DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10 HOJE MACAU
QUARTA-FEIRA 6 DE DEZEMBRO DE 2023 • ANO XXII • Nº5389
CASA DE MACAU
CHINA | UE
PASSAR A PALAVRA
O CANDIDATO PÁGINA 3
hojemacau
Boa educacão ´ GCS
ANDREJ GRILC
O PISA 2022 deixa rasgados elogios ao sistema educativo de Macau. Entre mais de 80 países, ou economias participantes, os alunos locais obtiveram uma classificação excepcionalmente boa em áreas como a matemática, um registo histórico, ciência e leitura. O relatório indica ainda que o território foi dos poucos a não baixar o desempenho durante a pandemia da covid-19. ÚLTIMA
ADOBESTOCK
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PÁGINAS 10-11
O SEGREDO DA SEDA José Simões Morais
CASO KONG CHI
VOZES A FAVOR PÁGINA 4
HABITAÇÃO
DIPLOMA APROVADO PÁGINA 2
CONCERTO
CLARINETES DE EXCELÊNCIA EVENTOS
2 política
Investimentos Pedidos 6,55 mil milhões em 2022 O ano passado fechou com perdas nos investimentos feitos pelo Governo em aplicações financeiras de quase 6.55 mil milhões de patacas, afirmou ontem o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. O governante explica as perdas com a “vola-
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tilidade verificada no ambiente global de investimento em 2022, e simultaneamente, o facto de o aumento das taxas de juro ter reduzido a dinâmica de crescimento no mercado de acções e no mercado de títulos.” Ao longo de 2022, a receita ordinária integrada ul-
trapassou os 109,1 mil milhões de patacas, enquanto a despesa ordinária integrada atingiu 102,1 milhões de patacas. Sendo as receitas realizadas superiores às despesas, o saldo total da conta ordinária integrada registou quase 7 mil milhões de patacas.
Seguros Diploma da actividade de mediação foi aprovado Os deputados da Assembleia Legislativa aprovaram ontem na generalidade a lei da actividade de mediação de seguros. O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, indicou que o diploma tem como objectivo “reforçar a supervisão dos mediadores de seguros, proteger os direitos e interesses dos tomadores de seguros
e beneficiários, aumentar a confiança do público no sector da mediação de seguros, promovendo-se o desenvolvimento contínuo deste sector”. O secretário afirmou que o Governo teve como referência na construção da lei as experiências de outros países e regiões no âmbito da supervisão financeira, tendo presentes, por um lado,
os “Princípios básicos de seguros” definidos pela Associação Internacional de Supervisores de Seguros. Lei Wai Nong defendeu que a aprovação da lei irá elevar os requisitos para o exercício da actividade, especificando que os requerentes devem reunir os critérios exigidos pela Autoridade Monetária de Macau.
HABITAÇÃO DEPUTADOS CRITICAM ISENÇÃO DE IMPOSTO, MAS VOTAM A FAVOR
Quanto mais me bates
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lei que irá isentar do pagamento do imposto de selo na compra da segunda habitação foi ontem aprovada na generalidade na Assembleia Legislativa (AL). Durante a discussão da proposta do Governo, apenas sete deputados colocaram questão ao secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. Os mais críticos foram Lo Choi In e Ron Lam, que desconfiaram da eficácia da medida para espevitar o mercado imobiliário que tem estado de fora da recuperação económica pós-pandémica. Lo Choi In afirmou mesmo que as medidas estabelecidas na proposta de lei “são tardias e não vão conseguir dinamizar o mercado imobiliário”, como tal, a deputada ligada à comunidade de Jiangmen sugeriu ao Governo o alargamento da isenção de imposto para compra do terceiro (e posteriores) imóveis destinados à habitação. Lei Wai Nong repetiu uma fórmula tradicional no hemiciclo, não respondendo e remetendo a discussão do assunto para as reuniões entre Governo e os deputados da comissão permanente que irá analisar o diploma. O único deputado que se absteve na votação da proposta de lei, quebrando a unanimidade, foi Ron Lam. O legislador começou por afirmar que o Governo tem a responsabilidade de explicar detalhadamente à população o impacto que a lei terá no mercado. Além disso, afirmou que após o anúncio da medida de incentivo para quem compra segunda casa, os jovens de Macau ficaram preocupados com o aumento das dificuldades para acederem à compra de habitação no mercado
GCS
Foi ontem aprovada na generalidade a lei que isenta o imposto de selo na compra de segunda habitação. Além de alertas de que as elevadas taxas de juro afastam residentes do mercado, Lo Choi In disse que a medida era tardia e não iria dinamizar o mercado. Lei Wai Nong frisou que Macau não seguiu totalmente a Reserva Federal norte-americana nos juros de referência
privado. Perguntou também se essa consequência não teria sido prevista pelo Governo para que os mais jovens optassem pela habitação económica de construção pública.
Tung Gwo
Em respostas às inquietações de Ron Lam, o secretário para Economia e Finanças remeteu para o texto que leu, a nota justificativa, no início da discussão da proposta. “Lançámos a medida para as pessoas poderem comprar casa e para termos um sector financeiro estável. Neste momento, temos mais oferta do que procura e as taxas de juros têm sofrido alterações, por isso regressámos às medidas anteriores”, afirmou Lei Wai Nong. O governante afirmou ainda que uma parte da
população está direccionada para o mercado privado e que outra depende da gestão do Executivo para a habitação, “tendo em conta o desenvolvimento do sector imobiliário e a estabilidade do sector financeiro”. Ainda sobre as razões que levaram o Governo a legislar a isenção
Ron Lam afirmou que os jovens de Macau estão preocupados com a lei, que poderá aumentar as dificuldades para comprarem habitação no mercado privado
do imposto, Lei Wai Nong remeteu para um legislador nomeado pelo Chefe do Executivo. “O deputado Cheung Kin Chung ajudou-me a responder à maioria das questões”, referiu. Em relação aos encargos agravados pela subida de juros, o governante reiterou que é preciso proteger o sector financeiro. Nesse aspecto, lembrou que “a Reserva Federal norte-americana aumentou os juros de referência 11 vezes, mas Macau não seguiu totalmente”. No final da discussão, como sempre, o presidente da AL, Kou Hoi In, exclamou “Tung Gwo”, que significa aprovada, culminando o voto favorável de todos os deputados, excepto Ron Lam. João Luz
ELEIÇÃO CE LEI PASSA NA COMISSÃO SEM ALTERAÇÕES
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segunda comissão permanente da Assembleia Legislativa terminou ontem a análise na especialidade da proposta de lei eleitoral para o Chefe do Executivo e foi assinado o parecer, culminando a fase de discussão de detalhes entre Governo e deputados, antes de a lei voltar ao hemiciclo para ser aprovada na especialidade. Segundo o deputado Chan Chak Mo, que preside à comissão, o novo texto do diploma não tem modificações significativas face à proposta de lei inicial. Ficou estabelecido que tantos os candidatos a Chefe do Executivo, como os membros da Comissão Eleitoral não podem ser membros de parlamentos ou governos estrangeiros, “para evitar dupla fidelidade”. Além disso, todos terão de prestar fidelidade à Lei Básica da RAEM e à RAEM, inclusive assinando uma declaração. Como foi proposto pelo Governo, caberá à Comissão de Defesa da Segurança do Estado da RAEM, que inclui assessores nomeados pelo Governo Central, terá o poder para vetar membros da comissão e candidatos, sem direito a recurso judicial em caso de veto. Ficou também na proposta de lei a disposição onde se declara que 150 dias depois da eleição do Chefe do Executivo, a Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo é dissolvida.
quarta-feira 6.12.2023
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S sócios da Casa de Macau em Lisboa elegem uma nova direcção no próximo dia 16, mas não terão muito por onde escolher: Carlos Piteira, macaense e antropólogo, lidera a lista única candidata às eleições, uma vez que Rudolfo Faustino, presidente desde 2021, decidiu não se recandidatar, soube o HM. Segundo o manifesto eleitoral publicado na última newsletter da Casa de Macau, um dos objectivos da nova direcção passa por “salvaguardar o primado da identidade macaense como matriz de referência” da instituição, bem como “manter, desenvolver e fortalecer a articulação e as parcerias com as demais instituições e organizações ligadas directamente ou indirectamente a Macau e suas populações”. O mote da candidatura liderada por Carlos Piteira é “Perpetuar
CASA DE MACAU CARLOS PITEIRA É ÚNICO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA
Segurar o barco
BIR Novo formato do cartão ainda este mês HOJE MACAU
O antropólogo Carlos Piteira lidera a única lista que vai a votos no próximo dia 16 para liderar a direcção da Casa de Macau em Lisboa. No manifesto eleitoral, lê-se que um dos objectivos da nova direcção será “salvaguardar o primado da identidade macaense”, atrair mais sócios jovens e procurar novas fontes de financiamento
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A Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) vai começar a emitir a nova versão do Bilhete de Identidade de Residente (BIR) a partir do dia 15 deste mês. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a DSI fez um apelo para que os residentes não renovem à pressa o respectivo documento de identificação, uma vez que apenas é necessário substituí-lo até seis meses antes do fim da data de validade. Foi também referido que os residentes podem usar o antigo BIR sem problemas até ao fim da validade. O presidente da DSI, Chao Wai Ieng, referiu que há cerca de 50 mil residentes com condições para substituir o BIR nos primeiros seis meses de 2024 e após o dia 15.
Gripe colectiva Afectados 46 alunos de sete escolas o Legado, Projectar o Futuro”, pretendendo-se “respeitar o nosso passado, as tradições, sem deixar de antecipar os desafios do futuro”, que passam por “modernizar, actualizar, adaptar e inovar.
Novos financiamentos
A Casa de Macau em Lisboa situa-se numa moradia que, oficialmente, pertence à Fundação Casa de Macau, que tem outras instalações e que lhe dá financiamento. Assim, a nova direcção pretende “renovar e adaptar os procedimentos e mecanismos de gestão, na perspectiva de desburocratização e desmaterialização”, sem esquecer uma maior “modernização das plataformas digitais” da associação. Pretende-se também “rejuvenescer a composição dos associados e atrair a população mais jovem para participar e desenvolver as
iniciativas da Casa de Macau”. Um dos objectivos mais prementes passa por “aumentar o número de sócios e, paralelamente, diminuir a idade média dos associados”. Torna-se necessário, para a lista liderada por Carlos Piteira, “agilizar e simplificar os procedimentos e as decisões”, bem como “avaliar hipóteses de novas formas de financiamento”.
