Asas curtas
É fundamental internacionalizar o mercado de turismo na RAEM. A afirmação é do secretário para a Economia, Lei Wai Nong, que reconhece a insuficiência de ligações aéreas com o estrangeiro. Enquanto se discute na AL a liberalização do sector da aviação, o Governo anuncia, para já, a retoma dos voos para a Indonésia.
O caldo está entornado
As águas residuais da central nuclear de Fukushima começaram ontem a ser despejadas no oceano, situação que levou à proibição de importação de produtos em Macau, Hong Kong e Interior da China. A Agência Internacional de Energia Atómica supervisionou a descarga e indicou que a concentração de trítio na água está abaixo do limite esperado
Ooperador de Fukushima
Daiichi, a Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), começou ontem o lançamento para o oceano de águas residuais radioactivas tratadas e diluídas da central nuclear.
Num vídeo transmitido ao vivo da sala de controlo da central, a TEPCO mostrou um membro da equipa a ligar a bomba que descarrega as águas para mar às 13h03 (hora local), três minutos após o início da etapa final, num processo que poderá prolongar-se até 2050.
A bomba enviou o primeiro lote de água diluída e tratada de uma piscina de mistura para uma piscina secundária, a partir da qual a água é libertada no oceano, a um quilómetro da costa, através de um túnel submarino.
O arranque aconteceu só depois da TEPCO confirmar que não havia qualquer impacto devido ao lançamento por parte da Coreia da Norte de um alegado satélite espião, que provocou a activação do alerta antimíssil no sul do arquipélago do Japão.
A TEPCO tinha avisado que a central de Fukushima Daiichi poderia, no início de 2024, ficar sem espaço para armazenar cerca de 1,33 milhões de toneladas de água, proveniente de chuva, água subterrânea ou injecções necessárias para arrefecer os núcleos dos reatores nucleares.
A operadora pretende libertar 31.200 toneladas de água tratada até ao final de Março de 2024, o que esvaziaria apenas 10 dos cerca de mil tanques de armazenamento, embora o ritmo de descarga deva aumentar mais tarde.
A preparação tinha começado na terça-feira, após o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ter dado o aval final numa reunião dos ministros envolvidos no plano, aprovado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Ainda na terça-feira, uma tonelada de água tratada foi misturada com 1.200 toneladas de água do mar, sendo que a mistura foi mantida na piscina primária por dois dias para amostragem final para garantir a segurança, disse um executivo da TEPCO.
Junichi Matsumoto tinha dito que, na primeira fase que deverá durar cerca de 17 dias, iriam ser descarregados cerca de 7.800 metros cúbicos de água contendo trítio, uma substância radioactiva que só é perigosa em doses muito concentradas.
“Ao despejar a água no oceano, o Japão está a espalhar riscos para o resto do mundo e a passar uma ferida aberta para as futuras gerações da humanidade. MNE CHINÊS
“Especialistas da AIEA recolheram esta semana amostras das águas preparadas para as primeiras descargas”, afirmou num comunicado o órgão da ONU que supervisiona a operação. “A análise realizada de forma independente no local confirmou” que a concentração da substância radioactiva trítio estava “bem abaixo do limite operacional de 1.500 becquerel (Bq) por litro”.
Protestos na Coreia
A libertação de água começa quase 12 anos e meio após a fusão nuclear de Março de 2011, causada por um forte terramoto e tsunami. O plano levantou preocupações entre grupos de pescadores japoneses e também nos países vizinhos, provocando protestos de rua na Coreia do Sul, que levaram ontem à detenção de mais de dez pessoas que tentaram entrar na embaixada japonesa em Seul durante uma manifestação, informou a polícia local.
Um pequeno grupo de manifestantes reuniu-se em frente à embaixada, segurando cartazes nos quais se podia ler: “O oceano não é a lata de lixo do Japão”. Por sua vez, a agência sul-coreana Yonhap indica que 16 pessoas, todas estudantes universitárias, foram detidas por esta tentativa de intrusão. Outros manifestantes foram dispersos e a polícia restringiu o acesso ao edifício que alberga a embaixada pouco depois deste incidente.
Seul apoiou publicamente a decisão de Tóquio de descarregar água contaminada da central nuclear danificada de Fukushima, mas apelou a uma maior transparência no processo.
“Apelo ao governo japonês para que publique informações sobre lançamentos de forma transparente e responsável durante os próximos 30 anos”, disse ontem o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo.
O chefe do Governo sul-coreano reconheceu que não há razões para uma “preocupação excessiva”, porque o plano aprovado pelas autoridades japonesas, que recebeu a aprovação da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), não deverá causar danos significativos.
“Embora o cenário ideal fosse evitar completamente a descarga de água contaminada, os peritos de todo o mundo partilham a opinião de que não é necessária uma preocupação excessiva da população”, sustentou.
Alimentos proibidos
A descarga de águas residuais de Fukushima levou as autoridades de Macau e Hong Kong, bem como a própria China, a proibir a importação de determinados alimentos, tal como peixe, marisco, frutas, legumes, ovos, algas e sal marinho, de
dez zonas do país, nomeadamente Fukushima, Chiba, Tochigi, Ibaraki, Gunma, Miyagi, Niigata, Nagano, Saitama e Tóquio. A suspensão de importação poderá afectar o abastecimento de restaurantes japoneses em Macau, foi noticiado esta quarta-feira, apesar de representantes do sector estimarem que o impacto será pouco significativo.
Em comunicado, o Governo de Macau declarou que o Japão “ignorou as fortes dúvidas e a firme oposição da comunidade internacional, lançando forçosamente o plano de descarga de águas contaminadas da central nuclear de Fukushima no mar”, pelo que as autoridades locais estão “muito preocupadas com o incidente”, ma-
nifestando uma “forte oposição”. Há vários meses que o Instituto para os Assuntos Municipais tem vindo a realizar análises à comida importada do Japão, a fim de testar níveis de radioactividade e eventuais perigos para a saúde pública.
Segundo a agência noticiosa Xinhua, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês manifestou-se ontem novamente contra a decisão das autoridades japonesas, tendo solicitado ao Governo de Fumio Kishida o fim da operação.
“A China opõe-se firmemente e condena [este acto] com veemência. Fizemos sérias diligências junto do Japão e pedimos-lhe que pusesse termo a este acto ilícito”, afirmou o porta-voz do MNE num comunicado. O porta-voz afirmou também que a eliminação das águas contaminadas da central nuclear de Fukushima é uma questão importante em matéria de segurança nuclear e que o seu impacto ultrapassa as fronteiras do Japão, não sendo de modo algum um assunto privado do país.
O MNE chinês entende que este acto “é extremamente egoísta e irresponsável que ignora o interesse público global”, pois “o oceano pertence a toda a humanidade”.
“Ao despejar a água no oceano, o Japão está a espalhar riscos para o resto do mundo e a passar
Nos primeiros 17 dias serão descarregados cerca de 7.800 metros cúbicos de água contendo trítio, uma substância radioactiva perigosa em doses muito concentradas
uma ferida aberta para as futuras gerações”, adiantou o porta-voz. Para a China, está em causa uma infracção “dos direitos das pessoas à saúde, ao desenvolvimento e a um ambiente saudável, o que viola as responsabilidades morais e as obrigações do Japão ao abrigo do direito internacional”. O MNE entende ainda que, “a partir do momento em que o Japão iniciou a descarga, colocou-se no banco dos réus perante a comunidade internacional e está obrigado a enfrentar a condenação internacional durante muitos anos”.
Impacto no turismo?
Ouvidos pela rádio e televisão públicas de Hong Kong, a RTHK, dois representantes do sector do turismo comentaram a possibilidade de o sector vir a ser afectado devido à descarga das águas residuais de Fukushima. Steve Huen, director
executivo da EGL Tours, especializada em viagens ao Japão, afirmou que o impacto pode ocorrer, sendo, no entanto, de curta duração.
Na quarta-feira, adiantou o responsável, o número de pessoas de Hong Kong que se inscreveram para excursões no país sofreu uma redução de 20 por cento face aos dois dias anteriores. “Não creio que os efeitos sejam duradouros. É claro que toda a gente vai observar a situação, mas talvez quando virem que não há problemas, comecem a viajar para o Japão novamente. Penso que levará muito pouco tempo para os números voltarem ao normal, penso que dentro de duas a três semanas”, disse Huen. Por sua vez, Fanny Yeung, directora executiva do Conselho da Indústria de Viagens de Hong Kong, fala de um efeito negativo mais duradouro, com uma quebra de 20 por cento no número de visitantes nos próximos meses. “A comida de lá, especialmente o peixe fresco, é algo muito desejado pelos viajantes. Este incidente afecta o seu nível de confiança e a intenção de as pessoas irem de férias ao Japão”, disse à RTHK.
A responsável entende que as agências de viagens terão de considerar outros destinos e mercados para as suas operações. Andreia Sofia Silva com agências
“A análise realizada de forma independente no local confirmou” que a concentração da substância radioactiva trítio estava “bem abaixo do limite operacional”, segundos os especialistas da Agência Internacional da Energia Atómica
CONVENÇÕES EVENTOS GERAM 12 MILHÕES DE PREJUÍZO
AS exposições e convenções realizadas no território no segundo trimestre deste ano resultaram, de modo geral, em prejuízos para as entidades organizadoras, apesar de subsidiadas pelo Governo da RAEM. Segundo dados apresentados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), depois de subtraídas as despesas das receitas das exposições organizadas por entidades não governamentais, registou-se o prejuízo de 7,45 milhões de patacas, perdas que sobem para 11,95 milhões de patacas se forem excluídos os subsídios concedidos pelo Governo/ instituições públicas.
Durante o segundo trimestre deste ano realizaram-se 263 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, volume que representa um aumento de 185,9 por cento face ao mesmo período do ano passado, quando a pandemia ainda paralisava o território.
O número de participantes e visitantes fixou-se em cerca 509 mil, aumentando significativamente (66,4 por cento) em termos anuais, devido ao número de exposições de grande envergadura ter crescido, informou ontem a DSEC.
Durante o trimestre em análise efectuaram-se 245 reuniões e conferências, mais 163, face ao segundo trimestre do ano passado e o número de participantes (45.000) subiu notavelmente 299 por cento.
A duração média das reuniões e conferências foi de 1,1 dias, mais 0,3 dias, em termos anuais e a área utilizada total correspondeu a 157.000 metros quadrados, o aumento de 218,3 por cento. J.L.
ECONOMIA RECONHECIDA FALTA DE VOOS INTERNACIONAIS
Aprender a voar
Lei Wai Nong defende a necessidade de aumentar as ligações aéreas entre Macau e destinos no estrangeiro para captar mercados turísticos externos.
Osecretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, reconheceu que faltam ligações aéreas entre Macau e o resto do mundo. A confissão foi feita na quarta-feira durante uma sessão da consulta pública sobre o Plano de Desenvolvimento da Diversificação Adequada da Economia (2024 – 2028).
Numa altura em que abordava a necessidade do território desenvolver de melhor forma as “indústrias do turismo e da cultura”, Lei Wai Nong admitiu que depois da pandemia o território continua a sofrer, por não ter ligações aéreas suficientes. “Actualmente, 85 por cento dos turistas chegam por terra, e alguns vêm pelo mar, porque há falta de recursos aéreos”, afirmou o governante, citado pelo jornal Ou Mun.
A Air Macau, empresa controlada pela companhia aérea estatal Air China, detém o monopólio da aviação civil em Macau, desde 1995, no âmbito do contrato de concessão, em regime de exclu-
sividade, do serviço público de transporte aéreo de passageiros, bagagem, carga, correio e encomendas postais de e para Macau.
No entanto, actualmente a Assembleia Legislativa está a discutir a proposta de lei da actividade de aviação civil, que partiu do Governo, e vai liberalizar o sector.
Ontem, Lei Wai Nong destacou ser fundamental internacionalizar o mercado do turismo no território, com a “atracção de mais turistas do estrangeiro”.
O secretário indicou também que depois do fim das restrições
“Actualmente, 85 por cento dos turistas chegam por terra, e alguns vêm pelo mar, porque há falta de recursos aéreos.”
LEI WAI NONG SECRETÁRIO PARA A ECONOMIA E FINANÇAS
ÁLCOOL ASSOCIAÇÃO CONCORDA COM CONTROLO, MAS LEVANTA QUESTÕES
AUnião das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, presidida pelo empresário e deputado Chan Chak Mo, concorda com a nova lei de controlo de bebidas alcoólicas, que entra em vigor a 5 de Novembro e que limita a
venda, disponibilização e consumo de bebidas com concentração de álcool superior a 1,2 por cento em locais de venda.
Na terça-feira, responsáveis dos Serviços de Saúde reuniram com dirigentes da União para debater o diploma, tendo os dirigentes associativos
declarado que a nova lei pode “ajudar a evitar o contacto dos jovens com as bebidas alcoólicas”. No entanto, mostraram-se preocupados quanto “às formas de venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos de restauração, a afixação de dísticos de modelo legal, as máqui-
nas de venda automática e as restrições à venda de bebidas alcoólicas nas plataformas de entrega”. Os representantes do sector defenderam ainda a importância executar bem a lei “sobre o controlo de bebidas alcoólicas” bem como a “imputação de sanções”.
ligadas à pandemia o turismo está em recuperação, o que tem sido motivado pelos visitantes do Interior.
Voos da Indonésia
No entanto, o objectivo do Governo passa por conseguir captar, a médio prazo, um volume crescente de turistas internacionais. Nesse sentido, Lei anunciou que a partir de Outubro vão ser retomados os voos directos entre Macau e Indonésia.
Os planos não ficam por aqui e o governante também indicou que a médio e longo prazo as instalações do aeroporto vão ser expandidas, “para receber mais turistas internacionais”.
No âmbito desta estratégia, numa primeira fase, o Governo espera atrair turistas do Sudeste Asiático, e depois expandir as fontes do turismo para a Europa e América. Ainda assim, o secretário indicou que o trabalho de expansão das ligações áreas deve ser feito pelo sector privado “sob a orientação do Governo de Macau”.
Na sessão de consulta sobre o plano económico para os anos de 2024 a 2028, o secretário para a Economia e Finanças destacou igualmente a importância do sector das exposições e convenções. Em relação a esta área deixou a esperança que com base nos recursos humanos e físicos existentes, que elogiou, o território possa atrair mais eve ntos de cariz internacional. João Santos Filipe
Hengqin 550 residentes gozam de benefícios fiscais
Dados do departamento fiscal da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin revelam que no ano passado 550 residentes de Macau trabalham em Hengqin e usufruem dos benefícios fiscais concedidos. Este número de pessoas representou um aumento de 7,4 por cento em termos anuais. Mais de 90 por cento destes 550 residentes trabalham na Zona de Cooperação, na sua maioria em áreas como serviços técnicos, investigação científica, serviços comerciais e de empréstimo e ainda nos sectores de vendas e retalho.
O governante anunciou que a partir de Outubro as ligações para a Indonésia serão retomadas
TNR PODER DO POVO PEDE QUE GOVERNO SIGA MEDIDAS DE HONG KONG
Melodias de sempre
A associação Poder do Povo pede que as autoridades locais sigam as mesmas medidas implementadas em Hong Kong sobre a contratação de trabalhadores não residentes para os sectores dos transportes e construção civil, nomeadamente com controlo salarial. Numa carta entregue ao Governo, a associação exige também que o salário mínimo não seja inferior a 36 patacas por hora
Aassociação Poder do Povo entregou ontem uma carta junto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) a exigir que Macau siga as mesmas regras que Hong Kong no que diz respeito ao processo de contratação de trabalhadores não residentes (TNR) para os sectores da construção civil e transportes, nomeadamente as quotas de trabalhadores permitidas por sector, os salários pagos e a proporção residente-TNR por área laboral.
A missiva, também dirigida ao secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, pede ainda que o salário mínimo não seja inferior a 36 patacas por hora, tendo em conta que o ajustamento do valor está actualmente em discussão em sede de Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS).
Quanto aos TNR, a Poder do Povo defende que os TNR recebam o mesmo que a média salarial em vigor por sector laboral, para garantir um equilíbrio com os ordenados pagos aos residentes. Lam Weng Ioi, secretário-geral da associação, disse que “uma das políticas adoptadas em Hong Kong é a regulação [da contratação] de TNR com salários nunca inferiores ao salário médio pago nos sectores, o que pode evitar que a importação de TNR venha a afectar os montantes salariais dos locais”.
“Uma vez que a qualidade de vida e os salários dos residentes locais e dos nacionais do Interior da China são diferentes, os TNR podem aceitar receber valores mais baixos”, adiantou.
Mais transparência
Lam Weng Ioi afirmou ainda que o Governo deve ser mais transparente nos critérios de aprovação de quotas para os TNR, devendo regular melhor a proporção entre estrangeiros e locais. “Algumas empresas apresentam pedidos [de contratação] justificando a necessidade de TNR, mas não sabemos quais foram os critérios de aprovação [da parte da DSAL]. Precisamos que esses critérios sejam divulgados”, frisou.
Uma vez que não há limites definidos para o total de quotas de TNR, o responsável considera que estes devem ser estabelecidos, para que a aprovação de quotas de TNR seja feita de forma
“Uma vez que a qualidade de vida e os salários dos residentes locais e dos nacionais do Interior da China são diferentes, os TNR podem aceitar receber valores mais baixos.”
PODER DO POVO
Vida de cão
Pedidas penas mais pesadas para abandono de animais
RON Lam pede ao Governo que faça uma proposta para alterar o valor da multa para quem abandona animais. O aumento do número de abandonos de animais é abordado numa interpretação escrita divulgada ontem pelo deputado. Segundo os dados citados por Ron Lam, até Julho deste ano o número de animais entregues ao Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) pelos donos foi de 63, o que representa um crescimento de 90 por cento face ao ano passado. Além dos animais entregues pelos donos, o IAM capturou 492 cães e gatos até ao sétimo mês do ano, no que representou um crescimento de 75 por cento em comparação com todo o ano passado.
prudente, garantindo que não há uma disponibilidade de trabalhadores estrangeiros superior à procura por parte das empresas.
Ainda sobre o salário mínimo, Lam Weng Ioi lembrou que, com o aumento da inflação nos últimos anos, que ronda os cinco por cento, o salário mínimo deve acompanhar também essa tendência. “Se os preços aumentarem e o montante do salário mínimo permanecer igual, isso vai desiludir os grupos sociais mais vulneráveis”, acrescentou.
Em finais de Julho o Governo propôs que o salário mínimo, que é actualmente 32 patacas por hora, passe a 34 ou 36 patacas por hora de trabalho. Andreia Sofia Silva e Nunu Wu
COMÉRCIO RETALHISTAS PESSIMISTAS FACE A TERCEIRO TRIMESTRE
COMERCIANTES do sector do retalho não estão confiantes num bom volume de negócios para o terceiro trimestre deste ano. Dados da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) mostram que 48,2 por cento dos retalhistas prevêem a diminuição do volume de
vendas em termos anuais, enquanto 38,4 por cento antecipam uma estabilização. Por sua vez, 13,4 por cento projectam um aumento do volume de negócios.
Ainda para os últimos três meses do ano a previsão de cerca de 47,4 por cento dos retalhistas é de que a situação de exploração
dos estabelecimentos seja insatisfatória. A DSEC revela ainda que 42 por cento dos retalhistas acreditam “numa situação estável de exploração”, enquanto 10,6 por cento “prevêem uma situação de exploração satisfatória”. Por sua vez, 78,7 por cento dos retalhistas prevêem a estabilização
dos preços de vendas em termos anuais, 12,1 por cento antevêem uma diminuição e 9,2 por cento projectam o aumento. No segundo trimestre do ano o volume de negócios foi de 21,58 mil milhões de patacas, um aumento anual de 59,3 por cento com a elimi-
nação de factores que influenciam os preços. Contudo, no segundo trimestre o volume de negócios caiu 10,2 por cento em relação ao primeiro trimestre do ano. De destacar que o índice do volume de vendas diminuiu 14,3 por cento em termos trimestrais.
“Quais são as medidas que o Governo vai adoptar para lidar com o agravamento do problema do número de animais abandonados? Como é que vão reduzir o problema do abandono na fonte?”, pergunta Ron. “Será que vão mandar instalar chips em todos os animais, inclusive os que são vendidos nas lojas? Será que vão fazer com que os veterinários sejam obrigados a instalar os microchips nos animais quando detectam que estes não têm um chip?”, acrescentou.
Novos abandonos
Por outro lado, o deputado considera que há dois problemas, o facto de as multas por abandono de animais serem demasiado reduzidas, assim como o montante que os cidadãos têm de pagar ao IAM, quando entregam os animais.
Actualmente, se o dono considerar que não tem condições para ficar com o animal, pode entregá-lo no Canil Municipal, pagando 1.000 patacas, para o preço dos alimentos e de alojamento. Contudo, Ron Lam considera que o valor é baixo, porque os animais muitas vezes não encontram um novo lar. O deputado diz ainda que a entrega devia ser classificada com abandono.
“Quando é que o Governo faz uma proposta de revisão para mudar a Lei de Protecção de Animais e aumentar as multas que actualmente variam entre as 20 mil e 100 mil patacas?”, questionou. “E porque é que a entrega dos animais não é classificada como abandono?”, perguntou.
Por último, Ron Lam interroga o Governo sobre os planos para relançar o programa de esterilização dos animais capturados, em vez do recurso aos abates. J.S.F
Com o aumento dos turistas e o início do ano novo lectivo a aproximar-se, o Centro da Política da Sabedoria Colectiva apela ao Executivo para aumentar a capacidade da rede de autocarros públicos
Oregresso dos turistas e o facto dos autocarros estarem cada vez mais cheios levou o Centro da Política da Sabedoria Colectiva a pedir ao Governo que tome medidas para resolver a situação. A tomada de posição surgiu por parte de Choi Seng Hong, vice-presidente do centro que tem ligações à Associação de Moradores de Macau.
Segundo Choi, o problema surgiu porque no Verão chegaram muitos turistas ao território sem que haja capacidade suficiente nos autocarros para responder ao aumento repentino. Esta nova realidade, indica o dirigente associativo, faz com que vários percursos estejam sempre sobrelotados, como acontece com os autocarros número 30, 34, 26A, 51, 51A, assim como outros que viajam entre Macau e as Ilhas, onde as horas de ponta são particularmente complicadas.
Com o ano lectivo a começar em Setembro, Choi Seng Hong apelou ao Governo para tomar várias medidas interdepartamentais e garantir que os residentes vão poder levar os filhos às escolas em “condições aceitáveis”.
“Com um grande número de pessoas a utilizarem os transportes públicos, muitas vezes é difícil conseguir entrar nos autocarros, e quando se entra as viaturas têm muita gente, o que faz com que a viagem seja sempre uma experiência desagradável”, indica Choi Seng Hong. “Espera-se
TRANSPORTES SABEDORIA COLECTIVA DENUNCIA SOBRELOTAÇÃO
Sardinhas em lata
novas tecnologias para conseguir reagir rapidamente às mudanças, melhorar o serviço e autorizar a partida de novos autocarros, quando as linhas estão congestionadas, de forma mais agilizada.
Por último, Choi Seng Hong apelou ao Executivo para acelerar os trabalhos da construção da Linha Leste do Metro, que vai fazer a ligação entre as Portas do Cerco e as Ilhas. Segundo o vice-presidente do centro, o metro é uma boa solução para fazer com que haja menos procura pelos autocarros. João Santos Filipe
CARREIRAS AJUSTADAS
que as autoridades façam uma avaliação sobre o número de turistas, com base nos dados recolhidos, e que aumentem a frequência da partida de autocarros. Podem também criar mais autocarros expresso e guias para os passageiros, nas principais paragens”, acrescentou.
Noites difíceis
Com base nas queixas recebidas de moradores, Choi Seng Hong indica
“Podem também criar mais autocarros expresso e guias para os passageiros, nas principais paragens.”
CHOI SENG HONG VICE-PRESIDENTE DO CENTRO DA POLÍTICA DA SABEDORIA COLECTIVA
que ao contrário do que poderia ser expectável, a situação dos autocarros não deixa de ser caótica à noite.
Segundo o dirigente, como Macau é uma cidade com muitos trabalhadores por turnos existe uma grande procura pelos meios de transporte, mesmo em horas em que não seria expectável.
Também neste aspecto, Choi apela ao Governo para recorrer aos vários dados com recurso às
AUTOCARROS LIGAÇÃO A AEROPORTO DE HONG KONG PARA BREVE
ESTÁ para breve o lançamento de uma linha de autocarros entre Macau e o aeroporto de Hong Kong que irá incluir procedimentos de embarque e de check-in de bagagem. A novidade foi revelada por Chan Man Iok, da Empresa de Serviços de Transporte de Passageiros do Aeroporto
de Hong Kong (Macau), que participou ontem no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau.
O responsável adiantou que, no início da operação, as partidas dos autocarros serão de hora a hora, nos dois sentidos, entre Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-
-Macau e o Aeroporto do Hong Kong, com horários entre as 07h30 e as 19h30.
Durante os primeiros dois meses do serviço, o preço das viagens será de 250 patacas e depois passará para 280 patacas.
A empresa prevê que a frequência das viagens será alargada para horários de madrugada por altura
do Natal. O objectivo passa por facultar um serviço que opera 24 horas por dia, com o período do dia de maior intensidade de frequências a registar partidas de 15 em 15 minutos.
Chan Man Iok acrescentou ainda que todos os autocarros serão eléctricos e terão capacidade para 36 passageiros. J.L.
A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) resolveu ajustar alguns percursos de autocarro, aditando ou eliminando paragens, a fim de dar resposta ao elevado número de passageiros e assegurar a fluidez das deslocações. Assim, serão ajustados diversos horários na carreira 101X, “tendo em conta o fluxo de passageiros”, sobretudo nas horas de ponta e feriados, bem como a frequência da carreira 102X em todos os horários. “A fim de facilitar as deslocações e correspondência entre carreiras” o autocarro 35 fará escala nas paragens “Jardim do Lago”, “Instituto de Enfermagem Kiang Wu Macau” e “Rua da Patinagem / Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental”. Enquanto isso, o autocarro 51 fará escala nas paragens “Estrada Flor de Lótus / Avenida da Nave Desportiva” e “Estrada Flor de Lótus / Rotunda Flor de Lótus 1”. A partir de sábado, e desde a primeira partida da manhã, serão ainda ajustadas as carreiras N5, 26, 36, 51A, AP1 e AP1X, bem como a carreira especial 73, sendo aditadas paragens e canceladas outras. Como exemplo, o autocarro 73 deixa de parar no “Edifício dos Serviços de Migração / Pac On”, enquanto a carreira 51X fará uma paragem na “Estrada do Pac On / Novos Aterros”. A DSAT vai ainda ajustar a carreira H3, que fará paragens junto à Pousada Marina Infante e Avenida M. Flor de Lótus / Galaxy1, a fim de “fazer face ao aumento do fluxo de passageiros na zona e facilitar as deslocações dos cidadãos”. Quanto ao autocarro M5, e “para aumentar a eficiência da carreira”, também será alterado o seu percurso, passando este autocarro pela Rua Cidade do Porto para regressar à Alameda Dr. Carlos D ‘Assumpção sem alterar as paragens de escala.
Mpay Permitido uso para pagamentos em Portugal
A Macau Pass anunciou que o Mpay vai poder ser utilizado para fazer pagamentos transfronteiriços em Portugal e em mais de 40 países até ao final do ano. A novidade foi avançada ontem através de um comunicado. O sistema vai ser implementado em parceria com a Alipay, empresa que detém a plataforma de pagamentos electrónicos em Macau. Os países incluem a Zona Euro, Reino Unido, Suíça, Austrália. Nova Zelândia, Japão, Filipinas, Coreia do Sul, Tailândia, Estados Unidos, entre outros. Para acederem a estes pagamentos, os clientes do serviço apenas precisam de recorrer ao Código QR com o logótipo do Alipay+, e mudar o leitor na plataforma Mpay para reconhecer códigos feitos para o Alipay.
