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O Governo aposta na continuidade e repete a receita que tem dado milhões de milhões aos cofres da RAEM. As seis actuais opera doras de jogo viram sábado as suas licenças renovadas por mais 10 anos. De fora, ficou o grupo Genting. PÁGINA 4
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O Governo aposta na continuidade e repete a receita que tem dado milhões de milhões aos cofres da RAEM. As seis actuais opera doras de jogo viram sábado as suas licenças renovadas por mais 10 anos. De fora, ficou o grupo Genting. PÁGINA 4
DESDE o início da pande mia, muitos residentes da RAEM voltaram-se para o contrabando como forma de colmatar as difi culdades económicas. No debate sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a área da Segurança, na última sexta-feira, o secretário, Wong Sio Chak, disse que as autoridades de Zhuhai fizeram uma “lista negra” com nomes de pessoas apanhadas a contrabandear e que metade são residentes de Macau.
“Recentemente, as autoridades do Interior da China entregaram-nos uma lista negra dos praticantes de contrabando e mais de 50 por cento são residentes locais. Os crimes são mais praticados ao fim-de-semana. Sabemos que os rendimentos da população reduziram bastante e compreendemos a situação, existem dificuldades. Normalmente, acon selhamos os praticantes de contra bando a que deixem de recorrer a estas formas ilegais para garantir a sua subsistência e que perturbam a ordem pública”, disse.
Wong Sio Chak declarou que antes da pandemia eram sobretudo
Adeputada Ella Lei ques tionou o Governo sobre a ausência de dados estatísticos sobre a criminalidade relacio nada com o jogo nos relatórios anuais da tutela da Segurança, situação que se verifica desde o início da pandemia devido ao fecho das fronteiras e redução do número de turistas.
No entanto, Ella Lei diz que a ausência de números não significa que o crime deixou de existir. “Este ano houve muitos casos de burlas relacionadas com moedas nos casinos, e no sector do jogo houve muitos casos de sequestros. Mas os
dados não têm sido divulgados nos relatórios. Houve redução de crimes, mas verifica-se uma tendência do crime organizado nesta área. No próximo ano
esperamos um aumento do nú mero de turistas e a situação da criminalidade vai-se agravar”, reiterou.
O secretário para a Seguran ça, Wong Sio Chak, respondeu que há, de facto, a tendência de aumento da criminalidade nesta área. “Em nove meses, 2.899 pessoas praticaram o crime de burla de troca de dinheiro, sendo que a maior parte são residentes do Interior da China. Será que este fenómeno irá reduzir-se quando a pandemia passar? Creio que não, pelo que vamos reforçar o combate a este crime.”
No debate de sexta-feira o deputado Ho Ion Sang questionou o secretário para a Segurança sobre o aumento de casos de abusos sexuais de menores. “Tem-se registado um aumento do número de casos de violação de menores, de que medidas dispõe para prevenir estes casos? Só no primeiro trimestre deste ano, houve 17 casos, um aumento de 70 por cento face ao ano anterior. Isso desperta o alarme social e teremos de ver se a protecção das crianças é adequada ou não.” O secretário admitiu o aumento, relacionando esta questão com os encontros online. “Há estudantes que conhecem pessoas online e esses casos são frequentes. Algumas crianças sem experiência de vida têm receio de falar com os professores. O Governo, as escolas e os encarregados de educação devem prestar atenção a este assunto”, apontou. “Os assistentes sociais também têm de prestar atenção porque as crianças não têm experiência de vida e, se forem ameaçados, têm medo e não falam”, rematou Wong Sio Chak.
trabalhadores não-residentes e residentes de Hong Kong que pra ticavam o crime de contrabando, não existindo, para já, necessidade de rever a legislação em vigor.
“Os Serviços de Alfândega têm aplicado a lei do comércio externo e, recentemente, as autoridades de Zhuhai lançaram um aviso. Temos também a lei do crime organizado que podemos aplicar caso os crimes sejam feitos em grupo. Temos re
“Recentemente, as autoridades do Interior da China entregaram-nos uma lista negra dos praticantes de contrabando e mais de 50 por cento são residentes locais. Os crimes são mais praticados ao fim-de-semana.”
WONG SIO CHAK SECRETÁRIO PARA A SEGURANÇAO secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, revelou que metade das pessoas numa lista de contrabandistas elaborada pelas autoridades de Zhuhai são residentes de Macau. O gover nante mostrou “compreensão” face às crescentes dificuldades económicas da população, mas não esquece o combate ao crime
colhido provas e a fazer operações na comunidade.”
O secretário adiantou também que já se verificam resultados práticos das acções de combate. “Entre as 08h e as 09h de hoje [sexta-feira] o número de pessoas que passaram a fronteira foi de 4.600 pessoas, uma redução de cerca de mil pessoas, ou seja, uma queda significativa. Muitas dessas pessoas estarão ligadas ao comér cio paralelo, podemos dizer que os
números não são muito elevados, mas está, de facto, a ter um efeito dissuasor.”
A questão do aumento do con trabando foi abordada no debate de sexta-feira pelo deputado Ip Sio Kai, que quis saber quais as medidas para travar o crime. “As actividades de comércio paralelo tornaram-se frequentes e há muitas pessoas que passam a fronteira com
O debate das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a área da Segurança serviu também para anunciar novidades sobre a cons trução do novo Estabelecimento Prisional de Macau (EPM), cuja quarta fase deverá arrancar em breve. “Estamos a iniciar a quarta fase [do projecto], que envolve o sistema informático, e esperamos que possa ficar concluído no espaço de um ano. Pretendemos concluir a terceira fase da obra em Fevereiro ou Março e podemos dizer que a primeira e segunda fases estão concluídas”, disse o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, em resposta às intervenções dos deputados Ip Sio Kai, que apontou que esta tem sido “uma obra bastante
morosa”. Por sua vez, Ron Lam U Tou questionou o prazo de conclusão” da mesma. Para já, a Direcção dos Serviços Correccio nais criou o “Grupo de trabalho para a quarta fase do projecto de construção da nova prisão, a mudança de instalações da nova prisão e a coordenação do teste de operação”.
produtos para vender no Interior da China, para ganharem mais um pouco.”
O deputado Ma Io Fong mencio nou casos que envolvem menores e seus familiares. “Há pais que pedem aos filhos para transportar mercadorias ao passar a fronteira. As autoridades policiais têm feito operações conjuntas e isso merece o meu apoio. Será que as leis são sufi cientes para apoiar as autoridades?”, questionou. Andreia Sofia Silva
A integração do Gabinete de Informação Financeira (GIF) nos Serviços de Polícia Unitários (SPU) deverá arrancar “no início de 2023”, anunciou o secretário Wong Sio Chak, devendo formar-se uma equipa de projecto para a revisão dos diplomas legais respectivos. O secretário prometeu que o GIF “continuará a manter canais de comunicação com as autoridades judiciais competentes e a auxiliar na detecção de bens roubados”, além de continuar a “promover o confisco e a recuperação de activos financeiros criminais e a adoptar medidas eficazes para bloquear a cadeia de capital dos grupos criminosos”.
Governo quer combater “indivíduos anti-China e perturbadores de Macau”
OGoverno quer combater acções levadas a cabo por pessoas que sejam “anti -China” ou “perturbadoras de Macau” nos próximos anos.
O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, adiantou que é intenção do Executivo “prevenir e combater com toda a firmeza as forças hostis exteriores”, bem como “os indivíduos ‘anti-China e perturbadores de Macau’”, sem esquecer “o terrorismo transfron teiriço que visam prejudicar a segurança do Estado e a estabi lidade da sociedade de Macau”.
Além disso, o governante assumiu que o Executivo tem “prestado a maior atenção às al terações da situação da segurança em Macau”, sem especificar as alterações ocorridas.
A lei relativa à segurança nacional e de defesa do Estado será apresentada à Assembleia Legislativa “o quanto antes, em breve”. Wong Sio Chak prometeu ainda “reforçar a consciência [da população] sobre a segurança na cional e a capacidade do pessoal da Polícia Judiciária”.
O secretário frisou que “a produção legislativa e a revisão da lei têm registado um grande progresso, com os mecanismos e as entidades de execução da lei a funcionar em pleno”. Desta for ma, garantiu-se “uma segurança mais forte e a implementação do princípio fundamental de ‘Macau governado por patriotas’”.
Vários deputados defende ram a necessidade de reformas nesta matéria, lembrando a conclusão da consulta pública e a aprovação geral da revisão do diploma. “A lei da segurança nacional vigora há 13 anos e isso
“Os alunos estrangeiros vão ser o nosso alvo de sensibilização e divulgação [da educação da seguran ça nacional]”, assumiu o secretário Wong Sio Chak. O responsável pela tutela da Segurança respondia a uma pergunta do deputado Pang Chuan sobre os planos do Governo relativamente à “educação do patriotismo”. Pang Chuan referiu que, no território, existem escolas “cujas aulas são leccionadas em língua portuguesa e chi nesa” e que “essa razão não pode impedir a promoção do amor à pátria”. “Independen
temente da língua adoptada nas escolas e os recursos humanos e docentes, qual o plano do Governo em relação a esta matéria?”, questionou.
Wong Sio Chak notou que a introdução de matéria relativa à segurança nacional nestas escolas “tem de ser feita através da legislação”. E concretizou: “Há que ter em conta o pessoal docente, [que deve] conhecer bem a nossa pátria. Se os profes sores não conhecerem e ensinarem segurança nacio nal, provavelmente os efeitos não serão satisfatórios nem notórios”.
tem contribuído para garantir a segurança e a estabilidade so cial de Macau. No relatório [da consulta pública] lê-se que cerca de 90 por cento da população concorda com a revisão da lei e espero que seja submetida ao hemiciclo o quanto antes”, apon tou o deputado Ho Ion Sang. Por sua vez, Iau Teng Pio disse que “Macau tem a responsabilidade de proteger a segurança nacional e os interesses do país”.