Torna-se necessário, para a lista liderada por Carlos Piteira, “agilizar e simplificar os procedimentos e as decisões”, bem como “avaliar hipóteses de novas formas de financiamento”
Habitualmente a Casa de Macau em Lisboa organiza sessões de Chá Gordo ou outros encontros de índole cultural, mas a lista de Carlos Piteira quer ir mais além, tentando “ampliar a representatividade da Casa de Macau no contexto social” ou reforçar o seu papel “no meio académico, com universidades e centros de investigação”. Em termos da cultura macaense, pretende-se “reafirmar a gastronomia com o Chá Gordo, almoços e workshops”, bem como o Patuá, com récitas ou workshops sobre este dialecto, sendo estas vertentes consideradas como “singularidades específicas da Casa de Macau”. O HM tentou chegar à fala com Carlos Piteira, mas este recusou prestar declarações antes do acto eleitoral, remetendo-se apenas ao manifesto acima citado. Andreia Sofia Silva
Continuam a ser reportados pelos Serviços de Saúde casos de gripe colectivas em estabelecimentos de ensino do território. As autoridades de saúde revelaram ontem que desde a passada quinta-feira foram detectados casos colectivos de gripe em sete escolas onde foram identificadas 46 crianças doentes. Na Escola São Paulo, na Rampa dos Cavaleiros da Areia Preta, sete crianças ficaram doentes, enquanto na Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, na Avenida Sidónio Pais, as infecções afectaram quatro alunos. Na Escola Dom João Paulino adoeceram nove alunos, na Escola Fong Chong da Taipa a contabilidade de meninos doentes chegou aos cinco. O caso de gripe colectiva da Escola da Associação Geral das Mulheres de Macau afectou 11 alunos, enquanto na Escola das Nações foram três e no Colégio de Santa Rosa de Lima - Secção Chinesa quatro alunas adoeceram. Um aluno da Escola Dom João Paulino necessitou de internamento hospitalar por febre alta e persistente, mas está em estado estável.
METRO LIGEIRO PERCURSO ENTRE A ESTAÇÃO OCEANO E A DA BARRA DEMORA 4 MINUTOS RÓMULO SANTOS
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Metro Ligeiro leva quatro minutos a atravessar a Ponte de Sai Van, entre as estações Oceano (a última da Linha da Taipa) e a estação da Barra, já do lado de Macau. Com tudo preparado para inaugurar a Estação do Metro Ligeiro da Barra na próxima sexta-feira, a empresa que gere o transporte vai vender
até ao próximo domingo bilhetes comemorativos da abertura da Estação da Barra e da Linha da Taipa para a escolha e compra. O preço de um conjunto de bilhetes comemorativos é de 180 patacas e podem ser adquiridos numa janela de venda especial instalada na Estação da Barra. Será ainda organizada uma festa de recep-
ção de passageiros na Estação da Barra para as primeiras partidas, das estações da Barra e Jockey Clube, ambas às 06h30. Em coordenação com a extensão do serviço da Linha da Taipa até à Estação da Barra do Metro Ligeiro, será ajustado o horário de serviço do transporte e aumentadas as fre-
quências de circulação. O horário de operação do metro ligeiro é de segunda a sexta-feira, das 06h30 às 23h15, nos sábados, domingos e feriados, das 06h30 às 23h59. A Sociedade do Metro Ligeiro de Macau referiu ainda que as carruagens passam entre períodos que variam entre 7,5 e 10 minutos em média.
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JUSTIÇA KONG CHI ESTEVE EM JULGAMENTO SEM SER NOMEADO
Presença de peso
Na sessão de julgamento que envolve o procurador-adjunto da RAEM, Kong Chi, uma juíza, testemunha abonatória, disse ter decidido de forma independente a absolvição de um arguido por consumo de droga apesar de Kong Chi ter estado presente sem ser oficialmente nomeado pelo Ministério Público. Na segunda-feira foi ouvido um total de cinco testemunhas abonatórias
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ECORREU, esta segunda-feira, mais uma sessão do processo de julgamento do procurador-adjunto do Ministério Público (MP), Kong Chi, que, segundo a TDM Canal Macau, serviu para ouvir um total de cinco testemunhas abonatórias. Uma delas, a juíza Ip Sio Fan, do Tribunal Judicial de Base (TJB), declarou ter decidido a absolvição de um arguido acusado de consumo de droga de forma independente, mesmo apesar de Kong Chi ter estado nessa sessão sem ser oficialmente nomeado pelo MP. A juíza declarou desconhecer a ausência de nomeação e que apenas teve conhecimento da situação pelos jornais no decorrer deste processo. Ip Sio Fan disse esta segunda-feira, no Tribunal de Segunda Instância, sentir-se “irritada” ao saber que Kong Chi representou o MP na sessão de julgamento sem ser nomeado oficialmente, mas que o MP teve conhecimento da decisão de absolvição do arguido e não apresentou recurso. Este processo de consumo de droga é um dos presentes na acusação, que afirma que Kong Chi interferiu directamente na decisão. A acusação disse mesmo que a presença de Kong Chi em tribunal fez com que o arguido tenha sido absolvido. Ip Sio Fan afirmou em tribunal que “pensou profundamente na decisão e que não foi influenciada
por ninguém”, uma vez que a absolvição seria sempre a sua decisão “fosse ou não Kong Chi o delegado responsável pelo processo”, noticiou a TDM Canal Macau.
Muito trabalhador
Na sessão de julgamento,o foram ainda ouvidos colegas de Kong Chi que adiantaram que este era “expedito no trabalho e que arquivava logo os casos em que não havia provas suficientes para aliviar a pressão de trabalho no MP”.Apesar da acusação referir que Kong Chi usava a sala de depoimentos dos suspeitos para angariar “clientes” e tirar benefícios para si dos casos, a verdade é que estes colegas disseram que o procurador-adjunto “raramente estava na sala”. Outra testemunha abonatória ouvida, foi um membro da Associação de Conterrâneos de Hunan, entidade de que Kong Chi foi membro fundador. O nome deste homem consta numa tabela com registos que, alegadamente, são benefícios ilícitos recebidos por Kong Chi no decorrer da investigação dos processos, aponta a acusação.
Ip Sio Fan disse esta segunda-feira, no Tribunal de Segunda Instância, sentir-se “irritada” ao saber que Kong Chi representou o MP na sessão de julgamento sem ser nomeado oficialmente
RESIDÊNCIA DE IDOSOS PRESIDENTE DO IAS DIZ QUE VALOR DA RENDA É JUSTO
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ON Wai, presidente do Instituto de Acção Social (IAS), garantiu ao deputado Leong Sun Iok que a renda cobrada aos idosos no futuro projecto residencial do Governo para esta faixa etária é justo, tendo sido definido com base no “valor dos imóveis no mercado de arrendamento e de venda em Macau”. Este valor
“é calculado, de forma geral, a partir da área de construção, pelo que o IAS seguiu a forma de cálculo aplicada no mercado de arrendamento”, tendo ainda usado “a renda dos edifícios industriais por cada pé quadrado de área de construção como referência, a fim de definir a taxa de utilização dos apartamentos residenciais”.
Na resposta à interpelação escrita do deputado, o IAS adianta que, com base nas informações de arrendamento de 139 fracções de edifícios industriais, relativas a Setembro, concluiu-se que a renda mediana por cada pé quadrado da área de construção é de 10.85 patacas, “o que, fazendo o cálculo a partir deste
valor com os 753 pés quadrados da área da construção, leva a uma renda mediana de 6,214 patacas por mês”. Além disso, “a mediana da taxa de utilização mensal dos apartamentos da residência do Governo para idosos é de 6,050 patacas, sendo este valor inferior ao obtido no mercado”, defendeu Hon Wai.
O responsável salientou ainda a concessão de benefícios aos idosos, uma vez que “durante a vigência do primeiro acordo de utilização [do apartamento], a taxa de utilização dos primeiros 759 apartamentos sofre uma redução de 20 por cento, a fim de incentivar os idosos interessados a candidatarem-se à residência”.
TIAGO ALCÂNTARA
Nesta lista, consta o nome da testemunha e um valor de duas mil patacas, mas o homem disse em tribunal que este montante foi apenas um donativo que Kong Chi fez à associação. As alegações finais do processo estão marcadas para o dia 14 deste mês. Kong Chi foi formalmente acusado em Setembro dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, violação de segredo de justiça e prevaricação. Andreia Sofia Silva
Burla Estudante local na Austrália perde 819 mil dólares de HK
Um jovem residente que estuda actualmente na Austrália foi burlado em 819 mil dólares de Hong Kong por falsos polícias de Pequim, tendo este denunciado o caso após regressar a Macau. Segundo o jornal Ou Mun, a Polícia Judiciária (PJ) revelou que o estudante recebeu uma chamada telefónica de um falso funcionário da companhia de telecomunicações da Austrália referindo que o seu número de telefone estava envolvido em vários casos de burlas, e que os dados pessoais do estudante poderiam ser roubados. A chamada foi depois transferida para outra pessoa que se identificou como sendo um “agente policial de Pequim” e procurador, tendo afirmado que o estudante tinha sido vítima de branqueamento de capitais, além de lhe ter sido exigido dinheiro para conseguir continuar na Austrália, como forma de “caução” para levar a cabo uma investigação durante 15 dias. O estudante transferiu então os 819 mil dólares de Hong Kong entre os dias 12 de Outubro e 10 de Novembro, sendo que só percebeu a burla depois ter falado com alguns familiares sobre o ocorrido.
Obras Públicas TSI volta a reduzir penas a dois acusados
O Tribunal de Segunda Instância (TSI) decidiu reduzir ainda mais as penas de dois condenados no caso que envolve dirigentes das Obras Públicas e empresários dos sectores imobiliário e construção. Segundo a TDM Rádio Macau, serão reduzidas as penas dos empresários Sio Tak Hong e Ng Lap Seng. O primeiro, condenado pelo Tribunal Judicial de Base (TJB) a uma pena de prisão de 24 anos, viu, em Novembro, o TSI reduzir-lhe a pena para 12 anos, sendo que a nova pena aplicada será de 11 anos e meio graças à prescrição de um dos crimes de que foi acusado. Quanto a Ng Lap Seng, condenado na primeira instância a 15 anos, viu a pena ser reduzida pelo TSI, em finais de Novembro, para quatro anos e seis meses e agora para dois anos e seis meses, por prescrição de dois dos três crimes de branqueamento de capitais relacionados com a família de Jaime Carion, antigo director das Obras Públicas.
quarta-feira 6.12.2023
Os analistas da JP Morgan Securities apontam para um final de ano positivo ao nível das receitas do segmento de massas, com o último trimestre do ano a ultrapassar o anterior em 10 por cento. Os casinos de Macau podem fechar Dezembro com perto de 18 mil milhões de patacas em receitas brutas
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S concessionárias de jogo podem terminar o ano com mais uma razão para lançar fogo-de-artifício, pelo menos de acordo com as estimativas dos analistas da JP Morgan Securities. Os especialistas emitiram uma nota
JOGO DE MASSAS ANALISTAS ESTIMAM SUBIDA NO FIM DO ANO
a traçar um cenário de final feliz para encerrar o ano, com as receitas brutas do segmento de massas a recuperarem para cerca de 80 por cento dos níveis registados em Dezembro de 2019, e cerca de 70 por cento em termos trimestrais. Nesse sentido, os analistas perspectivam que as concessionárias apurem entre 17,5 mil milhões e 18 mil milhões de patacas em Dezembro nas mesas de jogo, graças à persistência da elevada procura. Recorde-se que os últimos dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) revelaram que em Novembro os casinos do território facturaram 16,04 mil milhões de patacas, valor que representou uma queda mensal de 17,7 por cento em comparação com Outubro, mês em que as receitas atingiram o valor mais alto desde o início da pandemia de covid-19. “Acreditamos que a boa performance de Dezembro impulsione os resultados do quarto trimestre no
Fitch eleva classificação da Fidelidade Macau
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“Acreditamos que a boa performance de Dezembro impulsione o segmento de massas no quarto trimestre, com receitas brutas até 10 por cento superiores ao trimestre anterior, duplicando a diferença histórica de 5 a 6 por cento entre o terceiro e o quarto trimestre.”