Bairros comunitários Sobe
número de lojas vazias
A Agência imobiliária Midland indicou, segundo o jornal Ou Mun, que há cada vez mais lojas vazias nos bairros comunitários, mais afastados das zonas turísticas, devido ao aumento das viagens dos residentes para o Interior da China. Hong Lei Lei, directora da agência, disse que, apesar de se verificar uma estabilização dos preços nas zonas do Fai Chi Kei, Lam Mau Tong, Horta e Costa, San Kio e Areia Preta após a pandemia, o ambiente comercial alterou-se sem que tenha havido uma recuperação dos níveis de consumo por parte dos residentes, mantendo-se as taxas de juro elevadas. No caso do bairro de San Kio, a taxa de desocupação de lojas já atinge os 30 por cento, além de que os preços de compra e venda caíram dez por cento. A responsável diz que a situação não deverá melhorar este ano, a não ser que o Governo promova o aumento dos salários no próximo ano a fim de incentivar o consumo por parte dos residentes, levando a um aumento da confiança por parte dos comerciantes.
Burla Enganada quando procurava emprego
Uma residente local foi burlada em 50 mil patacas, quando procurava um trabalho em regime de part-time. Segundo o caso relatado pela Polícia Judiciária, a mulher com 30 anos respondeu a um anúncio online para vender produtos. No âmbito do novo emprego foi-lhe pedido que realizasse uma compra, com o seu dinheiro, da qual ia receber uma comissão de 10 por cento.
A mulher realizou a operação e recebeu a comissão acordada, pelo que não suspeitou do sucedido. No entanto, quando investiu mais 22.500 patacas para continuar a receber comissões, foi informada pelo “serviço de clientes” de que tinha havido um erro e que precisava de fazer o download de uma app para pedir a devolução do dinheiro.
A vítima agiu de acordo com o instruído, forneceu os dados do cartão de crédito e nunca mais recebeu o dinheiro de volta.
A 22 de Agosto apercebeu-se que tinham sido transferidos mais 20 mil patacas da sua conta. Nessa altura apresentou queixa junto das autoridades.
Copiar e colar
UMA directora de um grupo local de teatro foi detida por suspeitas de fraude no valor de 269 mil patacas, nos pedidos de apoios junto do Fundo do Desenvolvimento Cultural (FDC). O caso foi relatado ontem pelo Jornal Ou Mun e em causa está o aproveitamento de conteúdos de uma peça subsidiada para pedir um novo apoio.
Segundo a informação das autoridades, citada pelo jornal, a investigação para o caso foi iniciada pelo Ministério Pública (MP), que pediu a assistência das autoridades policiais.
De acordo com as suspeitas, a directora da companhia de teatro tinha apresentado uma candidatura para receber um apoio do FDC no valor de 269 mil patacas. O projecto incluia uma peça de teatro que tinha estado no palco em 2020 e que mais tarde, no final de 2021, começou a ser transmitida online.
FRAUDE
Com o financiamento aprovado, em Maio de 2022, a companhia apresentou o relatório das actividades e os resultados do apoio do FDC. No entanto, a análise ao relatório levantou suspeitas, uma vez que foi considerado que o conteúdo da peça de teatro era igual ao conteúdo de uma outra peça de teatro da companhia, que em 2019 tinha sido apoiada, também pelo FDC, com um subsídio de 300 mil patacas.
Esta coincidência levou o MP a actuar e de acordo com o Ou Mun depois das primeiras investigações, “alguém” próximo da companhia terá admitido que houve um rea-
proveitamento de material antigo com “o vinho velho a ser colocado numa garrafa nova”.
Sem colaboração
Por sua vez, segundo o Jornal Ou Mun, as autoridades apontaram que a directora da companhia de teatro é uma residente local com 50 anos e que ao longo das investigações não se mostrou cooperativa, apesar de ter admitido que a utilização de conteúdos antigos é uma prática normal na área.
O jornal também não adianta pormenores sobre o grupo de teatro, além de apontar que este não tem fins lucrativos.
De acordo com a polícia, a suspeita foi identificada no dia 22 de Agosto, depois da investigação ter sido iniciada em Fevereiro, A mulher foi detida na sua habitação, em Coloane.
Às autoridades, a equipa de produção e os actores do grupo de trabalho terão todos afirmado que não estiveram envolvidos na produção ou na representação da peça de teatro que está a ser alvo da investigação.
Ainda de acordo com a informação oficial, o caso envolve a falsificação de vários documentos. João Santos Filipe
Em causa, está um apoio de 269 mil patacas do Fundo do Desenvolvimento Cultural que terá sido utilizado para apoiar um projecto realizado com conteúdos de uma peça de teatro já anteriormente subsidiada
A directora da companhia de teatro é uma residente local com 50 anos
XUNZI 荀子 Elementos de ética, visões do Caminho
Dos quatro entendimentos e
YAO PERGUNTOU a Shun: “Como são as disposições inatas das pessoas?” Shun respondeu: “As disposições inatas das pessoas s ão verdadeiramente detestáveis! Por que razão perguntas acerca delas? Quando se tem esposa e filhos, a piedade filial para com os nossos pais diminui. Quando os nossos apetites e desejos são satisfeitos, a nossa fidelidade para com os amigos diminui. Quando o nosso estatuto e salário sobem, a lealdade para com o nosso senhor diminui. As disposições inatas das pessoas? As disposições inatas das pessoas? As disposições inatas das pessoas são detestáveis. Porqu ê perguntares acerca delas? Só a pessoa meritó ria n ão é assim ”.
Existe o entendimento do sábio, existe o entendimento da pessoa bem-criada e da pessoa exemplar, existe o entendimento da pessoa mesquinha e existe o entendimento da pessoa servil. Algumas pessoas, mesmo quando falam muito, demonstram a forma apropriada e conformam-se à categoria apropriada das coisas; são capazes de passar todo um dia argumentando as suas posições e, através de numerosas reviravoltas e uma miríade de mudanças as suas categorias orientadoras continuam inalteradas – esse é o entendimento do sábio.
Algumas pessoas, mesmo quando falam pouco, são directas ainda que reservadas no seu uso das palavras. Quando argumentam, conformam-se ao modelo apropriado como se fossem reguladas com exactidão pela linha de tinta do carpinteiro – esse é o entendimento da pessoa bem-criada e da pessoa exemplar.
Algumas pessoas têm um discurso descuidado e uma conduta desordeira. Na sua forma de lidarem com as coisas muito há que pode conduzir ao arrependimento – esse é o entendimento da pessoa mesquinha.
Algumas pessoas são precipitadas e imprudentes e não seguem as categorias apropriadas. Dispõem de várias competências e vasta experiência, mas não lhes dão bom uso. São rápidas na análise e de discurso refinado e fácil, mas não se preocupam com aquilo que dizem. Não se preocupam com o que é certo e com o que é errado e não separam aquilo que é direito daquilo que é torto. Por sua intenção, têm apenas colocar-se ao lado daqueles que dese-
As disposições inatas das pessoas?
As disposições inatas das pessoas são detestáveis.
Porquê perguntares acerca delas?
jam destroçar os outros – esse é o entendimento da pessoa servil.
Da coragem
Há o mais alto tipo de coragem, há o tipo de coragem médio e há o mais baixo tipo de coragem. Há alguns para quem existe um padrão central para todo o mundo, segundo o qual ousam estabelecer-se. Os antigos reis seguiam um certo modo de fazer as coisas e aqueles ousam aplicar o seu entendimento dele. Em cima, não seguem os senhores de uma idade caótica. Em baixo, não se conformam às gentes de uma idade caótica. Não se inquietam com o empobrecimento ou dificuldades que possam advir das coisas que envolvem ren [humanidade]. Não consideram riqueza e honra que possam de advir das coisas privadas de ren. Se o
e dos três tipos de coragem
disposição do que é certo e errado. Por sua intenção, têm apenas colocar-se ao lado daqueles que desejam destroçar os outros. Esse é o tipo mais baixo de coragem.
Fanruo e Jushi são nomes de grandes arcos dos tempos antigos. Contudo, se não tivessem sido formados pelo torno do criador de arcos não se teriam feito certeiros por si próprios. A espada Cong, que foi do Duque Huan, a espada Jue, que foi do Grão-Duque, a espada Lu, que foi do Rei Wen, a espada Hu, que foi do Lorde Huang, as espadas Ganjiang e Moye, que foram de Helü, assim como as espadas Jujue e Pilü, foram todas grandes lâminas dos tempos antigos. Contudo, se ninguém as tivesse amolado nunca se teriam tornado afiadas. Se ninguém as tivesse empunhado, nada poderiam ter cortado. Hua Liu, Qi Ji, Xian Li e Lü’er foram grandes cavalos dos tempos antigos. Contudo, sem controlo de freio e rédea à frente e sem a ameaça do chicote e da vergasta atrás, para não falar da perícia de Zao Fu na sela, não conseguiriam percorrer mil léguas num só dia.
