4 minute read

Sardinhas em lata

Next Article
CREPÚSCULOS

CREPÚSCULOS

O Conselho do Planeamento

Urbanístico reuniu ontem para analisar o relatório de consulta pública sobre o desenvolvimento da região Este2 da Zona A dos Novos Aterros. As preocupações dos membros residem na capacidade de resposta em matéria de trânsito e densidade populacional.

Advertisement

Pareceres escritos devem ser entregues até ao dia 6 de Julho

TERMINADA a consulta pública sobre o “Projecto do plano de pormenor da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão Este - 2” sobre a Zona A dos Novos Aterros, foi a vez de ontem serem ouvidos os membros do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) sobre a matéria, cerca de uma semana depois de terem aprovado as plantas de condições urbanísticas para a mesma zona.

Mais uma vez o trânsito e a densidade populacional, tendo em conta que são esperadas 96 mil pessoas para a Zona A dos Novos Aterros, foram as grandes preocupações demonstradas.

Um dos membros, de apelido Teng, lembrou que a actual densidade populacional em Macau é de 20 mil pessoas por quilómetro quadrado, sendo que a Zona A terá uma densidade três vezes superior. “Este plano de pormenor tem de abordar melhor a questão de como vamos criar comunidades com boas condições de habitabilidade.”

Também Vong Kock Kei, membro do CPU, falou da futura densidade populacional da zona, pedindo que sejam criados mais postos de trabalho. “Será que é possível criar mais oportunidades para as pessoas poderem trabalhar no bairro onde moram?”, questionou.

O trânsito, sobretudo na ligação com os acessos à zona norte da península, foi um assunto bastante abordado. Christine Choi, presidente da Associação dos Arquitectos de Macau, questionou até que ponto este plano dá resposta às futuras mudanças sociais. “Fala-

-se aqui em 40 por cento de zona arborizada, mas está concentrada numa só zona. Quais os critérios para que haja uma situação ideal em matéria de mobilidade suave e transportes? A longo prazo precisamos que haja uma proporção definida de vias pedonais e para veículos.”

Outro membro, apontou que “a questão do trânsito na zona norte é muito complicada, pois temos uma elevada densidade populacional”, com cruzamento de muitos acessos viários.

Plano com respostas

Numa década, a densidade populacional aumentou de 18.454 pessoas por quilómetro quadrado para 20.645 em 2021. No entanto, a zona norte da península é das mais povoadas de todo o território. Um membro do Governo garantiu que a deslocação da população para a Zona A vai “servir para atenuar a densidade populacional da península”.

Quanto ao trânsito, um membro da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) adiantou que haverá tempo “para concretizar o plano passo a passo”, prevendo-se a construção de novos acessos à Zona A nos próximos meses. No entanto, “precisamos de mais tempo, e só depois da quarta ligação entre Macau e a Taipa o trânsito vai melhorar substancialmente”.

Relativamente à ponte HKZM, todos os dias saem de Macau cerca de quatro mil veículos na hora de ponta, disse o mesmo responsável, que desdramatizou o cenário de críticas. “O fluxo pode ser maior nas horas de ponta, em zonas como a Rotunda da Amizade, mas não dura muitas horas.”

O responsável da consultora que realizou o estudo do planeamento para a zona Este-2 disse que se assumiu “uma posição cautelosa”, tendo em conta que “96 mil são muitas pessoas”

O responsável da consultora que realizou o estudo do planeamento para a zona Este-2 disse que se assumiu “uma posição cautelosa”, tendo em conta que “96 mil são muitas pessoas”. “Há capacidade de resposta mediante o actual planeamento do trânsito”, disse.

A ideia geral deste plano é criar, mediante seis objectivos, “uma cidade com boas condições de habitabilidade, equipamentos aperfeiçoados para o bem-estar da população e criar uma zona comercial à entrada” da Zona A. Pretende-se ainda fomentar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas. Os membros do CPU podem agora entregar as suas opiniões por escrito até 6 de Julho, sendo que no dia 27 será entregue um relatório final, com estas posições e as da população, ao Chefe do Executivo, publicando-se depois o plano pormenor em regulamento administrativo. Andreia Sofia Silva

Covid-19 Mais de 700 casos esta terça-feira

Macau soma e segue no que aos novos casos de covid-19 diz respeito. Depois de uma ligeira diminuição registada no início da semana, com 152 casos no domingo e 411 na segunda-feira, eis que na terça-feira foram registados 727 novos casos, sendo que dois deles levaram ao internamento no Centro Hospitalar Conde de São Januário, não havendo nenhum registo de casos mortais. Esta terça-feira, foi ainda registado um caso grave de covid-19 num homem de 31 anos de idade com antecedentes de doença crónica, encontrando-se em estado crítico e ligado ao ventilador. O homem estava vacinado com apenas uma dose da vacina.

CHCSJ Quebra na procura de urgências

Registou-se, nos últimos dias, uma quebra na procura pelo serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). Segundo dados divulgados por Pang Fong Kuong, médico-adjunto da direcção do hospital, ao canal chinês da Rádio Macau, a média diária de utentes passou de 1200, registadas em Maio, para 900 nos últimos dias. O médico indicou que o número de infectados com covid-19 que procuram as urgências tem aumentado desde Abril, sendo que, no período de pico, o tempo de espera chegou às três horas. O hospital aumentou o número de pessoal e alargou o espaço para consultas, reduzindo o período de espera em uma hora. Pang Fong Kuong espera que, no futuro, o tempo de espera se mantenha nas duas horas.

Seac Pai Van Cerca de 40% de lojas vazias

Na zona de habitação pública de Seac Pai Van cerca de 41 por cento dos espaços comerciais existentes estão vazios. Assim, e segundo o jornal Ou Mun, Fong Chi Kin, vogal do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas, pede que a situação seja melhorada. O responsável apontou que muitas destas lojas estão desocupadas há bastante tempo, o que causa inconveniência aos moradores que precisam do pequeno comércio no seu dia-a-dia. O vogal entende que é necessário estabelecer um calendário periódico de lançamento de concursos públicos para a concessão de lojas. Para os espaços com uma pior localização, o vogal defende que o Governo reduza o valor base da proposta a concurso a fim de atrair potenciais comerciantes interessados.

RÓMULO SANTOS

EMPREENDEDORISMO ASSINADO ACORDO COM CABO VERDE

This article is from: