Um marco da comunidade
José Manuel Rodrigues faleceu esta segunda-feira aos 70 anos vítima de doença prolongada. Advogado, ex-deputado e presidente do conselho de administração da TDM, o membro da comunidade macaense é recordado essencialmente pelo seu papel na criação da Confraria da Gastronomia Macaense e do Conselho das Comunidades Macaenses
MORREU esta segunda-feira, aos 70 anos de idade, José Manuel Rodrigues, que desempenhava o cargo de presidente do conselho de administração da TDM. No entanto, o advogado macaense foi activo em diversas áreas cívicas, destacando-se a posição de deputado nomeado à Assembleia Legislativa (AL) que deteve entre 1996 e 2005.
Como dirigente associativo José Manuel Rodrigues destaca-se por ter ajudado a criar entidades muito importantes para a afirmação das co-
munidades portuguesa e macaense, nomeadamente a Fundação para a Escola Portuguesa de Macau (FEPM), a Confraria da Gastronomia Macaense e o Conselho das Comunidades Macaenses (CCM). Estas duas últimas nasceram quando Rodrigues presidiu àAssociação Promotora da Instrução
dos Macaenses (APIM), entre 1988 e 2016. José Manuel Rodrigues foi ainda membro da Associação Promotora da Lei Básica de Macau e membro do Conselho Consultivo da Lei Básica.
O papel desempenhado na APIM é destacado por Miguel de
Lei sindical Lei Chan U lamenta ausência do direito à greve
O deputado Lei Chan U lamenta que a nova proposta de lei sindical, que está prestes a dar entrada na Assembleia Legislativa (AL), não contemple o direito à greve. Segundo o jornal Ou Mun, Lei Chan U refere que as autoridades não devem fundamentar a
ausência com o argumento de que a Lei Básica já garante uma série de direitos fundamentais aos residentes na área laboral. Lei Chan U afirma que “deve ser promulgada de forma activa a legislação necessária sobre o direito à negociação e acção co-
lectivas”, pois “os conflitos podem ser efectivamente controlados” na sociedade. Isto porque as greves “são um meio usado pela negociação colectiva e são um resultado inevitável das contradições e conflitos de interesse na gestão laboral”, adiantou o deputado.
Senna Fernandes, actual dirigente desta entidade. “Esse período da APIM foi bastante importante. Foram os primeiros anos da RAEM e nessa altura a APIM era a associação macaense que mais se destacava, tinha uma pujança diferente. Pela mão de José Manuel
Rodrigues aconteceram coisas fundamentais para a comunidade macaense. Ele era um acérrimo defensor da nossa cultura e uma das grandes preocupações que tinha era reflectir sobre a posição em que a comunidade poderia estar na RAEM. É uma das coisas de que me recordo das conversas que tive com ele”, contou ao HM.
“Ele era um acérrimo defensor da nossa cultura e uma das grandes preocupações que tinha era reflectir sobre a posição em que a comunidade [macaense] poderia estar na RAEM.”
Miguel de Senna Fernandes destaca ainda a sua qualidade como advogado e a proximidade ao poder. “Era alguém muito chegado aos dirigentes, como Edmund Ho e Chui Sai On. Isto era muito bom para a comunidade macaense. Ele esteve estes anos todos bastante enfermo, com problemas de saúde. Não deixa indiferente o desaparecimento desta figura pública, tão importante para a comunidade.”
“Espírito de iniciativa”
José Sales Marques, actual presidente do CCM, recorda “o espírito de iniciativa” de José Manuel Rodrigues e não esquece o seu trabalho em torno da Escola Portuguesa de Macau. “ Foi sempre um trabalho muito importante com um grande peso, sobretudo na fase de lançamento da fundação e da própria escola. Ele procurou sempre resolver diversas questões que, na altura, não eram nada fáceis. Era uma pessoa que se preocupava com as questões ligadas à comunidade”, afirmou Sales Marques.
Na área da advocacia, José Manuel Rodrigues chegou a fazer parte dos órgãos sociais da Associação dos Advogados de Macau, tendo sido também consultor jurídico.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Rodrigues chegou também a ser juiz substituto do Tribunal de Instrução Criminal.
Andreia Sofia Silva
Conta Única Mais de 80% dos cidadãos fizeram prova de vida
A Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública indicou que ontem, durante o período da manhã, tinham sido tratadas 42 mil provas de vida referente ao ano 2023. Destas, 34 mil foram efectuadas através da aplicação móvel a “Conta
Única de Macau”, representando 81 por cento do total das submissões, o dobro verificado no mesmo período do ano passado, quando foram registadas 17 mil provas de vida através da aplicação. As autoridades voltaram a apelar aos beneficiários da
pensão para idosos, pensão de invalidez, subsídio de invalidez, subsídio para idosos e do regime de aposentação e sobrevivência o uso da aplicação para tratar deste tipo de burocracia, de forma a “diminuir a aglomeração de pessoas”.
DEPOIS de três anos de crise sem precedentes, a abertura de Macau parece, finalmente, trazer algum optimismo palpável ao sector do turismo. Em declarações ao HM, o presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu, mostrou-se confiante de que durante os feriados do Ano Novo Chinês a taxa de ocupação dos hotéis de Macau possa chegar a níveis entre 80 e 90 por cento, com o número diário de visitantes a atingir uma média a rondar os 40 mil.
Apesar de os surtos de covid-19 serem uma realidade generalizada no Interior da China, Andy Wu não considera que Macau seja afectado ao nível do turismo. “Para já, as principais fontes de turistas que vão chegar a Macau são Hong Kong e Interior da China. Tendo em conta que tanto no Interior como em Macau os picos de infecção se terem dado antes do Natal, a covid-19 não será um problema para a indústria”, afirmou ao HM.
O representante do sector estima que na altura do Ano Novo Chinês, as taxas de infecção local e nacional se fixem entre 70 e 80 por cento.
Em relação aos mercados exteriores, Andy Wu não tem para já uma perspectiva tão optimista, porque a frequência de voos do estrangeiro não permite a retoma deste segmento.
Em uníssono
As previsões de Andy Wu acompanham as proferidas pelo deputado e presidente da Associação das Agências de Turismo de Macau, Cheung Kin Chung, que também havia estimado taxas de ocupação hoteleira entre 80 e 90 por cento durante a próxima época de feriados.
Em declarações ao HM, Andy Wu fez eco das declarações do Chefe do Executivo, reforçando a ideia partilhada por vários sectores sociais de que a pior fase da pandemia foi ultrapassada. “Acho que sim, o pior
HOTELARIA PREVISTA OCUPAÇÃO ENTRE 80 E 90% NO ANO NOVO CHINÊS
Um brilhozinho nos olhos
Depois dos bons sinais dados no último dia de 2022, representantes do sector do turismo encaram com optimismo o Ano Novo Chinês. Apesar dos surtos em Macau e no Interior da China, Andy Wu espera que na altura dos feriados os picos de infecção sejam coisa do passado
período já passou, e coincidiu com o Natal, quando muitos negócios ficaram paralisados devido à elevada taxa de infecção entre os funcionários. Logo de seguida, no Ano Novo, já se sentiu alguma recuperação. À medida que mais pessoas são infectadas e recuperam, o impacto nos negócios será cada vez menor”, afirmou o responsável.
