que levariam empresas à dissolvência ou administradores à prisão. “O Conselho de Administração da nossa companhia já está informado sobre o assunto. Em Março, durante a conferência anual dos accionistas, também já [falámos] do artigo 206º do Código Comercial”, começa por frisar o Departamento das Relações Públicas da empresa. “A empresa também já implementou uma consulta a assessores profissionais e a elaboração de um plano de sugestões. O plano vai ser entregue à Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) em breve.” A DICJ disse ao HM que o Jockey Club tem até ao final de Agosto para “apresentar uma proposta com vista a solucionar a questão em causa”. A questão em causa, contudo, não é de agora. A Macau Jockey Club apresentou prejuízos de 88 milhões de patacas só no ano passado altura em que o seu capital social era inferior a metade do original, apresentando a empresa dívidas de milhões de patacas.

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Macauport – Sociedade de Administração de Portos perdeu um terreno em Coloane, junto ao porto de Ká Hó. O lote de 90 mil metros quadrados serviria para a expansão do porto, sendo que o prazo de arrendamento expirou em Abril de 2013 sem que este se mostrasse aproveitado. A empresa - administrada por Ambrose So e que tem como presidente do Conselho Fiscal José Chui

De acordo com o Código Comercial, o administrador da empresa que apresentar capital social inferior à metade viola a lei, devendo propor a dissolvência da empresa ou injectar o capital social novamente em 60 dias. Tal não aconteceu. Mais ainda, de acordo com o mesmo Código, se não se respeitar a regra de injecção de capital ou propor a dissolvência, o administrador é punido com pena de multa ou de prisão de três meses. A questão reside ainda no facto de que a empresa terá contas a negativo desde, no mínimo, 2005. Em 2014, por exemplo, as perdas foram de 54 milhões de patacas. Em 2013, foram de mais de 41 milhões.

TIAGO ALCÂNTARA

OPERADORAS ACUSADAS DE DESPEDIMENTOS ILEGAIS

SOCIEDADE

FUTURO EM ABERTO

“A empresa também já implementou uma consulta a assessores profissionais e a elaboração de um plano de sugestões. O plano vai ser entregue à Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) em breve”

Este já era Macauport perde terreno que servia para expansão do Porto de Ká Hó Sai Peng, deputado e empresário – detinha o terreno desde os anos 1990, quando este lhe foi adjudicado sem concurso público por arrendamento. O arrendamento seria válido “pelo período que durar a concessão da construção e exploração

do porto de Ká-Hó, até ao prazo máximo legal de 25 anos, contados a partir de 11 de Abril de 1988”. O Governo, de acordo com despacho do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, recupera não só o terreno, como “as benfei-

A Macau Jockey Club viu o seu contrato estendido até Agosto de 2017. O organismo liderado por Paulo Chan não explica o que se poderá passar se a empresa não encontrar uma solução. A empresa detém o monopólio das corridas de cavalos desde 1978 e conseguiu, desde 2005, pagar apenas 15 milhões de patacas anuais ao Governo, quando deveria estar a pagar o dobro de acordo com o contrato assinado em 1999, segundo o Macau Business Daily. No ano passado, Angela Leong revelou que estar a negociar com o Governo nova extensão do contrato, admitindo algumas alterações nas cláusulas de forma a que estas correspondam à diversificação económica almejada pelo Governo.

torias por qualquer forma incorporadas no terreno, livre de quaisquer ónus ou encargos”. A Macauport não tem direito a qualquer indemnização e o terreno vai integrar o domínio da RAEM, mas a empresa tem 30 dias para interpor recurso em tribunal. O HM tentou perceber junto de Chui Sai Peng se a Macauport tem intenções de contestar a decisão e que motivos levaram a que a empresa não expandisse

Joana Freitas

joana.freitas@hojemacau.com.mo

o porto de Ká Hó, mas o deputado e empresário não se mostrou disponível. A Macauporto é responsável pela operação do Terminal de Contentores do Porto de Ká-hó, em Coloane, tendo ainda como subsidiárias a Macauport Sociedade de Administração do Terminal de Contentores, Lda., a Companhia de Navegação Veng Lun Fat, Lda. e a Sociedade de Gestão do Terminal de Combustíveis de Macau. J.F.


8 ENTREVISTA

BLUE MAN GROUP

“A melhor noite de te

Andam nisto há mais de 20 anos, mas a idade não pesa. Os Blue Man Group estão em Macau até dia 28 de Agosto, prontos para lhe dar “a melhor noite” da sua vida. Teatro, comédia e música sobem ao Teatro do Venetian, naquela que é a digressão mundial dos homens azuis. Mas não sem antes Meridian, capitão do grupo, e Tony Aguirre, director musical, nos darem a conhecer um pouco mais do espectáculo. Os bilhetes ainda estão à venda e, sim, pode trazer as crianças e a alegria de viver

HOJE MACAU

MERIDIAN, CAPITÃO E ACTOR, E TONY AGUIRRE, DIRECTOR MUSICAL

Nasceram em 1987, começaram com espectáculos em 1991. Como é que conseguem manter a vitalidade ao longo de todos estes anos, de forma que não seja sempre a mesma performance? Acho que muita da energia e contínua inspiração para o espectáculo vem da própria audiência, porque o nosso espectáculo é tão interactivo que mesmo nós, ao fazê-lo, sentimos que é sempre diferente. Sentimos que estamos sempre a interagir com um quarto elemento, que será o público. E ao longo dos anos, essa contínua inspiração mantém-nos enérgicos. Também há as mudanças no mundo, que estão constantemente a acontecer. Somos muito curiosos e tiramos sempre ideias da cultura e das pessoas à nossa volta e incorporamos isso no nosso espectáculo, na evolução por que ele passa. Então o espectáculo é alvo de mudanças? Engloba a coreografia, a música, a própria performance? Pensamos nisso como uma evolução do espectáculo. Há certas coisas que se mantêm constantes, como a curiosidade que referi, o personagem Blue

Man, que tentamos que se mantenha de uma certa forma, na forma como interage com as pessoas, no seu carácter... É difícil de descrever, tentamos tirar algumas das nossas características pessoais para nos podermos abrir a algumas características mais profundas, que todos temos, para podermos celebrar a vida com a audiência. Essas são as constantes do espectáculo. Mas há novas tecnologias, os visuais, o design do palco... estamos sempre a inventar novas músicas e instrumentos. E claro, o personagem está sempre à procura de novas formas de interagir, de responder ao que se passa. Disse que absorvem o tipo de lugares onde estão, as pessoas e a cultura. Estão em Macau desde o início de Agosto... já vos inspirou de alguma forma para os vossos próximos espectáculos? (Risos) Vamos ver. Às vezes demora algum tempo para essas coisas acontecerem e ainda estamos no início da nossa digressão mundial, que começou [em Março] em Singapura. Só estamos nisto há uns meses e vamos continuar por algum tempo mais, por isso todos

os locais onde vamos pensamos “o que se passa aqui?”. Temos de recolher a informação e ver o que acontece da próxima vez.

mais actual, cá está. Nunca foi visto em sítio algum. E para todos nós nesta performance, incluindo eu, esta é a primeira vez.

