MOP$10
QUARTA-FEIRA 4 DE MARÇO DE 2020 • ANO XIX • Nº 4479
GLENN McCARTNEY
SEGUIR EM FRENTE
hojemacau
Última etapa
www.hojemacau.com.mo•facebook/hojemacau•twitter/hojemacau
SOFIA MARGARIDA MOTA
DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
Dos dez pacientes de Macau infectados com o novo coronavírus, apenas um permanece internado no Centro Hospitalar Conde de S. Januário, após o anúncio de alta clínica de uma residente de 29 anos. Para a tarde de sábado, está
prevista a chegada de 60 residentes retidos em Wuhan, dos quais 19 são menores de idade e que deverão cumprir uma quarentena de 14 dias no Alto de Coloane assim que desembarcarem no território.
ENTREVISTA HOJE MACAU
PÁGINA 4
TRÊS CANDEEIROS
ZONA DE CRISE
PUB
PÁGINA 6
TNR
OS PESOS DO REGRESSO PÁGINA 7
DIVINO MACAU
COISAS DO OUTRO MUNDO PÁGINA 9
NADA IMPRÓPRIO III XUNZI
h
REGRESSO AO SILÊNCIO NUNO MIGUEL GUEDES
ATROPELAMENTO E FUGA JOÃO PAULO COTRIM
2 ENTREVISTA
GLENN MCCARTNEY PROFESSOR DA UM, SOBRE REABERTURA DOS CASINOS
Apesar de defender que, no combate ao surto do Covid-19, a saúde está em primeiro lugar, Glenn Mccartney, professor da Universidade de Macau, defende que a reabertura dos casinos depois de um encerramento de 15 dias era importante para mostrar à população que é necessário seguir em frente. O docente defende que os sectores turístico, hoteleiro e do jogo vão recuperar ao mesmo tempo e de forma interligada, mas só a partir de meados deste ano
Helena de Senna Fernandes [directora dos Serviços de Turismo], disse a semana passada que a crise gerada pelo Covid-19 é pior do que no tempo da SARS. Acredita que, além dos casinos, a recuperação dos sectores hoteleiro e do turismo vai ser lenta? Sim, sem dúvida. Há uma clara ligação entre a recuperação do sector do jogo e outros sectores. Isto porque, nos últimos anos, o alojamento turístico ligado à parte do entretenimento e não às apostas nos casinos tem estado muito dependente do jogo. Então, quando os casinos fecham, há este efeito triplo no alojamento, porque a grande maioria dos quartos são um complemento às apostas nas salas VIP para os clientes premium. Quando se perde esse grande segmento também se registam grandes quebras na taxa de ocupação deste tipo de alojamento. Estão completamente interligados, um sector não recupera sem o outro. Também não temos outros segmentos turísticos além dos casinos, o mercado de convenções e exposições não funciona nesta fase, porque não há conferências. Não existe um verdadeiro mercado fora da indústria do jogo. Assim que o sector do jogo começar a recuperar veremos também uma recuperação dos restantes sectores económicos como é o caso do retalho, da hotelaria e do entretenimento. Não é surpreendente que os casinos tenham aberto portas depois do encerramento de duas semanas, porque é fundamental para a recuperação económica de Macau no seu todo. Poderemos esperar uma recuperação no início de 2021 apenas, ou ainda este ano? Por altura do Verão veremos alguns sinais de procura no sector do jogo e isso vai ser um factor regulador no sector hoteleiro. Faço a minha análise com base em dados históricos de crises anteriores. Entre o período da Páscoa e do Verão começaremos a ver esta tendência de recuperação do sector do jogo e aí todos os restantes sectores, sobretudo o hoteleiro, começarão a recuperar. O preço dos quartos de hotel por noite poderá ser ainda baixo, e poderemos também verificar uma baixa taxa de ocu-
SOFIA MARGARIDA MOTA
“Precisávamos de
pação. Isto se não surgirem mais casos de infecção em Macau e se as autoridades chinesas abrirem alguns dos ‘corredores’ aéreos e marítimos. Aí poderemos ter uma
recuperação em termos do número de visitantes. Está tudo dependente disso, porque não temos nenhum mercado significativo fora da China, não podemos ir aos tradicionais
“Alguns resorts integrados podem de facto ajudar [as PME] porque facilmente precisam de fornecedores. Nos últimos anos têm procurado fornecedores locais para as suas actividades e isso pode agora ser reforçado.”
mercados turísticos a nível global, não temos um novo mercado, as coisas não funcionam assim. Vai demorar muito tempo e dependemos da China e de Hong Kong para a recuperação do mercado. Desde a SARS que a génese do sector turístico de Macau é a mesma. Estamos perante uma problemática semelhante em termos da fonte de turistas, se compararmos com o ano de 2003?
3 quarta-feira 4.3.2020 www.hojemacau.com.mo
um sinal positivo” é maior. Mesmo agora vemos que a abertura dos casinos representa um passo em frente positivo e isso deve-se à acção dos médicos e às políticas adoptadas.
Uma associação de defesa dos direitos dos croupiers diz ser contra a reabertura dos casinos. Acredita que estão certos? A economia prevaleceu, neste aspecto? Não. A saúde foi absolutamente prioritária, a economia nunca deveria estar em primeiro lugar. Mas também temos de olhar para a forma como vamos iniciar a recuperação, e fazê-lo da forma mais segura possível. Temos de seguir em frente em prol da normalidade. Em duas semanas não aconteceu absolutamente nada, então quando seria a altura certa [para o regresso das actividades económicas]? Há sempre um estigma muito grande numa crise, e todos usavam máscara. Uma crise de saúde leva sempre muito tempo [a resolver] e é importante ter a mensagem na altura certa de que está tudo bem. Eu venho do mundo da investigação e dos números e é com base nisso que trabalho, e não com base em especulações.
Há uma série de factores que são diferentes. Em primeiro lugar, em 2003 não tínhamos redes sociais, não havia o WeChat. As redes sociais têm levado à difusão de muita informação [sobre o Covid-19] que não é correcta e que acaba por gerar uma série de reacções e ansiedades. Também não tínhamos o enorme número de visitantes da China em Macau e não tínhamos a Strip do Cotai. Toda a dinâmica se alterou um pouco. As pessoas vão buscar referências à SARS
porque é uma espécie de ponto de referência. Em termos médicos as duas epidemias não são iguais, não sou nenhum especialista em medicina, mas vemos que há diferenças. Isso significa que o impacto
O Governo tomou então a decisão certa de decretar a reabertura dos casinos ao fim de duas semanas. Necessitávamos de um sinal positivo para seguir em frente em prol de uma recuperação. Defendi que os casinos iriam abrir mediante certas condições, e foi o que fizeram para garantir a segurança das operações. Em Macau, 85 por cento dos impostos são pagos pelas operadoras de jogo, por isso quanto mais tempo mantivermos os casinos fechados [pior]. Além disso, o sector tem de pagar salários aos funcionários e rendas. Chegamos a uma altura em que o argumento económico tem de surgir, garantindo que as regras de segurança e de saúde são cumpridas. É importante olhar
“Também temos de olhar para a forma como vamos iniciar a recuperação, e fazê-lo da forma mais segura possível. Temos de seguir em frente em prol da normalidade.”
“Quando abrir [o Lisboa Palace] estará num mercado muito competitivo. Não vejo a dinâmica a mudar com tudo o que está a acontecer e penso que quando abrirem apenas vão ter de participar na competitiva Strip do Cotai.”
para o lado económico porque há muito investimento em Macau. Não posso dizer que a saúde está em segundo lugar, mas temos sempre de olhar para o início de uma recuperação. Como é que as operadoras de jogo vão levar essa recuperação a cabo? Que tipo de políticas vão implementar? Vão criar pacotes especiais para turistas, por exemplo? O mercado do turismo funciona de uma maneira muito agressiva, portanto assim que surgir o primeiro sinal [de regresso à normalidade], vão mudar as suas mensagens e as suas campanhas, porque o marketing pensado para os meses de Fevereiro e Março já não funciona. Têm de ter os seus corredores abertos para a China, com as suas medidas, para mantermos o mercado [a funcionar] e para que os clientes possam vir. Não tenho dúvidas de que o sector do jogo vai fazer este tipo de aproximação ao mercado e todos os resorts integrados no Cotai vão ser assertivos nas mensagens que vão transmitir, mas as mensagens têm de ser diferentes. O marketing será, sem dúvida, uma parte importante. No que diz respeito às Pequenas e Médias Empresas (PME), os casinos deveriam cooperar com elas, em prol de uma recuperação conjunta, além do apoio que já é dado pelo Governo? Alguns resorts integrados podem de facto ajudar porque facilmente precisam de fornecedores. Nos últimos anos têm procurado fornecedores locais para as suas actividades e isso pode agora ser reforçado. Os pequenos negócios têm sofrido com o problema das rendas e é um grande desafio para estas empresas nesta fase. Todas as PME que não são proprietárias dos imóveis que ocupam vão passar por enormes desafios, por terem de pagar rendas e salários. O Governo
já concedia empréstimos sem juros, mas, ainda assim, é mais uma dívida. Sem dúvida que é necessário ter uma estratégia. A SARS gerou um problema semelhante, mas agora temos de ir mais além na ajuda às PME. Alguns negócios vão fechar portas, por isso quanto mais rápido agirmos, agora… como cidade internacional de turismo e de lazer temos de manter as PME. Esse é o meu maior receio. O Lisboa Palace, no Cotai, está ainda em construção. A Sociedade de Jogos de Macau vai estar numa situação mais complicada do que as restantes operadoras de jogo? A competição vai lá estar quando abrir. Quando olhamos para a distribuição do mercado vemos quem tem maiores e menores percentagens ano após ano. Quando abrir [o Lisboa Palace] estará num mercado muito competitivo. Não vejo a dinâmica a mudar com tudo o que está a acontecer e penso que quando abrirem apenas vão ter de participar na competitiva Strip do Cotai. No Cotai é mais difícil porque muitos clientes tornaram-se frequentes, e como se vai buscar de novo essa lealdade? É preciso apostar em novos mercados. O desafio é como se entra na competição aquando da abertura do empreendimento, mas não vejo uma grande mudança em termos de dinâmica. Teremos novos concursos públicos para a concessão de novas licenças. O Governo vai fazer algum tipo de alteração para dar resposta a esta crise? Penso que é algo em que vão pensar. Eu pensaria. Considerando o que aconteceu nos últimos tempos seria um factor a ter em consideração. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
4 coronavírus
HOJE MACAU
4.3.2020 quarta-feira
RESGATE VOO PREVÊ TRAZER 60 RESIDENTES RETIDOS EM WUHAN
Equipa de salvação
Uma equipa composta por sete funcionários do Governo vai juntarse a sete tripulantes da Air Macau na operação de resgate dos residentes de Macau que estão em Wuhan. No voo, que deve chegar ao território por volta das 16h do próximo sábado, irão embarcar 19 menores de idade
C
HEGAM a Macau no dia 7 de Março, 60 residentes provenientes da província de Hubei, no voo fretado da Air Macau. O anúncio foi feito ontem pelo director dos Serviços de Saúde (SS) Lei PUB
Anúncio Concurso Público N.º 3/ID/2020 « Serviços de gestão das piscinas ao ar livre situadas nas Ilhas afectas ao Instituto do Desporto » Nos termos previstos no artigo 13.o do Decreto-Lei n.o 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o despacho da Ex.ma Senhora Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, de 24 de Fevereiro de 2020, o Instituto do Desporto, vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para os serviços de gestão durante o período de 1 de Maio a 31 de Outubro de 2020, nas seguintes piscinas ao ar livre situadas nas Ilhas afectas ao Instituto do Desporto: Designação das piscinas ao ar livre 1 Piscina do Parque Central da Taipa 2 Piscina de Cheoc-Van 3 Piscina do Parque de Hác-Sá A partir da data da publicação do presente anúncio, os concorrentes podem dirigir-se ao balcão de atendimento da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.º 818, em Macau, no horário de expediente, das 9,00 às 13,00 e das 14,30 às 17,30 horas, para consulta do processo de concurso ou para obtenção da cópia do processo, mediante o pagamento de $500,00 (quinhentas) patacas. Pode ainda ser feita a transferência gratuita de ficheiros pela internet na área de «Informação relativa à aquisição» da página electrónica do Instituto do Desporto: www.sport.gov.mo. Os concorrentes devem comparecer na sede do Instituto do Desporto até à data limite para a apresentação das propostas para tomarem conhecimento sobre eventuais esclarecimentos adicionais. A sessão de esclarecimento terá lugar no dia 6 de Março de 2020, sexta-feira, pelas 10,00 horas, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau, a que se segue a sessão de inspecção do local das respectivas piscinas. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora da sessão de esclarecimento por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora estabelecidas para a sessão de esclarecimento serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. O prazo para a apresentação das propostas termina às 12,00 horas do dia 19 de Março de 2020, quinta-feira, não sendo admitidas propostas fora do prazo. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora limites para a apresentação das propostas acima mencionadas, por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a apresentação das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido, na sede do Instituto do Desporto, no endereço acima referido, acompanhada de uma caução provisória no valor de $310 000,00 (trezentas e dez mil) patacas. Caso o concorrente opte por garantia bancária, esta deve ser emitida por um estabelecimento bancário legalmente autorizado a exercer actividade na Região Administrativa e Eespecial de Macau e à ordem do Fundo do Desporto ou efectuar um depósito em numerário ou em cheque emitido a favor do Fundo do Desporto na mesma quantia, a entregar na Divisão Financeira e Patrimonial, sita na sede do Instituto do Desporto. O acto público do concurso terá lugar no dia 20 de Março de 2020, sexta-feira, pelas 9,30 horas, no auditório da sede do Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, n.o 818, em Macau. Em caso de encerramento do Instituto do Desporto na data e hora para o acto público do concurso acima mencionadas, por motivos de tufão ou de força maior, ou em caso de adiamento na data e hora limites para a apresentação das propostas, por motivos de tufão ou de força maior, a data e hora estabelecidas para o acto público do concurso serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte. As propostas são válidas durante 90 dias a contar da data da sua abertura. Instituto do Desporto, aos 4 de Março de 2020. O Presidente, Pun Weng Kun
Chin Ion, que revelou ainda detalhes sobre a operação de retirada dos residentes de Macau e a composição da equipa que irá viajar para Wuhan. O voo parte de Macau às 9h30 de sábado e deverá regressar por volta das 16h ao território. Contas feitas, vão regressar cerca de um terço dos 180 residentes de Macau espalhados pela província de Hubei que solicitaram ajuda, já que só serão resgatados aqueles que não apresentem sintomas e que se encontrem na cidade de Wuhan ou arredores. “Registaram-se até agora, no total, 60 pessoas que vão apanhar o voo. Nenhum manifestou sintomas como febre ou sintomas no trato respiratório e que nos últimos 14 dias não foram ao hospital, nem tiveram contacto com pacientes de casos confirmados”, explicou Lei Chin Ion, por ocasião da conferência diária do novo tipo de coronavírus, o Covid- 19. Quanto à equipa incumbida de executar a operação, o director dos serviços de saúde revelou que, além da tripulação daAir Macau composta por sete pessoas, irão integrar a equipa de resgate outras sete, divididas entre cinco membros dos serviços de saúde e dois dos serviços de turismo. Quanto a passageiros, dos 60 residentes, 19 são menores, existindo seis crianças com idade inferior a cinco anos. “Temos seis crianças com idade inferior a dois anos, destas, duas têm idade inferior a um ano, duas têm três anos e uma criança tem
um ano e, de acordo com os regulamentos das autoridades de aviação, as crianças com idade inferior a cinco anos (…) têm de ser acompanhadas por encarregados de educação”, apontou, Inês Chan, dos Serviços de Turismo. À chegada a Macau no próximo sábado, os residentes serão enviados para o Centro Clínico do Alto de Coloane, onde vão ser isolados durante 14 dias. A alta médica só será concedida após testarem negativo por três vezes. “Se não manifestarem nenhum sintoma vão ser enviados para o alto de Coloane, (…) para cumprir uma quarentena de 14 dias. No dia seguinte vamos realizar testes de ácido nucleico a todos os residentes e vamos avaliando a situação e, caso o primeiro teste seja negativo, alguns dias depois realizamos o segundo teste (...) até assegurar que os três testes de ácido nucleico apresentam resultados negativos”, explicou o director dos SS. Questionada sobre como seria feito o transporte dos residentes de Macau até ao aeroporto de Wuhan, Inês Chan anunciou que estes terão
Contas feitas, vão regressar cerca de um terço dos 180 residentes de Macau espalhados pela província de Hubei que solicitaram ajuda
de fazer a viagem pelos seus próprios meios. “Antes de apanhar o avião, todos têm de assegurar o seu meio de transporte. Como sabem os nossos profissionais vão também acompanhar o voo para Wuhan e vão enfrentar certos riscos (…) e evitar sair do aeroporto, de modo a diminuir o risco de contágio”, esclareceu inês Chan.