“Acho que o pior período já passou. Coincidiu com o Natal, quando muitos negócios ficaram paralisados devido à elevada taxa de infecção entre os funcionários.”
ANDY WU ASSOCIAÇÃO DE INDÚSTRIA TURÍSTICA DE MACAUEm declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o deputado Cheung Kin Chung referiu que durante o Ano Novo a taxa de ocupação dos hotéis ficou entre 60 e 80 por cento, com a média dos preços dos quartos a rondar 50 a 60 por cento das tarifas verificadas antes da pandemia. Nunu Wu e João Luz
OS analistas da JP
Morgan Securities estima que durante os feriados do Ano Novo Chinês, as receitas brutas apuradas pelos casinos de Macau com o segmento de massas possam atingir entre 30 a 40 por cento dos níveis pré-pandémicos. O resultado que se espera nos cofres das operadoras de jogo será influenciado positivamente pela recuperação dos turistas chineses, um mês depois do levantamento das restrições impostas pela política de zero-covid.
Assim sendo, apesar de todas as seis concessionárias deverem ainda registar resultados antes de impostos, juros, de-
Mesas mais
concorridas
Massas podem trazer receitas acima de 30% dos tempos pré-covid
preciações e amortizações [EBITDA] negativos no último trimestre de 2022, o futuro pode trazer já uma mudança de paradigma.
“Estamos a prever um 2023 melhor, depois de mais um ano para esquecer. Continuam a estimar que as receitas brutas do
segmento recuperem para 30 a 40 por cento dos níveis pré-pandémicos durante o período do Ano Novo Chinês e no primeiro trimestre de 2023, o que já deverá ser suficiente para que a indústria apresente EBITDA positivos”, indicam os analistas, citados pelo portal GGR Asia.
Importa recordar que o Conselho de Estado chinês decretou feriados entre 21 e 27 de Janeiro, em jeito de celebração do Ano Novo Chinês, e que esta época costuma ser tra-
dicionalmente um período de grandes ganhos para a indústria do jogo de Macau.
Muito importante
Apesar de muitos analistas não arriscarem uma previsão positiva para o mercado VIP, que continua envolto em muita incerteza depois da interrupção dos negócios durante um ano e da campanha movida pelas autoridades do Interior ao sector, os analistas da JP Morgan não deixam de prever um futuro risonho para a indústria do jogo. Mesmo sem aquele que foi o mais
importante sector de mercado, os analistas afirmam-se “bastante confortáveis” com a recuperação as receitas brutas e EBITDA do segmento de massas para níveis pré-pandémicos já no futuro próximo. O ano de 2024 é assim apontado como o da normalização do sector do jogo.
Este ano, a JP Morgan prevê que os casinos de Macau atinjam receitas brutas superiores a 100 mil milhões de patacas, ou seja, cerca de 35 por cento do registo de 2019. Em 2024, os analistas estimam que o volume de receitas brutas cresça para 186,2 mil milhões de patacas, perto de dois terços dos valores registados em 2019. J.L.
Grand Emperor Casino opera com SJM até 2025
O casino do hotel Grande Emperor vai continuar a operar sob alçada da concessão atribuída à Sociedade de Jogos de Macau (SJM) até finais de 2025. Segundo o portal Macau News Agency, que cita o comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, o novo acordo foi celebrado no passado dia 30 de Dezembro e prevê o pagamento de uma espécie de “taxa de serviço” com base nas receitas obtidas pelo casino satélite, embora sujeito a um limite anual. O acordo determina que esse limite é de 100 milhões de dólares de Hong Kong para os primeiros três meses do ano. O montante passa a 400 milhões de dólares de Hong Kong até ao fim do ano financeiro de 2024, aumentando depois para 600 milhões até 31 de Março de 2025 e depois 700 milhões para os últimos nove meses do acordo. Recorde-se que, em Abril do ano passado, o hotel Grande Emperor anunciou que iria terminar a licença de jogo sob alçada da SJM, mas houve depois o anúncio da renovação por mais seis meses.
As centenas de doentes covid-19 registados em Macau diariamente faz com que o hospital Kiang Wu já não tenha camas disponíveis. Por sua vez, o Centro Hospitalar Conde de São Januário está a receber cerca de 200 ambulâncias por dia no serviço de urgência, mais do dobro face ao número registado no ano passado
OS serviços médicos em Macau, tanto públicos como privados, começam a ter cada vez mais dificuldade em dar resposta ao crescente número de casos covid-19. Segundo a TDM, o hospital Kiang Wu já não tem camas para este tipo de doentes, tendo Li Peng Bin, médico e gestor do hospital privado, explicado que houve uma redução do número de doentes no serviço de urgência, mas há mais casos com sintomas graves, sobretudo junto dos mais idosos, que necessitam de internamento.
“O serviço de urgência no hospital está a tratar cerca de 600 pacientes por dia, o que é duas vezes mais face ao número de casos que tínhamos há umas semanas. No entanto, o serviço da linha de atendimento [para doentes covid-19] aliviou a pressão registada
PANDEMIA HOSPITAL KIANG WU JÁ NÃO TEM CAMAS PARA DOENTES COM COVID-19
Rebentar pelas costuras
disse que houve um aumento, em termos anuais, de 200 a 300 doentes, pois cerca de 800 a 1000 doentes registaram-se nas urgências durante este surto. As urgências do São Januário recebem, em média, 200 ambulâncias por dia com doentes covid, enquanto no mesmo período de 2021 o hospital recebia entre 70 a 80 ambulâncias diariamente, o que representa um crescimento de mais de 100 por cento.
Chang Tam Fei, director substituto do serviço de urgência do hospital público, disse que houve um aumento, em termos anuais, de 200 a 300 doentes, pois cerca de 800 a 1000 doentes registaram-se nas urgências durante este surto
pelo pessoal médico do hospital e reduziu o número de pacientes nas urgências”, adiantou Ieng Kam Tou, também ouvido pela TDM, em declarações reproduzidas pelo portal Macau News.