Já estiveram na Ásia anteriormente? Alguns membros do espectáculo já cá estiveram, mas é a primeira vez que este espectáculo específico, que é o

Não têm problemas com a barreira da língua, presumo, porque não comunicam por palavras. Mas é fácil agradar ao público asiático? Exacto.As audiências asiáticas tendem a ser, ainda que nem sempre, mais tímidas à primeira impressão. Mas é óptimo ver, no final do espectáculo, que eles se põem de pé, a dançar e a divertirem-se como todos os outros espectadores. (Risos)

“O Blue Man é a personificação das melhores características do ser humano” “Adoro a interacção, as pessoas doidas com quem consigo trabalhar. É espectacular” MERIDIAN CAPITÃO E ACTOR

Sabemos que o Blue Man é o personagem, o ícone, por trás do espectáculo, mas como é que vocês o descrevem? O Blue Man é a personificação das melhores características do ser humano.A curiosidade, o desejo de conectar com os outros, o nosso lado criativo, a alegria e apreciação pela vida, está lá tudo. O Blue Man é um personagem que tenta perceber quem são as pessoas na audiência, para que servem os objectos à sua volta... é curioso e aberto a ideias.


9 hoje macau quinta-feira 25.8.2016

ENTREVISTA

eatro da sua vida” das novas ideias que chegam ao espectáculo. Phil [Stanton] veio à abertura do show em Singapura e vemo-los diversas vezes. Não quero falar por eles, mas acho que concordam que este trabalho é fruto do amor deles e mantém [os princípios de] como o criaram. Vocês são três Blue Man em palco. Mas quantos existem nesta digressão? Somos quatro, na verdade, mas apenas três sobem ao palco. Durante a semana vamos mudando, o que permite uma folga a cada um e também ter um substituto se houver uma lesão ou se alguém ficar doente. Depois temos a banda, que são quatro em palco mas têm dois substitutos. Ao todo, com a crew, somos 26. Mas há outros grupos a actuar como Blue Man noutras partes do mundo ao mesmo tempo? Sim, temos espectáculos em Nova Iorque, Boston, Chicago, Las Vegas (que já conta com dez mil espectáculos, o que é incrível), Orlando e Berlim. Mas nós somos os únicos na digressão mundial.

Tiveram algum tipo de treino para ser exactamente como o Blue Man criado por Matt Goldman, Phil Stanton e Chris Wink, fundadores do grupo? Sim. É interessante dizer “exactamente como esse personagem”, porque cada um de nós é um diferente Blue Man. Quando um dos outros no show interpreta o Blue Man, vai ser diferente de mim. Todos temos de encontrar a nossa forma de estar aliados à tal abertura de mente e ligação às pessoas de que falámos, de ser curiosos, de experimentar. Mas isso vai sempre ser diferente em cada um, por isso não podemos chamar “exacto”. Há muita variação. Ainda têm relação com os fundadores? Estão presentes diariamente? Sim, eles são os responsáveis pela empresa e estão envolvidos na criação

vivo: se um Blue Man atira com algo, ou apanha algo com a boca, salta de uma cadeira, há sons que vão com isso, que alguém faz num instrumento real em tempo real. O que é complicado porque não sabemos o que estes gajos vão fazer ou, ainda pior, o que a audiência vai fazer. Se um membro do público está em palco, temos de estar atentos do nosso “posto”, onde vivemos, para ajudar com os efeitos sonoros. E também temos música, que tocamos às vezes com os nossos fatos cheios de luzes... (risos)

TONY AGUIRRE DIRECTOR MUSICAL

Como é que integrou o Blue Man Group? Toda a gente integra o grupo vindo de áreas muito diferentes. Temos o exemplo do Meridian, que é um excelente pianista – não sei se ele mencionou isso – (risos). Eu venho de um background de Rock and Roll, durante toda a minha vida toquei esse estilo e integrei o show há uns cinco anos, numa audição em Orlando.

público que trazemos ao palco e, essa, não está definitivamente em nenhum guião, temos de nos adaptar ao que possa vir daí. Há uma combinação de música, representação, comédia. Ajuda o facto dos Blue Man terem um ‘background’ artístico? Sim, temos um outro que é actor também, mas fez mais teatro musical, temos outro que é dançarino e um músico. Mas não interessa se há esse background ou não, é mais se é possível à pessoa adaptar-se. Eles ensinam-nos, desde que estejamos prontos a desenvolver essas capacidades. Tony Aguirre, director musical. Como é que os ajuda a ser o Blue Man? De diversas formas. Fazemos muitos sons para acompanhar os movimentos deles e muitas das cosias são feitas ao

O que é que o Tony toca na banda, além de a liderar? Cordas: guitarras e alguns outros únicos instrumentos. Um deles é a Zether eléctrica (instrumento comummente utilizado para o estilo Folk no século XIX) e outro é o Chapman Stick (instrumento da família da guitarra criado nos anos 1970). Todos os instrumentos são baterias ou instrumentos de corda. Usamos muitos efeitos para criar sons interessantes necessariamente não vão ser os sons a que estamos habituados a ouvir destes instrumentos específicos.

Vocês criam a vossa própria música? É tudo original? Sim e não. Aquilo que é muito, muito fixe em ser um músico neste grupo é que a nossa música não é de pauta, um livro com notas. Aliás nem sei ler música. O que é espectacular é que toda a gente aprende a forma de tocar um bocado recorrendo à tradição oral: somos contratados e aprendemos as partes vendo, o que implica que haja mudanças e nunca seja igual. Porque cada um adapta. Depois, muita da música que a banda toca é baseada no movimento físico dos actores. Se um Blue Man salta de uma parte para

Há quanto tempo é Capitão? E como é o trabalho? Seis anos. Boston, Las Vegas e na digressão norte-americana. E agora nesta digressão mundial. O meu trabalho é ajudar-me a mim e ao resto da equipa a continuar a explorar o que é ser o Blue Man. Não é algo que se faz e já está: temos de continuar a encontrar formas, ao longo do tempo, de ser essa personagem em cada show, como se fosse a primeira vez que o fazemos. Isso exige concentração, mas também que estejamos a divertir-nos. O espectáculo tem um guião ou é diferente? Sim e não. Há uma linha orientadora, uma série de eventos que acontecem. Mas é muito dependente da audiência e de como ela interage. Fazemos quase as mesmas coisas, mas há respostas diferentes sempre, pelo que comunicamos – mesmo sem ser por palavras. E depois há sempre uma pessoa do

a outra, deixando pelo meio o que era suposto fazer, então temos rapidamente de criar algo para preencher essa acção. Às vezes criamos 16 barras de música num espaço onde não havia nada. E fazemos isso todas as noites. Podemos improvisar, mas dentro do estilo do Blue Man, dentro do universo.

LINDSEY BEST

E, através dessa interacção com o público, a ideia é fazer com que também as pessoas fiquem nesse estado de alma. Estamos todos em contacto, tal como em crianças, que somos naturalmente curiosos. Tentamos trazer às pessoas a lembrança dessa forma de ser.

O Meridian é um Blue Man há mais de uma década. Porquê a escolha? Achei que era algo que se adaptava a mim, em termos da diversidade artística que tem: música, sou formado em piano, representação, sou formado nisso também. E depois adoro a interacção, as pessoas doidas com quem consigo trabalhar. É espectacular. Não esperava estar a fazer isto, depois de tanto tempo, mas estou muito satisfeito que seja parte da minha vida e quero que continue.