Içar
Destaque para a intervenção do deputado Ip Sio Kai, que defendeu a realização da ceri mónia do içar das bandeiras da RAEM e República Popular da China todos os dias. “Não sei se a cerimónia do içar da bandeira se pode realizar todos os dias na praça Flor de Lótus ou num local que não incomode a população, pois trata-se de um acto de amor à pátria. Penso que poderemos ponderar isso. Seria uma activi dade característica [de Macau], de amor ao país e à pátria.”
O secretário prometeu “pon derar sobre a opinião”, lembrando que já se realizam este tipo de ce rimónias com frequência, nomea damente nos feriados de Outubro, da semana dourada, muitas delas “visitadas por turistas”. A.S.S.
O Executivo liderado por Ho Iat Seng decidiu atribuir as novas concessões do jogo às actuais operadoras de jogo, deixando a empresa GMM de fora. A MGM China conseguiu a pontuação mais alta das vencedoras
OGoverno anunciou a atribuição de licença provisória de jogo às seis operadoras presentes no território. A decisão foi anunciada no sábado, numa conferência de imprensa em que o presidente da comissão do concurso público para a atribuição de concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar, André Cheong, afirmou que ficou de fora a concorrente “sem experiência de exploração de jogo”.
Num despacho publicado em Boletim Oficial, no mesmo dia, e por ordem de classificação, cujos critérios de avaliação nunca foram esclarecidos, constam os nomes de MGM Grand Paradise, Galaxy Casino, Venetian Macau, Melco Resorts (Macau), Wynn Resorts (Macau) e SJM Resorts.
Numa conferência de imprensa, marcada com pouca antecedência e em que várias perguntas fica ram sem resposta, André Cheong destacou que as candidatas esco lhidas “oferecem compromissos e condições mais vantajosas para assegurar o emprego local, abrir mais fontes de clientes e visitantes e permitir a exploração de elemen tos não-jogo, correspondendo aos objectivos do Governo”.
André Cheong não quis revelar a razão que deixou o grupo Genting (GMM) de fora, realçando apenas que a empresa foi “estabelecida
periência para promover ainda mais Macau como um Centro Mundial de Turismo e Lazer.
A MGM China mostrou con fiança no futuro do território e na “recuperação total, enquanto a Wynn Macau, em comentários ao portal GGRAsia, se mostrou mais cautelosa ao apontar que “a atribuição final da concessão ainda está sujeita à docu mentação final e os termos exactos do Governo de Macau”.
Conhecidos os resultados, o ana lista de jogo Ben Lee considerou que o Governo “decidiu contra uma grande ruptura” no concurso público para a atribuição de seis licenças para casinos, que manteve as atuais operadoras.
De fora, ficou a única nova con corrente, o grupo malaio Genting, que “tinha boas hipóteses de obter uma licença, porque tinha várias vantagens face às existentes”, disse o analista da consultora de jogo IGamix.
muito recentemente em Macau” e que “apesar de não ter experiência de exploração do jogo em Macau”, teve uma “atitude pró-activa” na participação do concurso público.
Minutos após o anúncio dos resul tados, as operadoras começaram a
reagir, destacando o compromisso em tornar Macau, como pedido pelo Governo, num centro inter nacional de turismo.
A Melco, de Lawrence Ho, admitiu que se “sente honrada” por ter sido escolhida e elogiou o concurso público por ter sido um processo “transparente”.
André Cheong destacou que as candidatas escolhidas “oferecem compromissos e condições mais vantajosas para assegurar o emprego local, abrir mais fontes de clientes e visitantes e permitir a exploração de elementos não-jogo”
O S deputados da Fe deração das Asso ciações dos Operários de Macau (FAOM) querem garantias do Governo de que as empresas vencedoras das licenças de jogo vão dar prioridade a residentes locais no re crutamento de recursos humanos.
Ella Lei, Leong Sun Iok, Lei Chan U e Lam Lon Wai assinaram um comunicado onde se destaca que, apesar de as concessionárias origi nais terem luz verde para continuar a explorar a actividade de jogo em Macau, existem fun cionários do sector que estão preocupados com
a possibilidade de serem despedidos devido à recessão económica. Os legisladores da FAOM pediram também que seja dada atenção espe cial aos trabalhadores dos casinos-satélite.
Citando dados divul gados pelo Governo, o terceiro trimestre do ano encerrou com menos
14.000 vagas de empre go no sector do jogo, em relação a igual período de 2021.
Os deputados es peram também que as concessionárias apoiem o desenvolvimento das pequenas e médias em presas e que sejam ins trumentais na ajuda à contratação de pessoas
A S.J.M, num comunicado em língua portuguesa, agradeceu ao Governo a “oportunidade de poder continuar a contribuir para a economia de Macau”.
Robert Goldstein, presidente e CEO da Sands China, prometeu uma empresa “comprometida com a estratégia de investimento em Macau, na sua economia, popu lação e comunidade” não só nos próximos 10 anos, prazo da con cessão, mas além desse período.
Quanto a Lui Che Woo, o presi dente da Galaxy sublinhou que no futuro a concessionária vai “incor porar mais elementos inovadores” nas suas operações e utilizar a ex
O caderno de encargos do concur so público contemplava exigências associadas ao reforço das actividades não-jogo e o Genting “é muito forte nos elementos não-jogo, particu larmente nos parques temáticos”, sublinhou Ben Lee, apontando o sucesso do parque temático Resorts World Genting, que engloba um dos dois casinos de Singapura.
Outro analista, Alidad Tash, disse à Lusa que o Governo “usou definitivamente a Genting como um espantalho para assustar as actuais operadoras a prometerem mais investimento”.
O director executivo da empresa especializada em jogo 2NT8 defen deu que o actual Executivo é “muito mais anti-jogo” do que os anteriores, mas disse acreditar que “ainda falta muito” para a região chinesa ultra passar a dependência dos casinos.
João Santos Filipe (com Lusa)
com deficiência ou in capacidade.
Os membros da FAOM esperam ainda que as empresas de jogo consigam atrair turistas estrangeiros, mas abstive ram-se de referir que sem o alívio das restrições de combate à pandemia essa capacidade fica bastante diminuída. N.W.
Entre Agosto e Outubro, a taxa de desemprego atingiu 3,9 por cento e a taxa de desemprego dos residentes foi de 5,0 por cento, o que representou uma diminuição de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, face ao período anterior (Julho a Setembro de 2022). A informação foi divulgada na sexta-feira pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No mesmo período, a taxa de subemprego situou-se em 6,5 por cento, o que foi apontado pela DSEC como uma descida significativa, de 10 pontos percentuais. No período em análise, a população activa que vivia em Macau totalizou 377.700 pessoas e a taxa de actividade foi de 68,9 por cento. A população empregada fixou-se em 363.000 pessoas.
Ma Chi Seng, membro da família Ma, apresentou ontem a can didatura à Assembleia Popular Nacional por Macau. As eleições vão decorrer a 12 de Dezembro e Ma, que concorre pela primeira vez, apresentou um total de 227 apoiantes. Em declarações aos jornalistas, o deputado afirmou que concorrer à APN “é um assunto muito sério” e que teve de “ponderar muito” antes de ter tomado uma decisão. Caso seja eleito, prometeu “reflectir de forma correcta as condições e expectativas de Macau” face aos órgãos centrais. Outro dos candidatos é Si Ka Lon, igual mente deputado em Macau. O legislador próximo do empresá rio Chan Meng Kam apresentou 381 apoios à candidatura e afirmou que se for reeleito vai focar as atenções na integração da RAEM no Interior.
De acordo com dados oficiais, 83 encarregados de educa ção transfronteiriços foram removidos da lista de isenção de controlo alfandegário, por suspeitas de contrabando. No sábado, Wong Ka Ki, subdirector dos Serviços de Educação e Desenvolvimento Juventude (DSEDJ), apelou aos encarre gados de educação que viajam diariamente entre o Interior e Macau para cumprirem a lei e “evitarem cair na armadilha da ilegalidade”. Nos últimos tempos, e com a justificação da covid-19, o Governo tem montado uma campanha contra quem transporta consigo bens para o Interior que deveriam ser declarados. Questionado sobre se os alunos utilizados pelos pais para o contrabando também seriam punidos, o encarregado respondeu que as escolas têm “outras formas” de lidar com o problema.
Foram chumbadas duas propostas de alteração ao decreto-lei que estabeleceu o complemento extraordinário das pensões, apresentadas pelo PSD e Chega, que visavam a inclusão dos refor mados residentes fora de Portugal. Rita Santos continua a dialogar com a Caixa Geral de Apo sentações para procurar um consenso
DOIS partidos políticos portugueses, o Chega e o Partido Social-Democrata (PSD), apresentaram duas propostas de alteração ao decreto-lei que determina o pagamento do complemento ex traordinário das pensões apenas a reformados residentes em Portugal. As propostas foram chumbadas na última semana na Assembleia da República (AR).
O decreto-lei em causa, inserido no Orçamento de Estado para 2023, votado na especialidade nos últimos dias, exclui pensionistas que vivem foram do país, nomeadamente os 2.100 que vivem em Macau e que recebem reforma da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Na zona da Ásia e Oceânia, são 2.794 pessoas fora do apoio extraordinário.
O PSD propôs a retirada do ter mo “cidadão nacional”, enquanto a proposta do Chega visava alargar “o complemento excepcional a pensio nistas não residentes em território nacional e a reformados inseridos em fundos de pensões privados”.
Para Jorge Fão, dirigente da Associação dos Aposentados, Re formados e Pensionistas de Macau (APOMAC), as propostas em causa foram “um gesto corajoso e honesto”. Fão acredita que, na hora de elaborar o decreto-lei, houve um “erro técnico” do Ministério das Finanças. “Não estou a ver o Partido Socialista [ac tualmente no Governo] a redigir uma legislação que só olha para as pessoas que vivem no país. Por poucos que sejamos, o Governo também tem de cuidar de nós”, disse ao HM.
Jorge Fão, que já contactou várias entidades em Portugal, la menta a parca resposta de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, inclusive a Rita Santos, presidente do Conselho Regional das Comunidades portuguesas na Ásia e Oceânia.
“Disse que se não tiver res posta para enviar nova carta ao Primeiro-ministro, mas isso não é uma resposta que se dê. Lavou as mãos como Pôncio Pilatos. Ele [Marcelo] sempre foi um grande
constitucionalista e sabe o que está bem e mal. Enviei-lhe uma carta e não me respondeu. Por uma questão de cortesia deveria fazê-lo”, acusou.
Fão assume que “não é fácil pas sar propostas da oposição [na AR], uma vez que o PS tem a maioria absoluta”.
Entretanto, em Lisboa até ao fim do mês, Rita Santos continua o périplo para garantir que os reformados a
“[Marcelo Rebelo de Sousa] Lavou as mãos como Pôncio Pilatos. Sempre foi um grande constitucionalista e sabe o que está bem e mal. Enviei-lhe uma carta e não respondeu. Por uma questão de cortesia deveria fazê-lo.”
JORGE FÃO APOMACviver na Ásia e Oceânia recebem o complemento da reforma. A responsável tem agora uma nova carta na manga, propondo a “actua lização das pensões por completo em Janeiro de 2023 e não a taxa reduzida que vai ser aplicada em Portugal, o que representaria uma dupla discriminação para com os pensionistas que residem fora de Portugal”. Tal pode ler-se numa nova carta enviada à CGA.
De frisar que o apoio em causa diz respeito a meio mês de pensão, já pago em Outubro de 2022. Rita Santos acrescenta na carta que os pensionistas a viver fora de Portugal “foram também muito afectados pela inflação, a desvalorização acelerada do Euro, com um forte impacto na conversão da taxa cambial das suas pensões, e pelo aumento dos preços dos bens essenciais”. Andreia Sofia Silva
UM ataque informático de escala mun dial resultou do roubo de dados de telefone de mais de 410 mil números de Macau na aplicação Whatsapp. A subtrac ção de dados de perto de 500 milhões de contas de Whatsapp afectou números de todo o mundo. Uma notícia avançada pelo portal da especialidade Cybernews indica que quase 500 milhões de conta estavam a ser vendidas na internet num fórum conhecido por servir de suporte a piratas informáticos. Os ataques envolveram o
roubo de dados de contas em 84 países e regiões, com os países mais afectados a serem os Estados Unidos, Egipto, Itália, Arábia Saudita, França e Turquia.
A mesma fonte adianta que a base de dados relativa a números norte-americanos estaria a ser vendida por 7.000 dólares, os dados do Reino Unido por 2.500 dólares e da Alemanha por 2.000 dólares.
Segundo o Canal Macau da TDM, o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais afirmou estar a acompanhar o caso, mas
que não recebeu queixas de residentes de Macau.
As informações roubadas são nor malmente usadas para fraudes através da obtenção de informações bancárias, relativas a cartões de crédito ou dados de identificação. Os piratas informáticos costumam enviar mensagens fazendo-se passar por entidades reputadas ou através de chamadas incógnitas com o objectivo de obter informações passíveis de ser usadas em crimes. J.L.
Acusado dos crimes de sociedade secreta e de corrupção, entre outros, Li Canfeng acon selhou o tribunal a convocar Fernando Chui Sai On e Raimundo do Rosário, para ficar a par de todo o processo que envolveu o projecto no Alto de Coloane
LI Canfeng responsabilizou o ex-chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, pelo projecto de habitação no Alto de Coloane, em 2014.
As declarações foram feitas no primeiro dia do julgamento em que o ex-director das Obras Públicas reponde por um crime de sociedade secreta, em concurso com o crime de associação crimi nosa, e vários crimes de corrupção e branqueamento de capitais.
No âmbito dos alegados cri mes praticados, um dos projectos em causa é a construção de torres residenciais no Alto de Coloane. Apesar das obras não terem avan çado, em 2014, o Governo focou os seus esforços para que fossem obtidas as licenças de construção necessárias.
Na sexta-feira, Li Canfeng foi questionado pelos procedimentos e respondeu que se a juíza pre tendesse obter respostas tinha de convocar o ex-chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, que “coor denou pessoalmente” o dossier.
De acordo com o portal All About Macau, Li Canfeng re velou também que depois de ter assumido o cargo de director das Obras Públicas, em 2014, lhe foi atribuída como principal missão o recomeço do projecto, “tão depressa quanto possível”.
No entanto, a juíza Lou Ieng Ha, que também está a julgar o caso Suncity, não gostou das respostas e avisou o arguido que apenas estava “a enrolar”, sem se pronunciar sobre o que estava a ser questionado. Lou afirmou ainda que o aspecto principal do caso passa por Li estar a ser acusado de ter ligações comerciais com vários empresários, que alegadamente terá beneficiado, enquanto director das Obras Públicas. Li negou ter beneficiado qualquer empresário.
Quanto à detenção de 1 por cento do capital social de uma
empresa que controlava o ter reno C8 dos Lagos Nam Van, o ex-director das Obras Públicas confirmou o facto, mas recusou ter obtido qualquer benefício, apontando apenas ter ajudado “numa recolha de fundos”. Li Canfeng afirmou ainda que “to das as pessoas” que rodeavam Chui Sai On fizeram o mesmo, incluindo o/a então subdirector/a dos Serviços de Turismo, cujo nome não mencionou.
A escolha de Li Canfeng para o suceder a Jaime Carion, que tam
bém é arguido neste processo, em 2014, foi controversa. Na altura, Li era conhecido devido ao depoi mento durante o julgamento do ex-secretário para os Transportes e Obras Pública, Ao Man Long, quando apresentou várias falhas de memória. Entre a comunidade chinesa ficou conhecido como “o director amnésia”.
A escolha foi altamente ques tionada e o diferendo público entre Chui Sai On e Raimundo do Rosário adensou a polémica. Num primeiro momento, Chui afirmou que Raimundo do Rosário tinha indicado o nome. Porém, o
Durante a primeiro dia de julgamento, Li Canfeng esteve a falar da sua rela ção com o empresário Ng Lap Seng. Num dos mo mentos mais marcantes do dia, Li comparou Ng a
Meng Wanzhou, a filha do proprietário da empresa Huawei, que esteve detida três anos no Canadá. “Ng Lap Seng é a Meng Wan zhou de Macau”, afirmou Li. Em causa, está o facto
de Ng ter cumprido pena de prisão nos Estados Unidos durante três anos, devido a acusações de corrupção relacionados com a construção de um centro da ONU em Macau.
macaense recusou esse cenário, num primeiro momento, para depois afirmar que Li tinha sido “uma escolha do Governo”.
Na sexta-feira, Li contou que o convite partiu de Chui Sai On, ainda antes de formar o seu segun do Governo, e que começou logo a trabalhar. Na altura, o convite foi aceite, mesmo não sabendo Li que posição iria assumir.
Encontro a três
Segundo o relato do jornal All About Macau, Li Canfeng contou ainda que no primeiro dia como di rector das Obras Públicas teve uma reunião com Fernando Chui Sai On e Raimundo do Rosário. Nesse en contro foi-lhe indicado pelo então Chefe do Executivo que o projecto no Alto de Coloane era para “ficar terminado rapidamente”.
No encontro com Chui Sai On foi-lhe indicado que o projecto no Alto de Coloane era para “ficar terminado rapidamente”
Após essas indicações, Li Canfeng admitiu ter atribuído grande importância ao projecto, mas negou ter pressionado os su bordinados. O ex-director contou que apenas se limitou a contar aos subordinados, que o Chefe do Executivo estava a prestar muita atenção ao projecto e que esperava que ficasse concluído rapidamente.
Ainda assim, devido à pressão da sociedade, Li apontou que projecto ficou suspenso, para mais tarde ser recomeçado, por iniciativa de Chui Sai On, que “coordenou pessoalmente” os trabalhos. João Santos Filipe
AUniversidade de Coimbra (UPM) e a Universidade Politéc nica de Macau (UPM) estabeleceram um acordo de cooperação para o estabelecimento de um laboratório conjunto em Informática.
Numa nota de imprensa enviada na sexta-feira à agência Lusa, dia da assinatura do acordo, a Universida de de Coimbra (UC) revelou que a parceria define os termos para o estabelecimento do “UPM-UC Joint Research Laboratory in Advanced Technologies for Smart Cities”, na Faculdade de Ciências Aplicadas da UPM, em Macau.
O protocolo foi assinado pelo reitor da UC, Amílcar Falcão, e pelo reitor da UPM, Im Sio Kei, numa cerimónia realizada em formato híbrido, a partir da Sala do Senado.
“O objectivo do laboratório é realizar projectos conjuntos de in vestigação nas áreas da computação, inteligência artificial e tecnologias de informação e comunicação, com im pacto no desenvolvimento de cidades inteligentes – promovendo também parcerias académicas internacionais entre a UC e a MPU e apoiando a formação de jovens investigadores de ambas as partes”, sintetizou a organização portuguesa.
De acordo com a informação disponibilizada, destaca-se que “este protocolo vem reforçar o carácter estratégico da crescente colaboração entre a Universidade de Coimbra e a Universidade Politécnica de Macau na área de Informática”.
“Para além do duplo grau de reconhecimento dos cursos de doutoramento em Informática das duas instituições, os docentes e investigadores da Departamento de Engenharia Informática da Fa culdade de Ciências e Tecnologia da UC têm colaborado na forma ção e orientação dos estudantes do programa de doutoramento da MPU e desenvolvido projectos de investigação conjunta”.
Os dois arquitectos foram distinguidos com um prémio de inovação em construção, por um projecto na zona antiga da cidade que junta um depósito de lixo e um posto de transformadores
AUNESCO atribuiu na sexta-feira um prémio de inovação em construção aos arquitectos Rui Leão e Carlotta Bruni por um edifício de serviços cons truído na zona antiga de Macau.
O edifício, que junta um depósito de lixo e um posto de transforma dores, é um exemplo de “um novo
design inovador num contexto de património mundial”, de acordo com uma declaração publicada no ‘site’da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que atribui os prémios “Conservação do Património Cultural na Ásia-Pacífico”, em Banguecoque.
O projecto “integra-se habil mente num cenário desafiante,
num lote urbano apertado, na zona tampão do Centro Histó rico do Património Mundial de Macau”, em que a nova estrutura “cria uma interacção com as casas vizinhas e o espaço público”, acrescentou o júri dos prémios, que analisou um total de 50 en tradas de 11 países e regiões da região da Ásia-Pacífico.
Rui Leão, também presidente do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP), sublinhou que este pré mio da UNESCO veio mostrar a importância “de intervir de forma exemplar numa cidade com patri mónio mundial”, distinguido “por ser notável e excepcional”.
“Se temos este património e capacidade no passado, também temos que ter essa capacidade actualmente”, considerou, em declarações à Lusa.
Leão radiante Afirmando “estar radiante com este prémio”, o arquitecto considerou que a distinção “é a confirmação de que Macau consegue produzir arquitectura de excepção em am biente de património e [este projec to] é um exemplo para demonstrar que é possível inserir novas infra -estruturas num contexto histórico sem o desqualificar e, além disso, torná-lo mais interessante e rico”.
O arquitecto sublinhou que “é preciso observar, perceber, interpretar e transformar”, sendo “também isso que este prémio reconhece”.
Trata-se de um sítio “muito qualificado, muito especial [junto do Pátio da Eterna Felicidade], onde se encontram um urbanismo português e um urbanismo chinês”, explicou.
“Urbanismos completamente diferentes que colidem um com o outro em diferentes pontos da cidade, por isso fizemos neste pro jecto um exercício de encontro que mantém a continuidade e o torna extraordinário”, disse Rui Leão.
Desde 2000, o programa de Pré mios Ásia-Pacífico da UNESCO para a Conservação do Património Cultural tem vindo a reconhecer os esforços de indivíduos e orga nizações privadas na restauração, conservação e transformação de estruturas e edifícios de valor patrimonial na região.
Os projectos premiados têm demonstrado, até agora, vários critérios de conservação, tais como a articulação do espírito do lugar, realização técnica, uti lização ou adaptação adequada, o envolvimento do projecto com a comunidade local, e a contribuição do projecto para melhorar a susten tabilidade do ambiente circundante e não só.
A Air Asia recusa terminar com a suspensão dos voos para Macau, a não ser que o Governo altere as me didas que exigem o cumprimento de quarentena. A posição foi tomada por Celia Lao, responsável pelas operações no território, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau. Segundo Lao, a medida actual de quarentena 5+3 é pouco atraente para os turistas pelo que o volume dos visitantes é baixo e não compensa os voos directos para a RAEM. Por isso, Celia Lao defende que Macau deve flexibilizar a medida de quarentena ou alterar para um modelo “0+3” como acontece em Hong Kong. Só após esses cenários a Air Asia vai retomar os voos para Macau. Celia Lao recordou ainda que em 2019, antes da pandemia, a Air Asia era a maior empresa aérea estrangeira em Macau, com 13 voos por dia, no pico de maior tráfego.
O Governo anunciou a conclusão do túnel subaquático de ligação entre o Metro Ligeiro de Macau e a Ilha da Montanha. Em comunicado, o Execu tivo avançou que a Nam Kwong União Comercial e Industrial, responsável pela construção, conseguiu resultados faseados e que os trabalhos “críticos da secção do mar” estão terminados. Segundo os dados oficiais, a escavação com a nova tuneladora com 7,7 metros de diâmetro exterior teve início a 25 de Julho e a perfuração atingiu mais de 900 metros em 124 dias. Durante este período, a escavação atravessou a rampa da Ponte Flor de Lótus e o Canal Shizimen, entre outras instalações im portantes. A tuneladora veio à superfície na Rotunda Marginal do lado de Macau, tendo a conclusão sido antecipada em 53 dias em relação à data inicialmente prevista. O objectivo passa por garantir que a extensão da Linha do Metro fica operacional em 2024.
Ainstalação da terceira in terligação Guangdong -Macau, lançada em 2018 para aumentar a estabilidade do consumo de energia eléc trica na cidade, foi concluída na sexta-feira, segundo a Companhia de Electricidade de Macau (CEM).
A terceira interligação, que vai permitir aumentar a capacidade de transporte de energia para 1,7 milhões de quiloWats (kW), é um projecto chave no âmbito do Acordo Quadro de Coo peração entre Guangdong e Macau, e também uma
importante infra-estrutura de ligação na Zona da Gran de Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, indicou a CEM, em comunicado.
A infra-estrutura é com posta pela subestação Pac On de 220 quiloVolt (kV) em Macau, pela subestação Yan
dun de 220kV em Zhuhai, cidade chinesa adjacente ao território, e pela linha de cabos submarinos de cerca de 10,3 quilómetros (km) entre as duas subestações, num investimento total de cerca de 1,4 mil milhões de patacas (167 milhões de euros).
A CEM foi responsável pela construção da subes tação Pac On e da linha de cabos de 4,5 km do lado de Macau, enquanto a China Southern Power Grid (CSG) de Cantão teve a seu cargo a construção da subestação Yandun e da linha de cabos
de 5,8 km do lado de Zhuhai. A rede de fornecimento de energia entre Guangdong e Macau foi estabelecida pela primeira vez em 1984, com a primeira e a segunda interligações a serem cons truídas em 2008 e 2012, respectivamente.
Não existe país que seja perma nentemente forte. Assim como não existe nenhum país perma nentemente fraco. Se aqueles que se conformam à lei são fortes, o país será forte; se aqueles que se conformam à lei são fracos, o país será fraco.
Na nossa época, o governante que souber eliminar a maldade privada e manter a lei pública terá o seu povo em segurança e o Estado em ordem. Qualquer governante que saiba expurgar a acção privada e agir de acordo com a lei pública, terá um exér cito forte e inimigos fracos. Por isso, procurai homens que sigam a disciplina das leis e regulamen tos e colocai-os acima do corpo de oficiais da corte. Assim, o so berano não poderá ser enganado por ninguém através da fraude e da falsidade. Procurai homens capazes de julgar cada situação e colocai-os à frente de assuntos distantes. Assim, o soberano não poderá ser enganado na política do mundo.
Se as promoções se fizessem com base em meras reputações, os mi nistros ficariam distantes do so berano e todos os oficiais se asso ciariam com intenções de traição. Se os oficiais fossem nomeados por causa do seu partidarismo, as pessoas esforçar-se-iam por culti var as amizades em vez de procu rarem emprego de acordo com a lei. Assim, se ao governo faltarem homens capazes, o Estado cairá no caos. Se as recompensas fo rem atribuídas com base na mera reputação e os castigos aplicados com base na mera difamação, os homens que apreciam recompen sas e detestam castigos abando narão a lei do público e pratica rão toda a espécie de truques por interesse próprio, associando-se para fins sinistros. Se os minis tros esquecerem os interesses do soberano e fizerem amizade com estrangeiros, assim promovendo os seus adeptos, os seus subor dinados terão fraca moral para
servir o soberano. Muitos são os seus amigos, numerosos os seus adeptos: quando formam juntas à esquerda e à direita, apesar de serem grandes as suas faltas, os seus modos de disfarce serão inú meros.
Os ministros leais, inocentes que sejam, estão sempre perante o pe rigo e a pena de morte, enquanto que os ministros cavilosos, ape sar de destituídos de mérito, sem pre gozam de segurança e pros peridade. Se os ministros leais se depararem com o perigo e com a morte sem terem cometido qual quer crime, os bons ministros re tirar-se-ão. Se os ministros maus gozarem de segurança e prospe ridade sem prestarem qualquer serviço meritório, os mais vilões dos ministros serão atraídos. Este é o princípio da decadência. Se tal fosse o caso, todos os oficiais abandonariam o legalismo, prati cando o favoritismo e desprezan do a lei pública. Frequentariam os portões das casas dos homens
dissimulados, mas nem só uma vez visitariam a corte do sobe rano. Cem vezes calculariam os interesses das famílias privadas, mas nem uma dedicariam ao bem estar do Estado do soberano.
A lei dos primeiros reis dizia: “ne nhum ministro deverá exercer a sua autoridade ou laborar em proveito próprio, mas deverá se guir as instruções da sua majesta de. Não praticará o mal, mas se guirá o trilho da sua majestade.” Assim, na antiguidade o povo de uma época ordeira se regeu pela lei pública, abandonando todos os esquemas pessoais e dedi cando a sua atenção e unindo as suas acções esperando emprego pelos seus superiores.
Porém, o senhor dos homens, se tiver ele próprio de inspeccio nar todos os oficiais da corte, des cobrirá que o dia é curto e as suas energias insuficientes. Para além disso, se o superior usar os seus olhos, o inferior ornamentará o seu aspecto; se o superior usar
os seus ouvidos, o inferior orna mentará a sua voz e, se o supe rior usar a sua mente, o inferior retorcerá as suas frases. Conside rando estas três faculdades como insuficientes, os primeiros reis deixaram de lado os seus próprios talentos e confiaram nas leis e nú meros agindo cuidadosamente no que respeitava aos princípios de recompensa e castigo.