Ao problema da falta de camas acresce-se o facto de muitos profissionais de saúde do Kiang Wu não terem ainda recuperado da doença, mas serem obrigados a prestar apoio no serviço, conforme explicou o médico Lei Man Chon. “Muitos estiveram doentes durante dois ou três dias, mas foram cha-
Ensino Mais de metade dos alunos e professores infectados
O director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), Kong Chi Meng, apontou que nas últimas semanas entre 50 a 60 por cento dos alunos e 60 a 70 por cento dos professores foram infectados com covid-19. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Kong Chi Meng sublinhou que a DSEDJ vai continuar a acompanhar a situação da covid-19 no parque escolar de Macau, e que, actualmente, estão reunidas as condições para o regresso às aulas. Porém, o responsável garantiu que as medidas de prevenção da pandemia emitidas pela DSEDJ são para cumprir, obrigando todos os professores e alunos que não tenham sido infectados depois de 28 de Novembro a fazer testes rápidos antigénio diariamente antes de entrarem nos estabelecimentos de ensino. Quem testar positivo fica impedido de entrar nas instalações e quando se verificar, num só dia, quatro infectados numa turma, as aulas dessa turma serão suspensas.
mados ao serviço quando a febre baixou e quando começaram a sentir-se melhor.”
Relativamente à marcação de cirurgias, o serviço não tem sido afectado, adiantou o cirurgião Kam Kun Chong, uma vez que médicos, enfermeiros e auxiliares tomaram precauções em relação à covid-19, tomando medicamentos. Tendo em conta que os idosos são, nesta fase, o maior grupo de risco, os dirigentes do hospital Kiang Wu prometem adoptar medidas especiais para
travar o crescente número de casos e aliviar a pressão no serviço de urgência. Uma das medidas passa por recomendar que os doentes tomem os medicamentos fornecidos pelo Governo antes de se dirigirem de imediato às urgências.
São Januário lotado
A situação não é melhor no Centro Hospitalar Conde de São Januário.
À imprensa chinesa, Chang Tam Fei, director substituto do serviço de urgência do hospital público,
“Os pacientes vão ao médico assim que se sentem doentes, e neste momento os doentes com sintomas ligeiros são imensos. Assim sendo, decidimos criar um posto de testes de ácido nucleico perto do serviço de urgência para podermos acolher estes doentes com sintomas leves. Desta forma podemos desviá-los do serviço de urgência, evitando a acumulação de pessoas”, adiantou Chang Tam Fei. Andreia Sofia Silva e Nunu Wu
Correios
70 por cento dos funcionários contaminados
A directora dos Serviços de Correios e Telecomunicações de Macau (CTT), Lau Wai Meng, indicou que cerca de 70 por cento dos funcionários dos CTT foram infectados com covid-19 nos últimos tempos, situação que afectou os serviços prestados ao público. Lau Wai Meng recordou, em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, que desde 23 de Dezembro, as estações de correios do Centro Cultural, Carmo e da Universidade de Macau suspenderam o atendimento. Porém, com a recuperação de um número crescente de funcionários as três estações vão ser reabertas na próxima segunda-feira. A responsável máxima dos CTT indicou ainda que muitos carteiros foram igualmente infectados com covid-19 e que, por isso, a distribuição postal sofreu atrasos. Porém, desde segunda-feira, os serviços de correio rápido começaram a escoar a correspondência acumulada.
Covid-19 Quatro mortos e 110 internados na segunda-feira
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que na segunda-feira “morreram quatro pessoas com doenças crónicas vítimas da covid-19, todas do sexo masculino, com idades compreendidas entre 61 e 98 anos”. Todas as vítimas mortas não tinham sido vacinadas contra a covid-19. Além disso, as autoridades indicaram que na segunda-feira foram diagnosticadas e encaminhadas para internamento em instalações de isolamento e tratamento dos Serviços de Saúde 110 pessoas.
DEPOIS de três anos de severas restrições de entrada, fronteiras fechadas à maior parte do mundo ou entrada permitia apenas a residentes, Macau está agora do outro lado da equação preventiva de controlo da pandemia. A lista de países que passaram a exigir a apresentação de teste de ácido nucleico a quem chega de Macau foi alargada.
Depois de Estados Unidos, Japão e Itália, um grupo alargado de países passou a exigir resultado negativo à entrada. Ontem, as autoridades de saúde da Coreia do Sul alargaram a exigência de testes antes da partida e à chegada para viajantes de Macau e Hong Kong. A medida foi justificada com a tentativa de prevenir que a elevada taxa de infecções nas regiões administrativas especiais, assim como no Interior da China, provoque novos surtos ou traga novas variantes da covid-19.
“A decisão foi tomada tendo em consideração a situação recente de infecções em Hong Kong e o elevado número de visitantes oriundos da região, assim como as restrições impostas por países como os Estados Unidos, Canadá e outras nações”, anunciou a Agência de Prevenção e Controlo de Doenças coreana. A medida entra em vigor no próximo sábado.
A Austrália foi outro país que começou a exigir testes a quem chega de Macau. A partir de amanhã, os viajantes que cheguem à Austrália oriundos de Macau e Hong Kong devem apresentar resultado negativo de teste de ácido nucleico realizado, pelo menos, 48 horas antes da partida, ou um teste rápido supervisionado por um médico. A medida aplica-se também a cidadãos australianos, indicou na segunda-feira o Governo de Camberra.
Cuidados globais
Também a partir de amanhã, passageiros oriundos de Macau estão obrigados a apresentar resultado negativo num teste à covid-19 à chegada ao Canadá. A informação divulgada pela Agência de Saúde Pública do Governo liderado por Justin Trudeau especifica que a medida será aplicada durante um período inicial de 30 dias. O teste deve ser feito até dois dias antes da partida. “O teste pode ser de ácido nucleico ou um teste rápido antigénio acompanhado de documentação que demonstre que foi realizado sob monotorização de um profissional médico ou por um laboratório certificado”, especifi-
COVID-19 TESTES EXIGIDOS PARA ENTRAR NA COREIA DO SUL, AUSTRÁLIA, FRANÇA
O reverso da moeda
A lista de países que exigem resultado negativo no teste de ácido nucleico à entrada de quem vem de Macau continua a aumentar. Coreia do Sul, França, Austrália, Canadá, Israel, Espanha passam a exigir testes, enquanto Marrocos baniu mesmo a entrada a quem vem do Interior da China, Hong Kong e Macau
Espanha, Índia, Tailândia e Reino Unido, um país foi mais longe nas restrições, proibindo a entrada a pessoas oriundas da China: Marrocos.
A restrição, alargada a pessoas vindas de Macau e Hong Kong, é a primeira a ser implementada por um país africano e vigora desde ontem.
“À luz da evolução da situação de saúde relacionada com a covid-19 na China, e para prevenir uma nova onda de infecções em Marrocos e as suas consequências, será proibido o acesso ao território do Reino de Marrocos a quem vem da República Popular da China, independentemente da nacionalidade”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Governo marroquino acrescenta que a medida “não afecta de forma alguma a forte amizade entre os dois povos e a parceria estratégica entre os dois países”. João Luz
ca a agência canadiana.
O Consula do-Geral da Fran ça em Hong Kong e Macau emitiu ontem uma nota a dar conta de que todos os passageiros, maiores de seis anos, oriundos da China e das regiões administrativas especiais têm de usar máscara em voos que tenham a França como destino.
Além disso, “a partir de amanhã e até 31 de Janeiro, todos os passageiros têm de apresentar no embarque resultado negativo num
teste antigénio ou de ácido nucleico realizado pelo menos 48 horas antes do embarque”. O consulado acrescenta que a medida é aplicada a voos que partem hoje e que os resultados dos testes precisam ser certificados, em francês ou inglês,
“Para prevenir uma nova onda de infecções em Marrocos, será proibido o acesso ao território do Reino de Marrocos a quem vem da República Popular da China, independentemente da nacionalidade.”
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS MARROQUINO
em papel ou em formato digital.
Além disso, os passageiros têm de apresentar à companhia aérea uma declaração sob compromisso de honra a garantir que não apresentam sintomas de infecção de covid-19, que não têm conhecimento de terem contacto ninguém infectado durante 14 dias antes da partida, reconhecendo que pode ser exigido a passageiros com idade superior a 11 anos a realização de um teste quando aterrarem em território francês. Se à chegada a pessoa testada acusar positivo fica obrigada a realizar sete dias de isolamento e, findo esse período, a submeter-se a novo teste.
Outro nível
Com a exigência de realização de testes a ser alargada a países como
DSPA Reciclagem voltam a funcionar
A partir de sábado, serão retomados os serviços de reciclagem promovidos pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), nomeadamente, a recolha do “Programa de Reciclagem de Equipamentos Electrónicos e Eléctricos”, incluindo a marcação de recolha ao domicílio, viaturas de recolha itinerante e todos os postos de recolha itinerantes e fixos. Também os postos de reciclagem limpa instalados na rua, os postos de recolha do Programa de Pontos “Verdes” e as máquinas de recolha inteligentes vão voltar a funcionar. Apesar da retoma dos serviços, a DSPA indica que quem se deslocar aos postos de recolha mencionados deve “usar máscara, mostrar o Código de Saúde” e medir a temperatura corporal.
PINTURA, CALIGRAFIA E TRADUÇÃO
Paulo Maia e CarmoDesfazendo
Fixações (VII)
O CORAÇÃO humano pode ser comparado a um recipiente com água. Se o colocarmos a direito e não o movermos, as partes lamacentas e turvas se depositarão no fundo e as partes claras e luminosas virão à superfície, permitindo-nos nela examinar os detalhes do nosso rosto. Mas se uma ligeira brisa lhe passar por cima, as partes lamacentas e turvas serão agitadas a partir do fundo, perturbando as partes claras e luminosas à superfície e impedindo-nos ter uma visão correcta mesmo dos contornos grosseiros do rosto. É assim o coração. Por isso, se o guiarmos com boa ordem e o nutrirmos de claridade, de modo a que nada o consiga desviar, então será capaz de determinar o mal e o bem e decidir daquilo que é duvidoso. Se for desviado mesmo pela menor das coisas, então a nossa compostura será alterada exteriormente e o nosso coração se perderá interiormente, ficando assim incapaz de discernir o variegado padrão das coisas.
Aqueles que gostavam de escrever foram deveras muitos, mas só nome de Cang Jie nos chegou, porque a sua mente estava unificada. Aqueles que gostavam da lavoura foram deveras muitos, mas só o nome de Hou Ji nos chegou, porque a sua mente estava unificada. Aqueles que gostavam de música foram deveras muitos, mas só o nome de Kui nos chegou, porque a sua mente estava unificada. Aqueles que gostavam de yi [justiça] foram deveras muitos, mas só o nome de Shun nos chegou, porque a sua menta estava unificada. Chui criou o arco e Fu You criou a flecha, mas Yi foi o perito em tiro com arco. Xi Zhong criou a carroça e Sheng Du criou a aparelhagem de cavalos, mas Zao Fu foi o perito em conduzir. Desde tempos antigos até ao presente, não houve ninguém que se
dividisse por duas coisas e nelas fosse perito. Como Zengzi1 disse: “Se alguém anda a vasculhar a sala em busca de algo com que acertar num rato que apareceu, como pode também juntar-se a mim numa canção?”
Nas cavernas vivia um homem chamado Ji. Era bom a resolver adivinhas pois apreciava ponderar sobre as coisas. Contudo, se os desejos dos seus olhos e ouvidos fossem excitados, o seu pensamento perdia-se e, se ouvisse os sons de mosquitos, a sua concentração desfazia-se. Por isso, controlou os desejos dos seus olhos e ouvidos e afastou-se do som de mosquitos e, vivendo em reclusão e acalmando os seus pensamentos, chegou à compreensão. Mas será que ponderar ren [humanidade] dessa forma pode ser considerado verdadeiramente sublime?
1 - Zengzi foi discípulo de Confúcio.
Nota Xunzi (荀子, Mestre Xun; de seu nome Xun Kuang, 荀況) viveu no século III Antes da Era Comum (circa 310 ACE - 238 ACE). Filósofo confucionista, é considerado, juntamente com o próprio Confúcio e Mencius, como o terceiro expoente mais importante daquela corrente fundadora do pensamento e ética chineses. Todavia, como vários autores assinalam, Xunzi só muito recentemente obteve o devido reconhecimento no contexto do pensamento chinês, o que talvez se deva à sua rejeição da perspectiva de Mencius relativamente aos ensinamentos e doutrina de Mestre Kong. A versão agora apresentada baseia-se na tradução de Eric L. Hutton publicada pela Princeton University Press em 2016.
Escrito na noite da Passagem do ano
Na hospedaria fria olho para o candeeiro, estou sozinho e não tenho sono, Coração viajante, que mágoa te entristece, que desengano?
Saudades da minha terra natal, esta noite tão distante, a tantos quilómetros, O meu cabelo branqueando, amanhã passará de novo, mais um ano.
Gao Shi (704-765)AVISO
Nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 19.º da Lei n.º 4/2016, “Lei de Protecção dos Animais”, são obrigados a obter uma licença emitida pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) os proprietários dos cães que tenham completado três meses de idade e que não sejam animais para competição. A respectiva licença é válida pelo prazo de três anos. O dono de animal deve também apresentar um requerimento de renovação nos 60 dias anteriores ao termo do prazo de validade da licença. Caso contrário, a licença caduca quando não tenha sido renovada no prazo legalmente fixado, nos termos da alínea 1) do artigo 23.º da mesma Lei. Ao mesmo tempo, de acordo com a alínea 4) do n.º 1 do artigo 11.º da Lei em causa, o dono de animal deve cuidar do animal providenciando os meios necessários de modo a prevenir e tratar doenças contagiosas, nomeadamente a vacinação periódica dos cães contra a raiva.
Para facilitar o pedido, levantamento e renovação da licença para cães pelo dono de animal e a vacinação anti-rábica dos cães, o IAM instalará “os Postos ambulantes de serviço para pedido, levantamento e renovação da licença de cão”, entre os meses de Janeiro e Fevereiro de 2023, nas seguintes datas, horas e locais. Ao mesmo tempo, os cidadãos podem proceder à renovação da licença através da plataforma de serviços “conta única de acesso comum”.
Aos 29 de Novembro de 2022
A Presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais, Substa O Lam
Mais vale prevenir
Autoridades de saúde pedem que zonas rurais se preparem antes de feriados
Tabela anexa
Postos ambulantes de serviço para pedido, levantamento e renovação da licença de cão 2023
Zona Data Hora Local
Coloane 07/01/2023 (sábado) 14:00-19:00 Ao lado do Edifício Ip Heng, Seac Pai Van, Coloane
Península de Macau
14/01/2023 (sábado) 14:00-19:00 Canil Municipal de Macau 28/01/2023 (sábado) 14:00-19:00 Praça de Luís de Camões 04/02/2023 (sábado) 14:00-19:00 Largo do Pagode do Bazar 11/02/2023 (sábado) 14:00-19:00
Parque Urbano da Areia Preta (por trás do Centro de Saúde da Areia Preta) 18/02/2023 (sábado) 14:00-19:00 Praça do Tap Seac
Taipa 25/02/2023 (sábado) 14:00-19:00 Rotunda do Estádio, Taipa (junto do Centro Desportivo Olímpico – Estádio)
A partir de 1 de Janeiro de 2023, o serviço online original de licenciamento de cães do IAM será integrado na plataforma de serviços “Conta única de acesso comum”. O titular da licença pode consultar as informações da sua licença, bastando aceder à página de serviço de “licença de cão” para renovação imediata da licença, alteração de dados pessoais e marcação prévia de vacinação anti-rábica.
1. Documentos comprovativos de entrega necessária aquando do pedido e do levantamento da licença de cão pela primeira vez:
a. Fotocópia do documento de identificação, se for pessoa singular maior de 18 anos;
b. Fotocópia dos modelos M/7 ou M/8, para efeitos de Contribuição Industrial, emitidos pela DSF, se for pessoa colectiva legalmente constituída;
c. O documento comprovativo da morada da criação do cão (como factura da água, da electricidade);
d. O original do documento comprovativo válido de vacinação anti-rábica (certificado internacional de vacinação).
2. Taxa de pedido da licença de cão pela primeira vez:
a. Cães esterilizados: MOP 330,00 (incluído o imposto de selo de 10%);
b. Cães não esterilizados: MOP 990,00 (incluído o imposto de selo de 10%);
c. A taxa para pedido e levantamento de licença de cão inclui exame veterinário, introdução de microchip, inoculação de vacina anti-rábica e atribuição de chapa de identificação metálica (para cada cão).
3. Documentos comprovativos de entrega necessária aquando da renovação da licença de cão:
a. Fotocópia legível da licença de cão válida, emitida pelo IAM (então IACM);
b. O original do documento comprovativo válido de vacinação anti-rábica(certificado internacional de vacinação).
4. Taxa de renovação da licença para cães:
a. Cães esterilizados: MOP 220,00 (incluído o imposto de selo de 10%);
b. Cães não esterilizados: MOP 660,00 (incluído o imposto de selo de 10%);
c. A taxa para renovação de licença de cão inclui exame veterinário e inoculação de vacina anti-rábica (para cada cão).
Nota:
Quem não se encontre a cumprir a pena acessória prevista na alínea 2) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 4/2016, “Lei de Protecção dos Animais”, ou a sanção acessória prevista na alínea 2) do artigo 30.º da mesma Lei, pode requerer licença.
www. iam.gov.mo
AS zonas rurais da China devem garantir o “abastecimento de medicamentos” nas vésperas do Ano Novo Lunar, quando se prevê um aumento de casos de covid-19, apontou ontem a Comissão Nacional de Saúde do país asiático.
“Os abastecimentos devem sobretudo cobrir o período de elevado número de deslocações”, explicou o director do Departamento de Assuntos Médicos da Comissão Nacional de Saúde, Jiao Yahui, em entrevista à televisão estatal CCTV.
O número de casos de covid-19 aumentou rapidamente na China, após o país abolir a política de ‘zero casos’. A vaga de casos no Inverno deve ser exacerbada pelos feriados do Ano Novo Lunar, que se celebra na última semana de Janeiro. A principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais, regista, tradicionalmente, a maior migração interna do planeta, com centenas de milhões de chineses a regressarem à terra natal.
Jiao pediu que as áreas rurais se preparem para que “pessoas gravemente doentes possam ser pelo menos transferidas para um hospital municipal”.
A onda de infecções pelo novo coronavírus já terá atingido o pico nas grandes cidades do país, incluindo em Pequim, Xangai, Cantão ou Chongqing, mas ainda não atingiu as áreas rurais, de acordo com um estudo recente liderado por especialistas do Centro de Saúde Pública de Xangai.
O Conselho de Estado (Executivo) já pediu, em meados do mês passado, aos governos locais, que dêem prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando a “relativa escassez de recursos de saúde”.
No início de Dezembro, as autoridades chinesas puseram fim a quase três anos da política de ‘zero casos’ de covid-19, que incluía testes em massa, quarentena em instalações designadas para casos positivos e contactos directos, a utilização de aplicações de rastreamento de
contactos e o encerramento das fronteiras do país.
O relaxamento das restrições antecedeu uma onda inédita de infecções na China, que provocou grande pressão hospitalar em diversas cidades.
Jiao garantiu que a Comissão Nacional de Saúde “fez os preparativos” desde “o início de Dezembro de 2022”, e que exigiu que os hospitais aumentassem as camas nos cuidados intensivos.
Fim anunciado A Organização Mundial de Saúde disse recentemente estar “muito preocupada” com a evolução da covid-19 na China e exigiu “mais informação”. Pequim respondeu que tem partilhado os seus dados “de forma aberta, atempada e transparente” desde o início da pandemia.
A partir de 08 de Janeiro, a covid-19 vai deixar de ser uma doença de categoria A na China, o nível de perigo máximo, para passar a ser uma doença de categoria B, que contempla menos controlo, marcando assim na prática o fim da política de ‘zero covid’.
Indústria Actividade transformadora volta a contrair
A actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair, em Dezembro, pelo quinto mês consecutivo, segundo dados publicados ontem pela revista privada Caixin, reflectindo o impacto dos surtos de covid-19 no país. O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês), publicado pela Caixin e elaborado pela empresa britânica de informação económica IHS Markit, passou de 49,4 pontos, em Novembro, para 49 pontos,
no último mês do ano. Os dados de Dezembro estão, ainda assim, um pouco acima do esperado pelos analistas, que previam que o indicador se fixaria em 48,8 pontos. Wang Zhe, economista da Caixin, destacou que a contracção da atividade em Dezembro foi causada pelos lados da oferta e procura. A queda na procura foi agravada ainda pelo abrandamento da economia mundial, que se reflecte em menos compras à China.
