DE 5 A 10 DE DEZEMBRO
IFFAM
SOFIA MARGARIDA MOTA
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO HOJE MACAU DE 6 DE DEZEMBRO DE 2019 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
OSFILMESESTÃOLANÇADOS
IFFAM
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL QUANDO O C
Filme local,
audienc ˆ Pedro Arede
info@hojemacau.com.mo
“PARA CONSEGUIRMOS fazer um filme excepcional, mais importante do que ouvir a nossa própria voz, é ouvir uma voz especial, uma voz que seja diferente das outras nesta indústria e estar atento às gerações mais novas”, as palavras são de Peter Chan, Presidente do júri dedicado à competição internacional do IFFAM e que terá a árdua tarefa de eleger aquele que será o vencedor, de entre os 10 filmes em concurso. Tendo a sua obra sido rotulada inúmeras vezes de “ocidentalizada”, Peter Chan diz ter tido a sorte de ter vivido de perto a fase mais desafiante e interessante do cinema feito em Hollywood, que o inspirou irremediavelmente durante a década de 70. O realizador diz continuar a transportar essa mesma sensação, mas agora relativamente ao cinema feito na China, para o qual se encontra a trabalhar, mas também um pouco por toda a Ásia, onde cada
FOTOS SOFIA MARGARIDA MOTA
No primeiro dia do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM na sigla inglesa) Mike Goodridge fez as honras da apresentação formal do júri da competição internacional do Festival, presidido pelo aclamado realizador de Hong Kong, Peter Chan. Diversos nas suas opiniões, o júri destacou a “primavera” do cinema asiático, a importância da genuinidade local e da forma como o cinema pode vir a encarar um futuro destinado aos “pequenos ecrãs”
vez mais obras começam a ganhar um lugar de destaque. “A China é um novo horizonte e uma nova indústria onde tudo é possível. Vivemos tempos muito interessantes na Ásia e em diferentes partes da Ásia. Existem realizadores
coreanos, tailandeses, indonésios. Achei o filme indonésio que vi esta manhã muito interessante, o que é uma coisa completamente nova para mim. Sinceramente, acho que o mundo se está a tornar cada vez mais interessante”, partilhou Peter Chan.
Relativamente a “Better Days”, filme realizado por Kwok Cheung Tsang a concurso no IFFAM, mas na competição dedicada ao Novo Cinema Chinês, o presidente do painel do júri considerou que “apesar de ser comercial, é um daqueles filmes que nos têm de dar esperança acerca da China e da censura no cinema.” “Este filme para mim foi um processo muito difícil. No interior da China é preciso passar muito tempo para ultrapassar a censura, e isto demorou mais de um ano. Mas depois, apesar de não termos grandes expectativas quando lançámos este filme, os números da venda de bilhetes ascenderam aos 250 milhões de dólares no final, o que é bom em qualquer parte do mundo”, explicou Peter Chan. Também Midi Z, actor e realizador nascido no Myanmar, mostrou optimismo acerca do processo e deixou um conselho para os realizadores em início de carreira. “Acho que os jovens realizadores não devem impor limites a si próprios
PETER CHAN
TOM CULLEN
ELLEN ELISAOPH
Peter Ho-Sun Chan é realizador, produtor e argumentista, sendo considerado um dos cineastas mais bem-sucedidos da história recente de Hong Kong. Realizou 18 filmes, incluindo os aclamados Comrades: Almost a Love Story (1996), Perhaps Love (2005), The Warlords (2007), American Dreams in China (2013) e Dearest (2014). Depois de trabalhar em vários filmes como assistente de realização, Peter Chan estreou-se como realizador principal, com o premiado, Alan e Eric: Between Hello and Goodbye (1991). Seguiram-se os sucessos He Ain’t Heavy , He´s My Father (1993), Tom, Dick e Hairy (1993), e He´s a Woman, She´s a man (1994). Peter Chan passou a infância em Hong Kong, a adolescência em Banguecoque e estudou cinema em Los Angeles no início dos anos 80.
Nascido no País de Gales, Tom Cullen é um actor versátil, que acabou de fazer a sua estreia no mundo da realização, com o filme Pink Wall, cujo argumento ficou a cargo do próprio. Formado no Royal Welsh College of Music and Drama, Tom Cullen ficou conhecido após ter protagonizado o drama Weekend, realizado por Andrew Haigh. Desde então que Tom Cullen tem trabalhado regularmente tanto no cinema, como na televisão, tendo desempenhado o papel de Lord Gillingham nas temporadas 4 e 5 de Downton Abbey e mais recentemente feito parte do elenco de Knightfall. Pink Wall, que conta no elenco principal com Jay Duplass e Tatiana Maslany, estreou este ano no festival de cinema South by Southwest.
