Hoje Macau 29 MARÇO 2023 #5220

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FALANDO SOBRE AS RAÍZES DA SABEDORIA

Cai Gen Tan

Tradução de André Bueno

CATARINA NUNES DE ALMEIDA UM ORIENTE LUSITANO

hojemacau

Partículas fatais

Além dos elevados níveis de partículas altamente nocivas para a saúde frequentemente registados na atmosfera de Macau, também os valores em obras em espaços interiores atingem muitas vezes números críticos. As conclusões são de um estudo de académicos da USJ e da Universidade de Kebangsaan na Malásia, onde se recomenda a criação de um padrão de segurança de limite de partículas finas em espaços fechados.

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DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ MOP$10 QUARTA-FEIRA 29 DE MARÇO DE 2023 • ANO XXI • Nº5220
CONSELHO DAS COMUNIDADES APOIO À GREVE CONSULAR LISBOA DOIS MORTOS EM ATAQUE ENTREVISTA ÚLTIMA ÚLTIMA
CARLOS ALMEIDA | LUSA

CATARINA NUNES DE ALMEIDA

“Em qualquer ponto há um Oriente e Ocidente”

“Pars Orientalis - Estudos sobre escrita e viagens”, editado pela Documenta, é o novo livro da académica Catarina Nunes de Almeida, que explora as representações do Oriente na literatura portuguesa contemporânea do período pós-colonial. Em exemplos tão díspares como o romance “As Naus”, de António Lobo Antunes ou livros de reportagem de Alexandra Lucas Coelho, como

Coordena, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o grupo de investigação “ORION - Orientalismo Português” e ensina, entre outras, a disciplina “Narrativas de Viagem”. Foi aí que nasceu este livro?

O livro nasceu de facto do “ORION”, onde desenvolvo o meu projecto de investigação individual sobre a viagem ao Oriente na literatura portuguesa contemporânea.

Que textos e que Oriente encontramos neste livro?

Há que distinguir a tematização do Oriente, a sua representação em diferentes géneros. Na verdade, essa representação está presente em obras de poesia, ficção, narrativas de viagem. O que trabalho aí é, essencialmente, autores que representam espaços da Ásia, mas muitas das vezes a Ásia vem designada como o Oriente. No caso do Lobo Antunes falamos de um romance [As Naus], mas temos os casos de Mário Cláudio e Gonçalo M. Tavares, com “Uma Viagem à Índia”. Há vários autores que têm trabalhado a partir desta viagem simbólica dos portugueses às suas origens marítimas, dessa Epopeia que está sempre presente ou, como diz o Eduardo Lourenço, esse “complexo de Epopeia” que acabamos por ter sempre connosco. Depois temos autores que fogem um pouco do tema da identidade e da memória cultural portuguesa, e que têm empreendido viagens a espaços da Ásia que são narrativas de viagens em que o que conta é a dimensão estrangeira da Ásia, não tem a ver com a procura ou a pesquisa identitária das raízes portuguesas, mas com viagens a países estrangeiros, e é aí que entram narrativas de viagem como da Alexandra Lucas Coelho.

Com o livro “Oriente Próximo”... Sim, mas também com “Caderno Afegão” ou o mais recente, “Líbano, Labirinto”, livros que surgem no contexto da próxima profissão de jornalista.

Nesses casos, não há propriamente a busca do imaginário oriental.

Não há. Temos também o caso do José Luís Peixoto com o livro “Dentro do Segredo”, que escreveu depois de uma viagem à Coreia do Norte ou em “O Caminho Imperfeito”, livro sobre a Tailândia. Ele busca o outro pelo outro, pela sua dimensão desconhecida. Muitas vezes não é isso que encontramos nos poetas, principalmente quando empreendem viagens a Macau, a Goa, que são espaços que acabam por ser ainda entendidos como “casa”, têm ainda uma dimensão doméstica para os portugueses. Vão ali encontrar as referências arquitectónicas e materiais dessa presença portuguesa. Resolvi ir buscar textos de autores contemporâneos, publicados a partir de meados da década de 80 [do século XX], no período pós-colonial. Em relação aos poetas, nota-se ainda, em algumas obras, nomeadamente “Navegações”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, ou nas obras do António Manuel Couto Viana, que viajar para o Oriente...aliás, eles viajam mais para o Oriente do que para a Ásia, e logo aí temos uma diferença.

Em que sentido? No livro refere que a ideia de Oriente não se resume apenas à Ásia. Há uma ideia de Oriente muito vasta. Exacto. Acaba-se por ter uma dimensão no espaço e no tempo, uma viagem que é, obviamente, inspirada por representações literárias, em que o Oriente é o espaço das mil e uma noites, o espaço bíblico, e depois, por outro lado, é fisicamente um espaço muito diversificado geograficamente, porque tanto podemos considerar países que pertencem a África que podem ser inseridos no nosso conceito de Oriente. Edward Said já falava disto muito antes de mim.

Falamos da Tunísia... Sim, o próprio Egipto, Marrocos, ou Andaluzia, que durante muito tempo foi assumido como um Oriente ibérico. Há muitos espaços do Oriente que não são a Ásia. Muitos autores, principalmente os poetas, porque têm esse lado mais onírico à flor da pele, acabam por viajar mais para o Oriente do que propriamente para a Ásia, embora tenhamos também casos como Manuel Afonso Costa, que tem uma vivência mais próxima, ou até José Alberto Oliveira. No Manuel Afonso Costa, a China não é apenas aquela China colonial portuguesa que seria Macau, ele interage com a literatura chinesa. Ele é também tradutor.

Relativamente à China e a Macau, que autores trouxe para este livro?

No segundo estudo de caso que apresento, em que falo de paisagens fluviais chinesas na poesia portuguesa contemporânea, aí, obviamente, é Macau a paisagem fluvial, a do rio das pérolas, que é mais visitada, e aí entram todos os autores que já mencionei, como a Sophia de Mello Breyner, o próprio Eugénio de Andrade com “Caderno do Oriente”, Manuel Afonso Costa e José Alberto Oliveira. Entra, inclusivamente, Duarte Drumond Braga com o livro “Salitre”.

“Pars Orientalis”. Como surgiu o nome?

“Pars Orientalis” significa “partes do Oriente” em latim. Na introdução do livro falo sobre a evolução do conceito de Oriente, e na verdade começou com os gregos, mas, no período do império romano, dá-se a primeira separação administrativa dos dois blocos, a parte do Ocidente e do Oriente. Quis aproveitar essa primeira divisão administrativa que nos colocou para sempre na cabeça que o mundo está dividido nestas duas partes. Mas, no fundo, em qualquer ponto em que nos encontremos há sempre um Oriente e um Ocidente, depende do ponto de referência.

Este livro vem colmatar uma lacuna relativamente à representação do Oriente na ficção contemporânea?

Penso que já não existe tanto essa lacuna. Cada vez mais, muito graças a colegas que colaboram comigo aqui no Centro de Estudos Comparatistas, mas em outras faculdades já é dada uma atenção particular às representações da Ásia na literatura. Nunca teria em mãos um projecto se ele não fosse, de alguma forma, original e contribuísse para trazer alguma coisa nova. Mas há cada vez mais essa preocupação em desvendar o Orientalismo literário português que é tão interessante. E aqui não precisamos de pensar exclusivamente na literatura, ou como livro. Penso mais na própria música, quando temos livretos de ópera. Temos imensos exemplos de Orientalismo na música mais ocidental, no caso do próprio Puccini, Verdi. Na cultura portuguesa

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“Caderno Afegão”, a autora encontrou diversas versões e noções do Oriente
“É comum, não apenas em Portugal, às várias literaturas intervirem na sua própria história, questioná-la e apresentando novas versões.”
“Macau e Goa são espaços que acabam por ser ainda entendidos como ‘casa’, têm ainda uma dimensão doméstica para os portugueses.”
FOTOS HOJE MACAU

há um campo muito vasto que não foi explorado na perspectiva da representação orientalista como é entendida por [Edward] Said.

O livro tem um capítulo dedicado a peregrinações e viagens de circum-navegação. Há então referências ao período dos Descobrimentos, das viagens dos jesuítas?

Sim, mas em termos como os autores portugueses representam isso de forma ficcional, ou não. No fundo, é aí que entra o António Lobo Antunes, Augusto Abeleira, Almeida Faria. É ver como eles, séculos depois, dialogam com as fontes históricas e reinventam esses documentos. É próprio também da poética em que se inserem, que é o pós-modernismo. Ainda estamos nessa era. Existe a preocupação de revisitar fontes textuais e dar-lhes um novo sentido, reinterpretar a história e dizê-la de novo ficcionalmente.

Isso alimenta também o imaginário que o leitor já terá, criando novos Orientes?

Claro. Por exemplo, acho bastante proveitoso o trabalho do Mário Cláudio, até porque ele tem formação como bibliotecário, o que lhe permite dominar arquivos. Em “Peregrinação de Barnabé das Índias”, temos uma nova versão do manuscrito que subjaz aquele romance, que é o

relato de Álvaro Velho sobre a viagem de Vasco da Gama à Índia. Ele reinventa, na perspectiva de uma personagem inventada, que é o Barnabé das Índias, esses acontecimentos. Olha a história com olhos um pouco contaminados pelo futuro. É por isso que há ironia, humor, de que estão carregadas “As Naus”, de Lobo Antunes. Temos caricaturas. Tudo isso são elementos da poética pós-moderna e é comum, não apenas em Portugal, às várias literaturas intervirem na sua própria história, questioná-la e apresentando novas versões.

Sobre a Coreia do Norte, um país tão fechado ao mundo, temos mais representações além do livro de José Luís Peixoto? Não. Essa é a única referência, que eu saiba, e é também a única a nível ocidental. O próprio autor explica que quando fez a viagem teve de assinar um documento em

como não iria escrever nada sobre ela nem publicar outros registos. Depois teve de trabalhar com um advogado para reverter essa declaração. Mas são poucos os relatos que existem a nível ocidental. É um país extremamente fechado e difícil de representar, sem cair em clichés. Mesmo quem lá está tem dificuldade em não cair nos estereótipos, porque já há uma imagem muito marcada [do país].

Os autores que abordam o Japão foram buscar referências a Venceslau de Morais, por exemplo?