Co-fundador e membro de “A Outra Banda”, projecto musical que existiu em Macau entre 1990 e 1998, o antropólogo Carlos Piteira resolveu recriar a banda em Portugal, dando novas roupagens às músicas e letras. Cantar Macau, bem como os seus poetas e escritores, é o principal lema de uma iniciativa que tem marcado presença em alguns eventos em Portugal ligados a Macau e à lusofonia
ENTRE 1990 e 1998, quando Macau se preparava para dizer adeus à Administração portuguesa, existiu no território um projecto musical único dedicado a cantar a sua cultura e literatura. “A Outra Banda”, co-fundada pelo antropólogo e investigador Carlos Piteira, foi um projecto musical composto por cinco músicos que terminou após a edição do primeiro um álbum. Anos depois, e já em Portugal, Carlos Piteira decidiu “renascer das cinzas”
A voz de Macau
este projecto, desta vez apenas com o músico Jaime Mota.
“A Outra Banda” tem marcado presença em eventos ligados a Macau e à lusofonia, a convite de entidades como a Casa de Macau em Lisboa ou a UCCLA - União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa, entre outras.
“Temos estado a navegar e prontos a dar voz se nos chamarem”, conta, entre risos, Carlos Piteira ao HM. “Queremos falar Macau na voz dos poetas e dar vida ou voz à poesia ou música que mantém viva a chama de Macau e dos macaenses. Trabalhamos temas do quotidiano de Macau e as festividades, como é o caso do Festival dos Barcos Dragão. Tentamos dar sempre algum enquadramento aos temas. Também retratamos algumas situações ligadas à história de Macau, como é o caso das casas de ópio”, adiantou.
Essencialmente, “A Outra Banda” trabalha os concertos e os temas em torno de quatro abordagens, sendo que o patuá, através da poesia de Adé dos Santos Ferreira, não é esquecido. Cantam também as palavras de Camilo Pessanha ou, de forma mais contemporânea, Jorge Arrimar, poeta e ex-residente de Macau. “A Outra Banda” dá voz , no total, a dez poetas de Macau.
“Este é um projecto pessoal que não conseguiria fazer sozinho”, disse Carlos Piteira, que descreve uma conjugação de gostos e interesses por Macau na ligação a Jaime Mota. “Conheci o Jaime ao longo dos tempos, das bandas
dos anos 60 e 70. Ele tocava teclas e fazia algumas orquestrações. Tocámos juntos algumas vezes e penso que ele também se identificou muito com Macau, local com o qual criou uma ligação afectiva.”
Novo figurino
O projecto nascido há 30 anos tem hoje o mesmo nome, mas há
diferenças na musicalidade e na apresentação dos temas. “Tentámos recuperar as melodias que já estavam construídas e esquecidas, que faziam parte da minha memória e da memória dos que estiveram em Macau nesse período, e reproduzi-las num contexto de divulgação dos poetas e do que foi um percurso feito em Macau”, adiantou Carlos Piteira.
“Decidi manter o nome do grupo porque é uma forma de tributo ao que fizemos em Macau naquela década, mas com uma roupagem diferente, não tão elaborada. Lá tínhamos outras condições, mais músicos, e a possibilidade de tocar com a orquestra chinesa. Aqui estamos reduzidos a um papel mais singular”, frisou Piteira.
Em Macau, nos anos 90, “A Outra Banda” chegou a integrar o cartaz do Festival Internacional das Artes de Macau, bem como a tocar com a orquestra chinesa.
“O projecto nasce por prazer lúdico que temos em fazer música e também pela necessidade de marcar a presença de Macau pela via da literatura e musicalidade.”
CARLOS PITEIRA MÚSICOAnos depois, Carlos Piteira e Jaime Mota decidiram “recuperar os arranjos, as sonoridades que passaram pelo grupo e as vocalizações”. “O projecto nasce por prazer lúdico que temos em fazer música e também pela necessidade de marcar a presença de Macau pela via da literatura e musicalidade. Sendo macaense e observador das questões de Macau achei que seria importante esta divulgação, ainda que de forma amadora. Não temos nenhuma pretensão de profissionalismo. Queremos conjugar a componente dos afectos.” Andreia Sofia Silva
OPrémio Vasco Graça
Moura – Cidadania
Cultural, no valor de 20.000 euros [cerca de 160 mil patacas], distingue este ano a pintora portuguesa Graça Morais, com mais de 50 anos de carreira, realçando “o seu percurso cultural, artístico e cívico”. “Desde a sua juventude a artista teve uma permanente participação activa na defesa do humanismo, do respeito pela dignidade humana e dos direitos humanos. Uma ligação muito forte à terra e às tradições populares e uma permanente atenção à dureza da vida e à compaixão têm caracterizado uma assinalável coerência na sua obra”, afirma o júri, ao qual presidiu Guilherme d’Oliveira Mar-
Em nome do humanismo
tins, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
“Para Graça Morais a cidadania cultural constitui algo de natural e necessário.
O seu talento artístico e a escolha dos temas para as suas obras, em estreita ligação íntima, têm sempre subjacente a atenção aos outros e o cuidado relativamente aos mais vulneráveis. A artista e a cidadã estão sempre presentes, o que constitui um singular exemplo no panorama artístico contemporâneo, merecedor de especial reconhecimento”,
sublinhou o júri do prémio promovido pela Estoril Sol, em comunicado enviado à agência Lusa.
Outras distinções
Este prémio junta-se a várias outras distinções que a
artista plástica já recebeu, nomeadamente a Ordem do Infante D. Henrique, com o grau de Grande Oficial, atribuída em 1997, e a Medalha de Mérito Cultural, pelo seu contributo para as artes, atribuída em
Março de 2019, pela então ministra da Cultura Graça Fonseca, e o mais recente prémio “Personalidade do Norte”, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que lhe foi entregue no final de Novembro.
Maria da Graça Pinto de Almeida Morais nasceu há 74 anos em Vieiro, aldeia no concelho transmontano de Vila Flor, Portugal. De 1957 a 1958 viveu em Moçambique, no vale do Limpopo, de onde regressou em 1959 para a sua aldeia natal.
Foi em Moçambique que despertou o interesse pela pintura, aos nove anos, incentivada pela professora, depois de o pai lhe ter oferecido uma caixa de
aguarelas, como conta a José Jorge Letria no livro “Graça Morais: A Grande Arte Tem a Dimensão do Mistério” (2018).
De acordo com o seu relato, foi nesta altura que disse à mãe querer ser pintora, apesar dos receios da progenitora, convencida de que os artistas passavam fome. A mãe tinha outros projectos para si, como tornar-se professora primária, seguindo uma tradição familiar. O Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultura foi instituído pela empresa Estoril Sol, em homenagem à memória do escritor Vasco Graça Moura (1942-2014), nascido há exactamente 81 anos, no Porto, em 3 de Janeiro de 1942.