Acabar em grande
Revisões em alta Fitch Ratings elevou ontem a classificação da Fidelidade Macau, de ‘A-’ para ‘A’, a sexta nota mais elevada da agência de notação financeira, que destacou a importância da seguradora para o grupo português. Num comunicado, a Fitch disse que a subida reflecte “a importância estratégica” da filial de Macau para a portuguesa Fidelidade – Companhia de Seguros, S.A., que desde 2014 é detida por capitais chineses. Aagência sublinhou que a Fidelidade Macau “é a única seguradora não vida que representa a marca Fidelidade na região Ásia-Pacífico” e, como tal, considerou improvável que o grupo português abandone o investimento. A
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subida da classificação “leva em consideração sinergias e cooperação operacional mais explícitas entre a empresa-mãe e a subsidiária”, acrescentou a Fitch.
“Baixo risco”
A agência de notação disse acreditar que a Fidelidade, controlada pelo grupo Fosun, o maior investidor privado chinês em Portugal, “forneceria apoio operacional e de capital à subsidiária [de Macau], se necessário”. Mas a Fitch sublinhou que a Fidelidade Macau tem “um baixo risco de investimento e liquidez”, uma rentabilidade média de 79 por cento nas suas apólices e um rácio de solvabilidade de 528 por cento no final de Setembro, “bem acima do mínimo regu-
JP MORGAN SECURITIES
segmento de massas, com receitas brutas até 10 por cento superiores ao trimestre anterior, duplicando a diferença histórica e sazonal de 5 a 6 por cento entre o terceiro e o quarto trimestre”, prevêem os analistas, citados pelo portal GGR Asia.
Feitas as contas
A JP Morgan Securities acrescenta que os resultados do quarto trimes-
lamentar de 150 por cento”. A agência disse esperar que a seguradora beneficie da recuperação gradual do turismo de Macau e da retoma dos projectos de construção após o levantamento das restrições ligadas à pandemia de covid-19, nomeadamente à entrada de pessoas vindas da China. Fundada em 1808, a Fidelidade afirma ser a seguradora líder de mercado em Portugal, operando ainda em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Espanha, França, Peru, Bolívia, Paraguai e Chile, além de Macau. A Fosun adquiriu cerca de 85 por cento do capital da Fidelidade ao banco estatal português Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, através da seguradora, detém 5 por cento da REN - Redes Energéticas Nacionais, é a maior accionista do banco BCP (com 27,25 por cento) e dona do grupo Luz Saúde.
tre podem empurrar “as receitas brutas do segmento de massas para níveis que ultrapassem, finalmente, o período antes da pandemia e impulsionem os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) para níveis que ficam a 85 por cento dos resultados pré-pandémicos”. Entre Janeiro e Novembro, as receitas do jogo em Macau mais
que quadruplicaram em comparação com igual período de 2022, atingindo 164,5 mil milhões de patacas, valor que ultrapassou o previsto no orçamento de Macau para 2023, que era de 130 mil milhões de patacas. De acordo com a DICJ, a receita acumulada nos primeiros onze meses do ano representa 61 por cento do montante registado no mesmo período de 2019. João Luz
PATRIMÓNIO CRIADO MUSEU JUNTO ÀS RUÍNAS
O
Governo vai construir o Museu do Património Mundial de Macau nos números 16 a 22 da rua D. Belchior Carneiro, e que irá incluir os vestígios arqueológicos existentes no local. Segundo um comunicado oficial, o projecto foi ontem apresentado em sede de reunião do Conselho do Património Cultural, tendo uma área de 7600 metros quadrados. O futuro museu
vai ter salas de exposições e de leitura, um armazém de colecções, um auditório e salas multifuncionais, prevendo-se ainda a construção de uma passagem superior que ligue esta infra-estrutura ao Museu de Macau, localizado junto à Fortaleza do Monte. Leong Wai Man, presidente do Instituto Cultural, disse ainda que o projecto será alvo de melhorias no próximo ano.
Segundo o comunicado, “os membros do Conselho expressaram a sua emoção no que diz respeito ao plano e apresentaram sugestões sobre o conteúdo do Museu e o design da respectiva fachada, esperando também que as instalações circundantes possam ser planeadas de forma a facilitar a visita de residentes e turistas”. Para o IC, o projecto pretende chamar a atenção para o facto de o Centro Histórico de Macau já se encontrar inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO há mais de dezoito anos. A ideia é “proteger e valorizar melhor o património mundial” do território, tendo em conta as consultas feitas “à experiência e trabalhos de salvaguarda do património mundial do Interior da China e do estrangeiro”.
6 eventos
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CONCERTO ORQUESTRA DE MACAU NO CCM COM IRMÃOS OTTENSAMER
Os irmãos Ottensamer vêm de uma família austríaca de clarinetistas. Daniel Ottensamer é chefe de naipe de clarinetes da Filarmónica de Viena e Andreas Ottensamer é chefe de naipe de clarinetes da Filarmónica de Berlim e um maestro de renome
Ode ao clarinete O grande auditório do Centro Cultural de Macau recebe este sábado o concerto da Orquestra de Macau com dois clarinetistas mundialmente famosos. “Os Irmãos Ottensamer com a Orquestra de Macau” é o nome do espectáculo que traz ao território os irmãos Andreas e Daniel Ottensamer, respectivamente chefes de naipe de clarinetes das filarmónicas de Berlim e de Viena
Desde o berço
Andreas Ottensamer nasceu em Viena em 1989, enquanto o irmão nasceu em 1986. Ambos pertencem a uma família austro-húngara de músicos. No caso de Andreas, as primeiras lições de piano aconteceram aos quatro anos de idade, tendo começado a estudar violoncelo aos dez anos, e depois estudado clarinete com Johann Hindler, em 2003. O primeiro trabalho de Andreas Ottensamer com uma orquestra aconteceu na qualidade de assistente na Ópera Estatal de Viena e na Filarmónica desta cidade austríaca.
INSTITUTO INTERNACIONAL INAUGURADA MOSTRA DE FOTOGRAFIA “À DESCOBERTA DE MACAU E HENGQIN”
O
Instituto Internacional de Macau (IIM) acolhe, desde segunda-feira a exposição de fotografia “À Descoberta de Macau e Hengqin”, que nasce do concurso organizado pelo IIM e que pode ser vista no auditório do Carmo, na Taipa. Segundo um comunicado do IIM, a mostra, patente até ao dia 15 de Dezembro, inclui os trabalhos premiados de Li
Man Lok, Nicholas Mok e Wu Kun Chio, na categoria de residentes de Macau, e as imagens de Evans Chen, Ng Pak Lun e Marisa C. Gaspar, na categoria geral. Encontram-se ainda expostas as fotografias seleccionadas pelo júri e que mereceram uma menção honrosa, além das que receberam um prémio especial por sócio atribuído pela Associação de Fotografia Digital de Macau.
O concurso, patrocinado pela Fundação Macau, recebeu mais de 270 fotografias a concurso, sendo que as inscrições terminaram no passado dia 9 de Outubro. A mostra pretende “estimular o conhecimento da população, especialmente entre os mais jovens, das riquezas do património de Macau, das suas tradições e as atracções da Zona de
Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”, destaca o IIM. Além de estar aberta ao público em Macau, a exposição poderá depois ser visitada até ao final do ano em Hengqin. A avaliação das fotografias foi efectuada pelo júri do concurso, composto por Lei Hong e Un Wai Man, em representação da
Associação de Fotografia Digital de Macau, António Monteiro, em representação do IIM, Ng Chi Wai, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau e Francisco Ricarte, da associação Halftone, que publica periodicamente uma revista de fotografia. Esta mostra conta com organização do IIM e de entidades como a Associação de
Fotografia Digital de Macau, o Clube Leo Macau Central, a Associação dos Embaixadores do Património de Macau e a Macau Cable TV, com a colaboração da Halftone, a Associação dos Jovens Macaenses (AJM) e a Language Exchange and Culture Promotion (LECPA), sendo patrocinada pelo Fundo do Desenvolvimento da Cultura.
IIM
DAN CARABAS
ANDREJ GRILC
É
já este sábado que o grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) recebe, a partir das 20h, o espectáculo “Os Irmãos Ottensamer com a Orquestra de Macau” (OM), integrado na temporada de concertos da OM, e que traz a Macau dois dos clarinetistas mais conhecidos globalmente na área da música clássica, os irmãos Andreas e Daniel Ottensamer.
Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), estes irão interpretar o “Concerto para Clarinete”, de Jean Françaix, compositor francês do século XX, juntamente com os músicos da OM. Os irmãos Ottensamer vêm de uma família austríaca de clarinetistas. Daniel Ottensamer é chefe de naipe de clarinetes da Filarmónica de Viena e Andreas Ottensamer é chefe de naipe de clarinetes da Filarmónica de Berlim e um maestro de renome. Neste concerto, que marca a sua estreia no território, irão tocar-se composições de compositores representativos da música clássica russa, nomeadamente “Abertura Ruslan e Lyudmila”, de Mikhail Glinka e a “Sinfonia N.º 4” de Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Segundo o IC, trata-se de uma “demonstração plena da expressividade rica da música sinfónica”.
quarta-feira 6.12.2023
Em 2009, interrompeu os seus estudos em Harvard para se tornar bolseiro da Academia de Orquestra da Filarmónica de Berlim. Desde Março de 2011 que Andreas é o clarinetista principal da Filarmónica de Berlim.As suas parcerias artísticas incluem trabalhos com Murray Perahia, Leif Ove Andsnes, José Gallardo, Leonidas Kavakos, Janine Jansen e Yo-Yo Ma. Em 2005, Andreas Ottensamer fundou o trio de clarinetes “The Clarinotts” com o seu pai Ernst e o seu irmão Daniel. Por sua vez, Daniel Ottensamer tem sido aclamado como um dos grandes clarinetistas da actualidade, além de ter uma reconhecida carreira como solista, músico de câmara e clarinetista principal na Filarmónica de Viena. Daniel já gravou vários concertos para clarinete com a chancela da editora Sony Classical, tendo lançado, no ano passado, a colecção de sete CD’s intitulada “The Clarinet Trio Anthology”, uma gravação abrangente do repertório para clarinete, violoncelo e piano com os músicos Stephan Koncz e Christoph Traxler.