“Às vezes criamos 16 barras de música num espaço onde não havia nada. E fazemos isso todas as noites. Podemos improvisar, mas dentro do estilo do Blue Man, dentro do universo”

EM BUSCA DO SENTIDO DA VIDA

M

att Goldman, Phil Stanton e Chris Wink decidiram há 25 anos que iriam fazer da sua vida “uma com sentido”. Resolveram seguir os seus impulsos criativos, que acabaram por dar origem à criação de uma personagem azul. Tinha nascido a companhia que actualmente é conhecida por Blue Man Group e que veio a desenvolver-se num pequeno teatro de Nova Iorque. Hoje, são uma companhia à escala global e premiada com os mais prestigiados galardões do entretenimento. A vida e obra do grupo do homem azul corre os palcos do mundo e os seus espectáculos já foram vistos por mais de 35 milhões de pessoas em cerca de 15 países.

Meridian, tanto tempo no Blue Man Group, tem de haver uma história engraçada que o tenha marcado. Há tantas coisas engraçadas, como pessoas que deixam o palco a correr, o que é mau dizer porque não quero que tenham medo de ir lá acima (risos). Mas tenho uma, de uma senhora de idade que estava sorridente e atenta e eu escolhi-a para ir ao palco. Passei dez pessoas para lá ir ter mas não me apercebi até chegar ao pé dela que era muito frágil. Arrisquei e, devagarinho, levantei-a. Uma senhora que estava com ela levantou–se também para a ajudar e, muito devagar, caminhamos em direcção ao palco. Mas foi tão devagar numa parte que era para ser rápida, que estava tudo em suspense. A nossa equipa maravilhosa, sempre a pensar à frente, preparou mais um lugar na mesa, algo que não é comum, para a acompanhante da senhora. Foi a primeira e única vez que tivemos duas pessoas no palco. Foi maravilhoso, a audiência estava em suspense a ver o que ia acontecer e foi fantástico.Apesar do espectáculo ser mais longo que o costume (riso). Para as pessoas que ainda não viram o vosso espectáculo, o que lhes podemos dizer? Meridian: Uma das coisas que tem de fazer se vive aqui ou se está cá de férias é vir ver o nosso espectáculo, não perca a oportunidade. Prometemos muitas gargalhadas e um tempo bem passado. Asseguro que vão estar de pé no final, com os braços no ar a divertirem-se imenso. Não percam. Tony: Pessoas boas de Macau, venham por favor ver o espectáculo. Vai ser, prometo, a melhor noite que alguma vez passaram num teatro. De sempre. Joana Freitas

Joana.freitas@hojemacau.com.mo


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hoje macau quinta-feira 25.8.2016

ANÚNCIO Consulta Pública n.° 09/SFI/2016 “Arrendamento do quiosque, com vista à sua exploração, sito no Parque Municipal Dr. Sun Yat-Sen” Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 29 de Julho de 2016, se acha aberta a consulta pública para o “Arrendamento, com vista à sua exploração, dos quiosques sitos no Parque Central da Taipa e no Parque Dr. Carlos d’ Assumpção”. O Programa de Consulta e o Caderno de Encargos podem ser obtidos antes do prazo para a entrega das propostas, durante os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau. A sessão de esclarecimento desta consulta pública terá lugar às 10:00 horas do dia 30 de Agosto de 2016 no Centro de Formação do IACM, sito na Avenida da Praia Grande, n.os 762-804, Edifício China Plaza, 6.º andar, Macau. O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 08 de Setembro de 2016. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo, sito no rés-do-chão do Edifício do IACM e prestar uma caução provisória de MOP3.000,00 (três mil patacas). A caução provisória deve ser entregue na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau, por depósito em numerário, cheque ou garantia bancária em nome do “Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais”, ou seguro-caução em nome do beneficiário “Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais”.

Assine-o

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no Centro de Formação do IACM, sito na Avenida da Praia Grande, n.os 762-804, Edifício China Plaza, 6.º andar, Macau, pelas 10:00 horas do dia 09 de Setembro de 2016.

TELEFONE 28752401 | FAX 28752405 E-MAIL info@hojemacau.com.mo

www.hojemacau.com.mo

Aos 11 de Agosto de 2016. A Administradora do Conselho de Administração ISABEL JORGE WWW. IACM.GOV.MO

COMISSÃO DE REGISTO DOS AUDITORES E DOS CONTABILISTAS AVISO Faz-se público, em conformidade com deliberação da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, de 19 de Janeiro de 2016, e nos termos do disposto no nº 1 do artigo 18º do Estatuto dos Auditores de Contas, aprovado pelo DecretoLei nº 71/99/M, de 1 de Novembro, no nº 1 do artigo 13º do Estatuto dos Contabilistas Registados, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/99/M, de 1 de Novembro, bem como do disposto no ponto 3) do artigo 1º do Regulamento da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 2/2005, de 17 de Janeiro, que nos dias 26, 27 de Novembro e 3, 4, 10 de Dezembro do corrente ano, irá realizar-se a prestação de provas para inscrição inicial e revalidação de registo como auditor de contas, contabilista registado e técnico de contas. 1. Prazo, local e horário de inscrição > Prazo de inscrição: De 18 de Agosto a 31 de Agosto de 2016 > Local de inscrição: Instalações da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, no 1º andar do “Centro de Recursos da Direcção dos Serviços de Finanças”, sito na Rua da Sé, n.º 30, em Macau. > Horário de inscrição: De 2ª a 5ª feira: das 09h00 às 13h00; das 14h30 às 17h45 6ª feira: das 09h00 às 13h00; das 14h30 às 17h30 2.

Condições de candidatura Auditores de contas: Podem candidatar-se todas as pessoas maiores, residentes ou portadoras de qualquer título válido de permanência na Região Administrativa Especial de Macau, que reúnam os requisitos gerais para registo como Auditores de Contas nos termos do artigo 4º do Estatuto dos Auditores de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/99/M, de 1 de Novembro, e que, no caso de revalidação de registo, tenham cumprido o disposto no artigo 10º do mesmo Estatuto. Contabilista registado e técnico de contas: Podem candidatar-se todas as pessoas maiores, residentes ou portadoras de qualquer título válido de permanência na Região Administrativa Especial de Macau, que reúnam os requisitos gerais para registo como contabilistas registados ou técnicos de contas nos termos do artigo 4º do Estatuto dos Contabilistas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/99/M, de 1 de Novembro, e que, no caso de revalidação de registo, tenham cumprido com o disposto no artigo 10º do mesmo Estatuto.

3.

Local de levantamento do boletim de inscrição O boletim de inscrição, os esclarecimentos relativos à prestação de provas, o regulamento das provas e as regras da prestação de provas relativas aos candidatos e conteúdo das provas podem ser obtidos no sítio da internet da Direcção dos Serviços de Finanças, no local relativo à CRAC (www.dsf.gov.mo) ou levantados nos seguintes locais: 1) Instalações da Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas, no 1º andar do “Centro de Recursos da Direcção dos Serviços de Finanças”, sito na Rua da Sé, n.º 30, em Macau. 2) Rés-do-Chão do Edifício da Direcção dos Serviços de Finanças, sito na Avenida da Praia Grande n.ºs 575, 579 e 585; 3) Centro de Serviços da RAEM, Rua Nova de Areia Preta Nº. 52; 4) Centro de Atendimento Taipa, Rua de Bragança, Nº 550, R/C, Taipa.