MAIS UMA ALTA
Os serviços de saúde anunciaram ainda, a alta hospitalar de mais uma paciente que estava infectada com o novo tipo de coronavírus. É o nono paciente a receber alta hospitalar em Macau. Trata-se de uma residente de Macau de 29 anos, que esteve em contacto com o oitavo caso da doença e recebeu tratamento durante quase um mês. “Foi internada durante 29 dias e depois de receber tratamento antiviral, tem agora um quadro clínico estável, sem febre nem sintomas do trato respiratório. Fez dois testes de ácido nucleico nos dias 1 e 3 de Março e deram negativo, satisfazendo os critérios para a alta hospitalar, detalhou Lo Iek Long, médico adjunto do Centro Hospitalar Conde de São Januário À semelhança do oitavo paciente a receber alta, esta paciente vai continuar em isolamento durante mais duas semanas no centro clínico do Alto de Coloane. Dos 10 casos registados em Macau, existe agora apenas um que continua internado. Pedro Arede
info@hojemacau.com.mo
política 5
quarta-feira 4.3.2020
A
S funções e tarefas das 15 categorias profissionais abrangidas pela proposta de lei que vai regular a qualificação e inscrição para o exercício de actividade dos profissionais de saúde ganharam contornos mais concretos, de acordo com Chan Chak Mo, o deputado que presidiu à reunião de ontem da comissão da Assembleia Legislativa que analisa na especialidade o diploma. Foi ao terceiro texto de trabalho, enviado pelo Governo, que os deputados viram esclarecidas as dúvidas que tinham quanto à natureza das profissões a regular. Por exemplo, nas suas tarefas, um médico aplica princípios e procedimentos médicos “no aconselhamento, avaliação, exame e diagnóstico e tratamento de forma a prevenir, tratar e reabilitar doenças físicas ou mentais”, referiu o presidente da 2ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. Definido o enquadramento do exercício das profissões abrangidas na letra da lei, Chan Chak PUB
Névoa a dissipar-se Proposta de lei clarifica funções e tarefas de profissionais de saúde
Mo reiterou que caberá ao Conselho dos Profissionais de Saúde (CPS), “definir estas normas e instruções técnicas para exercício profissional”. Uma função que “tem de ser articulada com as competências do conselho dos profissionais de saúde”. Nesse âmbito, “compete ao CPS elaborar, aprovar e mandar publicar as normas e instruções técnicas”, esclareceu o legislador.
AGORA ESCOLHA
Quanto ao organismo regulador e que irá credenciar os profissionais do sector da saúde abrangidos pelo diploma, Chan Chak Mo revelou as dúvidas dos deputados quanto à escolha do presidente do CPS e dos 15 profissionais de cada uma das áreas abrangidas. Importa referir que as profissões abrangidas pela proposta de lei em análise são médico, médico dentista, médico de medicina tradicional chinesa, farmacêutico, farmacêutico de medicina tradicional chinesa, enfermeiro, técnico de análises clínicas, técnico de radiologia, quiroprático,
Definido o enquadramento do exercício das profissões abrangidas na letra da lei, Chan Chak Mo reiterou que caberá ao Conselho dos Profissionais de Saúde, “definir estas normas e instruções técnicas para exercício profissional” fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, psicólogo, dietista e ajudante técnico de farmácia. Chan Chak Mo revelou ainda que, de uma maneira geral, o Executivo tem aceite as sugestões dos deputados ao longo do processo legislativo. A discussão do diploma prossegue amanhã. João Luz
info@hojemacau.com.mo
6 política
4.3.2020 quarta-feira
PME DEPUTADO JOSÉ PEREIRA COUTINHO PEDE AJUDA PARA UMA “AVALANCHE DE EMPRESAS”
Mais nunca é demais
“O
grande problema das empresas, apesar de já estarem abertas, é não haver clientela, (…) esperemos que o Senhor Chefe do Executivo [actue rapidamente], com mais esta avalanche de empresas que estão com enormes dificuldades e muitas delas, já fecharam os seus negócios ou estão a caminho da falência “, começou por dizer o deputado José Pereira Coutinho, após entregar ontem uma nova petição ao Governo, com mais de mil assinaturas, na sua maioria de lojistas e proprietários de pequenos negócios locais da zona da Rotunda Carlos de Maia, mais conhecida por “Três Candeeiros”. Apesar do contexto ser diferente, o pedido é o mesmo que foi avançado pelo deputado na semana passada por ocasião de outra petição, ou seja, a criação de um apoio mensal, a fundo perdido, para as Pequenas e Médias Empresas (PME) que estão em dificuldades devido à crise gerada pelo Covid- 19. Contudo, para Pereira Coutinho, o montante deverá ser definido pelo Governo e caso a caso. Afirmando que os signatários “propõem um subsídio único para ajudar a ultrapassar imediatamente estas necessidades”, Pereira Coutinho apontou que o montante deverá ficar “sob responsabilidade do Governo, que tem os dados todos (…) em termos da dimensão das empresas, ou seja, qual é o número de empregados, volume de negócios anuais e qual os valores que têm vindo a ser pagos ao longo do ano”. “De acordo com esses dados, o Governo é quem melhor está
HOJE MACAU
Deputado entregou petição com 1240 subscritores, a pedir apoio urgente para pequenas e médias empresas dos sectores da restauração, retalho e lojistas da zona dos “Três Candeeiros”. Para Pereira Coutinho, o apoio deve passar por um subsídio mensal, a fundo perdido, a aplicar caso a caso. Aos cidadãos deve ser concedida uma segunda ronda de cheques
preparado para balizar e ver qual o montante a distribuir por cada um, que será diferente e consoante as necessidades”, acrescentou. Pereira Coutinho destacou ainda que a ajuda financeira a fundo perdido é a única forma de ajudar as empresas a atravessar a crise, até porque “não faltam dívidas do passado” geradas, por exemplo, no seguimento de intempéries, como o tufão Hato. “Este não é o momento de pedir dinheiro para ser pago mais
tarde, mesmo que não haja juros. Neste momento o Governo tem que adiantar a fundo perdido. É esta a solução. Ninguém está interessado porque o dinheiro tem de ser devolvido”, argumentou.
SEGUNDA RONDA
Sobre as medidas de apoio às PME já apresentadas pelo Governo, Pereira Coutinho aponta que os vales de saúde e a compensação pecuniária “já existiam no
“Este não é o momento de pedir dinheiro para ser pago mais tarde, mesmo que não haja juros. Neste momento o Governo tem que adiantar a fundo perdido. É esta a solução.” JOSÉ PEREIRA COUTINHO DEPUTADO
Economia Novo Macau reúne com Governo
A Associação Novo Macau esteve reunida com representantes da Direcção de Serviços de Economia para debater os apoios às Pequenas e Médias Empresas (PME). O encontro foi divulgado numa nota de imprensa da associação e contou com a participação do deputado Sulu Sou. Em relação à discussão de medidas a curto prazo para as PME, os Serviços de Economia revelaram que receberam nos primeiros dois meses do ano 1.321 pedidos de auxílio de empréstimos sem juros. O valor para os primeiros dois meses do ano representa mais do dobro dos pedidos recebidos ao longo de todo o ano passado e teve como justificação a epidemia do coronavírus Covid-19.
passado” e que a única novidade são mesmo os vales de consumo electrónico no valor de três mil patacas que, mesmo assim, “não abrangem a generalidade das empresas e da população de Macau”, por estarem dependentes da tecnologia Macau Pass, que nem todos utilizam. “Acho que mais valia pegar nas seis mil patacas que o Governo dá de três em três anos para a população elevar os seus conhecimentos educacionais e juntá-las às três mil patacas dos vales de consumo (…) para que todos tenham liberdade total de gastar em Macau este dinheiro”, explicou. Pereira Coutinho defendeu ainda a distribuição de uma segunda ronda de cheques pela população, no valor de 10 mil patacas, para atenuar as dificuldades causadas pelo Covid- 19. Segundo as contas do deputado, para além das 10 mil patacas de compensação pecuniária, o Governo daria assim a todos os residentes de Macau, mais 9 mil patacas através do vale de consumo electrónico e ainda um cheque adicional de de 10 mil patacas. “Vou levantar essa questão, tendo em conta a crise do coronavírus”, afirmou Pereira Coutinho quando questionado acerca dos pedidos a apresentar ao secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, cuja presença foi solicitada pelo próprio, na próxima reunião da Comissão dos assuntos da Administração Pública. Pedro Arede
info@hojemacau.com.mo
EMPRESAS PÚBLICAS GOVERNO DIZ TER INTENÇÃO DE LEGISLAR REGULAÇÃO
E
STÃO em marcha trabalhos de recolha e análise de informação para elaborar legislação para fiscalizar e regular empresas de capitais públicos. O processo está a cargo do recém-criado Gabinete para o Planeamento da Supervisão dosActivos Públicos, liderado por Sónia Chan, que irá fazer um esboço de lei em cooperação com a Direcção dos Serviços dos Assuntos de Justiça (DSAJ). A intenção consta da resposta da entidade chefiada por Sónia Chan a uma interpelação assinada por Sulu Sou. Na resposta à interpelação do deputado pró-democracia, o Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Púbicos volta a trazer a lume o polémico Fundo para o Investimento e Desenvolvimento de Macau, um mecanismo cuja criação pressuporia a fundação de uma sociedade gestora, assim como a alocação de 60 mil milhões de patacas da Reserva Financeira da RAEM. A entidade de supervisão reitera que o Governo pretende auscultar os vários sectores da sociedade quanto a este mecanismo, com vista a consolidar o consenso quanto ao fundo que motivou protesto e um volte-face do Executivo, à altura, liderado por Chui Sai On. Recorde-se que Sulu Sou, na interpelação escrita que dirigiu ao Executivo, perguntou se a auscultação pública para a criação do Fundo para o Investimento e Desenvolvimento de Macau seria interrompida até entrar em vigor legislação que permitiria fiscalizar empresas e sociedades com mais de 50 por cento de capital público, nomeadamente no que toca à sua estrutura orgânica e à forma como gerem e gastam os dinheiros públicos. J.L.
sociedade 7
quarta-feira 4.3.2020
O Governo das Filipinas dá cerca de 1600 patacas [10 mil pesos] a cada cidadão que queira regressar aos seus postos de trabalho em Macau, Hong Kong e Taiwan, depois da proibição de viajar imposta pelo surto do Covid-19. Duas ONG dizem que o montante não é suficiente para cobrir despesas e temem que nem todos os TNR em Macau tenham direito ao apoio
C
OMEÇOU a ser distribuída, no início de Fevereiro, a ajuda financeira por parte do Governo das Filipinas a cerca de 8.400 cidadãos filipinos que trabalham em Macau, Hong Kong e China e que estiveram impossibilitados de viajar para estes territórios devido à suspensão temporária de voos devido ao surto do Covid-19. No que diz respeito a Macau, há 300 trabalhadores que estão a tentar voltar ao território, uma vez que a proibição de voar foi suspensa no passado dia 19.