Neste concerto irão tocar-se composições de compositores representativos da música clássica russa, nomeadamente “Abertura Ruslan e Lyudmila”, de Mikhail Glinka e a “Sinfonia N.º 4” de Pyotr Ilyich Tchaikovsky “Os Irmãos Ottensamer com a Orquestra de Macau”, é patrocinado pela Wynn, terá a duração de cerca de 90 minutos, incluindo um intervalo. Os bilhetes encontram-se à venda ao preço de MOP300, MOP250, MOP200 e MOP150, com vários descontos. O público pode adquirir bilhetes através da Bilheteira Online de Macau. Linha directa de reserva de bilhetes 24 horas da Bilheteira Online de Macau: 2855 5555, reserva online: www.macauticket.com.
eventos 7
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Durante a conferência de imprensa, o presidente do IEEM, José Luís de Sales Marques, sublinhou a vinda de realizadores estrangeiros ao festival, pela primeira vez desde 2019, antes do início da pandemia de covid–19. “Estamos muito contentes por podermos contar, não ‘online’, mas ao vivo, com a presença de realizadores que fazem parte deste festival. É caso para celebrar”, disse.
Contas de dividir
“Vórtice” de Guilherme Branquinho
“Raticida” de João Niza
O mundo no Capitólio O Festival Internacional de Curtas de Macau já arrancou
14.º Festival Internacional de Curtas de Macau, com quase 140 curtas-metragens, começou ontem. De Portugal chegam seis películas, enquanto do Brasil são apresentadas três, numa edição marcada pelo regresso à cidade de realizadores estrangeiros após a pandemia, e que acontece no Teatro Capitólio.
O evento conta com a presença da sueca Alexa Landgren e do alemão Malte Stein, ambos membros do grande júri, assim como de outros realizadores estrangeiros cujas curtas estão entre as 126 finalistas, disse a directora do festival, Lúcia Lemos, numa conferência. Landgren e Stein vão ainda dar duas masterclasses, em 12 de Dezembro, sobre como
fazer cinema com um orçamento reduzido e sobre filmes de animação, respectivamente. Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), o Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau apresenta produções independentes de reduzido orçamento.
A selecção oficial do Festival vai apresentar 126 curtas da competição internacional “Shorts”, divididas por 29 sessões no Teatro Capitol ao longo de sete dias, reservando ainda uma sessão para dez vídeos musicais. A organização recebeu 4.051 trabalhos para a selecção oficial, sendo que a lista de finalistas inclui obras oriundas de 51 países. O festival recebeu “mais de 300 curtas logo no primeiro dia”, revelou Lúcia Lemos. As curtas portuguesas “Vórtice”, de Guilherme Branquinho, “Raticida”, de João Niza, a coprodução luso-espanhola “Hipocampo”, de Fer Pérez, e a coprodução luso-marroquina “Morocco, the Gold Digging Lover”, de António Aleixo, vão competir na categoria de ficção. A animação “Ana Morphose”, de João Rodrigues, e o documentário, “Panem Aurora”, de Inês Catita, integram ainda a programação. Já o Brasil, está representado pela animação “Ciranda Feiticeira”, de Lula Gonzaga, Tiago Delácio, o documentário “Rota Vermelha”, de BrunaArcangelo, e a ficção “Último Domingo”, de Joana Claude, Renan Barbosa Brandão. O festival vai atribuir 14 prémios, incluindo Melhor Filme do Festival, Melhor Ficção, Melhor Documentário, Melhor Animação, Melhor Realizador, Melhor Vídeo Musical, Melhor Canção e Melhores Efeitos Visuais. A audiência poderá votar nos favoritos nas categorias de Ficção, Documentário e Animação, podendo participar também na escolha do Melhor Filme do Público.
VIA do MEIO
O SEGRED
Seda, a
LEI ZU estudou o ciclo de vida do bicho-da-seda, o qual hoje está classificado como pertencente à classe dos Insectos, ordem dos Lepidópteros, família dos Bombicídeos, género Bombix, sendo a espécie Bombix mori quem produz o fio de seda de melhor qualidade. A seda é segregada quando a lagarta atinge o estado adulto e começa a expelir um filamento pela boca num movimento em 8 para construir o casulo. O longo filamento contínuo a poder atingir perto de mil metros é constituído por fibroína, o constituinte principal da seda natural, produzida por duas glândulas sericígenas tubulares, longas e voluteando, situadas nas partes laterais anteriores do abdómen da lagarta. Esses dois canais laterais juntam-se num compartimento mais largo, na parte média do abdómen, onde os dois filamentos compostos pela fibroína são envolvidos por uma substância gomosa, a sericina, um líquido glandular. Num único filamento é expelido por um tubo situado na parte inferior da boca e quando exposto ao ar endurece, tornando-se resistente. É com esse filamento que a lagarta, ao girar, se vai envolvendo e construindo o casulo de fora para dentro, levando entre três a cinco dias, mas há locais onde fica feito em apenas 24 a 72 horas. Dentro, a lagarta após expelir todo o filamento fica com o corpo atrofiado e em metamorfose transforma-se em crisálida, cinco a seis dias depois de terminar a construção do casulo. Antes de ser domesticado há cinco mil anos, o bicho-da-seda era muito mais forte e o filamento por ele expelido de qualidade superior e de maior resistência ao produzido hoje. Actualmente não se encontra no estado selvagem e por isso, tudo aqui descrito apenas corresponde à sua forma domesticada.
O ciclo de vida da Bombix mori consiste em quatro fases: ovo (também chamado semente), lagarta (sirgo, ou larva após sair do ovo), crisálida (ou pupa) e mariposa (borboleta nocturna ou imago). Vive normalmente de quarenta e cinco a setenta dias, desde que do ovo sai a minúscula larva e em períodos de crescimento vai, três ou quatro vezes mudando a capa (invólucro exterior) e já como lagarta adulta fecha-se num casulo, por si construído, para se proteger durante o período de transformações operadas no seu corpo. Tendo expelido o fio da seda para a construção do casulo, a glândula serígena, até então o órgão mais desenvolvido, atrofia e dá lugar ao aparelho reprodutor. O corpo alongado da lagarta por metamorfose transforma-se numa crisálida e depois em mariposa, quando fura o casulo para sair. Após acasalar, a mariposa fêmea Bombix mori desova e do ovo retorna à fase larvar.
Sericicultura Como referido, até ao século VI a China foi o único país a praticar a sericicultura (cultura ligada à criação do bicho da seda) bem desenvolvida na província de Shandong já nos inícios do século XIV a.n.E., pois os artigos de seda tinham uma enorme procura, tanto na parte social, como económica, por ser um produto muito apetecível nas trocas. Nas dinastias Shang (16001046 a.n.E.) e Zhou do Oeste (1046771 a.n.E.), o sistema de trabalho nas sirgarias estava já dividido em cem funções, supervisionadas por funcionários especiais. O termo sirgaria provém de sirgo, bicho-da-seda, derivado do latim sericum, nome conhecido para a seda na Antiguidade Greco-Romana, sendo na China o animal denominado can (蚕) e a seda si chou (丝绸).
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6.12.2023
A raiz do carácter a representar a seda (si, 丝) está ligada à dos instrumentos musicais e tal como o de bicho da seda (can, 蚕), tecido de seda (bo, 帛) e amoreira (sang, 桑), foram gravados em ossos de oráculo e em carapaças de tartaruga do século XII a.n.E.. Por essa altura, a seda passou a ser apenas para uso exclusivo da corte chinesa e nas cores dos tecidos se distinguiam os cargos. Assim o amarelo era reservado ao Imperador e à Imperatriz e o violeta para a família real. Ministros e altos dignitários vestiam de azul, roxo os oficiais de segunda e o preto para o restante pessoal ao serviço da corte real. Durante a dinastia Shang (16001046 a.n.E.) começaram a plantar-se amoreiras de Norte a Sul da China. Na Dinastia Zhou do Oeste (1046-771 a.n.E.) foram semeadas em grande escala quando floresceu a procura de seda e se deu um enorme incremento na criação do bicho-da-seda. A indústria estava concentrada em torno do vale do Rio Amarelo, quando nos primeiros séculos do último milénio antes da nossa Era, tecidos de seda foram transportados pela Sibéria para a Ásia Central. Para se perceber a importância da seda, o processo de produção da seda, desde colher as folhas de amoreira, ao tecer e tingir os tecidos, aparece descrito em dois dos cinco Clássicos chineses: no Livro dos Ritos (Li Ji) e no Livro das Odes (Shi Jing). Da dinastia Zhou do Leste (770-256 a.n.E.) um tecido brocado já tingido foi encontrado em 2007 num túmulo na província de Jiangxi, onde na aldeia Lijia, jurisdição de Jing’an, ficou a descoberto a existência de uma indústria têxtil. A produção da seda era supervisionada pelos oficiais da corte. No Período Primavera-Outono (770-476 a.n.E.), começou um rápido desenvolvimento na produção de seda que, em crescente contínuo de mil anos, atingiu o apogeu durante a Dinastia Tang, por volta do ano 750. Os papagaios de seda já esvoaçavam pelo céu entre os séculos V e IV a.n.E.. No Período dos Reinos Combatentes (475-221 a.n.E.), ao chinês que fosse sericicultor e soubesse prevenir as doenças do bicho-da-seda era-lhe dado meio quilo de ouro e ficava isento do serviço militar. Sobretudo nos reinos Chu e Qi, a produção de seda
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DO DA SEDA (9) - DEUSAS E FESTAS
a rainha das fibras José Simões Morais
ocupava muita gente, a do campo na criação do bicho-da-seda e muitos dos habitantes da cidade a desfiar os filamentos dos casulos até chegar à confecção do tecido. Segundo os registos da época, os oficiais vestiam-se de seda e esta era um dos presentes mais preciosos. No livro Mengzi de Mêncio (372289 a.n.E.) encontra-se uma passagem a referir: <uma plantação com 3,3 mil metros quadrados de amoreiras consegue vestir de seda cinquenta pessoas>. Quando em 139 a.n.E. o Imperador Han, Wu Di (140-87 a.n.E.), enviou Zhang Qian à Ásia Central pelos caminhos do Oeste, este aí encontrou uma série de produtos chineses de Sichuan,
Das principais variedades de fibras naturais, conjugando com a lã e o algodão, a seda é superior em cinco de oito propriedades específicas como laca, bambu e a seda Shu. Daí se perceber serem já utilizados os caminhos do Sudoeste para fazer chegar à Índia e Ásia Central as mercadorias chinesas. Assim num período anterior à abertura dos caminhos do Oeste, a seda percorria já os caminhos do Su-
doeste da China, atravessando rios e montanhas, trocada de mão em mão até chegar à Índia e nessa dispersão ganhou existência noutros lugares como na Ásia Central, onde Zhang Qian viajando directamente para Oeste a encontrou. Com a dinastia Han (206 a.n.E.-220) ficam abertos e protegidos os Caminhos para Oeste, sendo o produto predilecto e o mais transportado a seda, por isso lhe deu o nome. Então, as técnicas de estampagem e os teares desenvolveram-se ainda mais. A China tinha a seda como o seu tecido, a Índia produzia algodão, o Egipto o linho e da Babilónia provinha os tecidos de lã. Das principais variedades de fibras naturais, conjugando com a lã e o algodão, a seda é superior em cinco de oito propriedades específicas e comparando com as fibras sintéticas, como o nylon e o poliéster, é superior em maciez, na finura da fibra e na facilidade de ser tingida. Já na retenção de humidade é só igualada à lã, tal como a seda uma fibra natural.