Quanto às pessoas, mesmo que tivessem uma natureza inata excelente e os seus corações fossem sábios e capazes de discernir com argúcia, ainda teriam de buscar mestres meritórios a quem servir e escolher amigos meritórios com quem fazer amizade. Obtendo-se um mestre meritório para servir, tudo o que ouviremos são as instruções de Yao, Shun, Yu e Tang.
mundo os reconhece, deseja partilhar as dores e alegrias do mundo. Se o mundo não os reconhece, permanecem com independência e sós entre o Céu e a Terra e nada temem. Este é o mais alto tipo de coragem.
Há alguns que praticam os rituais com reverência e cujos pensamentos são contidos. Prezam, seguem e são fiéis a isso e dão pouca atenção aos bens materiais e à riqueza. Ousam promover e elevar aqueles que são meritórios. Ousam apontar e desvalorizar aqueles que não são meritórios. Este é o tipo de coragem médio.
Há alguns que dão pouca atenção ao seu carácter, mas muita importância aos bens materiais. Encontram consolo naquilo que conduz ao desastre e depois procuram libertar-se e escapar irresponsavelmente às consequências. Não se preocupam com a verdadeira
“Se não conheceres o teu filho, observa os seus amigos. Se não conheceres o teu senhor, observa os seus companheiros.” Tudo depende daquilo com o qual convivemos
Obtendo-se um amigo meritório, tudo o que veremos é uma conduta leal, fiável, respeitosa e deferente. E então se fará progresso diário na direcção de ren e de yi[justiça] sem sequer nos darmos conta. Isso deve-se àquilo com o qual convivemos. Mas se vivermos ao lado de pessoas que não são boas, tudo o que ouviremos será trapaça, engano, desonestidade e fraude. Tudo o que veremos será uma conduta suja, arrogante, perversa, desviante e gananciosa. Além disso, sofreremos castigo e execução sem sequer nos apercebermos da sua iminência. Isso deve-se àquilo com o qual convivemos. Há um ditado segundo o qual “Se não conheceres o teu filho, observa os seus amigos. Se não conheceres o teu senhor, observa os seus companheiros.” Tudo depende daquilo com o qual convivemos. Tudo depende daquilo com o qual convivemos.
ROTA DAS LETRAS FESTIVAL REGRESSA EM OUTUBRO E VOLTA A TER CONVIDADOS INTERNACIONAIS
Renascer das cinzas
A 12ª edição do festival literário Rota das Letras regressa com uma programação que volta a incluir convidados internacionais.
Francisco José Viegas, Valério Romão e Yara Monteiro são alguns dos convidados do evento que se realiza entre 6 e 15 de Outubro. No plano musical, destaque para “Samba de Guerrilha”, a obra de Luca Argel que ilustra a história do Brasil
A12.ª edição do festival literário Rota das Letras já mexe, com a divulgação dos primeiros convidados do evento que marca o regresso de escritores e artistas internacionais. O festival, que se realiza entre 6 e 15 de Outubro, será o primeiro desde 2019 a contar com a presença de convidados internacionais, depois das edições anteriores marcadas pelas restrições impostas pelo combate à pandemia.
Entre os primeiros nomes anunciados pela organização do festival, destaque para Francisco José Viegas, Valério Romão e Yara Monteiro.
Francisco José Viegas, convidado recorrente nos cartazes do Rota das Letras, regressa a Macau um ano depois do lançamento do romance
policial “Melancholia”. A obra marca o retorno de um personagem que o escritor criou há mais de 30 anos, o inspector Jaime Ramos, curiosamente a braços com a investigação da morte de uma escritora num festival literário (o Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim).
“Melancholia” segue-se ao aclamado e premiado romance “A Luz de Pequim”, e é a última obra da prolífera carreira do escritor dos sete ofícios, que foi professor, cronista no Jornal de Letras, Expresso, Semanário, O Liberal, O Jornal, Se7e, Diário de Notícias, O Independente, Record, Visão, Notícias Magazine, Elle, Volta ao Mundo e Oceanos. Além disso, foi director das revistas Ler e Grande Reportagem, bem como da Gazeta dos Desportos e dirigiu, entre 2006 e 2008, a Casa Fernando Pessoa.
Foi Secretário de Estado da Cultura do Governo de Passos Coelho, cargo que acabaria por ocupar durante apenas um ano depois de se demitir.
Valério Romão é outro dos destaques entre os primeiros nomes anunciados da programação deste ano do Rota das Letras. Com uma carreira literária dispersa entre vários géneros e formas de expressão, mas quase sempre com os pés assentes em terrenos literários, Valério Romão escreve de tudo um pouco. Conto, romance, teatro, crónica, fez traduções de clássicos, e aventurou-se em expedições conceptuais entre música e literatura, como o projecto MAO MAO que junta spoken word e a experimentação musical (com José Anjos ao leme).
O seu último livro, “Cair para Dentro”, é um roteiro de vida e das relações complicadas de um duo constituído por mãe e filha. A posição de absoluto domínio maternal começa a ser colocada em causa a partir do momento que a começa a demonstrar os primeiros sintomas de demência.
A 12.ª edição do Rota das Letras conta também com a presença de Yara Monteiro, a escritora portuguesa nascida em Angola que se estreou em 2018 na vida literária com a publicação do seu primeiro romance
“Essa Dama Bate Bué!”. No ano passado, a autora venceu o Prémio
Literário Glória de Sant’Anna, com a obra ‘Memórias Aparições Arritmias’. Sobre a obra de poesia, um dos jurados do prémio literário, a escritora brasileira Jane Tutikian, referiu: “Não se pense em rodeios estilísticos, em jogos de figuras de linguagem, em complexidade. Ao contrário, os poemas são construídos numa linguagem simples, objectiva, libertando, assim, a subjectividade e cocriação imagética do leitor”. Samba e clássicos Com os eventos a terem como principais epicentros a Casa
A edição deste ano irá celebrar os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, assim como o nascimento de Henrique de Senna Fernandes, que faria 100 anos no último dia do Rota das Letras (15 de Outubro)
Garden e a Livraria Portuguesa, a organização do festival literário revelou ontem que a edição deste ano irá celebrar a obra e os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, assim como o nascimento de Henrique de Senna Fernandes, que faria 100 anos no último dia do Rota das Letras (15 de Outubro).
A programação do festival irá apresentar também aos amantes das letras sessões que irão incidir sobre autores como Pablo Neruda, W’H Auden e J.R.R. Tolkien, três vultos literários que faleceram há 50 anos.
Além disso, a organização do festival promete a publicação de novos livros de autores locais, exibição de filmes e exposições.
Com a revelação dos primeiros detalhes do festival literário foi também anunciada a apresentação de “Samba de Guerrilha”, um espectáculo operático que alia música e literatura em três actos.
O espectáculo criado por Luca Argel, artista carioca radicado no Porto, terá lugar no Teatro Broadway no dia 14 de Outubro,
às 20h30. Os bilhetes para o espectáculo já estão à venda.
Segundo Luca Argel, “Samba de Guerrilha” foi pensado como “uma ópera samba” dividida em três actos, através da qual se conta a História do Brasil. Composto por arrojadas versões de clássicos do samba, que se revelam um “interessante instrumento de pesquisa histórica”, o disco parte da premissa de demonstrar como as velhas questões dos tempos coloniais e dos primeiros anos do Brasil enquanto nação, em especial a escravatura, continuam, ainda hoje, a condicionar a vida de milhões de pessoas, sob a forma de racismo, pobreza e todo o tipo de discriminação social.
O primeiro acto começa ao som de Samba do Operário, tema escrito pelo mítico Cartola em parceria com um português de Alfama, chamado Alfredo, que se estabeleceu no morro da Mangueira em fuga à ditadura de Salazar.
As faixas são antecedidas por uma narração que contextualiza histórica e socialmente cada momento – na voz da rapper luso-angolana Telma Tvon. João Luz
ORQUESTRA DE MACAU NOVA TEMPORADA ARRANCA A 2 DE SETEMBRO
Anova temporada de concertos da Orquestra de Macau (OM) arranca já a 2 de Setembro com o concerto “Lio Kuokman e a Orquestra de Macau”, que terá lugar no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) pelas 20h. O concerto inaugural terá como convidado o célebre pianista coreano Yekwon Sunwoo, sob a
batuta do director da OM, Lio Kuokman. Este irá dirigir a nova temporada de concertos pautada pelo tema “150.º Aniversário do Nascimento de Sergei Rachmaninoff”, célebre compositor russo. Yekwon Sunwoo, por sua vez, foi vencedor de uma medalha de ouro no 15.º Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, um dos mais
prestigiados concursos de música a nível mundial. Na sua primeira colaboração com a OM, Sunwoo interpretará o Concerto para Piano N.º 2, tida como uma das obras de referência de Rachmaninoff e sendo uma “peça notável pelo seu romantismo e rica variedade de melodias e técnicas”, descreve o Instituto Cultural.
Além disso, o maestro Lio dirigirá a orquestra numa interpretação da Abertura Festiva de Dimitri Shostakovich, o tema instrumental Vocalise de Sergei Rachmaninoff e a suite Der Rosenkavalier de Richard Strauss.
Os bilhetes para este espectáculo já se encontram à venda e custam entre 180 a 400 patacas.
OPresidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontem que a entrada de seis novos países no grupo BRICS, como a Argentina, a quem enviou uma “mensagem especial”, atesta a relevância do bloco das economias emergentes.
“A relevância dos BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram na adesão ao agrupamento”, afirmou Lula no encerramento da 15.ª cimeira do grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que decorreu ontem em Joanesburgo, África do Sul.