Assim, os actos dos primeiros reis tinham apenas por escopo a ordem política. As suas leis, por muito simplificadas, não eram violadas. Apesar do governo au tocrático nas terras circunscritas pelos quatro mares, os dissimula dos não conseguiam fazer vingar os seus planos sórdidos; os enga nadores não conseguiam lançar as suas propostas e os maus não encontravam meios aos quais recorrer, de modo que, mesmo a mais de mil li de distância de Sua Majestade, não se atreviam a mu dar as suas palavras, nem estan do do soberano próximos como cortesãos se atreviam a encobrir o bem ou a esconder o mal. Os oficiais da corte, altos e baixos, não agiam nunca uns contra os outros nem iam além dos seus
postos e competências. Desse modo, a rotina administrativa do soberano não lhe ocupava o tem po por inteiro e cada dia contin ha suficiente lazer. Tal se devia à confiança que o governante tinha na sua posição.
O soberano inteligente deixa a Lei escolher os homens e abstém -se de efectuar promoções arbi trárias. Deixa a lei medir os mé ritos e, ele próprio, não produz regulamentos arbitrários. Conse quentemente, os homens capa zes não podem ser obscurecidos e os maus carácteres não podem ser disfarçados. Os homens falsa mente elogiados não têm lugar, os homens erradamente difamados não podem ser degradados. As sim, a distinção entre soberano e ministros se torna clara e se atin ge a ordem. E tal será o bastante se o soberano detiver o escrutínio das leis.
A Lei não se sujeita ao nobre nem cede ao mau. Seja ao que for que a Lei se aplique, o sábio não po derá rejeitar nem o corajoso desa fiar. Os castigos por erros come tidos nunca esquecem os minis tros, a recompensa pelo bem nun ca deixa de lado o plebeu. Assim, para corrigir os erros do grande, para rechaçar os vícios do peque no, para suprimir a desordem, para decidir contra más escolhas, para submeter o arrogante, para endireitar o torto e para unificar os costumes das massas, nada há como a Lei. Para avisar os oficiais e impressionar o povo, para ex tirpar a obscenidade e o perigo e para proibir a falsidade e o enga no, nada se pode comparar à pu nição. Se a punição for severa, o nobre não poderá discriminar o humilde. Se a lei for inequívoca, os superiores serão estimados em vez de aviltados. Se os superiores não forem aviltados, o soberano se tornará forte e capaz de man ter o rumo certo do governo. Essa era a razão pela qual os primeiros reis apreciavam o legalismo e o transmitiram à posteridade. Se o senhor dos homens abandonar a Lei e praticar o egoísmo, o alto e o baixo serão indistintos.
Assim, governar o Estado pela Lei é cantar o bem e apontar o mal.
SHEN ZHOU (1427-1509) o pintor de Suzhou autor de uma expressiva pintura feita num álbum que mostra a figura de um literato de pé no extremo de um rochedo em contemplação, na realidade voltado para um poema inscrito no papel à sua frente, evocaria noutras ocasiões esses momentos fugídios e contraditórios em que diante do excesso eloquente da paisagem, a palavra não pode senão dar passos em volta. Como na pintura Vento e neve na ponte Ba (rolo vertical, tinta e cor sobre papel, 153 x 64,9 cm, no Museu de Tianjin). Nela, o pintor recorda uma situação em que as palavras são substituidas por actos. A ponte Ba, nos arredores da capital dos Tang, Chang’an era já no seu tempo uma memória de tempos em que a grande poesia era florescente e a prosperidade contrastava com (des) encontros. Nesse lugar aqueles que partiam para postos distantes nas Províncias, despediam-se de amigos e familiares e para significar a saudade os que ficavam, arrancavam ramos de salgueiro para dar a quem partia, o que ficou memorizado na expressão Baqiao zheliu, «na ponte Ba, arrancar salgueiros» sendo que a palavra liu, de «salgueiro» é homofona de «ficar», indiciando o desejo de regresso do amigo. Outros pintores retomariam a expressividade da situação tão próxima da vontade dos literatos de viver em reclusão para na verdade cultivarem a amizade e a comunhão com o mundo natural, sem as restrições impostas pelos deveres da vida nas cidades. Um deles foi outro pintor de Suzhou, Wen Jia (1501-83) que no rolo vertical Regressando pela ponte Ba ao entardecer (tinta e cor sobre papel, 66,2 x 30,2 cm, no Museu de Arte Asiática de S. Francisco) recriou essa situação de um literato que vem montado num burro atravessando essa ponte, uma figura muitas vezes associada ao poeta dos Tang, Meng Haoran (689-740) que em 728 se encontrou em Chang’an com o poeta pintor Wang Wei (701-761).
Wen Jia, o segundo filho do preclaro mestre Wen Zhengming, fazia parte de um círculo de literatos que conhecia bem os poemas de encontro de Meng Haoran como; Ao dizer adeus (liubié, ficar, partir) a Wang Wei:
Esperei tranquilamente, em vão, Dia sim, dia não, mas agora tenho que regressar. Irei rever os verdes fragrantes da minha terra, Mas entristeço-me ao deixar o meu velho amigo. Os que mandam não nos ajudarão; Sei que neste mundo os amigos são poucos.
Aceitarei a solidão tranquilo, sossegado, Fecharei o velho portão do jardim lá na minha terra.
A mesma figura de um literato montado num burro surge noutro rolo horizontal do pintor. Vai-se dirigindo a uma cabana onde está Yuan An (?92) deitado na neve (tinta sobre papel, 23,2 x 103,5 cm, também no Museu de S. Francisco) sendo um exemplo de integridade ao aguentar as duras condições do vento e da neve do Inverno. Quando lhe perguntaram porquê, disse que não queria incomodar ninguém.
Os protestos contra os sucessivos confinamentos sucedem-se em várias das maiores cidades do país à medida que novos surtos e incidentes trágicos marcam a actualidade do país
AS manifestações con tra as restrições im postas pela China na estratégia ‘zero covid’ espalharam-se este fim de semana por grandes cidades como Pequim, Xangai e Nanjing, de acordo com imagens divulgadas nas redes sociais.
Os protestos intensificaram -se após a morte de dez pessoas num incêndio num edifício alvo de confinamento em Urumqi na quinta-feira.
De acordo com vídeos e tes temunhos que circulam nas redes sociais, a indignação na sexta-feira que inundou a Internet chinesa transformou-se no sábado em vigílias em memória das vítimas, com muitos dos utilizadores a sublinharem o facto de as vítimas terem passado os últimos 100 dias das suas vidas confinadas em casa. As autoridades negaram algumas das alegações sobre o incêndio, apontando que certas imagens difundidas ‘online’ de portas tran cadas são falsas, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.
A mesma fonte reconheceu que houve problemas no acesso, pelos bombeiros, mas culpou os carros estacionados em frente ao bairro
Os vídeos mostraram dezenas de pessoas no sábado a derrubar vedações usadas pelas autoridades para bloquear o vasto complexo habitacional de Tiantongyuan, no norte de Pequim.
A capital chinesa, que tem estado especialmente protegida contra surtos desde 2020, está ago ra a experimentar os níveis mais elevados de contágio: de acordo com o último relatório oficial, mais de 4.300 novos casos foram detectados no sábado, 82 por cento dos quais assintomáticos.
Estes números, baixos pe los padrões internacionais, mas intoleráveis para as autoridades chinesas, resultaram em restrições e confinamentos que afectam uma grande parte da população da ca
pital, como já aconteceu noutras partes do país, como Urumqi ou Xangai, que este ano passou por um duro confinamento que durou mais de dois meses em algumas áreas.
Precisamente naquela cidade, e precisamente na rua Urumqi, centenas de pessoas reuniram-se no sábado à noite para fazer uma vigília em memória daqueles que morreram no incêndio e que decor
Os protestos intensificaram-se após a morte de dez pessoas num incêndio num edifício alvo de confinamento em Urumqi na quinta-feira
reu de uma forma geral pacífica, de acordo com testemunhos em redes, mas com alguns a afirma rem que houve lugar a detenções.
De acordo com o portal es pecializado What’s On Weibo, numerosos utilizadores da rede social Weibo expressaram apoio à vigília.
O mesmo ‘site’ avançou que, numa universidade em Nanjing, numerosos estudantes reuniram -se no campus no sábado à noite e acenderam as lanternas dos telemóveis, numa vigília em me mória dos mortos em Urumqi.
Entretanto, noutra universida de, neste caso em Xian, uma cidade que também passou por duros con finamentos, um grupo de estudan tes tomou as ruas do campus para mostrar a sua insatisfação com os confinamentos anti-covid-19, que têm tido um impacto significativo na economia nacional.
Alíder de Taiwan, Tsai Ing-wen, demi tiu-se este sábado do cargo de chefe do Partido Progressista Democrático, no poder, na sequência das perdas nas eleições locais sofridas pelo seu partido.
Tsai apresentou a sua demissão num curto discurso em que também agradeceu aos apoiantes, pouco depois de conhecidos os resultados eleitorais, dos quais, disse, assumirá a responsabilidade.
Os eleitores em Taiwan escolheram esmagadoramente o Partido Nacionalis ta, na oposição, em várias grandes cida des da ilha numa eleição, no sábado, em que as preocupações persistentes sobre as ameaças de integração pela China deram lugar a questões mais locais.
Chiang Wan-an, candidato a presiden te da câmara pelo Partido Nacionalista, conquistou o lugar na capital, Taipei. “Vou deixar o mundo ver a grandeza de Taipei”, disse no seu discurso de vitória.
Outros candidatos do Partido Nacio nalista também ganharam em Taoyuan, Taichung e na cidade de New Taipei.
Os habitantes de Taiwan escolheram os seus autarcas e outros líderes locais em todos os 13 condados e em nove cidades. Houve também um referendo para baixar a idade de voto de 20 para 18 anos.
Embora observadores internacionais e o partido no poder tenham tentado ligar as eleições à sobrevivência de Taiwan, muitos especialistas locais não acham que a China tenha desempenhado um grande papel desta vez.
Durante a campanha, foram poucas as menções aos exercícios militares em larga escala que a China realizou em Agosto em reacção à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (EUA), Nancy Pelosi.