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CHINA/EUROPA MNE APELA AO “DIÁLOGO” EM CIMEIRA COM EMBAIXADORES EUROPEUS
O poder da palavra Em contagem decrescente para o primeiro encontro presencial de alto nível após a pandemia, entre responsáveis chineses e europeus, os intervenientes apelam a um diálogo construtivo e pragmático
O
chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, apelou ontem aos embaixadores dos países da União Europeia para darem prioridade ao “diálogo”, em vez da “confrontação”, durante uma reunião em Pequim, nas vésperas da Cimeira China - UE. PUB.
Aviso Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para a Economia e Finanças, de 22 de Novembro de 2023, foi revogado o Concurso Público n.º 6/CP/DSF-DGP/2023, para o fornecimento de combustíveis aos serviços e organismos do sector público administrativo da RAEM durante o ano de 2024. O Director dos Serviços, Iong Kong Leong
O Presidente chinês, Xi Jinping, vai reunir com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou a importância da cooperação entre a China e UE e apelou às duas partes para que “escolham o diálogo e a cooperação para evitar o confronto entre blocos, uma nova Guerra Fria e obstáculos para o desenvolvimento e prosperidade globais”. “Se a China e a Europa escolherem o diálogo e a cooperação não surgirá a confrontação entre blocos; se escolherem a paz e a estabilidade, não acontecerá
uma nova Guerra Fria; se escolherem a abertura e a cooperação vantajosa para ambas as partes, haverá esperança para o desenvolvimento e a prosperidade globais”, afirmou Wang, citado pelo jornal oficial Global Times.
Wang Yi sublinhou a importância de as duas partes se respeitarem mutuamente, manterem a calma e o pragmatismo e pensarem de forma estratégica. O mesmo responsável reafirmou ainda a posição da China de que a Europa
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china 11
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Opções na mesa
Von der Leyen espera cimeira “de escolhas”
A
é um actor-chave para a construção de um mundo multipolar e que apoia a integração estratégica e a autonomia da Europa. A 24.ª Cimeira China - UE, que se realiza a 7 de Dezembro, é a primeira presencial, após a pandemia da covid-19. O Presidente chinês, Xi Jinping, vai reunir com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A cimeira visa aumentar a confiança mútua, enfrentar desafios globais como a guerra na Ucrânia, as alterações climáticas e a segurança alimentar, e reforçar a cooperação mutuamente benéfica em
“Se a China e a Europa escolherem o diálogo e a cooperação não surgirá a confrontação entre blocos; se escolherem a paz e a estabilidade, não acontecerá uma nova Guerra Fria.” WANG YI MNE
áreas como a economia, comércio, ambiente e saúde, disse na segunda-feira a delegação da UE na China. A reunião coincide com o 20.º aniversário da parceria estratégica global entre os dois blocos e o 25.º aniversário do mecanismo da cimeira China - UE.
Destino de eleição
Desde que a China abriu as fronteiras no início do ano seguiu-se uma série de visitas europeias de alto nível ao país, incluindo de Ursula von der Leyen, do Presidente francês, Emmanuel Macron, do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, do vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pelo Comércio,
Valdis Dombrovskis, ou da Comissária Europeia da Energia, Kadri Simson. As autoridades chinesas, que se opõem à decisão de Bruxelas de classificar a China como “concorrente e rival sistémico”, devem abordar o tratamento “discriminatório” em relação às suas empresas na Europa, especialmente após o lançamento de uma investigação sobre os subsídios atribuídos aos fabricantes de veículos eléctricos pelo país asiático. As sanções contra a Rússia e uma solução para a guerra sob os termos da Ucrânia devem ser os principais temas abordados pelas autoridades europeias (ver texto secundário).
MOODY’S PERSPECTIVA DO ‘RATING’ DA CHINA BAIXA PARA NEGATIVA
A
agência de notação financeira Moody’s baixou ontem a perspectiva do ‘rating’ da China de “estável” para “negativo”, devido aos altos níveis de endividamento da segunda maior economia do mundo. “A alteração para perspectiva negativa reflecte os indícios crescentes de que o governo e o sector público vão prestar apoio financeiro aos governos regionais e às empresas públicas em dificuldades”, afirmou a Moody’s, em comunicado. Isto “gera riscos significativos (...) para a solidez orçamental da China”, face ao abrandamento da economia do país e às dificuldades no sector imobiliário, acrescentou. Na sequência do relatório, o ministério das Finanças
chinês declarou-se “desiludido” com a decisão da Moody’s. Durante muito tempo, o sector imobiliário representou um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) da China, assegurando a subsistência de milhares de empresas e de trabalhadores pouco qualificados. Nos últimos 20 anos, o sector registou um crescimento fulgurante, mas os problemas financeiros de grupos imobiliários emblemáticos estão agora a alimentar a desconfiança dos compradores, num contexto de casas inacabadas e de queda dos preços por metro quadrado. O colapso da Evergrande, cujo passivo ascende a 328 mil milhões de dólares, é o caso mais emblemático
desta crise, que tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o sector concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas - cerca de 70 por cento, segundo diferentes estimativas. A crise afectou nos últimos meses outro peso pesado do sector: a Country Garden, até há pouco vista como uma empresa financeiramente sólida. Para relançar o mercado imobiliário e estimular a actividade, o Governo intensificou o seu apoio ao sector nos últimos meses. Mas os resultados continuam a ser inconclusivos.
presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, considera que a cimeira entre a União Europeia (UE) e a China, no final da semana, será feita “de escolhas”, avisando que Bruxelas “não tolerará” mais desequilíbrios comerciais. “Penso que esta é uma cimeira de escolhas. Temos uma relação muito complexa com a China […] e esta cimeira trata-se de múltiplas escolhas que podem ser tomadas, em primeiro lugar, nas nossas relações comerciais e desequilíbrios UE-China”, disse a líder do executivo comunitário em entrevista ao European Newsroom. De acordo com Von der Leyen, será também abordado “o posicionamento” chinês relativamente à invasão russa da Ucrânia e à guerra crise no Médio oriente. Além disso, serão abordadas “as escolhas que estão em cima da mesa para unir forças no combate às alterações climáticas e na protecção da biodiversidade”, elencou Ursula von der Leyen. No âmbito comercial, a responsável reconheceu que a UE “é um importante parceiro comercial da China e vice-versa”, mas ainda persiste “um crescente desequilíbrio comercial” que duplicou nos últimos dois anos, atingindo um défice de quase 400 milhões de euros. Por essa razão, Bruxelas vai pedir nesta cimeira “equidade na relação comercial”. Ursula von der Leyen avisou: “Os líderes europeus não tolerarão, ao longo do tempo, desequilíbrios nas relações comerciais e temos ferramentas para proteger o nosso mercado, embora tenhamos preferência por soluções negociadas”. “O desequilíbrio é visível, por exemplo, quando olhamos para as exportações da China para a UE, que são três vezes superiores […] ou, por outras palavras, se tiver três contentores que vão da China para a Europa, dois destes contentores regressam vazios, regressando a casa”, pelo que “é do nosso interesse reequilibrar as relações comerciais e é do nosso interesse que tenhamos um comércio sustentável entre a União Europeia e a China”, vincou. “Acho importante que não vejamos apenas a China como parceiro comercial e potência
industrial, mas também como concorrente tecnológico no poder militar e como um actor global que tem visões distintas e divergentes sobre a ordem global. Olhando para o défice comercial, vemos isso e vamos discutir a […] falta de acesso ao mercado chinês para as empresas europeias”, disse ainda Ursula von der Leyen.
Pressão exterior
A UE vai também apelar para que Pequim “use a sua influência sobre a Rússia” para parar a guerra contra a Ucrânia, afirmou ontem a presidente da CE realçando “a sua responsabilidade”. “Em primeiro lugar, congratulo-me vivamente com o envolvimento chinês nos assuntos globais porque a China desempenha um papel importante. Olhando especificamente para a Ucrânia, a China é membro do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] e, com isso, tem uma responsabilidade específica” apontou Von der Leyen. De acordo com a presidente da Comissão Europeia, a UE vai salientar que “é importante que a China use a sua influência sobre a Rússia”. “Ainda não fizeram, mas este é o nosso pedido, para que usem a sua influência sobre a Rússia também para defender a Carta das Nações Unidas, que assenta na integridade territorial e na soberania de um país”, a Ucrânia, salientou Ursula von der Leyen. Para Ursula von der Leyen, também “é uma preocupação” a evasão da Rússia às sanções adoptadas pela Rússia. “Temos um diálogo muito intenso com a China, mostrando casos diferentes, e pedimos […] à China que aja sobre esses casos”, assinalou a responsável. Ursula von der Leyen vai, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o Alto Representante da União, Josep Borrell, representar o bloco europeu nesta cimeira, que se traduz num diálogo ao mais alto nível sobre as relações UE-China e também sobre questões internacionais. Previstos estão encontros destes altos funcionários da UE, à margem da cimeira, com o Presidente chinês, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro, Li Qiang, em duas sessões separadas.