UM DISCO HOJE
TAKK.. I SIGUR RÓS I 2005
“Takk..” é a materialização de que a música é um entendimento que vai muito além das palavras. Assente em transmitir sensações e sentimentos com vocábulos que, assumidamente, não querem dizer absolutamente nada, os islandeses Sigur Rós não precisam de palavras para contar todas as histórias e descrever todas as paisagens que habitam o seu imáginário e a sua terra natal. “Hoppípolla” é uma das referências incontornáveis do álbum que vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo. Hoje Macau
Com: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver 17.30, 20.30
SALA 3 PUSS IN BOOTS: THE LAST WISH [A] FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS Um filme de: Joel Crawford 14.15, 16.15, 19.00
BLACK PANTHER: WAKANDA FOREVER [B] Um filme de: Ryan Coogler Com: Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Danai Gurira 21.00
James Cameron
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; Gonçalo Waddington; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; João Romão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22,
Fok,
Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo
AVISO
Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de concepção e construção do segmento sul da Linha Leste do Metro Ligeiro », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 43, II Série, de 26 de Outubro de 2022, foram prestados esclarecimentos adicionais, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.
Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 28 de Dezembro de 2022.
O Director substituto, Sam Weng Chon
AVISO
Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de concepção e construção do segmento norte da Linha Leste do Metro Ligeiro », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 43, II Série, de 26 de Outubro de 2022, foram prestados esclarecimentos adicionais, nos termos do artigo 2.2 do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.
Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 28 de Dezembro de 2022.
O Director substituto,
Sam Weng ChonANO NOVO, VIDA NOVA: FALSO
ANO NOVO, vida nova é absolutamente falso nos dias em que vivemos em Portugal. Antes de mais quero desejar aos meus leitores de Macau um ano de 2023 muito melhor e sem os problemas caóticos que têm vivido há mais de dois anos em função das decisões governamentais recentes sobre as restrições da Covid. O sofrimento da sociedade macaense está a piorar quando se esperava que melhorasse em função dos sacrifícios que tem feito. Chegou a Portugal a notícia que Macau vive dias de grande dificuldade com o número de infectados a aumentar assustadoramente e com os hospitais sobrelotados.
E por que razão afirmo que em Portugal tudo está na mesma ou pior? Também os casos de Covid têm aumentado e o número de mortes até parece ser escondido porque não temos números concretos e sabemos que morrem pessoas todos os dias. Contudo, o novo ano não vai trazer vida nova porque os casos de escândalos no seio da administração têm-se sucedido em catadupa. Esta semana, ainda os portugueses estão revoltados com o último caso que tem dado a maior discussão e interrogação. Uma senhora administradora da TAP, Alexandra Reis, deixou a TAP, por incompatibilidade gestora com a presidente da empresa pública ou porque decidiu aceitar um outro convite. Uma passagem profissional quase absurda, porque passou da TAP para outra empresa pública do mesmo ramo, a NAV. Ao deixar a TAP recebeu 500 mil euros. Mas como é isto possível, se os portugueses introduziram 3,2 mil milhões de euros na reestruturação da TAP? Então, o ministro da tutela da TAP, Pedro Nuno dos Santos, não tinha de assinar a autorização de uma indemnização de meio milhão de euros a uma funcionária que deixa a TAP? E como é que o mesmo ministro, bem como o seu colega das Finanças vieram pedir satisfações à TAP sobre o sucedido? Pior ainda é que passados uns meses, a mesma senhora foi nomeada pelo Presidente da República, por proposta do Governo, para secretária de Estado do Tesouro, cuja tutela é precisamente o ministro das Finanças, Fernando Medina. Ninguém consegue compreender um imbróglio desta natureza e naturalmente que revolta qualquer português, especialmente os dois milhões de cidadão que vivem abaixo da pobreza. Uma pobreza tão extrema que o primeiro-ministro, António Costa, decidiu na semana passada “oferecer” 240 euros a cada um que estivesse no âmbito das maiores dificuldades vivenciais. Obviamente, que sempre é o mexilhão que se trama, e para salvaguardar os ministros, a engenheira Alexandra Reis viu-se obrigada a pedir a demissão do Governo, tal como seria natural o ministro Pedro Nuno Santos e o seu secretário de Estado, Hugo Mendes também se demitiram para
Afinal, o que pensa o povo? Que simplesmente somos governados por indivíduos que só pensam nos negócios que podem obter com a construção de raiz de um aeroporto, de uma nova via ferroviária ou de mais uma ponte sobre o rio Tejo
vergonha do primeiro-ministro que não convence ninguém que igualmente não sabia de nada. Um imbróglio enorme que já levou políticos a pedir ao Presidente da República que dissolva o Parlamento.
Portugal vive momentos de tristeza, passou um Natal sem sorrir, com as pessoas a chorar sentadas nas estações ferroviárias sem comboios para poderem reunir-se com os familiares para a tradicional consoada. Uma vergonha sensibilizante aquilo que foi decidido pelos trabalhadores da CP, realizarem uma greve no Natal deixando os seus conterrâneos sem poderem abraçar quem há muito não viam e que é natural acontecer na época festiva natalícia.
Portugal não está a ser bem administrado de forma a proporcionar alegrias ao seu povo. Os banqueiros e ex-ministros corruptos
continuam em liberdade e sem se sentarem nos bancos dos réus. Os pedófilos e os agressores que matam as suas mulheres ficam a rir-se numa qualquer prisão preventiva a aguardar que um julgamento lhes dê uma sentença quase irrisória. As promessas de um novo aeroporto para Lisboa aguardam que uma comissão termine um relatório que indique “apenas” onde deverá ser o lugar destinado ao novo aeroporto, quando existe no território um aeroporto em Beja que se fosse alvo de poucos melhoramentos serviria perfeitamente Lisboa. Basta lembrarmo-nos que em Londres levamos mais de uma hora entre o aeroporto e o centro da capital inglesa. E o de Banguecoque está a quanto tempo da cidade em autocarro de luxo?
Afinal, o que pensa o povo? Que simplesmente somos governados por indivíduos que só pensam nos negócios que podem obter com a construção de raiz de um aeroporto, de uma nova via ferroviária ou de mais uma ponte sobre o rio Tejo entre Lisboa e a margem sul. Todo este problema vai levar anos a resolver e a termos um novo aeroporto que sirva Lisboa. O meu vizinho disse-me no Natal passado quando me veio dar as boas festas, que neste desiderato, Portugal tem é a sorte de ter a Senhora de Fátima com os seus milagres constantes em não deixar cair um avião em plena capital lisboeta matando centenas de pessoas.
Só para termos um exemplo, já ninguém fala no tal fulano que foi presidente da Câmara de Caminha e que gastou mais de 300 mil euros para uma obra que nunca se realizou e que foi parar a braço-direito do primeiro-mistro. Logicamente que se demitiu, mas onde está a sentença de um prevaricador desta natureza e que ainda foi premiado com um cargo de secretário de Estado-adjunto do chefe do Executivo. Tudo isto, é Ano Novo e vida velha. Tudo isto é triste, como canta o nosso fado.
