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SEGUNDA-FEIRA 9 DE MARÇO DE 2020 • ANO XIX • Nº4482
DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ
FRANCIS NEWTON SOUZA
PORTUGAL
FECHADOS EM CASA
ÓBITO
VIOLÊNCIA A SUBIR
OLIVEIRA SALES
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(1920-2020)
OPINIÃO
POLÍTICA VIRULENTA JOÃO LUZ
GCS
PÁGINAS 2-3
CRIMINALIDADE
hojemacau
Sãos e salvos Eram para ser 59, mas a desistência de um e a temperatura de outro, fizeram com que apenas 57 residentes embarcassem no voo fretado pelo Governo para resgatar os cidadãos de Macau retidos em Wuhan. Chegaram sábado e tiveram registos negativos ao Covid-19. Macau, que deixou de ter casos de infecção, após a alta clínica dada na sexta-feira à última paciente internada, decretou a obrigatoriedade de quarentena a quem venha de França, Alemanha, Espanha e Japão. PUB
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9.3.2020 segunda-feira
EM CADEIA QUARENTENA
OS CASOS EM PORTUGAL
Quando o Covid-19 começou a afectar a China, muitos cidadãos chineses a residir em Portugal optaram por fazer quarentena voluntária, mesmo sem sintomas. Mas com 28 casos confirmados em Portugal, esse cenário já se estende aos portugueses. Governo desaconselha viagens ao Norte do país e algumas escolas foram encerradas
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alerta soou no passado dia 2 de Março. O escritor chileno Luís Sepúlveda foi diagnosticado com o novo coronavírus Covid-19 depois de ter passado pelo festival literário Correntes D’Escritas, na Póvoa do Varzim, o que obrigou várias personalidades do meio literário a ficarem de quarentena em casa por precaução. Iniciava-se, assim, um cenário que, no início da epidemia, se cingia quase exclusivamente aos cidadãos oriundos da China e a viver em Portugal, que se fechavam em casa mesmo sem sintomas. Com cada vez mais casos de infecção por Covid-19 em Portugal, há cada vez mais portugueses em alerta e a optarem pelo isolamento social. Francisco José Viegas, escritor e ex-secretário de Estado da Cultura, foi uma das pessoas que se cruzou com Luís Sepúlveda. Ao HM, por e-mail, Francisco José Viegas confessa que está a viver
em regime de quarentena com toda a tranquilidade. “Percebi que havia necessidade de o fazer quando a empresa onde trabalho (no grupo Porto Editora) me lembrou, com inteira sensatez, que eu tinha estado em contacto com o Luís Sepúlveda. Depois, eu próprio falei com o serviço Saúde24, que foi extremamente simpático naquela hora, e desdramatizador. E decidimos que, por precaução, devia ficar em casa.” Para o escritor, estar em casa não é uma novidade. “Trabalho de casa, que é uma coisa que eu gosto de fazer e que não é uma experiência nova. Mais uns dias e espero regressar sem qualquer tipo de suspeita. Confesso que, pessoalmente, nunca fiquei realmente preocupado e evito falar do assunto. Acho que há um alarme enorme, justificado, mas ampliado até ao exagero – só que nunca se sabe, claro”, disse ainda. Com um novo romance nas bancas, intitulado “A Luz de Pe-
quim”, Francisco José Viegas diz encontrar aqui uma ligação a tudo o que está a acontecer. “Quando publiquei o romance em Novembro nunca imaginei que os meses a seguir iriam estar tão ligados a isto tudo. Na verdade, estive em Pequim a passar o Natal. A minha mulher, que está em Portugal desde o início de Janeiro, trabalha em Pequim, onde é professora. Estamos os dois em casa.” Quem também andou pelo festival Correntes D’Escritas foi o escritor Rui Zink, que também tem estado a fazer quarentena voluntária. Ainda assim, o autor fala de algum “exagero” em toda a situação. “Não tive efeitos alguns, deixei de ir a restaurantes e evitei contactar quem tivesse familiares pequenos ou idosos. Creio que foi uma notícia falsa, precipitada, e acho que o hospital asturiano devia rever o seu diagnóstico”, disse, numa referência ao diagnóstico feito a Sepúlveda num hospital espanhol.
À CONVERSA COM SEPÚLVEDA
Sara Figueiredo Costa é jornalista freelancer e conversou pessoalmente com Luís Sepúlveda no festival literário da Póvoa do Varzim, onde esteve entre os dias 18 e 21 de Fevereiro. “Estávamos ao ar livre, sim, mas suficientemente perto um do outro para me fazer soar o alarme uns dias mais tarde, quando soube que ele estava doente”, contou ao HM. Quando ligou para a linha Saúde 24, ligada ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), Sara não foi aconselhada, de imediato, a fazer quarentena em casa. “Disseram-me para lavar bem as mãos, evitar aproximar-me de outras pessoas (mantendo um metro de distância) e monitorizar os sintomas, medindo a temperatura duas vezes por dia. Perguntei se não devia isolar-me em casa e disseram-me que naquele momento não tinham indicações para a quarentena. Ape-
“A parte de não poder sair tem o seu efeito psicológico, claro, mas ir à varanda apanhar ar e ver o céu ajuda a mitigar essa parte. Pior é não saber se vai haver sintomas e, pior ainda, não saber se posso ter contaminado alguma das pessoas com quem estive.” SARA FIGUEIREDO COSTA JORNALISTA FREELANCER EM QUARENTENA
sar do que me foi dito, pareceu-me lógico que tinha de ficar em casa até cumprir os quinze dias sobre a última vez que estive com o Luís Sepúlveda, no dia 20.” Para a jornalista, habituada a trabalhar a partir de casa em regime freelancer, esta não é uma situação completamente desconhecida. “Trabalhar a partir de casa não é novo para mim, já que sou jornalista freelancer, portanto a rotina não é muito diferente da dos dias em que estou em casa a ler e a escrever. A diferença é que tive de cancelar reuniões e algumas entrevistas, por motivos óbvios, mas o trabalho decorre sem grandes aba-
“Quando publiquei o romance em Novembro [“A Luz de Pequim”] nunca imaginei que os meses a seguir iriam estar tão ligados a tudo isto.” FRANCISCO JOSÉ VIEGAS ESCRITOR E EX-SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA
los. A parte de não poder sair tem o seu efeito psicológico, claro, mas ir à varanda apanhar ar e ver o céu ajuda a mitigar essa parte. Pior é não saber se vai haver sintomas e, pior ainda, não saber se posso ter contaminado alguma das pessoas com quem estive nos dias em que não sabia que podia ser transmissora de um vírus.” Sara Figueiredo Costa acredita que “seria bom encontrar um equilíbrio entre a histeria desinformada - e tantas vezes xenófoba – dos programas televisivos e de alguma imprensa, que clamam que vem aí o ‘vírus da China’ e que vamos todos morrer, e o modo desinteressado com que tanta gente olha para isto, assumindo que não é assim tão grave – apesar do que temos visto e lido nas últimas semanas sobre o que se passa na China.” A jornalista destaca ainda uma reacção tardia das autoridades portuguesas. “Seria igualmente bom que as instituições portuguesas tivessem aproveitado a janela temporal das últimas semanas, quando já era óbvio que o vírus não ia ficar quietinho na Ásia, e tivessem feito um plano de prevenção e contenção em condições. Se calhar, fizeram – quero mesmo acreditar que sim – mas não está a chegar aos cidadãos, ou só estará a chegar a alguns, e isso não é nada apaziguador.”
ESCOLAS EM ALERTA
Pedro Silva, professor na Escola Superior de Música eArtes do Espectáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto, foi um dos primeiros portugueses em território nacional a ser diagnosticado com o Covid-19, algo que aconteceu depois de uma viagem a Itália. Nas redes sociais, a esposa do docente escreveu que, até ao momento, a situação é estável. “[O professor] encontra-se actualmente sob vigilância, de boa saúde e sem sintomas.Afamília está bem e todos os colegas que estiveram em contacto com ele estão em quarentena e serão testados caso comecem
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segunda-feira 9.3.2020
ÚLTIMA HORA
Marcelo Rebelo de Sousa em isolamento voluntário "Na noite passada (sábado), na sequência de ter sido internado um aluno de uma escola de Felgueiras, foi encerrada essa escola. Ontem, à tarde, foi apurado que uma turma dessa escola havia estado em Belém, na última terça-feira, no âmbito da iniciativa "Artistas no Palácio de Belém", em sessão a que assistiu o Presidente da República, tendo, no final, tirado fotografias com os alunos e professores, sem, no entanto, os ter cumprimentado um a um. Nem o aluno ora internado, nem a sua turma estiveram em Belém. Atendendo ao que se sabe hoje e não se sabia na terça-feira passada, tendo ouvido as autoridades de saúde, o Presidente da República, apesar de não apresentar qualquer sintoma virótico, decidiu cancelar toda a sua actividade pública, que compreendia várias presenças com número elevado de portugueses, assim como a própria ida a Belém, durante as próximas duas semanas. O mesmo fará com deslocações previstas ao estrangeiro. Será monitorizado durante esse período em casa. Entretanto, estão já em curso contactos com todos os que estiveram presentes na sessão de terça-feira e foi suspensa a iniciativa "Artistas no Palácio de Belém", programada para durar até ao fim do ano lectivo. No momento em que todos os portugueses demonstram elevada maturidade cívica perante o surto virótico, entende o Presidente da República que deve dar exemplo reforçado de prevenção, sem embargo de continuar a trabalhar na sua residência particular." Comunicado da Presidência da República
a demonstrar sintomas, o que ainda não aconteceu”, pode ler-se. Pedro Silva deu uma aula na Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI), na cidade da Covilhã, mas, até ao momento, apenas os alunos que participaram na sua aula estão de quarentena, conforme contou ao HM Tatiana Figueiredo, aluna da instituição de ensino superior, que optou por não ficar em casa. “Não vamos deixar de ter aulas. Tivemos uma masterclass com dois professores de fora, e um deles foi o
professor que está agora infectado. Os alunos que estiveram com ele na sala de aula estão de quarentena, e a escola continua aberta. Não tenho sintomas e a maior parte dos alunos não tem sintomas, e não sei se o director da escola nos vai justificar as faltas”, confessou. Há ainda outras instituições do ensino superior em alerta relativamente ao Covid-19, como é o caso da Escola Superior de Música de Lisboa, do Instituto Politécnico de Lisboa, onde o professor infectado chegou a dar aulas. Numa nota enviada aos
alunos, a que o HM teve acesso, lê-se que é recomendável a quarentena a potenciais casos de infecção. “Por precaução, recomendamos a todos os professores, funcionários que estudantes que viajaram nas últimas duas semanas entre países europeus e não-europeus afectados pelo Covid-19 que não venham à escola por nenhum motivo, seja aulas, ensaios ou outros, devendo permanecer em casa durante os próximos dias.” Também a Universidade do Minho, em Braga, resolveu encerrar
um campus universitário depois de ser detectado um caso de infecção. No que diz respeito ao ensino não superior, há nesta altura seis turmas, professores e funcionários de quarentena em duas escolas da Amadora, perto de Lisboa, depois de uma professora ter sido diagnosticada com o novo coronavírus. Em comunicado, o Agrupamento de Escolas Pioneiras da Aviação Portuguesa, ao qual pertence a Escola Básica 2/3 Roque Gameiro e Escola Secundária da Amadora, refere que uma professora esteve de
férias em Milão, Itália, na semana passada, e regressou à escola para dar aulas no fim da semana passada. Com 21 casos diagnosticados, Portugal anunciou no sábado mais medidas preventivas, como a suspensão de visitas a hospitais, lares de idosos e prisões na zona Norte do país, além de se recomendar o adiamento de eventos sociais. Andreia Sofia Silva com Lusa andreia.silva@hojemacau.com.mo
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COVID-19 TESTES DOS 57 RESIDENTES RESGATADOS DE HUBEI COM RESULTADOS NEGATIVOS
S resultados dos testes ao Covid-19 dos 57 residentes de Macau resgatados de Hubei foram negativos. Depois da operação de sábado, que o Governo considerou bem-sucedida, o anúncio foi efectuado ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus. “Os resultados dos 57 residentes foram negativos. É uma boa notícia, mas não significa que possamos ficar descansados. Todos vão ter de fazer mais dois testes a cada 48 horas”, afirmou o director dos Serviços de Saúde. Entre os 57 residentes com idades dos 3 meses aos 77 anos, 17 são menores e 14 têm mesmo idades inferiores a 14 anos. À chegada a Macau, foram registados casos de tosse em duas pessoas, que já tinham sido diagnosticadas nos hospitais do Interior da China com gripe sazonal. Também um bebé foi diagnosticado com inflamação na pele devido às fraldas disponíveis em Wuhan, e uma outra criança regressou com um abscesso dentário.
O secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem” No sábado, quando o voo da Air Macau partiu para Wuhan, pelas 9h30, esperava-se que fossem resgatados 59 residentes. No entanto, um estudante de 16 anos, residente
Aventura em Wuhan CGS
No início esperava-se o regresso de 59 residentes, mas dois acabaram por ficar em terra. Um estudante apresentou uma temperatura considerada elevada e foi impedido de embarcar e outro residente desistiu por “motivos pessoais”
de Macau e Hong Kong, apresentou sintomas de febre, com uma temperatura de 37,5 graus, quando o máximo autorizado eram 37,3 graus, e foi impedido de viajar. Também outro residente não conseguiu viajar para o aeroporto por motivos pessoais, o que fez com que apenas 57 pessoas fossem retiradas.