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Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental Edital n.º 006/DSPA/2023 Visto ter sido impossível notificar os interessados, pessoalmente ou por via postal, de acordo com o disposto nos n.os 2 e 4 do artigo 21.º da Lei n.º 8/2014 “Prevenção e controlo do ruído ambiental”, alterada pela Lei n.º 9/2019, para efectuar o procedimento sancionatório por infracções administrativas, são notificados por via edital os interessados abaixo mencionados, das acusações deduzidas contra eles, nos termos do n.º 7 do artigo 21.º da mesma lei: N.os do processo e Interessado da notificação de Infracção suspeita Multa acusação Processo n.º SOMSRI CHEONG, 00022/PCRA/DIA/ portadora do Bilhete DSPA/2023 de Identidade de Auto de notícia n.º Notificação de Residente da Região R-0000278 de 15 de acusação n.º Administrativa Fevereiro de 2023 003340001130/ Especial de Macau, n.º DSPA-DCPA-DIA/ 1263XXXX OFI/2023 Processo n.º 00065/ A prática de ABAC JHEIN PCRA/DIA/ actividades da JAUZTIN TAN, DSPA/2023 vida quotidiana portador do Título Auto de notícia n.º Notificação de geradoras de de Identificação R-0000321 de 2 de É punível com acusação n.º ruído perturbador de Trabalhador Junho de 2023 multa no valor 005126001672/ em edifícios Não Residente n.º de 1.000 a DSPA-DCPA-DIA/ habitacionais. O 2312XXXX 2.000 patacas, OFI/2023 Processo n.º 00021/ respectivo acto é nos termos da suspeito de violar o PCRA/DIA/ alínea 1) do n.º disposto no n.º 1 do DSPA/2023 1 do artigo 12.º Auto de notícia n.º artigo 7.º da Lei n.º Notificação de da mesma Lei. R-0002041 de 15 de 8/2014 “Prevenção acusação n.º KONG CHI IENG, Fevereiro de 2023 e controlo do ruído 002892000979/ portadora do Bilhete ambiental”, alterada DSPA-DCPA-DIA/ de Identidade de pela Lei n.º 9/2019. OFI/2023 Residente da Região Processo n.º 00048/ Administrativa PCRA/DIA/ Especial de Macau, n.º DSPA/2023 Auto de notícia n.º 7392XXXX Notificação de R-0000602 de 27 de acusação n.º Abril de 2023 004642001502/ DSPA-DCPA-DIA/ OFI/2023 A produção de ruído perturbador em Processo n.º 00050/ É punível com espaços públicos. NGUYEN VAN PCRA/DIA/ multa no valor O respectivo acto é ANH, portador do DSPA/2023 de 1.000 a Auto de notícia n.º suspeito de violar o Título de Identificação Notificação de 2.000 patacas, R-0002357 de 30 de disposto no artigo de Trabalhador acusação n.º nos termos da Abril de 2023 10.º da Lei n.º Não Residente n.º 004295001409/ alínea 1) do n.º 8/2014 “Prevenção 2332XXXX DSPA-DCPA-DIA/ 1 do artigo 12.º e controlo do ruído OFI/2023 da mesma Lei. ambiental”, alterada pela Lei n.º 9/2019. N.º do auto de notícia
Nos termos do n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, do n.º 1 do artigo 93.º e do artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo, e do n.º 2 do artigo 19.º da Lei n.º 8/2014 “Prevenção e controlo do ruído ambiental”, alterada pela Lei n.º 9/2019, os interessados acima referidos podem, no prazo de 15 dias a contar da data da publicação do presente edital, apresentar as alegações e defesas escritas em chinês ou em português, juntamente com os eventuais documentos comprovativos, por via postal ou pessoalmente, à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, sita na Estrada de D. Maria II, n.os 32 a 36, Edifício CEM, 1.º andar, Macau. Considera-se renúncia ao supracitado direito quando apresentadas fora do prazo fixado. Caso os interessados não apresentem as alegações e defesas escritas no prazo fixado, não é afectada a execução da sanção decidida por estes Serviços nos termos legais. Além disso, nas alegações e defesas escritas deve ser citado o número do processo. Os interessados acima indicados podem fazer uma marcação antes de se dirigirem à DSPA para consultar o dossier do respectivo processo no horário de expediente, podendo também ligar para o número de telefone da DSPA, 2876 2626, no mesmo horário, em caso de dúvidas. O Director da DSPA, Tam Vai Man 6 de Dezembro de 2023
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SUDESTE ASIÁTICO DEGELO DOS GLACIARES TIBETANOS PODE TER IMPACTO INÉDITO
Nunca visto em mil anos Investigadores alertam para o efeito devastador que o degelo de glaciares tibetanos poderá ter em países como Vietname, Tailândia, Indonésia, Laos ou Malásia
O
degelo dos glaciares no planalto tibetano resultante das alterações climáticas pode vir a surtir um impacto inédito, nos últimos mil anos, na região densamente povoada do Sudeste Asiático, alertou ontem um grupo de investigadores. Ao reconstruir o registo histórico dos rios com origem no Tibete, os especialistas descobriram uma forte correlação entre os caudais de água e a vegetação da estação seca em toda a Península da Indochina. Isto revela a “importância da fonte de água tibetana para o funcionamento e a produtividade dos sistemas ecológicos e sociais do Sudeste Asiático”, observaram. A vasta região inclui Vietname, Tailândia, Indonésia, Laos ou Malásia. A equipa composta por investigadores oriundos da Argentina, Reino Unido, Chile, China, República Checa, Alemanha, Suíça e Estados Unidos, afirmou que as nações precisam de reforçar a
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Artigo de investigadores internacionais “As nossas projecções sugerem que as futuras alterações nos caudais atingirão, ou mesmo excederão, os intervalos históricos até ao final deste século, colocando riscos sem precedentes para o Sudeste Asiático.”
cooperação entre si para melhorar as estratégias de preservação dos recursos hídricos. “Os extremos de fluxo de água coincidem com mudanças distintas nas populações locais que ocorreram durante a época medieval”, escreveu a equipa, num artigo publicado na revista científica Nature Geoscience. “As nossas projecções sugerem que as futuras alterações nos caudais atingirão, ou mesmo excederão, os intervalos históricos até ao final deste século, colocando riscos sem precedentes para o Sudeste Asiático”, lê-se no artigo. O planalto tibetano é conhecido como a “torre de água asiática” porque os rios alimentados por glaciares que fluem da região são a principal fonte de água para grande parte do Sul e Sudeste Asiático.
Esse abastecimento é vital para gerar alimentos - desde o cultivo de arroz à apanha de peixe.
Rios de influência
No estudo, a equipa reconstruiu o caudal dos rios Mekong, Salween e
O planalto tibetano é conhecido como a “torre de água asiática” porque os rios alimentados por glaciares que fluem da região são a principal fonte de água para grande parte do Sul e Sudeste Asiático
Yarlung Tsangpo desde o ano 1000 até 2018. Isto foi feito através da recolha e identificação de amostras de árvores com centenas de anos de idade no sul do planalto tibetano. O Mekong é o rio mais longo do Sudeste Asiático, atravessando a China, Myanmar (antiga Birmânia), Tailândia, Laos, Camboja e Vietname. O Salween corre da China para o Myanmar e Tailândia, enquanto o Yarlung Tsangpo (a corrente superior do rio Brahmaputra) atravessa a China, a Índia e o Bangladesh. Segundo a equipa, entre as décadas de 1050 e 1190, um forte aumento dos caudais foi acompanhado por um rápido crescimento socioeconómico e cultural na região. Isto incluiu a ascensão da dinastia Bagan, a primeira dinastia da história do Myanmar.
Também coincidiu com a ascensão do império Khmer, no actual Camboja, e com a construção do complexo de templos de Angkor Wat, entre as décadas de 1110 e 1150. Mas a diminuição do fluxo de água entre o início do século XIII e o final do século XV coincidiu com a “intervenção de forças externas” e “vários desafios importantes para os sistemas socioeconómicos, políticos e culturais do Sudeste Asiático”, segundo o estudo. Entre 1280 e 1340, o fraco abastecimento de água coincidiu com uma grande crise na dinastia Bagan. “Esta crise caracterizou-se por deslocações económicas, tumultos políticos e a divisão do Myanmar”, afirmaram os autores. O período mais prolongado de baixo caudal dos últimos mil anos, entre 1360 e 1500, coincidiu também com o colapso do império Khmer. “Embora as nações prósperas possam ser mais resistentes e potencialmente mais adaptáveis aos fenómenos climáticos extremos, a influência de factores ambientais adversos a longo prazo pode afectar esta resistência e os extremos hidrológicos podem desencadear mudanças sociais graduais”, afirmaram os autores. “O degelo dos glaciares é uma fonte crucial de água para os rios do planalto tibetano. À medida que o aquecimento global se intensifica, a produção de água pode aumentar, atingindo mesmo o nível elevado da era medieval”, afirmou. Embora Chen tenha afirmado que tal poderia conduzir a mais catástrofes naturais relacionadas com as inundações provocadas pelo degelo, o estudo advertiu também que o aumento “provavelmente não compensará o rápido (...) crescimento [da população] no Sudeste Asiático, o que significa que os problemas de escassez de água continuarão provavelmente a intensificar-se”.
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CINETEATRO
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SNOWRUNNER | SABER INTERACTIVE (2020)
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6 1 7 5 8 2 3 4 9 Se é como um 5 27 8 9 3 4 72 13 6 4 ovo 9 cozido 3 7- ferve 1 em 6 pouca 5 2 8 água - talvez o SnowRunner não seja para 4 7 3 69 1 2 5 8 9 si. Feito pela5Saber 2 Interactive, 8 3 9o jogo 4 leva7 6 1TROLLS BAND TOGETHER [A] numa jornada 15 9 56 3 2 6 8 7 4 -nos 7 6 por 9regiões 1 3inóspitas 8 2do5 4 mundo, no papel de um motorista deste7 3 4 1 9 8 2 6 58 mido que enfrenta 2 8 condições 5 4 6extremas 9 1de3 7FLUFFY LOVE [A] Com veículos 22 86 61 7 4 5 97 3 1 terreno. 3 uma 4 variedade 1 2 7de 5 8 9 6 off-road à disposição, incluindo camiões, 3 59 78 27 64 16 4 9 8 o jogador terá 9 de7superar 6 8obstáculos 2 3 como 4 1 5 lama espessa, rios e neve profunda. Prepare61 4 94 5 8 3 1 2 7 -se para ficar1atolado 5 2 6 4 7 9 8 3GIRLS UND PANZER DAS FINALE com muita frequência, 37 59 96 5 4 3 por vezes, com 8 1 2 4 8 o3fim 4 9 5mesmo 1 6 da missão ali à7 2-CHAPTER 4- [A] mão de semear. Sei de gente que, por causa 2 6 4 disso, chorou. Não, não estou a falar de FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Anselm Chan Mou Yin Com: Carlos Chan, Michelle Wai, Tommy Chu, Hedwig Tam 14.30, 19.15, 21.30
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PROBLEMA 19
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C I N E M A
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FALADO EM CANTONÊS Um filme de: Walt Dohrn 16.45 SALA 2
FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: David Tang Com: Kent Tsai, Mandy Wei, Belle Hsin 14.30, 21.30
FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS Um filme de: Tsutomu Mizushima 16.30, 19.30
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FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Nick Cheuk Com: Lo Chun Yip, Ronald Cheng, Hanna Chan, Rosa Maria Velasco 17.30 SALA 3
LAST SUSPECT [C]
FALADO EM PUTONGHUA LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Zhang Mo Com: Xiaofei Zhang, HongChi Lee, Kara Wai Ying-Hung 14.30, 19.15
SOUND OF FREEDOM [C]
Um filme de: Alejandro Moneverde Com: Jim Caviezel 16.45
IN BROAD DAYLIGHT [B]
FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Lawrence Kan Com: David Chiang, Jennifer Yu, Bowie Lam 21.30
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SOLUÇÃO DO PROBLEMA 18
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24 mim. Física realista e gráficos excelentes, garantem uma experiência imersiva que 5 1 4 9 8 6 2 7 3 pode partilhar 6 com 9 outros, 8 7graças 4 3 2 5 1 ao modo 6 1 4 3 9 7 2 1 4 5 8 6 multiplayer.5O que 4 é3bom! 8 Nestas 2 1coisas, 7 9 6 é sempre melhor chorar acompanhado. 6 5 8 2 6 8 3 7 5 9 4 1 Disponível 2 6e Nintendo 5 3 4 8 para7 PC, 1 PS5,9 Xbox 3 4 1 Switch. Paulo DuBorges 8 5 2 6 9 7 3 1 4 9 8 5 2 7 6 1 3 4
TIME STILL TURNS THE PAGES [C]
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7 46 9 8 3 1 62 5 2 1 3 6 4 5 8 9 2 7 8 4 Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; 1 3 6 4 5 2 7 9 8 7 2 4 3 1 9 6 8 5 4 7 Wu 5 Colaboradores 9 Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; José Simões Morais; Julie Oyang; Nunu 4 7 1 58 Paulo 62 3 2 Rosa 95 Coutinho Cabral;4Rui Cascais; 5 2Sérgio 1 Fonseca; 3 7Colunistas 8 6André 9 Namora; David Chan; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Maia e8Carmo; 3 Bicho;4 Tânia3dos7 Santos Grafismo Paulo Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária 61www. 8 52 1 Paula 2 9 8 Borges, 6 7Rómulo 5 Santos 9 2Agências 4 Lusa; 1 3 hojemacau. de redacção9 e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare 9 2 3 7 Morada 4 5 Edf. Tak Fok, R/C-B,3Macau; 1 Telefone 9 628752401 8 4Fax5 7 2 com.mo 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo 5 8Pátio1 6da Sé,6n.º22,
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9 4 7 4 3AVISO 1 2 1 3Faz-se público que, de2harmonia com o despacho do Ex. Senhor Secretário para a Segurança, de 5de 2023, foi autorizada 8 2a abertura 16 de Novembro do concurso de avaliação de competências profis3do regime sionais ou5funcionais, comum, externo, de gestão uniformizada, para o preenchimento, em 2 de contrato administrativo 4 6 da regime de provimento mo
Direcção dos Serviços Correccionais, dos lugares vagos seguintes:
Seis lugares vagos de adjunto-técnico de 2.ª classe, 1.º escalão, da carreira de adjunto-técnico, área de apoio técnico-administrativo geral (Concurso n.º: 2023/I07/AP/AT) O prazo de apresentação de candidaturas: 7 de Dezembro a 19 de Dezembro de 2023. O aviso de abertura do concurso encontra-se publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 49, II Série, de 6 de Dezembro de 2023. Os interessados podem consultar o referido aviso, dentro do horário de expediente, no Centro de Atendimento e Informação da Direcção dos Serviços Correccionais (endereço: Avenida da Praia Grande, China Plaza, 8.º andar «A», Macau), e na página electrónica dos concursos da função pública, em http://concurso-uni.safp.gov.mo/ ou na página electrónica da Direcção dos Serviços Correccionais, em http://www.dsc.gov.mo/. Para qualquer esclarecimento, podem contactar os funcionários da Divisão de Recursos Humanos através do número de telefone 8896 1218 ou 8896 1293 nas horas do expediente. O Director da DSC Cheng Fong Meng 21/11/2023
SOUND OF FREEDOM
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4AVISO 8 2 3 por despacho do6Secretário5 Faz-se público que, para os Transportes e Obras Públicas, de 17 de No4 1 3 7 vembro de 2023, e nos termos do Regulamento Administrativo n.º 14/2016 «Recrutamento, selecção e3 formação para efeitos de acesso dos trabalhadores 1 públicos», 9 republicado 4 e renumerado dos serviços pelo Regulamento Administrativo n.º 21/2021, e da Lei n.º 14/2009 «Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos», vigente, se encontra aberto o concurso de avaliação de competências profissionais ou funcionais, comum, externo, do regime de gestão uniformizada, para o preenchimento de dois lugares vagos de adjunto-técnico de 2.ª classe, 1.º escalão, da carreira de adjunto-técnico, área de apoio técnico-administrativo geral, do quadro do pessoal da Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana(Concurso n.º: 07-AT-2023).
O respectivo aviso foi publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.º 49, II Série, de 6 de Dezembro de 2023. Para mais informações, pode consultar no nosso website (http://www.dsscu.gov.mo) ou a página electrónica dos concursos da função pública, em http://concurso-uni.safp.gov.mo/. O prazo para apresentação de candidatura decorre entre de 7 e 19 Dezembro de 2023. Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana, aos 27 de Novembro de 2023. O Director dos Serviços Lai Weng Leong
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 27/P/23 Faz-se público que, por despacho de Sua Excelência, o Chefe do Executivo, de 28 de Setembro de 2023, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de Reagentes Exclusivos para o Serviço de Patologia Clínica dos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 6 de Dezembro de 2023, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP51,00 (cinquenta e uma patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 2 de Janeiro de 2024. O acto público deste concurso terá lugar no dia 3 de Janeiro de 2024, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP100.000,00 (cem mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 30 de Novembro de 2023 O Director dos Serviços de Saúde Lo Iek Long
quarta-feira 6.12.2023
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in sapo24
vozes 15
José Couto Nogueira
ISRAEL E PALESTINA EM INGLÊS, é o chamado “end game”; como fica a situação depois do jogo terminado. Não é quem ganha, é o resultado para quem ganha e para quem perde. Percebe-se perfeitamente este dilema com dois exemplos. Quando os Estados-Unidos invadiram o Afeganistão, os objectivos eram três: acabar com os talibã, liquidar Bin Laden e transformar o país numa espécie de democracia. Falharam os três. Perderam credibilidade ao nível mundial e os talibã mantiveram a sua soberania. (Bin Laden foi resolvido muito mais tarde, já sem consequências práticas.) Recuando a 2001, quando um comando terrorista atacou o World Trade Center, ninguém podia prever o “end game” da operação, talvez nem mesmo eles. O que pretendiam era mostrar que os norte-americanos eram vulneráveis. Isso conseguiram, mas provocaram uma reacção em cadeia que perdura até hoje: os Estados-Unidos reagiram de um modo desproporcional, que acabou por humilhá-los no Afeganistão, vindo a seguir a invadir o Iraque e derrotar o regime de Sadam Hussein. O fim do ditador permitiu ao Irão expandir a sua zona de influência na região, muito para lá do Iraque. O “end game” do ataque de 2001 foi uma mudança da percepção do poder norte-americano e o crescimento da influência regional do Irão. Quem ganhou foram os terroristas, quem perdeu foram os norte-americanos. Outro caso, esse a decorrer: a invasão da Ucrânia pela Rússia. Embora ainda não tenha acabado, o “end game” será, com certeza, a descida da Federação Russa no ranking mundial, a revitalização da NATO (que estava moribunda), e o reforço da coesão militar europeia. Putin tinha calculado outro “end game” (na sua versão mais alucinante, o Império Euroasiático), mas enganou-se. Mesmo que conquiste a Ucrânia, o que parece impossível, ou partes dela, o que poderá acontecer, o “end game” ser-lhe-á certamente desfavorável. Vamos agora ao caso em apreço, a situação na Palestina e a percepção que o mundo tem de Israel. A situação actual, que vemos 24 horas por dia nas televisões, é uma contradição de duas teses; a primeira, defendida por Netanyahu, é eliminar o Hamas e ocupar a faixa de Gaza para sempre. “Gaza nunca mais será uma ameaça para Israel”, disse lapidarmente o seu ministro da Defesa, Eli Cohen; a segunda, defendida pelos israelitas moderados e por cada vez mais países, é a solução dos dois estados. Por enquanto é difícil prever o que acontecerá nos próximos meses, com uma guerra intermitente e o dilema israelita de salvar os reféns e ao mesmo tempo matar os captores, enquanto o povo de Gaza morre aos milhares. Mas podemos desde já pensar qual será o “end game”, quando a guerra acabar de vez. Todos os analistas, politólogos, políticos e não governamentais não fazem outra coisa senão propor, ou sonhar, com um “end game”
AHMAD GHARABLI / AFP VIA GETTY IMAGES
Há quatro soluções finais, mas todas são impossíveis
Quando se começa alguma coisa, como uma guerra, é preciso pensar como ficarão as coisas quando acabar. Sem objectivos, não vale a pena agir. Neste caso, as quatro situações possíveis são impossíveis
feliz, ou pelo menos exequível. Somando e dividindo o que todos dizem, há três hipóteses possíveis. Aprimeira opção é Israel manter o controle militar e civil de Gaza indefinidamente, como fez entre 1967 e 2005. Além das patrulhas permanentes, revistas a casas e outras actividades musculadas, terá de criar uma estrutura básica de serviços de saúde, educação, saneamento e outras necessidades da população. Esta é a “solução” proposta por Itamar Bem-Gvir, apoiado pela extrema-direita religiosa. Mas os custos desta ocupação são estratosféricos e a reprovação internacional aumentará de mês para mês. A comparação com a “solução final” nazi em câmara lenta e o anti-semitismo só podem subir de tom. “Bad end game”. A segunda opção é conduzir uma guerra total contra o Hamas e depois abandonar a Faixa de Gaza à sua sorte. Mas, mesmo que o Hamas seja destruído, o que já é uma hipótese absurda, outros grupos semelhantes hão-de ressurgir ou nascer. A presente acção militar das IDF (Forças de Defesa de Israel)