FILIPINAS DINHEIRO PARA TRABALHADORES IMPEDIDOS DE VIAJAR, MAS ONG PEDEM MAIS
Pesos insuficientes A notícia, avançada pela agência Philippine News Agency, diz ainda que esta medida acarreta uma despesa pública de 84 milhões de pesos [moeda local], sendo que cada cidadão nesta situação vai receber 10 mil pesos [cerca de 1.600 patacas]. A ajuda financeira está a ser operacionalizada pelo fundo da agência Overseas Workers Welfare Administration (OWWA), ligada ao Departamento do Trabalho e Emprego do Governo e que funciona não apenas como um sistema de segurança social, mas também como seguradora. A ideia é que este apoio “ajude os trabalhadores a suportar as suas despesas e dar-lhes assistência no seu regresso às zonas de origem”, aponta a OWWA em comunicado. Os trabalhadores que são membros da OWWA deixaram de poder candidatar-se a este apoio no passado dia 20, dado o fim da suspensão de voos das Filipinas para Macau e Hong Kong. O fim da suspensão de voos para Taiwan aconteceu dia 15 de Fevereiro. Além do apoio financeiro, a OWWA também providenciou meios de transporte.
AJUDA NÃO CHEGA
Contactada pelo HM, Jassy Santos, presidente da União Progressiva do Trabalho dos Trabalhadores Domésticos, a residir em Macau, disse
que o montante concedido está longe de ser suficiente e que há o risco de alguns trabalhadores não receberem qualquer ajuda. “[O montante de] 10 mil pesos é apenas para os que são membros da OWWA. Então e os trabalhadores que não são membros da OWWA? Não podem beneficiar de nenhum do apoio financeiro anunciado pelo Governo”, disse. A decisão de suspensão dos voos é compreensível tendo em conta a gravidade da epidemia, mas Jassy Santos lamenta que não tenha existido da parte do Governo de Duterte um plano B. “Concordamos com a medida, mas deveriam ter ouvido os alertas desde o início da epidemia e não avançar para uma decisão momentânea sem ter um plano B para os trabalhadores. Há diferentes reacções na comunidade filipina. Alguns estão zangados porque continuam a não existir voos disponíveis apesar do fim da suspensão dos voos."
“A maior parte dos trabalhadores filipinos são membros da OWWA porque no nosso país é obrigatório. Mas penso que nem metade [dos 300] sejam membros ainda.” JASSY SANTOS PRESIDENTE DA UNIÃO PROGRESSIVA DO TRABALHO DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS
Termómetros Empresária perde 4 milhões em fraude Uma empresária local perdeu cerca de 4 milhões de yuan numa fraude que envolve a venda de termómetros. O caso foi noticiado ontem pelo jornal Exmoo. Depois de duas transacções com uma empresa que teria produtos disponíveis em Shenzhen e Guangzhou, a mulher decidiu comprar uma quantia mais elevada de termómetros através da internet ao mesmo vendedor para
fazer um lucro maior. No entanto, e ao contrário das situações em que arriscou ir ao Interior buscar os produtos, apesar dos avisos contrários, nunca mais foi chamada para recolher a encomenda. Depois de ter feito o pagamento e nunca mais ter sido avisada para a recolha, a mulher considerou ter sido vítima de fraude e reportou o caso às autoridades.
Jassy Santos não sabe especificar se os 300 trabalhadores filipinos em Macau são membros da OWWA, mas espera que sejam. “Amaior parte dos trabalhadores filipinos são membros da OWWA porque no nosso país é obrigatório. Mas penso que nem metade [dos 300] sejammembros ainda. De acordo com os dados que nos foram fornecidos na nossa última visita de cortesia ao departamento laboral do
Consulado-geral das Filipinas em Macau, há trabalhadores que começaram a adquirir o seguro da OWWA desde que começou esta epidemia”, rematou. Sheila Estrada, representante do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Hong Kong, também referiu ao HM que 10 mil pesos não é um valor suficiente, “sobretudo para aqueles que estão nas zonas de Visayas e Mindanao, bem como nas zonas norte e sul de Luzon, uma vez que não cobre os custos das viagens”. “Não nos podemos esquecer do período em que estiveram em casa sem salário à espera de poder viajar para o país onde trabalham. Como se pode sobreviver com 10 mil pesos dado o elevado custo de vida no país?”, questiona a responsável.
A 19 de Fevereiro foi anunciado, por parte do subsecretário do Departamento de Negócios Estrangeiros das Filipinas, Brigido Dulay, nas redes sociais, que os trabalhadores não residentes em Macau e Hong Kong teriam direito a regressar aos seus postos de trabalho. “Hoje [ontem], a vontade do secretário dos Negócios Estrangeiros Sec Locsin tornou-se realidade. Os trabalhadores filipinos no estrangeiro que precisam de regressar ao trabalho em Hong Kong e Macau foram isentos da proibição de viajar pela IATF-EID [Inter-Agency Task Force on Emerging Infectious Diseases], e sujeitos a certas formalidades processuais”, escreveu Brigido Dulay no Twitter, citado pelo jornal Ponto Final. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
PUB
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 4/P/20
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 5/P/20
Faz-se público que, por despacho da Ex.ma Senhora Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, de 23 de Janeiro de 2020, se encontra aberto o Concurso Público para o «Fornecimento de Serviços de Reparação e Manutenção dos Sistemas de Chamada de Enfermeiras ao Centro Hospitalar Conde de São Januário», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 4 de Março de 2020, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP 40.00 (quarenta patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo).
Faz-se público que, por despacho da Ex.ma Senhora Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, de 23 de Janeiro de 2020, se encontra aberto o Concurso Público para a «Prestação dos serviços de reparação e manutenção das Unidades Resfriadoras de Líquidos «Chiller» e das Unidades de Bomba de Calor de Fonte da Água dos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 4 de Março de 2020, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edificio Broadway Center, 3.º Andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP 41,00 (quarenta e uma patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo). Os concorrentes do presente concurso devem estar presentes no Departamento de Instalações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 11 de Março de 2020, às 15,00 horas, para efeitos de visita às instalações a que se destina à prestação de serviços objecto deste concurso. As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 7 de Abril de 2020. O acto público deste concurso terá lugar no dia 8 de Abril de 2020, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP96.400,00 (noventa e seis mil e quatrocentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 27 de Fevereiro de 2020. O Director dos Serviços Lei Chin Ion
Os concorrentes do presente concurso devem estar presentes no Departamento de Instalações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 10 de Março de 2020, às 11,00 horas, para efeitos de visita às instalações a que se destina à prestação de serviços objecto deste concurso. As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,30 horas do dia 3 de Abril de 2020. O acto público deste concurso terá lugar no dia 7 de Abril de 2020, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP79.200,00 (setenta e nove mil e duzentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/ Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 27de Fevereiro de 2020 O Director dos Serviços Lei Chin Ion
8 publicidade
4.3.2020 quarta-feira
ANÚNCIO “Aquisição, pelo IAM, de cinco veículos com cesto elevatório” Concurso Público n° 001/DGF/2020 Avisam-se todos os interessados que se encontra aberto o concurso público “Aquisição, pelo IAM, de cinco veículos com cesto elevatório” nos termos do despacho do Secretário para a Administração e Justiça, de 10 de Fevereiro de 2020. O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro nº 163, r/c, Macau ou descarregados de forma gratuita através da página electrónica deste Instituto (http://www.iam.gov.mo). Se os concorrentes quiserem descarregar os documentos acima referidos, sendo também da sua responsabilidade a consulta de actualizações e alterações das informações na nossa página electrónica durante o período de entrega das propostas. O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 7 de Abril de 2020. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IAM e prestar uma caução provisória no valor de MOP185.000,00 (cento e oitenta e cinco mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Assuntos Financeiros do IAM, sita na Avenida de Almeida Ribeiro n° 163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Municipais. O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no Centro de Formação do IAM, sito na Avenida da Praia Grande, n.° 804, Edf. China Plaza 6.° andar, pelas 10:00 horas do dia 8 de Abril de 2020. Macau, aos 24 de Fevereiro de 2020. O Administrador do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais Mak Kim Meng www. iam.gov.mo
ANÚNCIO “Aquisição, pelo IAM, de 31 (trinta e uma) viaturas ligeiras mistas, de cabina dupla, equipadas com caixa aberta” Concurso Público n° 005/DGF/2020 Avisam-se todos os interessados que se encontra aberto o concurso público “Aquisição, pelo IAM, de 31 (trinta e uma) viaturas ligeiras mistas, de cabina dupla, equipadas com caixa aberta” nos termos do despacho do Secretário para a Administração e Justiça, de 10 de Fevereiro de 2020. O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro nº 163, r/c, Macau ou descarregados de forma gratuita através da página electrónica deste Instituto (http://www.iam.gov.mo). Se os concorrentes quiserem descarregar os documentos acima referidos, sendo também da sua responsabilidade a consulta de actualizações e alterações das informações na nossa página electrónica durante o período de entrega das propostas. O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 7 de Abril de 2020. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IAM e prestar uma caução provisória no valor de MOP339.000,00 (trezentas e trinta e nove mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Assuntos Financeiros do IAM, sita na Avenida de Almeida Ribeiro n° 163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Municipais. O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no Centro de Formação do IAM, sito na Avenida da Praia Grande, n.° 804, Edf. China Plaza 6.° andar, pelas 15:00 horas do dia 8 de Abril de 2020. Macau, aos 24 de Fevereiro de 2020. O Administrador do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais Mak Kim Meng www. iam.gov.mo
Anúncio 1. Os pontos 1, 3.7, 7.2, 7.5 e 8 do anúncio de Abertura de concurso geral para aquisição de fracções autónomas de habitação económica, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 48, II Série, de 27 de Novembro de 2019, passam a ter a seguinte redacção: <<1. O prazo para apresentação de candidaturas é de 27 de Novembro de 2019 a 27 de Abril de 2020. 3.7 [Eliminado] 7.2 […]: […] […] […] […] […] […] Rendimento da explora- […]. ção de actividades/Ren- — Relatório financeiro (incluindo a conta de demonstração de dimento do trabalho por resultados e o balanço) (aplicável a indivíduo com rendimentos conta própria de exploração de actividades). (Nota: da conta de demonstração de resultados deve constar: 1. receita de vendas e/ou de prestação de serviços; 2. despesas e custos; 3. resultados antes dos impostos; 4. outros rendimentos.) […] […] […] […] 7.5 […]: […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] […] Imóveis — Documentos comprovativos relativos à titularidade dos (incluindo habitações, imóveis). espaços comerciais, es- […]. critórios, lugares de estacionamento, terrenos, etc.) […] […] Quotas, acções, partici- [ … ] . pações ou outras partes — Relatório financeiro (incluindo a conta de demonstração de sociais do capital em resultados e o balanço). sociedades civis ou co- (Nota: da conta de demonstração de resultados deve constar: merciais 1. receita de vendas e/ou de prestação de serviços; 2. despesas e custos; 3. resultados antes dos impostos; 4. outros rendimentos.) 8. Após apresentar o boletim de candidatura, caso faltem documentos necessários ou o boletim de candidatura não esteja devidamente preenchido, o candidato deve dirigir-se à delegação do IH, situada na Rua Sul do Canal dos Patos, Edifício do Bairro da Ilha Verde, r/c K, Macau, acompanhado da notificação de entrega de documentos complementares e dos respectivos documentos, para apresentar ou completar os documentos em falta até ao dia 25 de Maio de 2020; caso exceda o prazo fixado ou não efectue a sanação ou entrega de todos os documentos necessários, o candidato será excluído do concurso.>> Instituto de Habitação, aos 27 de Fevereiro de 2 O Presidente do Instituto, Arnaldo Santos
sociedade 9
quarta-feira 4.3.2020
A
PESAR de oficialmente estar encerrado desde Abril de 2019 para “renovação”, o clube nocturno Divino Macau está a ser acusado de operar sem a licença e já não deverá reabrir. O processo foi desencadeado em Abril de 2018, depois de uma inspecção surpresa desencadeada pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). A empresa responsável pelo espaço arrisca-se a pagar uma multa que pode chegar às 200 mil patacas. “Numa operação de inspecção de surpresa realizada no dia 26 de Abril de 2018 por esta Corporação, verificou-se que o respectivo estabelecimento não conseguia apresentar o licenciamento administrativo emitido pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM)”, revelou o CPSP, ao HM. “O responsável desse estabelecimento afirmou que não foi ao respectivo Departamento para proceder às formalidades de licenciamento administrativo”, foi acrescentado. À data desta inspecção, Divino Macau era propriedade da OR Sociedade de Investimentos Limitada, que tinha como accionista único o empresário espanhol Miguel Ortiz-Cañavate Lopez. Miguel era igualmente o responsável pela gestão do espaço, à altura do encerramento, que foi anunciado como “temporário”. Após a investigação do CPSP, o caso foi reencaminhado para o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), a entidade com competência para instaurar o processo de penalização. Segundo a acusação do IAM, assinada pelo então vice-presidente e actual secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, a empresa OR Sociedade de Investimentos Limitada esteve a exercer a sua actividade sem “título de licença válido”, por isso está sujeita a uma multa que vai das 30 mil às 200 mil patacas. Se, por um lado, o processo está a decorrer dentro dos trâmites normais, por
Que rico sapateado
Detido com cocaína no valor de 3,5 milhões nos sapatos
A
Apesar dos esforços para obter o contacto telefónico do empresário, este terá deixado Macau, através das Filipinas, e mudado o número de contacto pessoal
DIVINO RISCO DE MULTA DE 200 MIL PATACAS POR OPERAR SEM LICENÇA
Pecados nocturnos
O responsável pelo espaço de entretenimento Divino Macau encontra-se em lugar incerto e apesar do encerramento ter sido anunciado como “temporário” a situação deve ser definitiva. Também o IAM está a acusar o espaço de operar sem licença, após uma operação surpresa do CPSP outro, o IAM não conseguiu notificar Miguel Ortiz-Cañavate Lopez, proprietário da empresa OR. Por esse motivo, no dia 24 de Fevereiro o IAM publicou na imprensa local um aviso de notificação que dava até 10 de Março ao proprietário para se defender face às acusações. O aviso estava assinado por O Lam, actual vice-presidente do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais.
PARADEIRO DESCONHECIDO
Desde que foi criada, em Abril de 2011, a OR tem
um historial de vários accionistas, desde empresas sediadas em jurisdições offshore, como é o caso da companhia Conrad & Ottess Nominees Limited, ligada a um fundo de investimento nas Ilhas Virgens Britânicas, ou empresa ESCOL 97, com sede em Madrid. Por outro lado, até 2017, o registo comercial da empresa mostra um rol de accionistas com diferentes proveniências, como Singapura, Chile ou Japão, que foram entrando e saindo na estrutura ao longo dos anos.
No entanto, em Setembro de 2017, ainda antes da infracção ter sido identificada Miguel Ortiz-Cañavate Lopez passou a ser o único accionista da empresa que estava responsável pelo espaço no Edifício AIA. Esta situação ainda se mantem uma vez que a empresa não foi dissolvida. O HM tentou entrar em contacto Miguel Lopez sobre a infracção em causa e os planos para o futuro do clube nocturno que prometia um “harém de prazer”, mas até ao fecho da edição não
foi possível. Apesar dos esforços para obter o contacto telefónico do empresário, este terá deixado Macau, através das Filipinas, e mudado o número de contacto pessoal. Também os meios disponibilizados no portal da rede social Facebook do clube foram desactivados e o portal online deixou de estar disponível. Quando passou a ser o único accionista da empresa, Miguel Lopez declarou residir na cidade espanhola de Bilbao. João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
Polícia Judiciária (PJ) deteve um sul-africano de 26 anos que tentou entrar em Macau, no domingo, com 3,5 milhões de patacas em cocaína. Segundo a informação revelada ontem, a detenção do sul-africano foi feita, após este se ter mostrado muito nervoso à entrada da RAEM, sem motivo aparente. Os estupefacientes estavam escondidos nas solas dos sapatos. “Quando os Serviços de Migração da PSPfizeram uma inspecção aleatória a um voo vindo de Singapura, um dos passageiros mostrou-se demasiado agitado e caminhava de uma forma estranha. Por isso, a PSP decidiu investigar o homem”, foi explicado pela PJ, que revelou o caso. “Depois dessa primeira investigação, descobriu-se que o homem tinha comprado o voo à presa, porque reservou as passagens no dia 26 de Fevereiro e no dia 29 já estava a voar da África do Sul para Macau”, foi acrescentado. Outra das razões que levaram as autoridades a interessarem-se pelo detido prendeu-se com o facto de o sul-africano não conseguir explicar os motivos que tinham levado à viagem para Macau. No entanto, foram os sapatos que acabaram por denunciar o homem de 26 anos, uma vez que dentro das solas encontrava-se um 1,06 quilogramas de cocaína. Segundo as autoridades, a quantia vale cerca de 3,5 milhões de patacas no mercado negro. Confrontado com a descoberta, o homem acabou por admitir que tinha recebido 900 dólares americanos para comprar cocaína na África do Sul e trazê-la para Macau. Caso conseguisse entrar na RAEM, o homem iria receber mais orientações sobre o destino dos estupefacientes e nessa altura receberia mais 600 dólares americanos. As autoridades acreditam que por detrás deste caso está uma associação internacional de tráfico de droga e vai continuar a investigar outras potenciais ligações. Quanto ao sul-africano foi encaminhado para o Ministério Público e está indiciado da prática do crime de “tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas”, cuja pena vai dos 5 aos 15 anos de prisão. J.S.F. / J.L.
10 coronavírus FONTES: • https://gisanddata.maps.arcgis.com/ apps/opsdashboard/index.html#/ • https://www.who.int/ emergencies/diseases/novelcoronavirus-2019/situation-reports bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 • https://www.cdc.gov/coronavirus/2019ncov/index.html • https://www.ecdc.europa.eu/en/ geographical-distribution-2019-ncovcases • http://www.nhc.gov.cn/yjb/s3578/ new_list.shtml • https://ncov.dxy.cn/ncovh5/view/ pneumonia
4.3.2020 quarta-feira
91320 Infectados
6806 Em estado crítico
587 Casos suspeitos
Covi novel cor
INFECTADOS POR PAÍS / REGIÃO 80151 5186 2036 1501 274 191 165 120 108 105 100 56 49 43 42 41 40 31 29 27 26 25 21 18 18 16 15 13 12 10 9 9 8 8 7 7 6 6 6 5 5 5 5 4 4 3 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Interior da China Coreia do Sul Itália Irão Japão França Alemanha Espanha Singapura EUA Hong Kong Kuwait Bahrain Tailândia Suiça Taiwan Reino Unido Malásia Austrália Canadá Iraque Noruega Emiratos Árabes Unidos Áustria Holanda Vietname Suécia Libano Israel Macau Croácia Islândia São Marino Bélgica Grécia Qatar Oman Ecuador Finlândia Índia Algéria México Paquistão Dinamarca Républica Checa Filipinas Azerbeijão Geórgia Roménia Rússia Brasil Portugal Indonésia Afeganistão Nepal Cambodja Macedónia do Norte Estónia Bielorússia Nova Zelândia Irlanda Républica Dominicana Luxemburgo Arménia Lituânia Nigéria Egipto Letónia Ucrânia Arábia Saudita Andorra Marrocos Senegal Sri Lanka
OUTROS
706
Cruzeiro Diamond Princess países com casos de nCov países sem casos de nCov
Infectados
1
MACAU
Infectados
9 Curados
Macau
100 HONG KONG
Infectados
2
HONG KONG
36 Curados
Hong Kong
Mortos
coronavírus 11
quarta-feira 4.3.2020
id-19 ronavírus
3118
48155 Curados
Mortos
1-99 10-99 100-499 500-999 1000-9999 +10000 Ocorrências nas áreas afectadas
Dados actualizados até à hora do fecho da edição
Covid-19 vs SARS
CHINA NÚMERO DE INFECTADOS E MORTOS POR REGIÃO
88,000 12,000 10,000 8,000 6,000 4,000 2,000 0
20
dias
40
dias
60
dias
Dia em que a OMS recebeu os primeiros avisos do surto
80
dias
100
dias
120
dias
REGIÃO Hubei Guangdong Henan Zhejiang Hunan Anhui Jiangxi Shandong Jiangsu Chongqing Sichuan Heilongjiang Pequim Xangai Hebei Fujian Guangxi
INFECTADOS 67217 1350 1272 1206 1018 990 935 758 631 576 538 480 414 337 318 296 294
MORTOS 2641 7 20 1 4 6 1 6 5 6 3 13 5 3 6 1 2
REGIÃO Shaanxi Yunnan Hainan Guizhou Shanxi Tianjin Liaoning Gansu Jilin Xinjiang Mongólia Interior Ningxia Hong Kong Taiwan Qinghai Macau Tibete
INFECTADOS 245 174 168 146 132 136 121 91 91 76 75 71 79 28 18 4 1
MORTOS 2 2 5 2 0 3 1 2 1 2 0 0 2 1 0 0 0
12 publicidade
4.3.2020 quarta-feira
Anúncio (Aviso de revogação da cláusula de renovação automática de autorização de contratação de trabalhadores domésticos)
N.o 01/DCTNR/2020
Nos termos do n.o 2 do artigo 72.o do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 57/99/M, notifica-se que, dado que não foram efectuados ajustamentos para preencher os requisitos actuais para a apreciação da remuneração do trabalhador doméstico não residente, no prazo determinado pela DSAL, foi por despacho proferido em 8 de Janeiro de 2020, nos termos da alínea 1) do n.o 2 do Despacho do Secretário para a Economia e Finanças n.o 90/2019 e do n.o 3 do artigo 11.o da Lei n.o 21/2009 (Lei da contratação de trabalhadores não residentes), revogada a cláusula de renovação automática de autorização de contratação de trabalhadores domésticos não residentes autorizados dos seguintes indivíduos, ou seja, a referida autorização deixará de ser renovada automaticamente: Nome do empregador DA SILVA MANHÃO, JOÃO FILIPE SOU SOK NGO CHAN JOÃO CHOU IAT HONG LAI TONG WAI LU CHAN IP LAM TONG CHEONG CHAN CHENG LON FILIPE VAN SIN TING TAM KAM LONG CHEONG KIO IAN LOU TAT HANG CHAN CHONG FOK U IEK CHUN KOC SUI LAI WONG MAN YIU DIZON JOSEFINA ALFONSO XU TING NGAI CHONG CHAN TAT CHONG LAM WUN LENG WIN ZAW OO CHAN WAI KEI KONG IAO WAI LEONG KIN HENG WONG LAI PIO LEUNG KWAN HON MAK PAK MAN NG IONG KAN LEI VENG HONG LEONG WAI PAN WONG CHENG NIN LEONG CHAN NEI CHU SAN SAN LAO HO KEI WANG FUMIN LEUNG CHI KEUNG DAVID IP KIT MAN DOMINICA IEONG KIM MENG WONG OI CHAN GUO PENG ZHAN DADA FONG I SIN HOI WAI MENG LAI KA MAN HO SI WAN ZHENG XILIN IM VAI ON KOU U TIN AGUILAR EDGARDO GRAGASIN LEONG MAN WA LEONG KA HOU LEI FU KUOK LEI MAN KUONG NG NGAI MAN WONG KUOK CHANG ROSARIO GONÇALVES MARIA MANUELA LEI SI KIN CHAO MAN IP IP IOK IN MADEIRA CORDEIRO, VALENTINO MANUEL CHOI POU KAM LEI PUI IAN CHOI CHI IOK KAM KIN TAI CHANG SI KAM LEI HIO IN TANG CHI HOU CHEONG MENG WA
N.o do despacho de autorização de contratação 06136/IMO/GRH/2016 46148/IMO/DSAL/2016 49380/IMO/GRH/2015 05249/IMO/DSAL/2017 06885/IMO/GRH/2016 13916/IMO/DSAL/2017 20704/IMO/GRH/2016 06284/IMO/DSAL/2017 22128/IMO/DSAL/2016 34430/IMO/GRH/2015 12516/IMO/DSAL/2017 37657/IMO/GRH/2015 07213/IMO/GRH/2016 24037/IMO/DSAL/2016 24948/IMO/DSAL/2016 23696/IMO/DSAL/2016 24756/IMO/DSAL/2016 35995/IMO/GRH/2015 27809/IMO/DSAL/2016 06506/IMO/DSAL/2018 19662/IMO/GRH/2016 26086/IMO/DSAL/2016 49542/IMO/GRH/2015 27816/IMO/DSAL/2016 30692/IMO/GRH/2015 27588/IMO/DSAL/2016 15736/IMO/DSAL/2017 30470/IMO/DSAL/2016 17382/IMO/DSAL/2017 38846/IMO/GRH/2015 31022/IMO/DSAL/2016 18510/IMO/GRH/2016 27668/IMO/DSAL/2016 46368/IMO/DSAL/2016 30090/IMO/GRH/2015 15697/IMO/GRH/2016 31562/IMO/GRH/2015 00902/IMO/DSAL/2017 34037/IMO/GRH/2015 05295/IMO/GRH/2016 08387/IMO/DSAL/2017 31648/IMO/DSAL/2016 24649/IMO/DSAL/2017 45594/IMO/GRH/2015 36016/IMO/GRH/2015 03009/IMO/DSAL/2017 46366/IMO/DSAL/2016 20613/IMO/DSAL/2017 46017/IMO/DSAL/2016 47326/IMO/GRH/2015 34299/IMO/DSAL/2016 35385/IMO/DSAL/2016 35524/IMO/GRH/2015 19663/IMO/DSAL/2017 04903/IMO/DSAL/2017 11875/IMO/DSAL/2017 24840/IMO/DSAL/2017 26782/IMO/DSAL/2017 24565/IMO/DSAL/2016 34780/IMO/GRH/2015 26635/IMO/DSAL/2016 10488/IMO/GRH/2016 44099/IMO/GRH/2015 21960/IMO/DSAL/2016 23046/IMO/DSAL/2017 43765/IMO/GRH/2015 27423/IMO/DSAL/2017 17169/IMO/GRH/2016 36210/IMO/DSAL/2016 42257/IMO/DSAL/2016 07834/IMO/GRH/2016
Nome do empregador LAM WAI PENG PUN SUT FEI IEONG KIN WAI CHAO LAM SI YAO LIHUA CHAN CHI PAN HO IOK SIM CHAN CHENG KONG IEONG CHAN CHENG CHEONG SOI FAN CHOU HAO WAN U CHIO IEONG LEONG KUAI CHAN YAU KIT LEI CHOI PENG LAM KIN KA VONG KUAN IENG SUAZO VERANO, VICENTE CHAO CHI HONG CUI YUEXIAN IP PUI MENG LEONG IAN NG CHI TOU ZHANG CONG MAXIMO ROMMEL NUNEZ PAKKUM WONG NUNYA CHAN MUI CHU KYI SOE CHAN SOI SAM AO IN CHAO CHOI MAN IN VONG KAM IUN HOI MAN NUN LEI WAN IENG SIO MIO CHAN LEI KUONG CHI CHAO LAI TAK KUOK KUN NAM TAM MAN SAN TINIO NELSON SARMING UN KAI IN HO KA IAN WU KA IAN NG WAI HOU NG SIO CHAN LAO MAN PANG LOI CHAI SAM WONG OI TAI LEONG SIO PUI HU GUOHUI LO IOK NGO WONG WAI MENG JIANG QINGFU WONG HONG FONG CHIANG KUOK KEI LAO WAI NGAN LAU PUI U HO KUAI LIN DA COSTA GRAÇA ALCOBIA FERNANDES JOSÉ MANUEL HOI KIN NAM CHANG SIN I FOK SEONG IN CHIO PEK TOU IAO CHI FAI IAM UN IENG CHEONG JOSÉ PANG LENG KAM KAM U LAI LAI FONG VONG UN MAN CHAN WENG KAM BANQUICIO ROEHL JR ADVINCULA
N.o do despacho de autorização de contratação 37395/IMO/GRH/2015 20626/IMO/GRH/2016 41144/IMO/GRH/2015 16068/IMO/GRH/2016 37067/IMO/GRH/2015 38453/IMO/GRH/2015 49135/IMO/GRH/2015 17402/IMO/GRH/2016 00603/IMO/DSAL/2018 49525/IMO/GRH/2015 01970/IMO/GRH/2016 05045/IMO/GRH/2016 02898/IMO/GRH/2016 02802/IMO/DSAL/2017 03473/IMO/GRH/2016 35761/IMO/DSAL/2016 05244/IMO/DSAL/2017 36782/IMO/GRH/2015 22555/IMO/DSAL/2016 33434/IMO/GRH/2015 41772/IMO/GRH/2015 06477/IMO/GRH/2016 40357/IMO/GRH/2015 39907/IMO/GRH/2015 42167/IMO/GRH/2015 36940/IMO/GRH/2015 22780/IMO/DSAL/2016 26622/IMO/DSAL/2016 31979/IMO/GRH/2015 26455/IMO/DSAL/2016 11373/IMO/GRH/2016 29113/IMO/DSAL/2016 08152/IMO/DSAL/2017 26236/IMO/DSAL/2016 35643/IMO/DSAL/2016 44195/IMO/GRH/2015 30526/IMO/GRH/2015 06218/IMO/DSAL/2017 41907/IMO/GRH/2015 29537/IMO/DSAL/2016 02016/IMO/DSAL/2018 29407/IMO/DSAL/2016 38964/IMO/DSAL/2016 35654/IMO/GRH/2015 01654/IMO/GRH/2016 27999/IMO/DSAL/2016 21322/IMO/DSAL/2017 10381/IMO/GRH/2016 30600/IMO/GRH/2015 35849/IMO/GRH/2015 26417/IMO/DSAL/2016 01124/IMO/GRH/2016 03597/IMO/DSAL/2018 33417/IMO/GRH/2015 24968/IMO/DSAL/2016 39395/IMO/GRH/2015 45333/IMO/GRH/2015 47928/IMO/GRH/2015 04037/IMO/GRH/2016 08444/IMO/GRH/2016 16338/IMO/GRH/2016 18125/IMO/GRH/2016 22223/IMO/DSAL/2017 42476/IMO/DSAL/2016 45969/IMO/DSAL/2016 03556/IMO/DSAL/2017 06007/IMO/DSAL/2017 12137/IMO/DSAL/2017 19845/IMO/DSAL/2017 22765/IMO/DSAL/2017 32750/IMO/DSAL/2017 34034/IMO/DSAL/2017
Os interessados podem, durante as horas de expediente, deslocar-se ao Departamento de Contratação de Trabalhadores Não Residentes, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues n.o 614A-640, Edifício Long Cheng, 9.o andar, Macau, para efectuar, por escrito, o pedido de consulta do processo. Nos termos dos artigos 145.o, 149.o e 155.o do Código do Procedimento Administrativo, os interessados podem impugnar da referida decisão: a) mediante reclamação para o autor do acto, no prazo de quinze dias a contar da publicação da presente notificação edital; b) mediante recurso hierárquico necessário para o Secretário para a Economia e Finanças, no prazo de trinta dias a contar da publicação da presente notificação edital. Os interessados não podem interpor recurso contencioso à decisão administrativa. O Director da DSAL Wong Chi Hong 28 de Fevereiro de 2020
china 13
quarta-feira 4.3.2020
MEDIA PEQUIM CONDENA DECISÃO DOS EUA DE REDUZIR PRESENÇA CHINESA NO PAÍS
COVID-19 REPORTADOS CASOS IMPORTADOS DE ITÁLIA
Corte de comunicações condições equitativas. Esperamos que esta acção leve Pequim a adoptar uma abordagem mais justa e recíproca para a imprensa americana e de outros países, na China", disse o chefe da diplomacia norte-americana.
A
China reportou ontem sete novos casos de infecção pelo coronavírus entre passageiros oriundos de Itália, aumentando a possibilidade de novo surto no país asiático, de onde o vírus é originário, por importação de casos. Os infectados foram detectados na província de Zhejiang, leste da China, entre cidadãos chineses que regressaram de Itália na semana passada, informaram as autoridades locais. Zhejiang, uma das mais prósperas províncias chinesas, é a terra natal da maioria dos chineses radicados no sul da Europa, incluindo em Portugal. Um dos infectados trabalha em Bérgamo, no nordeste da cidade italiana de Milão, no mesmo restaurante onde uma empregada de mesa deu positivo na segunda-feira, detalharam as autoridades do país asiático. As outras seis pessoas infectadas trabalham também na indústria alimentar. Estes novos casos de pessoas que regressaram do exterior aumentam o medo de uma recontaminação no país onde a doença foi inicialmente reportada, no final do ano passado. Segundo o jornal oficial em língua inglesa China Daily, outros cinco novos casos de infecção foram detectados nos últimos dias entre pessoas que regressaram do Irão e do Reino Unido. Entretanto, o número de mortos e de novos casos de infecção China continental continuou ontem a abrandar, aumentando 31 e 125, respectivamente, informou a Comissão Nacional de Saúde do país.
MÁS RELAÇÕES
A
China condenou ontem a decisão do Governo dos Estados Unidos de impor um limite ao número de jornalistas de meios de comunicação estatais chineses a trabalharem no país, e ameaçou retaliar. "Com a sua mentalidade da Guerra Fria e viés ideológico, o departamento de Estado dos Estados Unidos usa argumentos infundados para oprimir politicamente a imprensa chinesa que opera em território norte-americano”, afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa. Zhao Lijian expressou "forte oposição e condenação" por parte do Governo chinês e lembrou que a China tem o direito de tomar "medidas adicionais". A agência noticiosa oficial Xinhua, a estação televisiva CGTN, a Rádio Internacional da China e o jornal em língua inglesa China Daily, que estão directamente sob tutela do departamento de propaganda do Partido Comunista Chinês, terão de reduzir o número de jornalistas chineses nos Estados Unidos de 160 para 100.
Região COREIA DO SUL MAIS DE 5.000 INFECTADOS COM 600 NOVOS CASOS EM 24 HORAS
A
S autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram ontem 600 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, elevando para 5.186 o total de pessoas infectadas no país, onde já morreram 28 pessoas. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia (KCDC) calculam todos os casos que ocorreram entre meia-noite de domingo e segunda-feira. Durante este período foram registadas seis novas mortes. A cidade de Daegu (cerca de 230 quilómetros a
sudeste de Seul) e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, o epicentro do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 580 dos 600 em todo o país. Essa região tem um total de 4.285 infeções, 89 por cento de todas as que ocorreram na Coreia do Sul desde que o vírus foi detectado no país no dia 20 de Janeiro. Cerca de 60 por cento das infecções em todo o território nacional estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro.
Para combater a saturação da saúde na região sudeste, o Governo sul-coreano começou a classificar os novos infectados em quatro grupos, a fim de diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, priorizar a hospitalização dos casos mais graves. No resto do país, apenas 20 casos foram detectados na segunda-feira, e Seul foi a área com mais infecções, sete. Até meia-noite da segunda-feira, o KCDC mantém 35.555 pessoas em quarentena, aguardando resultados.
Os quatro órgãos de comunicação têm até 13 de março para especificar quais os jornalistas chineses que vão ser dispensados. O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, explicou que a decisão de colocar um limite para os funcionários chineses nos EUA "não se deve ao conteúdo produzido por esses meios", mas devido a medidas de equidade. "O nosso objectivo é a reciprocidade. Tal como temos feito em outras áreas do relacionamento EUA-China, há muito tempo, procuramos estabelecer
A decisão de Washington surge duas semanas depois de o Governo chinês ter cancelado as credenciais de imprensa de três correspondentes do jornal norte-americano Wall Street Journal. As autoridades chinesas justificaram a decisão com um artigo de opinião publicado pelo jornal, que classificaram de "racista e difamatório", mas que não foi assinado por nenhum dos jornalistas afectados pela decisão, mas antes por um académico e conselheiro do antigo secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger. A relação entre China e EUA deteriorou-se, nos últimos anos, com Washington a definir o país como a sua "principal ameaça" e a apostar numa estratégia de contenção das ambições chinesas, que se estende ao comércio e tecnologia, e ameaça bipolarizar o cenário internacional.
PUB
ANÚNCIO Consulta Pública n.º 06/DGF/2020 Arrendamento, com vista à sua exploração, do quiosque sito no Parque Central da Taipa Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), tomada em 17 de Janeiro de 2020, se acha aberta a consulta pública para o “Arrendamento, com vista à sua exploração, do quiosque sito no Parque Central da Taipa”. O Programa de Consulta e o Caderno de Encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau, ou descarregados de forma gratuita através da página electrónica deste Instituto (http://www.iam.gov.mo). Se os concorrentes pretenderem fazer o descarregamento dos documentos acima referidos, assumem também a responsabilidade pela consulta de eventuais actualizações e alterações das informações, na página electrónica deste Instituto, durante o período de entrega das propostas. A sessão de esclarecimento desta consulta pública terá lugar, às 10h00 do dia 09 de Março de 2020, no quiosque sito no Parque Central da Taipa. O prazo para a entrega das propostas termina às 17h00 do dia 19 de Março de 2020. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e respectivos documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IAM, sito no rés-do-chão do Edifício do IAM, e prestar uma caução provisória no valor de MOP 1.000,00 (mil patacas). A caução provisória pode ser prestada na Tesouraria da Divisão de Assuntos Financeiros do IAM, sita na Avenida de Almeida Ribeiro, n.º 163, r/c, Macau, por depósito em numerário, cheque ou garantia bancária em nome do “Instituto para os Assuntos Municipais”. O acto público da consulta realizar-se-á na Divisão de Formação e Documentação do IAM, sita na Avenida da Praia Grande, n.os 762-804, Edifício China Plaza, 6.º andar, Macau, pelas 10h00 do dia 20 de Março de 2020. Aos 18 de Fevereiro de 2020 O Administrador do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais Mak Kim Meng www. iam.gov.mo
14
h
4.3.2020 quarta-feira
A Dor humana busca os amplos horizontes
Elementos de ética, visões do Caminho
Xunzi
Nada Impróprio
PARTE III
A
pessoa exemplar refina os seus argumentos e aqueles cuja mente está de harmonia com a sua a escutarão. Cumpre a sua palavra e aqueles cuja mente está de harmonia com a sua a isso reagirão. Assim, quando um cavalo relincha e outro reage, não é a sabedoria que os faz agir, mas sim a sua disposição natural. Da mesma maneira, aqueles que acabam de se banhar sacodem suas roupas e aqueles que acabam de lavar seu cabelo limpam seus chapéus, pois esta é a sua disposição natural. Quem, de coração puro, suportaria a poluição dos outros? Nada é melhor que a integridade1 para o cultivo do coração da pessoa exemplar. Quando tiveres conseguido integridade tudo o que há a fazer é ateres-te a ren [humanidade] para executar yi [justiça]. Se te ativeres a ren com um coração íntegro, serás disso a própria encarnação. Se o encarnares, então terás um poder semelhante ao do espírito. Com este poder semelhante ao do espírito, poderás então transformar as coisas. Se executares yi com um coração íntegro, serás então bem ordenado. E, se fores bem ordenado, então serás iluminado. Quando fores iluminado, poderás então adaptar-te às coisas. Transformar e adaptar em sucessão é designado por virtude celestial. O Céu não fala, mas as pessoas inferem a sua altura. A Terra não fala, mas as pessoas inferem a sua densidade.