Em vez disso, a campanha focou ques tões locais como a poluição atmosférica, o tráfego e as estratégias de compra de vacinas da covid-19, que deixaram a ilha em escassez durante um surto no ano passado. A derrota do Partido Progressista Democrático pode dever-se, em parte, à forma como lidou com a pandemia, consideram analistas.
AChina
doou 100 mi lhões de dólares (a Cuba por ocasião da visita do Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, ao país asiático, informou no sábado Havana.
O vice-primeiro-ministro cubano, Alejandro Gil, garan tiu que o montante será aplica do “nas prioridades do povo”, segundo a Presidência.
Em declarações à im prensa cubana que cobriu a viagem de Díaz-Canel e seis dos seus ministros à China,
Rússia, Argélia e Turquia, Gil explicou que foram assinados 12 instrumentos jurídicos.
O governante destacou os relacionados com a “reabertu ra de novos financiamentos” como o investimento num dique flutuante enviado da China para Cuba, em 2019.
“Está praticamente con cluído esse investimento, mas ficaram pendentes alguns ajustes”, considerou, citado na imprensa. O também responsável pela Economia
e Planeamento referiu que ficou acordado concretizar um investimento no “pro grama de reconversão ou modernização da imprensa”.
No encontro com o Pre sidente chinês, Xi Jinping, o chefe de Estado cubano abordou a crise económica no seu país, enquanto o líder da nação asiática garantiu que “fará todo o possível para dar apoio” aos cubanos perante os “grandes desafios” que enfrentam.
As autoridades chinesas anunciaram uma investiga ção contra o antigo treinador da selecção nacional masculina de futebol, Li Tie, e uma das maiores lendas do país enquanto jogador, sob a acusação de “graves violações da lei”. Num comunicado curto, a Comissão de Inspecção e Supervisão da Disciplina - o órgão anticorrupção do Partido Comunista - da província central de Hubei disse que estava a ser investigado pelas autoridades nacionais. Nesta fase, a natureza dos alegados delitos não foi revelada. De acordo com notícias da imprensa local, nas últimas semanas surgiram rumores de que Li tinha sido detido enquanto participava num seminário para treinadores profissionais de futebol organizado pela Federação Chinesa de Futebol.
A ausência da equipa FHO Racing, da empresária de Macau Faye Ho, no regresso do Grande Prémio de Motos de Macau este ano foi certamente notada, mas a formação com base operacional no Reino Unido continua bastante activa e vai alargar o seu programa “FHO Girls” em 2023
Aempresária, filha de Robert Ho e Suki Potier que tragi camente perderam a vida num acidente rodoviário em Cascais em 1981, viu o seu avô Stanley Ho patrocinar a Theodore Racing, equipa recordista de vitórias no Grande Prémio de Macau, durante décadas. Faye Ho tem estado envolvida em patrocínios nos desportos motorizados há mais de dez anos, voltando mais recentemente a sua atenção para a promoção de concorrentes femininas no paddock. Por isso, a empresária da RAEM vai expandir a sua equipa a cinco elemen tos femininos na próxima temporada no motociclismo no Reino Unido.
Escrevendo o seu próprio caminho no Campeonato Britânico de Superbi kes, como a única mulher proprietária de uma equipa, Faye tem vindo a apoiar motociclistas de talento desde as duas rodas até ao karting, categoria onde apoia a britânica Lizzy Mentier de apenas 12 anos. No seguimento do trabalho já colocado no terreno na temporada de 2022 com a FHO Racing, Holly Harris sobe à classe
Honda British Talent Cup, para se jun tar a Jamie Hanks-Elliott e a Scarlett Robinson no HEL British Junior Su persport Championship. Juntando-se à equipa pela primeira vez, Denise Dal Zotto completa um quarteto da FHO Racing nas Supersport, enquanto Kate Walker vai competir na nova Taça BMW F 900 R.
“Estou muito feliz por aumentar o apoio às FHO Girls no próximo ano e agora com a Holly, a Jamie, a Scarlett, a Denise e a Kate a bordo, vai ser uma temporada emocionante. A Denise e a Kate são motociclistas rápidas e talentosas e sei que irão encaixar-se bem no grupo com as outras raparigas”, disse Faye Ho. “Crescer e apoiar mulheres neste desporto foi sempre algo que me apaixonou. Adoro vê-las a aprender e a desenvolver-se, que é o principal objec tivo e espero que possam então percorrer os campeonatos até um dia correrem no Campeonato Britânico de Superbikes.”
Para este projecto, Faye Ho contará pelo segundo ano consecutivo com a preciosa ajuda na coordenação do pro jecto de Maria Costello, a jornalista -piloto britânica que detém o recorde da volta mais rápida no circuito da Ilha de Man TT.
A equipa que conta com o concei tuado piloto Peter Hickman, vencedor de três corridas na Ilha de Man TT este ano, e o apoio da BMW Motorrad UK para 2023 e 2024, ainda não anunciou o seu programa desportivo para a próxima temporada, mas este deverá novamente ser construído em redor do Campeonato Britânico de Superbikes e das principais provas internacionais de motociclismo de estrada. Sérgio Fonseca
Dois golos no espaço de dois mi nutos permitiram sábado ao Benfica vencer o Penafiel por 2-0, em jogo da segunda jornada do Grupo C da Taça da Liga de futebol, disputado no Estádio da Luz, em Lisboa. Após o ‘nulo’ verificado na primeira parte, o Benfica entrou bem melhor na segun da etapa e Gilberto, aos 55 minutos, e Neres, aos 57, resolveram em dois minutos a questão, assegurando mais um triunfo à equipa ‘encarnada’, que somou o 27.º encontro oficial da temporada sem perder. Com
esta vitória, o Benfica isola-se no primeiro lugar do Grupo C da prova, com seis pontos, mais três do que o Moreirense, da II Liga, segundo e que tem menos um encontro disputado, enquanto o Penafiel e o Estrela da Amadora, ambos também da II Liga, repartem os dois últimos lugares, sem qualquer ponto, com os amadorenses a contarem menos um jogo. Com esta derrota, o Penafiel já não tem hipóteses de discutir o primeiro lugar da ‘poule’, ficando assim afastado da fase seguinte.
Lionel Messi cumpriu sábado o 21.º jogo em Mundiais e ‘coroou-o’ com o oitavo golo, igualando dois registos históricos em campeonatos do mundo de futebol de Diego Armando Marado na, o ‘D10S’ dos argentinos. Depois de já ter facturado na estreia, de penálti, num amargo desaire com a Arábia Saudita (1-2), o ‘capitão’ da ‘albiceleste’ voltou sábado a facturar, frente ao México, aos 64 minutos, acrescen tando ainda uma assistência, para o benfiquista Enzo Fernández apontar o 2-0 final, aos 87. Messi tinha igualado os 20 jogos de Javier Mascherano na estreia e, ao actuar sábado, passou a contar os mesmos 21 encontros de Maradona, que se estreou em 1982, foi campeão em 1986, ‘vice’ em 1990 e excluído da edição 1994 por culpa
do doping. O actual jogador do Paris Saint-Germain passou a ser o melhor argentino no ranking dos jogos dis putados, juntamente com Maradona, que morreu fez sexta-feira dois anos, e também do alemão Uwe Seeler e do polaco Wladyslaw Zmuda, todos no quarto lugar.
Execução Sumária de Sentença n.º Juízo de Pequenas Causas Cíveis
Exequente: BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA CHINA (MACAU) S.A., com sede em Macau, na Avenida da Amizade, Nº 555, Macau Landmark, Torre ICBC, 18º andar.
Executada: 梁惠敏 (LEONG WAI MAN), com residência em Macau, na 馬場海邊馬路70-76 號富寶花園12樓B座 *
FAZ-SE SABER que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos da executada para, no prazo de quinze dias, que começa a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamarem o pagamento dos seus créditos pelo produto dos bens penhorados sobre que tenham garantia real e que são os seguintes: Bens penhorados Verba n.º 1
Dinheiro
Saldo: MOP147,83(Cento e Quarenta e Sete Patacas e Oitenta e Três Avos), que se encon tra depositado actualmente no Banco Nacional Ultramarino, S.A., à ordem dos presentes autos. Verba n.º 2
Comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico para o ano de 2020
Saldo: MOP10.000,00 (Dez Mil Patacas), que se encontra depositado actualmente no Ban co Nacional Ultramarino, S.A., à ordem dos presentes autos.
Verba n.º 3
Comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico para o ano de 2021
Saldo: MOP10.000,00 (Dez Mil Patacas), que se encontra depositado actualmente no Ban co Nacional Ultramarino, S.A., à ordem dos presentes autos. Verba n.º 4
Comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico para o ano de 2022
Saldo: MOP10.000,00 (Dez Mil Patacas), que se encontra depositado actualmente no Ban co Nacional Ultramarino, S.A., à ordem dos presentes autos.
RAEM, 13 de Setembro de 2022. *
“Crescer e apoiar mulheres neste desporto foi sempre algo que me apaixonou.”
FAYE HO EMPRESÁRIA
NO próximo dia 12 de Dezembro, às 19h, realiza-se no Pavi lhão Polidesportivo da Universidade Politécnica de Macau a palestra “Poder da Cultura - Atribuir Vitalidade aos Recursos do Património Cultural”.
Organizado pelo Ins tituto Cultural, o evento conta com a presença do ex-director do Museu do Palácio da Cidade Proibida, Shan Jixiang, que irá discor rer sobre a “relação entre a colecção do Palácio e a vida quotidiana, de modo a permitir que o público sinta a parte prática do património cultural e possa perceber melhor o poder da cultura”.
Shan Jixiang irá também falar sobre a situação actual
do património cultural mun dial do Interior da China e partilhar a experiência do Museu do Palácio no âmbito
da salvaguarda e gestão dos recursos culturais. Além disso, o responsável irá discutir as melhores formas de tirar proveito de “meios tecnológicos e tecnologias inovadoras para que os recursos do património cul tural possam ser integrados de forma efectiva na vida da população”.
