RÓMULO SANTOS
DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
MOP$10
QUINTA-FEIRA 7 DE MAIO DE 2020 • ANO XIX • Nº 4520
FRONTEIRA
TESTES DA CASA PÁGINA 5
CONSUMO
LISTA MALDITA PÁGINA 9
OPINIÃO
VIAGENS POR MACAU MANUEL DE ALMEIDA
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hojemacau
Raimundo dá-te asas Raimundo do Rosário anunciou ontem a renovação do contrato de concessão da Air Macau por mais três anos, sem, no entanto, esclarecer se a companhia aérea local mantém, ou não, o regime de exclusividade. A revelação foi feita durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa da pasta dos Transportes e Obras Públicas, que teve ontem lugar no hemiciclo e onde se destacaram ainda questões como as obras do Metro Ligeiro e a conclusão de um Plano Director para Macau.
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PÁGINAS 2 A 4
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JUSTIÇA PROCESSO JUDICIAL EM 2015 CUSTOU “CENTENAS DE MILHARES DE PATACAS”
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Executivo gastou “centenas de milhares” de patacas num processo em 2015 com honorários para advogados. A informação foi admitida pelo secretário, quando questionado por José Pereira Coutinho sobre os custos relacionados com os vários processos relacionados com obras públicas e recuperações de terrenos. “As acções em que estamos envolvidos têm sido conduzidas pelo nosso pessoal. É verdade que perdemos o processo relacionado
com o Pavilhão de Mong Há e com o Parque de Materiais e Oficina. Mas em mais de 100 acções perdemos duas, o que nem representa um por cento. Não perdemos muitos casos”, considerou o responsável da tutela. Os custos com as acções foram igualmente desvalorizados, apesar de não serem divulgados online. “Eu posso divulgar essa informação nos portais. Mas tirando um caso em 2015, em que pagámos centenas de milhares de patacas de honorários temos recorridos ao nosso pessoal e não temos custos com honorários”, explicou. Uma informação que o secretário voltou a recusar divulgar foi o valor da compensação que a empresa China Road and Bridge Corporation está a exigir ao Executivo, pelo facto de ter havido um erro, já reconhecido pelos tribunais da RAEM, que impediu a empresa de ganhar o concurso público de construção da Oficina do Metro Ligeiro. “Posso revelar o custo, mas não vou revelar as informações sobre processo que decorrem em tribunal”, mencionou sobre este aspecto.
ILHA DA MONTANHA
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OBRAS DE LIGAÇÃO DO METRO LIGEIRO VÃO PARA
O secretário para os Transportes e Obras Públicas prometeu o arranque das consultas públicas sobre o traçado da Linha Leste, que será subterrânea, e do Plano Director para este ano. Em relação ao metro está ainda a ser estudada a ligação do terminal intermodal da Barra até Hengqin PUB
CONSULTA DIZ-ME O QUE É A CLASSE SANDUÍCHE
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Governo vai lançar até ao próximo mês de Setembro uma consulta pública sobre o conceito de “classe sanduíche”. A expressão serve para os cidadãos que não conseguem ter acesso a uma habitação social, uma vez que não são considerados como parte do extracto social mais baixo, ao nível dos rendimentos, mas também não têm verbas que lhes permitam comprar uma casa. Ontem, Raimundo do Rosário anunciou que vai ser feita uma consulta pública sobre o tema até Setembro deste ano, de forma a definir
os rendimentos desta classe. A questão foi discutida no âmbito do acesso às habitações económicas. Por outro lado, o secretário afirmou que nas próximas semanas vão ser anunciados vários concursos públicos relacionados com a construção de 3.000 fracções habitacionais na Zona A, cujo procedimento de distribuição se encontra em vigor. Na apresentação das Linhas de Acção Governativa, Raimundo do Rosário reconheceu que a habitação económica está relegada para “segundo plano” uma vez que a prioridade passa pela habitação social, arrendada
às pessoas com menores rendimentos. Segundo o discurso inicial do secretário, a habitação social foi vista como a resposta “às necessidades reais” da sociedade, que permite apoiar “quem efectivamente precisa de uma casa”. No entanto, o Executivo reconheceu que a “habitação é uma das maiores preocupações” da população e comprometeu-se com o objectivo de adjudicar até ao final do ano a primeira fase do projecto da Avenida Wai Long, onde vão ser construídas cerca de 6.500 fracções habitacionais.
EMPRESAS DO INTERIOR
A
construção da ligação do Metro Ligeiro de Macau à Ilha da Montanha vai beneficiar principalmente as empresas do Interior, que vão ficar responsáveis pelos trabalhos. O cenário foi traçado pelo secretário Raimundo do Rosário, que apontou que o modelo adoptado será semelhante ao da Ilha Artificial de Hong Kong-Zhuhai-Macau. “Este ano espero que possamos arrancar com os trabalhos de construção da ligação do metro à Ilha de Hengqin. Se calhar estes trabalhos não vão beneficiar Macau, porque vamos adoptar o modelo que foi utilizado para a Ilha Artificial”, começou por avisar o secretário para os Transportes e Obras Públicas. “As obras vão ser construídas por outras empresas [que não as de Macau]. Espero que os trabalhos de construção possam ser iniciados ainda este ano”, indicou como meta. Rosário informou também que as obras de construção da Linha de Seac Pai Vai, que vai ligar o metro a esta zona da RAEM, devem começar este ano, depois de ser feita a adjudicação. “É uma linha pequena, só com duas estações. Mas esperamos que o concurso público seja concluído este ano e os trabalhos adjudicados e iniciados”, indicou.
FOTOS RÓMULO SANTOS
quinta-feira 7.5.2020
O QUE DIZ RAIMUNDO • ESTACIONAMENTO “TEMOS LUGARES SUFICIENTES PARA VEÍCULOS LIGEIROS” Macau tem lugares de estacionamento suficientes para veículos, mas o mesmo não acontece para motos e veículos pesados. A garantia foi dada ontem pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. “Temos 147 mil lugares nas ruas e parques de estacionamento e são lugares mais do que suficientes para os veículos ligeiros, que são 117 mil. Mas quanto aos motociclos e veículos pesados já não é assim.” Raimundo do Rosário disse ainda que há 1000 parquímetros com sensores, uma instalação experimental, mas “cara”. “Estou contente por saber que se trata de um aparelho que surte efeitos, mas não é nada barato”, concluiu. • GDI “NÃO GOSTO MUITO DE FALAR SOBRE ESTE GABINETE” O secretário para os Transportes e Obras Públicas assumiu ontem que o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) é um assunto tabu. “Actualmente o GDI tem 80 trabalhadores, assumiu muitas obras, mas não gosto muito de falar deste gabinete porque houve muitos problemas nos últimos anos”, disse no hemiciclo. Quanto à renovação da existência do GDI por mais um ano, deveu-se ao facto de existirem “sempre coisas urgentes” para resolver. Apesar de reconhecer que é complicado recrutar pessoal, Raimundo do Rosário referiu que serão contratados mais 15 técnicos superiores para o GDI. A deputada Song Pek Kei disse estar preocupada com o facto de o prolongamento da existência do GDI por apenas um ano não ser suficiente para terminar as grandes obras e fazer a ligação ao projecto da Grande Baía.
LIGAÇÃO À BARRA
Outra das novidades avançadas é a possibilidade de haver uma ligação da estação intermodal da Barra à Linha da Montanha. “Vamos tentar fazer uma ligação entre a Linha de Hengqin e a Estação da Barra”, revelou. Ainda no que diz respeito à realização dos trabalhos, na zona da construção da estação intermodal da Barra, Raimundo do Rosário afirmou que a construção vai ser concluída dentro do orçamento de 1,18 mil milhões de patacas. Quanto à Linha do Leste do Metro Ligeiro, que vai fazer a ligação da Taipa às Portas do Cerco, com passagem pelos Novos Aterros, o secretário afirmou que a consulta pública vai ser lançada até ao final do ano. Anteriormente o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, já tinha
Plástico Cobrança de palhinhas, copos e caixas
Depois de ter começado a impor o preço de uma pataca por cada saco de plástico, uma medida que ontem foi elogiada por deputados de todos os quadrantes políticos, Raimundo do Rosário afirmou que o Governo vai agora virar a atenção para outros produtos como copos de plástico, palhinhas e caixas de comida takeaway. No entanto, o responsável pela tutela admitiu que não há ainda um calendário para as novas políticas, que também podem passar pela cobrança por esses produtos.
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dito na apresentação das LAG que a ligação ia ser feita de forma subterrânea. Porém, Rosário só apontou novidades para quando tiver o relatório da consulta pública. “Só depois da consulta é que vai haver novidades [sobre a Linha Leste], em Dezembro”, reconheceu.
PLANO DIRECTOR PENDENTE
Na reunião de ontem, Raimundo do Rosário admitiu ter ficado desapontado por não ter conseguido concluir no anterior mandato o Plano Director para a RAEM. A falta deste documento tem servido de constrangimento ao desenvolvimento de partes da Zona A dos
Aterros, apesar de o secretário dizer que as Obras Públicas têm feitos planos internos, como forma de acelerar os trabalhos.
“Se calhar estes trabalhos não vão beneficiar Macau, porque vamos adoptar o modelo que foi utilizado para a Ilha Artificial.” RAIMUNDO DO ROSÁRIO
Ilha Artificial Plano para armazém de substâncias perigosas
O Governo confirmou que os planos para construir um armazém provisório de substâncias perigosas no Cotai foram abandonados e que vai ser instalado um edifício definitivo na Ilha Artificial da nova ponte. “A nossa ideia é ter apenas um armazém definitivo. Já temos uma localização só que precisamos de resolver algumas questões. Quando essas questões forem resolvidas vamos divulgar e avançar com a construção”, prometeu Raimundo do Rosário. Já em relação ao esgotamento do depósito do lixo da construção, um problema antigo, o secretário apontou que a solução passa por utilizar a parte da área marítima para colocar esses resíduos.
Apesar das limitações, a consulta pública sobre o Plano Director vai arrancar até ao final do ano: “Quando assumi as funções de secretário desta tutela defini como objectivo prioritário a definição de um planeamento urbanístico de que a cidade carece, no entanto, por razões de vária ordem, não foi possível concluir ainda o Plano Director, mas o projecto preliminar está a ser pronto para ser submetido este ano a auscultação pública” reconheceu. “Vamos, assim, levar este ano a consulta pública […] o Plano Director”, anunciou. João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
Fundo Predial Custos ascendem a 900 milhões
Desde a criação, em 2007, que o Fundo de Reparação Predial já custou aos cofres da RAEM cerca de 900 milhões de patacas. Os números foram avançados ontem por Arnaldo Santos, presidente do Instituto de Habitação. O responsável indicou também que há cerca de 4 mil edifícios que podem pedir apoio ao fundo, que tem como objectivo reparar os espaços comuns. Sobre o destino dos apoios, Arnaldo Santos apontou que, na maior parte dos casos, os gastos envolveram instalação e renovação de equipamentos como elevadores.
• GDSE “CONFESSO QUE O TRABALHO NÃO FOI SUFICIENTE” Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, admitiu que o trabalho feito pelo Gabinete de Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) “não foi suficiente”. “Não fizemos muito na área da poupança energética”, disse ainda. O GDSE vai ser alvo de fusão com a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, medida implementada no âmbito da reestruturação de vários serviços públicos levada a cabo pelo Chefe do Executivo. • RECURSOS HUMANOS “AINDA HOJE NÃO CONSEGUI TAPAR OS BURACOS” Raimundo do Rosário admitiu que continua a lidar com falta de recursos humanos na sua tutela e que nos últimos anos o número de trabalhadores desceu de 3.400 para cerca de 3.300. “Eu considero que os recursos humanos nunca são suficientes. Mas vamos desenvolver todos os esforços para corresponder às expectativas”, começou por ressalvar. “Mas ainda hoje não consegui tapar os buracos que foram abertos devido à saída de algumas pessoas. Tínhamos 3.400 efectivos e agora somos apenas 3.300”, apontou. Por sua vez, José Pereira Coutinho pediu ao secretário para contratar mais pessoas. “Diz que tem falta de pessoas para a sua tutela. Nós sabemos que as Obras Públicas recusam receber os deputados e alegam que não têm trabalhadores disponíveis. Mas se esse é o cenário, tem de falar com o Chefe do Executivo para contratar mais pessoas”, frisou. No entanto, o secretário negou que os trabalhos sejam afectados: “Não recusamos trabalho”, apontou.
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7.5.2020 quinta-feira
Quarta ponte Obras arrancaram a 26 de Março
As obras da quarta ligação entre Macau e a Taipa arrancaram no passado 26 de Março, revelou ontem Raimundo do Rosário. “As obras foram iniciadas no dia 26 de Março, há mais de um mês”, indicou. A construção da ligação entre a Zona A e a Zona E1 dos Novos Aterros está orçamentada em 5,27 mil milhões de patacas e a ser efectuada pelo consórcio constituído pelas empresas China Civil Engineering Construction Corporation, China Railway Construction Bridge Engineering Bureau Group e Companhia de Construção e Engenharia Omas.
Óbito Secretário solidário com luto de colega
AIR MACAU GOVERNO VAI RENOVAR CONTRATO DE CONCESSÃO POR MAIS TRÊS ANOS
Com ou sem monopólio
O secretário Raimundo do Rosário disse ontem no hemiciclo que o contrato de concessão da Air Macau será renovado por mais três anos, mas não explicou se a renovação acontece nos mesmos moldes, uma vez que existe a ideia de terminar com o regime de monopólio da companhia aérea
A
Air Macau, companhia aérea de bandeira da RAEM, vai continuar a operar no território até 2023, mas está por confirmar se a empresa manterá o actual regime de exclusividade. A garantia da renovação do contrato de concessão foi dada ontem pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. “Quanto à Air Macau, posso dizer que o contrato acaba a 8 de Novembro e vamos prolongar por mais três anos. Mas se durante esse tempo houver uma lei sobre essa matéria vai ser ajustado”, disse apenas. “Prevemos que através de uma lei possamos recuperar todos esses serviços e isso vai passar pelo
crivo da Assembleia Legislativa”, acrescentou o secretário. Em Janeiro do ano passado, o HM noticiou que a Air Macau ia deixar de operar em regime de monopólio, o que vai permitir a liberalização do sector aéreo. A informação foi confirmada pela Autoridade de Aviação Civil (AACM). A decisão foi tomada depois da realização de um estudo sobre o planeamento do mercado de transporte aéreo.
DÚVIDAS NO AR
Com esta informação o secretário deixa no ar a possibilidade de se prolongar por mais três anos o regime de monopólio no sector da aviação civil, mas também é certo que o novo contrato a assinar com a Air Macau pode incluir o
fim da exclusividade. A verdade é que, de acordo com a notícia do HM de Janeiro, a Air Macau já foi notificada pelo Governo de que iria deixar de operar em regime de monopólio.
“Quanto à Air Macau, posso dizer que o contrato acaba a 8 de Novembro e vamos prolongar por mais três anos. Mas se durante esse tempo houver uma lei sobre essa matéria vai ser ajustado.” RAIMUNDO DO ROSÁRIO
O contrato para o serviço público de transporte aéreo de passageiros, bagagem, carga, correio e encomendas postais de e para Macau, foi firmado a 8 de Março de 1995. Tem validade de 25 anos contados a partir da entrada em exploração do Aeroporto Internacional de Macau, a 9 de Novembro de 1995. Responsáveis do Governo adiantaram ainda que na área da aviação, não houve despedimentos devido à pandemia da covid-19, mas apenas reduções salariais. Houve uma quebra de 80 por cento nos voos comerciais e de 90 por cento no número de passageiros. Andreia Sofia Silva
andreia.silva@hojemacau.com.mo
Antes de começar a responder às perguntas dos deputados, Raimundo do Rosário deixou uma mensagem de solidariedade com um colega de trabalho que perdeu a mãe. Uma vez que o secretário tinha de apresentar as Linhas de Acção Governativa sectoriais, não pode comparecer na casa mortuária, facto que lamentou. “Hoje é um dia diferente porque um colega que trabalhou muitos dias, sem folgas e as horas necessárias de descanso perdeu a mãe. Devia ir à casa mortuária, mas infelizmente não posso”, afirmou o secretário, como forma de mostrar a sua solidariedade com o colega afectado.
Autocarros Renovação até 15 de Agosto
Depois de ter prometido resolver a questão da renovação das concessões dos autocarros públicos até ao final do ano passado, e de ter voltado atrás, Raimundo do Rosário traçou agora uma nova meta: 15 de Agosto, a data em que termina a actual sessão da Assembleia Legislativa. “Vou finalizar o processo de renovação dos contratos de autocarro até 15 de Agosto. É uma questão que fica finalizada até ao final da sessão legislativa”, prometeu. Sobre os autocarros eléctricos, foi ainda explicado que o peso destas viaturas é uma limitação, uma vez que veículos com mais de 15 toneladas não podem circular na Ponte Nobre de Carvalho.
coronavírus 5
quinta-feira 7.5.2020
Os testes de ácido nucleico necessários para passar a fronteira com Zhuhai passam hoje a ser feitos em Macau. Têm como destinatários residentes de Macau que precisem de atravessar a fronteira por motivos de trabalho ou estudo. À excepção de professores e alunos, a partir do segundo teste passa a ser exigido um pagamento de 180 patacas
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partir de hoje passam a ser feitos testes de ácido nucleico do lado de cá da fronteira a residentes da RAEM que precisem de atravessar a fronteira para trabalhar ou estudar, em Macau ou Zhuhai. A medida vai abranger cerca de 15 mil pessoas, que têm de ser testadas a cada sete dias. A informação foi ontem avançada em conferência de imprensa pelo coordenador dos exames médicos dos postos fronteiriços dos Serviços de Saúde (SS), Tai Wa Hou, que acrescentou que a capacidade diária para fazer testes se situa nos 4 mil por dia. A partir de amanhã, Zhuhai vai cancelar o posto de recepção de amostras e os testes passam a ser feitos em Macau, “garantindo assim a circulação e segurança das pessoas”. Os exames são feitos no terminal marítimo de passageiros do Pac On,
MAIS UMA ALTA
COVID-19 TESTES PARA QUEM PASSA A FRONTEIRA FEITOS EM MACAU
Exames deste lado
U
desta medida a Hong Kong ainda não é possível. Os testes ao grupo definido como prioritário, que abrangia professores, trabalhadores de instituições de acção social e pescadores, estão praticamente concluídos.
SERVIÇO DE QUARTO
De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Turismo, ontem 88 pessoas cumpriam quarentena nos hotéis designados para observação médica. Destas, 49 eram residentes de Macau e 23 trabalhadores não residentes. Houve várias pessoas a manifestar vontade de sair de Macau e ir para Hong Kong. Mesmo que estejam dispostas a passar pela quarentena, isso pode não ser possível, mas pode haver isenções se a motivação for, por exemplo, um funeral. O autocarro entre as 9h e as 21h. A marcação pode ser feita online. Para serem testados, os cidadãos têm de apresentar três documentos: título de BIR de Macau, salvo-conduto, bem como comprovativo de residência em Zhuhai ou cartão de estudante emitido por uma escola do Interior da China. O resultado fica disponível 24 horas depois do teste ser feito, através do código de saúde. Para a passagem na fronteira basta mostrar o resultado no código de saúde, certificado dos SS ou emitido pela empresa em como já se foi sujeito ao teste. Para aumentar a capacidade de testes, foi feita uma parceria entre os SS e uma empresa estatal. O primeiro exame de ácido-nucleico vai ser gratuito, mas os seguintes custam 180 patacas. Mantêm-se isentos alunos e docentes que vivem em Zhuhai e trabalham e estudam em Macau, de forma a “garantir a saúde pública”. Entende-se que os restantes “são pessoas que querem passar fronteiras, mas não têm uma necessidade especial ou urgente”. Há a possibilidade de o alargamento agora anunciado estender-se a trabalhado-
res não residentes também com residência transfronteiriça. As autoridades reconheceram ainda que no futuro vão incluir residentes sem título de residência em Zhuhai, mas o alargamento
Para serem testados, os cidadãos têm de apresentar três documentos: título de BIR de Macau, salvo-conduto, bem como comprovativo de residência em Zhuhai ou cartão de estudante emitido por uma escola do Interior da China
m trabalhador não residente da Indonésia que este internado por infecção da covid-19 teve ontem alta. O homem de 41 anos regressou a Macau em Março, com dois familiares, que também foram casos confirmados. Na altura, foi considerada uma pessoa de contacto próximo e ficou em observação médica, tendo desenvolvido sintomas e dado positivo para o novo tipo de coronavírus. Ficou 45 dias internado, mas agora apresenta uma condição clínica estável, sem febre nem sintomas respiratórios. Vai agora passar o período de convalescença no centro clínico do Alto de Coloane. Encontravam-se aí em convalescença 18 pessoas, enquanto cinco se mantinham em tratamento.
fretado para Hong Kong custa 6.400 patacas, um valor justificado pelo custo da mão de obra especial. Salomé Fernandes
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MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 145/AI/2020
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 156/AI/2020
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor YEN YI TIEN, portador do Documento de viagem da Região de Taiwan, que na sequência do Auto de Notícia n.° 125/DI-AI/2018, levantado pela DST a 26.06.2018, e por despacho da signatária de 24.04.2020, exarado no Relatório n.° 103/DI/2020, de 11.03.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Malaca n.° 172, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 11 , 2.° andar A onde se prestava alojamento ilegal.----------------------------No mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. ------------------------------------------------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.--------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.-------------------------------------------
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor LIU YUNLI, portador do passaporte da RPC n.° E06629xxx e do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C57684xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 214/DI-AI/2018, levantado pela DST a 12.11.2018, e por despacho da signatária de 27.04.2020, exarado no Relatório n.° 114/DI/2020, de 17.03.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Avenida da Amizade n.° 1321, Edf. Hung On Center, Bloco 3, 12.° andar T, Macau onde se prestava alojamento ilegal.-------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. ------------------------------------------------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.--------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.-------------------------------------------
-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 24 de Abril de 2020.
-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 27 de Abril de 2020.
A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
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7.5.2020 quinta-feira
NOTIFICAÇÃO EDITAL (notificação de sanção) Lai Kin Lon, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), manda que se proceda, nos termos dos artigos 14.º e 15.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 – “Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho”, conjugados com n.º 2 do artigo 72.º e n.º 2 do artigo 136.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, à notificação dos indivíduos abaixo mencionados para, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do dia seguinte ao da publicação da presente notificação edital, procederem ao pagamento da multa aplicada nas respectivas notificações, devendo nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do prazo acima referido entregar nestes Serviços o documento comprovativo do pagamento da multa. 1. Processo n.º 3097/2019: ANCHETA ALBERT MARIO (titular do Passaporte da Filipinas), infractor da notificação n.º IA-314/2020/DIT, aplicada multa de $5 000,00 (cinco mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 5 do artigo 32.º da Lei n.º 21/2009 – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”, por ter prestado trabalho na RAEM sem autorização para aqui permanecer na qualidade de trabalhador. 2. Processo n.º 1734/2019: LIANG AIQING (titular de Título de Identificação de Trabalhador Não Residente), infractor da notificação n.º IA-238/2020/DIT, aplicada multa de $5 000,00 (cinco mil patacas), nos termos da alínea 2) do n.º 5 do artigo 32.º da Lei n.º 21/2009 – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”, tendo autorizado para permanecer na RAEM na qualidade de trabalhador, por ter prestado actividade a empregador diferente daquele para o qual foi autorizado a trabalhar. 3. Processo n.º 718/2019: COMPANHIA DE SERVIÇO DE LIMPEZA DE LOUÇA E ESTERILIZAÇÃO CHONG IONG LIMITADA (Nº. DE REGISTO: SO 48754), infractora da notificação n.º IA271/2020/DIT, aplicada multa de $10 000,00 (dez mil patacas), nos termos da alínea 3) do n.º 1 do artigo 32.º da Lei n.º 21/2009 – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”, por titular de autorização não nominal de contratação de trabalhador não residente, ter contratado um trabalhador não residente a quem foi concedida autorização de permanência na RAEM para trabalhar para outro empregador. 4. Processo n.º 2352/2019: SOCIEDADE DE OBRAS FU FAI LIMITADA (Nº. DE REGISTO: SO 34902), infractora da notificação n.º IA-242/2020/DIT, aplicada multa de $10 000,00 (dez mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 32.º da Lei n.º 21/2009 – “Lei da Contratação de Trabalhadores Não Residentes”, por ter aceitado a prestação de trabalho por um trabalhador não residente. 5. Processo n.º 2545/2019: PENG XIUQIN (titular do Passaporte da China), infractora da notificação n.º IA-277/2020/ DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 6. Processo n.º 1982/2019: XIANG ZUOQUN (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractora da notificação n.º IA-120/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 7. Processo n.º 1385/2019: GUAN HONGYAN (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractora da notificação n.º IA-249/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 8. Processo n.º 3032/2019: ZHANG PING (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractora da notificação n.º IA-247/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 9. Processo n.º 3029/2019: YANG JIE (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractora da notificação n.º IA-246/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte
N.º 27/2020
mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 10. Processo n.º 2539/2019: ZHU FAGUI (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractor da notificação n.º IA-281/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 11. Processo n.º 2073/2019: ZHAN XIANCAI (titular do Passaporte da China), infractor da notificação n.º IA287/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 12. Processo n.º 2232/2019: SUN LIN (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractor da notificação n.º IA-289/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 13. Processo n.º 91/2020: SHI YUHU (titular do Passaporte da China), infractor da notificação n.º IA-195/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 14. Processo n.º 1322/2019: FENG TING (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractora da notificação n.º IA-248/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. 15. Processo n.º 2303/2019: CHEN YUANCAI (titular de Salvo Conduto para Hong Kong e Macau, da República Popular da China), infractor da notificação n.º IA-239/2020/DIT, aplicada multa de $20 000,00 (vinte mil patacas), nos termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 17/2004 – “Regulamento sobre a Proibição do Trabalho Ilegal”, por violação à alínea 4) do artigo 2.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 3.º do mesmo Regulamento Administrativo. Os infractores poderão, dentro das horas de expediente, levantar a cópia do respectivo despacho, a notificação e a guia de receita eventual para pagamento da multa no Departamento de Inspecção do Trabalho da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado nºs 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, podendo também, mediante requerimento por escrito, consultar os respectivos processos. Decorridos os prazos acima referidos, a falta de apresentação do documento comprovativo do pagamento da multa implica a remessa, nos termos legais, das cópias dos respectivos documentos acompanhadas do comprovativo de cobrança coerciva à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para ser efectuada cobrança coerciva. Nos termos dos artigos 145.º, 149.º e 155.º do CPA, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, o infractor pode impugnar a referida decisão da Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, pelos seguintes meios: a) No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do dia seguinte ao da publicação do presente notificação edital, mediante reclamação para a Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho; b) No prazo de 30 (trinta) dias a contar do dia seguinte ao da publicação do presente notificação edital, mediante recurso hierárquico necessário para o Director dos Serviços para os Assuntos Laborais. A decisão punitiva acima referida não é susceptível de recurso contencioso. Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 29 de Abril de 2020. O Chefe do D.I.T, Lai Kin Lon
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quinta-feira 7.5.2020
medicação para dois meses na farmácia do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), ter sido informado de que, caso necessitasse de mais medicamentos, teria de recorrer aos serviços de urgência do CHCSJ. Num comunicado, os SS negam esta situação. “Os residentes só podem levantar medicamentos após prescrição médica efectuada após diagnóstico e tratamento nas consultas de especialidade no CHCSJ ou nos centros de saúde.” Nesse sentido, “não há indicação para que os pacientes levantem medicamentos prescritos nas consultas de especialidade usando o serviço de urgência”.
RISCO DE ESCASSEZ Serviços de Saúde “Não há indicação para que os pacientes levantem medicamentos prescritos nas consultas de especialidade usando o serviço de urgência.”
SS DETERMINADO LEVANTAMENTO DE MEDICAMENTOS A CADA DOIS MESES
Levantar a cura
Um utente do Centro Hospitalar Conde de São Januário queixou-se de só poder levantar medicação para dois meses e de ter sido informado que, depois desse período, teria de recorrer às urgências. Os Serviços de Saúde negam o alegado, garantem não limitar a prescrição de medicamentos, e que o levantamento por dois meses se deve à necessidade de gestão de recursos
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S Serviços de Saúde (SS) decidiram decretar o levantamento de medicação hospitalar a cada dois meses para melhor gerir recursos. A decisão foi anunciada por Tai Wa Hou, coordenador dos exames médicos dos postos fronteiriços dos SS. “Quanto a medicamentos não limitamos a sua pres-
crição. São apenas medidas para levantamento por fases, de modo a poupar a mão-de-obra envolvida, e também para evitar o desperdício de medicamentos. Portanto, vamos implementar uma medida para os cidadãos levantarem os medicamentos a cada dois meses, não estamos a limitar a prescrição.” A questão surgiu depois de um utente que levantou
O fornecimento de medicação hospitalar no CHCSJ é feito consoante as datas das consultas de especialidade, para que o paciente não fique sem medicamentos. No entanto, a pandemia da covid-19 obrigou à reestruturação do serviço. “A produção e o transporte de medicamentos em todo o mundo foi afectada e prevê-se que alguns medicamentos possam escassear”, adiantam os SSM no mesmo comunicado. Por esse motivo, os SSM “vão adoptar medidas de contingência que limitam a prescrição e o número de medicamentos prescritos.Assim sendo, os médicos “só podem prescrever medicamentos convencionados apenas para dois meses”. “Não é pedido que o utente recorra aos serviços de urgência para obter a prescrição de medicamentos”, frisa a mesma nota. Está também a ser analisada a possibilidade de levantamento faseado. “Sendo esta uma medida electrónica, os utentes podem recorrer às farmácias convencionadas dos Serviços de Saúde para levantar os medicamentos prescritos em diferentes períodos. No momento do levantamento da prescrição médica, os utentes podem obter orientações adequadas dos farmacêuticos.” A medida “não foi ainda implementada”, mas, caso venha a ser necessário, os SS prometem concretizá-la “de acordo com a situação real do fornecimento de medicamentos”. Andreia Sofia Silva com S.F.
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SUICÍDIOS PRIMEIRO TRIMESTRE COM AUMENTO DE CASOS
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OS primeiros três meses deste ano, registaram-se 17 suicídios, dos quais 15 eram residentes e dois não residentes. Os números divulgados pelos Serviços de Saúde (SS) referem um aumento de dois casos em relação ao período homólogo do ano passado. Por outro lado, são menos 5,6 por cento em comparação ao trimestre anterior. “Com a rápida propagação da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus no mundo, e a incerteza de desenvolvimentos de epidemia, é inevitável que os residentes manifestem problemas psicológicos a níveis diferentes, tais como, inquietação, ansiedade, stress, entre outros”, explica o mesmo comunicado. Para lidar com o stress e emoções negativas, os SS recomendam a aceitação dos estados de ansiedade e medo durante períodos de crise. As autoridades de saúde recomendam também um estilo de vida saudável (prática de exercício físico dieta), equilibrada, manter contacto regular com familiares e tomar a iniciativa de ajudar a família ou amigos idosos que vivam sozinhos. Para além disso, o Governo apela à ajuda profissional caso o sofrimento emocional persista, e recorda que foi criado um serviço de linha aberta de apoio psicológico em que os psicoterapeutas dos SS são serviços de aconselhamento e encaminhamento. Há também consultas externas de saúde mental nos centros de saúde do Tap Seac, Fai Chi Kei, Areia Preta, Ilha Verde, Jardins do Oceano e Nossa Senhora do Carmo-Lago.
ILHA VERDE PEDIDA AJUDA DE VIZINHOS E FAMILIARES PARA PESSOAS SOZINHAS
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caso noticiado ontem da mulher encontrada morta em casa no bairro da Ilha Verde, motivou a associação de moradores a apelar ao contacto mais regular e próximo de familiares e vizinhos de pessoas que vivem sozinhas. A vice-presidente da Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde, Lei Tong Man, pegou no triste exemplo da mulher morta há vários dias, sem que ninguém tenha reparado, para levantar a questão da falta de apoio às pessoas que vivem sozinhas. A dirigente associativa, em declarações ao jornal Ou Mun, referiu as mudanças culturais que se fizeram sentir a nível da organização familiar, a baixa natalidade e envelhecimento da população como factores que explicam o fenómeno. Lei Tong Man sustentou-se nos dados demográficos dos censos de 2016, que revelaram que mais de 15 por cento da população vive sozinha, para chamar a atenção para os problemas que este segmento da sociedade enfrenta. Como tal, apela a que se pressionem familiares para intensificarem o contacto com quem vive sozinho. Neste aspecto, a representante dos moradores da Ilha Verde apela também aos vizinhos, que devem partilhar um espírito de apoio mútuo, que alertem as autoridades ou instituições de assistência caso detectem alguma situação anormal. J.L. e N.W.