As quatro estações não falam, mais o povo comum as antecipa. Estas coisas têm constância dado possuírem a mais absoluta integridade. A pessoa exemplar é a virtude absoluta. Faz-se entender sem falar. É amada sem prodigalizar favores. Inspira admiração sem mostrar ira. As suas ordens são obedecidas com diligência dada a sua vigilância imperturbável. A bondade funciona de tal forma que se não fores íntegro não poderás ser imperturbável. Se não fores imperturbável não poderás encarnar a bondade. Se não a encarnares, mesmo que se encontre no teu coração, seja aparente na tua expressão e manifesta nas tuas palavras, o povo não te seguirá e, mesmo que siga, fá-lo-á com desconfiança. O Céu e a Terra são sumamente vastos, mas, sem integridade, não conseguiriam transformar a miríade de coisas. O sage é sumamente sábio, mas, sem integridade, não conseguiria transformar a miríade de pessoas. Pai e filho são sumamente íntimos, mas, sem integridade, afastar-se-ão. Lordes e senhores são sumamente exaltados, mas, sem integridade, se degradarão. Integridade é aquilo a que a pessoa exemplar se atém, constituindo a base dos assuntos da governação. Habita exclusivamente a integridade para que outras como ela se lhe juntem. Se te ativeres à integridade, conseguirás atingi-
-la. Se abrires mão dela, a perderás. Se a ela te ativeres e a atingires, tornar-se-á fácil. Quando se torna fácil, agirás com imperturbabilidade. Se agires com imperturbabilidade e não abrires mão dela, te aperfeiçoarás. Se te aperfeiçoares e desenvolveres totalmente o teu dom, avançando por muito tempo e nunca regressando ao teu início, então serás transformado.2 Apesar da posição da pessoa exemplar merecer ser honrada, ela não deixa de ser reverente. O seu coração é pequeno, mas o seu Caminho é grande3 Escuta e observa o que está perto, mas ouve e vê o que está distante. E porquê? Por causa do método a que se atém.
1 - Aqui, “integridade” traduz chéng (誠), um termo difícil de explicar. Noutros contextos, pode significar algo como “sinceridade” ou a qualidade de “ser honesto consigo próprio”. No entanto, a forma como Xun Zi o aplica aqui, parece mais semelhante a uma espécie de consistência, devoção, ou foco inabalável. 2 - “Início” parece ser uma referência à natureza humana. O facto de Xun Zi acreditar que a natureza humana é má explica porque aconselha a abandonar o “início (ou inícios)” sem a eles regressar mais. 3 - O facto do coração da pessoa exemplar ser descrito como “pequeno” não está imbuído de negatividade, tratando-se de uma referência literal ao tamanho físico do coração humano, em contraste com a (metafórica) grandeza do Caminho.
Tradução de Rui Cascais Xunzi (荀子, Mestre Xun; de seu nome Xun Kuang, 荀況) viveu no século III Antes da Era Comum (circa 310 ACE - 238 ACE). Filósofo confucionista, é considerado, juntamente com o próprio Confúcio e Mencius, como o terceiro expoente mais importante daquela corrente fundadora do pensamento e ética chineses. Todavia, como vários autores assinalam, Xunzi só muito recentemente obteve o devido reconhecimento no contexto do pensamento chinês, o que talvez se deva à sua rejeição da perspectiva de Mencius relativamente aos ensinamentos e doutrina de Mestre Kong. A versão agora apresentada baseia-se na tradução de Eric L. Hutton publicada pela Princeton University Press em 2016.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 15
quarta-feira 4.3.2020
Nuno Miguel Guedes
Maybe it’s what we don’t say that saves us. Enough Music, Dorianne Laux
P
ERMITAM que vos inflija uma pequena e raríssima história pessoal para início de conversa. Há cerca de uma década senti que a minha vida estava num lugar escuro e sem saída. Ao princípio atribuí esse sentimento à mítica “crise de meia-idade”. Só que enquanto noutros homens os sintomas manifestam-se no casamento com mulheres muito mais jovens ou na compra de veículos descapotáveis a mim deu-me para tentar ingressar na Ordem da Cartuxa. Se agora brinco é porque posso. Na altura, sem trabalho nem qualquer perspectiva de futuro próximo e sobretudo com um pronunciado asco ao mundo, pareceu-me a única forma de me salvar. Através de uma amiga-anjo consegui o contacto do Prior do Mosteiro Scala Coeli em Évora e uma permissão de visita e conversa. Para quem não sabe, a Ordem da Cartuxa é uma ordem contemplativa, que em vez de falar de Deus aos homens fala dos homens a Deus, através da oração. Quando cheguei ao mosteiro as minhas certezas estavam inexpugnáveis. Visitei as celas dos monges de branco, onde a única mobília era formada por uma cama, uma mesa de trabalho e estantes com livros. As janelas - que se fechavam quando em recolhimento – rodeavam um claustro belíssimo. Havia um silêncio doce no ar e não existe outra palavra para o descrever: religioso. Fiquei entusiasmado e fui falar com o Prior, o fantástico padre Antão, homem sábio e bonacheirão. Explicou-me com calma que mesmo que quisesse não reunia as condições de idade ou de vida para ingressar em noviciado. E perguntou-me: «Mas o que mais te atrai nesta vida, para além do serviço que prestamos?». Respondi de imediato: «O silêncio». Ao que o padre Antão retorquiu: «Percebo-te bem, mas este silêncio não o irias suportar. O teu silêncio está noutro lado». Tinha razão e só agora o percebi por inteiro. O silêncio. Por instantes abandonei-o, deixei-me convencer por comodidade e estupidez que se tratava apenas de um modismo literário porque assim alguém insistia. “Ah, outra vez a história do indizí-
Regresso ao silêncio RÓMULO SANTOS
Divina Comédia
É nesta paisagem familiar que me comprazo, nesses instantes mudos em que entre os que amamos partilhamos o que não conseguimos dizer, o que mesmo agora me estou a esforçar inutilmente por dizer
vel”. E eu, que tantas vezes sofri e proclamei o facto de as palavras na literatura e na vida serem apenas a mediação da alma interrompi a minha crença que é no silêncio que tudo está. Fiz mal. A vida tem esta mania de nos atirar por vezes para lugares que nos foram queridos mas que abandonámos à pressa. E ali voltei, a uma casa desarrumada mas familiar, as crenças antigas intactas apesar de tudo. Quando assim é há pouco a fazer: ou se arruma ou se abandona. Neste caso, valeu a pena regressar. Voltei a acreditar nas entrelinhas. Senti-me à vontade nessa constatação de que as palavras são a mais bonita das impossibilidades, que nunca servirão nem chegarão para dizer o que sentimos, por mais à flor da pele que as utilizemos. Se eu escrever ou disser “eu amo” será a mesma coisa do que sentir que eu amo? Não me parece. As palavras, por serem convenções e sujeitas a regras estão maculadas logo por definição. Exigem trabalho, atenção, análise. E tudo isso fere o que se sente. Será mau? Não, é o que há e o que há é bom. Toda a literatura parte do desafio dessa superação, dessa suspensão da descrença. Há legionários célebres e ferozes que sempre viram a palavra como um inevitável entulho: Cioran, que proclamou a mais terrível sentença: “Todas as palavras me incomodam”; Beckett com a sua obsessão pela depuração extrema (“Todas as palavras são uma mancha desnecessária no silêncio e no nada”); Rilke, que defendia que a nossa tarefa seria escutar as notícias que nos chegam do silêncio. Por causa deste reencontro voltei a ler essa belíssima elegia ao silêncio que é Água Viva, de Clarice Lispector. “Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio”, escreve ela a dada altura. E é nesta paisagem familiar que me comprazo, nesses instantes mudos em que entre os que amamos partilhamos o que não conseguimos dizer, o que mesmo agora me estou a esforçar inutilmente por dizer. Não por acaso chega-me às mãos uma entrevista do meu amigo e magnífico escritor Rui Cardoso Martins, em que ele afirma que as palavras servem para sobrevivermos. Concordo. Mas o silêncio serve para nos protegermos da vida.
16
h
Diário de um editor João Paulo Cotrim
4.3.2020 quarta-feira
´
Atropelamento e fuga do corpo. Irónico, o momento. «a desajeitada e regular forma como acontece/ no calendário o domingo/ sabe-me a azeda/ luz repousa sobre cada objecto/ indiferentes, uma e outros».
HORTA SECA, LISBOA, 23 JANEIRO Vem impregnado com o perfume do embuste, mas teimamos em coser as cicatrizes dos dias com o relâmpago do sentido. No exacto dia em que sou aconselhado com veemência a regular os meus dias através de um medidor automático da pressão arterial, para marcar em caderno as cadências sistólica e diastólica, o pulsar das paredes do músculo maior, chega-me o laptop, um Lenovo T495, na intenção de me tornar menos assente, mais ágil. HORTA SECA, LISBOA, 24 JANEIRO Embalados pela mudança nos calendários, pelo arredondar dos algarismos na marcação do fugidio, do etéreo e líquido, ainda que nos marque a pele com a lâmina cortante de um aparente destino, tentámos recuperar atrasos. Retirar, portanto, pastas daquela que mais espaço ocupa no meu computador, e que se chama «agora». Alguns títulos desenvolvem-se em estranha urgência, alimentam-se da sua energia e impõem-se ao planeado com o fulgor do inevitável, com a simplicidade do encaixe de uma perna em tampo para dar mesa. Outros tropeçam a cada passo na absoluta irregularidade, encontrando no liso a íngreme montanha. São os pequenos nadas a quererem erguer-se engrenagem. Mais tarde, podemos ler nisto vantagens, maturação que se ganha, uma coincidência que se aproveita, mas não resolve o óbvio incumprimento. Cada vez mais: editar faz-se contra todas as probabilidades. Começando pela de encontrar leitores na selva mediática. E os atrasos perturbam o esforço da busca pelos leitores, agravando a invisibilidade habitual. Quem notará que saiu novo volume das obras completas De Fernanda Botelho, no caso, «Lourenço é nome de jogral»? Um romance insubmisso onde as personagens afirma que «a literatura não é instrumento, a literatura é a livre expressão do homem (...). A literatura é o homem isolado no acto de escrever, sem liames, sem governantes, sem escravos, sem ‘por encomenda’, sem ‘ao serviço de ‘.» IPO, LISBOA, 30 JANEIRO A realidade chegou e sussurrou-me: «és um homem doente». Deu-me a mão, espreitou a medula, internou-me e tornou-a condição. «Quando nos sentamos à borda da cama somos presidiários a reflectir sobre a sua condenação». As greguerías de Ramón costumam ser mais animadas. PALHAVÃ, LISBOA, 31 JANEIRO Livros há que se dão tal importância, que não se limitam a não correr bem,
PALHAVÃ, LISBOA, 10 FEVEREIRO Nunca o silêncio mora em quarto de hospital. Nem escuridão. Chamemos-lhe sossego. O mano José [Anjos] rompe um e outra com a leitura, na sua semanal incursão pelo «Indiegente», do Nuno Calado, com a leitura dos versos a rasgar do pequeno livro amarelo. SANTA BÁRBARA, LISBOA, 19 FEVEREIRO Esta é a estação do inventário, outro dos momentos em que a crueza da realidade acelera para nos apanhar. Os livros estão espalhados por centenas de lugares, sem sabermos bem se vivos se mortos. Dezenas escapam aos controlos e acabam sem se saber como nas bancas de saldos, os coveiros do circuito, que compram ao quilo para vender ao litro. As tiragens baixam, em resposta à rarefacção do gesto leitor, para alimentar a droga da novidade, por isto e aquilo. Ainda assim, não se evita o enorme desperdício de ofertas e convenções que alimentam voragem de um sistema a liquefazer-se. Para que lado escapar, construindo?
inventam novas formas de correr mal. Há umas décadas que, de um modo ou outro, os livros me passam pelas mãos. Nunca por nunca me haviam guilhotinado uma lombada, transfigurando álbum em colecção de posters. O sempre solene momento de ter nas mãos o objecto ansiado, resultou aqui em pedrada, enorme e certeira. Soltei lágrimas, feito menino, sem lhes conhecer a origem. Registo apenas um fragmento solto do colar de peripécias, que se revelou jibóia de abraço caloroso. PALHAVÃ, LISBOA, 5 FEVEREIRO O Rui [Garrido] chega-me com a capa impressa do «Saudades de Portugal», do «meu» Ramón [Gómez de la Serna], outro dos filhos da delonga. E que bela está (algures na aqui página)! Um retrato com as marcas de quem passa, um olhar a intensificar-se sob sinais de arrastamento, uma lentidão a sobressair da aparente velocidade. Nada mais no rosto do livro além da face do autor enquanto jovem. Agora que vivo em pleno domingo, a companhia que não me fará. «Tristeza dos vidros ao domingo, tristeza irrevogável. Tristeza dos bocejos
das varandas abertas atrás das sacadas. Os quartos, a casa toda, têm um bocejo de comprida serpente, que é a que tem mais feita a boca para bocejar. (...) Uma variante há que agrava e dá originalidade a esse sol de domingo, e é quando o encontramos sobre a fachada de uma casa vermelha. Isso que é triste todos os dias, sangrentamente triste, ao domingo é sufocantemente triste.» Quem dará por este olhar tão sabiamente recolhido por Antonio Saez Delgado e Pablo Javier Pérez López? A cada página, a delícia. «Portugal tem um peculiar voo de borboletas, e é possível argumentar que pela sua atmosfera passam peixes-voadores. Está orientado para outros pontos cardeais que não os nossos e a sua rosa-dos-ventos é diferente e tem mais pontas que as rosas-dos-ventos.» PALHAVÃ, LISBOA, 6 FEVEREIRO Ramón sabia: «O lápis só escreve as sombras das palavras.» Sentado à borda da cama, tenho na mão a edição que o mano Luís [Carmelo] resolveu acolher na colecção Crateras, da sua Nova Mymosa. «Navalha no olho» faz-se de atrevimento e celebração da imagem e
SANTA BÁRBARA, LISBOA, 22 FEVEREIRO Chegam-me ecos das Correntes d’ Escritas, onde lançámos quatro obras, cada um com episódios por contar. Por exemplo, a relação com a canção de italiana do «Adius», do Vasco [Gato]; o atribulado apuramento do romance-deriva do Paulo [José Miranda], «Aaron Klein»; por oposição à presteza com que o Luís [Carmelo] resolveu enfrentar fantasmas a partir de conversa na Mymosa; ou a origem folhetinesca de «A Grande Dama do Chá», do Fernando [Sobral] (ed. Arranha-céus). Concentro-me por hora, nas capas e ilustrações, orquestradas a alta velocidade, dos três volumes de ficção da abysmo. E, portanto, de novos logótipos. Cada um, e por ordem, a Carolina Moscoso, o Rui Rasquinho e a Susa Monteiro tornaram transparente a atmosfera que as palavras criaram. Temos ausências, evocações, indícios. Temos esboços de personagens, rostos, memórias, momentos. Metáforas. E abysmos no coração do monte. E o y como lugar de reunião. E ossos que fazem caracteres. SANTA BÁRBARA, LISBOA, 23 FEVEREIRO Ramón: «o termómetro é a esferográfica da febre.»
(f)utilidades 17
quarta-feira 4.3.2020
TEMPO
MUITO
NUBLADO
7 1 2
7 6 10 1 9 8 3 2 7 4 5 7
5 9 2 6 5
4 8
6
1 9 3
4 3
3 6 7 9 2 6 8 1 5 4 9
8 5 4 7 1 9 3 2 6 3 9 2
6 7 3 1 8 8 6 3 2 9 4 5 5
8 2 6 7 3 4 5 4 1
5
7 1 5 5 8 9 3 6 7 2 2 3
9 4 3 7 2 1 8 5 8 6
3 6 4 5 8 9 7 2
2 5 8 7 9 2 6 3 1 4
9 3 9 8 5 6 4 7 6 3 1 2 2
2 4 9 3 4 1 5 9 7 8 6
4 2 6 3 5 7 1 5 9 9 8
7
7 1 7 9 4 9 8 5 6 5 2 3
5 3 8 2 9 6 1 4 7 1
8 0 - 9 5´%
•
EURO
8.91
“Il Messagero”. No domingo, o próprio Francisco anunciou durante a Oração do Angelus que não participaria nas actividades espirituais da Quaresma com os membros da Cúria Romana por estar constipado.
2
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 9
11
6 3 3 2 8 1 4 5 8 2 9 7
HUM
7
PROBLEMA 10
9 1 12 9 8 2 5 7 6 4 8 3 7
4 6 7 7 9 6 1 5 1 3 8 5
20
BAHT
0.25
YUAN
1.14
VIDA DE CÃO
A EFÉMERA CULTURA É oficial: temos dois casos confirmados de infecção com o Covid-19 em Portugal e, pelas ruas, não se fala de outra coisa. Muito antes de haver infectados já havia uma corrida às máscaras e desinfectantes e é muita a informação errada que corre de boca em boca. Mas esta pequena crónica pretende chamar a atenção não apenas para o Covid-19, mas para o contributo que este deu para a cultura. Para a cultura? Perguntam vocês. É verdade. Foi graças ao Covid-19 que, provavelmente, muitos ficaram a saber quem é o escritor Luís Sepúlveda, um dos infectados que esteve na cidade de Póvoa do Varzim para participar no festival literário Correntes D’Escritas. O mesmo festival que, incrivelmente, fez abertura de telejornais. E agora dizem: mas as pessoas estão a ler mais em Portugal? Não. O que há é uma histeria colectiva com o Covid-19 fomentada também pelas redes sociais e pelos próprios media. Duvido, no entanto, que aqueles que partilharam notícias sobre a infecção de Sepúlveda tenham tido o interesse de ver que livros escreveu. Temo, também, que quem não conhece o festival do norte do país tenha ido pesquisar autores e respectivas obras. É a cultura efémera, um mero título de jornal, uma frase num rodapé de um televisor. É quanto basta. Andreia Sofia Silva
S 3U2 D 5 9O 4 7K1 U 8 5 3 8 1 2 4 6 7 2 6 9 1
MAX
8
3 8 9 7
16
O Papa Francisco foi submetido a um teste para o novo coronavírus como precaução, já que está constipado há alguns dias, que deu negativo para o vírus, segundo publicou ontem o jornal italiano
HAJA SAÚDE
8
MIN
8
UMA SÉRIE HOJE 4 5 9 2 1 3 6 3 1 7 6 4 9 2 8 6 5 7 3
Corria o ano de 2003 quando8o chamado 2 6 movi5 mento “Mães de Bragan6 da3revista 4 ça” fez7 capa Time e se insurgiu contra 5 bares 4 2de pros3 os muitos titutas 1que 9existiam 8 7na cidade do norte de Portugal. A 9 série 7 “Luz1Verme8 lha” recorda essa história 2 3 e os dois lados5de 1 um caso que deu que falar 6 8 4 9 no país. Transmitida na televisão em 2019, a série pode agora ser revista 10 online RTP na plataforma Play. Andreia Sofia Silva
8 3 6 1 9 7 5 2 4 3 6 1 2 7 9 4 5 8 9 8 3 7 www. 1 5 hojemacau. 6com.mo 4 2
12
4 3 8 9 5 2 1 6 7
8 7 1 9 5 4 6 2
2 1 9 7 4 3 8 5
8 9 3 5 1 2 6 4 7
7 5 4 8 6 3 2 9 1
LUZ VERMELHA | RTP (2019)
7 1 9 2 5 2 5 4 6 8 9 6 7 3 1 8 4 5 7 2 1 3 8 4 6 6 7 Fábrica 3 de1Notícias, 9 Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Pedro Arede Colaboradores Propriedade Anabela Canas; António Cabrita; António de Castro Caeiro; António Falcão; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Gisela Casimiro; Gonçalo Lobo Pinheiro; Gonçalo M.Tavares; João Paulo 4 José 2 Drummond; 6 5José7Navarro de Andrade; José Simões Morais; Luis Carmelo; Michel Reis; Nuno Miguel Guedes; Paulo José Miranda; Paulo Maia e Carmo; Rita Taborda Cotrim; Duarte; Rui Cascais; Rui Filipe Torres; Sérgio Fonseca; Valério Romão Colunistas António Conceição Júnior; David Chan; João Romão; Jorge Rodrigues Simão; Olavo Rasquinho; 3 Chan9Wai 2 8 Bicho; 4 Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Paul Chi; Paula Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada 1 n.º919, Centro 3 Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo de5 Santo8 Agostinho,
18 opinião
V
IVEMOS com crescentes níveis de risco geopolítico por quase uma década, mas sem uma verdadeira crise internacional. Afora da geopolítica, as tendências globais têm sido fortemente favoráveis, mas a situação está a mudar A globalização é fundamental e a característica mais importante do cenário da era pós-guerra como as pessoas, ideias, bens e capital movem-se cada vez mais rapidamente através das fronteiras ao redor do planeta, criando riqueza e oportunidade extraordinárias. Aumentou a igualdade global (mesmo quando criou mais desigualdade em muitos países), reduziu a pobreza, prolongou a vida activa e apoiou a paz e prosperidade. Todavia, com a China e os Estados Unidos a separarem-se em termos tecnológicos, uma fracção crítica da economia do século XXI está a fragmentar-se em duas partes. Os países do mundo desenvolvido tornaram-se mais polarizados, aumentando o poder do tribalismo. É de acrescentar o contracção das cadeias de fornecimentos com mudanças na política, economia e tecnologia de bens e serviços manufacturados, e de subitamente a globalização apresenta uma personalidade dividida. Ainda há que considerar as tendências económicas e geopolíticas. Ambas estão a diminuir. A economia global, depois de emergir da grande recessão de 2008 com a maior expansão do período pós-guerra, está a abrandar e intensificar-se-á com o aparecimento do inesperado COVID-19 que se alastra insidiosamente pelo mundo, sem que a fraca OMS a declare como pandemia. Assim, é de
4.3.2020 quarta-feira
O Brexit esperar uma maior recessão que se iniciou e se prolongará até 2021. O mundo está a entrar em uma recessão geopolítica cada vez mais profunda, com a falta de liderança global como resultado do unilateralismo americano, a erosão das alianças lideradas pelos Estados Unidos, a Rússia em declínio que quer minar a estabilidade e coesão da América e dos seus aliados, e a China cada vez mais fortalecida com uma liderança consolidada, que está a construir uma alternativa competitiva no cenário global. As mudanças climáticas estão a começar a restringir o crescimento económico e a impor-se no cenário político global como nunca antes tinha acontecido. Tal aumentará com o tempo (diferentemente das tendências económicas e geopolíticas cíclicas, que mais cedo ou mais tarde se tornarão mais favoráveis). Assim, em 2020, temos uma combinação de linhas de tendência negativas que não vivíamos há gerações. O ambiente em deterioração tem muito mais probabilidade de produzir uma crise global. Os recursos disponíveis para os governos e sector privado, facilitam mais as respostas no presente em detrimento do considerado assente no passado, mas a escala dos desafios é maior e a recessão geopolítica mina a cooperação global e por essas e outras razões, 2020 parece ser um ano realmente preocupante. A política interna dos Estados Unidos nunca constituiu um risco, mas em 2020, as instituições do país serão testadas de forma sem precedentes. A decisão da China e dos Estados Unidos de se separarem na esfera tecnológica é o desenvolvimento geopolítico mais impactante para a globalização desde o colapso da União Soviética. A política interna dos Estados Unidos constitui um risco dado que as instituições americanas estão entre as mais fortes e resistentes do mundo. Os americanos enfrentarão os riscos de uma eleição nos Estados Unidos que muitos consideram ilegítima, incerta como efeito e em um ambiente de política externa menos estável pelo vácuo derivado. As restrições institucionais PUB
ARPU CONSULTORIA PROFISSIONAL SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, n.ºs 411-417, Edifício Dynasty Plaza, 15º andar D-H REGISTADA NA CRCBM SOB O Nº 67471, CAPITAL SOCIAL: MOP$25.000,00
Para os devidos efeitos legais, anuncia-se que, por decisão escrita do único sócio tomada em 25 de Janeiro de 2020, foi decidido dissolver e encerrar a liquidação, a partir da referida data, da sociedade comercial por quotas denominada ARPU CONSULTORIA PROFISSIONAL SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA, com sede em Macau, na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, n.ºs 411-417, Edifício Dynasty Plaza, 15º andar D-H, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis de Macau sob o n.º 67471, com o capital social de MOP$25.000,00, tendo o respectivo registo sido requerido em 20 de Fevereiro de 2020. Macau, 3 de Março de 2020
impediram o presidente Donald Trump de realizar grande parte da sua agenda política (da mesma forma que os presidentes que o precedem), mas não o impediu de dividir o país. Será que um país que está polarizado pode progredir? O presidente Trump teve um “impeachment” na Câmara dos Deputados e foi absolvido pelo Senado, e essa dinâmica deslegitimará as eleições presidenciais de Novembro de 2020. Os democratas sentirão que o “impeachment” foi politicamente anulado para colocar o presidente acima da lei, enquanto o presidente Trump se sentirá habilitado a interferir nos resultados das eleições, pois o “impeachment” não é mais um instrumento credível de restrição política. Ao mesmo tempo, haverá interferência externa nas eleições dos Estados Unidos, especialmente da Rússia, e o presidente e o Senado pouco farão para minimizar os danos, com a aplicação de medidas mais rigorosas de segurança nas eleições, ou seja, haverá uma eleição que, com antecedência, será percebida como “fraudulenta” por uma grande percentagem da população. As pesquisas de opinião pública mostram que esse risco está a aumentar e de acordo com uma pesquisa de 2019 da Ipsos Grupo S.A, que é uma empresa de pesquisa de mercado e consultoria com sede em Paris, que revelou que apenas 53 por cento dos americanos acreditam que a eleição presidencial será justa, mas a maior queda de confiança ocorreu entre os eleitores democratas, pois em 2016, 84 por cento dos mesmos acreditavam que a eleição seria justa; tendo caído para 39 por cento em Setembro de 2019, quando inquiridos sobre a eleição de 2020. Os desafios legais, que provavelmente fracassarão em um Supremo Tribunal de tendência conservadora, podem até levar a pedidos de alguns trimestres no sentido da votação ser adiada ou boicotada, o que seria um mau acontecimento, que minaria ainda mais a legitimidade eleitoral. Alternativamente, se o presidente Trump sentir que provavelmente perderá, poderá culpar actores externos como a Ucrânia por interferências e tentar manipular os resultados (especialmente em estados vulneráveis, onde os aliados do presidente Trump têm influência política) em nome da garantia da segurança eleitoral. Será o pior clima político para uma eleição nacional que os Estados Unidos vão viver desde a (efectivamente fracassada) eleição de 1876. Quando as eleições terminarem, surgirão problemas sérios, pois se o presidente Trump vencer no meio de acusações credíveis de irregularidades, o processo eleitoral será contestado e o mesmo acontecerá se perder, especialmente se as votações dos dois candidatos mais votados estiverem próximas, o que provavelmente acontecerá. Tal levaria a processos idênticos aos das eleições de Al Gore-George W. Bush em 2000, que foram decididas pelo Supremo Tribunal. Ao contrário de Gore-Bush, é difícil ver um cenário em que o Tribunal Federal
decida e o perdedor graciosamente aceite o resultado como legítimo, especialmente se o perdedor for o presidente Trump. A eleição de 2020 é um Brexit americano, ou seja, uma votação polarizada ao máximo, onde o risco é menos o resultado do que a incerteza política do que o povo votou. É um terreno político desconhecido, e desta vez em um país onde a incerteza cria ondas de choque no exterior. O descontentamento social significativo (ao estilo da França) torna-se mais provável nesse ambiente, assim como a violência interna, de inspiração política. Além disso, um Congresso que não funciona, com os dois lados a usar as suas posições para maximizar a pressão política sobre o resultado final das eleições, deixando de lado a agenda legislativa, torna-se em um problema maior se os Estados Unidos estiverem a entrar em uma desaceleração económica, apoiados em gastos alargados e outras medidas no período que antecede as eleições. O desafio também se estende à política externa, porque qualquer decisão que o presidente Trump tome sobre questões comerciais ou de segurança nesse ambiente seria vista como falta de autoridade. Os inimigos verão a presidência dos Estados Unidos como a mais fraca desde que Richard Nixon se envolveu no caso “Watergate”, e desta vez não existe Henry Kissinger. A procura imprudente pela diplomacia é mais segura do que a procura irreflectida pela guerra
