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AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006
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DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEGUNDA-FEIRA 4 DE JULHO DE 2011 • ANO X • Nº 2402
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PROTESTOS NA ILHA DA MONTANHA
Agricultores expropriados sem margem para negociar Na Ilha da Montanha, para instalar outros interesses, agricultores terão sido expropriados das suas terras sem que fosse entabulada qualquer negociação. Este fim de semana irromperam protestos, denunciados através de uma página de uma rede social. > ÚLTIMA
Táxis
SEGURADORAS RECUSAM TAXISTAS COM CADASTRO • PÁGINA 6
Arte solidária
O TIBETE E AS TRÊS GRAÇAS • PÁGINA 10
Governo garante privacidade das imagens. E os outros?
CÂMARAS POR TODO O LADO • PÁGINA 4
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ACTUAL
Investigador de Cambridge | China necessita de mais apoio europeu
Qualidade, pois então
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China necessita do apoio técnico europeu para melhorar a qualidade dos seus produtos, afirmou o professor chinês e investigador da universidade de Cambridge, Samuel Ho, afirmando que falta pouco para as empresas chinesas competirem pela excelência. “Os chineses sabem que, para se ser competitivo, há que ter qualidade. O Japão, há 40 anos, tinha também uma qualidade baixa, mas quando conseguiu atingir economias de escala, passou a ter rendimentos suficientes para melhorar a qualidade, e a China está agora nesse caminho”, considerou. “Quase todos os iPhone 4 e os iPod são feitos na China, e só os pode fazer porque têm uma qualidade excelente, porque segue normas rigorosas de controlo de qualidade e beneficia de conselhos de peritos americanos e do resto do mundo”, acrescentou Samuel Ho.
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O professor foi um dos oradores convidados do Fórum Excelência Portugal 2011, que reuniu em Lisboa especialistas em certificação da gestão da qualidade, ambiente e da segurança nos sectores público e privado. Para Ho vive-se, na actualidade um momento de viragem no sector. “A qualidade tem estado em evolução por muitos anos e tem mudado de ênfase – de qualidade para produtividade e para competitividade. Agora fala-se de sustentabilidade global, e penso que os profissionais da qualidade têm de assegurar que as organizações têm não só qualidade mas um desenvolvimento sustentável da qualidade”, sublinhou. “Temos de olhar para a sustentabilidade global, mas a espinha dorsal é sempre a qualidade. Porque é que a qualidade é tão importante? Porque os consumidores a querem. É por isso que
a Associação Portuguesa para a Qualidade tem uma função tão importante, quer é impulsionar a qualidade”, acrescentou. Com as regras globais de
qualidade a tornarem-se cada vez mais rigorosas e a excelência a tornar-se um factor de competitividade cada vez mais forte, Samuel Ho reforçou a importância
da cooperação entre a China e a Europa neste sector. “Aos países ocidentais cumpre inovar e desenvolver mais novos produtos e serviços. Claro que os seus mercados são indispensáveis para as exportações chinesas. Por isso eu acredito na cooperação, mais que na competição. Todos a fazer a sua parte. A China focada em melhor qualidade de bens e os países ocidentais a fornecer uma melhor qualidade em serviços e apoio ao consumidor e, claro, liderar na inovação e desenvolvimento”, afirmou. Samuel Ho, que é também conselheiro de diversas instituições governamentais asiáticas, como na China, Hong Kong ou Malásia, admitiu que no mercado chinês o público em geral ainda não exige o melhor, mas referiu que os produtores chineses terão de apostar na excelência, até porque, cedo ou tarde, o consumidor da China o vai exigir. “Precisamos de mais cooperação, mais apoio técnico do Ocidente e dos países europeus: Por exemplo, os standards europeus de emissões [de gases poluentes] são muito importante de estamos a tentar atingir esse requisito”, sublinhou.
SECTOR DE MANUFACTURAS EM DESACELERAÇÃO
CHINA ABRE CAMPO DE PETRÓLEO NO IRAQUE
Afinal também desce
O pé na porta
sector de manufacturas da China está em desaceleração com a descida do índice de compras (PMI) em 4,9 pontos até aos 57 por cento, indicam dados da Federação de Logística e Compras da China hoje publicados pela agência Xinhua. O sector regista crescimentos quando está acima dos 50 por cento e contrai quando o resultado é inferior, um risco para o sector que em Junho cresceu ao nível mais baixo
dos últimos 28 meses chegando a 50,9 pontos percentuais. Fontes do Banco da China asseguraram, contudo, ao diário oficial China Daily que existe “uma grande probabilidade de novas subidas das taxas de juro este ano” já que é uma das medidas mais utilizadas por Pequim para lutar contra o aumento da inflação. Em caso de subida dos juros, seria o sétimo aumento este ano
tendo como objectivo controlar a quantidade de dinheiro no mercado e atenuar a inflação que tem aumentado constantemente desde Dezembro de 2010, ano que encerrou com uma taxa de 3,3 por cento. Apesar das previsões do Governo em manter a inflação abaixo dos quatro por cento, a taxa de Maio estava calculada em 5,5 por cento e, para Junho, estava prevista uma subida anual de seis por cento.
A
maior empresa de exploração de petróleo da China deu início a operações em Al-Ahdab, um campo de petróleo no Iraque, fazendo dessa a primeira grande área a iniciar a produção do petróleo no país em 20 anos, de acordo com um relato oficial. As operações começaram no dia 21 de Junho e o campo deve produzir 3 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano, informou o jornal China Daily. O campo de petróleo foi descoberto em 1979 e acredita-se conter mil milhões de barris de petróleo cru. A China National Petroleum Corp, uma empresa estatal chinesa, tem os direitos de exploração do campo garantidos sob um contrato de serviços técnicos assinado com o governo iraquiano em Novembro de 2008. Nos termos do contrato, a empresa está a investir US$ 3 mil milhões e tem direitos de uso por 23 anos, explicou o China Daily. O contrato, a renegociação de um acordo assinado pela primei-
ra vez em 1996 com o governo de Saddam Hussein, foi adiado depois das Nações Unidas terem imposto sanções económicas ao Iraque. Analistas dizem que a operação de Al-Ahdab é a maior da empresa chinesa no Médio Oriente. Um executivo da petrolífera chinesa disse em 2009 que a empresa teria um lucro de menos de 1%, mas que o contrato foi feito de forma a “colocar o pé na porta” da indústria petrolífera iraquiana, que tem campos muito maiores do que Al-Ahdab. O acordo começou a atrair fortes críticas de moradores e autoridades na província de Wasit, onde o campo está localizado, logo após a assinatura do contrato. Algumas pessoas exigiam que Wasit recebesse taxas de um dólar por barril para melhorar o acesso à água potável, serviços de saúde, escolas, estradas e outras necessidades públicas na província, que está entre as mais pobres do Iraque. O governo iraquiano rejeitou as exigências.
Há aqueles processos que parecem feitos à medida para ilustrar o aforismo popular. E que, nascidos tortos, parece que nunca deixam de se tornar mais complicados, enrodilhados em si mesmo e no acumular de decisões insuficientemente reflectidas, decisões pouco amadurecidas, objectivos mal definidos e lições nunca completamente aprendidas. Ou seja, que quanto mais o tempo passa mais se entortam. O processo do metro ligeiro parece fazer parte destes últimos. José I. Duarte Pag. 15
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Hu Jintao critica corrupção e Xinhua adverte contra multipartidarismo
Como ser partido e comunista no séc. XXI?
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presidente Hu Jintao enalteceu sexta-feira o “grande rejuvenescimento da nação chinesa” impulsionado pelo Partido Comunista Chinês, mas advertiu que a corrupção nas suas fileiras pode “custar-lhe o apoio e a confiança do povo”. “O partido está confrontado com crescentes exigências (…) A disciplina é mais importante do que nunca”, disse Hu Jintao na cerimónia comemorativa do 90.º aniversário do PCC, realizada no Grande Palácio do Povo, em Pequim, com cerca de 6.000 convidados. Hu Jintao, que é também secretário-geral do PCC e presidente da Comissão Militar Central, definiu a corrupção como “uma questão
de vida ou de morte para o partido”. “O desenvolvimento do partido ao longo dos últimos 90 anos diz-nos que o castigo e efectiva prevenção da corrupção é a chave para ganhar ou perder o apoio do povo”, afirmou. Maior organização política do mundo, com 80,2 milhões de filiados, o PCC é um dos raros partidos comunistas que se mantém no poder, há 90 anos. “Uma vibrante China socialista emergiu no Oriente”, disse Hu Jintao. Num discurso de cerca de uma hora, Hu Jintao indicou que “o socialismo à chinesa é a única via para a China alcançar a modernização socialista e uma vida decente para o seu povo” e
apelou à “continuação da reforma dos sistemas económico, político, cultural e social de forma inovadora”. O presidente chinês disse que o marxismo permanece “um verdade irrefutável”,
DONO DO BAIDU É O MAIS RICO DA CHINA
Buscou e achou
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INÓNIMO de ‘buscas’ em quase todo o mundo, o Google não conseguiu ocupar esse lugar na China - Robin Li colocou o seu Baidu nesse lugar. Aos 42 anos, o especialista em engenharia da informação e dono da Baidu entrou para o rol dos maiores bilionários do mundo na 95ª posição, com uma fortuna avaliada em US$ 9,4 mil milhões - ainda bem atrás do vice-líder dos ricos, Bill Gates. Foi a primeira vez que um empresário da China continental figurou no ranking elaborado pela revista Forbes, dos Estados Unidos. Os seus conterrâneos eram sempre representados por magnatas de Hong Kong e Taiwan, que teriam
montado os seus impérios através de negócios imobiliários, na sua maioria. Li é formado em Gestão de Informação pela Universidade de Pequim, uma das mais tradicionais instituições de ensino superior da China. Em 1994, tornou-se mestre em Informática pela Universidade do Estado de Nova York. Com o diploma na mão e a criação do software utilizado até hoje na publicação online do The Wall Street Journal no currículo, o cientista embarcou para Sillicon Valley, onde trabalhou como engenheiro por três anos. Em 2000, Li voltou ao seu país e co-fundou o Baidu, o motor de busca online que recebe mais de 40 milhões de acessos diários e toma conta de praticamente 80% do mercado chinês no sector, relegando o gigante norte-americano Google para uma distante segunda posição na liderança, com pouco mais de 20% dos acessos. A China é o único país em que o Google não domina o mercado de buscas na internet. E Robin Li tem tudo a ver com isso.
mas “deve ser constantemente enriquecido e desenvolvimento à medida que a prática muda”. “Nunca encaramos o marxismo como um dogma vazio, rígido e estereotipado”, acrescentou.