Em caso de dúvidas, agradecemos o contacto com a CRAC, durante as horas de expediente, através do telefone número 85995343 ou 85995344, ou através do e-mail crac@dsf.gov.mo. Direcção dos Serviços de Finanças, aos 11 de Agosto de 2016 O Presidente da CRAC Iong Kong Leong


11 hoje macau quinta-feira 25.8.2016

A Coreia do Norte continua a testar o programa de desenvolvimento de mísseis próximo dos países vizinhos. Desta vez foi o Japão que denunciou a entrada de um engenho na sua zona de identificação aérea. Há uns meses foi a Coreia do Sul a reclamar. A China já repudiou publicamente estes actos e voltou a mostrar “solidariedade” com os dois países em causa. Em Março o governo de Pequim já havia acordado com um pacote de sanções aprovado por maioria na ONU

A

China é contra o programa nuclear e de desenvolvimento de mísseis norte-coreano, afirmou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, horas após Pyongyang ter testado o lançamento de um míssil balístico na direcção do Japão. “A China opõe-se ao processo de desenvolvimento de capacidade nuclear e de mísseis, pela Coreia do Norte, e é contra acções que geram tensão na península coreana”, afirmou Wang aos jornalistas, após um encontro com os seus congéneres da Coreia do Sul e Japão, em Tóquio. Referindo-se à resolução aprovada em Março pelas Nações Unidas, que condena as acções militares da Coreia do Norte, incluindo o lançamento de mísseis, Wang acrescentou que “a China é contra qualquer acção que viole a resolução 2270 do Conselho de Segurança da ONU”. AChina é o aliado mais importante da Coreia do Norte e é responsável por 90% do comércio externo daquele país. Até há pouco tempo, as relações entre Pequim e Pyongyang eram descritas como “unha com carne”, mas a China tem assumido publicamente, um distanciamento face ao comportamento do líder daquele país.

ACTO “IMPERDOÁVEL”

O míssil balístico lançado ontem pela Coreia do Norte, a partir de um submarino, entrou na zona de identificação aérea do Japão pela primeira vez, denunciou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. “Esta é a primeira vez que um míssil da Coreia do Norte foi lançado a partir de um submarino para a zona de identificação aérea do nosso país”, disse Abe aos jornalistas, de acordo com a tele-

PEQUIM CONTRA PROGRAMA NUCLEAR DE PYONGYANG

Nações unidas

CHINA

Larga as armas

Xi Jinping reorganiza exército e prevê despedimento de milhares de efectivos

O

Governo de Pequim está a reestruturar as forças armadas e vai reorganizar os seus 1,55 milhões de efectivos nas Forças Terrestres do Exército de Libertação Popular (ELP) com o objectivo de aliviar a estrutura militar e melhorar a capacidade de combate em guerras modernas. Com este plano vários milhares de efectivos serão afastados. Este era um assunto até agora, intocável, mas desde a subida ao poder de Xi, a reforma é mesmo para avançar. Segundo avançou ontem o jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), o ELP, que conta com as maiores Forças Terrestres do mundo, irá transformar as suas 18 divisões actuais em “25 ou 30”. O plano deve incluir o despedimento de dezenas de milhares de efectivos, pelo que deverá encarar resistência dentro do ELP, refere o SCMP, que cita fontes próximas das Forças Armadas chinesas. Trata-se de mais um passo na reforma do Exército, anunciada no ano passado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e que inclui a redução de 300.000 efectivos, entre outras medidas.

visão pública NHK. O mesmo responsável qualificou o acto de “imperdoável”, considerando que constitui uma “grave ameaça” para a segurança do Japão e indicou que, apesar de ambos os países não manterem relações diplomáticas, Tóquio apresentou o seu protesto formal a Pyongyang através da sua embaixada em Pequim. O míssil caiu em águas que correspondem à zona de identificação aérea (ADIZ), área em que o Estado titular da mesma exige identificação às aeronaves estrangeiras que a atravessem.

GIGANTES DE ACORDO

À margem da Cimeira de Segurança Nuclear, que teve lugar em Washington, em Abril, Barack Obama e Xi Jiping acordaram unir esforços face à ameaça nuclear da Coreia do Norte, que já na altura, havia testado um novo míssil próximo da Coreia do Sul. Concordam em discutir formas “de desencorajar as acções com os testes mísseis nucleares que fazem escalar tensões na área

“A China opõe-se ao processo de desenvolvimento de capacidade nuclear e de mísseis, pela Coreia do Norte, e é contra acções que geram tensão na península coreana” MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS CHINÊS

e que violam as obrigações internacionais”, disse Obama. Por sua vez Xi, citado pela agência estatal chinesa Xinhua declarou que espera que todos os envolvidos implementem de “forma completa e estrita” o novo pacote de sanções ao regime de Kim Jong-un, recentemente aprovadas pelo Conselho Geral da ONU com o aval da China. Depois da reunião ao mais alto nível ter acontecido, foi a vez do Ministro dos Negócios Estrangeiros ter afirmado à imprensa que foi “uma conversa cândida e aprofundada e alcançaram um importante consenso”. Depois deste “acordo” Pyongyang tem continuado a fazer demonstrações da sua capacidade bélica.

SANÇÕES PESADAS

O pacote de sanções imposto à Coreia do Norte foi discutido no Conselho de Segurança das Nações Unidas e aprovado por unanimidade, em Março deste ano. Daqui resultaram restrições ao comércio, importação e exportação de matérias-primas, obrigação de inspecção de cargas provenientes e com destino a Pyongyang e sanções económicas pesadas contra bancos coreanos. Sanções diplomáticas e um embargo total à venda de armas ligeiras fazem parte deste pacote classificado por Samantha Power, embaixadora norte americana na ONU, “Como as mais severas medidas impostas pela ONU em 20 anos”. Antony Blinken, secretário de Estado adjunto dos EUA disse que as medidas “deixam uma mensagem forte e clara ao regime Norte coreano”. Mensagem essa que parece não tirar o sono nem demover das suas intenções de Kim jong-un que continua a atacar os vizinhos Japão e Coreia do Sul.

MAIS EFICAZ

Xi Jiping que chefia também a Comissão Militar Central (CMC), o braço político do ELP, quer que a reforma esteja completa em 2020. Desta forma, o Executivo chinês espera eliminar, aos poucos a estrutura soviética do ELP, tornando-a mais ligeira, rápida e funcional, enquanto moderniza as forças navais e combate a endémica corrupção dentro do Exército. Considerada intocável até há pouco tempo, desde que Xi ascendeu ao poder, em 2013, dois ex vice-presidentes da CMC foram já investigados por corrupção: Guo Boxiong, que foi sentenciado com prisão perpétua, em Julho passado, e Xu Caihou, que faleceu devido a um cancro, no ano passado, antes de ser julgado. A reforma ocorre numa altura em que a China se revela mais assertiva no Mar do Sul da China, onde mantém disputas territoriais com vários países vizinhos, e aumenta a influência militar em África e no Médio Oriente, após décadas em que adoptou uma política de “não interferência”.