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NOTIFICAÇÃO N.° 209/AI/2020 -----Atendendo a que não é possível proceder à respectiva notificação pessoal, pela presente notifique-se CAI ZHONGJI, proprietário da fracção autónoma situada na Taipa, Rua de Coimbra n.° 342, 19.° andar B, que no dia 07.05.2020 caducaram as medidas provisórias que foram aplicadas à referida fracção na sequência do Auto de Notícia da DST n.º 302/DI-AI/2019,de 08.11.2019.----------------------------------------------------------------------------------------------------------Para mais informações, o ora notificado pode comparecer nas horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção n.os 335-341, Edifício ‘‘Centro Hotline’’, 18.º andar.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 21 de Abril 2020. A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
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7.5.2020 quinta-feira
CENSOS RECOLHA DE DADOS AJUDA A DEFINIR “POLÍTICAS PÚBLICAS”
O retrato do povo
IPM Mais de 90% dos licenciados do ano passado têm emprego
A maior parte dos alunos que se licenciam no Instituto Politécnico de Macau (IPM) conseguem entrar no mercado de trabalho. Dados divulgados pelo “Relatório de investigação sobre o prosseguimento dos estudos e o emprego dos alunos graduados do IPM no ano lectivo de 2018/2019” revelam que mais de 90 por cento conseguiram emprego, prosseguiram os estudos ou fundaram o seu próprio negócio. Dados divulgados pelo IPM mostram ainda que mais de 80 por cento dos licenciados obtiveram emprego em três meses, com o salário médio a atingir as 17.963 patacas. Desse grupo, 70 por cento foi contratado pelas empresas de Macau, um aumento de oito por cento em relação a 2018. O estudo aponta ainda que a maioria dos inquiridos não tem vontade de trabalhar na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
HOJE MACAU
Em Agosto, vai ser feito um inquérito piloto para preparar os recenseamentos da população e habitação que decorrem no próximo ano. Os Censos de 2021 vão recolher dados que permitem conhecer melhor quem vive em Macau e ajudar o Governo a definir políticas
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tins, importa cruzar para conhecer a percentagem da população que, de facto, tem habitação própria. Na sua página online, a DSEC explica que os censos são um processo que contribui para o desenvolvimento de Macau porque, para além de reflectirem a evolução da estrutura demográfica e as suas características socioeconómicas, “são também referências relevantes para o Governo da RAEM planear o futuro, designadamente para definir políticas nas áreas da educação, habitação, transportes, assistência médica, serviços sociais, entre outras”. A prática não é recente em Macau: no próximo ano é feito o 16º recenseamento da população e o 15º
da habitação. Na página electrónica do Arquivo de Macau é possível encontrar documentos do tempo da administração portuguesa sobre o tema. Uma carta urgente de 1960 dirigida à repartição provincial de fazenda e contabilidade explica que os Serviços de Economia e Estatística Geral tinham requisitado três impressos ao Censo da População, “com uma tiragem total de 95.000 exemplares, correspondentes a 70 resmas de papel nº8 de 70 libras”, e na qual se pedia o pagamento por crédito especial.
RECRUTAMENTO PILOTO
Estão a ser recrutados cerca de 100 trabalhadores, tanto de campo
“São também referências relevantes para o Governo da RAEM planear o futuro, designadamente para definir políticas nas áreas da educação, habitação, transportes, assistência médica, serviços sociais, entre outras.” DSEC
como internos, para o inquérito piloto, com o objectivo principal de recolhar dados. Os trabalhadores de campo são quem vai às casas para coligir informações ou verificar os casos. Nesta fase de preparação, é pedido junto de uma parte das fracções habitacionais para apenas responderem a um questionário curto, que inclui o número de pessoas, sexo, local e data de nascimento, enquanto a outra parte contem informações socioeconómicas mais detalhadas, como o estado civil, situação de emprego ou rendimento. A DSEC esclareceu ao HM que quem faz a recolha não sabe se os inquiridos estão em Macau com autorização ou ilegalmente uma vez que, por motivos de privacidade, não perguntam se a pessoa tem blue card ou residência.
ADOS recolhidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos revelam que o regime de garantia de depósitos tem uma taxa de cobertura de 91,8 por cento, “o que reflecte que o actual limite de compensação
de 500 mil patacas [por depositante] continua a constituir uma garantia suficiente e apropriada para os depositantes de Macau”. Estes dados constam de um estudo efectuado pelo fundo em Outubro e são revelados
pelo relatório anual do exercício do ano de 2019, publicado ontem em Boletim Oficial. O fundo recebeu, em 2019, um montante total de 79,3 milhões de patacas, valor que corresponde às contribuições anuais
pelas entidades participantes. O resultado do exercício em Dezembro era de 90.7 milhões de patacas. O relatório aponta que, em 2019, “a actividade financeira do limitou-se à utilização da dotação inicial do Governo, realizada
Ao todo foram transaccionadas na primeira quinzena de Abril, 154 fracções destinadas à habitação. Os dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) indicam que foram transaccionadas menos 119 imóveis relativamente à segunda metade do mês de Março, altura em que foram negociadas 273 habitações. De acordo com a DSF, das 154 fracções negociadas na primeira quinzena de Abril, 119 situam-se na Península de Macau, 34 estão na Taipa e apenas uma é de Coloane. O preço médio por metro quadrado situou-se nas 94,414 patacas, ou seja mais 6,1 por cento em relação à segunda quinzena de Março. Ainda segundo a DSF, na primeira metade de Abril registaram-se apenas transações de fracções situadas em edifícios e apenas um caso em que o comprador era não residente.
Salomé Fernandes
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FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS TAXA DE COBERTURA É DE 91,8 POR CENTO
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Imobiliário Fracções negociadas diminuiu no início de Abril
TIAGO ALCÂNTARA
O próximo ano vão ser feitos novos recenseamentos da população e da habitação. Para preparar os Censos de 2021, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) vai fazer, entre 8 e 22 de Agosto deste ano, um inquérito piloto. Realizados na maior parte dos países de dez em dez anos, os censos têm relevância prática. “Permitem identificar características da população em termos de rendimento e estratificação social que ajudam a formular políticas públicas”, explicou o economista José João Pãosinho ao HM. Os resultados dos recenseamentos permitem conhecer melhor a população. “Como as políticas são orientadas para a população, podem ser mais inteligentes. Uma coisa é termos uma população idosa, outra é termos uma população jovem”, exemplificou o Albano Martins. “O censo é, de facto, muito importante porque é o retrato da população. É um mecanismo exaustivo de obtenção de dados que depois levam algum tempo a ser trabalhados para se poder conhecer o objecto da política económica, que é a população”, acrescentou o economista. Para além dos dados demográficos, é também recolhida informação sobre habitação. Dois parâmetros que, para Albano Mar-
em Maio de 2013, de 150 milhões e das contribuições acima mencionadas para o investimento”. O ano passado, o fundo fez também o pagamento de “despesas inerentes (incluindo despesas de publicidade e promocionais)”.
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COMÉRCIO PUBLICAÇÃO DE LISTA NEGRA COLHE CONSENSO DE DEPUTADOS
PJ Detidos três suspeitos por falsificação de documentos
A Polícia Judiciária (PJ) deteve três pessoas que se encontravam em Macau na situação de excesso de permanência, na posse de boletins de entrada falsos. Segundo o jornal Ou Mun, um dos suspeitos, de apelido Chen, tem 37 anos e foi detido no passado dia 30 de Abril, na sequência de uma operação da PJ na Rua da Ponte Negra. Encontrando-se em situação ilegal depois de ter entrado em Macau no dia 15 de Março, Chen viria a obter uma autorização falsa no dia 2 de Abril, numa tentativa de prolongar os sete dias de permanência autorizados por lei para quem vem do interior da China. Mais tarde, no dia 1 de Maio, a PJ viria a interceptar um casal na posse de mais dois boletins falsos, que alegadamente terão sido adquiridos por 800 dólares de Hong Kong a Chen. Do casal, faz parte uma mulher de 27 anos, de apelido Ma e um homem de apelido Liu, também ele com 27 anos. Os detidos vão agora responder pelo crime de falsificação de documentos, tendo o caso seguido para o Ministério Público.
Fotografia “Faces of Macau” pode resultar em exposição e livro
Gonçalo Lobo Pinheiro, fotógrafo português radicado em Macau há vários anos, lançou há 10 dias o projecto de fotografia “Faces of Macau” na rede social Instagram, e que visa retratar habitantes de Macau com máscaras de protecção. Trata-se de um projecto documental realizado no âmbito da pandemia da covid-19 que visa reunir um total de 100 imagens que podem dar origem a um livro ou exposição, revelou Gonçalo Lobo Pinheiro numa nota de imprensa. “As pessoas podem ser abordadas na rua, podem ser convidadas, mas também há casos em que as próprias pessoas já me contactaram com a vontade expressa de querer participar e fazer parte deste especial acervo”, adiantou o autor.
Guia de salvação
Após o aumento súbito dos preços, os deputados Ho Ion Sang e Agnes Lam vêem com bons olhos a publicação de uma “lista negra” que inclua todos estabelecimentos que revelaram práticas desonestas. Há também quem defenda que além de perder o selo de qualidade devia ser aplicada a lei do “preço ilícito” que prevê penas de prisão para os casos mais graves
A
S ondas de choque geradas pelo aumento de preços desde a entrada em vigor do cartão de consumo no passado dia 1 de Maio continuam a subir de tom, pedindo-se que a responsabilização dos estabelecimentos vá além da punição simbólica. Depois da cadeia de supermercados Royal ter perdido o “símbolo de qualidade de loja certificada”, o deputado Ho Ion Sang revelou ontem ao Jornal do Cidadão estar de acordo com a publicação de uma “lista negra” que identifique todos os estabelecimentos que tiveram práticas desonestas. A tomada de posição vem no seguimento da chuva de críticas e reacções iradas de consumidores, que chegaram mesmo a solicitar a publicação da lista dos estabelecimentos comerciais desonestos. No entanto, o Conselho de Consumidores (CC) já afastou a ideia. Afirmando que não há justificação possível para que os empregados dos supermercados tenham falhado todos ao mesmo tempo,
Ho Ion Sang espera que o Governo acelere a legislação da lei de protecção dos direitos e interesses do consumidor e que, ao retirar a certificação aos estabelecimentos que continuarem a indicar preços de forma desonesta, estes sejam do conhecimento da população. Ho Ion Sang pede ainda ao Governo que antes do lançamento da segunda fase do cartão de consumo,
faça um balanço da experiência adquirida com a implementação da primeira fase, evitando que os cidadãos se inclinem para um determinado sector ou tipo de consumo. Agnes Lam é da mesma opinião e considera que a lista pode demover os estabeleciemtnos de práticas incorrectas, apontando também que a população não aceita o argumento do CC de que “a lista
Ho Ion Sang pede (…) ao Governo que antes do lançamento da segunda fase do cartão de consumo, faça um balanço da experiência adquirida (… ) para evitar que os cidadãos se inclinem para um determinado sector ou tipo de consumo
negra não pode ser alterada depois de publicada”. Elogiando a actuação do Governo, a deputada refere ainda que a perda da certificação tem um efeito dissuasor pela condenação moral e propõe que todos os estabelecimentos aderentes do cartão de consumo sejam obrigados a assinar um contrato que assegure uma base ética para preços praticados, e garanta que, em caso de aumento, os preços não possam subir mais de cinco por cento.