“Reforma”, “desenvolvimento” e “estabilidade” foram outros temas em que Hu Jintao insistiu. “Sem estabilidade nada pode ser feito e até os sucessos já conseguidos podem perder-se”, afirmou. O líder do PCC exortou o partido a “estabelecer um equilíbrio entre reforma, desenvolvimento e estabilidade e alcançar a unidade entre os três” para assegurar “a modernização” do país.
MULTIPARTIDARISMO NEM PENSAR
Por seu lado, a imprensa oficial advertiu que um sistema político multipartidário no país criaria um caos parecido com o da Revolução Cultural. A agência oficial Xinhua afirmou num artigo que os
EQUIPAS DE SOCORRO PROCURAM SALVAR 40 MINEIROS As autoridades chinesas estão envolvidas em duas operações de resgate de mineiros no sul do país, tentando salvar a vida de 40 pessoas retidas por acidentes em duas minas de carvão, revelou ontem a imprensa oficial. De acordo com os dados disponíveis, numa mina em Heshan, o gás acumulado impede as equipas de socorro de chegarem a 19 mineiros presos nas galerias da mina, enquanto que em Niupeng, 21 mineiros estão também retidos devido à subida do nível da água dentro da mina. Os acidentes ocorreram no sábado depois de vários dias de chuvas intensas, revelaram as autoridades.
sistemas políticos do tipo ocidental não respondem às “condições nacionais” chinesas. “Se a China imitar o sistema democrático ocidental, parlamentar e multipartidário, poderia ver repetida a história caótica e turbulenta da Revolução Cultural, quando surgiram facções de todos os lados”, afirma o texto. O artigo afirma que a actual agitação política, económica e social em alguns países demonstra isto. A Revolução Cultural (1966-1976) foi uma década de caos idealizada por Mao Tse-Tung para derrubar o que considerava forças “capitalistas”, depois que outros líderes tentaram se desviar de seus ideais utópicos.
HK | MILHARES NA “MARCHA PELA DEMOCRACIA”
O regresso da rua M
ILHARES de pessoas participaram ontem em Hong Kong na “marcha pela democracia”, um desfile que tradicionalmente se realiza a 1 de Julho, data do regresso da Região Administrativa Especial à soberania chinesa, em 1997. A marcha de 2011, onde a organização esperava 100.000 pessoas – longe do descontentamento manifestado contra o governo em 2003, mas bem mais significativo do que o de anos subsequentes – acontece numa altura em que o Executivo de Hong Kong, agora liderado por Donald Tsang, volta a ser fonte de descontentamento popular. Com uma população de sete milhões de habitantes, Hong Kong, considerada uma das cidades mais caras do planeta, pratica elevados preços no imobiliário, criando dificuldades acrescidas à população quer no mercado do arrendamento quer da compra, o que levou já o próprio secretário das Finanças, John Tsang, a manifestar receios de uma bolha imobiliária. “A questão da habitação é o grande problema” que as pessoas
enfrentam, declarou Albert Ho, o presidente do Partido Democrata, ao salientar que o Executivo da antiga colónia britânica “não foi capaz” de liderar o processo aumentando a “frustração” popular que vê os preços subirem cada vez mais. Recordando os protestos de 2003 contra o então líder do Governo – Tung Che-hwa – e contra as dificuldades económicas, Michael DeGolyer, director de um centro de pesquisa de Hong Kong compara os níveis de insatisfação popular com os daquela época A marcha de 2011 coincidiu também com o dia em que a China assinalou os 90 anos do Partido Comunista Chinês.
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POLÍTICA
Diariamente Macau arquiva o produto crescente de mais e mais câmaras de vigilância
Imagens que passais, onde vos fixais? Muitos se questionam do aumento da instalação de câmaras de vigilância em Macau. Estaremos perante alguma violação dos pressupostos da Lei Básica? Há quem acredite que sim. Seja como for foi garantido ao Hoje Macau que a Lei da Protecção de Dados Pessoais existe para estabelecer um regime jurídico do tratamento e protecção de dados pessoais. Gonçalo Lobo Pinheiro glp@hojemacau.com.mo
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XISTE uma parte da população de Macau que pede instalação de câmaras de vigilância por questões de segurança e existe outra metade que não acha necessária a presença de tal tecnologia, pelo menos no que a questões de privacidade diz respeito. “A reserva da intimidade e da vida privada é muito importante. Ninguém nos pode tirar isso”, disse Cheong [nome fictício] ao Hoje Macau. A Lei Básica, o Código Civil e o Código Penal são claros. A privacidade é para ser respeitada e todos têm direito à reserva da sua intimidade, caso expressem o contrário. “Os dados pessoais referentes à vida privada são dados sensíveis definidos no artigo 7º da Lei da Protecção de Dados Pessoais. O tratamento destes dados em princípio, é proibido, salvo se satisfaz as condições de legitimidade previstos nos nºs 2º e 3º do artigo 7º, por exemplo, com consentimento expresso do titular”, explicou ao nosso jornal a coordenadora do Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais (GPDP), Chan Hoi Fan. Mas muitos questionam qual a real função das câmaras. Para Cheong, funcionário público, “o que está a acontecer é que há diversos organismos públicos
que montaram centenas de câmaras de vigilância para gestão de pessoal”, o que vai contra a todos os princípios. “As câmaras estão viradas directamente para os trabalhadores. Estamos sempre a ser observados e sentimo-nos incomodados. É uma pressão enorme”, justifica. O GPDP não tem o número total das câmaras de vigilância que existem em Macau. O “Big Brother” em Macau pode ser visto por entidades públicas mas também privadas, “ou até pelos indivíduos”, segundo referiu a coordenadora do GPDP.
“Estamos sempre a ser observados e sentimo-nos incomodados. É uma pressão enorme” Quanto ao sistema de videovigilância instalado pelas entidades que prestam actividade de segurança privada, é regulado também pela Lei n.º 4/2007 (Lei da Actividade de Segurança Privada). E quem tem acesso a estas imagens? “Segundo sei, as imagens das câmaras espalhadas pela cidade só podem ser visionadas pelas polícias e pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT)”, explicou Cheong. Segundo nos explicou o GPDP, os responsáveis pelo
tratamento das imagens têm de elaborar políticas sobre os dados pessoais, designando trabalhadores autorizados que têm acesso às imagens apenas e só no seu próprio tratamento. “Os dados só podem ser transferidos a terceiros com condições de legitimidade, observando todas as disposições legais vigentes. Por exemplo, com o consentimento do titular, ou com a obrigação da comunicação de dados no âmbito de disposição legal ou disposição regulamentar de natureza orgânica”, referiu Chan Hoi Fan. A Lei da Protecção de Dados Pessoais estabelece o regime jurídico do tratamento e protecção de dados pessoais. De acordo com a referida lei, uma coisa é muito clara: as imagens que permitam identificar pessoas são dados pessoais. O tratamento destas imagens é regulado, salvo o caso previsto no nº 2 do artigo 3º, em que a lei referida não se aplica ao tratamento de dados pessoais efectuado por pessoa singular no exercício de actividade exclusivamente pessoais ou domésticas. Até que se prove o contrário, o tratamento das imagens captadas pelos sistemas de videovigilância é regulado pela mesma Lei. “Os respectivos responsáveis de tratamento têm que observar os princípios do tratamento estabelecidos nos artigos 2º e 5º, confor-
mar-se com as condições de legitimidade do tratamento de dados estabelecidas nos artigos 6º a 8º, cumprir as disposições sobre os direitos do titular dos dados estabelecidas nos artigos 10º a 14º, e adoptar medidas técnicas e organizativas adequadas para proteger a segurança e confidencialidade do tratamento, entre outras”, afirmou a coordenadora do GPDP
ELES ANDAM AÍ
Na última manifestação do 1 de Maio foi notório o
uso de câmaras de vídeo. Muitos polícias estavam à paisana, disfarçados de manifestantes, a gravar passo a passo cada movimento, cada grito, cada reivindicação. “As pessoas não andam a dormir. Sabem perfeitamente que estavam a ser filmadas de um modo intimidador”, referiu Tam [nome fictício] ao nosso jornal, acrescentando que a cada ano que passa “a manifestação deve ter o seu arquivo bem composto”. Tanto Tam como Cheong acreditam que “Macau não
é seguro para os políticos a sério” e que o território já há muito que “perdeu autonomia em relação à China, o que não sucede com Hong Kong”. “Aqui há muitos interesses e muitos empresários. Em Hong Kong há partidos políticos e as pessoas estão mais educadas para a democracia. Não se ensina a Lei Básica nas escolas e as pessoas não percebem o que é a democracia. Ninguém tem educação cívica. Tudo isto combinado torna Macau muito mais frágil que Hong Kong”, referiu Cheong. Seja como for, as câmaras vieram para ficar e segundo Chan Hoi Fan as câmaras são muito importantes pois podem revelar “dados pessoais relativos a suspeitas de actividades ilícitas, infracções penais e infracções administrativas, particularmente nos sistemas de videovigilância para o fim da protecção de segurança de pessoas e bens”. “Nestes casos o responsável tem que tratar os dados no âmbito da mesma lei, entregando os dados às autoridade policiais”, acrescentou.
O exemplo mora ao lado A China caminha a passos largos para ter cerca de 7 milhões de câmaras de vigilâncias espalhadas pelas diversas cidades do país. O caso mais gritante passa-se na rua Libertação Sul, da cidade chinesa de Urumqi, que é um retrato da proliferação das câmaras de segurança no país. Apesar de o nome sugerir o contrário, uma reportagem do jornal “New York Times” salienta que, com 11 lentes instaladas num cruzamento, a cidade, assim como milhares de outros pontos da China, não é assim tão livre. Pelo contrário, é alvo de vigilância cada vez maior, sendo que as autoridades recorrem ao uso de tecnologias mais sofisticadas, como o registo de imagens de alta resolução. Há um ano, a população de Urumqi, dividida entre chineses Han e Uigur, protagonizou os piores conflitos étnicos recentes no país, deixando 197 mortos. Desde então, o número de câmaras que vigiam os passos de todos na cidade já chegou a 60 mil. O “Big Brother” observa ruas, lobbies de hotéis, lojas, mesquitas e mosteiros e até, surpresa total, casas de banho. Os especialistas prevêem que mais 15 milhões serão instaladas até 2014. O motivo da proliferação sempre foi justificado
pelas autoridades pela falta de forças policiais, criminalidade crescente, excesso de trânsito e temores em relação a terrorismo. Contudo, de acordo com o “New York Times”, há outro tipo de preocupação por trás das câmaras: a manutenção da ordem social e a vigilância de dissidentes. Segundo a empresa IMS Research, 30% das novas câmaras instaladas no país tem apenas uso governamental. “Esse não é um sistema independente de vigilância por vídeo, mas é parte de uma estrutura de vigilância muito maior que inclui monitorização e censura da internet, telecomunicações e bases de dados judiciais”, sublinhou ao New York Times Nicholas Bequelin, investigador na área de direitos humanos, em Hong Kong. Outros exemplos da extensão da vigilância podem encontrar-se nas lojas com serviço de acesso à internet, que são obrigadas a estarem ligadas a escritórios de segurança do governo, ou na província de Guandong os hotéis, pousadas, hospitais e áreas de lazer que foram obrigados a instalar câmaras nas suas áreas principais e nas recepções, juntamente com os museus, galerias, escolas, jornais e estações de televisão.