Não. Aí são casos em que esses países valem pela sua dimensão estrangeira. No caso do Japão, os autores deixam-se ficar “Lost in Translation” [Perdidos na Tradução]. É essa a sensação que impera pelo que lemos dos relatos. Eles dão-se conta dos limites da linguagem, que não chega para descrever o Japão. Comparei três

relatos diferentes, sendo que o primeiro deles é desconhecido, de João Benard da Costa, quando escreveu crónicas num jornal sobre a viagem que fez ao Japão. Tive de adquirir esse livro, editado em 2001, num alfarrabista por já não estar à venda. Estudo também o caso de “O Livro Usado (numa viagem ao Japão)”, de Jacinto Lucas Pires, publicado também em 2001. É uma narrativa um pouco diferente, um pouco mais impessoal. O narrador é um sujeito que permanece muito solitário, é um espectador, não interage muito com as pessoas ou com o espaço. O último caso foi uma feliz surpresa. Tenho esse livro e tive sorte, porque a tiragem foi de 25 exemplares. É um livro do poeta Luís Quintais, que propôs escrever o relato da viagem que fez ao Japão e depois publicou-o numa editora mais marginal. É um texto lacónico, um pouco escrito em fragmentos. Andreia Sofia Silva

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“Muitos autores, principalmente os poetas, porque têm esse lado mais onírico à flor da pele, acabam por viajar mais para o Oriente do que propriamente para a Ásia.”

CONSELHO DAS COMUNIDADES MALÓ DE ABREU CRITICA GOVERNO POR FALTA DE ELEIÇÕES

Cumprir a democracia

ções há mais de sete anos. As declarações foram prestadas pelo deputado do Partido Social Democrata (PSD), durante uma conferência de imprensa sobre o Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, que esteve reunido nos últimos dois dias em Macau.

As eleições deviam ter acontecido há cerca de dois anos, mas têm sido sucessivamente adiadas. Ao motivo inicial da pandemia, junta-se agora a questão de ter entrado no hemiciclo uma proposta de revisão da lei sobre as competências do estatuto do Conselho das Comunidades Portuguesas.

Odeputado pelo Círculo da Emigração

Fora da Europa da Assembleia da República de Portugal, António Maló de Abreu, responsabilizou o Governo de António Costa pelo facto de não haver elei-

“Todos os anos este Governo diz que vai haver eleições. E todos os anos não realiza eleições”, afirmou o deputado do PSD. “Espero que este ano, com a alteração da lei, possa efectivamente haver eleições, para haver a renovação possível do Conselho das Comunidades e para que a democracia funcione”, acrescentou.

Culpas em Lisboa

Rita Santos responsabiliza Portugal por dificuldades no acesso à Grande Baía

Apresidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, considerou que as dificuldades das empresas portuguesas de acederem à Grande Baía se devem ao Governo de Portugal. A opinião foi partilhada, após a reunião em Macau do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas.

Apesar das promessas de abertura da Grande Baía, os produtos portugueses continuam a enfrentar vários problemas para serem comercializados no Interior.

No entanto, Rita Santos atirou grande parte das responsabilidades para o governo de Portugal, e fez o contraste com a situação do Brasil.

“A parte do Brasil tem feito um trabalho muito bom.

No que diz respeito a fábricas frigorífico com carne de frango e de vaca têm aumentado o número de fábricas que entram na República Popular da China, e que permite a grande exportação de carne de vaca”, explicou sobre o país sul-americano.

Em relação a Portugal, a presidente do Conselho das Comunidades apontou um cenário diferente. “Eu penso que Portugal está nesta situação porque o Governo tem de começar a dar mais atenção a este assunto”, sublinhou. “Sei que há um grande empresário de Macau que investiu numa fábrica de carne de vaca, mas infelizmente não consegue entrar no mercado da China. Está a exportar, e com bons resultados, para a Europa, mas o objectivo era servir de plataforma [entre Portugal e a China]”, contou. “Mas,

Com a futura lei do Conselho das Comunidades no hemiciclo, António Maló de Abreu admitiu que apenas no final da votação do diploma vai ser possível avançar com as eleições. A última vez que as comunidades votaram para o conselho foi em Se-

essa plataforma também tem de ter o apoio do Governo de Portugal, na resolução da entrada desses produtos na Grande Baía. Não é somente da responsabilidade da China, mas também da responsabilidade de Portugal”, acrescentou.

Mãos à obra

Ainda de acordo com as declarações de Rita Santos, as autoridades de Portugal têm de reunir com as autoridades chinesas para resolver as questões relacionadas com a higiene. a passagem e o desalfandegamento.

“Os responsáveis do Ministério da Agricultura de Portugal têm de começar a trabalhar no sentido de se encontrarem com os técnicos da China, para ultrapassarem essas barreiras”, afirmou. “É preciso que haja reuniões de trabalho com os técnicos, porque primeiro resolvem-se as questões na base e depois é que se eleva a questão a nível ministerial”, apontou como receita para ultrapassar a questão. J.S.F.

tembro de 2015. “Cabia ao governo português marcar as eleições e não marcou. O Conselho das Comunidades Portuguesas já devia ter tido eleições há mais de dois anos, agora as eleições só se vão verificar depois da lei ser aprovada na Assembleia da

República”, explicou. “Tudo farei para que a lei possa estar pronta o mais depressa possível”, prometeu.

Maior dignidade

Sobre a discussão das competências do Conselho das Comunidades Portuguesas

e os direitos dos respectivos conselheiros, o deputado do PSD deixou a esperança de que o conselho passe a ser ouvido sempre que sejam propostas alterações às leis que afectam as comunidades portuguesas.

“O que nós queremos, e eu pessoalmente, porque consta no projecto de lei que apresentei, vai no sentido do conselho ser ouvido obrigatoriamente em tudo o que respeita às comunidades portuguesas. Cada vez que houvesse uma alteração legislativa era pedido um parecer aos Conselho das Comunidades Portuguesas”, explicou.

António Maló de Abreu apontou também que o conselho continuaria a ser um órgão consultivo, sem que os pareceres tivessem força vinculativa: “Não quer dizer que o parecer fosse seguido, o conselho continuava a ser consultivo, mas o reforço e a dignificação passariam obrigatoriamente por terem que ser escutados”, vincou. “Do meu ponto de vista era fundamental para a dignificação e o reconhecimento da importância dos conselheiros e do Conselho das Comunidades Portuguesas”, argumentou. João Santos Filipe

COMUNIDADE PORTUGUESES NO CLUBE MILITAR

QUEMquiser ver portugueses em Macau pode ir à hora de almoço ao Clube Militar. É lá que estão concentrados!

Foi desta forma que Rita Santos respondeu a uma questão sobre a saída de Macau, nos últimos anos, de parte da comunidade portuguesa.

“Na altura, por causa da pandemia, efectivamente muit... alguns dos portugueses regressaram a Portugal e nós sabemos que maioritariamente estavam na Função Pública, também alguns regressaram por causa da economia de Macau”, reconheceu Rita Santos. Em resposta a uma pergunta colocada em cantonês por uma jornalista, Rita Santos aconselhou ainda uma deslocação ao Clube Militar. Eu disse-lhe [à jornalista] que se ela

quiser ver portugueses que querem permanecer em Macau, que vá tomar refeições no Clube Militar, principalmente na hora de almoço. É onde estão maioritariamente concentrados”, traduziu para português, depois de uma resposta em cantonês.

No mesmo sentido, Rita Santos afirmou ainda que sente que há vários jovens empresários em Portugal que querem regressar para participarem no projecto da Grande Baía. “Tem havido alguns contactos de jovens empresários [portugueses] que querem voltar aqui [a Macau] para montarem empresas, no sentido de poderem ter a esperança de desenvolverem os seus negócios não só em Hengqin, como na Grande Baía”, relatou.

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Um momento de viragem

Ho Iat Seng diz que 20.º aniversário do Fórum Macau é novo ponto de partida

nal de Desenvolvimento da RAEM”. Como tal, a confluência de datas só pode significar um momento político auspicioso.

Agarrar oportunidades

ENSINO KOU KAM FAI QUER PAIS

A DIFUNDIR PATRIOTISMO

O estudo do espírito

O deputado propõe uma maior aposta no patriotismo, que diz ser uma das prioridades educativas das escolas de Macau. O director da Escola Pui Ching quer ver também os pais e a comunidade a participar nas acções de amor à pátria

“O20.º aniversário do Fórum de Macau deve ser visto não apenas como um marco histórico, como também um novo ponto de partida vantajoso para o desenvolvimento da Plataforma Sino-Lusófona rumo a um novo patamar”, afirmou ontem o Chefe do Executivo no discurso da recepção comemorativa do 20.º aniversário do estabelecimento do Fórum de Macau.

Perante uma plateia recheada com os principais dignatários dos organismos nacionais presentes na RAEM, Ho Iat Seng sublinhou que “este é o momento para congregar os esforços de todos os sectores que valorizem e apoiem este projecto, avançando juntos rumo à um futuro prometedor”

O Chefe do Executivo destacou o “enorme regozijo” por estar “reunido, com velhos e novos amigos por ocasião da comemoração” das décadas de existência do Fórum Macau, ainda para mais celebradas num “ano de maior importância para RAEM”. Ho Iat Seng explicou que 2023 “marca o início da plena implementação das orientações consagradas no 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) e nas ‘Duas Sessões’ respectivamente da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e ainda estabelece o ponto de partida da crucial implementação do segundo Plano Quinque-

Criado há vinte anos, o Fórum Macau tem “beneficiado do imprescindível apoio do Governo Central e da participação consensual dos Países de Língua Portuguesa”, na óptica de Ho Iat Seng.

O governante apontou que graças à conjugação de esforços do Governo Central, Governos dos países de língua portuguesa, o Fórum Macau desempenhou o papel de elo de ligação, reforçando o “intercâmbio e a cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

Face à conjugação de esforços desenvolvida, “a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem alcançado resultados encorajadores, aprofundando-se e consolidando-se em diversas áreas, elevando também a influência de Macau a nível internacional e fomentando o desenvolvimento desta cidade”, considera Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo comprometeu-se em “concentrar atenções no posicionamento e desenvolvimento de Macau enquanto “Um Centro, Uma Plataforma e Uma

Base”, aproveitando as políticas e medidas favoráveis atribuídas pelo Governo Central para levar por diante os trabalhos multissectoriais no sentido da integração de Macau na conjuntura de desenvolvimento nacional”. Além disso, garantiu que o Executivo irá continuar a “prestar todo o apoio aos trabalhos do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, com ênfase para a preparação da próxima Conferência Ministerial do Fórum de Macau”.

UTILIZAR as escolas para construir um consenso e ter como principal missão amar o país, através de várias iniciativas em que os pais são convidados a participar. É esta a sugestão para a educação do deputado Kou Kam Fai, num artigo publicado no Jornal do Cidadão, em que defende uma maior aposta no ensino patriótico, do estudo do espírito do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês e das Duas Sessões Magnas.

“Como um educador da linha da frente, acredito que o sector da educação de Macau deve estudar afincadamente para entender profundamente o espírito do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, e o espírito das Duas Sessões”, afirmou o director da Escola Pui Ching. “Por isso, temos de continuar a promover o poder do patriotismo e do amor por Macau. A educação é um elemento chave”, acrescentou.

Segundo Kou, as escolas devem ter como uma das principais funções ensinar aos alunos “o espírito e a motivação de manter a missão original do Partido Comunista Chinês”. Esta missão pode ser realizada de várias maneiras, como o estudo da Constituição e da Lei Básica.

“Temos de fazer um bom uso das vantagens da educação patriota das escolas de Macau, criar um consenso, reforçar as acções de divulgação e promoção da Constituição da China e da Lei Básica de Macau, a começar pelos campus das escolas”, apontou. “Temos de encorajar os pais e a população a participar

Jornalismo desportivo Associação reelege Ma Iao Hang como presidente

A Associação de Jornalistas dos Assuntos Desportivos de Macau reelegeu como presidente na segunda-feira Ma Iao Hang, filho do histórico empresário Ma Man Kei. Segundo o jornal Ou Mun, Fong Nim Seong, director do Semanário Desportivo de Macau, irá dividir a presidência da associação

de jornalistas com Ma Iao Hang. O conselho fiscal da associação será liderado pelo treinador de futebol Tam Iao San. Ma Iao Hang presidiu ao Comité Olímpico e Desportivo, dirige a Associação dos Escoteiros de Macau, o conselho de administração da empresa que gere o aeroporto de

Macau, entre outros cargos de relevo. Segundo uma publicação divulgada ontem no Facebook do Semanário Desportivo de Macau, Ma Iao Hang sublinhou que a associação de jornalistas defende os princípios de amor à pátria e a Macau, solidariedade, desenvolvimento externo e progresso.

nestas acções, todos juntos e de forma compreensiva, para aumentar a divulgação e os conhecimentos [sobre a Constituição e da Lei Básica de Macau]”, acrescentou. Corrigir os enganados Kou Kam Fai sugere também que se corrija os erros “de um pequeno número de residentes de Macau” que “não compreende totalmente” o alcance do princípio um país, dois sistemas.

“Temos de encorajar os pais e a população a participar nestas acções, todos juntos e de forma compreensiva”

Neste sentido, o deputado nomeado por Ho Iat Seng defende que sejam utilizadas as ferramentas das novas tecnologias para que os professores possam “melhor a compreensão” sobre a Constituição e a Lei Básica dos professores, alunos e da comunidade. Finalmente, o deputado considera que a Grande Baía está ligada “pelo sangue e pela cultura” e sugere a criação de várias “bases do patriotismo”, para que os alunos de Macau e Hong Kong possam ser levados às diferentes cidades do Interior, como a Ilha da Montanha, para aprenderem a história correcta do país. João Santos Filipe

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quarta-feira 29.3.2023 GCS

TURISMO ANDY WU ALERTA PARA URGÊNCIA DE APOIOS PARA ESTRANGEIROS

UMA das épocas altas para turistas do sudeste asiático está a chegar (feriados da Páscoa) e Macau ainda não lançou medidas de incentivo para atrair visitantes estrangeiros, alertouAndy Wu, que preside à Associação de Indústria Turística.

O programa de subsídios anunciado pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), semelhante ao dirigido aos visitantes vindos de Hong Kong, tem como destinatários grupos de excursões proveniente de Taiwan e do estrangeiro que venham a Macau via Hong Kong. O apoio materializa-se na oferta de uma das viagens de ferry ou autocarro entre as duas regiões, com os restantes incentivos a serem divulgados em breve para serem implementados entre meio de Abril e Junho.

Na óptica de Andy Wu, a DST deveria acelerar o lançamento da medida, como fizeram as autoridades de Hong Kong, de forma a aproveitar a época alta dos mercados turísticos do sudeste asiático.

Em declarações ao jornal Ou Mun, o responsável acrescentou que os detalhes do programa de apoio deveriam ser divulgados o mais depressa possível porque a organização de excursões demora algumas semanas, ou mesmo um mês.

Além disso, o representante do sector do turismo admitiu que os turistas estrangeiros são poucos, com o mercado das Filipinas a ocupar a maior fatia. Andy Wu não mencionou a possibilidade de os visitantes filipinos virem às regiões administrativas especiais com a perspectiva de entrada no mercado de trabalho, em vez de fazer turismo. N.W.

Circuitos Recicladas cerca de 177 toneladas de placas

A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) recolheu mais de 5.400 toneladas de equipamentos electrónicos e eléctricos entre Outubro de 2017 e Janeiro deste ano. Desta carga, “mais de 90 por cento foram transformados em recursos, depois de serem desmontados” e cerca de “177 toneladas de placas de circuito pré-tratadas foram transportadas em lotes para as regiões vizinhas, de forma a serem recicladas e transformadas em recursos”, indicou ontem a DSPA. Desde que começaram os planos de reciclagem de equipamentos de informática e electrodomésticos, incluindo frigoríficos, ares-condicionados, máquinas de lavar roupa e televisões, até ao mês passado, “já foram recolhidos mais de 470 mil equipamentos electrónicos e eléctricos e mais de 1.800 deles já foram doados e reutilizados”. A DSAP acrescenta que as 177 toneladas de placas de circuito foram enviadas para o Japão por via marítima.

OBRAS ESTUDO REVELA CONCENTRAÇÃO PERIGOSA DE PARTÍCULAS

Levantou poeira

Um novo estudo feito em Macau analisou as partículas libertadas durante obras de renovação realizadas em espaços fechados e concluiu que são atingidos níveis de poluição

AS autoridades deviam criar um padrão de segurança para estabelecer o limite máximo de concentração de partículas PM2,5 durante obras realizados em espaços interiores. O aviso consta das conclusões de um estudo feito por académicos da Universidade de São José e da Universidade de Kebangsaan na Malásia, sobre as obras de renovação em centro comerciais.

No estudo com o nome “Monitorização das PM2,5 num Grande Centro Comercial: Um Caso de Estudo em Macau”, os investigadores Thomas Lei, Yan Chan e Mohd Ndzir propuseram a análise ao impacto das obras dentro de edifícios

da concentração de partículas PM2,5, também conhecidas como partículas finas. Este tipo de partículas é altamente perigoso, porque pode entrar no sistema respiratório e alojar-se nos alvéolos dos pulmões, contribuindo para o desenvolvimento

Este tipo de partículas é altamente perigoso, porque pode entrar no sistema respiratório e alojar-se nos alvéolos dos pulmões

registados durante este estudo foram de 559 micrograma por metro cúbico, na área que estava a ser renovada. É um valor extremamente elevado, mesmo para exposições de curta duração, e que constitui uma grande ameaça à segurança dos trabalhadores no local”, é avisado. “Recomenda-se que as autoridades estabeleçam um padrão de segurança no trabalho sobre os níveis de concentração das partículas PM2,5 nos espaços interiores em construção, de forma a proteger o bem-estar dos trabalhadores no local, mas também para servirem de referência para as equipas de gestão das obras”, é acrescentado.

Passos em frente Sobre os valores de partículas medidos nos espaços interiores, o estudo aponta que não são afectados pelas condições no exterior, onde os valores PM2,5 também atingem valores muito elevados. Normalmente nestes dias, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos lançam avisos à população para não fazer exercício no exterior ou mesmo evitar sair à rua.

Contudo, a investigação concluiu que os níveis de concentração de partículas nos centros comerciais se devem apenas à realização de obras, sem influência do ambiente exterior. Como as obras são uma constante nos diferentes casinos, indicam os autores, este estudo é tido como da maior relevância para a segurança no trabalho, até porque foi o primeiro do género a ser feito na RAEM.

de várias doenças, inclusive algumas mortais.

Com sensores de medição de partículas instalados num centro comercial não identificado em Macau, onde decorriam não só obras de renovação de espaços, mas também de construção, as conclusões apontaram para uma concentração muito elevada de partículas, que coloca em causa a segurança dos trabalhadores.

“Os níveis mais elevados de partículas PM2,5

Os autores reconhecem que desde o momento que se iniciou o estudo até à publicação, na revista Processes, no mês passado, as autoridades passaram a exigir que as obras no interior de edifícios fossem acompanhadas pela instalação de aparelhos de medição da qualidade do ar. Esta medida é vista como positiva, porém, para os autores, falta definir padrões e formas de actuar, quando os valores ultrapassam um certo nível, que não foi definido. João Santos Filipe

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“extremamente perigosos”
DSPA

GRIPE CASOS COLECTIVOS AFECTAM 343 ALUNOS EM ESCOLAS DE MACAU

Influenzas externas

Entre quinta-feira e segunda-feira, os Serviços de Saúde foram notificados da ocorrência de 30 casos de gripe colectiva em escolas, afectando 343 alunos. As autoridades de saúde esperam que as infecções gripais continuem a aumentar durante as próximas duas semanas, mas não consideram necessária a suspensã o das aulas

OS Serviços de Saúde foram notificados na segunda-feira para de casos de gripe colectiva em 19 escolas do território, que afectaram 241 alunos, foi revelado ontem. Feita a contabilidade, desde a passada quinta-feira, os casos colectivos de gripe em escolas ascendem a 30, com 343 alunos infectados.

Das quase três centenas e meia de estudantes afectados, a grande maioria com menos de 8 anos de idade, sete tiveram de ser hospitalizadas devido à insistência de febres altas. Contudo, os Serviços de Saúde garantem que o “estado clínico dos restantes doentes é considerado estável, não há registo de doenças graves”.

Face à súbita e elevada incidência deste tipo de casos em escolas do território, Chan Man Si, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, assegurou que “não há necessidade de suspender as aulas devido ao surto epidémico de gripe”.

De acordo com os Serviços de Saúde, os períodos habituais de pico de infecções de gripe, ou influenza, verificam-se entre Janeiro e Março. Porém, este ano, a intensidade de casos de gripe fez-se sentir mais tarde e deverá continuar a aumentar nas próximas duas semanas.

A técnica do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças afirmou ontem que é difícil prever se Macau será afectada por uma pandemia gripal, mas garantiu que as autoridades vão monitorizar de perto a situação.

Corrida às urgências

Neste contexto, Chan Man Si apelou aos residentes para

GASTROENTERITE TRINTA PESSOAS INFECTADAS NO ESPAÇO DE CINCO DIAS

OS Serviços de Saúde anunciaram a detecção de cinco casos colectivos de gastroenterite que afectaram 30 alunos de escolas, creches, de uma universidade de um centro de apoio social. Os dois primeiros casos, avançados na segunda-feira, dizem respeito a duas infecções colectiva detectadas na Escola Primária Oficial Luso-Chinesa “Sir Robert Ho Tung” e na Creche S. João da Obra das Mães, afectando 11 crianças com idades compreendidas entre um e nove anos de idade.

Outro caso, anunciado ontem, diz respeito ao Centro de Santa Margarida, uma instituição de apoio a pessoas portadoras de deficiência a cargo da Caritas Macau, onde foram infectadas cinco utentes, todos do sexo feminino, com idades entre os 26 e os 66 anos. O Governo indicou que todos os doentes recorreram a instituições médicas para tratamento, sem que se tenham registado casos graves nem outras complicações mais sérias.

Os restantes casos de gastroenterite colectiva foram detectados na Escola Nossa Senhora de Fátima e no Dormitório de Estudantes da Universidade Politécnica de Macau, afectando 10 e quatro alunos, respectivamente. J.L.

Apoios Vales de saúde 2021 expiram a 30 de Abril deste ano

não descuidarem a protecção pessoal, à semelhança do que foi solicitado em relação à covid-19, em especial os grupos de riscos como jovens e idosos.

Na semana passada, as autoridades de saúde deram conta do aumento de admissão

de casos de gripe nas urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário e do Hospital Kiang Wu. Cinco em cada 100 admissões de adultos e 24 em cada 100 admissões de crianças eram devido a gripe, proporções que representam

aumentos de 60 e 40 por cento, respectivamente, no mês de Março. Em comparação com o mesmo período do ano passado, os casos de gripe que resultaram em admissões nas urgências hospitalares aumentaram 50 por cento.

As autoridades de saúde voltaram a apelar à vacinação contra a gripe, sublinhando que a vacina disponível em Macau é eficaz e que mais de 130 mil pessoas foram inoculadas no território desde Setembro do ano passado, representando um aumento anual de 8 por cento. João Luz

O programa de comparticipação nos cuidados de saúde 2021, vulgarmente designados como vales de saúde, vão expirar no próximo dia 30 de Abril, alertaram ontem os Serviços de Saúde. O apoio social que comparticipa cuidados de saúde no valor de 600 pataca foi criado para “apoiar médicos do sector privado, promover o sistema de medicina familiar, consciencializar os cidadãos para a importância da protecção da saúde e reforçar a colaboração entre a saúde pública e privada”. Os residentes que ainda não tenham utilizado estes vales de saúde podem, antes do fim do prazo, dirigir-se às clínicas dos profissionais de saúde que aderiram ao programa, “exibindo o bilhete de identidade residente permanente da RAEM válido ou renovável para pagar as despesas da consulta médica através da utilização dos vales de saúde electrónicos”. Os beneficiários podem consultar o saldo dos vales de saúde nos quiosques de auto-atendimento, ou através de Conta Única.

Covid-19 Nova venda de testes arranca sexta-feira

O Governo vai lançar mais uma ronda de venda de autotestes rápidos de antigénio a partir da próxima sexta-feira até ao dia 13 de Abril, informou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Como vem sendo habitual, nesta décima ronda de venda, cada pessoa pode comprar 10 conjuntos de reagentes para os autotestes rápidos de antigénio, por um preço de 40 patacas. Os destinatários do programa são portadores de BIR, de blue-card, e de cartão de estudante de instituição de ensino superior de Macau não-residente. Os testes vão estar à venda em 55 farmácias convencionais dos Serviços de Saúde e em 10 postos de serviços da Associação Geral das Mulheres de Macau e Federação das Associações dos Operários de Macau.

sociedade 7 www.hojemacau.com.mo quarta-feira 29.3.2023
Face à súbita e elevada incidência deste tipo de casos em escolas do território, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças assegurou que “não há necessidade de suspender as aulas devido ao surto epidémico de gripe”

(Continuação do publicado em 6-3-2023)

181.

Tramar intrigas, ter hábitos inconvenientes, fazer coisas estranhas, essas são as causas dos problemas do mundo. Somente por meio da virtude, no cotidiano, se pode preservar a natureza original, e se conseguir a paz harmoniosa.

182.

Diz um provérbio: ‘ao escalar uma montanha, deve-se suportar a subida, ao caminhar pelo gelo deve-se suportar a ponte perigosa’.* A palavra ‘suportar’ tem um significado muito importante. Ao ver corações inclinados ao mal, e uma vida cheia de frustrações, pensamos: ‘quantas pessoas, por não terem a habilidade de ‘suportar’, caem em desgraça, e encontram infortúnios?’ *Gelo quebradiço que ocorre na superfície dos lagos congelado.

183.

Aquele que exagera em seus sucessos, e se gaba de suas criações literárias, depende de coisas externas para agradar a si mesmo. Não se dá conta de que aquele que preserva a pureza original de seu coração, sem ter grandes sucessos, ou escrever grandes coisas, se realiza como uma pessoa magnânima.

184.

Se em meio às ocupações e dificuldades, alguém deseja um momento de descanso, deve ter autoridade para tomá-lo; se em meio ao ruído e a confusão, alguém deseja silêncio e calma, deve dominar a arte da tranqüilidade; Do contrário, esse alguém estará sempre sujeito a modificar-se, uma constante vítima das circunstâncias.

185.

Não vá contra o que diz seu coração, não leve suas emoções ao extremo, não esgote suas forças e recursos.

Siga esses três conselhos, e alcançará uma virtude apreciada pelo mundo, a continuidade da vida, e a felicidade para os descendentes.

186.

O serviço público tem dois preceitos: ‘A imparcialidade dá o exem-

Falando

plo, a retidão confere autoridade’. O cuidado de uma casa tem dois preceitos: ‘Tolerância gera harmonia, simplicidade gera a fartura’.

187.

Quando desfrutar da riqueza, esteja consciente das adversidades, e do risco de cair na pobreza. Quando aproveitar a juventude, esteja consciente das dificuldades da velhice.

188.

Ao se conduzir de modo apropriado no mundo, não seja moralista demais, e prepare-se para ser insultado e caluniado.

Ao tratar com as pessoas no mundo, não seja exigente demais com elas, e compreenda que são uma mescla de virtude e vício.

189.

Não provoque inimizade com pessoas de baixo caráter, elas já têm seus próprios rancores; Não louve pessoas já realizadas e superiores, elas não concedem favores de forma ordinária.

Os males causados pelos desejos irrefreados podem ser curados, mas os males causados por uma percepção equivocada das coisas são muito difíceis de curar.

As barreiras formadas pelo materialismo podem ser facilmente eliminadas, mas as barreiras do entendimento são muito difíceis de eliminar.

192.

É preferível a perfídia e a zombaria dos néscios, do que suas louvações e elogios.

É preferível a censura dos sábios, ao invés de sua tolerância e perdão.

193.

Quem é materialista, e prejudica a sua conduta moral; o dano é óbvio e superficial.

PUB.

Falando sobre as raízes da sabedoria Cai Gen Tan 菜根譚

Quem persegue a reputação moral, disfarçando sua maldade de virtude; o dano é oculto e profundo.

194.

Receber bondade, sem retribuir; Pensar em vingança, mesmo diante de uma pequena ofensa; Dar ouvidos e acreditar em mexericos;

Ver a bondade em plena luz do dia, e não acreditar nela;

Essas são as características de uma pessoa de baixo caráter moral; corte-a de suas amizades.

195.

Quando uma pessoa pequena calunia um Educado, é como uma nuvem que obscurece o sol; em pouco tempo, ele volta a brilhar. Mas aquele que busca benefícios, em troca de favores, é como um vento ruim; ele invade o corpo, e causa uma doença invisível.

196.

Nas ladeiras altas e inclinadas nas montanhas não crescem árvores, mas os vales com rios e lagos estão cheios de vegetação florescente.

Nas cachoeiras não se encontram peixes, mas os tanques tranqüilos e profundos estão cheios de peixes e tartarugas.

Uma conduta muito severa e rígida, uma mente fechada e um coração estreito são coisas com as quais um sábio cuida.

197.

O Educado é sempre modesto e compreensivo; quem fracassa, em geral, é obstinado e inflexível.

198.

Na vida cotidiana, não se envolva demais com gente pequena, para não cair nas suas vulgaridades.

Ao realizar ações meritórias, não se afaste da gente vulgar, mas também não espere sua aprovação.

199.

O sol está se pondo, as nuvens e o Céu são magníficos ao entardecer; O ano está terminando, e as folhas de laranjeira desprendem um aroma sublime;

Nos últimos anos de seu Caminho, o sábio já refinou seu espírito cem vezes.

200.

A águia, de pé, parece estar dormindo; o tigre, quando avança, parece cansado; por meio desses disfarces, eles apanham suas presas.

Assim, o Educado não revela sua inteligência, nem faz alarde de seus talentos, e desse modo leva a cabo suas difíceis tarefas.

201.

A simplicidade é uma qualidade virtuosa; mas, levada ao extremo, se transforma em sovinice, mesquinharia vulgar, e atrapalha o Caminho. A modéstia também é uma boa qualidade; mas levada ao extremo, se transforma em leniência, complacência vulgar, e hipocrisia.