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hoje macau quinta-feira 25.8.2016

ARTES, LETRAS E IDEIAS

12

a saga da taipa

José Drummond

Que estamos nós aqui a fazer, tão longe de casa? 24 - O HOMEM SEM ROSTO

“O

teu silêncio será de ouro e poderá salvar-te. Silêncio absoluto. Nem respires.” Foi com estas palavras que a “Viúva” acabou a sua história, que compreendo agora ser sobre o seu encontro com o pai do seu filho. E que o seu filho era o teu amante. Qual é mesmo o nome dele? Chaoxiong? A seguir enfiou-me neste quarto, amordaçado, deixando-me a porta aberta com perfeita colocação para ver tudo o que entretanto está a fazer a uma outra das suas vítimas. E, se existia esta angústia de não saber o que vai ela fazer comigo e que jogo começou, entretanto tudo é agora mais estranho. Ela conseguiu encontrar um acidente de trajecto na minha vida. Uma empregada de um bar com quem eu num momento de desespero cometi um erro. Um erro que nunca mais consegui remediar. A partir daí decidi deixar tudo no passado. Desculpa Daphne se nunca te falei nela. A verdade é que agora neste momento parece que não podemos deixar nada no passado porque o passado volta sempre sem que o desejemos. Sim, é verdade, menti-te. Existiu um grande amor antes de ti. Um amor que se estragou por incompetência minha. E não restou nada. Talvez até pudéssemos ter ficado bons amigos. Mas não foi fácil para mim. Com a pressão de ser um dos que eram chamados “filhos da terra” que muitos privilégios acumulavam. Com a pressão dos meus pais, extremamente tradicionais em muitos dos valores de definição do que esta cidade era ou devia ser, para que eu fosse fazer um mestrado em economia e política nos Estados Unidos. Futuro desenhado, que cumpri sem nunca lhes ter dito que o que eu queria realmente ser era realizador de cinema. Não foi fácil para um jovem adulto com 21 anos apaixonar-se por uma rapariga da China continental, levemente mais velha, que eles consideravam não ter futuro. Foi uma relação a que sempre se opuseram. E eu deixei-me contaminar e não lutei. Como se estivesse destinado a ser para todo o sempre inapto para a vida. Tudo começou na inauguração de um Casino qualquer. Ali estava ela a abrir as portas das salas VIP para os jogadores entrarem. Eu senti aquele olhar. Um olhar com a curiosidade de um potencial caso de amor. Não existiu

nada de platónico na nossa relação. Quase de imediato estávamos a ir jantar fora e encontrarmo-nos aqui e ali. Será que a memória me atraiçoa? Na minha cabeça faço um esforço para não imaginar o que imagino. Mas, agora neste momento, acabo sempre a rever aquela relação como a mais perfeita de todas. Uma relação real. Um real cheio de sorrisos e cumplicidades. Apercebo-me agora que tu serviste como uma aproximação e que me relacionei contigo através do reino silencioso da imaginação. Desculpa.... Aos dez anos de idade lembro-me que ainda não tinha nenhuma imagem concreta do que é que significa ter sexo. Tudo o que queria das miúdas era que elas segurassem a minha mão. Queria apenas encontrar um lugar onde pudesse ficar sozinho com elas. Mas isso também não era permitido. Os adultos nunca se sentiram confortáveis com essas situações. Não sei se foi por isso que comecei a olhar para raparigas levemente mais velhas. Com elas não havia esse problema. A minha cobardia já com essa idade se revelava. Com uma rapariga mais velha eu sentia-me sempre mais protegido. Não sei. Tudo é um pouco confuso. Sei que agora tudo é diferente. Sinto as coisas de modo diferente. E não sei porquê. Gostava de poder voltar a encontrá-la para lhe dizer algo. Pelo que a “Viúva” está a dizer ela é a filha que abandonou em bebé. As peças do puzzle começam a encontrar o seu lugar correcto. Gostava de a encontrar e dizer-lhe qualquer coisa fora do normal que me fizesse esquecer a minha cobardia. Fui cobarde com ela. Fui cobarde contigo. Sou cobarde agora que te vejo, como um fantasma, aqui à volta e

falo contigo como se tudo no mundo dependesse apenas do meu bem estar. Fui cobarde e egoísta. Gostava de a encontrar e ter coragem para lhe sussurrar todos os segredos. Do mesmo modo como sussurro para ti que, percebo agora, não passas de uma construção mental minha. Desculpa-me Daphne. Mas sim. Amei-a como não amei ninguém. E destrui tudo. Porque assim estava destinado. Porque sou fraco. Quando terminámos e eu sai da casa onde fui mais feliz os olhos dela foram água. Naquele momento toda a profundidade e brilho que conheci antes havia desaparecido. Muitas vezes parece-me como algo que aconteceu num sonho. Será que aconteceu mesmo? Está ainda muito presente em mim aquela sensação do toque na pele dela. Sabes por vezes parece que a felicidade não nos altera. Será que a tristeza o faz? Pensa na coisa mais triste da tua vida.

A coisa mais triste da minha vida sou eu próprio. O que aconteceria se eu parasse de confiar nos meus pais e tivesse confiado no amor? Porque continuo a lamentar as minha atitudes, ou, mais precisamente, a minha falta de acção? Abutres. Gostava de, finalmente, poder pensar nas palavras que tenho para lhe dizer. Já deveria ter falado com ela. Mas o que é que lhe deveria ter dito? Não teria sido tão difícil se a tivesse procurado quando voltei e lhe tivesse dito o que sentia. O que sinto. O que sinto agora enquanto oiço a “Viúva” a falar dela. Como o coração bate rápido. Se ao menos tivesse encontrado uma outra oportunidade. Se tivesse mais coragem. Mas isso parece impossível. E agora as

oportunidade parecem perdidas para sempre e não sei o que fazer. Agora sou a parte negra de mim. Agora sou a morte. Apenas com o amor conseguimos criar a ilusão de que não estamos sós. Mas agora percebo que se calhar não tinha 21 anos. Se calhar tudo isto aconteceu no ano passado. Todas estas mulheres malditas com nomes ridículos que existiram no meio dela e de ti. Com sorrisos cativantes. Jovens. Se calhar tudo isto foi no ano passado. Parece-me agora que elas foram sempre mais novas. Que ela era muito mais nova do que eu. Não tens mais nenhum lugar para estar Daphne? Num mundo completamente são não é a loucura a verdadeira liberdade? Como é que a voz consegue alguma vez articular as emoções mais escondidas dentro de nós? Será que o silêncio tem uma presença? E o que é que significa? Ninguém sabe realmente o que está a fazer aqui. Para o que veio. O que lhe está destinado. Porque estamos todos tão absorvidos com a nossa presença? Porque vejo sempre este homem velho a acenar para mim e eu a acenar de volta? Talvez se esta cidade não estivesse sempre debaixo de um capacete. Talvez assim a felicidade fosse possível. Se existisse um pouco mais de sol durante o ano. “Sunny / Yesterday my life was filled with rain / Sunny / you smiled at me and really eased the pain / Now the dark days are gone, and the bright days are here / My sunny one shines so sincere / Sunny one so true, I love you / Sunny / Thank you for your sunshine bouquet / Sunny / Thank you for the love you brought my way / You gave to me your all and all / And now I feel ten feet tal / Sunny one so true, I love you / Sunny / Thank you for the truth you let me see / Sunny / Thank you for the facts from A to Z / My life was torn like wind-blown sand / And a rock was formed when you held my hand (oh Sunny) / Sunny one so true, I love you / Sunny / Thank you for te smile upon your face / Sunny / Thank you, thank you for the gleam that shows its grace / You’re my spark of nature’s fire / You’re my sweet complete desire / Sunny one so true, yes I love you. 1 1. Sunny de Bobby Hebb.


13 hoje macau quinta-feira 25.8.2016

TEMPO

POUCO

?