opinião 19
quarta-feira 4.3.2020
perspectivas
JORGE RODRIGUES SIMÃO
americano
que é a preferência do presidente Trump de “acariciar o cachorro” em vez de o “abanar” (fazer maus negócios com governos estrangeiros em vez de arremessar ataques), mas mesmo assim ainda significa esforços sem precedentes do presidente Trump de alinhar a política dos Estados Unidos, com os interesses de antagonistas e inimigos como a Rússia e a Turquia e com aliados e parceiros. As suas políticas, aliadas à turbulência na América, confundirão e desestabilizarão relacionamentos de longa data, com grandes pontos de interrogação sobre países que se sentem particularmente expostos como a Coreia do Sul, Japão e Arábia Saudita. O presidente Trump também está mais inclinado a calcular mal (e cada vez mais de forma incondicional pelos conselheiros quando o faz), arriscando criar riscos à volta dos confrontos geopolíticos que ocorrem de forma mais imprevisível e perigosa, como o Irão. Assim, de forma mais ampla, tanto os aliados quanto os inimigos dos Estados Unidos nos últimos anos, começaram a interrogar-se se o país pretende ser um líder mundial e apresentar propostas para um acordo pacífico e no meio de uma disputa competitiva em 2020, muitos desses países ainda perguntarão se os Estados Unidos tem capacidade para liderar. É um período de vulnerabilidade geopolítica incomum. É de realçar que a preocupação não é com a
durabilidade a longo prazo das instituições políticas dos Estados Unidos. O país não corre o risco de perder a sua democracia em 2020. Também não existe alarme quanto aos mercados sobre uma “guinada para a esquerda” na política dos Estados Unidos, pois uma presidência de Bernie Sanders ou Elizabeth Warren permanece plausível, mas improvável; e mais importante é que o próximo presidente enfrentará as mesmas restrições do Congresso e outras institucionais que o presidente Trump tem. O mecanismo do “impeachment” quebrado, questões de ilegitimidade eleitoral e uma
Quando as duas maiores economias politizam as suas relações comerciais mais importantes, os sistemas de inovação e cadeia de provimentos tornam-se mais regionais e menos globais. À medida que as brechas aumentam, correm o risco de se tornar permanentes, lançando um tremor geopolítico sobre os negócios globais
série de desafios judiciais fará de 2020 o ano mais volátil da política que os Estados Unidos viverão nas últimas gerações. Após uma série de mudanças na política dos Estados Unidos em 2019, a China concluiu que a separação é inevitável. A China surpreendida pelas acções dos Estados Unidos, fez que o presidente Xi Jinping pedisse uma nova “Longa Marcha” para acabar com a dependência tecnológica do país em relação à América. Ao mesmo tempo, a China irá alargar os esforços para remodelar a tecnologia internacional, o comércio e a arquitectura financeira para promover melhor os seus interesses em um mundo cada vez mais bifurcado. A separação, que interrompe fluxos benéficos de tecnologia, talento e investimento entre os dois países, vai além do conjunto de sectores estratégicos de tecnologia que estão no centro da disputa (semicondutores, computação em nuvem e 5G) em uma matriz mais ampla de actividade económica, o que afectará não apenas todo o sector de tecnologia a nível global avaliado em cinco triliões de dólares, mas uma série de outras indústrias e instituições, desde a média e entretenimento a pesquisa académica, criando uma divisão comercial, económica e cultural difícil de retroceder. Quanto ao sector da tecnologia, a atenção do presidente Xi dirige-se para a construção de “cadeias de provimentos resilientes” que
fará aumentar os riscos da competição de tecnologia entre os Estados Unidos e a China e que é uma má notícia para as empresas de tecnologia americanas com grande presença na China. A Huawei começou a fabricar estações base que fornecerão energia às redes móveis 5G da próxima geração que, não contêm tecnologia americana O processo dos Estados Unidos e da China de “projectar” as tecnologias uns dos outros continuará. A Huawei e outras empresas chinesas também desenvolverão ecossistemas de “software” alternativos, perdendo os Estados Unidos a liderança em sistemas operacionais móveis e “software” corporativo. Os mercados estão preparados para controlos mais rígidos sobre as exportações de tecnologia dos Estados Unidos para a China e o uso de componentes chineses em sistemas de TI que ajudam a executar a infra-estrutura crítica americana, mas não estão preparados para os efeitos da resposta da China, a um aumento dramático no apoio à inovação local por meio de iniciativas, como o seu novo fundo nacional de semicondutores estimado em vinte e nove mil milhões de dólares e o seu esforço para promover a criação de um novo “Vale do Silício Chinês” na área da “Grande Baía” com setenta milhões de habitantes. A grande questão é de saber para onde irá o novo muro de Berlim virtual? Qual o lado que os países escolherão? Taiwan assumirá uma importância estratégica crescente para a China como fonte principal de equipamentos de origem não americana, especialmente os semicondutores de ponta em que empresas chinesas como a Huawei contam para competir na vanguarda global. A Coreia do Sul inclinar-se-á cada vez mais para a China pelo mesmo motivo. A mudança para a China será mais palpável no Sudeste Asiático, África Subsaariana, Europa Oriental e América do Sul. Os países de todas essas regiões tornar-se-ão campos de batalha, onde os Estados Unidos e a China concorrem para decidir quem fornecerá aos consumidores ferramentas para navegar na economia do século XXI, não apenas “telefones inteligentes” e redes que os alimentam, mas pagamentos móveis, comércio electrónico e serviços financeiros. Os Estados Unidos e a China demonstraram que estão dispostos a arquitectar o comércio global e as cadeias de provimentos. E para os americanos inclui a proibição de exportação da Huawei e de outras empresas de tecnologia chinesas. A China considera o bloqueio de importações de parceiros comerciais envolvidos em disputas de política externa com o país (por exemplo, o Canadá e as suas exportações de canola). Quando as duas maiores economias politizam as suas relações comerciais mais importantes, os sistemas de inovação e cadeia de provimentos tornam-se mais regionais e menos globais. À medida que as brechas aumentam, correm o risco de se tornar permanentes, lançando um tremor geopolítico sobre os negócios globais.
A sensualidade é o intervalo entre a luva e o começo da manga. PALAVRA DO DIA
António Lobo Antunes
quarta-feira 4.3.2020
Economia Macau em 30º lugar na lista dos países mais caros
A RAEM está na posição número 30 no que diz respeito aos países mais caros para viver. A informação consta num mais recente relatório divulgado pela revista CEOWorld e mostra que o território está bem abaixo da 11ª posição ocupada por Hong Kong e da 9ª posição ocupada por Singapura, mas está três lugares acima de Taiwan, que ocupa a 33ª posição. A Suíça ocupa o lugar cimeiro, seguindo-se a Noruega em segundo lugar. Países europeus como a Islândia, Dinamarca ou Luxemburgo também ocupam os lugares cimeiros no que ao custo de vida diz respeito. Na Ásia, países como o Japão e a Coreia do Sul também são considerados os mais caros para viver.
Não é para todos O ÍNDIA ONU CRITICADA POR SE OPOR À LEI DE CIDADANIA QUE EXCLUI MUÇULMANOS
Governo indiano criticou ontem a decisão da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos de solicitar a participação do Supremo Tribunal da Índia em casos contra a lei de cidadania, considerada discriminatória em relação aos muçulmanos.
"A nossa missão permanente em Genebra foi informada ontem [segunda-feira] à tarde pela Alta Comissária para os Direitos Humanos [Michelle Bachelet] de que o seu gabinete apresentou um pedido de intervenção no Supremo Tribunal da Índia em relação à alteração da Lei de Cidadania de PUB
2019", indicou em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, Raveesh Kumar. O ministério indicou que se trata de um "assunto interno" da Índia e defendeu que é "constitucionalmente válido". "Acreditamos que nenhuma parte estrangeira tem 'locus standi' [capacidade de apresentar uma petição] em questões que correspondem à soberania indiana", acrescentou Kumar. O texto, aprovado a pedido do Governo pelo parlamento em Dezembro passado, procura dar nacionalidade a imigrantes clandestinos do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão que pertencem às religiões hindu, sikh, budista, jainista, parsi e cristã, excluindo muçulmanos. A emenda provocou protestos em massa na Índia desde Dezembro, uma vez que uma parte da população a considera discriminatória contra os muçulmanos e contrária ao espírito laico do país, e o Supremo Tribunal está actualmente a julgar a sua constitucionalidade. No âmbito desses protestos, o Ministério do Interior informou ontem numa resposta parlamentar que cinco estrangeiros foram expulsos do país por participarem nas manifestações "violando regulamentos de vistos".
ENTRE MORTOS E FERIDOS
Em Dezembro, o porta-voz de Bachelet, Jeremy Lawrence, destacou a sua "preocupação de que a alteração da Lei de Cidadania de 2019 seja fundamentalmente discriminatória". O texto poderia prejudicar o princípio da igualdade perante a lei estabelecida na Constituição indiana, advertiu Lawrence. A decisão da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos ocorre após a eclosão na semana passada de confrontos intercomunitários entre a maioria hindu e a minoria muçulmana em Nova Deli, no contexto dos protestos. Mais de 40 pessoas morreram e centenas ficaram feridas devido à violência, que segundo relataram testemunhas e a oposição política foi orquestrada por extremistas hindus.
Forças de Segurança Aposta no mérito individual
A criação de um sistema com maiores hipóteses de promoção e mobilidade vertical é a aposta das Forças de Segurança de Macau (FSM) para motivar o pessoal. A estratégia foi avançada pelo Chefe do Gabinete do Secretário para a Segurança, Cheong Ioc Ieng, numa resposta a uma interpelação escrita da deputada Wong Kit Cheng. “Com a criação de um sistema mais uniforme para os militarizados dos diferentes ramos das Forças de Segurança, espera-se que haja um maior encorajamento e recompensa dos esforços individuais, com o objectivo de recompensar as performances que se destaquem”, é respondido a Wong Kit Cheng.
G2E Asia Evento adiado para fim de Julho
O Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), o mais importante certame de jogo na Ásia, foi adiado para entre 28 e 30 de Julho, mantendo-se a previsão de realização no mesmo local, o hotel Venetian Macao, em Macau. “Monitorizámos cuidadosamente a crise global de saúde relacionada com a doença do coronavírus (Covid-19)”, escrevem os organizadores, acrescentando que “a prioridade máxima é garantir um ambiente saudável para os empregados, visitantes, parceiros e expositores”. Por isso, anunciam, “em consulta com os expositores e o Governo de Macau, e por uma abundância de cautela”, foi decidido adiar o G2 Asia. O certame está agora marcado para os dias 28, 29 e 30 de Julho, mantendo-se o Venetian Macao como o local escolhido.
Hotéis Ocupação nos 21,5%
Entre 22 e 28 de Fevereiro a taxa de ocupação hoteleira em Macau foi de 21,5 por cento. A informação foi revelada ontem por Inês Chan, dos Serviços de Turismo, por ocasião da conferência de impensa diária sobre o Covid- 19. De acordo, com Inês Chan permanecem ainda encerrados 10 hotéis, que deverão “abrir portas em Março, de forma gradual.
Museu Marítimo Portas reabrem esta manhã
O Museu Marítimo, situado na Barra, vai reabrir esta manhã, depois de ter estado encerrado devido ao coronavírus de Wuhan. O anúncio foi feito na manhã de ontem pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA). No entanto, a reabertura vai respeitar medidas de segurança como a obrigatoriedade de utilização de máscaras, medição de temperatura e preenchimento da declaração de saúde. Também o número de entradas vai ser limitado, com as visitas de grupo a serem desaconselhadas.