O COMISSÁRIO HO VENG ON EM TIMOR-LESTE
Ho Veng On, comissário da Auditoria, esteve em Timor-Leste a convite da Organização das Instituições Supremas de Controlo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (OISC/CPLP) onde proferiu uma palestra sobre “O papel das ISC num Estado de Direito”. Ho discorreu sobre o dever de apoio das ISC aos governos na fiscalização e controlo dos serviços públicos quanto à gestão e aplicação financeira, com vista a assegurar que os recursos públicos sejam geridos com eficácia e que os objectivos definidos sejam cumpridos, promovendo assim o desenvolvimento da sociedade e a aplicação do erário público mais ajustado aos interesses dos cidadãos. O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana de Gusmão, manifestou o desejo de que Timor-Leste pudesse vir a reforçar ainda mais os laços com os membros da OISC/CPLP.
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Au Kam San critica “desleixo no controlo do orçamento”
Virginia Leung
Virginia.leung@hojemacau.com.mo
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SEGUNDA-FEIRA 4.7.2011
orçamento para as obras do metropolitano ligeiro de superfície de Macau já vai quase no triplo do valor inicialmente previsto. O Governo parece não se importar com o agravamento dos custos, valendo-se da almofada proporcionada pelos montantes arrecadados com os impostos arrecadados junto da aparentemente inabalável indústria dos casinos. Mas o deputado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam San mostra-se muito apreensivo com os números e com essa forma despreocupada de funcionar do Executivo. Conforme indicou o deputado pró-democrata, o orçamento do metro aumentou de 4,2 mil milhões de patacas para 7,5 mil milhões e, mais recentemente, para 11 mil milhões de patacas, ou seja, quase triplicou desde o início. E esses 11 mil milhões, observou, são só uma estimativa provisória, pelo que as números têm tendência
Os casinos que paguem o metro monitorados. A prática de usar estratagemas orçamentais para encobrir a verdadeira situação é inaceitável para o deputado da Associação Novo Macau Democrático, que apresentou uma interpelação escrita sobre o tema, na sexta-feira passada. Nessa interpelação, Au assinalou que o Governo se escusou a anunciar quantos interfaces de transportes eram necessários e observou que, embora os mesmos não fossem incluídos nos custos do metro ligeiro, a verdade é que sem o metro a sua construção e os custos a ela associados não seriam necessários. O democrata criticou ainda a ausência de um tecto máximo para o orçamento do projecto e a atitude despreocupada com que o Governo parecia dar uso ao dinheiros dos contribuintes sem pestanejar.
a continuar a crescer. Au Kam San notou ainda que para um melhor desempenho do metro ligeiro, o Governo estipulou que a construção e coordenação dos interfaces e eixos de conexão com a restante rede de transportes não iria contar como custos do metro ligeiro, mas esses custos têm saído inesperadamente elevados. Para os eixos de transportes na Barra e na Taipa as despesas já estão posicionadas nos 2,3 mil milhões de patacas e o deputado questiona quantos mais eixos serão necessários para um melhor funcionamento do projecto do metro ligeiro. Seja como for, todas essas despesas implicam o uso de dinheiros públicos e, quer se trate de custos directos ou indirectos, na opinião de Au Kam San esses custos devem ser transparentes e deveriam ser PUB
EXECUTIVO ALARGA REGIME DE POUPANÇA CENTRAL
Mais uns beneficiários Joana Freitas
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ÃO mais 28 mil os cidadãos do território que vão ter direito à verba de 10 mil patacas nas suas contas individuais do Regime de Poupança Central do Fundo de Segurança Social. A decisão desta inclusão vai custar ao Governo da RAEM um pouco mais de 250 milhões de patacas. Em 2009 já tinham sido definidas as regras gerais das contas individuais no Regime de Poupança Central, mas o Executivo diz ter considerado necessária a alteração do regulamento, não só pela necessidade de “garantir que os cidadãos com motivos especiais possam ter direito à dotação”, como também para “dar oportunidade aos inscritos pela primeira vez de terem direito às 10 mil patacas” de verba de activação. As modificações no regime chegam, no entanto, depois de várias manifestações
de desagrado pelos cidadãos da RAEM. Em Maio, Ip Pen Kin, presidente do FSS, tinha já avançado com a ideia de acrescentar à lista provisória para atribuição de verbas mais residentes, que iriam juntar-se aos 293.393 já beneficiários. Na altura, no entanto, o responsável do FSS admitiu que as atribuições de dotações poderiam chegar até às 320 mil pessoas. De fora estavam, até agora, cerca de 89 mil residentes, mas com esta revisão o número desce para 61 mil. Com as alterações às regras, vão poder ser abrangidos os cidadãos do território “a residir no Interior da China por se encontrarem permanentemente doentes, acamados ou total ou parcialmente paralisados” e os que “estão a trabalhar no exterior por serem responsáveis pela subsistência do seu cônjuge e familiares a viver em Macau”. No primeiro caso pensa-se que serão cerca de três mil os beneficiários que
agora fazem parte do regime, enquanto no segundo se contabilizam 25 mil pessoas. Outras razões “humanitárias e desde que autorizadas pelo Chefe do Executivo” podem ser ainda motivo para introduzir na lista mais cidadãos. Em 2010, cerca de 295 mil residentes auferiram do subsídio mas os 65.395 cidadãos que ficaram de fora apresentaram inúmeras queixas, especialmente no que toca ao requisito de permanência de 183 dias em Macau. O deputado José Pereira Coutinho chegou, na altura, a apresentar a situação à Assembleia Legislativa (AL) por considerar que esta exclusão violava a liberdade de movimentação ao estrangeiro dos residentes de Macau por impor “um limite que prejudicava directamente os direitos, liberdades e garantias dos residentes”. No total , esta alteração, vai reduzir em 268 milhões de patacas o orçamento da RAEM.
NOTIFICAÇÃO EDITAL (Reparação coerciva)
N.º 202/11
Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos do n.º 3 do artigo 9.º e do artigo 11.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 --- Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com os artigos 58.º, n.º 2 do artigo 72.º e n.º 2 do artigo 136.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto n.º 174/0708/2011, de 15 de Junho de 2011, empregador Mak Sio Lam, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto, no valor de Mop$20.000,00 (vinte mil patacas), por prática das transgressão laboral prevista no n.º 3 do artigo 62.º e punida na alínea 6) do n.º 1 do artigo 85.º da Lei n.º 7/2008 – Lei das relações de trabalho. De 18 de Agosto, sendo de acordo com o artigo 87.º da mesma Lei, a pena de multa prevista é convertível em prisão nos termos do Código Penal. Por outro lado, o notificado deve, no mesmo prazo, proceder ao pagamento da quantia em dívida à trabalhadora Chio Kit Kuan no valor de Mop$15.000,00 (quinze mil patacas), devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado. A cópia do auto, a notificação, o mapa de apuramento e as guias de depósito deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por estes Serviços. Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação judicial, com a remessa do auto a Juízo. Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 24 de Junho de 2011. O Chefe do Departamento, Raimundo Vizeu Bento
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SOCIEDADE
Renovação de seguro negada a motoristas de táxi que tenham acidentes
Taxistas na lista negra das seguradoras Virginia Leung
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S companhias seguradoras estão a colocar entraves à renovação dos seguros dos táxis a motoristas que se tenham envolvido em acidentes de trânsito, independentemente de terem tido ou não a culpa do sucedido. Após alguma insistência pelos canais burocráticos, é possível conseguir que o seguro seja renovado, mas sob uma condição explícita: que seja com outros taxistas que não aqueles que já tenham sofrido algum acidente. Essa restrição pode levar a que muitos percam o seu ofício e se vejam arredados do sector. Os taxistas duvidam que a prática seja razoável, temendo mesmo a existência de uma “lista negra” nas seguradoras com os nomes dos taxistas que tiveram acidentes, pelo que lançam um veemente protesto. Uma condutora de táxi citada pelo jornal “Ou Mun” contou os pormenores do calvário que tem atravessa-
do para conseguir que lhe renovem o seguro desde que se viu envolvida num acidente na via pública. Levando os processos a passar pelos departamentos competentes, o táxi em causa acabou por ter o seu seguro renovado, mas o novo contrato a uma cláusula atestando: “Os proprietários dos táxis não podem usar condutores a
quem tenha sido recusada a renovação do seguro”. E a ausência de culpa no acidente de nada vale aos taxistas, como demonstrou um outro profissional, também citado pelo “Ou Mun”. Envolvido numa colisão em Fevereiro deste ano. Uma marcha-atrás feita sem as devidas precauções por um outro condutor levou a que o choque fosse inevitável. O
taxista foi então aconselhado pela seguradora a resolver o assunto fora dos tribunais para “não afectar a futura renovação do seguro do táxi”. Depois de chegar a acordo com o outro condutor, cada um acabou por pagar o arranjo dos veículos a meias, sem que qualquer seguradora tivesse de pagar compensações. E ainda assim, quando no mês passado ten-
tou renovar o seguro, a companhia seguradora original recusou-se a fazê-lo. Mesmo tentando negociar com a seguradora um aumento do prémio, o seguro não pôde ser renovado. E o mesmo sucedeu em três companhias diferentes: proposta rejeitada. Finalmente, uma outra seguradora acedeu a assumir a renovação, mas o proprietário deparou-se com uma declaração na apólice determinando: “Quando o segurado pela companhia de seguros é recusado ou lhe é negada a renovação, essa pessoa não será autorizada a conduzir o veículo”. O episódio parece indicar que as companhias de seguro (não havendo muitas a operar no caso particular dos táxis) partilham entre si informação sobre os seus segurados de forma a garantir que a rejeição das renovações seja extensível a todas elas. Por outro lado, se uma pessoa perde o direito a conduzir um táxi, nenhum dos outros proprietários de táxis estará interessado a lhe alugar o seu veículo. E assim
INTERDIÇÃO EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS, PROIBIÇÃO DE ENTRADA A MENORES DE 16 ANOS
Bares mais regulados O
povo pediu e a proposta avança. Os bares devem passar a estar impedidos de operar em edifícios parcial ou totalmente reservados à habitação e a entrada nesses estabelecimentos deverá passar a estar interdita a menores de 16 anos. Essas são algumas das novidades incluídas pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) no processo de consulta pública sobre o projecto de regulamento administrativo do “Diploma que regula as actividades dos hotéis, restaurantes e bares”. O documento visa unificar a duas legislações existentes. Ter classificações simples para hotéis, e a autorização para restaurantes e bares poderem operar discotecas e karaokes são capítulos que incluem mais novidades na
futura legislação. Na valoração dos hotéis, a legislação actual classificava entre hotéis de duas estrelas a cinco estrelas de luxo, complexo turístico, ou apartamentos de duas a três estrelas. A proposta de consulta pública sugere que a avaliação passe a ser classificada entre hotéis de uma estrela a cinco estrelas de luxo. O restaurantes passam também a ser classificados entre restaurantes de classe A e restaurantes de luxo, em vez dos actuais restaurantes de segunda classe, classe A e de luxo. Os bares passam a ser gerais ou de luxo. A DST fica incumbida de emitir as licenças e monitorar os hotéis, restaurantes ou bares de luxo e todos os restaurantes e bares em geral estabelecidos nos hotéis. O
fica uma pessoa impedida de trabalhar na sua profissão. Uma associação de taxistas citada pelo “Ou Mun” manifestou preocupação com a possibilidade dessas práticas afectarem outros taxistas incluídos numa suposta “lista negra” das companhias de seguros por se terem envolvido em acidentes; e com a forma arbitrária como algumas seguradoras rejeitavam pedidos de renovação de seguro ou aumentavam os prémios. A associação em causa enfatizou que os táxis eram a garantia de sustento de muitas pessoas, num sector em que a taxa de acidentes era elevada. Anteriormente, já era comum que muitos taxistas envolvidos em pequenos acidentes de trânsito estivessem dispostos, mesmo sem ter a culpa, a pagar as reparações dos veículos, de forma a não afectar o seu trabalho. A associação apela ao Governo para que tenha mais atenção às práticas no sector dos seguros, nomeadamente a regulamentos injustos e pouco razoáveis.
Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) também tem o direito de aprovar e executar a inspecção de todos os restaurantes e bares em geral, estabelecidos fora dos hotéis. As discotecas e karaokes deixam de ter um licenciamento separado, passando os restaurantes e bares a poder criar salões de dança e espaços de karaoke no seu interior, bastando obter autorização para tal. Todas as licenças têm de ser renovadas a cada dois anos e cada hotel tem de ser obrigatoriamente reavaliado a cada seis anos. Os comités de reavaliação têm de abordar os hotéis na devida altura para examinar a adequação do estatuto destes às suas instalações, para decidir se há lugar ou não a uma revisão de classificações. Actualmente, existente uma grande quantidade de hotéis de cinco estrelas, mas há quem fale numa desadequação em muitos casos entre as instalações, os serviços e, por conseguinte, os preços.- V.L.
DSAL TRATA CONFLITOS LABORAIS DE FORMA IMPARCIAL
Depois da queixa levantada por um grupo de trabalhadores à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) que alegavam haver discriminação no recebimento de ordenados em obra no Venetian, a direcção confirmou que os trabalhadores locais não receberam os seus ordenados porque a entidade patronal não era a mesma de um outro grupo de trabalhadores oriundos de Hong Kong. Apesar de trabalharem no mesmo estaleiro, os trabalhadores locais ainda não receberam quaisquer salários. A DSAL está a tentar falar com a empresa empregadora mas até agora não conseguiu resolver a situação. A DSAL reiterou assim que qualquer trabalhador, quer local, quer não residente, que solicita a sua intervenção pode ver o seu caso tratado de forma imparcial e legal. Já o Venetian, manifestou total colaboração na investigação levada a cabo pela DSAL.
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Educação | Programa de desenvolvimento contínuo recebe inscrições em Agosto
Governo quer aperfeiçoar conhecimentos os tempos lectivos dos cursos, a duração e horários da formação e as propinas, a DSEJ visita ainda regularmente as instituições. “Vamos destacar pessoas para visitarem regularmente as instituições de ensino superior ou associações seleccionadas para confirmarmos se as informações são verdadeiras e vamos ainda ter em conta a assiduidade dos formandos”, disse Leong Heng Teng. Em caso de fraude, o montante do subsídio terá de ser devolvido e as instituições e beneficiários ficam ainda sujeitos às penalizações consagradas no Código Penal. Ainda para as instituições que violem as regras descritas no Regulamento, há sanções
Joana Freitas
joana.freitas@hojemacau.com.mo
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M Abril, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) deu a conhecer o programa que vai atribuir aos interessados em continuar o desenvolvimento educacional individual um subsídio de cinco mil patacas para três anos de formação em qualquer área e entidade que preencham os requisitos de aceitação. Apesar de estar inicialmente marcado para este mês, a inscrição dos residentes começa a seis de Agosto, data prevista para conhecer as entidades aceites para leccionar cursos ou ministrar exames de credenciação e quais os cursos que podem ser frequentados. Na sexta-feira, Leong Lai, directora da DSEJ, disse estar à espera de cerca da participação de 200 instituições, contando com as associações locais, que poderão oferecer cerca de 2500 cursos aos candidatos, onde se inclui a formação para obter carta de condução. Desde que completados 15 anos, idade com que se está excluído da escolaridade obrigatória, os cidadãos do território podem pedir apreciação da DSEJ à sua candidatura a cursos dentro ou fora da RAEM. Contudo, há diferenças na forma de financiamento dos subsídios, que varia tendo em conta o local de realização da formação: para os beneficiários que se inscrevam nas instituições locais forma de financiamento varia consoante o local de realização dos cursos: para os cursos tirados fora da RAEM, o candidato tem de entregar a prova de conclusão e o recibo das despesas no final da formação e dentro de um prazo de 30 dias. Para os que frequentem cursos nas instituições do território, o pagamento é efectuado para a conta do candidato, especificamente aberta para
Foi concluído o Regulamento Administrativo que define o Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, com a inscrição dos cidadãos a ser adiada para Agosto, um mês depois do previsto. Esperam-se que participem no programa cerca de 200 instituições e mais de 40 mil candidatos, que podem usufruir de, pelo menos, 2500 cursos diferentes. o efeito, logo que este seja aceite na entidade. Amanhã, e até ao dia 25, a DSEJ começa a receber as candidaturas das instituições ou associações interessadas em leccionar cursos ou ministrar exames de credenciação. As entidades têm de ser reconhecidas pela DSEJ, no caso de pertencerem ao território, ou pelas autoridades da sua região. A lista das instituições aceites é tornada pública a seis de Agosto e os programas a leccionar a 15. Estima-se que o número de inscritos seja de 16 mil este ano e que chegue aos 41 mil nos três anos de duração do Programa. Os cursos e exames terão de ser realizados entre a data
em vigor do Regulamento Administrativo e 31 de Dezembro de 2013.
GERIR O DINHEIRO PÚBLICO Estima-se que sejam investidos 500 milhões de patacas, pelo que, salienta, Leong Heng Teng, porta-voz do Conselho Executivo “é necessário definir normas claras de apreciação e um mecanismo de vigilância”. A estas medidas acresce ainda um sistema de caução. Para os responsáveis o trabalho vai tomar um caminho muito rigoroso, já que é feito tendo por base o erário público. Além das informações que as entidades têm de prestar à DSEJ, como por exemplo, as qualificações dos formadores,
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fiscais que podem ir de cinco mil a 50 mil patacas. Qualquer alteração ao curso tem de ser informada à DSEJ. O Governo diz estar confiante com o Programa, até porque “conta já com a experiência do modelo dos anos anteriores”. Em 2007 foi implementado um sistema semelhante devido “às necessidades de desenvolvimento económico e às novas tendências no desenvolvimento educativo mundial”, referiu Leng Heng Teng, mas sob o nome de Plano de Financiamento de Educação Contínua. O responsável caracteriza a participação nesse plano como “grande e razoável no desenvolvimento”.
vida
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RECICLAGEM EM HANÓI • Em Hanói, uma mulher separa partes de produtos eléctricos e electrónicos para serem recicladas. Esta empresa compra televisões, ventoinhas e fogões estragados ou velhos e vende os materiais passíveis de serem reaproveitados a empresas chinesas.
Foto: Kham/Reuters
JAPÃO | TEPCO COLOCOU EM FUNCIONAMENTO SISTEMA DE ÁGUA RECICLADA
Mar começa a ser poupado Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central nuclear japonesa de Fukushima, deu um passo em frente para conseguir refrigerar os reactores do complexo ao colocar em funcionamento um sistema que utiliza apenas água reciclada da própria central. Até agora os técnicos eram obrigados a injectar entre duas a três toneladas de água adicionais a cada hora para refrigerar os reactores o que deixará de ser necessário tendo o novo sistema a funcionar de forma estável e em circuito fechado. Nas últimas semanas, foram realizados inúmeros testes e tenta-
tivas de colocar o sistema em pleno funcionamento tratando a água radioactiva, mas vários problemas, desde fugas a defeitos nas válvulas de descontaminação, impediram que o processo fosse efectuado com êxito. No sábado, a Tepco instalou um depósito intermédio para controlar o fluxo de água reciclada em circulação, ao mesmo tempo que reforçou as tubagens para evitar novas fugas. O funcionamento do sistema, supõe um grande avanço no objectivo da Tepco em conseguir ter os reactores parados em Janeiro de 2012. Os responsáveis de Fukushima
PINGUIM IMPERADOR SERÁ SOLTO NO SUL DO OCEANO PACÍFICO
O presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU divulgará em Novembro um relatório de investigação sobre a relação entre muda Inundações e secas deverão entrar na investigação uma vez que já se identificou painel, haverão materiais suficiente para apontar causas e tendências, além das
Carvão continuará a ser importan
Click ecológico
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ONU PREPARA ESTUDOS SOBRE OS EV
estabeleceram o prazo de 17 de Julho para colocar em funcionamento todo o sistema que inclui a refrigeração estável de todas as unidades de produção de energia. A Tepco acrescentou que os problemas verificados no sistema de arrefecimento, que utiliza tecnologia francesa e americana, ficaram a dever-se a erros humanos devido à pressão e urgência da situação. A central de Fukushima ficou seriamente danificada com o sismo e tsunami que a 11 de Março atingiu o nordeste do Japão e que provocaram a maior crise nuclear do mundo em 25 anos.