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Aviso à navegação Residentes com escalas em França, Alemanha e Espanha obrigados a quarentena
condições como a promessa de permanecerem durante os 14 dias no domicílio. Já os turistas têm que ficar na Pousada Marina Infante e assumir as despesas da estadia. No entanto, desde ontem ao meio-dia e até amanhã, o Governo pode exigir às pessoas que CGS
S residentes e turistas que desejarem entrar em Macau a partir de amanhã e tiverem feito escala ou estado em França, Alemanha ou Espanha, nos 14 dias antes da entrada, vão ser obrigados a ficar de quarentena. A medida foi anunciada ontem, em comunicado, e envolve ainda igualmente o Japão. Ontem, Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, confirmou que esta medida se aplica não só a quem esteve nos territórios em causa, mas também a quem aí tenha feito escala. “Não sabemos quanto tempo as pessoas estiveram no aeroporto. Podem ter estado 10 horas e em contacto com algum infectado”, sustentou a médica. Quanto aos residentes, depois da entrada, a quarentena pode ser feita em casa, mediante algumas
Quanto aos alunos que ficaram em Wuhan, Lei Chin Ion disse ontem ter sido informado pelas entidades do Governo de Hubei que a temperatura baixou, sem que haja sintomas do Covid-19. Foi adiantado que o aumento de temperatura se poderá ter ficado a dever ao nervosismo de todos
entrem no território vindas desses países que se submetam a exames médicos. Este período antes da quarentena, foi explicado como uma oportunidade para que os residentes possam regressar, antes da medida entrar em vigor. As políticas de segurança aplicadas ontem a que tenha estado em França, Alemanha, Espanha e Japão já estavam em vigor para quem tivesse estado nos 14 dias anteriores à entrada em Macau na Coreia do Sul, Itália e Irão.
MAIS ENVOLVIDOS
O Governo da RAEM não exclui que a mesma medida seja aplicada a outros países da União Europeia
os procedimentos ou ao facto de o aluno estar a usar muito roupa.
BEM-SUCEDIDO
No regresso a Macau, o voo sofreu um atraso de cerca de uma hora e aterrou no Aeroporto Internacional da RAEM às 18h24. O atraso foi explicado
ou aos Estados Unidos, onde tem havido um rápido crescimento do número de casos. Sobre a aplicação dessas medidas, Lei Chin Ion explicou que antes das decisões serem tomadas é necessário informar o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma vez que se tratam de questões com impacto diplomático na política externa. Em relação aos estudantes de Macau nos países envolvidos por estas medidas, o Governo afirmou estar a procurar soluções, através da Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), para confirmar os números e permitir às famílias que comprem máscaras para enviarem para a Europa. Nestes casos, mesmo que a família não esteja na posse do bilhete de identidade de residente, a compra pode ser feito com recurso a uma fotocópia. J.S.F.
com as dificuldades com que alguns residentes se depararam para chegar ao Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe, devido ao nevoeiro que levou ao corte de estradas e ao caso do aluno que acabou por não embarcar. Após a operação de resgate, decorreu uma conferência de imprensa sobre os procedimentos, e André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, considerou que tudo correu “conforme o planeado” com todos os procedimentos a “correrem bem”. Ficou ainda em cima da mesa a possibilidade de haver mais voos para os restantes residentes, uma vez que este se dirigiu essencialmente a idosos, crianças, pessoas com doenças crónicas e aos que se encontravam mais perto de Wuhan. Um futuro voo poderá ser organizado para resgatar as pessoas que ficaram em áreas mais remotas de Hubei. Quanto aos custos da operação, o secretário para a Administração e Justiça admitiu que devido à complexidade e serviços envolvidos ainda há necessidade de fazer os cálculos. Os números serão divulgados posteriormente. João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
São Januário Todos os doentes com alta
Desde sexta-feira que Macau não tem qualquer pessoa internada devido ao Covid-19. Nesse dia, a residente de 64 anos que tinha sido identificada como o nono caso da doença na RAEM foi considerada curada. Apesar da alta, os três residentes que anteriormente foram diagnosticados com o vírus continuam em observação no Alto de Coloane, por precaução, uma vez que no Interior houve exames positivos, após as pessoas terem sido consideradas curadas. Um dos três residentes que está em observação apresentou uma “ligeira diarreia” e por isso foi testado novamente para a existência do vírus. Ontem, à hora do fecho do HM, os resultados do teste ainda não eram conhecidos.
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CONSULADO ADMITIDA HIPÓTESE DE ADJUNTO
SOFIA MARGARIDA MOTA
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cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong já admite a hipótese do consulado ser reforçado com um cônsul-geral adjunto para tratar dos assuntos da RAEHK. A notícia sobre o pedido tinha sido avançada pelo HM, em Setembro do ano passado, e Paulo CunhaAlves recusou, na altura, comentar o pedido por considerar que a “discussão pública” de assuntos de “gestão interna do Consulado Geral e do Ministério dos Negócios Estrangeiros” não era “apropriada”. No entanto, em declarações à Rádio Macau confirmou o cenário, que só deverá concretizar-se no próximo ano: “Confesso que acho que para 2020 não será possível. Espero que possa acontecer no futuro. Espero que 2021 talvez possa ser uma realidade, quem sabe?”, afirmou. “A importância de ter um cônsul-geral adjunto em Macau prende-se muito com o acompanhamento das questões de Hong Kong”, explicou. Na mesma entrevista, Paulo Cunha Alves admitiu que os recursos humanos disponíveis no corpo diplomático são limitados, como acontece em todas as categorias profissionais, o que impede a concretização da contratação de um adjunto já para este ano. “Somos um corpo composto por 500 diplomatas. Estes 500 diplomatas têm que servir na secretaria de Estado, portanto, no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa, e em cerca de 125 ou 130 missões diplomáticas e consulados. Não existimos em número suficiente para estarmos dois em cada missão”, sustentou.
Fórum Macau Muito por fazer
Muitos dos estados membros que integram o Fórum Macau acreditam que é possível fazer mais e trazer uma nova dinâmica para esta plataforma entre os países de língua oficial portuguesa e a China. A opinião foi partilhada por Paulo Cunha Alves. “[Muitos membros] acham que o Fórum poderia fazer muito mais para apoiar o desenvolvimento das suas economias e das suas sociedades, nomeadamente os Estados que estão menos desenvolvidos”, disse, à Rádio Macau. “Acho que há que implementar e desenvolver novas acções e novos projectos”, acrescentou.
Paulo Cunha Alves, cônsul-geral de Portugal “Acho que vamos continuar a ser bem tratados, integrados e considerados nesta comunidade geral que são os residentes e não residentes da RAEM.”
DIPLOMACIA HO IAT SENG VAI A PORTUGAL QUANDO EPIDEMIA ACABAR
Manter a tradição
O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong avançou que o Chefe do Executivo da RAEM deve deslocar-se a Lisboa, quando a epidemia chegar ao fim. Em entrevista à Rádio Macau, recusou ainda ter aconselhado os portugueses a fugirem da RAEM devido ao Covid-19
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Chefe do Executivo deverá visitar Portugal quando a crise do Covid-19 chegar ao fim. A informação foi avançada pelo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, em entrevista à Rádio Macau. “É, como disse, uma tradição, todos os Chefes do Executivo têm visitado Portugal e deve acontecer também com Ho Iat Seng logo que seja possível depois de ultrapassada a crise do Covid-19”, afirmou Paulo Cunha Alves. Ainda em relação ao chefe do Governo local, o embaixador acredita denota que continua a haver uma atenção especial para a comunidade portuguesa. “Dos contactos que tenho mantido com o novo Chefe do Executivo, tenho notado uma preocupação especial com o bem-estar da comunidade portuguesa”, considerou. Por este motivo, o cônsul-geral diz que a comunidade vai ser bem tratada, como tem acontecido desde a transição. “Acho
que vamos continuar a ser bem tratados, integrados e considerados nesta comunidade geral que são os residentes e não residentes da RAEM”, apontou.
PALAVRAS DITAS
Ainda em relação ao Covid-19, Paulo CunhaAlves veio esclarecer as declarações prestadas anteriormente, quando sugeriu que os portugueses em Macau visitassem famílias e amigos, caso não estivesse a trabalhar. “Membros da comunidade portuguesa que não estejam no activo, que não estejam neste momento a trabalhar ou não pertençam à massa activa da comunidade, talvez esta seja uma oportunidade para rever a família e amigos. Foi isso que eu disse”, defendeu-se. “Em nosso entender, faz todo o sentido porque vamos considerar o caso de pessoas reformadas, o caso de pessoas que estavam dispensadas do serviço durante 15 dias ou um mês, porque não aproveitar para fazer uma viagem até Portugal e ver a família? Numa altura em que a Europa não
estava ainda afectada por esta crise da Covid-19”, completou. Paulo Cunha Alves vincou que a posição tinha sido coordenada com a Embaixada de Portugal em Pequim e que o conselho nunca foi uma indicação para que os portugueses fugissem do território.
MÊS DE PORTUGAL AVANÇA
Face ao Covid-19 e às medidas de controlo da epidemia são vários os eventos que têm sido cancelados. Contudo, Paulo Cunha Alves considera que o já tradicional mês de Portugal na RAEM tem condições para ser realizado A iniciativa conta com diferentes expressões artísticas que envolvem nomes ligados a Portugal e deverá voltar a acontecer, apesar do cônsul-geral reconhecer que se verificam alguns atrasos. “As coisas estão, devo dizer, um pouco atrasadas por razões óbvias. Não tem havido reuniões e tem havido alguns contratempos gerados pela Covid-19”, declarou. “Abrangem actividades ligadas ao cinema, exposições, concertos, teatro, algumas palestras também e quem sabe também alguns espectáculos de dança”, completou. João Santos Filipe
joaof@hojemacau.com.mo
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9.3.2020 segunda-feira
Anúncio (N.º 17/2020) Notificação de sanção (Processo n.º 36/ADM-HE/2020) Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, é por esta via notificada a SUN HAP CHONG CHOU IN WO CHUN MUN TIM IAO HANG KONG SI (信合蟲草燕窩專門店有限公司)- ocupante dos lugares de estacionamento n.ºs 15 e 16, no rés-do-chão da parte comum do Edifício Arco Íris, sito na Estrada dos Cavaleiros, n.º 107, Macau. De acordo com as averiguações do Instituto de Habitação (IH), verificou-se que nos lugares de estacionamento n.ºs 15 e 16 da parte comum do Edifício Arco Íris, foram edificadas construções ilegais, instalados ares-condicionados, afixada publicidade e colocados diversos objectos, sendo o seu ocupante “SUN HAP CHONG CHOU IN WO CHUN MUN TIM IAO HANG KONG SI (信合 蟲草燕窩專門店有限公司)”. Assim, nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, o IH informou o ocupante acima referido, através do Anúncio n.º 70/2019, de 25 de Setembro de 2019, sobre a decisão do Presidente do IH de aplicação de sanções, conforme exaradas no Despacho n.º 54/IH/2019 (Processo n.º 266/ADM-HE/2018), no Despacho n.º 62/IH/2019 (Processo n.º 243/ADM-HE/2019), no Despacho n.º 63/IH/2019 (Processo n.º 248/ADM-HE/2019) e no Despacho n.º 64/IH/2019 (Processo n.º 250/ADM-HE/2019), tendo ainda sido ordenada a reposição do local em causa, no prazo de 30 dias, relativamente à infracção referente às construções ilegais e à instalação de equipamentos, devendo as restantes situações de violação ser rectificadas no dia imediato. Caso contrário, a multa será calculada diariamente até que seja reposta a situação original, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto. O IH informou o ocupante acima referido, através dos Anúncio n. os 95/2019 e 111/2019, sobre as decições do Presidente do IH de aplicação de sanções (a não execução da obrigação de repor a situação original contadas a partir do período de 25 de Setembro de 2019 até ao dia 25 de Novembro de 2019), conforme exarado no Despacho n.o137/IH/2019 (Processo n.º 651/ADM-HE/2019), e conforme exarado no Despacho n.o148/IH/2019 (Processo n.º 684/ADM-HE/2019). De acordo com as averiguações e os autos de notícia efectuados pelo IH, nos dias 2, 10, 16, 26 e 30 de Dezembro de 2019, e nos dias 6, 13 e 20 de Janeiro de 2020, foi confirmado que ainda persistem as construções ilegais, a instalação de ares-condicionados e a colocação de objectos nos lugares de estacionamento n.ºs 15 e 16 do Edifício Arco Íris. Nos termos das alíneas c), g), i) e j) do n.º 2 do artigo 16.º e dos n.ºs 1 e 3 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto, ao ocupante acima mencionado podem ser aplicadas multas calculadas diariamente; (após cálculo das multas de 26 de Novembro de 2019 a 20 de Janeiro de 2020, a multa pelas construções ilegais é de MOP56 000, a multa pela instalação de ares-condicionados é de MOP28 000, a multa pela afixação de publicidade e colocação dos objectos em zonas comuns é de MOP8 000), sendo a multa total de noventa e duas mil patacas (MOP92 000). De acordo com as disposições supracitadas, por despacho de autorização do Presidente do IH exarado na Proposta n.º 0183/ DAJ/2020, de 26 de Fevereiro de 2020, e nos termos do Despacho n.º 26/IH/2020 (Processo n.º 36/ADM-HE/2020), assinado pelo Presidente do IH, é aplicada a multa no valor total de noventa e duas mil patacas (MOP92 000) à SUN HAP CHONG CHOU IN WO CHUN MUN TIM IAO HANG KONG SI (信合蟲草燕窩專門店有限公司). Assim, a ocupante supramencionada deve dirigir-se ao IH, sito na Estrada do Canal dos Patos, n.º 220, Edifício Cheng Chong, r/c L, Macau, para efectuar o pagamento da multa, no prazo de 10 dias, a contar da data da publicação do presente anúncio, sob pena de cobrança coerciva através de processo civil. Mais se informa que está obrigado a repor a situação original. Caso contrário, a multa será calculada diariamente até que seja reposta a situação original, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do mesmo decreto-lei. Caso não concorde com a decisão, de acordo com os n.os 3 e 4 do artigo 19.º do mesmo decreto-lei, a mesma é susceptível de impugnação judicial, junto do Tribunal Judicial de Base, sem efeito suspensivo. Instituto de Habitação, aos 27 de Fevereiro de 2020 O Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, Nip Wa Ieng
Anúncio (N.º 19/2020) Notificação de sanção (Processo n.º 40/ADM-HE/2020) Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, é por esta via notificada a Agência Comercial Fowin Sociedade Unipessoal Limitada - ocupante dos lugares de estacionamento n.ºs 1 e 2, no rés-do-chão da parte comum do Edifício Arco Íris, sito na Estrada dos Cavaleiros, n.º 103, Macau. De acordo com as averiguações do Instituto de Habitação (IH), verificou-se que nos lugares de estacionamento n.ºs 1 e 2 da parte comum do Edifício Arco Íris, foram edificadas construções ilegais, instalados ares-condicionados, afixada publicidade e colocados diversos objectos, sendo o seu ocupante “Agência Comercial Fowin Sociedade Unipessoal Limitada. Assim, nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, o IH informou o ocupante acima referido, através do Anúncio n.º 69/2019, de 25 de Setembro de 2019, sobre a decisão do Presidente do IH de aplicação de sanções, conforme exaradas no Despacho n.º 56/IH/2019 (Processo n.º 245/ADM-HE/2019),no Despacho n.º 58/IH/2019 (Processo n.º 240/ADM-HE/2019), no Despacho n.º 59/IH/2019 (Processo n.º 247/ADM-HE/2019) e no Despacho n.º 60/ IH/2019 (Processo n.º 249/ADM-HE/2019), tendo ainda sido ordenada a reposição do local em causa, no prazo de 30 dias, relativamente à infracção referente às construções ilegais e à instalação de equipamentos, devendo as restantes situações de violação ser rectificadas no dia imediato. Caso contrário, a multa será calculada diariamente até que seja reposta a situação original, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto. O IH informou o ocupante acima referido, através do Anúncio n. os 94/2019 e 110/2019, sobre as decições do Presidente do IH de aplicação de sanções (a não execução da obrigação de repor a situação original contadas a partir do período de 25 de Setembro de 2019 até ao dia 25 de Novembro de 2019), conforme exarado no Despacho n.o136/IH/2019 (Processo n.º 668/ADM-HE/2019), e conforme exarado no Despacho n.o147/IH/2019 (Processo n.º 694/ADM-HE/2019). De acordo com as averiguações e os autos de notícia efectuados pelo IH, no dia 20 de Janeiro de 2020, foi confirmado que ainda persistem as construções ilegais, a instalação de ares-condicionados e a colocação de objectos nos lugares de estacionamento n.ºs 1 e 2 do Edifício Arco Íris. Nos termos das alíneas g)e i) do n.º 2 do artigo 16.º e dos n.ºs 1 e 3 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto, ao ocupante acima mencionado podem ser aplicadas multas calculadas diariamente; (após cálculo das multas de 26 de Novembro de 2019 a 20 de Janeiro de 2020, a multa pelas construções ilegais é de MOP56 000, e a multa pela instalação de ares-condicionados é de MOP28 000), sendo a multa total de oitenta e quatro mil patacas (MOP84 000). De acordo com as disposições supracitadas, por despacho de autorização do Presidente do IH exarado na Proposta n.º 0194/DAJ/2020, de 27 de Fevereiro de 2020, e nos termos do Despacho n.º 27/IH/2020 (Processo n.º 40/ADM-HE/2020), assinado pelo Presidente do IH, é aplicada a multa no valor total de oitenta e quatro mil patacas (MOP84 000) à Agência Comercial Fowin Sociedade Unipessoal Limitada. Assim, a ocupante supramencionada deve dirigir-se ao IH, sito na Estrada do Canal dos Patos, n.º 220, Edifício Cheng Chong, r/c L, Macau, para efectuar o pagamento da multa, no prazo de 10 dias, a contar da data da publicação do presente anúncio, sob pena de cobrança coerciva através de processo civil. Mais se informa que está obrigado a repor a situação original. Caso contrário, a multa será calculada diariamente até que seja reposta a situação original, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do mesmo decreto-lei. Caso não concorde com a decisão, de acordo com os n.os 3 e 4 do artigo 19.º do mesmo decreto-lei, a mesma é susceptível de impugnação judicial, junto do Tribunal Judicial de Base, sem efeito suspensivo. Instituto de Habitação, aos 3 de Março de 2020 O Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, Nip Wa Ieng
Anúncio 【21/2020】 Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, são notificados, por esta via, os proprietários de habitações económicas/ as entidades administradoras, constantes da tabela anexa: Nos termos do n.º 1 do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto, os proprietários / as entidades administradoras, referidos no anexo, devem apresentar a sua defesa, por escrito, bem como todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou demais provas favoráveis à sua defesa, no prazo de 10 dias, a contar da data da publicação do presente anúncio. (*É necessário indicar o número do respectivo processo, no acto da entrega da defesa) Caso a defesa não seja apresentada dentro do prazo estipulado, ou o fundamento da mesma não seja admitido por este Instituto, de acordo com o processo de aplicação de multas a que se refere o artigo 19.º do supramencionado decreto-lei, ①os proprietários constantes no anexo estarão sujeitos à aplicação das sanções previstas no n.º 1 do artigo 18.º do referido decreto-lei, sendo o montante da multa, respectivamente, de quinhentas patacas (MOP 500) por violação das alíneas c) e i) do n.º 2 do artigo 16.º, e de mil patacas (MOP 1000) por violação das alíneas g) e h) do n.º 2 do artigo 16.º;② as entidades administradoras constantes no anexo estão sujeitas à aplicação das sanções previstas no n.º 2 do artigo 17.º do referido decreto-lei, e o montante da multa relativo à violação de cada uma das alíneas f), h) e o) do artigo 12.º é de cinco mil patacas (MOP 5 000). Além disso, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do referido decreto-lei, caso após a aplicação das sanções, os proprietários de habitações económicas não procedam integralmente à rectificação da respectiva situação de violação, a multa é calculada diariamente até à cessação da situação de violação em causa. Caso queira consultar o respectivo processo, poderá, durante as horas de expediente, dirigir-se ao Instituto de Habitação, sito na Estrada do Canal dos Patos, n.º 220, Edifício Cheng Chong, r/c L, Macau, ou contactar o Sr. Sio pelo telefone n.º: 2859 4875 (ext. 751). Instituo de Habitação, aos 4 de Março de 2020. O Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, Nip Wa Ieng Edifício
N.º do processo
Fracção
Proprietário
Infracção ao Decreto-Lei n.º 41/95/M, de 21 de Agosto
Edf. Kuong Wa
497/ADM-HE/2018
Bloco 1, 15.º andar B
HOI CHON FONG/ CHAN NGAI U
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que os proprietários da referida fracção procederam à instalação de um portão de uso partilhado no corredor comum, acto que alegadamente viola o disposto na alínea h) do n.º 2 do artigo 16.º.
Edf. Mei Lin
553/ADM-HE/2018
Bloco 4, 10.º andar I
LOI CHAK SANG/ ZHANG JING
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que os proprietários da referida fracção procederam à instalação de uma gaiola na parede exterior desta fracção, acto que alegadamente viola o disposto na alínea h) do n.º 2 do artigo 16.º.
Hong Lok Village
67/ADM-HE/2019
Bloco 1, 3.º andar M
SUN KIN NENG
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que o proprietário da referida fracção colocou diversos objectos nas zonas comuns e procedeu à instalação de um portão de uso partilhado no corredor comum, actos que alegadamente violam o disposto nas alíneas c) e h) do n.º 2 do artigo 16.º.
Edf. San Lok
187/ADM-HE/2019 e 188/ ADM-HE/2019
2.º andar C e AB
Chun FokSanChun
216/ADM-HE/2019
1.ª fase, Edf. Ka Hoi Kok, 6.º andar AA
FONG UN IONG
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que a proprietária da referida fracção não procedeu à instalação do condensador no local indicado, acto que alegadamente viola o disposto na alínea i) do n.º 2 do artigo 16.º.
321/ADM-HE/2019
Bloco A, 12.º andar L
CHEK IO HONG
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que o proprietário da referida fracção procedeu à instalação de um portão e à colocação de diversos objectos nas zonas comuns, actos que alegadamente violam o disposto nas alíneas c) e h) do n.º 2 do artigo 16.º.
409/ADM-HE/2019
2.º andar F
U WENG KEI
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que a proprietária da referida fracção procedeu, no terraço do pódio, à instalação ilegal de um toldo e à colocação de diversos objectos, actos que alegadamente violam o disposto nas alíneas c) e h) do n.º 2 do artigo 16.º.
Wa Mau San Chun
561/ADM-HE/2019
3.º andar P
CHEONG CHOK LAM/ CHEONG WAI NGO
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que os proprietários da referida fracção procederam à instalação de uma gaiola na parede exterior desta fracção, acto que alegadamente viola o disposto na alínea h) do n.º 2 do artigo 16.º.
Edifício
N.º do processo
Entidade administradora
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, verificou-se que os proprietários das referidas fracções colocaram diversos CHAN SU KEI/ CHAN SIO HO objectos nas zonas comuns e que, na zona comum exterior à fracção C, foi instalada uma porta, actos que alegadamente violam o disposto nas alíneas c) e g) do n.º 2 do artigo 16.º.
Vai Choi Garden
Edf. Kai Cheong Kok
Hong Lok San Chun, Bloco III
Infracção
208/ADM-HE/2019
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, 1) o prazo de validade do certificado de garantia de bom funcionamento do sistema de prevenção contra incêndio já se encontra expirado; 2) encontram-se colocados diversos objectos nas passagens públicas, escadas e câmaras corta-fogo de alCOMPANHIA DE guns andares; 3) as portas corta-fogo de alguns andares, encontram-se danificadas, carecem de reparação ADMINISTRAÇÃO e manutenção e encontram-se dolosamente abertas; 4) as mangueiras de incêndio e as válvulas para a DE PROPRIEDADES entrada de água nas referidas mangueiras em alguns andares carecem de reparação e manutenção. Além KUAN HONG, LTD. disso, este Instituto nunca recebeu qualquer comunicação da entidade administradora em relação aos problemas de segurança contra incêndio e às infracções de moradores. Assim, estes actos violam alegadamente o disposto nas alíneas f), h) e o) do artigo 12.º.
376/ADM-HE/2019
De acordo com as averiguações realizadas por este Instituto, 1) o prazo de validade do certificado de garantia de bom funcionamento do sistema de prevenção contra incêndio já se encontra expirado; 2) encontram-se colocados diversos objectos nas passagens públicas, escadas de evacuação e câmaras cortafogo de alguns andares; 3) as portas corta-fogo de alguns andares, encontram-se dolosamente abertas; ADMINISTRAÇÃO 4) nas passagens públicas de alguns andares, encontram-se instaladas portões metálicos; 5) nas escadas DO EDIFÍCIO HONG de evacuação de alguns andares encontram-se instalados equipamentos não destinados ao combate ao LOK SAN CHUN incêndio (bombas de água pressurizada); 6) a porta de saída para o terraço do edifício possui ferrolho e encontra-se trancada; 7) a iluminação de emergência em alguns andares não funciona correctamente. Além disso, este Instituto nunca recebeu qualquer comunicação da entidade administradora em relação aos problemas de segurança contra incêndio e às infracções de moradores. Assim, estes actos violam alegadamente o disposto nas alíneas f), h) e o) do artigo 12.º.
política 7
segunda-feira 9.3.2020
PATRIMÓNIO GOVERNO TEM DIREITO DE PREFERÊNCIA SOBRE 2886 PROPRIEDADES
Os donos dos “sítios” HOJE MACAU
O Instituto Cultural adiantou aos deputados de uma comissão de acompanhamento da Assembleia Legislativa que o Governo pode escolher o destino a dar a 2886 propriedades no território pelo facto de estarem situadas nas chamadas zonas tampão, com maior protecção no que ao património diz respeito
DEPUTADOS SATISFEITOS
E
XISTEM em Macau 2886 propriedades sobre as quais o Governo pode exercer direito de preferência, pelo facto de estarem localizadas em zonas protegidas da cidade, as chamadas zonas tampão. O número, definido pelo Instituto Cultural (IC), foi revelado na passada sexta-feira após a reunião da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública da Assembleia Legislativa, presidida por Si
T
exemplo os monumentos, os edifícios de interesse arquitectónico e os conjuntos. São claros e sabemos o que são, porque na lei estão as regras para esses tipos de imóveis. Quanto aos sítios, o conceito não é assim tão claro porque neste momento existem zonas de protecção e nem sempre a compra e venda dos sítios precisa de consulta ou autorização do Governo”, explicou Si Ka Lon.
Si Ka Lon deputado “A parte controversa nisto tudo tem a ver com o averbamento. Há outras situações que são claras como por exemplo os monumentos, os edifícios de interesse arquitectónico e os conjuntos.”
Ka Lon, que está a trabalhar sobre a lei de salvaguarda do património cultural. Em causa está o facto de os proprietários estarem
ENDO em conta, não só a importância do diploma que introduz a obrigatoriedade de declarar casos suspeitos de surtos em animais (doenças epizoóticas) no prazo de 24 horas, mas também porque é essa a vontade do secretário da Administração e Justiça, André Cheong, o presidente da 1ª comissão permanente da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, acredita que a proposta de lei de controlo sanitário animal estará pronta até ao fim da actual sessão legislativa. “Segundo o senhor secretário, esta proposta de lei tem de ser concluída o quanto antes. Sabemos que nesta epidemia causada pelo novo coronavírus surgiram muitos problemas e, por isso, esta proposta de lei é muito importante para o
obrigados a obter do IC um comprovativo sobre o não exercício de direito de preferência do Governo, em caso de compra ou venda de
imóveis situados em zonas históricas, sendo que existiam dúvidas acerca da definição dos “sítios”, termo usado na lei para nomear locais prote-
Fungagá da bicharada Lei de controlo sanitário animal concluída até ao Verão
controlo e prevenção das doenças epizoóticas e para a existência de fiscalização dos médicos veterinários e também das respectivas instituições”, afirmou Ho Ion Sang na passada sexta-feira, no final da reunião da comissão sobre a proposta de lei de controlo sanitário animal. “Estou confiante que antes do termo desta sessão legislativa vamos conseguir concluir a proposta de lei”, rematou. No entanto, a execução do diploma poderá vir a levantar problemas por carecer ainda de legislação acerca da qualificação e fiscalização de médicos ve-
terinários, instituições médico-veterinários e estabelecimentos comerciais de venda de animais, que se encontra a ser legislado à parte noutra proposta de lei que só deverá avançar no próximo ano. Como não existe legislação sobre a fiscalização de estabelecimentos de venda de animais e médicos veterinários, Ho Ion Sang explicou que está a ser adoptado apenas um sistema de registo simples de abertura de actividade, ao passo que para os veterinários esse registo é voluntário. Segundo o presidente da comissão, no futuro, o Governo prevê que quando
gidos com interesse cultural. “Aparte controversa nisto tudo tem a ver com o averbamento. Há outras situações que são claras como por
estes estabelecimentos iniciarem actividade, terão de “preencher alguns requisitos” e vão existir “acreditações e qualificações” para os médicos veterinários. “Como exercer a actividade implica a utilização de medicamentos então esta situação tem de ser rectificada”, apontou presidente da comissão. Quanto a números, Ho Ion Sang avançou que, segundo o Instituto dos Assuntos Municipais (IAM), existem em Macau 97 lojas de venda de animais, 24 instituições médico-veterinárias e entre 20 e 30 veterinários inscritos.
VIDA DUPLA
A comissão que está a acompanhar os trabalhos do controlo sanitário animal exige ainda que o Governo
As 2886 propriedades cuja compra e venda está condicionada situam-se em parques e jardins e de acordo com os deputados, é agora “possível saber se uma propriedade cai ou não no âmbito da regra”. A comissão revelou ainda que foram 64 os cidadãos a consultar o Governo por iniciativa própria entre 2009 e Março de 2020. Destes, nenhum caso foi referente a monumentos, havendo sim, um caso relativo a edifícios de interesse arquitectónico, 13 relativos a conjuntos e 50 respeitantes a sítios. Para permitir que os cidadãos conheçam bem a qualidade e as características das propriedades e o direito de preferência que o Governo tem, Si Ka Lon revelou ainda que “o IC disponibilizou as informações respectivas na sua página electrónica, onde constam também orientações, perguntas frequentes e formulários”. Pedro Arede
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clarifique a legislação sobre as estruturas de funcionamento dos estabelecimentos dedicados aos animais, pelo facto de existirem diferentes cargos como veterinários, gestores e titulares de licença que podem acumular funções, podendo levantar problemas quando é chegada a hora de assumir responsabilidades. “Segundo a legislação em vigor, no exercício da sua função, as pessoas colectivas também têm de cumprir a declaração obrigatória (…) e vão ter de assumir as respectivas responsabilidades, portanto parece que o articulado da proposta de lei não consegue reflectir claramente o facto de um médico veterinário ser também o titular da licença do estabelecimento”, explicou Ho Ion Sang. Pedro Arede
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8 sociedade
C
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RESCEU em Hong Kong, fez-se homem em Hong Kong” e era “uma figura de destaque da comunidade portuguesa” na antiga colónia britânica, declarou à Lusa Miguel de Senna Fernandes, Associação dos Macaenses (ADM). “Recordo os primeiros encontros das comunidades macaenses” em que Arnaldo Oliveira Sales era “a figura da diáspora macaense”, sublinhou. O “descendente de famílias macaenses”, nascido em 1920, na região chinesa de Cantão, foi o primeiro presidente do Conselho Urbano de Hong Kong (um conselho municipal responsável pelos serviços municipais na ilha de Hong Kong e em Kowloon), em 1973, acrescentou o presidente da ADM. Arnaldo Oliveira Sales foi ainda um dos fundadores da Federação Desportiva e do Comité Olímpico de Hong Kong, tendo sido presidente desta instituição em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, marcados pelo homicídio de 11 israelitas por parte de um grupo terrorista palestiniano. “A equipa de Hong Kong estava no mesmo edifício que os israelitas”, contou Senna Fernandes. “Ele negociou com os terroristas, explicando que a equipa de Hong Kong nada tinha a ver com o problema e os palestinianos concordaram em soltar a equipa de Hong Kong”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes. Arnaldo Oliveira Sales, que morreu com 100 anos, já se encontrava afastado da vida pública há vários anos. “Há cinco anos que se encontrava muito mal, segundo os seus familiares. Paz à sua alma”, afirmou. Em comunicado, a Federação Desportiva e Comité Olímpico de Hong Kong recordou que “sob a sua presidência de 1967 a 1998, os atletas de Hong Kong foram ganhando reconhecimento gradualmente em muitas competições multidesportivas internacionais, como os Jogos da Commonwealth, os Jogos Olímpicos e os Jogos Asiáticos”. “Com a sua visão e o máximo esforço, Hong Kong permaneceu como uma entidade desportiva separada após a passagem da soberania”, do território do Reino Unido para a China, enfatizou a organização. “O seu trabalho como presidente do Conselho Urbano, Membro
9.3.2020 segunda-feira
ÓBITO OLIVEIRA SALES, “FIGURA DA DIÁSPORA MACAENSE”
Uma vida olímpica Arnaldo Oliveira Sales, que morreu na sexta-feira, era um nome máximo da “diáspora macaense” e “uma figura de destaque da comunidade portuguesa de Hong Kong”, apontou Miguel de Senna Fernandes. Marcelo Rebelo de Sousa lamentou morte de uma “das figuras mais relevantes” da região vizinha e Carrie Lam destacou o papel social que desempenhou ao longo da vida
Miguel de Senna Fernandes, Associação dos Macaenses “A equipa de Hong Kong estava no mesmo edifício que os israelitas. Ele negociou com os terroristas, explicando que a equipa de Hong Kong nada tinha a ver com o problema e os palestinianos concordaram em soltar a equipa de Hong Kong.”
da Autoridade de Habitação, Comité Consultivo de Direito Básico de Hong Kong e outros serviços públicos foi amplamente reconhecido pelos governos de Hong Kong e por várias organizações. A sua morte é uma grande perda para o desporto e para a comunidade local”, acrescentou aquela organização. Arnaldo de Oliveira Sales afastou-se da vida pública nos anos 2000 e estava internado há cerca de dez anos no hospital Hong Kong Sanatorium, noticiou o diário South China Morning Post.
PESAR PRESIDÊNCIAL
Também o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do comendador Arnaldo Oliveira Sales e recordou “uma das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa” em Hong Kong. De acordo com uma nota publicada na página oficial da Presidência da República na internet, o chefe de Estado apresenta “as mais sentidas condolências à família” de Oliveira Sales, considerando que foi “umas das figuras mais relevantes da comunidade macaense e portuguesa em Hong Kong”. Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que “a sua memória ficará sempre” associada ao “mundo desportivo, nomeadamente ao desporto olímpico”, uma vez que o comendador foi “presidente do Comité Olímpico” daquela antiga colónia britânica e “ficou conhecido como o ‘senhor desporto’”. O Presidente da República recorda ainda a “lealdade às origens portuguesas e o trabalho que desenvolveu em nome de Portugal”. A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, também prestou tributo a Oliveira Sales. “O Sr. Sales dedicou a sua vida ao desenvolvimento do desporto em Hong Kong e fez contribuições significativas. Desempenhou diversos papéis na Federação de Desporto e no Comité Olímpico ao longo dos anos, incluindo enquanto presidente da organização por mais de trinta anos”, referiu a Chefe do Executivo da região vizinha. Carrie Lam acrescentou ainda que Oliveira Sales “ajudou a promover oportunidades para que os atletas de Hong Kong pudessem participar em competições internacionais sob o emblema de Hong Kong, mesmo depois de 1997”.
sociedade 9
segunda-feira 9.3.2020
SEGURANÇA CRIMINALIDADE VIOLENTA CRESCE 4,7% EM 2019
A estabilidade possível
Crimes de violação registaram um aumento de 43,3 por cento, o número de roubos 15,9 por cento e os sequestros 8 por cento. Apesar da subida, o Gabinete do secretário para a Segurança aponta que a situação de Macau é estável e não extravasa o ambiente do jogo, embora alerte “para os efeitos negativos” que a epidemia pode trazer para a manutenção da ordem social
E
M 2019, foram registados 673 casos de criminalidade violenta em Macau, uma subida de 4,7 por cento relativamente a 2018. Os dados, divulgados na passada sexta-feira pelo Gabinete do secretário para a Segurança, apontam ainda que na base do aumento está a subida dos crimes de violação, roubos e sequestro. “Esta subida deve-se, principalmente, a um aumento dos crimes de “sequestro”, “roubo” e “violação”, já que os outros crimes violentos têm registado uma tendência de diminuição”, pode ler-se no relatório do gabinete tutelado por Wong Sio Chack. De facto, o crime de violação foi o que registou maior subida, com um aumento de 43,3 por cento (mais 30 casos) em relação a 2018, tendo ocorrido, no total, 43 casos. Seguiram-se os casos de roubo que registaram um aumento de 11 casos, correspondendo a uma subida de 15,9 por cento relativamente a 2018, sendo que a maior parte ocorreu “junto dos hotéis ou em locais isolados”. Quanto aos sequestros, registaram-se, no total, 353 casos, ou seja um aumento de 26 casos em relação a 2018, o que representa uma subida de 8 por cento. Segundo os dados do gabinete para a segurança “a maioria dos crimes de sequestro está relacionada com associações criminosas que se dedicam à usura” e à criminalidade ligada ao sector do jogo. O tráfico de droga “registou um número semelhante de casos”, tendo sido contabilizados mais
máticos, a registar uma descida de 29,9 por cento.
LIGADOS AO JOGO
Gabinete do secretário para a Segurança “Os efeitos negativos decorrentes da epidemia acarretam inevitavelmente a possibilidade de aumento de factores instáveis, prejudiciais à manutenção da ordem social.”
quatro incidências, uma subida de 3,5 por cento. Registaram-se ainda dois homicídios e ainda uma morte provocada por ofensa à integridade física. Do lado dos crimes que registaram as maiores descidas estão os crimes sexuais contra menores (menos 54,2 por cento)
e ofensas corporais graves (menos 42,9 por cento). Quanto a crimes como rapto e homicídio, o balanço aponta para a continuação de “uma conjuntura boa, de registo nulo ou com uma casuística muito baixa”. Também com tendência decrescente em 2019 estiveram os crimes infor-
Apesar do aumento registado da criminalidade violenta, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que a “a situação geral da segurança de Macau manteve-se estável e com boas condições” e que a maioria dos crimes graves, sobretudo os de sequestro e usura, estão confinados ao ambiente do jogo e aos casinos. Segundo o relatório, em 2019 a polícia instaurou 605 processos por crime de usura, dos quais, 602 estão relacionados com o jogo, o que representa uma subida de 8,7 por cento. Já dos 353 sequestros, 345 tiveram origem na prática do crime de usura, o que representa um aumento de 11,7 por cento. Já os casos de burla em casinos foram 456, ou seja mais 200 que em 2018, estando relacionados com “troca ilegal de moeda”. Quanto ao futuro, o gabinete liderado por Wong Sio Chak aponta que as autoridades já tomaram as medidas necessárias para reforçar o combate aos crimes graves mas deixa, no entanto, um alerta relacionado com a crise provocada pelo Covid- 19. “Os efeitos negativos decorrentes da epidemia acarretam inevitavelmente a possibilidade de aumento de factores instáveis, prejudiciais à manutenção da ordem social, pelo que as autoridades de segurança vão manter um nível de alerta elevado”, pode ler-se no balanço sobre a criminalidade em Macau. Pedro Arede
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EXPOSIÇÕES/CONVENÇÕES QUEBRA DE 3,9 POR CENTO DE VISITANTES
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ADOS divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o sector das exposições e convenções teve uma quebra de 3,9 por cento em termos anuais no número de visitantes no quarto trimestre do ano de 2019, altura em que surgiram, em Dezembro,
os primeiros casos de infecção com o novo coronavírus na China. No total, houve 629 mil visitantes neste sector nos últimos três meses do ano. No quarto trimestre realizaram-se 461 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, número idêntico ao
do trimestre homólogo de 2018, aponta a DSEC. No entanto, e de acordo com um comunicado oficial “o número de participantes e visitantes foi de 733.000, descendo ligeiramente 0,4 por cento em termos anuais”. No que diz respeito às receitas e despesas geradas pelo sector, a
DSEC dá conta do registo de um valor negativo de 36,57 milhões de patacas, subtraídas as despesas e os subsídios concedidos pelo Governo e outras instituições. O comunicado aponta que este valor “foi maior que o valor negativo de 29,15 milhões de patacas registado em 2018”.