202.

Não se angustie quando as coisas não vão como o desejado, nem se regozije com qualquer prazer; Não espere que a tranqüilidade dure muito tempo, nem tema as dificuldades para começar uma tarefa.

203.

Uma família que gosta muito de festas e bebidas não é uma boa família;

Um mestre que busca os prazeres da carne não é um bom mestre; Um oficial que pensa demais na sua carreira não é um bom oficial.

204.

As pessoas tomam por prazeroso aquilo que as satisfaz; mas, quando seus corações estão cheios de prazeres, elas ficam amarguradas. Por isso, o sábio se compraz com aquilo que contraria seus desejos, e no fim, sua amargura se transforma em alegria.

205.

Quem vive satisfeito e na abundância é como água, a ponto de transbordar: não se pode aumentar uma só gota.

Quem vive em crise e perigo constante, é como madeira a ponto de quebrar: não se pode aumentar nem um pouco a pressão.

206.

Com olhos tranqüilos, observa as pessoas; Com ouvidos sóbrios, escute as palavras; Com o coração tranqüilo, perceba os problemas; Com a mente serena, encontre a razão das coisas.

207.

Um Educado é aberto e generoso, goza de bondade e prosperidade, e faz tudo com verdadeira alegria. Uma pessoa pequena vive miseravelmente, sua visão é estreita, suas ações são estéreis, e tudo o que faz é com o espírito de avareza.

208.

Ao escutar que alguém fez o mal, não se apresse em condená-lo; podem ser apenas calúnias. Ao escutar que alguém fez o bem, não se apresse em elogiá-lo; pode ser apenas uma artimanha.

209.

Uma pessoa rude e impetuosa não termina nada; Uma pessoa tranqüila é abençoada em tudo o que faz.

210.

Ao tratar com as pessoas, não seja seletivo ou exigente demais, ou poderá afastar pessoas que poderiam ser úteis.

Ao fazer amizades, não seja seletivo ou exigente de menos, ou atrairá apenas os bajuladores.

211.

Em meio aos ventos cortantes e chuvas violentas, firme seus pés; Em meio ao mato alto e campos de flores, olhe para cima; Em meio a um Caminho perigoso e difícil, olhe para a trilha.

212.

Uma pessoa casta e íntegra cultiva sua amabilidade, e assim, não abre portas para o desentendimento.

Uma pessoas que busca honra e posição deve cultivar a virtude da modéstia, e assim, não abrirá portas para a intriga.

213.

Ao ocupar um cargo oficial, não envie cartas sem selo; seja difícil de ver, evitando oportunistas e bajuladores.

Ao visitar sua aldeia, não seja orgulhoso nem mal humorado; seja fácil de ver, fortalecendo as antigas e verdadeiras amizades.

214.

A uma pessoa de posto alto se mostra respeito, e assim, evita-se a baixeza;

A uma pessoa comum se mostra respeito, e assim, evita-se a arrogância.

215.

Quando as coisas vão contra sua vontade, pense naqueles cuja situação não é boa como a sua; seu sofrimento desaparecerá. Quando seu coração estiver desalentado, pensa naqueles cujos sucessos superam aos seus; você se sentirá renovado.

216.

Não faça promessas impensadas, com a desculpa de que estava feliz; Não fique encolerizado, com a desculpa de que estava bêbado; Não discuta por nada, abusando da vontade alheia; Não abandone uma tarefa, com a desculpa de que está cansado.

217.

Quem compreende perfeitamente um livro, alcança o ponto em que

suas mãos e pés bailam juntos, e ele não cai nem na rede nem no anzol.*

Quem observa as coisas com perfeição, chega ao ponto em que seu coração se funde com o espírito das coisas, e ele não deixa pegadas no chão.**

* Não se atrapalha com as palavras ou pensamentos. **Agir natural e isento.

218.

O Céu torna alguém sábio para ensinar o povo ignorante, mas no mundo, há quem se vanglorie de seus conhecimentos somente para mostrar aos outros seus defeitos.

O Céu torna alguém rico para que alivie o sofrimento das multidões, mas há quem use da riqueza para abusar e maltratar os pobres. Ah, essas pessoas ofendem a vontade do Céu!

219.

O sábio não tem preocupações, o parvo não tem entendimento; com ambos, se pode estudar e construir.

As pessoas com propensões destacadas, mas sem um guia, desenvolvem apenas um aspecto da percepção e do entendimento; isso as torna introspectivas e desconfiadas, e é difícil ajudá-las.

220.

A boca é a porta da mente; vigie-a com cuidado, ou deixará escapar suas intenções ocultas.

Os pensamentos são os pés da mente; controle-os firmemente, ou será levado para o Caminho da perdição.

(continua)

* O Cai Gen Tan菜根譚foi escrito no século XVI pelo erudito Hong Yingming 洪應明 (ou Hong Zicheng洪自 誠, 1572-1620), próximo ao final da dinastia Ming大明 (1368-1644). (...) Hong buscava estabelecer uma analogia entre as três grandes correntes do pensamento chinês em sua época: Confucionismo, Daoísmo e Budismo Chan (Zen). O livro de Hong é uma apresentação de trezentos e sessenta aforismos sobre os mais diversos aspectos da vida, sempre baseado nos ensinamentos das três grandes linhas

VIA do MEIO 29.3.2023 quarta-feira 8-9
Tradução de André Bueno

TEERÃO/RIADE XI DEFENDE QUE DIÁLOGO VAI ALIVIAR AS TENSÕES NA REGIÃO

O poder das palavras

OPresidente chinês, Xi Jinping, disse ontem ao príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salman que o “diálogo bem-sucedido” entre a Arábia Saudita e o Irão vai “aliviar as tensões na região”.

Durante uma conversa por telefone, o líder chinês assegurou que a recente normalização dos laços entre Teerão e Riade, patrocinada pela China, “ajudou a melhorar as relações bilaterais entre os dois países” e “reforçou a solidariedade regional”, de acordo com a televisão estatal CCTV.

“A China vai continuar a apoiar este processo”, disse Xi, acrescentando que a normalização dos laços entre os dois países, tradicionalmente rivais na região, foi “elogiada pela comunidade internacional”.

Segundo o dirigente chinês, a “solução dos conflitos e divergências através do diálogo e da consulta está de acordo com a vontade dos povos e os interesses de todos os países”.

O príncipe herdeiro saudita indicou que o seu país “agradece sinceramente o apoio da China para melhorar as relações com o Irão”.

Acordos retomados

A mediação das negociações por Pequim “demonstra o papel da China como potência responsável”, afirmou Bin Salman, que disse esperar que o país asiático “desempenhe um

HONDURAS DEFENDER INTERESSES DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO AChina

quer trabalhar com as Honduras para “salvaguardar conjuntamente os interesses dos países em desenvolvimento” e “construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”, disse ontem o vice-Presidente chinês.

Estes dois objectivos, sempre presentes no roteiro diplomático de Pequim, foram abordados na reunião, em Pequim, entre Han Zheng e o ministro dos Negócios Estrangeiros das Honduras, Eduardo Reina.

No encontro, Han transmitiu calorosas saudações e votos de felicidades do Presidente chinês, Xi Jinping, à homóloga hondurenha, Xiomara Castro, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua.

Xi convidou Castro a visitar a China o “mais breve possível” para “desenharem em conjunto” um plano para as relações bilaterais, dentro da “grande importância” que o líder chinês atribui ao relacionamento entre os dois países, indicou.

De acordo com Han, a China está disposta a trabalhar com o país da América Central para desenvolver a coordenação e cooperação em questões internacionais.

Em resposta a Taipé, que condenou no domingo a “diplomacia do dólar” de Pequim, a China disse que o estabelecimento das relações oficiais com as Honduras foi feito “sem contrapartidas”.

“Não houve pré-requisitos para o estabelecimento das relações diplomáticas”,

disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, acrescentando que a decisão de Tegucigalpa “foi baseada no respeito pelo princípio ‘Uma China’”.

Xiomara Castro, anunciou, em meados de Março, através da rede social Twitter, que tinha pedido a Reina para estabelecer relações diplomáticas com a China.

Isto acarretou automaticamente um rompimento dos laços com Taiwan.

YANGTSÉ ESTURJÕES DESOVAM PELA PRIMEIRA VEZ EM 23 ANOS

Oesturjão do Yangtsé, uma espécie extinta na natureza e preservada via reprodução artificial, voltou ontem a desovar de forma autónoma, pela primeira vez em 23 anos, num passo importante para a sua a reintegração na natureza.

Esta espécie, protegida na China, deixou no ano passado de estar “em perigo crítico”, para ser antes classificada como “extinta na natureza”, na classificação da União Internacional para a Conservação da Natureza, o que significa que se reproduzia apenas artificialmente, segundo o

jornal oficial chinês Global Times. A criação dos esturjões no meio natural foi conseguida na província de Sichuan, centro da China, onde uma equipa de investigadores soltou vinte adultos no rio, num “ninho” artificial com 45 metros cúbicos. Conseguiram, pela primeira vez em 23 anos, gerar o processo de ovulação e fertilização.

Citado pelo Global Times, o pesquisador Du Hao, do Instituto de Pesquisa de Peixes do Rio Yangtsé, afirmou que a experiência foi baseada no conhecimento acumulado nos últi-

mos anos em programas de reprodução em cativeiro que simulavam condições de reprodução na natureza.

A China proibiu, em 2020, a pesca no Yangtsé, o rio mais longo da Ásia, para “proteger a biodiversidade”, afectada há muitos anos pela pesca predatória, poluição e barragens.

O esturjão é, juntamente com o golfinho do Yangtsé – extinto em 2006 – uma das espécies mais afectadas pelas actividades humanas.

10 china 29.3.2023 quarta-feira www.hojemacau.com.mo
BANDAR AL-JALOUD / AFP VIA GETTY IMAGES GREG BAKER AP YOUTUBE

papel cada vez mais fundamental e construtivo nos assuntos regionais e internacionais”.

O acordo entre o Irão e a Arábia Saudita, as duas potências xiitas e sunitas no Médio Oriente, inclui a reabertura das respectivas embaixadas, e foi assinado na China, que tem actuado como mediadora entre os dois países rivais tradicionais, que há anos lutam pelo domínio na região e apoiam lados rivais em conflitos regionais.

Segundo o dirigente chinês, a “solução dos conflitos e divergências através do diálogo e da consulta está de acordo com a vontade dos povos e os interesses de todos os países”

Como parte do pacto, o Irão e a Arábia Saudita prometem “respeitar a soberania dos países e não interferir nos seus assuntos internos”. Um acordo de segurança de 2001 e memorandos de cooperação de 1998 sobre economia, comércio, investimento, tecnologia, ciência, cultura, desporto e juventude foram também reactivados.

CIENTISTAS descobriram uma nova e renovável fonte de água na Lua, em amostras lunares recolhidas por uma missão chinesa, que pode ser utilizada por futuros exploradores.

A água estava incorporada em pequenas esferas de vidro no solo lunar onde ocorrem impactos de meteoritos.

Estas esferas de vidro multicoloridas e brilhantes estavam em amostras que foram recolhidas na Lua pela China em 2020. As esferas variam em tamanho, desde a largura de um cabelo até vários cabelos.

O teor da água é apenas uma fração minúscula destas, explicou Hejiu Hui, da Universidade de Nanjing, que participou na investigação.

Como existem biliões ou triliões destas esferas de impacto, isso pode representar quantidades substanciais de água, mas minerá-las seria difícil, de acordo com os investigadores.

Água à vista

Nova fonte encontrada em amostras lunares

esferas, possivelmente por futuras missões robóticas. No entanto, são necessários mais estudos para determinar se isso seria viável e, em caso afirmativo, se a água seria segura para beber. Isto mostra que “a água pode ser renovável na superfície da lua... um novo reservatório de água na lua”, vincou ainda Hui. Estudos anteriores encontraram água em esferas de vidro formadas pela actividade vulcânica lunar, com base em amostras recolhidas pelos astronautas da Apollo há mais de meio século.

Estas esferas também poderiam fornecer água não apenas para a utilização por futuras tripulações, mas também como combustível para foguetões.

“Sim, vai exigir muitas e muitas esferas de vidro. Por outro lado, há muitas”, salientou Hui, numa resposta por correio electrónico à agência Associated Press (AP).

Estas esferas poderiam produzir água continuamente graças ao constante

ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 4/P/23

Faz-se público que, por despacho de Sua Excelência, o Chefe do Executivo, de 30 de Janeiro de 2023, se encontra aberto o Concurso Público para a «Prestação de Serviços de Vigilância ao Centro Hospitalar Conde de S. Januário e aos Edifícios de Administração», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 29 de Março de 2023, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP73,00 (setenta e três patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

Os concorrentes têm de provar possuir o alvará previsto na Lei n.º 4/2007 “Lei da actividade de segurança privada”.

Os concorrentes deverão comparecer na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, no dia 3 de Abril de 2023, às 10,00 horas para uma reunião de esclarecimentos ou dúvidas referentes ao presente concurso público, seguida duma visita aos locais a que se destinam a respectiva prestação de serviços.

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 25 de Abril de 2023.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 26 de Abril de 2023, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau.

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP1.610.000,00 (um milhão, seiscentas e dez mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 22 de Março de 2023

O Director dos Serviços de Saúde Lo Iek Long

bombardeamento de hidrogénio pelo vento solar.

Amostras promissoras

As descobertas, publicadas esta segunda-feira na revista Nature Geoscience, são baseadas em 32 esferas de vidro seleccionadas aleatoriamente do solo lunar recuperado

pela missão lunar Chang’e 5. Serão analisadas mais amostras, realçou Hui. Estas esferas de impacto estão por toda a parte, resultando do arrefecimento do material derretido expelido pelas rochas espaciais que atingem a Lua.

A água pode ser extraída pelo aquecimento das

A agência espacial norte-americana (NASA) pretende voltar a colocar os astronautas na superfície lunar até ao final de 2025.

A missão irá focar-se no polo sul, onde se acredita que as crateras permanentemente à sombra estão cheias de água congelada.

china 11 quarta-feira 29.3.2023 www.hojemacau.com.mo
PUB. CNSA

EXPOSIÇÃO “CURIOUSER AND CURIOUSER” NA TORRE DE MACAU

INTITULA-SE “Curiouser and Couriouser” e é a mais recente exposição disponível para visita no átrio da Torre de Macau. Com curadoria de Mel Cheong, a mostra, inaugurada no passado dia 25, é organizada pela Associação Rota das Artes [Route Arts Association” e o Centro de Convenções e Exposições da Torre de Macau, contando com o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura.

“Curiouser & Curiouser” é a terceira edição de um projecto com curadoria de Mel Cheong que tem vindo a ser desenvolvido em parceria com diversas associações de arte locais, baseando-se na ideia de dar “algo ao público como um presente, a fim de levá-lo a explorar e a desfrutar” do que vê. Tendo como pano de fundo o imaginário de “Alice no País das Maravilhas”, a ideia é reunir o público no espaço da exposição e levá-lo a um mundo muito específico, e a conhecer de perto o trabalho de diversos artistas de Macau.

Cria-se, assim, uma “interligação única” entre a instalação e a performance artísticas, criando-se uma energia desta colaboração entre artistas “que pode ser vivenciada através das roupas, música e actuações de mímica interactivas”, implementando-se uma “exploração imersiva em conjugação da instalação das obras de arte”.

Nada Chan, presidente da “Route Arts Association”, afirmou que, quando foi criada, a associação pretendia promover a arte da mímica, apresentando “temas de interesse na actualidade através de múltiplas plataformas artísticas, aumentando o interesse das pessoas na representação da cultura e das artes”.

Assim, esta mostra dá aos artistas e ao público em si “uma grande oportunidade de realizarem os seus sonhos”. A mostra pode ser visitada até ao dia 26 de Abril.

EXPOSIÇÃO TRABALHO DE LU PINGYUAN REVELADO NA GALERIA HUMARISH CLUB

Uma viagem pela história da arte

Até ao dia 13 de Abril será possível visitar, na galeria Humarish Club, no hotel Lisboeta Macau, a primeira exposição individual do artista chinês Lu Pingyuan.

“Untitled (Artist)” revela as histórias contadas em diversos formatos artísticos do artista nascido em Zhejiang em 1984

12 eventos 29.3.2023 quarta-feira www.hojemacau.com.mo

PELA primeira vez na sua carreira o artista chinês

Lu Pingyuan mostra o seu trabalho em Macau.

“Untitled (Artist)” é o nome da exposição que desde o dia 17 de Março está patente na galeria Humarish Club, localizada no espaço H853 Fun Factory do hotel Lisboeta Macau, e que poderá ser vista até ao dia 13 de Abril.

Nesta mostra, apresentada em parceria com a galeria MadeIn, de Xangai, onde reside o artista, podem ver-se várias obras incluídas nas séries “Look! I’m Picasso” e “Nature Noir”. Na primeira série, denota-se uma forte inspiração no trabalho do conhecido pintor espanhol Pablo Picasso, um dos nomes mais sonantes da pintura do século XX e grande representante do Cubismo como movimento artístico.

Na hora de criar, Lu Pingyuan dedica-se a criar histórias em cada peça, cheias de personagens por si inventadas, que derivam das suas inspirações “que subtilmente respondem a narrativas pessoais que se interligam com a história da arte”, aponta um comunicado. O artista

Um outro palco

Luis Miguel Cintra fez um “Pequeno Livro Arquivo” retrospectivo de carreira e de vida

Oencenador Luis Miguel Cintra escreveu “Pequeno Livro Arquivo”, uma retrospectiva de 50 anos de carreira, que também é balanço de vida e testemunho de sentimento do fim prematuro, face à ‘subvida’ que afirma estar a viver.

A obra, “Pequeno Livro Arquivo - pensamento, palavras, actos e omissões”, sempre ligada ao Teatro da Cornucópia, que fundou, vai ser apresentada no Teatro Carlos Alberto, no Porto, na próxima quarta-feira, dia 29, por José Tolentino de Mendonça, amigo que empurrou Luis Miguel Cintra a escrever, e que também o ajudou a encontrar uma editora.

“É um balanço, de facto, da vida, e o sentimento de que a vida terminou prematuramente, porque agora é uma ‘subvida’ aquela que estou a viver”, disse o ator e encenador, em entrevista à agência Lusa, expondo as limitações da doença degenerativa de que padece.

“Pequeno Livro Arquivo”, composto de “pensamento, palavras, actos e omissões”, remonta a 2014 quando Luis Miguel Cintra pensou: “Cheguei a velho”.

Nascido em 1984 na província de Zhejiang, o artista chinês já expôs em vários lugares. Destaque para a sua mais recente exposição em nome próprio, “One Night at a Gallery”, feita no ano passado, e “HOME ALONe”, apresentada em Xangai em 2017

apresenta também uma visão muito própria do movimento surrealista que faz com que o público reflicta sobre “a história da arte ou a origem da

experiência”. O público poderá ver trabalhos que vão da pintura à escultura, entre outros formatos artísticos.

O pincel mágico

Nascido em 1984 na província de Zhejiang, o artista chinês já expôs em vários lugares. Destaque para a sua mais recente exposição em nome próprio, “One Night at a Gallery”, feita no ano passado, e “HOME ALONe”, apresentada em Xangai em 2017. Além disso, o nome Lu Pingyuan esteve também presente em diversas mostras colectivas.

O trabalho deste artista chinês relaciona-se com a história por detrás do filme chinês de animação em stop-motion “The Magic Brush” [O Pincel Mágico], cuja primeira versão foi feita em Xangai em 1954, com o nome “Ma Liang e o seu pincel mágico”. A produção deste filme esteve a cargo do Estúdio de Cinema de Animação de Xangai.

Se nesta história o pincel mágico é responsável por tudo o que aparece na vida de Ma Liang, no trabalho de Lu Pingyuan imagina-se a vida de Ma Liang na idade adulta, mas a fase final do que acontece pertence sempre à imaginação do público que vê as suas obras. A.S.S.

“Apeteceu-me fazer o balanço do que estava para trás”, recorda agora à Lusa. “Fui rever os textos de representação de cada uma das peças e percebi que ia havendo um fio condutor que ia passando de espetáculo para espetáculo, e que fazia uma história do Teatro [da Cornucópia], com os textos [dos diferentes] dramaturgos, através das várias épocas”.

Teatro de texto

Depois, “tudo seguido, é um retrato meu, uma espécie de autorretrato permanente [...], consequência da dramaturgia de cada espectáculo, do meu estado de espírito”. Em cada um, “dizia mais um bocadinho, ou dizia a mesma coisa de outra maneira e por aí adiante”, algo que “ia passando de peça em peça”.

“Já que não posso oferecer-me de outra maneira, ofereço uma revisão da Cornucópia que

pode ajudar algumas das pessoas que voltem a interessar-se por fazer teatro de texto”, sublinha o actor sobre “Pequeno Livro Arquivo”.

O livro inclui 60 textos sobre outras tantas peças de outros tantos autores, todos levados a cena na Cornucópia, que só em finais de 1975 encontrou uma ‘casa’, com a sede no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa.

O Misantropo ou o atrabiliário apaixonado”, de Molière, com que a companhia cofundada com Jorge Silva Melo se estreou, em 13 de Outubro de 1973, no antigo Teatro Laura Alves, “O terror e a miséria no III Reich”, de Bertolt Brecht, a primeira montagem após o 25 de Abril, “O labirinto de Creta”, deAntónio José da Silva, “Ricardo III”, de Shakespeare, que o actor protagonizou em 1985, “A sonata dos espectros”, de August Strindberg, “Auto da Feira”, de Gil Vicente”, “Até que, como o quê quase”, de Samuel Beckett, são etapas desse “Pequeno LivroArquivo”, dividido em nove capítulos, entre o tempo durante e após a Cornucópia, até ao “ponto final”, com dedicatória aos “queridos amigos”.

Ali se cruzam autores como Federico García Lorca, Luigi Pirandello, Heiner Müller, Joe Orton e Raul Brandão, Edward Bond e Almeida Garrett, Pierre Caron de Beaumarchais e Pier Paolo Pasolini, Jacob Lenz, Arthur Honegger, Anton Tchékhov e Friedrich Schiller, Paul Claudel, Arthur Schnitzler, Jean Genet, Reiner Werner Fassbinder e Lope de Vega.

eventos 13 quarta-feira 29.3.2023 www.hojemacau.com.mo
LUSA

SUDOKU

UM DISCO HOJE

THE FRAGILE | NINE INCH NAILS

Lutei com este disco quando saiu. Foi demasiado aguardado, seguiu-se ao brilhante “The Downward Spiral” e, nessa altura, Nine Inch Nails era uma das minhas bandas preferidas. Foi-me oferecido por uma ex-namorada, assim que saiu. A nossa relação caminhava para o fim, assim como a devoção à banda de Trent Reznor. Com o tempo “The Fragile” desabrochou como um grande disco e veio acompanhado pela banda sonora de “Lost Highway”. Até hoje, faixas como “Somewhat Damaged”, “La Mer” que cresce para “Into the Void”, e “The Great Bellow” dão arrepios. O último grande disco de Nine Inch Nails faz em Setembro 24 anos. João Luz

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; Gonçalo Waddington; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; João Romão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE OBRAS PÚBLICAS ANÚNCIO

Concurso público de empreitada de obra pública designada por «Empreitada de concepção e construção da passagem superior para peões na Avenida Marginal Flor de Lótus da Taipa»

AVISO COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, chegou ao seu término, e, que de acordo com o artigo 53.º da Lei n.º 10/2013 <<Lei de Terras>>, de 2 de Setembro, conjugado com os artigos 2.º e 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana.

Localização dos terrenos:

- Avenida do Almirante Lacerda, n.ºs 127 a 129 e Avenida Marginal do Patane, n.ºs 402 a 406, em Macau, (Edifício Kam Lung);

- Avenida de Demétrio Cinatti, n.ºs 94 a 99, em Macau, (Edifício Ponte Cais n.º 22A);

-

Rua de Francisco Xavier Pereira, n.ºs 110 a 110C, em Macau, (Edifício New China Plaza);

- Estrada de D. Maria II, n.ºs 30 a 34 e Avenida de Venceslau de Morais, n.ºs 218 a 222, em Macau, (Edifício CEM.);

- Avenida de Venceslau de Morais, n.ºs 190 a 216 e Rua do Padre Eugénio Taverna, n.ºs 161 a 327, em Macau, (Edifício Pak Tat Sun Chuen);

- Rua dos Pescadores, n.ºs 354 a 408 e Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 431 a 487, em Macau, (Edifício Industrial Nam Fung);

- Avenida do General Castelo Branco, n.ºs 69 a 87, Rua da Concórdia, n.ºs 58 a 78, Rua do General Castelo Banco, n.ºs 2 e 4 e Rua do Conselheiro Borja, n.ºs 1 e 3, em Macau, (Edifício Ko Fu e Ko Fong);

- Avenida do General Castelo Branco, n.ºs 89 a 113, Rua da Concórdia, n.ºs 80 e 104 e Rua do Conselheiro Borja, n.ºs 2 e 4, em Macau, (Edifício Yuet Fat – Yuet Tak);

- Rua do Comandante João Belo, n.ºs 3 a 125, Rua do General Ivens Ferraz, n.ºs 4 a 88 e Avenida do General Castelo Branco, n.ºs 25 a 39, em Macau, (Edifício To Pou Garden);

- Rua Quatro do Bairro Iao Hon, n.ºs 67 a 81, Rua Seis do Bairro Iao Hon, n.ºs 66 a 86, Avenida da Longevidade, n.ºs 23 a 47 e Rua Dois do Bairro Iao Hon, n.ºs 24 a 48, em Macau, (Edifício Centro Comercial Wong Kam);

- Rua de Viseu, n.ºs 395 a 451, na Ilha da Taipa, (Edifício Man Fai);

- Rua de Choi Long, sem número, na Ilha da Taipa, (Edifício Regal Seaview Garden Moradia A a O);

- Estrada de Seac Pai Van, n.ºs 908 a 1008, na Ilha de Coloane, (Edifício On Son) ;

- Estrada de Hac-Sá, n.ºs 1918 a 2168 e Estrada da Barragem Ka-Hó, n.º 95, na Ilha de Coloane, (Edifício Grand Coloane Resort Macau).

2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Serviços da RAEM das Ilhas, para os efeitos do respectivo pagamento.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.

Aos, 2 de Março de 2023.

O Director dos Serviços de Finanças, Iong Kong Leong

1. Entidade que põe a obra a concurso: Região Administrativa Especial de Macau.

2. Serviço por onde corre o procedimento do concurso Direcção dos Serviços de Obras Públicas.

3. Modalidade de concurso: concurso público.

4. Objecto da empreitada: concepção e construção da passagem superior para peões na Avenida Marginal Flor de Lótus da Taipa.

5. Local de execução: na Avenida Marginal Flor de Lótus da Taipa.

6. Obra dividida por partes: não.

7. Admissibilidade de apresentação de anteprojecto sim.

8. Tipo de empreitada: por preço global.

9. Prazo de execução da obra: o prazo máximo global de concepção e construção é de 360 (trezentos e sessenta) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação, com 3 (três) metas obrigatórias de execução, sendo a:

- Primeira (1.ª) meta obrigatória: apresentação de todos os projectos de execução da empreitada, com o prazo máximo de elaboração de 60 (sessenta) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação;

- Segunda (2.ª) meta obrigatória: conclusão das fundações por estacas, com o prazo máximo de execução de 210 (duzentos e dez) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação;

- Terceira (3.ª) meta obrigatória: conclusão das estruturas da ponte, com o prazo máximo de execução de 300 (trezentos) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação; (Indicado pelo concorrente; deve consultar os pontos 7, 8 e 12 do Preâmbulo do Programa de Concurso).

10. Preço base: não há.

11. Condições de admissão: pessoas, singulares ou colectivas, inscritas na DSSCU na modalidade de execução de obras, bem como aquelas que à data limite de apresentação de propostas tenham requerido ou renovado a referida inscrição, sendo que neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição ou renovação. As pessoas, singulares ou colectivas, por si ou em agrupamento, só podem submeter uma única proposta.

12. Modalidade jurídica da associação a adoptar pelo concorrente em agrupamento a quem venha eventualmente a ser adjudicada a empreitada: consórcio externo nos termos previstos no Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 40/99/M, de 3 de Agosto.

13. Local e hora para consulta do processo do concurso e obtenção de cópias:

Local: sede da DSOP sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.

Hora: todos os dias úteis, das 9,00 às 12,45 e das 14,30 às 17,00 horas.

Para além da obtenção das cópias (versão digital) do processo do concurso no local acima citado, sujeito aos termos e às regras de utilização do serviço de descarregamento online, podem as mesmas serem descarregadas da página electrónica da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (www.dsop.gov.mo).

Cópias do processo do concurso: versão digital, mediante o pagamento de $1 000,00 (mil patacas).

14. Local, data e hora limite para a entrega das propostas:

Local: sede da DSOP sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.

Data e hora limite: dia 29 de Maio de 2023 (Segunda-feira), até às 17,00 horas.

Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) na hora limite para a entrega de propostas por motivo de força maior, o prazo para a entrega das propostas é adiado para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.

15. Língua a utilizar na redacção da proposta: a proposta e os documentos que a acompanham devem estar redigidos em qualquer uma das línguas oficiais da RAEM, chinês ou português. É permitida a utilização de língua não oficial da RAEM nos casos expressamente indicados no Programa do presente Concurso.

16. Prazo de validade das propostas: 90 (noventa) dias, a contar a partir da data de encerramento do acto público do concurso, prorrogável nos termos do artigo 93.º do DecretoLei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro.

17. Caução provisória: $640 000,00 (seiscentos e quarenta mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.

18. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o adjudicatário tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, em reforço da caução definitiva prestada).

19. Data de realização do acto público do concurso:

Local: sala de reunião da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar.

Dia e hora: 30 de Maio de 2023 (Terça-feira), pelas 09,30 horas. Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) para o referido acto público, por motivo de força maior ou qualquer outro motivo impeditivo, a data de realização do acto público do concurso é adiada para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.