é uma autêntica escola de ressentimento e violência. Quando os miúdos que sobreviverem chegarem a adultos, serão ainda mais corajosos e violentos. Este é o pior cenário. A terceira opção é entregar a administração de Gaza à Autoridade Palestiniana (AP), que actualmente dirige a Cisjordânia e pratica uma política de apaziguamento com Israel, engolindo sem protestar as constantes incursões, assassinatos e expansão de território dos colonatos judaicos — os palestinianos já só possuem um terço do território. Mas o presidente da AP, Mahmoud Abbas, diz que não terá credibilidade nenhuma “entrar em Gaza em cima dum tanque israelita.”Ao contrário do seu antecessor, Yasser Arafat, não gosta da Faixa, nem a Faixa gosta dele. Além disso, tem 88 anos e não está em forma para novos desafios. A AP tem cerca de 60 mil efectivos nos seus serviços de segurança, que na realidade são muito pouco efectivos; não podem intervir contra os excessos dos colonos israelitas, ainda menos contra as IDF, nem sequer conseguem manter a ordem civil entre os seus. Se fossem para Gaza, seriam recebidos à pedrada e a tiro pelos radicais e com desprezo pela população em geral. Quanto aos quadros civis da AP que existiam em Gaza, foram desmobilizados em 2007 e substituídos por funcionários do Hamas. Seria necessário despedi-los e contratar, ou recontratar os quadros da AP que ainda possam dar prova de vida. Mas não haverá ninguém que possa substituir Abbas? Uma hipótese seria Muhammad Dahlan, antigo chefe da segurança da AP e que cresceu em Gaza. Mas o homem vive há anos (desde 2007, provavelmente) em Abu Dhabi, tem acusações de corrupção pendentes, e certamente não vai querer arriscar a vida no meio de uma população cheia de rancor. A AP e o Hamas sempre se deram mal (dizendo as coisas suavemente…) e não se vê que possam juntar-se numa administração eficiente, ou sequer operacional. Na verdade, ambos têm
dirigido ditatorialmente os seus territórios e estão habituados a mandar sozinhos. Segundo o “The Economist”, numa sondagem recente dum tal Centro Palestiniano de Pesquisa (PCPSR), 65% dos habitantes de Gaza votariam no líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e Abbas perderia as eleições tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia. O Hamas ainda tem 44% do hipotético voto, contra 28% da AP. É interessante notar que tanto numa Palestina como na outra os inquiridos desconhecem os nomes de outras personalidades daAP e o nome mais apreciado é o de Marwan Barghouti, um líder do Hamas que está preso em Israel com várias sentenças perpétuas. Há ainda os líderes do Hamas que vivem confortavelmente em Abu Dhabi, todos milionários, graças à apropriação indevida dos donativos europeus, e que ninguém imagina quererem deixar o confortável exílio para uma vida de questiúnculas e perigos. A verdade é que Gaza não tem uma classe política e administrativa que se veja. Uma parte da responsabilidade é dos palestinianos, que não se entendem, e assim que sobem na política começam logo a roubar; mas outra parte cai nos israelitas, especificamente em Netanyahu, que desde 2005 tem feito tudo para impossibilitar a solução dos dois estados, desde dar força ao Hamas para desacreditar a AP, até manter Gaza isolada do mundo. Isolada quer dizer que só há uma fronteira altamente controlada e que nada, durável ou perecível, pode entrar ou sair. Tudo o que há em Gaza, desde cimento a pão, passa pelos famosos túneis, que se tornaram um negócio do Hamas. A quarta opção, dentro do conceito dos dois estados, seria criar uma administração para as duas palestinas formada pelos estados árabes pró-ocidentais (quer dizer, sem o Irão e o Hezbollah no Líbano). Todos acham uma boa ideia, mas cada um diz que não está disposto a participar. As razões variam; o Egipto, por exemplo, sempre teve más relações com o Hamas, cujo ramo egípcio, a Irmandade Muçulmana, teve de ser derrubado pela revolução que levou ao poder o actual presidente, Sisi, em 2014. A Jordânia, que perdeu metade do seu território para Israel, e que está submersa por imigrantes palestinianos, não quer meter-se em nada. Os emirados do Sul, podres de ricos, não têm pessoal suficiente para deslocar para o Norte, e estão mais interessados em negociar com Israel do que em ajudar a Palestina. Aliás, uma das teorias da conspiração mais credíveis que anda aí a circular é que o ataque surpresa do Hamas destinou-se a impedir o acordo prestes a ser assinado entre Israel e a Arábia Saudita. E pronto, aqui estão as soluções finais para depois da guerra. É caso para dizer que não há “end game”. No entanto, é inevitável que uma das hipóteses seja seguida, não havendo mais nenhuma à vista. Quem quiser apresentar uma sugestão, não se acanhe.
“É o coração que faz o carácter.” PALAVRA DO DIA
quarta-feira
6.12.2023
Eça de Queirós
ISRAEL JAPÃO FAZ APELO A NOVA PAUSA HUMANITÁRIA
ENSINO PISA 2022 REVELA RESULTADOS “EXCEPCIONAIS” DOS ALUNOS DE MACAU
´E só fazer as contas
O
O
S alunos de Macau com 15 anos de idade obtiveram bons resultados no PISA 2022, um relatório de cariz anual ontem divulgado e que mede o nível de literacia dos estudantes do ensino não superior nas áreas do português, ciências e matemática. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), “verificou-se que de entre 81 países ou economias participantes no PISA 2022 os alunos de Macau obtiveram um desempenho excepcionalmente bom nas literacias em matemática, ciência e leitura”, tendo ficado, respectivamente, em segundo, terceiro e sétimo lugares na tabela de classificação de literacia do PISA. A DSEDJ realça os resultados obtidos em matemática, “a principal área de testes deste ciclo, em que os alunos de Macau alcançaram um registo histórico e a segunda posição globalmente”.
Educação de sucesso
A DSEDJ destacou também que o relatório, elaborado pela OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos], “salientou que o sistema educativo de Macau alcançou um sucesso notável na redução do fosso entre alunos provenientes de antecedentes socioeconomicamente favorecidos e desfavorecidos”. Desta forma, de entre os países ou economias com um alto desempenho, “Macau tem a relação mais fraca entre o desempenho na literacia dos alunos e o estatuto
socioeconómico”, ou seja, “o impacto do contexto socioeconómico e cultural no desempenho dos alunos em literacia em matemática é relativamente menor”. Além disso, “Macau tem uma das menores proporções de alunos que não atingiram o nível de base (Nível 2) nas três literacias fundamentais, em comparação com os sistemas educativos de todo o mundo”. No relatório do PISA 2022 “os alunos
“Os alunos com elevado desempenho em Macau representam 28.6 por cento em matemática, 14.7 por cento em ciências e 8.9 por cento em leitura”. Números que fazem a OCDE elogiar o sistema escolar de Macau
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O Sporting isolou-se na segunda-feira no comando da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer, com virada, o Gil Vicente por 3-1, no jogo que encerrou a 12.ª jornada e no qual o sueco Viktor Gyökeres ‘bisou’. Rúben Fernandes, aos 34 minutos, ainda colocou na frente os gilistas, que somaram o quarto encontro consecutivo
para a Liga sem vencer, mas os ‘leões’ igualaram ainda na primeira metade, através de um autogolo de Pedro Tiba, aos 43. O avançado sueco Viktor Gyökeres marcou os dois golos ‘leoninos’ na segunda metade e isolou-se no segundo lugar dos melhores marcadores da prova, com nove tentos, menos dois do que o bra-
carense Simon Banza. Com esta vitória, o Sporting, que voltou aos triunfos depois da derrota na última ronda na Luz, reassumiu isolado o comando do campeonato, com 31 pontos, mais dois do que o Benfica, agora segundo, e três do que o FC Porto, terceiro, enquanto o Gil Vicente ocupa o 13.º lugar, com 11.
Resistir à covid
Relativamente ao desempenho escolar no contexto covid, o comunicado da DSEDJ aponta que “os resultados da investigação do PISA 2022 mostram que o desempenho médio dos países da OCDE diminuiu significativamente devido ao impacto da pandemia”, mas que Macau “está entre os poucos países e economias que conseguiram desafiar a tendência e melhorar o seu desempenho”. “A OCDE reconhece que o sistema de educação básica de Macau demonstrou resiliência e adaptabilidade durante a pandemia.
As escolas de Macau garantiram que os alunos continuassem a receber uma educação de qualidade mesmo na adversidade e mantivessem um desempenho excepcional.”
Apoio crucial
Lê-se ainda no mesmo comunicado da DSEDJ que a OCDE “acredita que o investimento e o apoio do Governo de Macau na educação foram cruciais para o sucesso do sistema educativo de Macau no PISA 2022. Estas medidas incluem programas adaptativos de ensino à distância, recursos de ensino online e apoio abrangente aos alunos e às famílias”. Em Singapura, 41 por cento dos estudantes demonstrou conhecimentos bastante elevados em matemática, assim como 32 por cento dos estudantes de Taiwan. Por sua vez, 27 por cento dos alunos de Hong Kong apresentaram bons resultados nesta disciplina, tal como 23 por cento dos alunos do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente.
MIGUEL A. LOPES | LUSA
I Liga Sporting isola-se na liderança após triunfo
com elevado desempenho em Macau representam 28.6 por cento em matemática, 14.7 por cento em ciências e 8.9 por cento em leitura”. Números que fazem a OCDE “elogiar o sistema escolar de Macau pelo seu excelente desempenho na literacia, bem como pela sua elevada qualidade na educação, em termos de justiça e inclusão”, esclarece a DSEDJ.
Governo japonês pediu ontem a Israel e ao Hamas que negoceiem um novo cessar-fogo para conseguir uma pausa humanitária que permita a entrada de ajuda na Faixa de Gaza. As forças israelitas avançaram para o sul da Faixa de Gaza na segunda-feira e bombardearam o enclave, elevando para 15.899 o número total de vítimas palestinianas desde que o conflito começou, a 7 de Outubro. O porta-voz do Governo, Hirokazu Matsuno, manifestou a preocupação do Japão com o agravamento da situação, que descreveu como “crítica, especialmente do ponto de vista humanitário”. “O Japão continua a envidar esforços diplomáticos junto dos países relacionados e das organizações internacionais para exigir o respeito pela lei e pela resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o objectivo de tomar medidas concretas para melhorar a situação humanitária e libertar imediatamente os reféns”, afirmou. Para Matsuno, é “necessário” que todas as partes envolvidas tomem medidas para evitar vítimas civis. O Japão, actual presidente rotativo do Grupo dos Sete (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia), tem apelado a este cessar-fogo juntamente com outros países do G7. No início de Novembro, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 também assinaram uma declaração conjunta na qual apelavam ao respeito pelo direito internacional e se comprometiam a empenhar-se na procura de “uma solução estável em Gaza, a fim de alcançar uma paz duradoura”.