Veterana do ramo da produção, Ellen R. Eliasop passou os últimos 25 anos a construir pontes entr a indústria cinematográfica da China, Hollywoo e o mercado global. A norte-americana tornou-s mesmo na primeira representante de Hollywoo sedeada na China, a partir do momento em qu fundou o escritório da Warner Bros. em Pequim no ano de 1993. Durante o seu longo mandato n direcção da Warner Bros. Pictures China, Elle Eliasoph organizou e geriu os lançamentos das série Matrix e Harry Potter na China, entre outros suces sos de bilheteira. Ellen Eliasoph participou aind na produção executiva de filmes e co-produçõe chinesas, incluindo Turn Left, Turn Right, de Johnni To, The Painted Veil, Crazy Stone and Crazy Race de Ning Hao e Connected, de Benny Chan.
“Acho que os jovens realizadores não devem impor limites a si próprios em termos do que é um filme e do que é o cinema.”
ciaglobal
CINEMA LOCAL ABRE AS PORTAS DO MUNDO
ph re od se od ue m, na en es sda es ie er,
sexta-feira 6.12.2019
MIDI Z
em termos do que é um filme e o que é o cinema. Eu faço documentários, ficção e curtas metragens e para mim não há qualquer diferença. Devemos deixar a imaginação entrar nos nossos filmes”.
ECO GLOBAL
“Gosto muito da ideia de fazer um filme a partir da vontade de contar algo muito genuíno, que se relaciona
com o contexto e com as vivências de uma forma directa com o público local, mas que, ao mesmo tempo, é algo tão universal que pode ser partilhado em qualquer lugar do mundo”, disse Dian Sastrowardoyo, actriz e produtora originária da Indonésia que diz estar orgulhosa do filme da Competição Internacional, “Homecoming”, realizado pelo seu conterrâneo Adriyanto Dewo.
“Temos de ter filmes de Hollywood, mas também outro tipo de filmes (…) que façam o público rir ou chorar, mas que permitam perceber o que está a acontecer na sociedade e estabelecer pontes com os acontecimentos que estão na ordem do dia.” PETER CHAN
Sobre “Homecoming”, Dian Sastrowardoyo mostrou um “orgulho enorme” por ver um filme 100 por cento feito na Indonésia, no IFFAM e destacou a capacidade que a obra tem de abordar “temas locais e histórias com um background claramente indonésio”, como o papel das mulheres na sociedade e em casa ou as diferenças existentes entre classes sociais, já que a obra coloca frente a frente duas realidades muito diferentes neste aspecto. “Acho que passa uma mensagem comum, não só na Indonésia, mas também a uma escala mundial”, explicou. “Acho que o grande desafio para todos agora, é como é que podemos realizar filmes que tenham simultâneamente características locais e globais”, rematou Dian Sastrowardoyo. Já no seu breve papel como realizadora, Dian Sastrowardoyo, apontou a importância de utilizar o cinema para promover uma mensagem social importante, ao mesmo tempo que consegue cativar o público e levá-lo a identificar-se com as personagens.
perfeitamente apresentar um tema social ao público. “Temos de ter filmes de hollywood mas também outro tipo de filmes para que o público possa ter acesso a diferentes conteúdos. Filmes que façam o público rir ou chorar, mas que permitam perceber o que está a acontecer na sociedade e estabelecer pontes com os acontecimentos que estão na ordem do dia”, explicou.
“Fizemos um filme histórico que fala sobre o sistema de ensino na Indonésia, mas que contém também vários elementos de comédia e isto acontece porque se tivéssemos realizado o filme de forma demasiado séria, o mais certo era não chegarmos à audiência relativamente às questões políticas que queríamos abordar”, explicou. Reiterando que “não é possível dizer se um filme está certo ou se está errado, pois todos os têm diferentes características”, Peter Chan lembrou a propósito do tema, que um filme que pode parecer uma comédia, pode
DIAN SASTROWARDOYO
MIDI Z
Nascida e criada em Jacarta, na Indonésia, Dian Sastrowardoyo é uma actriz e produtora, que iniciou sua carreira em 1999 no elenco de Shooting Star, realizado por Rudy Soedjarwo. Desde então, Dian Sastrowardoyo figurou em mais de uma dúzia de filmes e ganhou inúmeros prémios, incluindo o de melhor actriz pela sua performance em Whispering Sands (2002), de Nan Achnas, e de actriz revelação, por ocasião do Asia Pacific Film Festival (2005) pela sua actuação em Ungu Violet. Do seu reportório mais recente fazem parte Aruna And Her Palate - exibido no IFFAM 2018 - The Night Comes For Us e o projecto que será estreado em 2020, Guru-Guri Gokil, no qual participa como actriz e produtora. A sua fundação, focada nas áreas de educação, cultura e património indonésio já finaciou bolsas de estudo a 19 mulheres.