RESTAURANTES A REBOQUE
Por seu turno, o presidente da direcção da associação Aliança do Povo Lei Leong Wong revelou ontem ao jornal Ou Mun ter conhecimento de casos em que estabelecimentos do sector da restauração terão subido os preços, em algumas situações, até 20 por cento. O mesmo responsável acredita que, embora o Governo não possa impedir o funcionamento do mercado livre, deve ser melhorada a forma como é feita a divulgação dos preços, dando o exemplo de que a actualização mais recente do preço de alguns produtos era referente ao mês de Fevereiro. Lei Leong Wong lamentou ainda que não tenha sido aplicado o Regime Jurídico das Infracções contra a Saúde Pública e Contra a Economia que prevê que seja aplicada uma punição para os casos em que os consumidores encontrem preços de venda superiores ao preço marcado na etiqueta. Segundo a lei, é considerado crime de “preço ilícito” sempre que o preço de venda final seja superior “aos que constem de etiquetas, rótulos, letreiros ou listas elaboradas pela própria entidade vendedora ou prestadora do serviço”, podendo ser punido com pena de prisão de seis meses a três anos. Pedro Arede e Nunu Wu info@hojemacau.com.mo
CRIME ASSALTANTE DETIDO POR ROUBO PODE VOLTAR À PRISÃO PELA SEXTA VEZ
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M residente de 43 anos foi detido uma hora e meia depois de ter, alegadamente, roubado um indivíduo na Avenida da Amizade, junto ao antigo Hotel Lisboa. O suspeito, de apelido Lam, é reincidente e um velho conhecido no estabelecimento prisional de Coloane, onde esteve preso em cinco ocasiões diferentes desde os anos 90. A última pena que cumpriu e da qual foi libertado em Abril do ano passado, foi de cinco anos,
depois de ter sido condenado pelo crime de roubo. Este último crime terá ocorrido na tarde de terça-feira, pelas 16h45, quando a vítima passou perto de Lam, ao lado da paragem de autocarro junto ao Hotel Lisboa. De acordo com a versão apresentada ontem pelas autoridades policiais, citadas pelo jornal Ou Mun, a vítima terá olhado para o suspeito. Aí, Lam perguntou ao indivíduo: “Estás a olhar para mim porquê?
Por acaso devo-te dinheiro?” Pouco depois, Lam dirigiu-se à vítima, desferiu-lhe um soco na cabeça e roubo-lhe fio de ouro branco, antes de escapar num táxi. O indivíduo agredido alegou um prejuízo de 15 mil dólares de Hong Kong e recebeu assistência médica devido a ferimentos na cabeça e ombro. Segundo as autoridades, o suspeito foi detido na Avenida de Horta e Costa por volta das 18h15, cerca
de uma hora e meia depois de ter cometido o alegado crime, graças ao uso do “sistema de videovigilância em espaços públicos, vulgarmente conhecido como “Olhos no Céu”. Após interrogatório, Lam confessou o crime e contou ter apanhado um táxi para a zona do Jai Alai. Aí, terá trocado o fio por 6500 dólares de Hong Kong numa casa de penhores. Segundo a polícia, Lam justificou o crime como forma de pagar dívidas de jogo. J.L.
10 coronavírus
(À HORA DO FECHO DA EDIÇÃO)
TOP 20 DOS PAÍSES
49059 Em estado crítico
3758421
1258746
Infectados (total cumulativo)
COM MAIS CASOS 1239848
Espanha
253682
Itália
213013
Reino Unido
194990
França
170551
Alemanha
167372
Rússia
165929
Turquia
129491
Brasil
116299
Irão
101650
China
82883
Canadá
62046
Perú
51189
Bélgica
50781
Índia
49582
Holanda
41319
Arábia Saudita
31938
Equador
31881
Suiça
30060
Portugal
26182
México
26025
Curados
Co novel
2240162 Infectados
(total cumulativo)
E.U.A.
7.5.2020 quinta-feira
(casos activos)
1743 Curados
PORTUGAL
1074 Mortos
PAÍSES LUSÓFONOS (total cumulativo)
Portugal
26182
Brasil
116299
Moçambique
81
Angola
36
Guiné-Bissau
475
Timor-Leste
24
Cabo Verde
191
São Tomé e Principe
174
PORTUGAL
países sem casos de nCov
Infectados (casos activos)
5 MACAU
PAÍSES ASIÁTICOS (total cumulativo)
China
82883
China | Macau
45
China | Hong Kong
1041
China | Taiwan
439
Coreia do Sul
10806
Japão
15253
Vietname
271
Laos
19
Cambodja
122
Tailândia
2989
Filipinas
10004
Myanmar
161
Malásia
6428
Indonésia
12438
Singapura
20198
Borneo
139
25702
países com casos de nCov
Infectados (casos activos)
40 Curados
105 HONG KONG
Infectados
Macau
(casos activos)
4
HONG KONG
932 Curados
Hong Kong
Mortos
coronavírus 11
quinta-feira 7.5.2020
613399
ovid-19 l coronavírus
Casos suspeitos
259513 Mortos
0 1-9 10-99 100-499 500-999 FONTES:
+1000
• https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/ opsdashboard/index.html#/ • https://www.who.int/emergencies/diseases/ novel-coronavirus-2019/situation-reports bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 • https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/ index.html • https://www.ecdc.europa.eu/en/geographical-distribution-2019-ncov-cases • http://www.nhc.gov.cn/yjb/s3578/new_list.shtml • https://ncov.dxy.cn/ncovh5/view/pneumonia
Ocorrências nas áreas afectadas
Dados actualizados até à hora do fecho da edição
Covid-19 vs SARS
CHINA NÚMERO DE INFECTADOS E MORTOS POR REGIÃO
3.000.000 150.000 100.000 75.000 50.000 25.000 12.500 0
20
40
60
dias dias dias Dia em que a OMS recebeu os primeiros avisos do surto
80
dias
100
dias
120
dias
REGIÃO Hubei Guangdong Henan Zhejiang Hunan Anhui Jiangxi Shandong Jiangsu Chongqing Sichuan Heilongjiang Pequim Xangai Hebei Fujian Guangxi
INFECTADOS 68128 1582 1276 1268 1019 991 937 787 653 579 561 913 593 638 328 355 254
MORTOS 4512 8 22 1 4 6 1 7 0 6 3 13 8 7 6 1 2
REGIÃO Shaanxi Yunnan Hainan Guizhou Shanxi Tianjin Liaoning Gansu Jilin Xinjiang Mongólia Interior Ningxia Hong Kong Taiwan Qinghai Macau Tibete
INFECTADOS 277 184 168 147 197 189 146 139 106 76 194 75 1040 432 18 45 1
MORTOS 3 2 6 2 0 3 2 2 1 3 1 0 4 6 0 0 0
12 china
7.5.2020 quinta-feira
COVID-19 RECUSADA INVESTIGAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE ORIGEM DO NOVO CORONAVÍRUS
As prioridades são outras
Chen Xu, embaixador chinês na ONU “Se o Presidente Trump ou Pompeo tiverem provas, eles que revelem ao mundo, em vez de apontarem o dedo. Só os cientistas podem responder a estas perguntas.” PUB
XANGAI PARQUE DA DISNEY REABRE NA PRÓXIMA SEMANA MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 119/AI/2020
MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 161/AI/2020
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor TO TAK LUK, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente de Hong Kong n.° A8437xx(x), que na sequência do Auto de Notícia n.° 90/DI-AI/2018, levantado pela DST a 05.05.2018, e por despacho da signatária de 24.04.2020, exarado no Relatório n.° 75/DI/2020, de 02.03.2020, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Paris n.° 239, Seng Hoi Hou Teng, Bloco 2, 5.° andar F onde se prestava alojamento ilegal.------------No mesmo despacho foi determinado que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito, não sendo admitida a apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010. -----------------------------------------------------------A matéria apurada constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma.-------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício ‘‘Centro Hotline’’, 18.° andar, Macau.----------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 24 de Abril de 2020.
-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora CHEN, XIAOWEI, portadora do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° C39729xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 18.1/DI-AI/2018 levantado pela DST a 27.01.2018, e por despacho da signatária de 23.04.2020, exarado no Relatório n.° 119/DI/2020, de 18.03.2020, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Pequim n.° 36, Edf. I Chan Kok, 16.° andar B, Macau onde se prestava alojamento ilegal.---------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.-------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo DecretoLei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.----------------------------------Desta decisão pode a infractora, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício ‘‘Centro Hotline’’, 18.° andar, Macau.------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 23 de Abril de 2020.
A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes
A
Disney anunciou ontem a reabertura, de forma faseada, do seu parque temático em Xangai, a “capital” financeira da China, depois de ter registado fortes perdas devido ao encerramento dos seus parques em todo o mundo. O maior parque da empresa fora dos Estados Unidos está previsto reabrir em 11 de Maio, sob “medidas de segurança aprimoradas”, depois de mais de três meses encerrado. O Shanghai Disneyland foi o primeiro parque da Disney a fechar, no início da pandemia da Covid-19, em 24 de Janeiro, mas a reabertura por etapas torna o parque em Xangai o primeiro a nível mundial a receber visitantes desde 15 de Março passado. Os doze parques na América do Norte, Ásia e Europa estão encerrados há mais de um mês. “Sabemos o quanto os nossos convidados esperam retornar à Shanghai Disneyland e o nosso elenco está animado para começar a recebê-los de volta”, disse
Bob Chapek, chefe executivo da The Walt Disney Company, em comunicado à imprensa. “À medida que o parque reabre, com medidas aprimoradas de saúde e segurança, os nossos hóspedes encontrarão a Shanghai Disneyland mais mágica e memorável do que nunca”, assegurou. Medidas de segurança adicionais incluem a limitação nas entradas através de um sistema de registo. “Os hóspedes terão de comprar ingressos válidos apenas numa data seleccionada e os portadores do Passe Anual devem fazer uma reserva antes de chegarem”, afirmou a Disney. O número de clientes também será limitado em restaurantes, passeios e outras instalações. Nos passeios do parque vão ser colocadas marcas para promover o distanciamento social, segundo a empresa. Mais de 11 milhões de pessoas visitaram o parque da Disney em Xangai em 2018.
A
China recusou ontem uma investigação internacional sobre a origem do novo coronavírus, apontando como prioridade travar a pandemia, numa altura em que os Estados Unidos acusam o regime chinês de negligência. “A primeira prioridade é concentrarmo-nos no combate à pandemia até à vitória final”, defendeu o embaixador chinês nas Nações Unidas, Chen Xu, numa videoconferência de imprensa. Questionado sobre um possível convite pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para enviar especialistas a Wuhan, o berço da pandemia, Chen disse que o contexto diplomático não o permite, denunciando as declarações dos líderes norte-americanos, que garantem que o vírus saiu de um laboratório situado na cidade. “Não podemos tolerar que este tipo de vírus político se alastre livremente (...) quando todos os esforços devem ser feitos para combater o vírus real”, afirmou. “Em princípio, não somos alérgicos a nenhuma forma de investigação ou avaliação”, que permitam “preparar futuras emergências de saúde”, mas “não temos tempo a perder para salvar vidas”, sublinhou o diplomata. “Para saber se e como um convite [à OMS] pode funcionar, temos, por um momento, de definir as prioridades certas e, por outro, precisamos de um bom ambiente”, acrescentou.