Lula afirmou que “é com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas aos BRICS à Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão”, que passarão a integrar formalmente o grupo a partir de 01 de Janeiro de 2024.
“Agora, o PIB do BRICS eleva-se para 36 por cento do PIB [produto interno bruto] global em paridade de poder de compra e 46 por cento da população mundial”, sublinhou.
Actualmente, o bloco representa mais de 42 por cento da população mundial e 30 por cento do território do planeta, além de 23 por cento do PIB global e 18 por cento do comércio mundial, sendo os maiores parceiros comerciais de África, segundo o Governo sul-africano.
Com a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irão, anunciada ontem, o bloco de economias emergentes passa também a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com a Rússia, China e Brasil.
BRICS LULA DIZ QUE NOVOS MEMBROS ATESTAM RELEVÂNCIA DO GRUPO
Venham mais seis
A cimeira dos BRICS terminou ontem na África do Sul com a adesão de seis novos membros, Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão. O bloco de emergentes passa a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo
a unidade, de agir com forte sentido de responsabilidade, reforçando a cooperação a todos os níveis, e promover um desenvolvimento de alta qualidade, para que haja maior estabilidade, certeza e energia positiva no mundo”.
“O desenvolvimento não é um privilégio de apenas alguns países”, frisou.
O líder chinês também observou a necessidade de defender a “equidade e a justiça, e melhorar a governação global”.
“O reforço da governação global é a escolha certa se a comunidade internacional pretende partilhar oportunidades de desenvolvimento e enfrentar os desafios urbanos”, considerou o líder chinês.
Cerca de 40 países manifestaram o desejo de aderir ao bloco, segundo o Governo sul-africano, que este ano ocupa a presidência rotativa dos BRICS.
O líder sul-americano, ex-dirigente sindical tal como o seu anfitrião sul-africano Cyril Ramaphosa, avançou que o bloco “continuará aberto a novos candidatos” e, para tal, foram aprovados também “critérios e procedimentos para futuras adesões”.
Moeda na calha
Na sua intervenção, o Presidente do Brasil declarou
também que os BRICS aprovaram ainda a criação de um grupo de trabalho para estudar a adopção de uma “moeda de referência” do BRICS.
“Essa medida poderá aumentar as nossas opções de pagamento e reduzir as nossas vulnerabilidades”, adiantou.
O chefe de Estado brasileiro destacou também a decisão relacionada com reforma da governança global,
especialmente em relação ao Conselho de de Segurança das Nações Unidas.
Apelos de Xi
O Presidente chinês no seu discurso na abertura da Cimeira naÁfrica do Sul afirmou “que o mundo está a passar por grandes mudanças, divisões e reagrupamentos, e em que entrou num novo período de turbulência e transformação”.
“A mentalidade da Guerra Fria ainda assombra o nosso mundo e a situação geopolítica está a tornar-se tensa. Os países BRICS devem defender a direcção do desenvolvimento pacífico e consolidar a parceria estratégica dos BRICS”, afirmou.
Xi Jinping considerou que o grupo dos países emergentes “devem ter sempre em conta o propósito da nossa fundação, de reforçar
XANGAI GUINÉ-BISSAU PRESENTE NA MAIOR FEIRA DE PRODUTOS ESTRANGEIROS
AGuiné-Bissau vai participar pela primeira vez na Exposição Internacional de Importação da China, a maior feira chinesa dedicada aos produtos estrangeiros, marcada para Novembro em Xangai, informou ontem a embaixada da China em Bissau.
De acordo com um comunicado, o anúncio foi feito pelo embaixador chinês na Guiné-Bissau, Guo Ce, na quarta-feira, durante um encontro com o novo ministro do Comércio guineense, Jamel João Handem.
O diplomata disse esperar que a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês)
pode “construir uma ponte para que os produtos característicos da Guiné-Bissau entrem no mercado chinês.
Guo Ce apelou à cooperação bilateral não só na exportação de castanha de caju guineense para a China, mas também na formação de recursos humanos na área comercial.
Segundo o comunicado, Jamel João Handem agradeceu o convite chinês para participar na CIIE e “os esforços de promoção” das exportações de castanha de caju da Guiné-Bissau para a China.
O país também já tinha levado a castanha de caju e outros produ-
tos para a Exposição Económica e Comercial China-África, que aconteceu em Changsha, capital da província de Hunan, no centro da China, de 19 de Junho a 2 de Julho.
A Índia é a principal compradora da castanha da Guiné-Bissau, mas, nos últimos anos, empresários do Vietname e da China também têm
Com a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irão, anunciada ontem, o bloco de economias emergentes passa também a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com a Rússia, China e Brasil
comprado a castanha guineense, embora em poucas quantidades.
Em Abril, a imprensa guineense noticiou uma intenção da embaixada da China em Bissau segundo a qual empresários chineses estariam interessados em comprar “mais de 30 toneladas” de castanha de caju.
Isto numa altura em que a Guiné-Bissau ainda tinha pelo menos 30 mil toneladas de castanha de caju colhida em 2022 por exportar, “devido às dificuldades logísticas e da própria conjuntura do mercado internacional”, disse à Lusa uma fonte do Ministério do Comércio.
O bloco recebeu “manifestações formais de interesse” de 23 países, incluindo também Bolívia, Cuba, Honduras, Venezuela e Indonésia, que terá solicitado “mais tempo” para considerar o convite de adesão ao grupo, segundo fonte governamental nas negociações.
A China apoiou especialmente a expansão dos BRICS, que procuram obter maior protagonismo nas instituições internacionais, até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa. Brasil, Índia e África do Sul estiveram representados pelos respectivos chefes de Estado e de Governo na cimeira dos BRICS, que decorreu entre terça-feira e ontem.
UM FILME HOJE
EYE IN THE SKY | GAVIN HOOD (2015)
É um filme de guerra dos tempos modernos, protagonizado pela Dama Helen Mirren no papel da Coronel Katherine Powell, uma oficial britânica responsável pelo comando de uma operação para capturar terroristas no Quénia com recurso a drones. A missão perde o controlo quando uma criança aparece na linha de acção, criando um conflito militar ao mais alto nível, entre o Reino Unido e os E.U.A., sobre questões morais, implicações políticas e hesitações pessoais, que vão ter que ser dirimidas com pulso de ferro e muito sangue frio.
Hoje MacauPropriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo
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EDITAL
FIXAÇÃO DO RENDIMENTO COLECTÁVEL DO IMPOSTO PROFISSIONAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2022
Faz-se saber que, o apuramento do rendimento colectável dos contribuintes do 1.º grupo (assalariados e empregados por conta de outrem) e do 2. grupo (profissões liberais e técnicas) do imposto profissional, respeitante ao exercício de 2022, já se encontra concluído.
De harmonia com o disposto no artigo 23.º, n.º 1, do Regulamento do Imposto Profissional, que de 16 a 30 de Agosto e durante as horas do expediente, o rendimento colectável apurado estará patente ao exame dos respectivos contribuintes, nos seguintes sítios:
1 Edifício “Finanças” - Núcleo de Informações Fiscais; Centro de Atendimento Fiscal
2 Centro de Serviços da RAEM - Atendimento Fiscal
3 Centro de Serviços da RAEM das Ilhas - Atendimento Fiscal
Podendo os residentes de Macau ou os titulares do Título de Identificação de Trabalhador Não-residente examinar com o seu documento de identificação, o resultado do apuramento do rendimento colectável acima mencionado, através do Quiosque de auto-atendimento da DSF; podendo os contribuintes inscritos como utilizadores da conta única de acesso comum aos serviços públicos da RAEM, examiná-lo através da “Conta Única de Macau” ou “Macau Tax App” ou do “Serviço Electrónico” da página electrónica da DSF (www.dsf.gov.mo).
Caso não se conformem com o rendimento fixado, os contribuintes podem reclamar, por forma escrita, para a Comissão de Revisão até 30 de Agosto, não terminado, porém, o prazo, sem que hajam decorridos vinte dias sobre a data do registo dos avisos postais enviados aos contribuintes, nos termos do artigo 79º, n.º 2 do mesmo Regulamento. Aos, 21 de Julho de 2023. O Director dos Serviços Iong Kong Leong
ai, portugal, portugal
P. Daniel Antonio de Carvalho Ribeiro, scjESCLARECIMENTO PASTORAL E AGRADECIMENTO
À COMUNIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA
APROVEITANDO A proximidade da festa da Natividade da Virgem Santa Maria, padroeira da paróquia da Sé Catedral, e o questionamento de alguns fiéis sobre o momento actual da comunidade Católica de língua portuguesa, gostaria, na qualidade de Vigário Paroquial da Sé Catedral, de dar o meu testemunho sobre a caminhada pastoral da nossa comunidade e agradecer ao Bispo Dom Stephen Lee pelo apoio que nos tem dado nos últimos anos.
Consciente da importância histórica da comunidade de língua portuguesa local, a Diocese de Macau tem procurado dar resposta às nossas necessidades, tendo em conta o número dos fiéis e de sacerdotes na Diocese.
Neste momento contamos com pelo menos 10 missas semanais em língua portuguesa: seis na Sé Catedral, uma ou duas missas semanais na igreja de São Domingos (todos os dias 13 e 25 de cada mês e missas antecipadas), uma na igreja de Nossa Senhora do Carmo, na igreja de São Lázaro e ainda na igreja de Santo António.