Nascido em Myanmar, Midi Z mudou-se para Taiwan quando tinha16 anos e, desde logo, a obra Paloma Blanca, realizada por ocasião da sua formatura, foi convidada a figurar em vários festivais internacionais de cinema em 2006, incluindo os de Busan (Coreia) e Gotemburgo (Suécia). Em 2011, a sua longa-metragem Return to Burma, foi selecionada para as competições Busan New Currents e Rotterdam Tiger. A ascensão de Midi Z seguiu em 2014 com Ice Poison, filme que venceu o prémio de Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Edimburgo. Já em 2016, a sua obra The Road to Mandalay, ganhou o prémio FEDEORA para melhor longa-metragem no Festival de Veneza. Depois disso, Midi Z realizou três documentários: Jade Miners (2015), cuja estreia aconteceu no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, City of Jade, que estreou na Berlinale de 2016 e 14 Apples, exibido na Berlinale 2018. O seu último filme, Nina Wu, estreou na secção Un Certain Regard, do Festival de Cannes de 2019.
CINEMA DE BOLSO?
Outro dos temas em debate entre o júri da competição internacional foi o futuro esperado para o cinema enquanto meio, que enfrenta hoje o desafio de se adaptar a uma era digital cada vez mais dominada por pequenos e poderosos ecrãs, capazes de alojar plataformas de streaming como a Netflix. Pegando no exemplo de “O Irlandês”, filme de Martin Scorsece que estreou em exclusivo naquela plataforma, o actor e produtor Tom Cullen vincou que o benefício da passagem para o pequeno ecrã é que “permite que os conteúdos cheguem a audiências que de outra forma ficariam excluídas. Por exemplo, onde eu cresci, existia apenas uma sala de cinema e ficava a uma hora de distância de carro”, argumentou. O actor, conhecido pelo papel de Anthony Gillingham em Downtown Abbey, frisou ainda que os produtores e realizadores “têm sabido adaptar-se às mudanças produzidas pelas novas tecnologias”, procurando ser mais específicos dado que agora a audiência pode ser o próprio mundo.
IFFAM
Novo cinema chinês
Do leste a leste Pedro Arede
info@hojemacau.com.mo
“GOSTARIA QUE mais filmes chineses participassem em festivais. Estou muito curioso para saber qual o futuro do cinema chinês”, referiu o Presidente de júri do Novo Cinema Chinês, Cristian Mungiu, que vê em eventos como o IFFAM, oportunidades únicas para ver o que aí vem. “Fui júri em muitos festivais na Ásia e acho o panorama chinês muito interessante porque os temas tratados abordam sempre algo que todos temos em comum e esta semana esse interesse vai aumentar ainda mais, pois vamos também receber alguns realizadores de Macau”. Além disso, o realizador que venceu a Palma de Ouro em Cannes com o filme” 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias” diz encontrar no contacto com os mais jovens as pistas necessárias para ter um vislumbre mais claro daquilo que será o cinema. “Acomunicação com os jovens é sempre muito boa. Para mim, pelo menos, a opinião deles é sempre muito refrescante. É preciso reinventar e contar histórias pelas quais continuamos atraídos e estou contente que a nova geração não queira trabalhar da mesma forma que nós trabalhámos”, apontou Cristian Mungiu. Sobre se o facto de ter ganho a Palma de Ouro em Cannes contribuiu de alguma forma para o desenvolvi-
SOFIA MARGARIDA MOTA
UM ADMIRÁVEL MUNDO POR DESCOBRIR
mento do cinema no seu país natal, Cristian Mungiu apontou que “as pessoas ficaram muito contentes e orgulhosas, mas que, na realidade, nada mudou na forma como a distribuição passou a ser feita”, confessou.
EM EXPANSÃO
Quanto à expansão que o cinema chinês tem vindo a desenvolver, o canadiano Noah Cowan destacou o tema comum, que surge muitas vezes nas obras cinematográficas do país: a família. Tema esse que tem vindo a ser contado de diferentes formas, a partir de regiões distintas da China. “Nos últimos anos, além de Xangai,
também Hong Kong e Taiwan começaram a realizar filmes e abordam sempre o tópico da família. Acho que este tema não é de um lugar em especifico”, apontou Noah Cowan. Além de Cristian Mungiu e de Noah Cowan, fazem também parte do painel do júri, Yang Qiu, Kirsten Tan e Tricia Tuttle. A concorrer na competição do Novo Cinema Chinês na 4ª edição do IFFAM estão Better Days (Hong Kong e China), Over the Sea (China), Wisdom Tooth (China), Lucky Grandma (US), Dwelling in the Fuchun Mountains (China), To Live to Sing (China e França) e Wet Season (Singapura).
MARIA HELENA DE SENNA FERNANDES
SOFIA MARGARIDA MOTA
“Temos ganho popularidade”
A DIRECTORA dos Serviços de Turismo e Presidente da comissão organizadora do IFFAM, Maria Helena de Senna Fernandes mostrou-se confiante na qualidade da programação apresentada e afirmou mesmo que o Festival Internacional de Cinema de Macau tem conseguido alcançar novos patamares. “Acho que a cada edição o festival
tem crescido e, para além disso, temos ganho popularidade, não só em Macau, mas também lá fora. Só por isso, podemos dizer que temos trabalhado para a construção de um bom projecto”, apontou, à margem da conferência de imprensa dedicada à apresentação do júri da competição internacional. Maria Helena de Senna Fernandes revelou também confiança máxima na relação existente com os responsáveis artísticos do festival, pontificada na colaboração com o Director artístico do IFFAM, Mike Goodridge. “Temos uma boa colaboração com direcção artística, que é muito forte na escolha que faz dos filmes e na ligação que consegue fazer entre
Macau e os realizadores de todo o mundo. Espero agora que o público de Macau venha ver os filmes seleccionados”, referiu. Embora satisfeita com o percurso feito até ao momento, Maria Helena de Senna Fernandes não confirmou, contudo, a continuidade do projecto IFFAM para os próximos anos. Segundo a responsável, é preciso ouvir o que os dirigentes do novo Executivo têm a dizer. “Não sei, ainda não tive a oportunidade de falar com a minha nova chefe, por isso logo se vê. É preciso ver se a colaboração é para manter e, sobretudo, o que acha o novo Governo porque eu não tenho voto na matéria nessa parte”, explicou. P.A.
sexta-feira 6.12.2019
PROGRAMA 6 DE DEZEMBRO
Small Auditorium
LUCKY GRANDMA 18:45 Macao Old Court Building
BOMBAY ROSE 15:30 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
INA AND THE BLUE TIGER SAUNA 19:15 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
PATIO OF ILLUSION 16:30 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
GOLDIE 19:30 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
JUDY 18:00 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
PROXIMA 19:30 Cinematheque Passion
THE 400 BLOWS 18:00 Cinematheque Passion
THE PLATFORM 21:30 Cinematheque Passion
WET SEASON 18:15 Macao Old Court Building
THE LIGHTHOUSE 21:30 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
STRINGS OF SORROW 19:00 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
LYNN+LUCY 21:45 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
GIVE ME LIBERTY 19:15 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
7 DE DEZEMBRO
THE INVISIBLE LIFE OF EURÍDICE GUSMÃO 20:30 Cinematheque Passion
DWELLING IN THE FUCHUN MOUNTAINS 15:30 Macao Old Court Building
TO LIVE TO SING 20:45 Macao Old Court Building
THE LONG WALK 16:15 Cinematheque Passion
DARK WATERS 21:30 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
LET’S SING 16:30 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
BUOYANCY 21:45 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
BELLBIRD 17:00 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
9 DE DEZEMBRO
WISDOM TOOTH 18:45 Macao Old Court Building
A CITY CALLED MACAO 19:00 Macao Old Court Building
FAMILY MEMBERS 19:00 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
BLOW-UP 19:15 Cinematheque Passion
BALLOON 19:00 Cinematheque Passion
HOMECOMING 19:15 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
YEARS OF MACAU 19:15 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
THE TRUTH 19:30 Macao Tower Convention and Entertainment Centre
FIRST LOVE 21:00 Macao Cultural Centre – G.A.
TWO OF US 21:30 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
OVER THE SEA 21:00 Macao Old Court Building TWO/ONE 21:30 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
THE WILD GOOSE LAKE 21:45 Macao Old Court Building Red Amnesia 21:45 Cinematheque Passion
DIRTY GOD 21:30 Cinematheque Passion
10 DE DEZEMBRO
8 DE DEZEMBRO
FLOWERS OF SHANGHAI 19:00 Cinematheque Passion
TOKYO STORY 15:00 Cinematheque Passion
I’M LIVIN’ IT 21:00 Macao Cultural Centre – Small Auditorium
A SHAUN THE SHEEP MOVIE FARMAGEDDON 15:00 Macao Cultural Centre –
SATURDAY FICTION 21:10 Macao Old Court Building