DEDOS APONTADOS
O diplomata acusou o presidente dos EUA, Donald Trump, e o secretário de Estado Mike Pompeo, que afirmam ter provas de que o novo coronavírus teve origem num laboratório de virologia em Wuhan, de “dificultarem a luta contra a pandemia” por “tentarem desviar a atenção sobre a sua própria responsabilidade” pela propagação do vírus nos Estados Unidos. Pressionado a negar as alegações norte-americanas, Chen argumentou que não está na posição para isso. “Se o Presidente Trump ou Pompeo tiverem provas, eles que revelem ao mundo, em vez de apontarem o dedo. Só os cientistas podem responder a estas perguntas”, afirmou.
china 13
quinta-feira 7.5.2020
A
China planeia enviar quatro missões espaciais tripuladas e o mesmo número de módulos de carga para concluir a construção de uma estação espacial permanente nos próximos dois anos, informaram ontem as autoridades do país asiático. O anúncio, feito após o lançamento de uma sonda não tripulada e uma cápsula de retorno, um importante passo para levar tripulações para a futura estação espacial chinesa, reforça ainda mais as aspirações da China de rivalizar na exploração espacial com os Estados Unidos, Europa, Rússia ou empresas privadas. A sonda e a cápsula foram lançadas a bordo do foguete Longa Marcha 5B no seu voo de estreia, na noite de terça-feira, a partir do centro de lançamento de Wenchang, na província de Hainan, sul da ilha. A cápsula é uma actualização do modelo Shenzhou, que tem como base o modelo da antiga União Soviética Soyuz, e que pode transportar seis astronautas. A China lançou, anteriormente, uma estação espacial experimental, que mais tarde
Ir mais além
Conclusão de estação espacial prevista para 2022
caiu na atmosfera, e planeia agora construir uma instalação maior, com vários módulos, para rivalizar com a escala da
Estação Espacial Internacional. O programa espacial da China alcançou um marco, no ano passado, ao pousar uma sonda
O programa espacial da China alcançou um marco, no ano passado, ao pousar uma sonda no lado oculto da Lua e tem planos para colocar um veículo terrestre e móvel em Marte
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AVISO COBRANÇA DE RENDAS DE CONCESSÕES DE TERRENOS 1. As Rendas de Concessões de Terrenos referentes ao ano de 2020 serão cobradas durante o mês de Maio do ano corrente. 2. No mês de pagamento, se os Srs. contribuintes não tiverem o conhecimento de cobrança, agradece-se que se dirijam ao NÚCLEO DE INFORMAÇÕES FISCAIS, situado no r/c do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM ou ao Centro de Serviços da RAEM das Ilhas – Atendimento Fiscal, trazendo consigo conhecimento de cobrança ou fotocópia do ano anterior, para efeitos de emissão de 2.ª via do conhecimento de cobrança. Por outro lado, os contribuintes que sejam titulares do Bilhete de Identidade de Residente da RAEM, podem recorrer aos quiosques desta Direcção de Serviços para efectuar a impressão de 2.ª via do conhecimento de cobrança pessoal. 3. O pagamento de Rendas pode ser efectuado, até ao último dia do mês de Maio, nos seguintes locais: - Nas Recebedorias do Edifício “Finanças”, do Edifício Long Cheng, do Centro de Serviços da RAEM, ou do Centro de Serviços da RAEM das Ilhas; Os impostos/contribuições poderão ser pagos por intermédio de cartão de crédito ou de débito emitidos pelo Banco da China ou pelo Banco Nacional Ultramarino, e cartões de crédito ou de débito de UnionPay emitidos pelos Bancos de Macau. O valor de pagamento depende do limite determinado pelo banco emissor, sendo apenas permitido utilizar na operação um único cartão. Poderá também optar pelo pagamento através do cartão “Quick Pass”, e “MACAUpass”, sendo que o valor total de pagamento não pode ser superior a MOP$1.000,00 (mil patacas). - Nos balcões dos Bancos a seguir discriminados: Banco da China Banco Comercial de Macau Banco Delta Ásia Banco de Guangfa da China Banco Industrial e Comercial da China Banco Luso Internacional Banco Nacional Ultramarino Banco Tai Fung Banco OCBC Weng Hang Banco Well Link - Nas máquinas ATM da rede Jetco de Macau, assinaladas com a indicação <<Jet payment>>; - Nos seguintes bancos através de transacção electrónica: Banco da China Banco Comercial de Macau Banco de Guangfa da China Banco Industrial e Comercial da China Banco Luso Internacional Banco Nacional Ultramarino Banco Tai Fung Banco OCBC Weng Hang - Por pagamento telefónico “banca por telefone”: Banco da China Banco Tai Fung 4. Se o pagamento for efectuado por meio de cheque, a data de emissão não poderá ser anterior, em mais de três dias, à da sua entrega nas Recebedorias da DSF, e deve ser emitido a favor da <<Direcção dos Serviços de Finanças>>, nos termos das alíneas 2) e 3) do n.º 1 do Artigo 4.º do Regulamento Administrativo n.º 22/2008. Se o valor do cheque for igual ou superior a MOP$50 000,00, deverá o mesmo ser visado, nos termos da alínea 4) do Artigo 5.º do Regulamento Administrativo acima mencionado. 5. Os contribuintes podem também efectuar o pagamento através do envio de ordem de caixa, cheque bancário ou cheque por correio registado para a Caixa Postal 3030. Note-se que não se pode enviar dinheiro, mas apenas ordem de caixa, cheque bancário ou cheque, devendo incluir-se um envelope devidamente selado e endereçado ao próprio contribuinte, a fim de se enviar posteriormente o respectivo conhecimento, comprovando o pagamento. Lembra-se que devem ser respeitadas as regras descritas no ponto 4, relativamente aos cheques: - O envio para a caixa postal deve ser feito 5 dias úteis antes do termo do prazo de pagamento indicado no conhecimento de cobrança. 6. Nenhum dos métodos acima mencionados acarreta quaisquer encargos adicionais aos contribuintes pela prestação do serviço de cobrança. 7. Para a sua comodidade, evite pagar os impostos nos últimos dias do prazo. Aos 4 de Maio de 2020. O Director dos Serviços Iong Kong Leong
no lado oculto da Lua e tem planos para colocar um veículo terrestre e móvel em Marte.
SEMPRE A ABRIR
Desde a sua primeira missão tripulada, em 2003, o programa espacial chinês desenvolveu-se rapidamente, e estabeleceu planos de cooperação com a Agência Espacial Europeia e de outros países. Os EUA, no entanto, proibiram a maior parte da cooperação espacial com a China, por questões de segurança nacional, e impediram o país de participar na Estação Espacial Internacional, levando o país a desenvolver gradualmente o seu próprio equipamento. O novo foguete Longa Marcha 5B foi especialmente designado para lançar os módulos da futura estação espacial em órbita. A China também está entre os três países que planeiam missões para Marte este Verão, juntamente com os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos. Uma sonda só pode ser lançada para Marte a cada dois anos para aproveitar o alinhamento mais próximo possível entre a Terra e o planeta vizinho.
TURISMO INTERNO QUEDA DE 41% NA PRIMEIRA PONTE APÓS FIM DO CONFINAMENTO
O
turismo interno na China registou 115 milhões de deslocações a nível nacional durante a ponte do Dia do Trabalhador que terminou terça-feira, menos 41% em relação ao mesmo período de 2019, indicam dados oficiais citados pelos ‘media’ locais. As estatísticas do Ministério da Cultura e Turismo indicam que a facturação no sector turístico durante este período de férias foi de 47.560 milhões de yuan. No entanto, estes números demonstram uma recuperação, mesmo que incompleta, desta indústria particularmente afetada pela crise do novo coronavírus. Apesar de a ponte do 1.º Maio se ter prolongado este ano por mais um dia face a 2019, o número de deslocações caiu 41 por cento em comparação com os registados nas férias do ano transacto. Estas dados parecem confirmar as previsões dos analistas, que previram viagens de menor duração e a destinos de proximidade pelo facto de o consumo ainda não registar uma recuperação e pelos receios de uma possível “segunda vaga” da covid-19, apesar de a doença infecciosa se manter aparentemente sob controlo.
14
h
7.5.2020 quinta-feira
o silêncio é um mar sem ondas
O meu primeiro primeiro de Maio retrovisor Luís Carmelo
T
INHA saído de casa e ia para o café. Era normal naquele tempo. Havia sempre papoilas a navegar no meio da lama e beatas de cigarro a perseguir gafanhotos. Lembro-me que atravessei um hospital em construção por entre atalhos onde cresciam tábuas, pregos, sacos de ráfia rasgados e sons de motorizada ‘Casal’. E foi no meio deste andamento que decidi mudar de direcção. Transportava uma sacola sebenta ao ombro, um casaco saído do submarino amarelo e um cérebro que invertia espaldares. Sabia de uma camioneta que passava às quatro da tarde na avenida que, na altura, devia estar com os plátanos já carregados de folhas, era o primeiro dia de Maio. Segui tranquilo num dos bancos de trás, queria passar despercebido. Era difícil pois a minha cabeça explodia numa aura titânica: uma amálgama de lóbulos encaracolados que faria inveja a um Hendrix. No bolso abundava um conto e quatrocentos, pouco mais. Saí no término e apanhei a primeira boleia. Era um ‘dois cavalos’ guiado por uma mulher de tranças de pouco mais de trinta anos que sorria, ao mesmo tempo que disfarçava a empatia (e uma espécie de vigor a escalavrar as mímicas). Foi assim que atingi a fronteira. A estrada entre os dois países desfiava o olhar. Desenhava-se ao jeito de uma
curva macia que não permitia ver a ‘aduana’ espanhola. Do lado de cá nada havia a fazer. Não havia detecção electrónica naquele tempo e a inteligência artificial era chã. Os pides ostentavam bigode com macarrão lusitano e o resto do pessoal comia fastio. Fui andando. De certeza de que daria nas vistas, mas era Primavera e o rio Caia exuberava em meia-desfeita de tanta Aljubarrota passada, enquanto eu, sempre com o passo certo, lá ultrapassei a curva, avancei com denodo e foi um alívio quando ouvi o carimbo a fulminar o passaporte. Tudo o resto era pura ausência: licença militar e autorização dos pais, pois era ainda menor. Viajei toda a noite até Madrid. No outro dia, repeti as carruagens de comboio na direcção de Irún. Dormi numa pensão miserável e, quando me coloquei à boleia a poucos quilómetros de França, já não tinha dinheiro nenhum. Na noite seguinte lembro-me das molas
de um boca-de-sapo com ‘chauffage’ e da minha chegada aos arredores de Paris. Procurei um vago enfermeiro Silva numa clínica (amigo de amigos), mas tinha já partido para o Nepal. Percorri as radiais e assentei praça na Porte de la Chapelle. Acomodar-me-ia numa carinha volkswagen que enlatava guedelhudos cerdosos e nessa mesma noite de 4 de Maio de 1972 vi, pela primeira vez, o Prinsengracht de Amesterdão. Para chegar ao número 756 que tinha escrito na mão, vagueei por mais de uma hora e juro que não me sentia nada cansado. O José M. Rodrigues morava num barco em frente ao 756 que era número de igreja calvinista. Recebeu-me como hoje me receberia. Vislumbrei-lhe nos olhos os cavalos de Muybridge e aquelas fulgências que oscilam entre o espanto e a doce crina da holandesa que o acompanhava. Chamava-se Anke (um diminutivo de Ana) e levitava sobre duas