O objectivo desta in teracção entre tecnologia e registos históricos visa ligar “o património com a realidade actual, de modo a conferir mais vitalidade à cultura tradicional e enal
tecer a sua fruição e o seu valor”, aponta o IC.
Shan Jixiang é investigador, arquitecto sénior, e urbanis ta. É licenciado em Planea mento e Design Urbano pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Tsin ghua e obteve o grau de Doutor em Engenharia, sob a orientação do Professor e membro da Academia de Ciências e da Academia de Engenharia da China, Wu Liangyong. Actualmente, é presidente da Associação de Património Cultural da China, Investigador convi dado do Instituto Central para o Estudo da Cultura e da História e director do Conselho Académico do
Museu do Palácio da Cidade Proibida. O IC acrescenta que o palestrante desem penhou diversos cargos de elevada importância, no meadamente, como director da Administração Municipal do Património Cultural de Pequim, director da Comis são de Planeamento Muni cipal de Pequim, director da Administração Nacional do Património Cultural e di rector do Museu do Palácio da Cidade Proibida. Além disso, foi membro do Comité Nacional, respectivamente, na 10.ª, 11.ª e 12.ª Conferên cias Consultivas Políticas do Povo Chinês.
A inscrição para a pales tra, que será apresentada em mandarim, está aberta até 4 de Dezembro.
No passado sábado, as Ruínas de São Paulo voltaram a ser palco de mais um concerto de música clássica, com a Orquestra de Ma cau a interpretar a Sinfonia n.º 83 de Franz Joseph Haydn. O evento prossegue aos sábados, entre as 18h e as 19h, “proporcionando uma experiência visual revigorante, demostrando o encanto do Patri mónio Mundial de Macau através de diferentes estilos de música”, aponta o Instituto Cultural (IC). O IC indica que o objectivo dos concertos nas Ruínas é “activar a atmosfera cultural da cidade, aproveitar o efeito sinergético da cultura e do turismo para enrique cer os elementos da experiência cultural sino-portuguesa e turística de Macau e mostrar a imagem de uma “Macau Cultural”.
“EmCasa / HomeLand” é o somatório de duas dezenas de fotografias que evocam paisagens emocionais e o sentimento de pertença a uma terra. A exposição de Francisco Ricarte, inaugurada na quarta-feira, estará patente até público na residência Consular de Portugal até 16 de Dezembro
Aideia de retorno é uma unidade de medida emo cional constituinte da alma portuguesa e um dos elementos inspiradores da exposição “EmCasa / HomeLand” de Francisco Ricarte, que será inaugurada na quarta -feira, às 18h30, na residência Consular no edifício do antigo Hotel Bela Vista. A mostra reúne 20 fotografias que evocam um retorno emocional através da
introspecção visual de “terri tórios redescobertos pelo autor em diversas viagens ao país que o viu nascer e acolheu, previa mente à sua fixação em Macau”, é indicado no comunicado que apresenta o evento.
“EmCasa / HomeLand” vai além da recolha fria de evidên cias documentais e propõe o registo emocional que condensa num fotograma um testemunho temporal e espacial. “Mais que
A quietude e paleta de cores evidenciada nas obras de “EmCasa / HomeLand” estabelecem um contraste com a realidade visual vibrante de Macau, com fotografias que interpretam espaços em Portugal
“UM lugar ao sol seguido de Uma mulher”, obra conjunta de dois textos de Annie Ernaux, em que a autora disseca as mortes dos pais, volta a estar disponível no final deste mês, depois de 20 anos esgotada.
Esta republicação de uma das obras mais em blemáticas da mais recente Prémio Nobel da Litera tura acontece no dia 30 de novembro, pela Colecção Dois Mundos, da Livros do Brasil, editora que publicou anteriormente “Os anos” e “O acontecimento”.
A obra aborda duas mortes, “infinitamente mar cantes, digeridas pela autora através da escrita”, a pri meira, publicada em 1984
‘momentos decisivos’, a série procura registar momentos emo cionais decisivos, registando, não só o que se vê, mas também o que se sente”, indica o autor.
A mostra organizada pela Casa de Portugal em Macau, com o apoio da Fundação Macau e o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong é composta por duas dezenas de fotografias a cores, impressas nos formatos 90 x 90 cm e 90 x 50 cm, obtidas entre 2017 e 2019.
Além da captura de retratos emo cionais, o processo de elaboração de “EmCasa / HomeLand” foi para Francisco Ricarte uma viagem de redescoberta marcada pela “nostal
Ao longo das 20 fotografias, o autor assume as emoções sentidas nos locais fotografados, “onde o equilíbrio das formas naturais e edificadas singulares conformam a identidade desses espaços, ainda e sempre sentidos como a sua casa”
gia visual e a procura de um tempo de equilíbrio e pausa”.
Ao longo das 20 fotografias, o autor assume as emoções sen tidas nos locais fotografados, “onde o equilíbrio das formas naturais e edificadas singulares conformam a identidade desses espaços, ainda e sempre sentidos como a sua casa”.
A quietude e paleta de cores evidenciada nas obras de “EmCasa
/ HomeLand” estabelecem um contraste com a realidade visual vibrante de Macau, com fotografias que interpretam espaços em Por tugal, como a Serra da Arrábida, Aveiro e Açores.
A mostra pode ser visitada a partir de quinta-feira, nos dias de semana entre as 15h e as 18h. Aos fins-de-semana, a exposição pode ser visitada entre as 11h e as 18h.
João Luze vencedora do Prémio Re naudot, sobre a perda do pai, e a segunda, lançada quatro anos depois, sobre a mãe.
Dois meses depois de passar nos exames finais para se tornar professora, o pai de Annie Ernaux morreu. Revisitando a memória da
sua vida, no que ela teve de mais particular, repleta de confiança no trabalho árduo e igual dose de sonhos frus trados, complexos de infe rioridade e vergonha, a filha procura preencher um vazio, traçando em simultâneo um retrato colectivo sobre uma
época, um meio social e uma ligação familiar.
Sobre este livro, a auto ra confessou que talvez o tivesse escrito, porque ela e o pai não tinham nada para dizer um ao outro.
Elo quebrado Pouco depois, também a mãe desapareceu, após uma doença prolongada que lhe arrasou a existência, inte lectual e física, e mais uma vez coube à filha restaurar, através da palavra escrita, a sua presença na História.
Sobre aquela que con sidera ter sido “a única
mulher que contou verda deiramente”, Annie Ernaux confessou: “Parece-me que agora escrevo sobre a minha mãe para, por minha vez, a trazer ao mundo”.
“Um lugar ao sol seguido de Uma mulher” são “peças literárias fulgurantes, misto de biografia, sociologia e história, onde resplandece a ambivalência dos senti mentos que unem filhos e pais e o impacto doloroso da quebra desse elo vital”, descreve a editora.
A Colecção Dois Mundos lançou também recentemente uma nova edição do romance “Uma paixão simples”, que já tinha saído no ano passado pela Colecção Miniatura.
Publicado originalmen te em 1991, “Uma paixão
simples” surpreendeu o panorama literário francês, quebrando os estereótipos do romance sentimental pelo seu erotismo e pela sua honestidade.
Esta obra foi adaptada ao cinema em 2020 por Danielle Arbid, num filme já exibido em Portugal.
Nascida em Lillebonne, na Normandia, em 1940, Annie Ernaux estudou nas universidades de Rouen e de Bordéus, sendo formada em Letras Modernas.
Atualmente é conside rada uma das vozes mais importantes da literatura francesa, destacando-se por uma escrita onde se fundem a autobiografia e a sociologia, a memória e a história dos eventos recentes.
Para uma certa geração, para algumas pessoas de uma certa geração, Cocteau Twins é sinónimo de uma certa inocência, dos tem pos em que tudo era ainda possível. “Four-Calendar Café”, lançado em 1993, representa, de certo modo, a rendição dos Cocteau Twins a sonoridades mais pop, ainda assim etéreas. A inconfundível voz de Eli sabeth Fraser entoa letras mais perceptíveis, para fã decorar e cantar. Um bom disco, do início ao fim, re matado com um puríssimo “Pur”. João Luz
Com: Teresa Mo, Tse Kwan Ho, Edan Lui, Hedwig Tam, Angela Yuen 14.30, 16.45, 19.15, 21.30
3 STRANGE WORLD [A] FALADO EM CANTONÊS Um filme de: Don Hall 14.30, 16.30, 19.15 BLACK PANTHER: WAKANDA FOREVER [B]
OBVIAMENTE, QUE hoje teria de vos fa lar do Mundial do Catar. Pelas mais diversas razões. A primeira de todas é a loucura que se viveu aqui por Portugal com o primeiro jogo da selecção nacional contra o Gana. O país parou. Os miúdos não foram às ex plicações, às aulas extras de desporto, aos cursos de ténis e muito menos aos treinos nas escolinhas de futebol. Até na Assembleia da República os trabalhos do plenário foram suspensos para os deputados verem os golos de Portugal. Por acaso, o Ronaldo bateu mais um recorde na sua carreira fabulosa. Antes do apito inicial, Cristiano Ronaldo fazia parte de um lote restrito de cinco jogadores que tinham conseguido marcar, pelo menos, um golo em quatro Mundiais. Mas na passada quinta-feira, com o golo apontado ao Gana, o capitão da selecção nacional superou Pelé, Uwe Seeler, Miroslav Klose e Lionel Messi e tornou-se no único a conseguir colocar a bola dentro da baliza em cinco Campeonatos do Mundo. De bola, percebo pouco apesar de ter jogado futebol em miúdo, mas dá para vos dizer que o Mundial mobiliza todos os povos e o nosso Ronaldo continua a ser a maior atracção. Na madrugada de esta noite, em Macau, pelas três horas, lá vai acontecer mais uma emoção para todos os que vão assistir ao Uruguai-Portugal. Pela minha parte, a bola rolou de outra forma. Comecei a ser logo na juventude molestado pela PIDE, polícia política da ditadura, senti o que era não poder escrever o que me apetecia e sobre liberdade, quando estava na conversa com uns quatro amigos junto à esquina de um prédio, logo éramos enfiados numa carrinha. Onde quero chegar é aos tão badalados direitos humanos que durante toda a semana passada em tudo o que era comunicação social e Parlamento não se parou de ouvir cada um a defender a sua “camisola”. Vamos lá a ser sérios e a voltarmos atrás uns anos quando a FIFA decidiu “vender” o Mundial ao Catar. A corrupção foi enorme e atingiu as mais variadas personalidades europeias e americanas. O Catar é um dos países mais ricos do mundo, se não o mais rico, e na luta gerada há muitas décadas com os Emirados Árabes Unidos e com a Arábia Saudita, o Catar quis mostrar por todas as formas que seria capaz de organizar um evento do mais alto nível mundial. E nessa altura, todo o mundo sabia que no Catar os direitos humanos não existiam, que as mulheres eram, e são, umas escravas sem direito a nada, nem a opinar, quanto mais a fumar um cigarrito. Este Mundial de 2022 foi entregue a um reino que só tem dinheiro e ditadura e ninguém, ou muito poucos se pronunciaram ou manifestaram nas ruas das capitais mundiais contra a entrega do Mundial ao Catar. Os ditadores fizeram o que quiseram durante 12 anos. Construíram uma cidade extravagante, deslumbrante, luxuosa e onde introduziram os estádios para a disputa do Mundial. Estádios, que é bom lembrar, são simplesmente cemitérios.
Na sua construção, os escravos da Coreia do Norte, da India, do Nepal, do Paquistão e até de Portugal, morreram aos milhares. Até se deram ao luxo de edificar um estádio, aquele onde jogou Portugal contra o Gana, consti tuído totalmente por contentores marítimos e que será completamente desmantelado no final do Mundial.
Os direitos humanos no Catar, ao fim e ao cabo, têm que se lhe diga. Naturalmente, que temos de criticar aquela ditadura e todo um procedimento que até proibiu beber cerveja nos estádios e que não admitiu braçadeiras dos capitães das equipas com o símbolo dos homossexuais. A discussão em Portugal, neste aspecto, foi horrível. Uns, diziam que o Presidente da República, o presidente da As sembleia da República e o primeiro-ministro não deviam deslocar-se ao Catar em protesto contra a falta de direitos humanos. Outros, concordavam com a presença das mais altas figuras do Estado no Catar, simplesmente para dar apoio à selecção. Esta discussão oiço-a há décadas. Os direitos humanos são
Os direitos humanos são respeitados onde?
Por mim, tenho a ideia de que onde existe uma polícia de choque já não podemos dizer que esse país cumpre os direitos humanos
respeitados onde? Por mim, tenho a ideia de que onde existe uma polícia de choque já não podemos dizer que esse país cumpre os direitos humanos. Se se escreve um pouco além da inventada lei de imprensa, logo o tribunal trata da saúde ao escritor. E isso, não é incumprimento dos direitos humanos? Por África fora, pelos vários Estados americanos, pela Alemanha ou Noruega, pela Indonésia ou Filipinas, pelo Japão ou China, pela Aus trália podemos afirmar perentoriamente que os direitos humanos são cumpridos? Claro que não, todos o sabemos que na maioria do planeta, incluindo a Amazónia, não são cumpridos os direitos humanos. Mas, na semana passada em Portugal deu-se o ridículo de dar a entender que só o Catar era uma ditadura.
A bola está a rolar e todo o mundo está diante de um televisor a ver os jogos de futebol que emocionam e que dão alegria a milhões de pessoas. A única coisa que podemos afirmar, e que é incontestável, é que a bola mundial rola sem direitos...
A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, indicou no sábado que chegaram a Macau as vacinas bivalentes de mRNA (BioNTech) e as vacinas de mRNA (BioNTech) destinadas a crianças com idade de 6 meses até 4 anos. A governante acrescentou que as autoridades avaliaram o controlo de tem peratura dos lotes durante o transporte, de forma a certificar que as vacinas chegaram ao território em condições de serem ad ministradas o mais brevemente possível.
O Instituto de Acção Social (IAS) indicou que desde ontem deixou de ser obriga tório apresentar resultado negativo no teste rápido de antigénio ou de teste de ácido nucleico à entrada em lares de idosos e de reabilitação. A medida obrigava visitantes, trabalhadores e outras pessoas a apresentar resultado com menos de 24 horas.
No sábado passado, Zhuhai registou mais seis casos positivos de covid-19. A informação foi divulgada ontem pelo Departamento de Saúde de Zhuhai, que indicou que as pessoas infectadas tiveram itinerários que incluíram dormi tórios Shenjing para os funcionários na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Além disso, na sexta-feira passada, o Comando de Prevenção e Controlo da covid-19 de Zhuhai lançou uma nova medida que obri ga visitantes de outras províncias chinesas e estrangeiros (que não inclui residentes de Macau) a apresentar teste de ácido nucleico com prazo de 24 horas antes de passar fronteira entre Zhuhai e Macau.
UMA activista afirmou que dezenas de milha res de migrantes estão em Macau há mais de três anos sem possibi lidade de visitar o país de origem, devido à pandemia, o que tem aumentado os pro blemas mentais e os conflitos familiares.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Migrantes In donésios vai participar na quinta assembleia-geral da Aliança Internacional de Migrantes, na capital da Tailândia, Bangueco que, e depois irá visitar a família.
Tal como a esmagadora maioria dos mais de 45 mil traba lhadores estrangeiros, Yosa Wari Yanti não saiu de Macau desde antes do início da pandemia de covid-19. “A última vez que estive na Indonésia foi em Julho de 2019”, disse à Lusa.
“Primeiro, se fossemos não poderíamos regressar [a Macau]. Depois, podíamos voltar, mas a quarentena era muito longa, 21 dias, e muito cara”, sublinhou Yosa.
Com a quarentena obri gatória reduzida, desde 12 de Novembro, para cinco dias num hotel e três dias em casa, “há muita gente a querer ir a casa”, confirmou a dirigente. “Todos temos saudades e todos temos problemas”, acrescentou.
Yosa tem dois filhos, de 18 e 21 anos, e a relação, já compli cada antes da pandemia, piorou em 2021, quando ela não pôde cumprir a promessa de estar pre sente da cerimónia de graduação do filho mais novo. A dirigente espera que a visita à Indonésia ajude a sarar as feridas. “Se eles me perdoarem, porque eu também passei por momentos difíceis”, acrescentou.
No primeiro ano da pandemia de covid-19, houve um grande aumento nas doenças mentais
“Na nossa cultura, não queremos ser um peso para a nossa família. Mesmo que estejamos doentes, desempregados, dizemos sempre que estamos bem. E enviamos sempre dinheiro e alguns até pedem emprestado a agiotas.”
YOSA WARI YANTI SINDICATO DOS TRABALHADORES MIGRANTES INDONÉSIOS
dentro da comunidade, confir mou Yosa.
Em 2021, com a crise eco nómica a agravar-se em Macau, surgiram os problemas finan ceiros que, aliados à distância e à incerteza sobre um eventual regresso a casa, levaram à se paração ou divórcio de muitos casais, disse a activista. “Alguns [familiares] não entendem que, quando a situação está difícil aqui, nós não recebemos o salário e não podemos mandar dinheiro para casa”, lamentou a indonésia. “Nós dizemos que somos um multibanco”, acres centou, com um sorriso amargo.
Durante o confinamento parcial, imposto em Julho, as autoridades indicaram que os empregadores não tinham de remunerar os trabalhadores, obrigados a permanecer em casa. Na altura associações disseram à Lusa que havia traba lhadores imigrantes com graves carências de bens de primeira necessidade e que estavam a sobreviver apenas da doação de alimentos.
“Na nossa cultura, não que remos ser um peso para a nossa família. Mesmo que estejamos doentes, desempregados, dize mos sempre que estamos bem. E enviamos sempre dinheiro e alguns até pedem emprestado a agiotas”, revelou Yosa.
de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus revelou no sábado ter detectado mais um caso posi tivo de covid-19 referente a um homem de 48 anos, residente do Interior da China, que estava sob controlo das autoridades de saúde. O indivíduo estava em quarentena desde a passada terça-feira por ter sido considerado “pessoa de contacto próximo não nuclear” do trabalhador de limpezas em obras remodelação que acusou positivo na passada segunda-feira.
O homem diagnosticado no sábado viajou no mesmo autocarro que o morador de Zhuhai no dia em que foi em que este foi dado como caso positivo.
O indivíduo com o mais recente diagnóstico positivo de covid-19 apresenta sintomas como tonturas e febre e foi encaminhado para o tratamento médico em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane.
Na sexta-feira, foi também detectado um caso positivo de covid-19 referente a um turista do Interior da China, com 33 anos de idade. À semelhança do que acontecera no passado, quem teve itinerários semelhantes ao indiví duo terá de fazer três testes de ácido nucleico em três dias consecutivos.
O homem passou apenas um dia em Macau, até que as autoridades de Zhuhai notificaram as suas con géneres de Macau de um conjunto de amostras mistas com resultado positivo recolhidas no aeroporto da cidade vizinha.
No sábado, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, afastou a possibilidade de selar o Casino StarWorld de Macau, onde os turistas em ques tão fizeram check-in e onde não permaneceram mais de uma hora. “Tendo em conta aos respectivos itinerários, não há necessidade de controlar o hotel onde este ficou hospedado”, afirmou a governante, acrescentando que “o referido caso importado de infecção assintomá tica, chegou a um hotel de Macau à noite e que a situação foi con trolada de imediato pelos Serviços de Saúde antes de este pernoitar”.
A secretária sublinhou ainda “que o risco de pandemia em Ma cau é relativamente baixo”. J.L.