A história do jovem pinguim imperador que se perdeu e foi encontrado numa praia na Nova Zelândia chegou finalmente ao fim: o bicho sobreviveu e será solto no extremo sul do oceano Pacífico para que nade até a Antárctida. Embora tenha surgido a ideia de levar o animal até a Antárctida, mas havia a possibilidade de o pinguim imperador ser infectado durante sua estadia na Nova Zelândia, transmitindo alguma doença para outros pinguins. Assim um grupo que estudou o caso do pinguim, decidiu que o animal seria solto no meio do caminho até a Antárctida. “A razão (...) é que os pinguins imperadores da idade dele [de dez meses] costumam ser achados em blocos de gelo ao norte do pólo e em mar aberto”, comentou Peter Simpson. O Happy Feet como o pinguim passou a ser chamado, foi encontrado em 21 de Junho na praia de Peka-Peka, na Nova Zelândia sendo que a última vez que se viu um animal da espécie no país foi há mais de 40 anos. O pinguim imperador passou por uma lavagem estomacal para retirar areia e pequenos gravetos do seu sistema digestivo, o animal come neve para se hidratar e manter a temperatura do corpo. Segundo os veterinários do zoológico de Wellington, onde ele foi tratado, a areia estava se acumulando no corpo do animal e fazia com que Happy Feet ficasse letárgico.
Negro, quente e O
carvão vai continuar a ser uma das três mais importantes fontes primárias de produção de energia, e a perspectiva é que, apesar dos efeitos nocivos que provoca no ambiente, este cenário perdure ainda por muitos anos. A previsão foi feita no início do mês pela Agência Internacional de Energia (AIE), que antevê ainda que a grande expansão da utilização no uso do gás natural - mais de 50 por cento até 2035 em relação a 2010 -, substitua o carvão como segunda mais importante, logo a seguir ao petróleo. Para a AIE, a previsão fundamenta-se no facto de que “o aumento no consumo de gás melhoraria a qualidade do ar em muitas cidades”. Mas, apesar da opção pelo gás natural e do investimento em fontes alternativas, o carvão continua a ser fundamental para as necessidades, por exemplo, da China, que aposta em recuperar as diferenças relativamente às demais potências mundiais. E quando se fala em diferenças, fala-se em níveis de industrialização e, sobretudo, de crescimento económico. Segundo o relatório BP Statistical Review of World Energy 2011, divulgado no passado dia 08, a China ultrapassou os Estados Uni-
dos e tornou-se o maior consumidor mundial de energia em 2010. O estudo da BP assinala ainda que a demanda energética mundial atingiu em 2010 níveis nunca alcançados, com um crescimento de 5,6 por cento em relação ao ano anterior. A importância do carvão no esforço de industrialização chinês pode ainda ser considerado a partir dos seguintes dados: o consumo de energia primária “per capita” foi de 2,38 toneladas métricas de carvão em 2010, um crescimento de 32 por cento
CLIMATÓLOGOS INTERNACIONAIS SOFREM AME
Verdades mal recebidas A
organização científica norte-americana AAAS, que publica a revista “Science”, diz-se preocupada com as perseguições e ameaças de morte contra vários climatólogos internacionais, uma situação que estará a condicionar a livre troca de ideias. A Associação Americana para a Promoção da Ciência (AAAS, sigla em inglês) fez eco das queixas de investigadores, alvos de propostas ameaçadoras e de emails injuriosos, suscitados pelos seus trabalhos sobre o impacto das alterações climáticas, resultantes das actividades humanas. Esta associação conta que na Austrália vários climatólogos de alto nível foram alvo de pressões sucessivas e ameaças de morte, através de emails que já levaram a polícia a abrir um inquérito. Nos Estados Unidos, deputados do Congresso e grupos de militantes tentaram ter acesso a dossiers detalhados de investigadores sobre o clima. A AAAS precisa ainda que o American Tradition Institute (ATI), organismo ultra-conservador, pediu à
Universidade da V de emails e outros Mann, antigo profe climatólogo. Esta pressão “c a livre troca de re transmissão de inf público”, escrevem ministração da AA opõe-se vigorosam os investigadores pessoal e profissio descontentamento científicas”, contin “Os cientistas em desacordo sob alterações climátic dispõe de método resolver os desac das investigações
VENTOS CLIMÁTICOS
(IPCC), Rajendra Pachauri, afirmou que o grupo anças climáticas e os fenómenos extremos. As u o aumento desses fenómenos. Segundo o presidente do medidas necessárias para o combate aos fenómenos .
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nte fonte de produção de energia
e persistente
em comparação com o ano de 2005. Daí que os especialistas coincidam na afirmação de que o carvão continua a ser o suporte principal do fornecimento de energia da China: em 2010, a produção de carvão primário chegou a 3,2 mil milhões de toneladas métricas, cerca de 45 por cento do total mundial. Considerando outro país do chamado bloco das potências emergentes, os chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a defesa que o Brasil faz do carvão
como fonte primária de produção de energia garante a continuidade da utilização deste combustível fóssil. Um artigo publicado na “newsletter” da Associação Brasileira do Carvão Mineral, de que é presidente Fernando Luiz Zancan, considera que o relatório da BP confirma a afirmação de que “apesar do estigma de combustível do século XIX e das mudanças climáticas, o carvão é o combustível do século XXI”. O carvão “tem a sua maior participação desde 1970 no consumo de energia tendo em 2010 crescido 7,6 por cento em comparação com os 7,4 por cento registados em 2009”, acentuou. A importância do carvão, apesar dos “danos colaterais” no ambiente é finalmente ditada pela opinião pública mundial. Três em cada cinco cidadãos de 24 países não querem a energia nuclear, que perdeu adeptos com a crise que se arrasta há meses na central de Fukushima, no Japão, devastada por um sismo e o maremoto que se seguiu, segundo uma sondagem realizada entre 06 e 21 de maio passado pelo instituto Ipsos. Na lista das fontes de energia “preferidas” pelos inquiridos, o nuclear surge em último lugar (38 por cento de defensores), tendo à frente o carvão (48 por cento), gás natural (80 por cento), hidroelétrica (91 por cento), eólica (93 por cento) e solar (97 por cento).
EAÇAS DE MORTE
s
Virgínia para lhe revelar os milhares s documentos redigidos por Michael fessor desta universidade e eminente
criou um ambiente hostil que impede esultados científicos e torna difícil a formações aos decisores e ao grande m os membros do conselho de adAAS, numa carta aberta. “A AAAS mente contra os ataques que visam e põem em causa a sua integridade onal, onde os ameaçam devido ao o suscitado pelas suas conclusões nua a organização. e decisores políticos podem estar bre as conclusões científicas sobre as cas (...). Mas a comunidade científica os aprovados e bem definidos para cordos suscitados pelos resultados s”, lembrou ainda.
Planeta em números
98 é o numero da população urbana com acesso a melhorar o consumo das fontes de água na China no ano de 2006 registado pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas.
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10 Três artistas locais juntaram-se para ajudar as vítimas do terramoto de Yushu, no Tibete. A exposição colectiva “Wind Horse Walking” inaugura depois de amanhã na galeria do Albergue SCM
CULTURA O Tibete em vídeo, fotografia e pintura
Arte solidária
Filipa Queiroz
filipa.queiroz@hojemacau.com.mo
C
HAMAM-SE “Cavalo de Vento” (Lung Ta) às preces tibetanas imprimidas em longos panos pendurados por um fio ou colocados num mastro como bandeiras. Normalmente são oferecidas para auxiliar no espírito, desejar sucesso e sorte e têm um cavalo desenhado no centro e quando são sopradas pelo vendo os tibetanos acreditam que os seres que o respirarem recebem também as suas bençãos e energias positivas. “Wind Horse Walking”, a exposição de Carolina Rodrigues, Alice Kok e a pintora Joey Ho quer ser uma dessas bandeiras, usando a arte em vez das preces para ajudar as vítimas do terramoto de Yushu, no Tibete. A ideia da mostra/angariação de fundos partiu de Carolina que visitou Yushu antes e depois da tragédia que devastou a região em Abril de 2010. “Estive lá no Verão de 2009 e achei um sítio muito especial, onde aconteceram uma série de situações marcantes”, conta. A fotógrafa e realizadora decidiu regressar a Yushu em Outubro de 2010, depois do terramoto, onde foi recebida por uma família que vivia alojada nas tendas dadas pelo Governo aos que ficaram sem tecto. “Fiquei um bocado chocada, não só com com o cenário mas com a maneira como os chineses estão a tomar conta daquilo. A questão é que está tudo em reconstrução mas ao estilo deles, ou seja, a população tibetana está um bocado revoltada porque para além de terem perdido amigos e familiares a terra deles está a transformar-se noutra coisa e a perder os traços da cultura original”, explica a artista. De volta a Macau, Carolina resolveu agir e procurar apoios para levar a cabo uma iniciativa
virava o monitor para as famílias para que eles se vissem enquanto falavam, como um espelho, para saberem o que estavam a fazer e se sentirem mais à vontade. Em muitos momentos eles ficavam só a olhar para a câmara a sorrir e a pensar na família. Recuperei esses sorrisos para esta instalação, são imagens reais, na verdade vai parecer que estão a sorrir de volta para o visitante da exposição.” Além da instalação Alice vai exibir fotografias de paisagens que têm a particularidade de terem sido tiradas em movimento, enquanto viajava de carro pelas montanhas tibetanas. ”O carro estava sempre aos solavancos por causa das pedras e o terreno instável, por isso as imagens ficaram todas a tremer. Como se fosse um terramoto...”, explica a artista que também esteve em Yushu. “Essa é a parte engraçada, é que eu também estive em Yushu como a Carolina e achei o lugar lindíssimo, realmente encantador. Mais uma razão para eu ter esta enorme vontade de ajudar.”
POLITICAS À PARTE
“Wild Horses” de Carolina Rodrigues
de angariação de fundos para apoiar a população tibetana. Foi então que Alice Kok e Joey Ho entraram em cena. “Falaram-me do trabalho da Alice no Tibete por isso entrei em contacto com ela. Por sua vez a Alice conhecia o trabalho da Joey e assim decidimos levar a cabo o projecto juntas. Achei que era uma mais
Excerto de “Family Script” de Alice Kok
valia, até porque quanto mais trabalhos mais hipóteses teria de angariar fundos.” Carolina vai apresentar 14 fotografias para venda, na maioria paisagens, e outras imagens que, apesar do menor potencial comercial, ilustram a realidade diária da população de Yushun após o terramoto. Joey exibirá quatro
pinturas e Alice Kok assina uma instalação vídeo, uma projecção e algumas fotografias.
SORRISOS TIBETANOS
Alice Kok esteve no Tibete em 2007 a desenvolver o projecto “Family Script”, uma série de vídeos caseiros com mensagens de refugiados tibetanos na Índia que há décadas que não tinham possibilidades de visitar os familiares no país de origem, que Alice se encarregou de mostrar aos parentes no Tibete, aproveitando a sua livre entrada no país, graças ao passaporte chinês. A missão quebrou duas décadas de silêncio. “Foi um projecto muito importante para mim, metade do tempo estava a filmar e a outra metade a chorar de emoção. Quando os familiares dos refugiados viam os vídeos dos familiares que não viam há 20 anos ficavam tão felizes”, conta Alice. É essa felicidade que a artista vai apresentar agora no Albergue. “Usei partes desses vídeos para fazer uma instalação chamada “Smiling in Tibete” (“Sorrindo no Tibete”)”, conta Alice. “Eu
“Desta vez preferimos não falar do lado político do Tibete porque não é esse o foco deste trabalho”, atira Alice Kok, justificando que as três colegas apenas querem expor “o lado humanístico” que têm em comum na sua arte. Mas a exposição vai além de uma simples angariação de fundos. As artistas comprometem-se a levar pessoalmente as receitas às vítimas do terramoto a Yushu. “Decidimos não ter nenhuma organização como intermediária, estamos a planear ir lá entregar pessoalmente os fundos angariados para ver o que acontece”, revelou Alice Kok. A iniciativa vai ser registada num documentário a ser exibido posteriormente. “O principal é filmar para onde o dinheiro das pessoas foi parar, e isso vai ser registado num documentário, mas gostava de depois poder fazer um filme em condições sobre a realidade local”, acrescenta a mentora do projecto Carolina Rodrigues. Cerca de 3 mil pessoas morreram e centenas ficaram sem tecto no terramoto que devastou a região autónoma tibetana na província de Qinhai, dia 14 de Abril de 2010. A partir de quarta-feira e até 31 de Julho quem quiser ajudar ou simplesmente conhecer o “espírito de coragem e esperança” da população de Yushu, antes e depois da tragédia, pode fazê-lo no Albergue SCM, todos os dias entre as 12 e as 20 horas. A entrada é livre.
OS ELÉCTRICOS LANÇAM HOJE PRIMEIRO DISCO
Swing, fado, tango, rock ié-ié, ska e blues são alguns dos géneros que cabem no itinerário dos Eléctricos, grupo português que edita hoje o disco homónimo de estreia. Os Eléctricos começaram por ser um trio - o Eléctrico 28 - formado por Nuno Faria (ex-Afonsinhos do Condado), Miguel Castro e Maria João Silva, a vocalista. Juntos recriavam temas pop dos anos 1940 e 1950, mas depois de vários concertos ao longo de 2010 decidiram alargar a formação a um quinteto e rebaptizarem-se de Os Eléctricos. O repertório que gravaram em disco, e que apresentarão numa série de concertos em Portugal pelo Verão dentro, integra alguns originais mas sobretudo versões de temas como “Óculos de sol”, “Moda das tranças pretas” e “A agulha e o dedal”.
O
restaurante Solmar, que assinalou na sexta-feira 50 anos, é bem conhecido das “gentes” de Macau, mantém-se como ponto de encontro no centro da cidade e guarda no silêncio das paredes muitas decisões políticas que poderão ter marcado a cidade. Entre os seus fundadores, contam-se nomes como Carlos Assunção, o primeiro presidente da Assembleia Legislativa de Macau, Pedro Lobo, ilustre representante da comunidade macaense, ou Roque Choi, um elo de ligação entre as comunidades chinesa e portuguesa. Mas é ao longo dos anos, com fundadores e seus descendentes, com a comunidade e, como explicam alguns “filhos da terra”, muito escárnio e maldizer, que o Solmar ganhou fama e conquistou um espaço na vida social da cidade. “Um grupo de três macaenses está sentado a uma mesa em amena cavaqueira. Quando saírem vão todos ‘má linguá’ (falar mal uns dos outros)”, diz um cliente habitual, com algum exagero próprio do que eram as pequenas cidades onde todos se conheciam.
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Restaurante Solmar comemorou 50 anos de “má língua”
Nunca mais foi o que era Retirando o exagero que possa existir quando se associa o Solmar à má língua local, não deixa de ser verdade que o restaurante ficou conhecido por ser um dos “pontos estratégicos” na luta do poder em Macau quando a comunidade macaense afrontou o então Governador Almeida e Costa. E na gastronomia local o restaurante também já teve a honra, em setembro de 2010, de ser entronizado como “confrade extraordinário” da Confraria da Gastronomia Macaense a par dos restaurantes chineses Fat Siu Lau e do Long Kei, sendo que este último não resistiu à pressão dos preços do imobiliário. PUB
BUGALHO VENCE PRÉMIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS
Três jovens num labirinto «A
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Cabeça de Séneca», de Paulo Bugalho e editado pela Gradiva, foi o romance vencedor da edição de 2010 do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís. A obra será irá ser lançado hoje, segunda-feira, dia 4 de Julho, às 18h30, na Bertrand Chiado, em Lisboa. Apresentam Miguel Real e João Tordo. “´A Cabeça de Séneca`, romance de estreia do neurologista Paulo Bugalho, descreve aquilo que à partida parece ser um complicado triângulo amoroso: Pedro, Paulo e Lídia, três jovens indecisos, surpreendidos
em momento de metamorfose. Perdem-se num labirinto antigo, feito de verdades mal entendidas, de premonições e falsos chamamentos, mistérios que evocam Séneca, o moralista de biografia ambígua, e Horácio, poeta dos amores nostálgicos. Encontram-se e desencontram-se em sucessivos cruzamentos, na noite lisboeta, no Outono deserto do Meco, em Sintra, nas ruas velhas de Évora. “As experiências e o tempo misturam-se na procura de uma solução para anseios diferentes: resolver uma questão científica, escrever o primeiro romance, inventar uma narrativa nova para o passado de Séneca. Da colisão entre o movimento da vida moderna e os ecos ainda nítidos da Antiguidade, surge uma história sobre o trabalho secreto dos afectos e a natureza do passado. Entre viagens, incursões nocturnas, casamentos e funerais, em deambulações quotidianas e no espaço fabuloso da memória acabará por deslindar-se o mistério deste triângulo, de uma forma inesperada. Nos afectos, como na História, nada é o que parece”.
Meio século depois de aberta a porta pela primeira vez, com 33 empregados e alguns, como o cozinheiro chefe Ieong Choi Yun e o chefe de mesa Sam Veng Yun, há, respetivamente, 43 e 42 na casa, Edith Silva, filha de um dos sócios fundadores, recorda que o espaço é conhecido como a “Gazeta de Macau”. Edith Silva sublinhou também que o restaurante “faz parte da comunidade” e que, coisa rara nos dias de hoje com a especulação imobiliária, “há 50 anos está implantado no mesmo edifício”. Depois de tantos anos de porta aberta, Edith Silva diz haver vontade de continuar
a servir a comunidade e não partilha a opinião daqueles que acham que o espaço muitas vezes serviu para maldizer. “Quando o meu pai e os outros sócios fundaram o Solmar foi para que os macaenses tivessem um ponto de encontro. Não sei se era para dizer mal dos outros, mas para espalharem a notícia. E hoje continua a ser um ponto de encontro e já não existem muitos onde fazê-lo”, disse. Edith Silva reconheceu, no entanto, que muitas das políticas de Macau foram desenhadas ou pensadas à mesa do Solmar e recordou que, quando ela própria foi deputada, “muitas das coisas que se sabiam era no Solmar”. “No tempo de Carlos Assumpção (…) muitas coisas eram aqui negociadas à mesa do Solmar”, concluiu, garantindo estar pronta para mais 50 anos, assim tenha saúde para isso.
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12 Marco Carvalho info@hojemacau.com.mo
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EPOIS de ter sido cilindrada a meio da semana em Ho Chi Minh, a selecção de futebol de Macau voltou ontem a sofrer nova goleada, despedindo-se da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2014 com uma derrota por sete bolas a uma frente ao Vietname. A jogar perante o seu próprio público, o onze do território não conseguiu contrariar o favoritismo do adversário. Depois de na quarta-feira se ter estreado no comando técnico da selecção vietnamita com uma vitória por seis bolas a zero, o alemão Falko Goetz garantiu que a equipa por si orientada iria procurar repetir em Macau a exibição com que brindou a selecção do Lótus na antiga Saigão.