NUBLADO

O QUE FAZER ESTA SEMANA Hoje CONCERTOS BLUE MAN GROUP (ATÉ 28/08) Venetian, 15h00 e 20h00

Diariamente

MIN

27

MAX

33

HUM

55-90%

EURO

9.01

BAHT

EXPOSIÇÃO “MEMÓRIAS DO TEMPO” Macau e Lusofonia afro-asiática em postais fotográficos Arquivo de Macau (até 4/12)

O CARTOON STEPH

EXPOSIÇÃO “EDGAR DEGAS – FIGURES IN MOTION” MGM Macau (até 20/11) EXPOSIÇÃO “PREGAS E DOBRAS 3” DE NOËL DOLLA Galeria Tap Seac (até 09/10)

SOLUÇÃO DO PROBLEMA 65

PROBLEMA 66

UM LIVRO HOJE

SALA 1

BEN-HUR [C]

Filme de: Timur Bekmambetov Com: Morgan Freeman, rodrigo Santoro, Jack Huston 14.30, 19.15

SHIN GODZILLA [B]

FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Filme de: Hideaki Anno Com: Yutaka Takenouchi, Hiroki Hasegawa, Satomi Ishihara 16.45, 21.30 SALA 2

TRAIN TO BUSAN [C]

FALADO EM COREANO LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Filme de: Yeon Sang-ho Com: Gong Yoo, Ma Domng-Seok,

Choi Woo-sik 14.30, 19.15, 21.30

CHIBI MARUKO CHAN - A BOY FROM ITALY [B]

SUDOKU

DE

EXPOSIÇÃO “O PINTOR VIAJANTE NA COSTA SUL DA CHINA” DE AUGUSTE BORGET Museu de Arte de Macau (até 9/10)

C I N E M A

YUAN

1.2

TABACO E BOM SENSO

EXPOSIÇÃO “ROSTOS DE UMA CIDADE – DUAS GERAÇÕES/ QUATRO ARTISTAS” Museu de Arte de Macau (até 23/10)

Cineteatro

0.23

AQUI HÁ GATO

EXPOSIÇÃO “THE RENAISSANCE OF PEN AND INK - CALLIGRAPHY AND LETTERING ART DE AQUINO DA SILVA Armazém do Boi (até 18/09)

ESCULTURA “LIGAÇÃO COM ÁGUA” DE YANG XIAOHUA Museu de Arte de Macau (até 01/2017)

(F)UTILIDADES

Não fumo. Não tenho dedos para isso e prezo muito a minha rica saudinha felina. Mas conheço quem o faça e que aprecie ir ali ao jardim, descansar e fumar um cigarrito em momentos de redacção atiçados. Ora bem, que não se possa fumar em recintos fechados eu até entendo, mas isto de em jardins públicos também não ser permitido umas baforadas de descompressão não é com certeza devido à falta de ventilação. Uma coisa é promover uma vida sem fumo e ter congruência nisso - que só com proibição da venda de tabaco seria conseguida - outra é permitir o mesmo e depois vir argumentar que por questões de saúde não se pode e tal. Que se não fume em restaurantes, cafés, escritórios e por aí fora, tudo bem. Que se não fume em esplanadas já questiono, mas pronto. Agora que não se fume em parques e jardins já me atiça os pêlos pelo preciosismo um tanto desnecessário e, quiçá, hipócrita. Ok, podem ainda dizer-me que podem perturbar quem por lá andar. Aí cabe ao bom senso de cada um, e se calhar a uma educação, evitar o incómodo alheio. Isto é válido para estes e muitos outros problemas cá do burgo. Que tal uma aposta na educação cívica? Não evitaria o deparar constante com “coisinhas” que tão facilmente roçam o ridículo e dificilmente promovem um verdadeiro civismo? E pronto cá vou eu para mais um dia de martelo pneumático Pu Yi à porta...

“A SOMBRA DO VENTO” (CARLOS RUIZ ZAFÓN)

Este é um daquele livros que, quando fechamos a última página, ficamos com pena. Uma história misteriosa passada em Barcelona durante a primeira metade do século XX, no período pós-guerra. Numa manhã de 1945, Daniel, um jovem, é conduzido pelo pai ao “cemitério dos livros”, um lugar misterioso no coração da cidade velha. Aí, encontra um livro que vai alterar o rumo da sua história e colocá-lo em situações perigosas, arrastando-o para uma espiral de intrigas e suspense onde o amor também está presente. “Daniel, não podes contar a ninguém aquilo que vais ver hoje...”. E é assim que começa! Hoje Macau

FALADO EM CANTONÊS Filme de: Jun Takagi 16.45 SALA 3

THE LETTERS [A]

Filme de: William Riead Com: Juliet Stevenson, Max Von Sydow, Rutger Hauer 14.30, 19.15

THE BFG [B]

Filme de: Steven Spielberg Com: Mark Rylance, Ruby Barnhill, Penelope Wilton, Jemaine Clemente 16.30, 21.30

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Angela Ka; Andreia Sofia Silva Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Drummond; José Simões Morais; Julie O’Yang; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Paulo José Miranda; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; André Ritchie; David Chan; Fernando Eloy; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Rui Flores; Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo


14 DIREITO DE RESPOSTA

hoje macau quinta-feira 25.8.2016

ESCLARECIMENTO AO JORNAL HOJE MACAU Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura

Na sequência da publicação de um artigo de opinião publicado na edição do Hoje Macau, do dia 23 de Agosto, entende este gabinete prestar alguns esclarecimentos relativamente à deslocação do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura ao Brasil entre os dias 3 e 8 deste mês.

políticas do governo brasileiro na formação dos atletas que participaram nestas olimpíadas. Por outro lado, no âmbito da saúde pública e preventiva, dos atletas, foi também possível compreender, in loco, como é que a organização brasileira dos Jogos Olímpicos lidou com as medidas para evitar a propagação e proliferação de mosquitos que provocam a doença pelo vírus Zika.

1. Sabemos há mais de 20 anos, das dificuldades inerentes ao desejo de sermos acolhidos na família olímpica. Macau não era membro do Conselho Olímpico Asiático e em Dezembro de 1988 conseguiu-o. O comprometimento público para com a causa olímpica, manifestamente demonstrada na construção de infra-estruturas, nas políticas para os atletas mas também na organização de eventos desportivos internacionais cuja capacidade organizativa, foi e é recorrentemente reconhecida, permite-nos acreditar que vale a pena prosseguir com aquela pretensão. Estamos naturalmente conscientes das dificuldades que a sua concretização acarreta nomeadamente do facto de dependermos de um conjunto de boas vontades dos membros do Comité Olímpico Internacional e também porque outros territórios chineses, como é o caso de Hong Kong e Taiwan, já fazem parte da família olímpica. 2. Macau, desde 2009, preside à Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP), o que revela bem a importância que a RAEM assume naquela organização. Aliás, esta presidência confere a Macau um prestígio e uma dimensão que ultrapassa largamente a pequena dimensão geográfica ou demográfica que, na verdade, a nossa região representa. 3. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura deslocou-se ao Rio de Janeiro após ter recebido um convite para, no âmbito da organização das olimpíadas, presidir a um jantar com os membros da ACOLOP, representados ao nível ministerial, como foi o caso do Brasil ou de Cabo Verde, ou ao nível dos comités olímpicos nacionais dos membros daquela organização. Neste contexto, o Doutor Alexis Tam foi, também, convidado para assistir à cerimónia de abertura e

7. Recorde-se ainda que o Governo Central confiou à RAEM a prestigiante tarefa de estabelecer uma plataforma entre a República Popular da China e os países de língua portuguesa. Este desiderato só é possível através da aproximação entre os países e através do estreitamento das relações pessoais e institucionais que se estabelecem entre os governantes. Daí que estes encontros internacionais, além de propícios, sejam fundamentais para o êxito dos desígnios que nos foram confiados.

a visitar algumas instalações desportivas.

com os dirigentes desportivos da República Popular da China.