DEMOGRAFIA POPULAÇÃO DE MACAU CRESCE EM 2019
A
população de Macau era, no final do ano passado, de 679.600 pessoas, ou seja mais 12.200 do que em 2018. Os dados foram divulgados na passada sexta-feira pela Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC). De acordo com a DSEC, a população feminina representou 53,3 por cento da população total do território em 2019. Os idosos, com 65 anos ou mais, representavam 11,9 por cento da população, mais 0,8 pontos percentuais relativamente a 2018. O índice de envelhecimento foi de 90,2 porcento,mais 1,1 pontos percentuais, em termos anuais, o que significa um envelhecimento contínuo da população pelo 21.º ano consecutivo, indicou a DSEC. Já a população adulta (15-64 anos) representou 74,9 por cento do total, tendo diminuido 0,8 por cento. Em 2019, o número registado de nados-vivos foi de 5.979, mais 54, com a taxa de natalidade a situar-se em 8,9 por cento. A DSEC referiu que, no ano passado, foram autorizadas a residir em Macau 967 pessoas, menos 107 em termos anuais. De referir ainda que a população local, que não inclui os trabalhadores não residentes nem os estudantes não residentes domiciliados em Macau, abrangia 555 mil pessoas, ou seja mais 1,2 por cento comparativamente com 2018.
IAM Marmota encontrada no Reservatório vai ficar em quarentena
Na passada sexta-feira, uma marmota apareceu no Parque do Reservatório, segundo o portal All About Macau. O animal foi apanhado por uma equipa do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e enviado para o canil municipal, onde foi sujeito a exame médico veterinário preliminar, que determinou a boa saúde do animal. É de salientar que as marmotas são animais proibidos em Macau, ao abrigo do despacho n.º 335/2016, assinado por Chui Sai On, que proíbe a importação, aquisição e criação dos roedores, da família dos esquilos. Uma vez que a marmota não é um animal que pertença à fauna de Macau, e sem que haja registo de importações, suspeita-se que o animal tenha sido importado e abandonado. Segundo o All About Macau, o IAM passou o caso para as autoridades policiais para investigação.
10 coronavírus
9.3.2020 segunda-feira
FONTES: • https://gisanddata.maps.arcgis.com/ apps/opsdashboard/index.html#/ • https://www.who.int/ emergencies/diseases/novelcoronavirus-2019/situation-reports bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 • https://www.cdc.gov/coronavirus/2019ncov/index.html • https://www.ecdc.europa.eu/en/ geographical-distribution-2019-ncovcases • http://www.nhc.gov.cn/yjb/s3578/ new_list.shtml • https://ncov.dxy.cn/ncovh5/view/ pneumonia
107559
5264 Em estado crítico
Infectados
Co novel
522 Casos suspeitos
INFECTADOS POR PAÍS / REGIÃO 80,695 7,314 6,566 5,883 949 939 589 461 437 273 268 265 203 169 157 150 114 104 93 85 76 66 62 60 54 50 50 45 45 39 36 28 27 26 28 25 23 22 21 19 19 19 16 15 15 14 13 13 12 12 12 11 10 10 9 9 7 7 6 6 6 6 6 6 5 5 5 5 4 4 4 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Interior da China Coreia do Sul Irão Itália França Alemanha Espanha Japão E.U.A. Reino Unido Suiça Holanda Suécia Bélgica Noruega Singapura Hong Kong Áustria Malásia Bahrain Austrália Grécia Kuwait Canadá Iraque Tailândia Islândia Emiratos Árabes Unidos Taiwan Índia São Marino Líbano Dinamarca Républica Checa Portugal Israel Finlândia Palestina Vietname Brasil Irlanda Algéria Oman Rússia Egipto Ecuador România Geórgia Eslovénia Croácia Qatar Arábia Saudita Macau Estónia Argentina Azerbeijão Chile México Paquistão Perú Indonésia Filipinas Polónia Bielorrússia Guiana Francesa Nova Zelândia Costa Rica Hungria Afghanistão Bulgária Senegal Bósnia Herzegovina São Bartolomeu Macedónia do Norte Bangladesh Eslováquia África do Sul Luxemburgo Malta Cambodja Camarões Maldivas Républica Dominicana Ilhas Feroe Marrocos Martinica Latvia Lituânia Mónaco Togo Arménia Ucrânia Cidade do Vaticano Liechtenstein Andorra Gibraltar Nigéria Moldávia Tunísia Colômbia Butão Nepal Jordânia Paraguai Sérvia Sri Lanka
OUTROS
709
Cruzeiro Diamond Princess países com casos de nCov países sem casos de nCov
Infectados
0 MACAU
Infectados
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Macau
114 HONG KONG
Infectados
2
HONG KONG
36 Curados
Hong Kong
Mortos
coronavírus 11
segunda-feira 9.3.2020
ovid-19 l coronavírus
3648
60637 Curados
Mortos
1-99 10-99 100-499 500-999 1000-9999 +10000 Ocorrências nas áreas afectadas
Dados actualizados até à hora do fecho da edição
Covid-19 vs SARS
CHINA NÚMERO DE INFECTADOS E MORTOS POR REGIÃO
88,000 12,000 10,000 8,000 6,000 4,000 2,000 0
20
dias
40
dias
60
dias
Dia em que a OMS recebeu os primeiros avisos do surto
80
dias
100
dias
120
dias
REGIÃO Hubei Guangdong Henan Zhejiang Hunan Anhui Jiangxi Shandong Jiangsu Chongqing Sichuan Heilongjiang Pequim Xangai Hebei Fujian Guangxi
INFECTADOS 67707 1351 1272 1213 1018 990 935 758 631 576 538 480 414 337 318 296 294
MORTOS 2641 7 20 1 4 6 1 6 5 6 3 13 5 3 6 1 2
REGIÃO Shaanxi Yunnan Hainan Guizhou Shanxi Tianjin Liaoning Gansu Jilin Xinjiang Mongólia Interior Ningxia Hong Kong Taiwan Qinghai Macau Tibete
INFECTADOS 245 174 168 146 132 136 121 91 91 76 75 71 79 28 18 4 1
MORTOS 2 2 5 2 0 3 1 2 1 2 0 0 2 1 0 0 0
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9.3.2020 segunda-feira
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TAIWAN KUOMINGTANG ELEGE NOVO LÍDER REFORMISTA
Kuomingtang, partido actualmente na oposição em Taiwan e que defende melhores relações com a China continental, elegeu sábado o deputado reformista Johnny Chiang como novo líder, depois da derrota nas presidenciais de Janeiro. O deputado de 48 anos obteve mais de dois terços dos votos numa eleição interna, tornando-se o líder mais novo de sempre do Kuomingtang.
Começar de novo
O deputado de 48 anos obteve mais de dois terços dos votos numa eleição interna, tornando-se o líder mais novo de sempre do Kuomingtang Liderados por Chiang Kai-shek, os nacionalistas do Kuomintang refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949, após a derrota perante o Partido Comunista Chinês na guerra civil que antecedeu a proclamação da República Popular da China por Mao Zedong. Reclamando-se o
passo crucial para as reformas". O Kuomingtang sofreu uma derrota marcante aquando da reeleição, em Janeiro, da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, um resultado considerado como uma rejeição das tentativas de Pequim isolar diplomaticamente a ilha. A formação política de Tsai, o Partido Democrático Progressista (PDP), que milita tradicionalmente pela independência do território, rejeita o princípio da unidade entre a ilha e o continente sob a premissa política de "Uma só China".
LIGAÇÕES FRUTUOSAS
governo legítimo da República da China, proclamada em 1912 pelo fundador do partido Sun Yat-sen, o Kuomintang governou a ilha si-
tuada a 120 quilómetros da China continental até 2000. Numa breve intervenção, citada pela AFP, após a vitória sobre
o antigo presidente da Câmara da capital Taipé, Hau Lung-bin, Johnny Chiang estimou que a sua vitória representa "um primeiro
O Kuomingtang tentou evitar as fricções com Pequim, aceitando o princípio de “Uma só China", sem precisar quem - Pequim ou Taipé - era o seu representante legítimo. Johnny Chiang apelou ao seu partido para que reformulasse a sua posição a fim de atrair jovens eleitores, cujos votos são indispensáveis para obter uma vitória eleitoral. A China, através do Gabinete dos Assuntos de Taiwan, felicitou Chiang, sublinhando que espera que o Kuomingtang permaneça ligado à manutenção da sua linha política actual.
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CONVOCATÓRIA Rita Botelho dos Santos, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, vem, nos termos do n.º 3 do art.º 29.º dos estatutos desta Associação, convocar a Assembleia Geral para o próximo dia 26 de Março de 2020 (quinta-feira), pelas 18H00, na sede da A.T.F.P.M., sita na Avenida da Amizade N.ºs 273-279 r/c, Macau, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Relatório de Contas do exercício do ano de 2019, que estará patente na sede da Associação, a partir do dia 11 de Março corrente, para consulta dos associados. 2. Outros assuntos. Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aos 06 de Março de 2020. A Presidente da Assembleia Geral Comendadora Rita Botelho dos Santos
EXPORTAÇÕES QUEDA DE 15,9% EM JANEIRO E FEVEREIRO
COVID-19 NÚMERO DE MORTOS NO HOTEL QUE RUIU SOBE PARA 10
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O
S exportações chinesas caíram nos dois primeiros meses do ano 15,9%, em relação ao período homologo do ano anterior, devido ao surto do Covid-19, foi ontem anunciado. Segundo dados divulgados ontem pela Administração Geral das Alfândegas as exportações de Pequim cifraram-se em 2,04 biliões de yuans, nos dois primeiros meses do ano. Também as importações caíram entre Janeiro e Fevereiro 2,4%, para 2,08 biliões de yuans. Estes resultados fizeram com que a China registasse um deficit
comercial de 5,443 mil milhões de euros, quando no mesmo período em análise do ano passado tinha registado um superavit de 37,506 mil milhões de euros. "A diminuição das importações e exportações com o estrangeiro foi afectada principalmente por factores como a epidemia do novo coronavírus e a extensão das férias do Ano Novo Chinês”, que as autoridades decretaram como uma medida para evitar a propagação da doença, apontou a Administração Geral das Alfândegas da China.
número de mortos devido ao desmoronamento de um hotel na China, com pessoas em quarentena por terem estado em contacto com pacientes infectados com o Covid-19, subiu para 10, segundo com um balanço de ontem das autoridades. De acordo com informação avançada pela agência de notícias France-Presse (AFP), as autoridades chinesas revelaram que, das 71 pessoas que no sábado ficaram presas nos escombros, 48 foram já removidas, incluindo 10 sem vida. As buscas pelas restantes 23 estão ainda a decorrer, acrescentaram. A unidade hoteleira, localizada em Quanzhou, na província de Fujian, colapsou no sábado cerca das 19:30, desconhecendo-se ainda a causa do desmoronamento. O Xinjia Hotel, com 80 quartos, foi recentemente convertido numa instalação de quarentena para pessoas que entraram em contacto com pacientes infectados com o novo coronavírus. Segundo as autoridades locais de Quanzhou, mais de
700 equipas de resgate foram posicionadas no local. De acordo com imagens recolhidas no local, apenas a estrutura metálica do prédio parece ter resistido ao colapso. Os trabalhadores que tratavam das obras de reconversão do hotel e que se encontravam no local aquando do desastre reportaram ao proprietário do hotel, dizem as autoridades, a deformação de um pilar, pouco antes do colapso do edifício. O surto de Covid-19, detectado em dezembro na China, já provocou mais de 3.500 mortos e mais de 105 mil infectados em pelo menos 95 países. Com base no número mundial de infectados, a taxa de letalidade é de 3,4 por cento, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.
região 13
segunda-feira 9.3.2020
A
Coreia do Norte anunciou ter terminado a quarentena imposta a mais de 3.600 no país, uma medida de prevenção para combater a entrada do Covid-19 no território que ainda não registou nenhum caso. Cerca de 3.650 pessoas que estavam em quarentena nas províncias de Kangwon e Chagang foram autorizadas na quinta-feira a regressar à normalidade, informou a rádio oficial norte-coreana, citada ontem pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, alertou em Fevereiro as "sérias consequências" de uma possível disseminação do coronavírus no país. Por causa disso, suspendeu as ligações aéreas e ferroviárias com o mundo exterior e proibiu a chegada de turistas ao país. Devido ao fraco sistema de saúde no país, muitos especialistas acreditam que a prevenção é para Pyongyang a única maneira de evitar uma grave crise de saúde provocada pelo Covid-19.
O regresso à “normalidade” Coreia do Norte termina quarentena imposta a mais de 3.600 pessoas
O país vizinho, a Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.
víncia vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 294 dos 367. Esta região tem a esmagadora maioria de todas as infecções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro. Cerca de 60 por cento das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro. A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.