“O acaso encontra sempre quem saiba aproveitar-se dele.”
COVID-19 PEQUIM CONDENA IMPOSIÇÃO DE TESTES A CHINESES
OGoverno chinês condenou ontem a imposição de testes à covid-19 por uma dúzia de países às pessoas que chegam da China e alertou que o país pode tomar medidas em retaliação.
“Alguns países estabeleceram restrições de entrada que visam apenas viajantes chineses. Isso não tem base científica e algumas práticas são inaceitáveis”, disse a porta-voz do Ministério das dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, acrescentando que a China pode tomar “medidas recíprocas”.
A China mantém as suas fronteiras encerradas para estrangeiros desde 2020. O país não emite vistos para turistas há quase três anos e impõe quarentena obrigatória à chegada no seu território.
Estas medidas de isolamento serão levantadas a 8 de Janeiro, mas continuará a ser necessário um teste de rastreio de menos de 48 horas antes da chegada ao território chinês. A medida coincide com a esperada e gradual retoma das viagens ao estrangeiro pelos chineses após três anos em que estavam interditadas.
Como precaução, uma dúzia de países, como Itália e Estados Unidos, decidiu impor testes PCR a viajantes provenientes da China, que está a ser atingida por uma onda de casos da covid-19. Marrocos, por exemplo, proibiu pura e simplesmente a entrada no seu território a todos os viajantes provenientes da China, “independentemente da sua nacionalidade”(ver pag.5).
Filipinas Ferdinand Marcos Jr de visita à China
O Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., partiu ontem para a China, onde vai realizar uma visita de Estado de três dias, estando previsto um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, visando reforçar os laços bilaterais. “Com esta partida para Pequim, abro um novo capítulo na nossa cooperação abrangente e estratégica com a China”, disse Marcos Jr., num encontro com autoridades e diplomatas dos dois países numa base aérea de Manila que antecedeu a sua partida. Acompanhado por uma delegação de empresários, o líder filipino disse que procura cooperação em várias áreas, incluindo agricultura, energia, infraestrutura, comércio e investimentos e intercâmbio entre pessoas. Espera assinar mais de 10 acordos bilaterais importantes durante a visita.
Andy Chang às escuras
Vencedor do Grande Prémio de Macau não sabe o que vai fazer a seguir
Avitória na prova rainha do Grande Prémio foi durante décadas um trampolim para uma carreira internacional de sucesso, mas as últimas três edições, realizadas sob as condicionantes da pandemia, não tiveram o mesmo impacto, e dificilmente terão os mesmos reflexos nas carreiras dos intervenientes como as anteriores.
Se Charles Leong conseguiu “dar o salto” para as corridas de GT após o seu segundo triunfo no Circuito da Guia, Andy Chang ainda não sabe o que irá fazer a seguir.
“Ainda não tenho qualquer plano”, revelou Andy Chang ao HM, pois neste momento “estou concentrado nas minhas actividades profissionais”, acrescentou o piloto que antes do fim de semana da sua vitória reconhecia que “é bastante difícil entrar na categoria GT porque o orçamento é muito superior ao dos carros F4. Contudo, ainda estou a tentar
encontrar uma oportunidade de experimentar um carro de GT”.
O piloto do território que deu os primeiros passos no automobilismo com apenas cinco anos, não esconde que gostaria ficar ligado ao desporto no dia em que poise definitivamente o capacete, e já começou a preparar terreno. “Planeio treinar alguns jovens pilotos no karting”, revelou o ex-piloto da equipa oficial TonyKart, “mas também espero treinar pilotos nos fórmulas”.
Chaves da vitória Depois de ter conquistado o Campeonato da China de Fórmula 4 em 2021, Andy Chang não teve oportunidade de realizar qualquer corrida em 2022, o que não o impediu de triunfar no Grande Prémio de Macau de Fórmula 4. O piloto do território bateu os compatriotas Charles Leong Hon Chio de Macau e Gerrard Xie de Hong Kong, numa animada corrida que encerrou a 69.ª edição do maior evento
desportivo de carácter anual da RAEM
Uma combinação de factores foram a chave do sucesso numa prova que podia ter acabado muito mal, quando na Corrida 1, no sábado, o piloto que fez a “pole-position” nas duas sessões de qualificação teve um mau arranque e saiu em frente na escapatória da travagem para a Curva Lisboa. Felizmente, este episódio não teve consequências de maior e uma recuperação notável levou-o ao terceiro lugar. No domingo, Chang impôs-se aos seus adversários com uma corrida isenta de erros.
“Embora tenha sido a minha primeira corrida do ano, estava familiarizado com o carro e tinha muita quilometragem na pista. Esta era a minha vantagem. Também fiz alguns treinos em Zhuhai. O carro era excelente e competitivo e a equipa trabalhou arduamente nele”, concluiu Andy Chang, que espera que esta não tenha sido a sua última corrida. Sérgio Fonseca
PORTO ZHONGTONG VAI FORNECER 48 AUTOCARROS ELÉCTRICOS
ASociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) adjudicou à empresa chinesa Zhongtong Bus o fornecimento de 48 autocarros eléctricos e de uma estação de carregamento, num contrato de 19,3 milhões de euros, foi ontem anunciado.
De acordo com um comunicado de imprensa ontem divulgado pela STCP, a empresa “informa que a adjudicação foi feita à proposta apresentada pelo concorrente EF – Energia Fundamental, Mobilidade Elétrica, Lda., representante em Portugal da empresa chinesa Zhongtong Bus (ZT Bus)”.
Em causa está o concurso público internacional “lançado em 26 de Setembro para a aquisição de 48 viaturas de transporte de passageiros 100 por cento eléctricas e uma estação de carregamento eléctrica, constituída por 24 carregadores duplos”.
“O valor global do contrato adjudicado é de 19.260.000,00 euros e diz respeito a 48 viaturas 100 por cento elétricas da marca Zhongtong Bus e à instalação da estação de carregamento na Estação de Recolha da Via Norte”, detalha o comunicado.
Segundo a empresa liderada por Cristina Pimentel, “a instalação da nova estação de carregamento da Estação de Recolha da Via Norte está prevista para finais de Agosto e a entrega das novas viaturas (tipologia standard de 12 metros e com autonomia de cerca de 370 km) irá ocorrer, faseadamente, entre Setembro e Novembro de 2023”.
“Com a aquisição destes novos autocarros eléctricos, a STCP verá a sua frota 100 por cento livre de emissões aumentar dos actuais 20 veículos para 68”, refere o comunicado, substituindo “24 viaturas standard em fim de vida e reforçar a frota da empresa com mais 24 viaturas energeticamente limpas”.