Ouvi contar, até hoje, histórias sem fim sobre passagens da fronteira a salto antes do 25 de Abril. Geralmente são grandiosas, heróicas, perigosas de roçar todos os limites. A minha foi solitária e fez-se pela estrada principal, nas barbas da fauna que instigava reumáticos. Uma candura a par de várias outras que fui guardando só para mim ao longo dos anos
coxas que apenas o suprematismo de Malevich teria podido sonhar. O que se passou a seguir - dias, meses e anos - é o que menos interessa a esta crónica. Só sei que nunca mais festejei um primeiro de Maio como este que durou 76 horas a passar. E creio que depois, no tempo que entretanto passou, por muito que tenha pilotado farturas e prodigalidades, jamais me detive desta forma num primeiro de Maio, dia de tantos trabalhos. Ouvi contar, até hoje, histórias sem fim sobre passagens da fronteira a salto antes do 25 de Abril. Geralmente são grandiosas, heróicas, perigosas de roçar todos os limites. A minha foi solitária e fez-se pela estrada principal, nas barbas da fauna que instigava reumáticos. Uma candura a par de várias outras que fui guardando só para mim ao longo dos anos. Nessa altura ainda não sabia que escrever é fazer evadir o essencial e guardar o acessório numa máquina de apuros. Ainda não sabia que é dentro dessa máquina que, depois, as linguagens hão-de deslizar à procura do que se evadiu e desapareceu. Ainda não sabia que um processo desses se podia transformar em livro e que, se tal viesse a acontecer - como aconteceu pela primeira vez nove anos depois (em 1981) - teria a forma de uma ilha escarpada para ser abraçada com toda a força. Também ainda não sabia que pouco interessa o número de leitores, mas tão-só aqueles (poucos) que conseguem transformar essa ilha num continente com vista para a grande falésia. Que, afinal, é a vida com F maiúsculo.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 15
quinta-feira 7.5.2020
diário de Próspero
António Cabrita
O humor sinistro
N
A Nazaré, num filme de Elia Suleiman: dois homens de má catadura acercam-se de um terceiro e o mais velho e baixo entre eles rosna, “Este meu filho – aponta-lhe o arcaboiço - já papou todas as mães da cidade e eu papei a mãe dele, estamos entendidos?” É a mais divertida fanfarronada que vi nos últimos tempos porque é um dito de engenho. Nada esclarece melhor a jactância, a habilitação do engenho do que esta frase de Francisco Umbral: “Deus é um suporte para fazer catedrais”. Ou lembro aquele príncipe hindu que embriagado pela morte da amada mandou escavar uma gruta para lhe devotar um templo imorredouro, cuja urna ocupava o átrio. Mas insatisfeito com a homenagem, todos os anos mandava escavar e esculpir uma nova nave mais grandiosa, até que ao fim de duas décadas de obras incessantes, entra um dia no seu templo e apontando a urna que guardava os ossos da amada pergunta: Que bodega é esta? Tire-se isto daqui! O que define o engenho? O engenho é o artifício que a inteligência elabora para continuar a jogar. A sua meta é conseguir uma liberdade desligada, astuta, a salvo da veneração e da norma e o seu método é uma perpétua desvalorização da realidade. Abolida a seriedade, predomina a obsessão lúdica. Los Angeles ergueu-se no deserto. Para quê? Para servir o jogo. Os portugueses sabem o que é isso. A primeira dinastia ainda pariu um país de desígnios, mas, desde a exumação em 1640, Portugal nunca conseguiu ser mais que uma pátria de engenhosos, quase sempre despojada de desígnio. Por isso nunca se inculpará Sócrates, o engenhoso engenheiro é o retrato fiel dos portugueses e ninguém mete na cadeia o próprio espelho. África também envereda pelo mesmo equívoco, é um imenso lar de idosos desiludidos, de engenhosos oportunistas políticos e de jovens sem futuro; deixou de ser um território com desígnio. Concluo, com horror, que a sugestão de Oscar Wilde, outro engenhoso, de que a vida imita a arte nos mantém reféns. Tudo o que imaginamos volta-se contra nós com uma crueldade impensável, inclusive quando o ímpeto lúdico pretendia ser um sinal de liberdade e subtrair-se aos esquemas da coerção.
Imagine-se as cólicas de André Breton ao ver como a sua sugestão, no seu Manifesto, de que um acto surrealista seria ir ao terraço mais alto da cidade e disparar ao acaso sobre a multidão foi aproveitada pelos “snipers”, que se entretém a fazer do acaso da morte alheia jogo. Com grandes hesitações escreveria hoje Bataille que a essência do erotismo é a contaminação e que o imperativo higiénico seria o fim do erotismo.
E mais lastimável é a sensação de que toda a aposta no engenho e na paródia que marcou a arte do século XX degenerou no mais abjecto panorama político, como se uma esquizofrenia sem remédio nos cindisse, resultando esta da dupla injunção do engenho: desvalorizar a realidade e fortalecer o eu. Trump é o rei dos engenhosos. O problema com ele não é ideológico, para Trump tudo existe para ser incluído no seu
Trump é o Mallarmé da política, o mundo inteiro existe para ser uma bola na sua roleta. Não está só, nesta adição ao jogo. Esta propensão para a paródia e o engenho hoje até na técnica predomina, convertida em renda e consolas e furtada ao objectivo de conhecer a realidade
projecto de jogo. Não admira que procure safar-se das situações penosas com soltura, pelo atrevimento e o chiste, rejeitando a realidade. Só assim se compreende que tenha usado o sarcasmo e proposto aos americanos que injectassem desinfectantes contra o Covid, abstraindo-se do seu poder de influência - o que resultou em mais de trinta mortos. Quem resiste a uma boa piada? Ele não queria ser levado a sério, afinal, o jogo desresponsabiliza. O seu objectivo não é a “America first”, é antes fazer realçar a sua subjetividade à custa do colapso do mundo, e nesse afã foi crescendo o seu descaro, porque ele vai a todos “os lances” abstido de prudências e coações, longe de importar-se do olhar dos outros. Trump é o Mallarmé da política, o mundo inteiro existe para ser uma bola na sua roleta. Não está só, nesta adição ao jogo. Esta propensão para a paródia e o engenho hoje até na técnica predomina, convertida em renda e consolas e furtada ao objectivo de conhecer a realidade. E onde está o engenho, o vício do jogo, na comunicação? No fake-news. Repare-se, já não se trata de uma questão de dotar de poder a mentira, ou de ensaiar a falência moral em sucedâneo à deficiência cognitiva programada, a verdadeira motivação para o fake news encontra-se no vício do jogo; o ensejo extramoral ou de levar à bancarrota as representações ideológicas foi ultrapassado pelo empenho em apostar tudo na trivialidade e de ao princípio da adequação à realidade se contrapor a força do capricho. Não é esta a época em que tudo se pode reduzir à caricatura e ao imperativo da comédia, sendo a realidade apenas o plinto para um chiste em potência? Etimologicamente, desastre significa: sem estrelas. Ou seja, sem exterior, sem o outro. É aí que estamos. O engenho dispensa o real. E, explica-nos Jose Antonio Marina: «estamos contentinhos, porque ao engenhoso se aplica o lema arrogante e desolado que emocionava Valle-Inclán: “Desprezar aos demais e não amar-se a si mesmo”. Esta pose desvalorizadora e crítica permite admitir no campo semântico do engenho um convidado imprevisto: o cínico. O cinismo é a arrogância de quem se limita a perpassar.» Eis-nos reféns daquilo a que o barroco Grácian chamava o humor sinistro.
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quinta-feira 7.5.2020
Divina Comédia Nuno Miguel Guedes
“ But I don’ t want confort. I want poetry, I want danger, I want freedom, I want goodness, I want sin.’ ‘In fact,’ said Mustapha Mond, ‘you’re claiming the right to be unhappy.’ ‘All right then,’ said the Savage defiantly, ‘I’m claiming the right to be unhappy.’ Aldous Huxley, Brave New World
A
tarde cobre a cidade com um azul limpo, de um optimismo quase insuportável. Nestas alturas fica mais fácil reparar na beleza do que sempre esteve à nossa frente. Tudo se pode revelar com um simbolismo inesperado e inusitado. Inoportuno, até. Por exemplo, estes três camiões que sossegam num largo deserto, postos em descanso num paralelismo imaculado. São apenas camiões, mas todos ostentam, em letras grandes e inequívocas, a mesma palavra: “Mudanças”. E sabemos que falam de um serviço, de
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Mudanças algo específico e funcional. Só que agora, nestes dias, uma palavra pode ganhar proporções de vida. E ganha. Mudanças. Sei o que fazem estes camiões: trasladam interiores de casas, móveis, livros, artefactos. Mas sobretudo memórias e esperanças. Tristeza, por vezes: “home is so sad”. Mudanças. Pouco antes do estado de sítio em que nos encontramos também eu tive de recorrer a estes veículos que nos transportam muito do que somos em caixotes almofadados e etiquetados. A tão pouco se pode resumir a nossa vida, nestas alturas. Uma palavra, um rótulo, uma indicação. Mudanças. E mudamos, outra vez. Estranhamente regressamos a esse fenómeno cuja inevitabilidade sempre encarei com melancolia. O familiar é-me mais caro. Sei que tenho de mudar mas sempre com o compromisso, com a preservação do essencial que me acompanhou. Agora mudamos todos, obriga-
dos a isso mesmo. Não o essencial da nossa natureza, que receio permanecerá a mesma; mas os hábitos, os gestos, os jeitos. “A vida verdadeira é vivida quando ocorrem as pequenas mudanças”,
A mudança agora acontece em forma de matrioska, da maior à mais ínfima, do mundo até à nossa alma. Estaremos preparados? Estarei preparado, eu? A resposta é a do costume: não sabemos, não sei
sussurra-me agora Tolstoi. Pois sim. Mas aceitando-as tenho medo porque tenho medo da partida, quase tanto como necessito dela. A mudança agora acontece em forma de matrioska, da maior à mais ínfima, do mundo até à nossa alma. Estaremos preparados? Estarei preparado, eu? A resposta é a do costume: não sabemos, não sei. Terei de lidar com ela, isso é certo. E ao mudar, mudo para onde? Quero ir ou quero voltar? No diálogo que aparece em epígrafe pode estar uma parte da resposta para este também admirável mundo novo: venha a bondade, o pecado, o perigo, a liberdade, a poesia. Talvez isso, talvez mudar seja também reclamar o direito a ser infeliz, como afirma o personagem. Talvez. Os camiões continuam parados mas sei que irão regressar à estrada. Mudanças, lembrarão a quem os vir passar. E a mim, que mudando irei insistir numa vontade imprudente de ser feliz .