Na Sé Catedral, com a graça de Deus, celebramos missas diárias em português, de segunda a sexta, às 18h00, missa antecipada, aos sábados, às 17h30 (na igreja de São Domingos) e missa dominical às 11h00. Em poucas palavras, os horários e a quantidade das missas em português mostram, por si só, a importância da nossa comunidade, no seio da comunidade católica local.
O Bispo Dom Stephen Lee tem feito questão de presidir, apenas em português, às celebrações mais importantes do ano, como a Sexta-feira da Paixão, Domingo de Páscoa, Natal e Pentecostes, sendo que as outras celebrações importantes do ano são realizadas em cantonês e português.
Temos desenvolvido várias pastorais e, no meio da pandemia que abalou Macau, merece destaque a pastoral da comunicação que tem sido de grande valor para os nossos enfermos, familiares e amigos que não podem vir à igreja e desejam acompanhar as nossas celebrações.
Para além das missas em português aos domingos, o canal da Diocese transmite várias outras celebrações ao longo do ano litúrgico e ainda momentos de formação e adoração eucarística mensais. Posso afirmar que sempre fomos atendidos em todas as celebrações que pedimos para serem transmitidas online. Aliás, não me recordo de algo que tenha sido pedido e não nos foi atendido.
Além do serviço exemplar dos padres Luís Sequeira e Andrzej Blazkiewicz (André), merece destaque a designação e trabalho do padre Eduardo Emílio Agüero,
scj, na igreja de Nossa Senhora do Carmo, pelo apoio e serviço prestado à comunidade portuguesa. Nas últimas décadas, possivelmente, esta é a primeira vez que temos dois padres designados oficialmente como vigários paroquiais para a comunidade católica de língua portuguesa.
Em resposta ao apelo de Dom Stephen Lee, temos também procurado manter um papel mais activo junto dos jovens de forma a manter viva a comunidade de língua portuguesa, no futuro. Na catequese, por exemplo, contando apenas com a Paróquia da Sé Catedral, existem 11 turmas de catequese, com cerca de 20 catequistas, 80 catequisandos, dos quais 18 foram crismados este ano. Contando com a paróquia de Nossa Senhora do Carmo, temos mais de 150 pessoas envolvidas na catequese.
Para além do Colégio Diocesano de São José, a Diocese disponibilizou ainda um centro pastoral localizado na Rua Formosa, que tem sido frequentado com muita assiduidade pelos jovens da comunidade portuguesa e apoiou a participação de 30 pessoas, na sua maioria jovens, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deste ano, um número nunca antes visto de jovens portugueses de Macau a representarem a cidade numa JMJ.
Depois do fim da pandemia, estamos também a reavivar os projectos pastorais e contamos colocar em prática, ainda este ano, muitas outras iniciativas, nomeadamente a nível da pastoral dos jovens, social e das famílias, actividades que vão ser desenvolvidas por ocasião do Ano Diocesano das vocações, que procura fomentar a cultural vocacional junto da comunidade e das famílias. Contudo, para servirmos melhor, precisamos de mais voluntários envolvidos nas actividades da Paróquia.
A exemplo de outras dioceses espalhadas pelo mundo, Macau também participou activamente no período local de preparação
Expresso a minha gratidão e alegria em ver a comunidade, sob a orientação de Dom Stephen Lee, a unir esforços para servirmos os nossos fiéis em unidade com a igreja local. Naturalmente, existem muitas coisas para serem melhoradas. Para isso, contamos com a ajuda e comprometimento de todos
para o Sínodo convocado pelo Papa Francisco, onde se recolheram com todo o cuidado e respeito as críticas e sugestões da comunidade e da sociedade em geral, onde todos, que desejaram, inclusive pessoas não católicas, tiveram oportunidade de se expressar, por um período superior a um mês. Como Vigário paroquial da Sé Catedral, responsável pela comunidade Católica de língua portuguesa, tenho a agradecer todo o apoio prestado pela comunidade que tem participado activamente em todas as iniciativas que temos desenvolvido, bem assim o apoio e incentivo do Sr. Bispo Stephen Lee e da Diocese local em todos os
projectos que temos apresentado, contando com a incansável ajuda de dois dos cinco seminaristas diocesanos. Justiça seja feita, o número de dois diáconos e dois seminaristas servindo a comunidade portuguesa é algo que não se vê há décadas em Macau.
A Diocese de Macau tem-se mostrado sempre aberta para acolher novas congregações religiosas e movimentos. Exemplo disso foi a acolhida do movimento Neocatecumenato que estabeleceu em Macau um seminário internacional para o continente asiático (Redeptoris Mater) de formação dos seus próprios candidatos ao sacerdócio, que, depois de ordenados, poderão ser enviados para outros países na Ásia.
A Diocese local tem apoiado o referido seminário cedendo uma das suas propriedades, por um simbólico valor mensal. De acordo com a prática interna da Diocese, e de modo a ser coerente com as outras congregações e movimentos presentes em Macau, as reformas internas do referido seminário serão da responsabilidade do movimento Neocatecumenato. Contudo, a Diocese permitiu ao referido movimento promover junto da comunidade, através das paróquias locais, campanhas de arrecadação para custear as reformas necessárias.
Como sinal do recíproco apoio e bom relacionamento entre a Diocese e o movimento Neocatecumenato, dois Diáconos do movimento serão ordenados sacerdotes em Macau, no próximo mês de Outubro e, com a graça de Deus, serão uma mais valia para a comunidade portuguesa.
Como sacerdote expresso a minha gratidão e alegria em ver a comunidade, sob a orientação de Dom Stephen Lee, a unir esforços para servirmos os nossos fiéis em unidade com a igreja local. Naturalmente, existem muitas coisas para serem melhoradas. Para isso, contamos com a ajuda e comprometimento de todos.
cartografias Anabela Canas
DEUS EX MACHINA
2 - Rezar a deus em tempos de GPT
NÃO TINHA chegado à ideia de Deus, ou da IA, na crónica anterior. Nem vou chegar. Espreito, talvez, emboscada por debaixo de uma intuição, esse cruzamento de caminhos virtuais no ponto inexacto da encruzilhada em que imaginei que uma coisa e outra se encontravam. A essa ideia de Deus, quero dizer, cruzada com a ideia de Natureza. E do que é natural imaginar. E a IA, a derradeira utopia. Imaginada, passará a imaginar por nós.
Penso na expressão de Francisco d’Holanda: “Do tirar polo natural”, centrar a aprendizagem do ver o mundo, na experiência directa do olhar e do sujeito contemplado – é assim que caracteriza “o natural” - e não no que já foi visto, registado e processado por algo ou alguém. Tão actual se pensarmos que hoje cada vez mais se substitui essa experiência directa pela busca virtual. E depois questiono sobre o grau de naturalidade da inteligência, do pensamento e de qualquer outro produto do cérebro. As alucinações, sonhos, e as outras, criadas ou corrigidas com medicamentos ou drogas.
E Deus, criado à medida dos humanos. Que, de acordo com Zizec, retirou Cristo do convívio (natural?) com os mortais (como aquele feiticeiro mau, de uma história de encantar, retirou o mar durante a noite, enrolando-o como a um tapete). Por ineficácia. Demasiado humano para os humanos, sem o que os transcende e não identificam num igual. Etéreo, mantém a expectativa da salvação.
Há por aqui uma humanidade exausta a trabalhar para se tornar inútil no que a distingue. Na necessidade de uma ideia de Deus, inventa-a e depois uma inteligência à sua semelhança, mas maior, megalomania de poder e domínio do saber, mas que pela rapidez - que não vai ser possível acompanhar - por lhe ser possível criar novas ideias e por poder tomar decisões, gerará seguramente uma independência relativamente aos humanos, sobrenatural. Como um novo deus, criado, com infinitas possibilidades de manipular, intervir e castrar. Seduzir e substituir.
Rezar. Baixinho ou inaudivelmente, na obscuridade magica de uma capela, ou por dentro da cabeça. Preces dirigidas ao alto, nas nossas melhores palavras. Sem reparar, nas aflições, se as concordâncias estão impecáveis, a ortografia. Mas reza-se, hoje, em redes virtuais, colocando ao mesmo nível conhecidos e desconhecidos e Deus. Um atalho novo. Mas nunca encontramos “essa” página. Por escrito, so-
Para que servirá esta réstia de humanidade no futuro, quando tiver preguiça de pensar por si, de falar por si e perder o que tem de distinto, numa miríade de aplicações. A estas só lhes faltará viver por nós
bram visíveis as imperfeições do humano quando se expressa. Como será apetecível, embarcar sem retorno nesta modernidade tecnológica e mandar produzir preces, por medida. Como as cartas escritas por encomenda, daquelas de antigamente, quando se escreviam cartas e cartas de amor. E alguém generoso ou por dinheiro as alindava, para as enviar quem não as sabia escrever. Ditadas, explicadas no sentido ou confiadas cegamente à imaginação de quem escrevia. Um pequeno escriba de bairro, uma vizinha, uma neta miúda. Também o fiz, há muito tempo para alguém que não tinha aprendido a escrever e a ler. Ela ditava e eu estendia um pouco o assunto. Era a voz dela, corrigida na sintaxe, mas nunca no sentido.
Já não se usam cartas. Aqueles textos longos, suados e esperados, descritivos. E não é porque, tendo meios mais imediatos, não vá a alma esmorecer na espera. É porque se diz menos, muito menos, ou nada.