Os concorrentes ou os seus representantes devidamente mandatados devem estar presentes no acto público para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro, e para esclarecer eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

20. Critérios de apreciação das propostas:

– Preço da obra: 50%

– Concepção da obra: 20%

– Prazo de concepção e execução: 15%

– Experiência e qualidade em obras: 15%

21. Critério de adjudicação:

A adjudicação é efectuada ao concorrente com pontuação total mais elevada e, no caso de haver empate na pontuação total mais elevada, a adjudicação é efectuada ao concorrente com a proposta de preço mais baixo.

Região Administrativa Especial de Macau, aos 22 de Março de 2023.

O Director, Lam Wai Hou

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ENXAME DOS TVDE TEM TRÁFICO HUMANO

O QUE É TVDE? É o Transporte Individual e Remunerado de Passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Electrónica. Em Portugal qualquer dia não existem táxis porque o enxame de TVDE é infindável. As plataformas principais que se instalaram no nosso país são a Uber, Bolt, Cabify e Taxify.

Apresentamos hoje aos queridos leitores de Macau um dos casos mais graves existentes na sociedade portuguesa, especialmente em Lisboa. Para se poder ser motorista de um veículo TVDE tem de se possuir a carta de condução portuguesa há, pelo menos, três anos, realizar um curso totalmente em português e efectuar um exame final escrito em português. Acontece que os veículos TVDE de há uns meses a esta parte começaram a ser conduzidos por indivíduos do Paquistão, Bangladesh, Nepal e outros países, chegados a Portugal há dias ou há semanas, e de imediato começaram a guiar os TVDE. Como é isso possível? Não sabem falar português, a maioria fala mal o inglês, não têm carta de condução portuguesa, muito menos há três anos como exige a lei para ser-se motorista dos TVDE, não realizaram qualquer curso para obterem a licença de conduzir TVDE e muito menos conhecem a capital lisboeta, mesmo usando o GPS.

Há veículos TVDE que chegam a ser conduzidos por 10 indivíduos numa semana, mudando a fotografia da licença TVDE que pertence a um indivíduo estrangeiro que obteve a referida licença para conduzir

O crime de tráfico humano está à vista de todos. Estes “motoristas” de TVDE não recebem qualquer salário nos primeiros meses para que fique pago à mafia correspondente a sua vinda para Portugal

TVDE. As nossas fontes confirmaram que estamos perante diferentes mafias pertencentes aos referidos países que exercem tráfico humano desses motoristas TVDE que já são às centenas e que chegam a Portugal todos os meses.

O crime de tráfico humano está à vista de todos. Estes “motoristas” de TVDE não recebem qualquer salário nos primeiros meses para que fique pago à mafia correspondente a sua vinda para Portugal. Esses motoristas têm causado a maior diversidade de problemas aos clientes das plataformas. O que esperam as autoridades portuguesas para terminar com esta situação assombrosa e perigosa? O que esperam a Uber, Bolt, Cadify e Taxify para terminarem imediatamente que estes indivíduos sem carta de condução portuguesa e sem licenciamento TVDE? Impõe-se uma tomada de posição imediata, porque os veículos TVDE estão a efectuar serviço durante a noite e as queixas de incompetência, abuso e inoperância sucedem-se todas as semanas. Outros, mal chegam a Portugal, começam a conduzir motos e trotinetas realizando o serviço de entregas ao domicílio oriundas dos mais diversos restaurantes, nomeadamente, de pizas e hamburgueres.

Até hoje, nenhum órgão de comunicação social português abordou este assunto de gravidade extrema e de lucros incalculáveis para os gangues que controlam toda esta actividade exercida pelos novos imigrantes.

vozes 15 quarta-feira 29.3.2023 www.hojemacau.com.mo
ai, portugal, portugal André Namora

LISBOA ATAQUE COM FACA EM CENTRO ISMAIL FAZ DOIS MORTOS

Japão Sismo de magnitude 6,1 no norte do país

DUAS

pessoas morreram ontem de manhã no Centro Ismaelita em Lisboa após um ataque com uma arma branca e o suspeito foi detido, disse fonte policial. A mesma fonte avançou que a situação está actualmente controlada.

A comunidade muçulmana ismaili desconhece as motivações do homem que ontem de manhã entrou nas suas instalações em Lisboa, armado com um objecto cortante e que matou duas pessoas, deixando outra ferida, anunciou a estrutura.

As vítimas são duas mulheres, segundo fonte policial, e pelo menos uma era funcionária do centro.

O ataque ocorreu cerca das 11:30 quando decorriam aulas e outras actividades no Centro Ismaili, precisou o presidente do Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili, Rahim Firozali.

A polícia e o INEM foram chamados de imediato ao local e o atacante acabou por ser retirado do interior do centro. A Polícia Judiciária está a investigar o caso.

“A comunidade muçulmana ismaili está já a prestar todo o apoio aos familiares das vítimas, a quem apresenta as mais profundas condolências”, acrescentou o responsável, em comunicado enviado à agência Lusa.

O agressor foi transportado ao Hospital de São José (Lisboa), onde está a ser tratado aos ferimentos provocados pela intervenção da PSP.

Entretanto, António Costa já manifestou pesar à comunidade ismaelita e não antecipa motivações “do acto criminoso”.

Em declarações aos jornalistas, momentos antes de discursar nas Jornadas Parlamentares do PS, em Tomar, distrito de Santarém, António Costa expressou à comunidade ismaelita, às famílias das vítimas, a sua solidariedade e pesar.

“Quero registar a pronta intervenção da PSP, que permitiu a detenção do suspeito que está neste momento no Hospital de Santa Maria em Lisboa, recebendo cuidados médicos. É obviamente prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste acto criminoso. Devemos aguardar que as autoridades procedam às necessárias investigações”, frisou o primeiro-ministro.

Unidos venceremos

Apresidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, disse ontem que o órgão apoia “por unanimidade” a greve dos funcionários consulares, que começa a 3 de Abril.

Em conferência de imprensa, no final da reunião anual do conselho, em Macau, Rita Santos disse que “os baixos salários” pagos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português têm levado “à falta de pessoal e à dificuldade de contratação de funcionários”.

Na região chinesa, os funcionários recebem um salário líquido pouco superior a sete mil patacas, “incompatível com o nível da economia de Macau e inferior aos que trabalham na limpeza dos grandes hotéis”, atirou a conselheira.

Em resultado, os portugueses que vivem em Macau estão a esperar sete meses pela renovação de documentos de identificação, lamentou Rita Santos.

“Os portugueses residentes aqui em Macau não têm o mesmo direito que os portugueses

residentes em Portugal”, considerou. A última estimativa dada à Lusa pelo Consulado-geral de Portugal na região apontava para 170 mil portadores de passaporte português entre os residentes em Macau e em Hong Kong, sendo que o regime jurídico chinês não reconhece a dupla nacionalidade.

Problemas que se repetem Também na Austrália “há necessidade de mais apoio, mais reforço para o serviço consular”, disse a vice-presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, Sílvia Renda.

Os funcionários recebem um salário líquido pouco superior a sete mil patacas, “incompatível com o nível da economia de Macau e inferior aos que trabalham na limpeza dos grandes hotéis”

A conselheira, residente em Melbourne, apontou o caso da cidade de Perth, no sudeste da Austrália, onde os portugueses “têm de viajar mais cinco horas de avião para obterem serviços consulares”.

Na quinta-feira, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, afirmou que o Governo vai reforçar com mais dois funcionários os recursos humanos da rede consular na Austrália, incluindo um junto do cônsul honorário em Perth.

“Isso não vai ser suficiente”, lamentou Sílvia Renda, que defendeu a atribuição de mais competências aos cônsules honorários, nomeadamente para emitir o cartão de cidadão.

O STCDE – Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou uma greve de 13 dias para o mês de Abril.

A greve decorrerá nos dias 3 a 6, 10 a 13, 17 a 20 e 24 de Abril nos postos consulares, missões diplomáticas e centros culturais do instituto Camões no estrangeiro.

Um sismo de magnitude 6,1 na escala de Richter atingiu ontem o norte do Japão, de acordo com a Agência Meteorológica Japonesa (JMA), sem accionar o alerta de tsunami. O tremor de terra foi registado às 18:18 na região de Aomori a uma profundidade de 20 quilómetros, de acordo com a JMA. As autoridades japonesas indicam que o sismo foi sentido também de ilha de Hokkaido. De acordo com a estação de televisão pública japonesa, não foi emitido qualquer alerta de tsunami.

Hong Kong Julgamento de português adiado

Um tribunal de Hong Kong adiou ontem para 01 de Junho o início do julgamento do cidadão português Joseph John, acusado de incitação à subversão, com uma pena máxima de 10 anos de prisão. Numa sessão no tribunal do distrito de Wanchai, o juiz Stanley Chan Kwong-chi aceitou o pedido do advogado oficioso do arguido por mais tempo para analisar a acusação. Em 09 de março, o Ministério Público adicionou o crime de incitação à subversão à acusação, com uma pena mínima de cinco anos de prisão e uma pena máxima de 10 anos. O português, também conhecido como Wong Kin Chung, está detido desde o final de Outubro, inicialmente acusado do crime de sedição, ao abrigo de uma outra lei, da era colonial britânica, cuja pena máxima é de dois anos de prisão.

Jogo Residente burlado em curso de formação

Um residente inscreveu-se num curso de formação sobre como vencer na mesa de jogo e foi burlado. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o homem, com 30 anos de idade, transferiu dez mil dólares de Hong Kong para uma conta bancária, a fim de custear as despesas do curso, a meio de Março, tendo descarregado uma aplicação de telemóvel segundo as instruções fornecidas. O homem teve aulas aos domingos de manhã, mas depois da primeira aula percebeu que talvez os jogos já estivessem decididos previamente para os adversários ganharem. Desta forma, pediu ao professor para jogar sozinho, mas tal foi-lhe recusado. Quando pediu o reembolso das despesas do curso já pagas, não recebeu qualquer resposta, tendo apresentado queixa à polícia.

“Lembra-te de esquecer.”
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quarta-feira 29.3.2023
Emmanuel Kant
da Ásia e Oceânia apoiam greve de funcionários consulares
Conselheiros
OLGA SANTOS

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