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MUITO
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SALA 1
TROLLS WORLD 52 TOUR [A] FALADO EM CANTONÊS LEGENDADO EM CHINÊS Um filme de: Walt Dohrn 14.30, 16.30, 19.00
DOLITTLE [A]
6 5 THE TRANSLATORS 2 [B] 3 5 2 1 3 BIRDS 4 OF PREY [C]
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FALADO EM INGLÊS LEGENDADO EM CHINÊS Um filme de: Stephen Gaghan Com: Robert Downey Jr., Antonio Banderas, Michael Sheen 21.15
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Um filme de: Jeff Wadlow
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2 55 9 3 6 54 7 5 1 2 4 8 2 8 5 9 8 9 2 1 4 6 7 3 3 6 7 1 4 1 www. 4 5 3 hojemacau. 8com.mo 2 9 2 6 57
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Com: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell 15.30, 18.45, 21.00 SALA 3
FANTASY ISLAND [C]
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As emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da combustão de combustíveis fósseis recuaram 4,3% na União Europeia (UE) em 2019, face ao ano anterior, com Portugal a reduzir o dobro da média (8,7%) segundo o Euros-
7 9 3 6 9 1 7 1 8 7 2 8 6 5 2 9 6 5 8 9 7 7 2 6 Cineteatro C I N E M A
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tat. As emissões de CO2 diminuíram na maioria dos Estados-membros, com as principais quebras a serem observadas na Estónia (-22,1%), Dinamarca (-9,0%), Grécia, Eslováquia (-8,9% cada), Portugal (-8,7%) e Espanha (-7,2%).
Um filme de: Regis Roinsard Com: Lambert Wilson, Olga Kurylenko, Riccardo Scamarcio 16.00, 20.30
Um filme de: Cathy Yan Com: Margot Robbie, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollet-Bell 18.30
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VIDA DE CÃO
ILAÇÕES DE CONSUMO O início do programa dos vales de consumo pôs a descoberto alguns problemas de aplicação. Obviamente que é impossível antecipar todas as vertentes de utilização de um plano desta natureza mas o sobreaproveitamento da situação por parte das cadeias de supermercado podia ter sido antecipado. Os supermercados foram durante grande parte de Fevereiro, altura em que Macau parou devido ao covid-19, dos poucos (ou únicos) estabelecimentos onde a população se podia dirigir quando saía de casa e por isso acabaram por nunca fechar totalmente as portas. Com a reabertura progressiva dos estabelecimentos e chegado o momento de activar o programa de apoio foi nos supermercados que a maioria da população optou por investir as suas patacas electrónicas oferecidas pelo Governo, contribuindo muito provavelmente por remeter novamente para segundo plano, a maioria dos pequenos estabelecimentos do comércio local, já por si mais frágeis. Recentemente uma trabalhadora não residente foi apanhada a utilizar um cartão de consumo que não lhe pertencia, podendo vir a ser criminalizada por isso. O programa dos vales de consumo é uma medida de louvar mas com um enquadramento diferente é muito provável que os seus efeitos pudessem ser muito mais benéficos. Porque não limitar a utilização dos vales de consumo a espaços de menor dimensão? E alargar o plano de apoio aos trabalhadores não residentes, que muito provavelmente constitui a franja que mais dificuldades está a passar neste momento? Talvez na próxima ronda haja alterações. É que vêm aí mais cinco mil patacas para distribuir. Pedro Arede
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UMA SÉRIE HOJE Muito provavelmente Blackadder foi a série de televisão que mostrou a muita gente que afinal o Mr. Bean conseguia falar. Protagonizada e criada por Rowan Atkinson esta sitcom britânica atravessa, ao longo das quatro temporadas que a compõem, vários períodos históricos, desde a Idade Média, passando pelo Renascimento, o Iluminismo do século XVIII e, por fim a 1ª Grande Guerra Mundial. Acompanhando a evolução das diferentes gerações da descendência de Edmund Blackadder, é possível ver como o cinismo e o oportunismo de cada Blackadder evolui ao longo do tempo. Blackadder conta ainda com Hugh Laurie e Tony Robinson nos principais papéis. Pedro Arede
THE BLACKADDER 1983 | JOHN LLOYD
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opinião 19
quinta-feira 7.5.2020
MANUEL DE ALMEIDA Texto e Ilustração
A
Viagens por Macau
“Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável” melancolia das manhãs, manhãs de agonia, levam-me habitualmente a fazer “viagens” – “viajar é um exercício de tentar perder-se de si, um dos caminhos mais rápidos em direcção a nós mesmos” - a um lugar chamado Macau, lugar de pertença - retomar caminhos, com um outro olhar (o olhar escolhe, os olhos vêem), uma nova percepção -, o voltar ao território de exílio, o buscar do desconhecido conhecido, espaço de saudade e contemplação do lugar... a cidade abandonada. Nos últimos anos, muita coisa mudou – demografia, arquitectura, trânsito, poluição, clima, ambiente, usos e costumes -, Macau tornou-se um laboratório de ansiedade. Gosto do convívio da noite, de estar só – nasce um desespero ingénuo -, surgem ideias, daí palavras, formam-se esboços de frases – nasce o texto! As rotinas são terríveis – matam o pensamento -, fazem-nos perder a inquietação, a dúvida, necessárias à mudança. A imaginação é essencial para se desfrutar de um lugar como Macau, onde os pormenores em que a vista atenta não são o que parecem, mas antes outros tantos pontos de referência para todo um sistema secreto de mundos sobrepostos mas espantosamente divergentes na complicada vida da cidade. Foram alguns velhos resistentes – uma velha guarda já desaparecida –, e não outros, que me ajudaram e me iniciaram a perceber a maneira como eu próprio podia estabelecer uma relação com o espírito da cidade. Hoje em dia ocupo-me – comigo eu entendo-me -, a tentar determinar a relação ente Macau e eu próprio – é vida! A memória – “memorizar é restaurar a intimidade” - não abandona as suas imagens tão prontamente, as minhas estão inextricavelmente associadas aos seus sabores, odores, cores e sons. “A desistência é uma revelação”, já o constatava Clarice Lispector. Reprimem-nos, mas não nos roubam as almas, transformam-nos, mas não nos mudam a identidade, subjugam-nos, mas não nos tiram o pensamento.
Já sabemos calcular a vida – o que a vida custa – sacrifícios, doenças, a morte; pensamos, agimos, mas como existe um hiato entre cérebro e coração – amor e compaixão -, adiamos resoluções. Nascer é um começo, o resto é discutível. A vida – assim como a cidade – não segue uma coerência narrativa. Macau ainda é uma cidade catita, atraente, sóbria. Não é desmantelada por defeito, somente desleixada, suja – já foi pior -, um pouco desbotada, enferrujada. Tem uma certa unidade decrépita no estilo e concepção arquitectónica, tanto tem uma concordância, como uma colisão de conceitos ocidentais e orientais de proporções e formas – possui uma história social e humana. - essa é a verdadeira essência da cidade.
Macau é uma cidade desnorteada, impreparada, vive deslocada da realidade presente e o seu sentido de colectivo e confiança está em erosão de pensamentos e ideias – tudo o que é solução é inaplicável e tudo o que é aplicável não é solução. Deambulemos (pensamentos), pela cidade – “é obrigatório ter outros em face” -, sem restrições nem representações. Os habitantes dos bairros periféricos – “as periferias são a parte mais importante das cidades. São fábricas de desejos e sonhos”, na opinião do arquitecto italiano Renzo Piano -, Iao Hon, Patane, Tagmanini Barbosa, Ilha Verde vivem num silêncio contido. A alma deles é generosa, vivem domesticados, são classes
Macau é uma cidade desnorteada, impreparada, vive deslocada da realidade presente e o seu sentido de colectivo e confiança está em erosão de pensamentos e ideias – tudo o que é solução é inaplicável e tudo o que é aplicável não é solução
assistidas, têm consciência da asfixia social em que vivem, mas vivem longe da praça, do palácio, do governo, mas existem! Em contexto social de bairro, a sua solidariedade é grande, já que há “um movimento intrínseco de inserção e um propósito social de inclusão”, que no seu conjunto exprimem a ideia cívica de união, aquilo a que Tomás de Aquino chamava “amizade civil”. São pessoas – lê-se-lhes nos seus rostos, não são precisas palavras - que desejam uma sociedade em que mulheres e homens pudessem ser livres. E para serem livres bastar-lhes-ia ter uma vida digna e decente, com um conteúdo económico e social, gostariam de ter uma independência ética. Do programa faz parte a gramática social... não a gramática teórica. O rio das Pérolas lá no fundo, continua a representar o trânsito do desejo e da aventura, daí as noites continuarem a ser uma mera continuação do dia – existimos logo vivemos!
O homem não é mais do que a série dos seus actos.
Georg Hegel
Avisos do Norte Pequim diz que não vai “ficar sentada” a ver protestos em Hong Kong
Televisão CTBM fecha ano com resultado negativo
A empresa pública Canais de Televisão Básicos de Macau SA (CTBM) fechou o ano de 2019 com um resultado de exploração negativo de 11.9 milhões, aponta o relatório ontem publicado em Boletim Oficial (BO). As contas foram equilibradas graças à atribuição de um subsídio no mesmo montante pelo Governo, o que assegurou “um equilíbrio nas contas anuais da CTBM”. Em 2019 “não houve quaisquer proveitos operacionais” por parte da empresa, que funciona apenas com sete trabalhadores. A CTBM teve um aumento dos custos directos operacionais na ordem dos 17,69 por cento, no valor de 1.075 milhões de patacas, em relação ao ano de 2018. Quanto aos custos indirectos chegaram ao valor de 5.078 milhões de patacas, um aumento de 23,78 por cento em relação ao ano passado. PUB
O
gabinete do Governo chinês encarregue dos assuntos de Hong Kong classificou ontem os manifestantes antigovernamentais da cidade como “vírus político” e alertou que Pequim não vai ficar “sentada a olhar” se os protestos violentos forem retomados. O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau da China disse que os manifestantes violentos e a sua mentalidade “se ardermos, vocês ardem connosco” constituem um vírus político e um inimigo do princípio ‘um país, dois sistemas’, que garante alto grau de autonomia às duas regiões semiautónomas da China. O Gabinete referiu os protestos do 1.º de Maio e a descoberta de uma bomba suspeita pela polícia no fim
PALAVRA DO DIA
tral não vai ficar “sentado a olhar” ao ser confrontado com “forças destrutivas”. A antiga colónia britânica atravessou, no ano passado, a sua pior crise política desde a transferência da soberania para as autoridades chinesas, em 1997, com protestos diários, marcados por cenas de vandalismo e confrontos entre a polícia e os manifestantes.
A ABRIR
de semana, numa altura em que os manifestantes voltam ao activo, depois da pandemia do novo corona-
vírus. O porta-voz avisou que, se a “violência” não parar, Hong Kong não terá paz, e que o Governo cen-
As regras que proíbem reuniões públicas de mais de quatro pessoas vão ser relaxadas e as empresas fechadas para impedir a propagação do vírus poderão reabrir no final desta semana. Hong Kong não regista novas infecções locais desde meados de Abril. A economia de Hong Kong contraiu 8,9 por cento, no primeiro trimestre, devido às medidas de distanciamento social adoptadas pelos moradores e à queda no turismo, que atingiu o consumo.
quinta-feira 7.5.2020
Fogo de artifício Cancelado concurso internacional
A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) decidiu cancelar a 31ª edição do concurso internacional de fogo de artifício, previsto para os meses de Setembro e Outubro, devido à pandemia da covid-19. Segundo um comunicado, a decisão foi tomada após “prudente avaliação e ponderação”. Estão também canceladas todas as actividades associadas ao evento, tal como o concurso de desenho para estudantes, concurso de fotografia e o arraial. “Uma vez que a pandemia levou Macau e outros países a adoptar uma série de medidas de prevenção e controlo de entradas e saídas nas fronteiras, não é possível confirmar as equipas participantes, conforme o processo requerido para a preparação do evento”, aponta a nota.