4. A República Popular da China, tal como a grande maioria dos países e regiões presentes, fez-se, igualmente, representar ao nível ministerial, de vice-ministro e ao nível de director-geral.

6. A presença nos Jogos Olímpicos, ainda que ao nível político, porque o desportivo nos está vedado por não sermos membros do COI, ajuda a projectar a imagem de Macau e a aprofundar as relações de cooperação com outros países. Aliás, só assim foi possível conhecer, em particular, as medidas adoptadas pelo governo do Brasil relativas à segurança em grandes eventos desportivos, como são realizadas as acções de controlo antidoping, como são estabelecidos os protocolos de transportes de e para os locais dos eventos, e num âmbito mais político, como foram definidas as

5. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, seguiu aliás uma tradição que já remonta ao tempo da administração portuguesa, onde a Administração se fazia representar também ao nível de membro do governo e considera que a sua curta presença no Rio serviu para estreitar laços de cooperação, não apenas com os membros da ACOLOP mas também

8. Refira-se, ainda, que a qualidade das infra-estruturas desportivas existentes em Macau, mercê do grande investimento do Governo, continua a ser reconhecida e recordada por várias equipas olímpicas que por aqui passaram aquando da preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Disso nos deram conta. Daí que todo o trabalho efectuado pelo Governo em prol da evolução do Desporto deva ser contínuo e promovido a todos os níveis. Continuamos a acreditar que a construção do centro de alto rendimento permitirá dotar a cidade de uma infra-estrutura fundamental para a melhoria da qualidade dos nossos atletas. 9. Por último: Macau terá um atleta no Rio de Janeiro, nos Jogos Paraolímpicos que decorrem no próximo mês de Setembro. Desde 1988 que a RAEM faz parte do Comité Paralímpico Internacional e participa desde então, naquela competição. É de toda a justiça reforçar e relembrar que o Governo de Macau decidiu, em 2016, igualar o prémio monetário atribuído aos atletas sejam eles portadores de deficiência ou não. No desporto também seguimos o lema olímpico: Queremos ser mais rápidos, mais altos e mais fortes.


15 hoje macau quinta-feira 25.8.2016

OPINIÃO

bairro do oriente LEOCARDO

MARTIN SCORSESE, TAXI DRIVER

O

Exmo. Sr. Secretário para a Segurança da RAEM (também conhecido entre os meios marginais por “manda-chuva da chibaria) veio manifestar a sua “preocupação” com o aumento dos casos de criminalidade violenta em Macau. Preocupação que manifestou em seu nome e das Forças de Segurança em geral, sugerindo que se trata de um problema a que convém dar alguma atenção, pois a inacção é comprovadamente mais eficaz em casos de aguaceiros ou neblina matinal – a criminalidade violenta não “passa” se a ignoramos. Mas lá estou eu outra vez a conjecturar recorrendo apenas ao senso comum, algo que em Macau é tão abundante como a neve em Julho. O problema é que esta “criminalidade violenta” a que o sr. Secretário se refere tem o senão de estar directa ou indirectamente ligada ao sector do jogo, e aí, alto e pára o baile, que com a tropa não se manga, e pouco importa que esteja aí a jorrar sangue e precise urgentemente de aceder hospital mais próximo – a vaca sagrada resolveu deitar-se na estrada, e só saímos daqui quando ela quiser. Neste particular, entende-se por “criminalidade violenta” os crimes de sequestro, cárcere privado, e todos os demais afluentes desse grande rio que dá pelo nome de “agiotagem”. Fulano empresta um milhão a um pobre diabo que se deixou escravizar pelo vício do jogo, este promete devolver-lhe o quíntuplo dessa quantia “quando ganhar”, e depois é o que se sabe. Eu desconfio que estes malandrins tiram algum tipo de prazer mórbido desta neurótico empreitada. Quer dizer, é preciso ser idiota “muito acima dos cem por cento” para acreditar que este “investimento” virá a trazer o retorno inicialmente acordado entre as partes. Para mim isto é gente sádica, que faz do rapto, da tortura, da chantagem e do homicídio um fetiche, e cujo libido se alimenta dos prantos dos familiares das suas vítimas, a quem ceifam a vida com a mesma indiferença que um funcionário das finanças carimba uma declaração de rendimentos. É um mundo que não interessa mesmo nada conhecer. Pois é, muito comovente, sim senhor, mas mexer neste vespeiro não se recomenda, e é mau para o negócio. E depois como ficava o combate a esse flagelo ainda maior que dá pelo nome de – e certifiquem-se de que não estão crianças por perto quando estiverem a ler isto – UBER! Compreendo e resigno-me caso o jornal opte por censurar esta obscenidade criminosa que acabei de digitar. Até porque não existe legislação que me autorize a escrever “UBER” num

Ubermón, Go !

jornal diário, ou uma lei que permita a este publicá-la, portanto bem vistas as coisas, é possível que estejamos a incorrer de um ilícito criminal grave. Lembram-se da tal vaca sagrada mencionada mais acima neste texto, e da sua vontade soberana? Ah pois. Então é ilegal ou não? Como ficamos? Perguntem-lhe. Só pode ser mesmo o Jackpot dos crimes, este de fornecimento de serviço de transporte de táxi sem licenciamento, olhando aos meios humanos que as autoridades investem neste “combate”. Os “mas” é que são de perder a conta, a contar pela própria atribuição de competências; se a UBER está a cometer um crime económico, não caberá antes aos Serviços de Economia determinar a legalidade ou a falta dela, e fazer a respectiva fiscalização? E se realmente se trata aqui de um ilícito criminal “de chapa”, que tal chamar um carro da UBER, confirmar com o próprio motorista que se trata dessa companhia, e depois é só engavetar o biltre, que havia acabado de confessar o seu hediondo crime naquele momento. Dá para imaginar os meios logísticos empregues pelas autoridades para que tenham identificado 286 (!) casos de “transporte ilegal” em dez meses? Suspeito que estes números podem ficar aquém do número de taxistas autuados nos últimos seis ou sete anos. Enquanto no restante mundo civilizado se apanham “Pokemons”, aqui

“Só pode ser mesmo o Jackpot dos crimes, este de fornecimento de serviço de transporte de táxi sem licenciamento, olhando aos meios humanos que as autoridades investem neste “combate” em Macau o entretenimento da polícia é o “UBERMÓN, GO!”. E agora circulam rumores de que a UBER poderá cessar as suas operações em Macau já a partir do próximo mês, pois os mais de dez milhões de patacas dispendidos em multas não são propriamente um estímulo ao investimento (esta “curiosidade” fez manchete na edição de segunda-feira no Diário de Notícias, pasme-se!). E nunca em circunstância alguma a companhia em questão se propôs a substituir o serviço de táxis, ou se apresentou como alternativa: era apenas “mais um serviço”, como existem outros de transporte privado para além dos táxis.