ALI AO LADO
As autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram ontem 367 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 7.134 o total de infectados no país, onde já morreram 50 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de sexta-feira até às 00:00 de sábado. Durante este período foram registadas seis novas mortes. A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a pro-
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公開招標公告 Open Tender Notice “澳門國際機場客運大樓離境層空側售貨亭區域重整及地毯更換設計及建造工程 (RFQ-269)” 之公開招標 “MIA – Design and Build for Reconfiguration of Departure Airside Kiosk Area and Carpet Replacement in PTB (RFQ-269)” 1. 招標實體: 澳門國際機場專營股份有限公司 Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM) 2. 招標方式: 公開招標 Tendering method: Open tendering 3. 目的: 選擇富有經驗之承建商於澳門國際機場客運大樓進行離境層空側售貨亭區域重整及 地毯更換之設計及建造工程。 Objective: To seek for a fully experienced Contractor to perform Design and Build for Reconfiguration of Departure Airside Kiosk Area and Carpet Replacement in the Passenger Terminal Building (PTB) of the Macau International Airport (MIA). 4. 招標文件: 至截止投標日止,有意者可瀏覽CAM 官方網站 www.camacau.com 查閱招標文 件及相關資料。 有意參與投標人士應時常留意上述網站以獲取涉及招標文件並得隨時 公佈的最新附加資訊、說明或修改內容。 Release of tender documents: Tender Documents and other pertinent information are available on www.camacau.com until the deadline for submission of Bidders’ proposals. Please always check the website for additional information, clarification or modification, which may be published from time to time, of the Tender Documents. 5. 遞交投標書地點、截止日期及時間: 遞交投標書地點:澳門氹仔偉龍馬路機場專營公司辦公大樓四樓接待處 截止日期及時間:2020年3月27日中午12:00前 (澳門時間) 收件人必須註明為: 執行委員會主席 恕不接納截止時間後所收到之投標書。 Location and deadline for submission of Bidders’ proposals: Reception on 4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, Macau Before 12:00 noon on 27 March 2020 (Macau Time) The addressee of the proposal shall be Chairman of the Executive Committee. The proposals received after the stipulated deadline will not be accepted. 6. 澳門國際機場專營股份有限公司保留不表明因由而全部或部份拒絕任何投標書之權利。 CAM reserves the right to reject any proposals in full or in part without stating any reasons. -完-END-
Assine-o TELEFONE 28752401 | FAX 28752405 E-MAIL info@hojemacau.com.mo
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9.3.2020 segunda-feira
No teu amor por mim há uma rua que comeca ,
Como Zha Shibiao navegou de noite no rio da pintura Paulo Maia e Carmo texto e ilustração
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I Fu (1052-1107), o lendário pintor da dinastia Song possuía a extraordinária ambição e ousadia de criar obras de arte isoladas de quaisquer modelos, apenas a partir das suas cogitações espirituais e do contacto directo com a natureza. Certa vez depois de executar uma caligrafia para o imperador Huizong, terá exclamado: «Dei uma vassourada no estilo horroroso dos dois Wang (Wang Xizhi e Wang Xianzhi, considerados os dois maiores calígrafos de todos os tempos) e iluminei a dinastia Song para os próximos dez mil anos». Mesmo se o seu mais conhecido tratado, Huashi, «História da pintura», seja a obra de um consciencioso colecionador e apreciador do passado da pintura. O carácter extravagante e inesperado dos pintores, presente nessa exclamação, era já e continuaria a ser uma das qualificações para avaliar os pintores e as suas obras. O orgulho ferido e a melancolia de muitos homens de cultura encontraram na arte um lugar de exilio por excelência. Foi o que já no século dezoito um pintor de Xiuning (Anhui) chamado Zha Shibiao (1615-1696) iria reafirmar ao inscrever numa pintura um poema de Mi Fu que se refere a Xiaoxiang, que mais do que uma região era um conceito desse sentimento: «Em Shabu tudo é harmonioso/ Em Songmen as jangadas estão cobertas./ Despreocupado vou remando no meu barco,/ Como se estivesse viajando numa pintura do rio de Shanxi.» A pintura intitulada «Um homem velho nave-
gando num rio», um rolo vertical a tinta sobre papel (175,3 x 330,8 cm) que está no Metmuseum em Nova Iorque, revela essa capacidade auto referencial da pintura cujas figuras remetiam já para outra coisa. Zhang Geng ao descrever o pintor Nizan (1301-1374), um dos paradigmas dessa arte aristocrática cujo estilo corresponde ao conceito expresso no caracter dan, que qualifica o que é ligeiro, o sabor insípido e a cor pálida, escreveu: «Rompeu com tudo o que é vulgar; e assim a sua pintura possui uma severidade distante e um alto desinteresse, suprimindo tudo o que é ornamento.» Zha Shibiao faria uma «Paisagem no estilo de Nizan», um rolo vertical a tinta sobre papel (203,6 x 75,4 cm) que se encontra na Yale University Art Gallery, onde a economia dos meios serve para mostrar mais do que está visível. Algo que se pode entender na analogia da noite, quando a dificuldade de ver obriga o olhar a concentrar-se. Ao descrever o pintor os biógrafos acentuam sempre o carácter ligeiramente reservado mas dócil do homem que, como tantos celebrados poetas, apreciava o vinho e prolongava sempre as suas noites na grande cidade de Yangzhou, para onde finalmente se deslocou, depois de abandonar a sua terra natal na altura da transição dinástica (1644). Como outros que se identificaram com poemas e pinturas nunca poderia ser um funcionário e mesmo se vendesse as suas obras, seria sempre um magnífico amador.
ARTES, LETRAS E IDEIAS 15
segunda-feira 9.3.2020
José Simões Morais
Roda dos enjeitados
E
M Macau há assuntos a merecer estudo, mas, fôssemos como os académicos da cidade nossa vizinha região administrativa, apenas interessaria investigar os que poderiam comprometer os adversários, para vangloriar os nossos. Quando a meio do estudo se apercebem estar os seus padres ainda mais enlameados que os nossos, desinteressam-se do tema, deixando-o cair no esquecimento. Essa era a nossa vontade se não achássemos relevante a história da Casa dos Expostos, também chamada Casa dos Enjeitados. Sendo os registos escassos sobre as fases da sua existência, onde falta muita documentação, socorremo-nos das informações compiladas por o médico José Caetano Soares (JCS) e complementamos com as do Boletim Oficial. Vulgarmente denominada Roda, pois era a maneira como os recém-nascidos entravam no hospício através de uma rotativa porta, sem ninguém ficar a saber quem ali os colocara, assim eram deixados ao cuidado da Santa Casa da Misericórdia. Uma Regente tomava conta da Casa dos Expostos e “respondia por tudo, desde a admissão dos recém-nascidos, até ao recrutamento das amas, seu pagamento, etc., sem nenhuma entidade fiscalizadora”, refere JCS. Nos inícios de 1867, o Governador José Maria de Ponte e Horta assustou-se ao saber da morte no espaço de um mês de 38 das 46 crianças de leite recolhidas na Casa dos Expostos. Após aí serem abandonadas, a Regente entregara-as ao cuidado de amas, pagas a uma pataca por cada cria para delas cuidar e as amamentar. As falecidas, primeiro foram levadas à Casa dos Expostos e dali mandadas sepultar pela Regente, criando grande azáfama ao chinês que tratou de as enterrar. Assim, um a um dos 38 cadáveres foi transportado na caixa comum pelo chinês para o cemitério público, o qual abria naquela mesma ocasião uma pequena cova, com licença ampla do encarregado do cemitério. Sem cerimónias conduzidas pelo respectivo pároco, foram sucessivamente sepultadas, regressando o portador de volta com a caixa vazia para a Casa dos Expostos, onde a depositava para servir em idênticas ocasiões; e por isso levou o nome de caixa comum. Das oito crianças ainda sobreviventes, todas do sexo feminino, encontravam-se duas cachéticas (raquíticas, ou doentes de cachéxia, enfraquecimento geral do corpo humano) e cinco afectadas de doença de pele, falta de limpeza e em má nutrição. A outra estava num estado tão deplorável e repugnante que não se encontrava quem a quisesse amamentar. Inteirado do estado dessas criaturas, privadas de leite e colo materno para serem baptizadas e depois entregues a mercenárias que se denominavam amas, o
Governador pediu à justiça de Macau para proceder sem detença contra os infractores e ao comandante da polícia, que fizesse entregar sem perda de tempo aos cuidados da SCM as restantes oito crianças, pois estas continuavam ainda com as suas sete amas. Mas antes disso, fossem as cinco inspeccionadas por o cirurgião-mor. À criança que ninguém queria amamentar foi-lhe dado leite de vaca e começou a recuperar. Assim, segundo Luiz Gonzaga Gomes, a 2 de Fevereiro de 1867 “o Governador José Maria de Ponte e Horta decretou, por prejudicial aos costumes da sociedade, a abolição da Roda dos Expostos da Santa Casa da Misericórdia de Macau e proibiu a esta instituição o recolhimento das raparigas abandonadas.” Refere Beatriz Basto
Enjeitados e raparigas órfãs receberam no século XVIII descuidada atenção e ínfimos recursos devido ao estado de decadência de Macau
da Silva, “O Decreto entrou em vigor a 8 do mesmo mês e ano, devendo no entanto a Santa Casa continuar a tratar dos enjeitados que tinha a seu cargo nessa data. Como a Portaria não conseguiu deter a prática, a ‘Roda’ deixou de existir, mas as crianças abandonadas à porta da Santa Casa continuaram a ser recebidas.”
OS DESAMPARADOS
“O recém-nascido deposto em segredo, sem qualquer esboço de inquirição e até fora da vista, conforme muito assim facilitava a roda conventual, a coberto de usos e leis na aparência com fins benemerentes, mas que tragicamente repudiavam os mais elementares deveres maternais e não menos tolhiam ao filho o legítimo direito de sangue ou sequer do nome”, segundo JCS, que refere, “Para Macau e em tal matéria haveria só a esperar reforço quanto a números, desde que entre chineses a prerrogativa de garantir o nome continuador da família, foi sempre exclusiva ao elemento masculino, portanto, as filhas mais nas classes baixas ou de situação económica difícil, não contavam e podiam ser legalmente transaccionadas. Mas mesmo no nosso próprio meio, pelo convívio de numerosas escravas e com aquele trem de vida, bastante folgado ou ocioso, as con-
dições não seriam as mais propícias a fortalecer os grandes atributos de virtude e castidade. Assim se engrossava, também, outro mal – o da mendicidade – como por volta de 1772-3 o Governador Salema de Saldanha expunha em carta ao Bispo D. Alexandre.” A data do início da Casa dos Expostos é impossível de apurar, mas já o compromisso de 1627, no Cap. XXIII <sobre meninos desamparados>, incluía a disposição: <Vindo alguns enjeitados a esta Casa de Misericórdia se darão a criar, como até agora se fez, com a prata que para isso a Cidade é obrigada a dar, na forma que as leis dispõem.> Em conjunto com os dois hospitais, esse hospício recebia um subsídio, que a ninguém repugnava, proveniente do 1% cobrado nos direitos de Cidade sobre as fazendas grossas. “Donativo idêntico, fixado mais tarde em 1%, também sobre as fazendas grossas entradas na Cidade, seria do mesmo modo atribuído às freiras de St.ª Clara, que por ajuste de 1692, em que interveio o Bispo D. João de Casal, o Provincial de S. Francisco e o Senado assentaram <dar-se, pontualmente, esse 1% estando as freiras obrigadas a receberem sem dote, cada cinco anos, uma filha de Morador>. De lembrar ter sido a Cidade do Nome de Deus na China criada por alevantados mercadores, que a trespassaram para mãos régias devido ao comércio com o Japão. Quando este ficou proibido, regressou Macau ao privado trato gerido pelo Senado e se cada viagem realizada valia ao dono da embarcação uma verdadeira fortuna, bastava um naufrágio para arruinar em dívidas o proprietário e afundar haveres e vidas, deixando viúvas e órfãos desamparados. A carta do Governador Salema de Saldanha refere: <O desamparo de todas estas mulheres que por necessidade se entregam a chinas, a estrangeiros e a todos os mais, tem o princípio em que a Misericórdia dá os seus expostos para se criarem a mulheres pobres, que os aceitam com o interesse de acharem ali a paga mensal com que ela contribui. Mas fechados os sete anos não os sustenta mais, nem por eles mais pergunta e dali por diante, como as ditas amas os não podem alimentar nem vestir, põem-nos logo a pedir esmola pelas portas e pelas boticas (lojas) e a comprarem o que em casa lhes é preciso...> Enjeitados e raparigas órfãs receberam no século XVIII descuidada atenção e ínfimos recursos devido ao estado de decadência de Macau.