A pensar que, assim como se pode recorrer ao chatGPT para uma prece, um artigo de opinião ou um poema, também podemos recorrer às virtualidades chatbot para perguntar e obter respostas. Deus já disse o que tinha a dizer por interpostas pessoas que estão nas bases de dados e assim dispõe a IA de tudo o que é necessário para nos colocar em diálogo com ele. Com a sua voz, que nunca mais ninguém ouviu.
Mas se é a mente que nos substitui o voo das asas que nem temos e precisa de alimento e ginástica, com o filtro sensível que opera sínteses a partir de memóriasmas não em gigabytes - que atrofia, nos espera, para além da preguiça da memória que progressivamente cultivamos menos, apoiados em mecanismos de busca, ou em aplicações de orientação espacial que nos indicam o caminho passo a passo sem ver no todo um mapa. Esquecendo o encantamento de saber o mapa de uma cidade conhecida ou desconhecida. Não porque não esteja lá, mas porque nos passou a interessar somente a pedra mais imediata do caminho. É curioso, no fundo são escolhas que fazemos. Seguir às cegas. E não quem ainda nos explique um caminho. Dizem-nos: liga o gps. Como se tornará progressivamente inútil, a mente, se uma aplicação de IA produz discursos articulados, detalhados e criativos, ou imagens, se
pode substituir, com qualidade, as lacunas de saber e saber fazer, de um utilizador. Que opte por usá-la como ferramenta, mas imperceptivelmente se faz substituir por ela. Quanto de desonestidade está ao alcance da vontade de sermos ou não sermos honestos.
Deixar de memorizar caminhos, números, nomes, datas, factos e acontecimentos. Poderia ter sido bom, se pensássemos que o espaço ocupado por essas informações, ficando disponível, nos libertaria para outras operações formais, outras realizações, mas não parece que tenhamos aplicado essa disponibilidade extra de forma significativa. E quando também já não precisamos de articular uma opinião, uma resposta e isso é válido para namoros, testes e teses, e a tentação é enorme, á agilidade do cérebro e à sua originalidade individual, está reservado ser mais pobre.
Neste hipotecar da dinâmica psíquica a uma aplicação artificial a que se chama inteligência, num tempo que cada vez mais nos divide de nós próprios, na ilusão de que podemos escolher, imagino, cada vez mais, um nicho defensivo. Para reagir à alienação. Para que servirá esta réstia de humanidade no futuro, quando tiver preguiça de pensar por si, de falar por si e perder o que tem de distinto, numa miríade de aplicações. A estas só lhes faltará viver por nós. Mas vai parecer que não.
Humanidade diletante a inventar tiros no pé, com tantos problemas de fundo a solucionar. Quando cada novo avanço, científico ou tecnológico, tem em si possibilidades de ser mal utilizado e prejudicial, talvez se verifique ou o princípio de Peter ou a lei de Murphy. Ou ambos. Fico indecisa. A lembrar o velho do Restelo. Mas, na verdade, sou como o arqueiro de Khalil Gibran: “assim como ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.”. Somente, sem esperança nem alegria, acabo por preferir o arco, porque a flecha é a que fere o pé.
Ou, como disse Herberto Helder no seu “: Lugar último”:
“Contra mim, contra minha divagação. Penso: a flecha ama a onça. A morte ama o que morre. “
Ama?
Maria e Maria Madalena foram ungir o corpo com os óleos da intimidade. Foram. Mas sobre a pedra, nada. Do corpo, só pedra em vez de coração. Depois disso, roldanas cénicas a descer os deuses que os deuses deixam, como penas deixadas para trás.
Ou, simplesmente fazer download.
AGÊNCIA Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jacto privado que se despenhou na quarta-feira a norte de Moscovo, em que todos os ocupantes morreram.
Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
“De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo do avião Embraer - 135”, disse Rosaviatsiya, citando os nomes de Prigozhin e Utkin.
Um canal na rede social Telegram próximo do grupo, Grey Zone, publicou que Prigozhin e Utkin morreram “como resultado das acções de traidores da Rússia”.
ARosaviatsiya já havia indicado que na lista de ocupantes do jato estava o nome de Prigozhin e que havia iniciado uma investigação sobre a queda do avião da Embraer, ocorrida na região de Tver.
Sem surpresa
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden referiu ontem que não
“Feliz o homem que come do trabalho das suas mãos.”
TAIWAN PEQUIM PEDE A EUA QUE CANCELEM VENDA DE ARMAS À ILHA
AChina pediu ontem aos Estados Unidos da América (EUA) que “cancelem imediatamente” o seu mais recente plano de venda de caças F-16 e sistemas de rastreamento infravermelho a Taiwan, avaliado em cerca de 500 milhões de dólares.
WAGNER PRIGOZHIN ENTRE PASSAGEIROS DE DESASTRE AÉREO
Caído do céu
ficou surpreendido com a possível morte do chefe do grupo mercenário.
“Ainda não sei bem o que aconteceu, mas não estou surpreendido. Poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso”, frisou o chefe de Estado norte-americano, em declarações durante as suas férias que decorrem em Lake Tahoe, localizado entre Nevada e Califórnia.
Até agora, o Departamento de Estado e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, responsável pela política externa, evitaram tomar posição sobre as implicações do incidente.
No entanto, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, frisou, através da rede social X
(antigo Twitter), que a equipa de Biden tinha visto as publicações nos ‘media’ sobre o sucedido.
“Se for confirmado, ninguém deve ficar surpreendido”, sublinhou Watson. “A guerra desastrosa na Ucrânia levou um exército privado a marchar sobre Moscovo e agora - ao que parece - a isto”, acrescentou.
Veterano militar
Os serviços de emergência russos já resgataram oito corpos no local do incidente, mas por enquanto a identidade das vítimas não foi confirmada, segundo a agência oficial RIA Nóvosti.
O avião terá caído na região de Tver, mais de 100 quilómetros ao norte da capital russa, onde não há aeródromos próximos.
O líder dos mercenários Wagner, de 62 anos, lutou ao lado do exército regular russo na Ucrânia e protagonizou há dois meses uma rebelião militar fracassada contra as chefias militares russas, na qual chegou a tomar uma das cidades mais importantes do sul da Rússia, Rostov-no-Don.
Após a mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, Prigozhin concordou em retirar os seus mercenários e transferir a sua base para o território daquela antiga república soviética.
Depois de acusá-lo de traição, o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu-o no Kremlin, após o que Prigozhin anunciou o reinício das operações do Grupo Wagner em África.
COREIA DO NORTE ASSUMIDO ERRO NO LANÇAMENTO DE SATÉLITE ESPIÃO
ACoreia do Norte anunciou na quarta-feira, através dos meios de comunicação estatais, que o lançamento de um veículo espacial para tentar colocar em órbita um satélite espião falhou, informou a agência sul-coreana Yonhap.
O lançamento do veículo espacial, identificado pelo Japão como “presumível míssil balístico” e pela Coreia do Sul como
um foguetão de longo alcance, falhou devido a um erro na terceira fase, segundo a agência norte-coreana KCNA. A agência espacial de Pyongyang anunciou ainda uma nova tentativa de colocar o satélite em órbita para o mês de Outubro.
A Coreia do Norte explicou que o seu satélite espião Malligyong-1 foi lançado a bordo de um novo
tipo de foguetão espacial, denominado Chollima-1, e que embora a primeira e segunda fases tenham decorrido “normalmente”, na terceira ocorreu um “erro no sistema de propulsão de emergência”.
A Agência Espacial de Desenvolvimento Espacial da Coreia do Norte acrescentou que “a causa do acidente não é um grande problema em termos
de fiabilidade do motor” e que irá realizar o novo lançamento “depois de investigar exaustivamente as causas”, segundo informações da KCNA, citadas pela Yonhap.
Na terça-feira, a Coreia do Norte informou o Japão da intenção de lançar um satélite nos próximos dias, após um teste anterior, realizado há três meses, ter fracassado. A 31 de Maio,
“A China insta os EUA a cancelarem imediatamente o seu mais recente plano de venda de armas a Taiwan e a abandonarem o caminho perigoso de armar o território”, disse o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, em conferência de imprensa.
O porta-voz acrescentou que a “China vai adoptar medidas fortes, para salvaguardar a sua soberania e integridade territorial”.
O Governo norte-americano aprovou na quarta-feira o plano de venda avaliado em cerca de 500 milhões de dólares.
O Gabinete do Representante Cultural e Económico de Taiwan nos EUA pediu ao executivo norte-americano autorização para realizar a compra à fabricante de armamento Lockheed Martin, segundo um comunicado do Departamento de Estado.
O pedido formal do comprador é o primeiro passo no processo de venda de armas militares dos EUA ao exterior. Em seguida, o Departamento de Estado autoriza a venda, que depois passa pelo Congresso, que toma a decisão final.
O pedido de Taipé inclui material de apoio para os caças F-16, munições, programas de computador e equipamento para treino militar.
um foguetão apresentado por Pyongyang como de lançamento de um satélite de observação militar despenhou-se no mar Amarelo pouco depois da descolagem, com as autoridades norte-coreanas a invocarem um problema técnico.
Pyongyang explicou que pretendia “confrontar as perigosas acções militares dos Estados Unidos e dos seus vassalos”.
Textos Judaicos PALAVRA DO DIAJoe Biden, Presidente dos EUA “Ainda não sei bem o que aconteceu, mas não estou surpreendido. Poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso.”