DESPORTO Macau despede-se do Mundial com nova goleada
Crónica de um adeus anunciado
O Vietname seguiu à risca as indicações do técnico germânico e não deixou as promessas de Goetz por
mãos alheias, para gáudio da mais de meia centena de adeptos vietnamitas que acompanharam o encontro
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nas bancadas do Estádio da Taipa. O conjunto orientado por Leung Sui Wing ainda tentou dar um ar da sua graça na recta inicial do encontro, mas as iniciativas da linha avançado do onze local esbarraram sempre numa defensiva vietnamita que não concedeu um mílimetro aos avançados do território. O fulgor inicial dos jogadores da selecção do Lótus depressa esmoreceu e aos três minutos o onze visitante inaugurou o marcador, com um grande remate de Le Cong Vinh. O avançado do T&T Hanoi respondeu da melhor forma à solicitação de Nguyen Van Quyet, surpreendendo Ho Man Fai na baliza da RAEM com um chapéu com conta e medida. O melhor marcador de sempre da selecção vietnamita foi a grande figura do encontro, ao apontar cinco dos sete golos com que o Vietname brandou Macau ao início da noite de ontem. O dianteiro só não participou na construção da jogada que resultou no segundo tento da formação visitante, apontado aos 24 minutos por Nguyen Quang Hai. O jovem avançado do Navibank Saigon mostrou sangue frio na hora de atender à solicitação dos colegas, concluíndo com um remate em jeito uma boa triangulação com Nguyen Van Quyet. Avassalador, o grupo
de trabalho orientado por Falko Goetz voltou a festejar novo golo cinco minutos depois. Le Cong Vinh voltou a fazer erguer a falange vietnamita que acompanhou o encontro nas bancadas do principal relvado desportivo do território, com um golo monumental. O dianteiro encontrou espaço no coração da área de Ho Man Fai para fabricar um pontapé de bicicleta perfeitio, numa jogada em que aproveitou ao máximo novo deslize da defensiva às ordens de Leung Sui Wing. Embalado, o mais prolífico dianteiro do futebol vietnamita voltou a inscrever o nome nos anais da partida a dois minutos do fim da primeira metade. Uma perda de bola à entrada da área de Macau acabou por empurrar o Vietname para o quarto golo da noite. Solicitado em pleno coração da pequena área à guarda do massacrado Ho Man Fai, Le Cong Vihn não falhou, apontado o terceiro golo da conta pessoal. O encontro seguiu para intervalo com a selecção do território vergada ao peso de um resultado humilhante, mas o onze do território não baixou os braços e aos sessenta minutos conseguiu mesmo reduzir numa jogada de contra-ataque com a chancela de Leong Ka Hang. O jovem dianteiro da Selecção de Sub-23 conseguiu aguentar a pressão da defensiva adversária, batendo Nguyen Mahn Dung com uma remate colocado. O golo acabou por se revelar insuficiente para causar um impacto duradouro na história da partida e aos 75 minutos, o inevitável Le Cong Vihn voltou a colocar em cheque a dignidade do onze do território, na cobrança certeira de uma grande penalidade. O dianteiro da formação do T&T Hanoi fechou a contagem pessoal sete minutos depois, na sequência de um pontapé
de canto. Ho Man Fai ainda consegui afastar o perigo numa primeira ocasião, mas o esférico acabou por sobrar para Le Cong Vinh, que apontou o sexto golo do Vietname com um remate cruzado, desferido à entrada da área de Macau. Quang Thanh Huynh encerrou a marcha do marcador a quatro minutos do fim da partida, consumando a segunda grande goleada do onze vietnamita no período de apenas quatro dias. O onze orientado por Falko Goetz vai agora enfrentar o Qatar na pré-eliminatória de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2014. No final do encontro, o técnico alemão mostrou-se satisfeito com o triunfo e reconheceu que o mais difícil foi motivar o grupo de trabalho que dirige, depois da goleada imposta em Ho Chi Minh a meio da semana: “Não foi fácil motivar os jogadores para este encontro. Depois de terem ganho o primeiro encontro por seis bolas a zero, muitos dos meus atletas assumiram que a eliminatória estava decidida e durante os treinos não mostraram se mostraram tão empenhados como é habitual. Fico contente que tenham cumprido dentro de campo. Não posso dizer que alguma coisa tenha corrido mal. Procurámos o golo, mostrámos bom futebol e marcámos golos muito bonitos, o que é algo que me deixa muito satisfeito”, remata o responsável pela selecção vietnamita. Para a segunda fase do processo de qualificação para o Mundial de 2014 avançam também as selecções das Filipinas, da Malásia, do Laos, do Myanmar e do Nepal. A selecção da pequena república do Himalaias voltou ontem a derrotar a congénere de Timor-Leste por cinco bolas a zero, depois de a meio da semana ter derrotado o onze timorense por duas bolas a uma.
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[ ] Cinema
SALA 1
SALA 2
Um filme de: Michael Bay Com: Shia LaBeouf, Markiss McFadden, Rosie Huntington-Whiteley 14.00, 16.45, 19.30, 22.15
Um filme de: Martin Campbell Com: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard 14.30, 19.30
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Um filme de: Luke Greenfield Com: Kate Hudson, Ginnifer Goodwin 14.30, 16.30, 19.30, 21.30
Um filme de: Matthew Vaughn Com: Michael Fassbender, James McAvoy 16.30, 21.30
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Su doku [ ] Cruzadas
SOLUÇÕES DO PROBLEMA HORIZONTAIS: 1-NATICE. GROU. 2-ABIDA. TOESA. 3-RASO. ZEBU. J. 4-T. OLEOSO. NO. 5-ERRONEA. COR. 6-IE. HIOIDEU. 7-MALVAR. MIT. 8-ACHE. AAA. AG. 9-CHOLE. AGORA. 10-AO. ALICERCE. 11-USURAR. MOAL. VERTICAIS: 1-NARTE. MACAU. 2-ABA. RIACHOS. 3-TISORELHO. U. 4-IDOLO. VELAR. 5-CA. ENHA. ELA. 6-E. ZOEIRA. IR. 7-RESAO. AAC. 8-GOBO. IMAGEM. 9-REU. CDI. ORO. 10-OS. NOETARCA. 11-UAJURU. GAEL.
SOLUÇÃO DO PROBLEMA DO DIA ANTERIOR
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X-MEN FIRST CLASS [B]
VERTICAIS: 1-Parte, quinhão. Bebida feira com farinha de milho fermentada. 2-Décimo dia do mês solar e oitavo mês do ano persa. Vila de Torres Novas. 3-Trasorelho. 4-Figura que representando uma divindade, é objecto de culto. Conservar-se aceso. 5-Simbolo químico do cálcio. Antiga minha. Sufixo diminutivo. 6-Indivíduo azoratado. Deslocar-se, mover-se de um lado para outro. 7-Última travessa que une as chedas. Associação Académica de Coimbra. 8-Calhau, pedra para calcetar. Aquilo que imita pessoa ou coisa. 9-Aquela que é responsável por alguma culpa. Em romano, quatrocentos e um. A parte podre de madeira. 10-Símbolo químico de ósmio. Princípio filosófico. 11-Guajeru. Idioma da Alta Escócia.
Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição
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GREEN LANTERN [B]
HORIZONTAIS: 1-Género de moluscos gastrópodes. Ave pernalta, da família dos cultirrostros. 2-Molusco gastrópode. Medida francesa de seis pé. 3-Que não tem lavores. Espécie de boi. 4-Que tem óleo. Que não está vestido. 5-Má índole, mau carácter. Pretexto, aparência. 6-Hospedaria oficial, na China. Hiódeo. 7-Terreno em que crescem malvas. Mercado interbancário de títulos. 8-Espécie de manto. Artilharia antiaérea. Símbolo químico de prata. 9-Corpete de mulheres, na Índia. Todavia. 10-Contracção de preposição e a do artigo o. O fundamento das construções. 11-Emprestar dinheiro ou outras coisas com usura. Arma africana.
REGRAS |
SEGUNDA-FEIRA 4.7.2011
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(MCTV 62) AXN 21:05 CHUCK
Csi: Crime Scene Investigation House Wipeout Numb3Rs Csi: Crime Scene Investigation Hawaii Five-O So You Think You Can Dance Top Chef Chuck Leverage Blue Bloods Chuck Blue Bloods
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OPINIÃO
SEGUNDA-FEIRA 4.7.2011 www.hojemacau.com.mo
15 n a m a r g em
Há por aí alguém responsável? C
OSTUMA dizer-se que o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Este é um daqueles ditos em que o povo procura resumir um saber de experiência feito. Claro, também, que sabemos que há excepções. E um mau começo não impede melhorias e correcções que até podem conduzir a situações de grande sucesso. Por isso mesmo que não pode ser tomado à letra. Mas a sobrevivência deste tipo de ditos na voz do povo radica no facto de que eles contêm algum fundo de verdade. E empreendimentos com objectivos mal definidos à partida implicam, frequentemente, custos e dificuldades adicionais que, muitas vezes, limitam ou diminuem os resultados que é possível atingir. Em suma, um mau começo não é não é um bom prenúncio, mas também não é necessariamente uma fatalidade E depois há aqueles processos que parecem feitos à medida para ilustrar o aforismo popular. E que, nascidos tortos, parece que nunca deixam de se tornar mais complicados, enrodilhados em si mesmo e no acumular de decisões insuficientemente reflectidas, decisões pouco amadurecidas, objectivos mal definidos e lições nunca completamente aprendidas. Ou seja, que quanto mais o tempo passa mais se entortam. O processo do metro ligeiro parece fazer parte destes últimos. Poder-se-ia mesmo acreditar que ele constitui uma tentativa deliberada de criar um caso exemplar. Permitam-me que recorde que quando o orçamento sofreu sua primeira grande revisão afirmei aqui a convicção de que ainda a procissão estava no adro. E que de então até que um dia o sistema começasse a operar, o caminho era sempre para cima – em termos de custos, claro! Lamento que a realidade continue a dar razão a um julgamento que naquele momento poderia parecer excessivo. Mas já então alguns padrões de comportamento, que o tempo veio a confirmar, se esboçavam. Relembremos alguns aspectos deste processo. A previsão inicial era de 4.2 mil milhões de patacas. De revisão em revisão, parece que já estamos em 11 mil milhões (mais ou menos 5%, tranquilizam-nos!). E há quem sugira que ultrapassará os 13 mil milhões quando forem consideradas actividades que não estarão ainda incluídas na última previsão. Só para clarificar, relembre-se: de 4,2 (2007) para 7,5 (2009)
dá-se um salto de 80%; de 2009 para hoje (11 mi milhões) dá-se um salto de 46%. Em conjunto isto representa, e já se sabe que não é final, um valor que 2.6 vezes superior ao inicial. E o que tem justificado estas revisões? Eis alguns dos temas constantes. Primeiro, parece que nunca foram integralmente consideradas todas as obras ou actividades necessárias. Por outras palavras, sub-orçamentou-se de forma contínua. Incompetência contumaz? Dissimulação sistemática? Que responda quem o saiba! O que parece certo é que até ao fim da obra teremos que estar preparados para haver sempre uma surpresa adicional que espera por nós. Segundo, diz-se que os câmbios nos têm sido desfavoráveis. Este é um argumento que vem de longe. Em particular, dizem-nos mais recentemente, o iene japonês valorizou 15% desde 2009. Duas questões, então: e antes de 2009, que câmbio é que
A única coisa que se justificará verdadeiramente perguntar nesta altura é: há alguém que se sinta responsável – ou alguém que sinta que alguém deva ser responsabilizado – por isto? nos foi desfavorável? E se o contrato com a empresa seleccionada foi expresso em ienes, que provisões foram feitas para proteger dos riscos cambiais? Ou ninguém pensou no assunto? Terceiro, invoca-se que os custos de materiais e de mão de obra subiram no período. É verdade, mas não se vê que relação podem ter com as revisões globais efectuadas. De acordo com os dados para o sector da DSEC, entre finais de 2005 e hoje (já dando uma boa folga, note-se), os índice salarial m édio na
José I. Duarte
construção subiu 17.5 % e o índice dos custos de materiais de construção subiu 37,5%. Estes números não suportam certamente, nem de forma remota, as alterações registadas. E não parecem demasiado tranquilizantes as garantias recentemente prestadas: “Em princípio não haverá grandes mudanças de preço – excepto em condições imprevistas” (sic). Quarto, insiste-se num padrão de explicações que só com muita benevolência podem ser publicamente apresentadas como tal, ainda menos como justificações aceitáveis. E que, de alguma maneira, sugerem falta de respeito pelo público (para não falar dos nossos legisladores) e pelo seu senso. Vejamos um par de exemplos. Num caso, diminui-se a gravidade da situação dizendo que um orçamento é apenas uma previsão. Certo, qualquer pessoa sabe isso. Mas um orçamento apresentado, uma vez aprovado e aceite, é também um compromisso. Se não há limites legais, éticos ou de mera razoabilidade para a revisão de orçamentos públicos, então eles não são apenas falsos e inúteis, são plausivelmente fraudulentos. Noutro caso, alguém terá pedido esclarecimentos sobre a sobre a capacidade de transporte do sistema quando, ao que parece, as carruagens adjudicadas serão menores do que inicialmente previsto. Tranquilizem-se: a capacidade total do sistema, dizem-nos, não depende só da dimensão da carruagens, mas também da frequência. Verdade incontestável. O mesmo se pode dizer dos sistemas de autocarros. Tanto se transportam 50 passageiros num autocarro grande como em dois, ou três, ou quatro.... mais pequenos. Mas não é a mesma coisa: em tempo, em custos, etc. E, sublinhe-se, nada disto envolve qualquer julgamento sobre as opções técnicas e de fornecimento, que aqui não cabem. Até porque, assinale-se todavia, continua a não se dispor publicamente de estudos técnicos fundamentados ou dos seus resultados. O que, se a transparência tem algum significado, seria desejável. Muito mais se poderia acrescentar. Mas a única coisa que se justificará verdadeiramente perguntar nesta altura é: há alguém que se sinta responsável – ou alguém que sinta que alguém deva ser responsabilizado – por isto?