Assim como estamos, o melhor mesmo é deixar andar a carroça, e pouco importa que um burro esteja cego, outro manco, e outro ainda especialmente inactivo já há alguns dias, e aquele afluxo de moscas à sua volta muito maior que as habituais duas ou três não auguram nada de bom. Até imagino como seria um encontro entre um agente da autoridade e um “criminoso violento”. - O meu amigo está aqui para à espera de alguém? E de quem, pode-se saber? - Concerteza, sr. agente. Estou à espera que uma das minhas tipas me venha entregar a massa que angariou hoje no “ponto”, para emprestar a um pobre pateta viciado na jogatina, com juros de 10 000%. - Ai sim, mas não está à espera de nenhuma viatura com a aplicação da UBER...ou não opera você próprio com recurso a essa aplicação, pois não? - Eu? Na. A minha área tem mais a ver com a usura, o sequestro, a extorsão, chantagem, tráfico de estupefacientes. Olhe, trafico pessoas também, quando calha. - Sim senhor, um empresário e pêras! Não o atrapalho mais, e desculpe o incómodo de lhe ter feito perder o seu tempo – tempo é dinheiro. Mas já agora, como bom cidadão que é, fique de olho nesses tipos da UBER. Não vão eles querer levar ao aeroporto alguém que esteja prestes a perder o avião por não conseguir encontrar um táxi. A lei é para se cumprir, ora. E a não-lei...depende.


A

Hengqin EMPRESA DE CHAN CHAK MO PODERÁ PAGAR MULTAS DIÁRIAS

Minha rica montanha

fique provado que o atraso se deva a “razões de força maior ou governamentais”. A Future Bright explica que já fez um novo pedido de autorização e nega a violação contratual, frisando que os atrasos devem aos “prolongados contactos feitos entre o Grupo e

vários departamentos do governo de Zhuhai”. Os problemas do terreno são ainda uma das causas apontadas. No comunicado enviado à Bolsa de Valores, a Future Bright garante que os trabalhos de construção das fundações deverão fi-

N APANHADO SUSPEITO DE ROUBO DA AREIA PRETA

Foi detido ontem pela Polícia Judiciária o homem suspeito de assalto com um bastão extensível. O crime teve lugar no parque da Areia Preta no passado dia 15 e a vítima era uma mulher. As autoridades averiguaram que no dia seguinte ao delito o suspeito tinha saído do território através das Portas do Cerco. Na tarde de anteontem o suspeito voltou à RAEM e foi capturado ao atravessar a mesma fronteira. A PJ acredita que o suspeito tivesse emprestado dinheiro e que andava à procura do devedor que não encontrou. Sem dinheiro, acabou por tentar assaltar a vítima mas acabou por não conseguir roubar a carteira da mulher, tendo-se envolvido numa luta que acabou em ferimentos na cabeça da queixosa.

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quinta-feira 25.8.2016

Alberto Eduardo Estima de Oliveira

GONÇALO LOBO PINHEIRO

Future Bright Holdings, empresa do sector da restauração e imobiliário da qual o deputado indirecto Chan Chak Mo é o principal accionista, corre o risco de ter de pagar ao Comité Administrativo de Planeamento e de Terras da Nova Zona de Zhuhai multas diárias no valor de 628 mil yuan, caso fique provado que não conseguiu cumprir os objectivos constantes no contrato ligado ao projecto na Ilha da Montanha. Segundo um comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a situação deve-se ao pedido feito pela empresa para a extensão do tempo dos marcos de desenvolvimento da nova zona, feito em Julho do ano passado. O Comité alega “uma possível violação do contrato de venda do terreno em causa”, devido à alegada “incapacidade” da Future Bright Holdings em “obter a licença para realizar os trabalhos de fundações até primeiro marco de desenvolvimento, 28 de Novembro de 2015”. O comunicado refere que as autoridades de Zhuhai aconselham a empresa de Chan Chak Mo a fazer um novo pedido. As multas poderão ser evitadas caso

de espanto / os olhos / nasciam / por dentro / dos novelos/ aflorando / ao corpo/ sedento / de vida / moído / de canseira / dos rápidos / artérias / pulsava quente / a seiva / flor de / amendoeira”

A madrugada de quarta-feira a região centro de Itália foi assolada por um violento sismo de magnitude 6,2 na escala de Richter. O abalo deixou um cenário de destruição em várias localidades de Perugia. Com o epicentro a dez quilómetros de profundidade, foi sentido na capital, Roma, a mais de 150 quilómetros. O número de vítimas mortais não pára de aumentar.Até ao fecho desta edição havia 38. Equipas de resgate encontram-se no terreno e governo disponibilizou contingente especial. O relógio registava exactamente 15h36 quando a região de Perugia foi sacudida pelo sismo. Várias réplicas se seguiram - de 5,5 e 4,6 e 4,3 - acabando por deitar abaixo o que tinha resistido aos cerca de 20 segundos que durou o abalo.

POVOAÇÕES ISOLADAS

As cidades mais afectadas são Accumoli, Amatrice, Posta e Arquata del Tronto e as primeira vítimas registadas foram um casal

car concluídos “em breve”, sendo que “os trabalhos de construção poderão ficar concluídos na segunda metade de 2017”.

OUTRAS CULPAS

Na área do imobiliário, a empresa sediada em Hong Kong registou

Itália destroçada

Sismo deixa rasto de destruição na região de Perugia

de idosos cuja casa em Pescara del Toro, na região de Marcas, ruiu logo após o primeiro abalo, de acordo com a imprensa italiana. “Não temos luz, nem telefones”, afirmou Stefano Petrucci, o autarca de Accumoli, localidade com um hotel onde se suspeita haver turistas bloqueados. O facto do sismo se ter registado durante a madrugada não permitiu às primeiras horas do dia ter uma ideia clara da dimensão do acidente. “Agora que há luz do dia, vemos que a situação é mais terrível do que temíamos, com edifícios que colapsaram, pessoas debaixo dos escombros e nem sinal de vida”, acrescentou. Outra das localidades afectadas é Amatrice que fica numa região montanhosa, pelo que a possibilidade de haver deslizamentos de terra é grande.Acidade tem cerca de 2800 habitantes. Na região de Lácio, a zona é das mais

atingidas pelo forte sismo, tendo Sergio Pirozzi, autarca da cidade, referindo que “metade da cidade desapareceu” . “Não há estradas de acesso à cidade, a povoação está praticamente isolada, por isso quem vier para cá tem de encontrar uma via alternativa. Há zonas que deixaram de existir. Estamos a tentar desimpedir outras vias

algum abrandamento por culpa da diminuição de algumas rendas cobradas em edifícios sediados em Macau. No total, houve uma perda de 6,6%, 14,1 mil milhões de dólares de Hong Kong, em parte devido à redução da renda do edifício comercial de Macau, localizado na ZAPE. “O investimento no mercado imobiliário tem estado sujeito à pressão da redução das rendas devido ao abrandamento da economia de Macau, e houve arrendatários que começaram a pedir uma redução da renda. O investimento na área do imobiliário manteve-se estável neste período, com ganhos constantes das rendas dos edifícios Macau Commercial Building”, sem esquecer a Casa Amarela, localizada junto às Ruínas de São Paulo. A empresa registou lucros de 12,7 milhões de dólares, menos 3,8%. Andreia Sofia Silva

andreia.silva@hojemacau.com.mo

para deixar circular os veículos de emergência.”

EXÉRCITO NO TERRENO

O governo italiano está a acompanhar a situação tendo o Ministro das Infra-estruturas, Graziano Delrio, visitado a região atingida. Foram também mobilizados meios de socorro de Roma para prestar auxílio a toda a região devastada. O exército também está no terreno com um contingente especial e participa nas operações de salvamento e resgate, juntamente com os bombeiros e grupos de voluntários. A polícia está em força nas ruas, não apenas para prestar apoio mas para prevenir situações de roubo ou pilhagem nos edifícios afectados pelo sismo. Num comunicado feito pelo Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT), foi dado conta que este organismo está a acompanhar a situação. “Das informações recolhidas, não há indicações de que grupos de excursão de Macau ou residentes de Macau tenham sido afectados.”


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