h
Cartografias Anabela Canas
E
, ainda no momento em que distraidamente sinto o copo de chá a escaldar nas mãos, pela oscilação estranha de uma memória que me ultrapassa e afunda na enormidade do tempo, um abalo de terra sabe-se lá sob que impacto, lembro-me de como estou próxima das dunas do outro lado do agora mar. Recuo milhões de anos antes da deriva continental, penso em todas as derivas, e logo ali obliquamente a escassos graus de latitude sul nesta Pangeia ancestral, mergulho os pés nus nessas outras areias. Transpondo a distância, naquilo que é afinal um pequeno salto sobre o fio da navalha. Tenho que pensar neste fio. Mas isso será uma outra história para depois. Por agora são 21 graus a sul e a longitude, essa variável em milhões de anos. De ínfima a relevante. Desço lentamente com o dedo no mapa deste planeta solitário e lanço-o á esquerda sobre o mar como os olhos. Estendo ainda o olhar pelo deserto nesta ânsia de contemplação e mais para oeste saio pelo deserto de azul do oceano. Não estátua de sal, ou me desfaço e perco nesse olhar. Recuo uns graus a sul e não é o deserto, deserto, mas um olhar em plenitude. Talvez em busca de palavras ou de uma luz. E descendo mais um pouco começa a desenhar-se. É talvez um farol em Alagoas. Apontado ao mar. Há tantos. E de súbito coloco-me do outro lado. Seguindo essa imensidão como se ao longo do braço de luz. Caminho pela orla costeira da Ponta Verde, como em qualquer outra franja à beira-mar. Encontro Aurélio. Sim, aquele do dicionário das palavras difíceis. Ou fáceis. Sentado em bronze, com o seu amor à Língua portuguesa. E, noutro ponto, Graciliano Ramos. Um outro ser em bronze, que caminha de cigarro contemplativo e olhar baixo, como quem conta palavras nos passos. Como o realismo pode ser belo ao evocar a passada do caminhante. Eternizados ambos no seu olhar contemplativo para o mesmo longe, mesmo que de dentro. Em busca das palavras também eles e ambos. Porque pensariam achá-las perdidas na imensidão sem ruído. Como a do mar de palavras. Ou no fim dos raios de luz destino das noite do farol. Com um me apetece sentar e com o outro caminhar. No seu silêncio. E com o outro, chegar. Porque é um outro dos faróis de Alagoas - o mais bonito de todos - estranho fantasma de outro tempo e uma bela e envelhecida construção em bronze, também, o que me paralisou de espanto. Terá sido belo no seu tempo. E é diferente e belo neste tempo que parece pedir dramaticamente que pare. Deixando a sua luz apagada para que não demasiados olhos por aqui cheguem a mudar este paraíso de areia branca e águas finas de azuis e verdes. É a praia Foz Rio de São Francisco, um rio que barrado mais atrás,
9.3.2020 segunda-feira
Odor a mar ANABELA CANAS
16
esmoreceu no encontro com o mar e o deixou subir mais acima. Uma foz é sempre um pouco revoltosa. Como certos encontros. A adaptação de águas diferentes. Como a espantar visitantes. E se muito o mar cobriu, o resto o fizeram as dunas ao sabor do vento. Também estas escondem segredos de quem viu submarinos pela calada da noite em busca de água doce. Armas debaixo de água e olhar de crocodilos em busca de farol que os guiasse. Este, inclinado como um velho campanário de Pisa, primos na música que lhes descrevia a alma. A um e a outro. Neste, em forma de luz. Distantes, mas hoje mais. Do que na longínqua Pangeia sem monumentos.
O mar avançou deixando-o fantasmático, ensimesmado e inclinado, e mais que centenário guardião deste mistério de vidas antigas. É o farol discreto, crivado de ferrugens e oxidações várias. Feito de texturas de cores insólitas na pele de bronze com odor a mar, como rugas crestadas de cento e tal anos. Viu submarinos alemães na segunda guerra, abusarem da sua luz inocente. Mas a luz, quando toca, toca a todos. Pescadores como contrabandistas. Talvez por isso se apagou. Se inclinou cabisbaixo. E se corrói por dentro e por fora de mistérios que se teceram ante a sua luz. Como um anjo prestes a afundar, ou a levantar voo.
E se muito o mar cobriu, o resto o fizeram as dunas ao sabor do vento. Também estas escondem segredos de quem viu submarinos pela calada da noite em busca de água doce. Armas debaixo de água e olhar de crocodilos em busca de farol que os guiasse
Quantos graus de inclinação tem aquele olhar baixo, como de cílios introspectivos a furtar o olhar ao horizonte, para sempre? Narciso? Não. Não chega a inclinação a tanto, ficando-se antes pelas águas um pouco além como quem luta contra a ventania do tempo de través. Aspirar. Como uma exclamação de odor a mar. Oh…perfume a mar distante. Com uns graus de inclinação. Jubilado pelos astros. Ou não fossem eles, e porque se fez noite, seria bem escura a vasta abóbada. Invisível e belo fantasma, agora. Breu em redor. Acendo um cigarro. Mas preciso de um pouco mais de luz para lhe apreciar o fumo. Habituada a esta omnipresente luz artificial que de repente se apagou no bairro. Nestes quarteirões em volta. Acendo uma vela e penso vai voltar. Há sempre que ter velas em casa. Mesmo que seja preciso percorrer com um rápido pânico os corredores na mais completa escuridão. E, acesa, parece uma qualidade imensa de luz, necessária e no contraste com tudo o resto. Misterioso poder suave de iluminar. Chama. Como um farol as águas ao longe e saber onde se desenha terra. E depois, há sempre os astros.
desporto 17
segunda-feira 9.3.2020
O
Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) confirmou na passada sexta-feira que o 67º Grande Prémio de Macau irá acolher a 5ª edição da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA, naquela que será a 38ª corrida da categoria de Fórmula 3 nas ruas do território. “O Conselho aprovou a inclusão da Taça do Mundo de F3 da FIA, durante o Grande Prémio de Macau, no Calendário Desportivo Internacional”, é possível ler no comunicado emanado pela federação internacional às redações. Isto quer dizer, que a próxima edição da prova, a quinta consecutiva que se realizada entre nós, irá manter os mesmos moldes da anterior, em que todo o plantel será proveniente do Campeonato FIA de Fórmula 3, utilizando os novos chassis construídos pela Dallara, com motores V6 produzidos pela Mechachrome em França e pneus específicos da Pirelli. Cada uma das dez equipas do campeonato - Prema Racing, Hitech Grand Prix, ART Grand Prix, Trident, HWARacelab, MPMotorsport, Jenzer Motorsport, Charouz Racing System, Carlin Buzz Racing e Campos Racing - terá obrigatoriamente que inscrever três carros no Grande Prémio em Novembro. Se o calendário de oito provas do Campeonato FIA de Fórmula 3 não sofrer alterações de vulto, este acabará no final de Setembro em Sochi, na Rússia. Os carros e o material das equipas serão depois transportados para a Europa, onde estão agendados três dias de testes antes da viagem rumo ao Oriente.
COM VERSCHOOR E FLOERSCH
Sem capacidade financeira para subir um degrau na pirâmide mundial do automobilismo, Richard
FÓRMULA 3 5ª EDIÇÃO DA TAÇA DO MUNDO SERÁ NOVAMENTE EM MACAU
Nós por cá todos bem
A próxima edição da prova, a quinta consecutiva que se realizada entre nós, irá manter os mesmos moldes da anterior, em que todo o plantel será proveniente do Campeonato FIA de Fórmula 3
Verschoor, o vencedor surpresa do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2019, vai continuar na Fórmula 3 e com a equipa MP Motorsport. O jovem holandês que um dia foi dispensado pelo Red Bull Junior Team e que foi apenas 13º classificado o ano passado, deverá marcar presença na RAEM no final do ano, com o intuito de obter a “dobradinha” na prova e assim tentar igualar um feito apenas ao alcance de Edoardo Mortara, António Félix da Costa e Dan Ticktum Quem também conseguiu um lugar no campeonato foi Sophia
Floersch que na experiente equipa espanhola Campos Racing encontrou uma estrutura que lhe deu a mão. A jovem germânica também recebeu na pretérita semana a boa notícia que irá participar nas míticas 24 Horas de Le Mans no mês de Junho. A participação, ou não, no Grande Prémio é um assunto para mais tarde no ano. A língua portuguesa estará representada no Campeonato FIA de Fórmula 3 deste ano por dois brasileiros: Enzo Fittipaldi, neto do ex-campeão do mundo de F1 Emerson Fittipaldi, e Igor Fraga,
que nasceu no Japão e é conhecido pelos seus vários títulos em competições de automobilismo no espaço virtual.
E SEM CHARLES LEONG
O piloto de Macau Charles Leong Hon Chio, 19º classificado na pretérita edição do Grande Prémio, voltará a não participar no campeonato que melhor o prepararia para enfrentar a difícil corrida do Circuito da Guia. O piloto da RAEM, que não consegue reunir seis ou sete milhões de patacas para segurar um lugar a tempo
SLB PEDRINHO, REFORÇO DAS ÁGUIAS, JÁ ESTÁ EM LISBOA
J
Á está em Lisboa aquele que deverá ser o primeiro reforço do Benfica para a próxima época. Pedrinho, extremo/avançado brasileiro de 21 anos, diz-se grato ao clube da Luz «pela oportunidade» e decidido a mostrar o que vale de águia ao peito. «Em breve darei novidades. Estou muito feliz e grato, agradecer a Deus por tudo e ao Benfica pela oportunidade», começou por afirmar aos jornalistas, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. «O Benfica é um clube com uma história grandiosa, que teve sempre grandes jogadores. Venho para poder desfrutar do meu futebol e mostrar o meu talento», salientou, ainda sem certezas
sobre se fica em definitivo ou se regressa ao Corinthians: «Ainda não sei, vou ter uma reunião com o presidente [Luís Filipe Vieira] para ver o que será melhor para mim e para o clube.» Como se define como jogador? «Sou rápido, inteligente, com ótima visão de jogo. Sou um jogador que quer sempre ajudar a equipa da melhor forma possível. Quero adaptar-me o mais rápido possível para poder evoluir e ajudar a equipa.» A equipa: «É muito forte tacticamente, muito inteligente. Conheço o capitão, é um grande jogador e uma inspiração.» Sobre Bruno Lage: «É um treinador inteligente, dá bastantes oportunidades. Gosta de ter jogadores de alto nível para poder competir.»
inteiro no campeonato principal de F3, fez saber ao HM que, por agora, não tem qualquer programa desportivo confirmado para 2020 e a sua prioridade até ao final do ano lectivo são mesmo os estudos. Depois, a exemplo do que se passou na temporada passada, é provável que Leong procure um programa mais compacto de testes e corridas de forma a preparar a presença quase obrigatória na corrida de Fórmula 3 da RAEM, no que será a sua terceira participação. Sérgio Fonseca
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LIGA NOS FC PORTO EMPATA E NÃO CAPITALIZA ‘DESLIZE’ DO BENFICA
O
FC Porto empatou sábado 1-1 com o Rio Ave, em partida da 24.ª jornada da I Liga de futebol, em que os ‘dragões’, ao pecarem na finalização, não conseguiram aproveitar o deslize do Benfica em Setúbal. Mbemba, aos 18 minutos, inaugurou o marcador para os ‘azuis e brancos’, mas ainda na primeira parte, Taremi, conseguiu o empate, aos 32 minutos, impondo o resultado que quebrou uma série de seis vitórias consecutivas dos portistas no campeonato. Com este resultado, o FC Porto mantém a li-
derança do campeonato, agora com 60 pontos, mas desperdiçou a oportunidade de conseguir uma maior vantagem para o Benfica, que segue em segundo posto, com menos um, depois de ter empatado (1-1) com o Vitória de Setúbal. Já o Rio Ave, que somou o nono jogo consecutivo sem perder no campeonato, igualando a melhor série do historial do clube, conseguida em 1981/82, com Félix Mourinho, pai de José Mourinho, como treinador, mantém-se na quinta posição, com 38 pontos.
18 (f)utilidades TEMPO
MUITO
9.3.2020 segunda-feira
NUBLADO
PORTAS FECHADAS
8 4 3 8 7 5 1 9 2 6
5 1 2 6 4 9 7 3 8
9 7 6 3 2 8 1 5 4
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6 3 3 7 4 4 1 5 8 8 9
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4 2 8 7 5 1 6 6 9 3 5 9 3
8
8
25
HUM
8 0 - 1 0 0´%
•
EURO
9.03
despacho, agora divulgado no site do Governo, determina o encerramento de pubs, salas de jogos, escolas de dança, discotecas e outros locais semelhantes, em todo o território nacional.
7 5 4 8 6 3 2 9 1
Cineteatro
C I N E M A
SALA 1
THE INVISIBLE 14 MAN [C]
SALA 2
Um filme de: Leigh Whannell Com: Elisabeth Moss, Adis Hodge, Storm Reid 14.00, 20.00
5
8 1
PARASITE [C] FALADO EM COREANO LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS Um filme de: Bong Joon Ho Com: Song Kang Ho, Lee Sun Kyun, Cho Yeo Jeong, Choi Woo Shik 17.00
4
BAHT
0.25
YUAN
1.15
VIDA DE CÃO
ZERO
2
16
7
UMA SÉRIE HOJE
THE PACIFIC | HBO (2010)
CALL OF THE WILD [B] Um filme de: Chris Sanders Com: Harrison Ford, Karen Gillian, Dan Stevens 17.50, 21.45
4
SALA 3
BIRDS OF PREY [C]
7
6 4 8 7
Um filme de: Cathy Yan Com: Margot Robbie, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollet-Bell 20.15
5
2 2 4 6 9 5 8 9 3 6 9 2
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 12
5 7 1 4 4 6 3 2 8 8 9
5 6 4 3 7 2 9 8 7 2
MAX
Zero. O zero demorou a inventar. Ou terá demorado a perceber a possibilidade de nada e a sua extrema utilidade? Zero é difícil de compreender, é esquisito, provoca ânsias... o vazio. Zero. Zero para quê? Nada é tramado. O vazio angustiante. Ninguém uma suave tragédia. E nisto andamos. Sem sobressaltos. Deslizamos. Curiosamente, a Terra chata continua o seu percurso de fresbee à volta do Sol e o Sol a sua dissidência láctea, aparentemente sem objectivo decifrável. Um destino de nada é um nada de destino. Ou vice-versa (com pronúncia francesa). Por isso o zero me fatiga, o zero me odeia e me atrai. Acabo por amar o que me cansa, o que me é familiar e incessante. Como o zero. E sabe a nada ou a vento que é o mesmo que nada mas tem uma textura, uma consistência, uma realidade que escapa ao zero. A boca órfã. Os dentes crentes. A língua vazia. O desdém franco pela telepatia que ao abismo me leva. A boçalidade do buraco negro. Não lhe adianta não servir para nada. Não chega ao zero. E sobra em treva. O zero dos maias, dos semitas ou lá de quem foi! Te arrenego, santo zero, querido vazio, mártir nada, pulga ninguém! O zero inquieta-me. Respiremos... Carlos Morais José
PROBLEMA 13
3 8 6 5 2 1 9 7 1 4 5 4
2 9 6 8 1 8 6 4 3 5
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A Itália encerrou todos os museus, teatros e cinemas em todo o território, até 3 de Abril, para combater a propagação do novo coronavírus, de acordo com um despacho divulgado esta madrugada. Para além destas medidas, o
S 3U6 D 4 7O 1 9K2 U 5 3 8 9 5 4 2 6 1 9 6 3 7
MIN
3
Rami Malek é um nome consagrado nos dias que correm, depois de ter vencido o óscar de melhor actor pela interpretação de Freddie Mercury, no filme Bohemian Rhapsody. Contudo, já em 2010 o actor se destacava, mesmo não sendo uma das personagens principais, ao participar em The Pacific, uma série que acompanha a campanha de três “marines” norte-americanos no Pacífico, durante a II Guerra Mundial. Esta é mais um série sobre o conflito que mudou o mundo produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks. João Santos Filipe
4 6 BIRDS OF8PREY 2 1 8 4 9 7 6 Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Pedro Arede Colaboradores 5 8 Anabela 4 Canas; António Cabrita; António de Castro Caeiro; António Falcão; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Gisela Casimiro; Gonçalo Lobo Pinheiro; Gonçalo M.Tavares; João Paulo Cotrim; José Drummond; José Navarro de Andrade; José Simões Morais; Luis Carmelo; Michel Reis; Nuno Miguel Guedes; Paulo José Miranda; Paulo Maia e Carmo; Rita Taborda 1 8 6 Duarte; Rui Cascais; Rui Filipe Torres; Sérgio Fonseca; Valério Romão Colunistas António Conceição Júnior; David Chan; João Romão; Jorge Rodrigues Simão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua 8 www. 6 1 7 Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada hojemacau. com.mo de Santo Agostinho, 4 n.º 19, Centro 2 Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo 6
opinião 19
segunda-feira 9.3.2020
reencarnações
JOÃO LUZ
FRANCIS NEWTON SOUZA, THE POLITICIANS
Q
UASE tão contagiosa e letal como um vírus, a política é infecciosa e tem inscrita na sua natureza o ataque à integridade de corpos sãos. O alcance viral da política também chega a todos os cantos da experiência humana, é uma pandemia. Muitas vezes citado fora do contexto, Thomas Mann escreveu uma frase emblemática do alcance universal da política: “Tudo é político.” Apesar de abominar assumidamente liberdades “excessivamente” democráticas nascidas do Iluminismo, Mann é o exemplo da complexidade de pensamento que é trucidada pelo monstruoso espectáculo político. A máxima de Mann foi mais tarde “corrigida” por Michel Foucault, que desconstruiu a asserção do alemão. Na óptica do francês, a máxima “tudo pode ser politizado” responde muito melhor à forma universal do alcance da política. Num dos seus últimos esforços na luta pela decência, Christopher Hitchens defendia que “a religião envenena tudo”. Acrescento a política ao ramalhete de doutrinas tóxicas, defendidas com fulgor fanático, contrárias à sobrevivência humana. Se acha que estou a exagerar permita-me duas palavras: Alterações climáticas. A questão agora, chegados a este parágrafo e depois do pesado name dropping, é saber de que porra estou para aqui a falar. Simples. Covid- 19 e política, ou a forma como a saúde pública é uma ninharia secundária face ao marketing político e à imagem. A começar pela China. Lamento muito caros adeptos do PCC, como não tenho cavalos nestas corridas posso ser objectivo, sem paixões quase-clubísticas. É verdade que Pequim agiu com firmeza e determinação quando a coisa se tornou feia em Wuhan. Mas não vamos andar a escamotear que durante semanas a fio, quase um mês, oficialmente só havia 40 infectados. Quando surgiram infecções na Tailândia e Coreia do Sul, a comunidade científica alertou para a possibilidade de os números oficiais não corresponderem à realidade. Ui, uma pança cheia de vilanagem, diabólica interferência estrangeira dessa ciência ianque que quer denegrir a pátria. Dias depois, os novos casos começaram a surgir à média de mais de uma centena a cada 24 horas. Um médico de Wuhan, que esboçou uma tentativa de alerta da comunidade médica para a possibilidade de um surto semelhante à SARS, acabou por cair nas malhas da polícia, num país onde a justiça é abertamente subordinada ao poder político. Este homem acabou por morrer e engordar a estatística das casualidades provocadas pelo novo coronavírus. Morreu a tratar quem sofria do mal para o qual tentou chamar a atenção.
Política virulenta
Mais ou menos por essa altura, Pequim deu um murro na mesa ao afirmar que não permitiria nada além de transparência no combate ao surto, recordando que também o SARS foi escondido por questões políticas, até ganhar uma dimensão preocupante. Não sei se alguma vez chegaremos a saber se o alcance global do Covid- 19 seria igual caso fosse tratado como ameaça à saúde
Christopher Hitchens defendia que “a religião envenena tudo”. Acrescento a política ao ramalhete de doutrinas tóxicas, defendidas com fulgor fanático, contrárias à sobrevivência humana. Se acha que estou a exagerar permita-me duas palavras: Alterações climáticas
pública, numa primeira instância, em vez de ser uma pedra no político sapato, em vésperas do arranque da Assembleia Popular Nacional. Pelo mundo inteiro, o Covid-19 tem sido arma de arremesso político, inclusive em Portugal. Mas agora, vou coçar a comichão chamada “atão e os amaricanos”. Não para apaziguar bicefalia, mas porque, de facto, nos Estados Unidos a politização do novo coronavírus tem sido um triste espectáculo, uma fossa séptica de imoralidade a tornar o ar irrespirável. As barbaridades proferidas por Trump são imensas. “Há quem diga que coronavírus é pior que a gripe e há quem diga que é melhor”, um pequeno exemplo das pérolas de ignorância que saem da Casa Branca. Além de nomear o seu vice para chefiar o organismo de resposta ao surto, um homem que acredita mais nas qualidades curativas da oração do que na ciência, Trump referiu que o vírus iria, miraculosamente, desaparecer em Abril com a subida das temperaturas, mentiu com todos os dentes sobre o número de infectados, culpou o Obama do desinvestimento que ele próprio fez do Centros
de Controle e Prevenção de Doenças, entre outras alarvidades. Mais preocupado com os efeitos em Wall Street e na forma como o surto pode afectar o eleitorado nas presidenciais que se aproximam, Trump abertamente assumiu que tudo para si é marketing político, inclusive a vida dos americanos. Além de incriminar o partido democrata de desejar a morte de milhares de americanos para tirar dividendos políticos, e disparar à maluca contra a CNN, Trump confessou, em directo, que “não precisa que os números dupliquem devido a um cruzeiro que não é culpa nossa”. Ou seja, Trump está mais preocupado com as repercussões políticas dos números de infectados, do que com a vida dos tripulantes do cruzeiro, na maioria norte-americanos. Declarações proferidas na qualidade de Presidente dos Estados Unidos, mas ostentando o boné com o slogan de campanha. Um nojo. Podia estar aqui cinquenta páginas a desfiar exemplos letais da politização da saúde pública, ou como os partidários transformam a coisa numa luta identitária, mas já estou a rebentar a escala dos caracteres.
Aquele que mais sabe, mais lastima o tempo perdido. PALAVRA DO DIA
Dante Alighieri
segunda-feira 9.3.2020
UM INVESTIGAÇÃO PERMITE CRIAÇÃO DE CÉLULAS CARDÍACAS IN VITRO
I
Ai Timor... PLP acusa CNRT de Xanana de “facada nas costas”
O
Partido Libertação Popular (PLP), do actual primeiro-ministro timorense, considera ter sido alvo de uma “facada nas costas” por parte do ex-parceiro de Governo, o CNRT de Xanana Gusmão, que chumbou o orçamento para este ano. “O PLP não quer ser um ‘yes man’ dos deputados do CNRT no Parlamento. Pela frente são só palavras simpáticas e por trás são facadas nas costas”, considerou o partido numa mensagem divulgada ontem. Numa mensagem publicada na sua página do Facebook, o partido considera que Taur Matan Ruak, actual primeiro-ministro, “foi obrigado a assumir o cargo pelo presidente do CNRT”, Xanana Gusmão, e acabou “chantageado publicamente no Parlamento Nacional”. “Isto fez com que o primeiro-ministro Taur Matan Ruak [que está demissionário] perdesse a confiança mútua e que não quisesse brincar com a chantagem”, sublinha. A mensagem, intitulada “Resolução de Chantagem – Facada nas Costas” é a primeira reacção pública do PLP às decisões adoptadas na conferência nacional do Congresso Nacional da
Reconstrução Timorense (CNRT) no sábado. O CNRT, segunda força política no parlamento timorense, confirmou em conferência nacional a sua participação numa renovada coligação de maioria parlamentar, marcando o fim da aliança PLP, CNRT e KHUNTO (que suportava o actual executivo). O texto da declaração final explica que a nova aliança tem como base a coligação que apoia o actual Governo, mas apenas com dois dos seus elementos, o próprio CNRT e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO). De fora fica o PLP já que, como explica o texto, o próprio Taur Matan Ruak apresentou a sua demissão como primeiro-ministro, depois de afirmar que a AMP “já não existe”.
GOVERNO SUSTENTADO
A crise política em Timor-Leste acentuou-se em Janeiro depois dos votos contra e abstenção dos deputados do CNRT terem levado ao chumbo do OGE. “Os factos demonstram que os deputados do CNRT não apoiaram o OGE 2020 e chumbaram o OGE 2020 o que levou a que se alongasse mais ainda o impasse político (…) embora o acordo legal entre o CNRT, PLP
e KHUNTO ainda esteja em vigor”, considera. Para o PLP a conferência de sábado tinha como intenção “mudar o primeiro-ministro do VIII Governo através da formação com outros cinco partidos” de uma aliança “para derrotar o Governo que foi formado pelo próprio CNRT”. “Será que isto não é uma chantagem política contra a própria consciência do CNRT”, sublinha. “Porque é que o CNRT não é honesto para com o povo de Timor-Leste sobre o CNRT já não querer apoiar o OGE do VIII Governo e querer formar o IX Governo que (de acordo com rumores) será liderado pelo próprio Presidente do CNRT?”, questiona. Os seis partidos que integram uma nova coligação de maioria parlamentar em Timor-Leste confirmaram este fim de semana em reuniões partidárias a sua integração na aliança que poderá sustentar um novo governo no país. As seis forças políticas – CNRT, PD, KHUNTO, FM, UDT e PUDD – levaram a cabo conferências nacionais para confirmar a sua participação na aliança, cumprindo assim um dos critérios exigidos pelo Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, na sexta-feira.
NVESTIGADORES da Universidade de Macau (UM) desenvolveram um projecto que permite a criação, em laboratório, de células cardíacas. De acordo com um comunicado oficial, o estudo foi publicado pelo jornal científico Cell Reports e intitula-se “Endogenous Insulin-like Growth Factor (IGF) Signaling Directs Heterogeneous Mesoderm Differentiation in Human Embryonic Stem Cells”, da autoria de Chen Guokai, da Faculdade de Ciências da Saúde da UM, e dos doutorandos Yang Yang e Ren Zhili. Dois investigadores da Universidade de Nanjing também colaboraram no projecto. A UM explica que “as células associadas aos músculos cardíacos custam, por norma, a crescer novamente e o processo de diferenciação tem custos elevados”. Os métodos agora descobertos permitem gerar novas células in vitro “com elevada consistência e qualidade sem recorrer a suplementos caros e complicados”. A UM diz ainda que esta investigação constitui “um passo importante para o processo de produção de células cardíacas para tratamentos e medicação”. PUB
Filipinas 163 cidadãos em Macau regressaram sábado ao país
O jornal Manila Times noticiou ontem que um total de 163 filipinos regressou no sábado ao seu país oriundos de Macau, confirmou o Departamento dos Negócios Estrangeiros (DFA, na sigla inglesa), em comunicado. “130 filipinos no estrangeiro, incluindo trabalhadores, turistas, menores e cidadãos idosos, mais cinco crianças, juntamente com 28 membros da agência Overseas Workers Welfare Administration (OWWA) regressaram a casa”, esclareceu a DFA em comunicado. O regresso dos cidadãos foi acompanhado de perto não apenas pelo Presidente do país, Rodrigo Duterte, mas também pelo Secretário dos Negócios Estrangeiros, Teodoro Locsin Jr, com o apoio das autoridades de Macau. O regresso dos cidadãos filipinos acontece devido ao surto do Covid-19, estando estes sujeitos a um período de 14 dias de quarentena no regresso ao seu país.