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Filipa Queiroz; Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Patrícia Ferreira, Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; João Miguel Barros, Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Luís Sá Cunha, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Av. Dr. Rodrigo Rodrigues nº 600 E, Centro Comercial First Nacional, 14º andar, Sala 1407 – Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo
cartoon
DEMOCRACIA TAILANDESA
por Steff
CRATO TRAVA FECHO DE ESCOLAS O novo ministro da Educação vai travar o encerramento de escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos, adianta o Diário de Notícias. Em causa estavam 654 escolas do primeiro ciclo do ensino básico, com menos de 21 alunos, que iam fechar este mês, no âmbito do plano de reorganização da rede escolar. A equipa de Nuno Crato, que agora tomou posse, garantiu que irá reavaliar a proposta de encerramento das escolas e o seu impacto.
Polémica expropriação de terrenos de agricultores
Montanha de contradições Virginia Leung
Virginia.leung@hojemacau.com.mo
ASSIS DESAFIA SEGURO A «DEBATER IDEIAS» O candidato à liderança do PS, Francisco Assis, disse hoje querer «abrir o partido às bases» desafiando António José Seguro a «dar o exemplo» aceitando «debater ideias» num frente a frente entre os dois. Francisco Assis falava à margem de um encontro com algumas dezenas de apoiantes no concelho da Trofa quando lançou o desafio a António José Seguro, também ele candidato a secretário-geral do PS, de aceitar realizar um frente a frente entre ambos. «Eu quero um debate com António José Seguro para discutirmos o futuro do partido e darmos um exemplo às bases sobre como é possível debater, divergir e discordar de forma civilizada». JAIME PACHECO EMPATA, MANTÉM SEGUNDO LUGAR A equipa treinada pelo português Jaime Pacheco, o Beijing Guo’An, cedeu ontem o quarto empate no espaço de três semanas, mas manteve o segundo lugar na Super liga chinesa de futebol. Na 13.ª jornada, o Beijing Guo’An foi empatar no campo do Shaanxi 1-1, somando agora 24 pontos, menos sete do que o Guangzhou, a única equipa ainda invicta do campeonato. O Beijing Guo’An permanece, contudo, a mais goleadora da prova, com 24 golos, e tem dois jogadores – Griffiths, da Austrália, e Martinez, das Honduras - entre os quatro melhores marcadores. Na próxima jornada, o Beijing Guo’An recebe o Xangai, que ocupa quinto lugar, com apenas menos um ponto do que a equipa de Jaime Pacheco.
O
ambicioso plano de desenvolvimento para a Ilha da Montanha é visto como a “cartola mágica” para a evolução e diversificação económica de Macau, onde a população aguarda ansiosa (e graças a toda a promoção feita pelo Governo) o nascimento dos desafios e oportunidades previstos para a zona. Mas como não há parto sem dor, o avançar dos preparativos para a nova Ilha da Montanha também tem deixado as suas marcas. Neste caso, os sacrificados têm sido os agricultores da zona, que têm sido alvo de um processo de expropriações no mínimo polémico, como tem sido revelado por movimentos através do Facebook. Uma página dedicada ao tema na popular rede social emitiu duas notas a respeito dos últimos desenvolvimentos. Numa delas, é tornada pública a forma como a Autoridade de Planeamento e Terras do Distrito de Hengqin (Ilha da Montanha) se tem feito valer de uma série de truques, ameaças, chantagens e conceitos difusos
para tentar forçar os agricultores a deixarem os terrenos.
ASSINAR SEM NEGOCIAR
Nomeadamente, os camponeses têm sido obrigados a assinar declarações de compensação sem terem qualquer hipótese de negociação. A autoridade terá decidido unilateralmente forçá-los a aceitar as condições de compensação oferecidas e a abandonar as terras. Os autores da página afirmam mesmo que elementos de máfias locais (tríades) terão sido recrutados para forçar os camponeses a abandonarem as propriedades sob ameaça de agressões físicas. Numa “Nota de Aviso” também publicada na página é referido: “Devido a negociações não concluídas para compensação dos agricultores, o Governo distrital não deveria permitir que o departamento competente levasse a cabo qualquer expropriação forçada daqueles mais de 30 terrenos de agricultores antes das respectivas permissões”. Este aviso terá sido ostensivamente ignorado no dia 27 de Junho, quando a Autoridade de Planeamento e Terras arranjou mais de 100 profissionais de engenharia para entrar à força nas fazendas de criação loca-
lizadas no centro da Ilha antes que houvesse consenso para o acordo de compensação. Nessa acção, terão sido destruídas propriedades dos camponeses e alguns presumíveis agentes da polícia à paisana terão mesmo deixado a ameaça: “Quem se atrever a impedir os engenheiros estará a fazê-lo por sua própria conta e risco!” Impotentes para oferecer qualquer tipo de resistência, os agricultores limitaram-se a chorar pelas suas propriedades destruídas. Na página é também referido que, por volta das 13h do mesmo dia, a equipa de engenharia decidiu avançar com a preparação dos terrenos para as obras. Os agricultores apenas puderam implorar pela ajuda do Governo de Zhuhai, numa acção em que se ajoelharam por mais de uma hora, sem conseguirem contudo que fosse agendada qualquer reunião para fazerem ouvir os seus apelos. A página no Facebook é http:// www.facebook.com/notes/su-chan/橫琴政府徵收玩弄權力愚弄 耕農/105289062896799 , http:// www.facebook.com/notes/su-chan/橫琴國土局強徵強收農民土 地百人大軍對付十多名手無寸鐵農 民公理何在/111944192231286
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INDONÉSIA SOPUTAN ENTROU EM ERUPÇÃO O Soputan, um dos vulcões mais activos da Indonésia, entrou hoje em erupção lançando uma nuvem de cinzas a cerca de 5.000 metros, mas as autoridades não registaram qualquer vítima. Localizado na província de Sulawesi do norte, o vulcão, a uma altura de 1.783 metros, começou a lançar fumo e lava logo pela manhã na sua primeira erupção desde 2008. A aldeia mais próxima do vulcão fica a cerca de cinco quilómetros, uma distância ainda considerada segura para a actividade actual do vulcão que está rodeado de florestas. WILLIAM E KATE RECEBIDOS COM PROTESTOS NO QUEBEC Dezenas de manifestantes antimonárquicos perturbaram hoje a chegada do príncipe William e da sua mulher Kate a um hospital pediátrico em Montreal. Além dos gritos, alguns manifestantes batiam com martelos, de forma vigorosa, em panelas de ferro, gerando um barulho muito forte, enquanto o príncipe William e a mulher, Kate, entravam no hospital, sem olhar para os que os criticavam. Alguns cartazes empunhados pelos manifestantes chamavam «criminoso de guerra» a William e outros, igualmente hostis, apelidavam-no de «parasita». WTCC MONTEIRO QUARTO, MENU PRIMEIRO O piloto suíço Alain Menu venceu hoje a primeira corrida do WTCC Circuito da Boavista, no Porto, sexta etapa do Mundial de Turismo, dominada pelos carros da Chevrolet, que preencheram todos os lugares do pódio. O português Tiago Monteiro, que partiu com o quinto melhor tempo da qualificação, venceu o duelo directo com o seu colega de equipa, o italiano Gabriele Tarquini, e levou o seu SEAT Leon ao quarto lugar. Alain Menu, que partiu da “pole position”, impôs-se aos seus colegas de equipa, o francês Yvan Muller (2.º) e o inglês Robert Huff (3.º) – líder do mundial de pilotos – que mantiveram uma acesa luta pelo segundo posto. O SEAT Leon de Tiago Monteiro, sempre muito apoiado pelo público da sua cidade Natal, foi o primeiro a receber a bandeirada de xadrez após os três carros da Chevrolet de Alain Menu, Yvan Muller e Robert Huff. O holandês Tom Coronel, em BMW 320, e o sueco Robert Dahlgren, em Volvo C30, terminaram em sexto e sétimo lugares, respectivamente, enquanto o húngaro Norbert Michelisz, em BMW 320, ganhou o Troféu Yokohama.