Comunicação alternativa, redes sociais e ativismo: avanços e dilemas Dênis de Moraes Universidade Federal do Paraná Comunicação, Tecnologia e Sociedade Profa. Dra. Myran Del Vecchio de Lima Humberto da Cunha Alves de Souza
OBJETIVOS DO TEXTO 1.
Refletir a emergência da comunicação alternativa em rede
2.
Avaliar discursos e dinâmicas editoriais, que procuram romper com vínculos e crivos de controles de mídia convencional
3.
Conceber a Internet como mais uma arena de lutas e conflitos pela hegemonia.
1. DIFUSÃO CONTRAHEGEMÔNICA EM REDE • A Hegemonia numa perspectiva gramsciana 1.
mando e força x direção moral e cultural (p. 1)
• A Internet 1.
A impressionante variedade de usos (p. 1)
2.
O lugar “imprevisto e instigante” ocupado pela Internet (p. 2)
3.
“O global e o local em um tempo-espaço não-linear e instantâneo.” (p. 2)
CONTINUANDO... “A Web afigura-se como esfera pública em gestação, sem hierarquias ou comandos
aparentes, pontuada por diversos anseios e ambições.” (p. 2)
CONTINUANDO... • Redes e suas peculiaridades, citando Ilse Scherer-Warren (p. 3) 1.
Temporalidade
2.
Espacialidade
3.
Sociabilidade
CONTINUANDO... • Comunicação alternativa: 1.
Noção defendida pelo Foro de Medios Alternativos (p. 4)
2.
Aproximação dialética entre Comunicação alternativa x contrainformação, citando Vitelli e Esperón (p. 4)
CONTINUANDO... “Pressupõe assumir visões transformadoras na relação com os leitores e a sociedade em geral, nos métodos de gestão, nas formas de financiamento e, sobretudo, na interpretação dos fatos sociais.” (p. 4)
CONTINUANDO... • Cinco dimensões de comunicação em rede, com direção contrahegemônica: 1.
Oposição ao neoliberalismo, universalização dos direitos democráticos e socialização das riquezas (p. 4)
2.
Descentralização informativa, dificultando o controle pelas instâncias de poder (p. 4)
CONTINUANDO... 3.
Dados difundidos sem submissão à diretrizes e idiossincrasias da mídia (p. 5)
4.
A dinâmica virtual incentiva a interação baseada em visões de mundo convergentes (p. 5)
5.
Memória e compartilhamento dos textos e materiais audiovisuais com base nos princípios de “publicação aberta” e copyleft (p. 5)
CONTINUANDO... “Para os movimentos sociais é crucial a interdependência dialética com veículos que possam reverberar suas propostas, geralmente ignoradas ou menosprezadas pela chamada grande mídia, com sua crônica desconfiança acerca dos pleitos comunitários.” (p. 5)
2. Trabalho cooperativo e ativismo virtual •
Intensificação a partir de 2000 (p. 5)
•
Organizações, coletivos de jornalistas e profissionais especializados (p. 6)
•
Metodologias colaborativas para elaboração, distribuição, permuta de notícias, artigos, traduções e materiais audiovisuais (p. 6)
CONTINUANDO... “A instantaneidade, a transmissão descentralizada, a abrangência global da Web, a rapidez, o barateamento de custos e a autonomia frente às diretivas ideológicas e mercadológicas da mídia hegemônica são as vantagens mais usufruídas.” (p. 6)
CONTINUANDO... •
A busca por emancipação social (p. 7).
•
Webmídias e redes ativistas (p. 7-8) 1.
Fomentam o entrosamento de agendas e debates, táticas de pressão e resistências contra o hegemônico (p. 7)
2.
Estão liberadas das limitações das grandes mídias, como as grades fixas de programação (p. 9)
CONTINUANDO... 3.
Contribuições externas e produções próprias variam a oferta de programação (p. 9)
4.
São espaços de denúncia de injustiças (p. 9)
5.
Forjam vínculos e enriquecem seus conhecimentos, possibilitando em muitos casos a ação concreta (p. 9)
CONTINUANDO... •
Pontos comuns nas políticas de veiculação: 1.
Recusa do modo de produção capitalista e da ideologia de mercado (p. 10)
2.
Combate à exclusão social e digital (p. 10)
3.
Defesa da cidadania, da diversidade cultural e democratização dos meios de comunicação (p. 10)
4.
Incentivo à participação de leitores e usuários (p. 10)
CONTINUANDO... •
Variam quanto: 1.
As metodologias de atuação: redes, parcerias, autônomos (p. 11)
2.
Os horizontes estratégicos: curto, médio e longo prazos (p. 11)
3.
Os raios de abrangência: local, global (p. 11)
3. AFASTANDO ILUSÕES E AVALIANDO PERSPECTIVAS •
Avanços da comunicação alternativa não devem alimentar falsas ilusões (p. 11)
•
A expansão tecnológica pode até repor divisórias entre conectados e desconectados (p. 11)
•
Desigualdades no acesso e usufruto / A universalização dos acessos (p. 12)
•
Não raro as webmídias seguem o agendamento das grandes mídias (p. 14)
CONTINUANDO... “Essa heterogeneidade de ideários, atividades e práticas se reflete nas apropriações dos recursos virtuais, nas metodologias de trabalho e nas próprias estratégias e táticas.” (p. 12)
CONTINUANDO... •
•
Ecos restritos a segmentos politizados e formadores de opinião (p. 13) 1.
Inadequação de linguagens
2.
Excessiva instrumentalização político-ideológica
3.
Escassa penetração da Internet em zonas populares
4.
Ausência de políticas coordenadas de comunicação eletrônica
A comunicação alternativa deve mesmo popularizar-se para ser eficiente?! O Coletivo Cono Sur diz que não (p. 13)
CONTINUANDO... “Ou tentamos uma comunicação direta com as bases populares, ou corremos o risco de fazer uma mídia para poucos, como a que denunciávamos antes.” Marilina Winik (p. 14)
CONTINUANDO... •
É preciso (p. 14-15) 1.
Tornar as páginas mais conhecidas
2.
Ter ousadia na concepção e renovação visual das páginas
3.
Linguagem acessível e ousadia na pauta e organização editorial
4.
Melhor aproveitamento das ferramentas multimídias
5.
Aumento substancial do número de usuários (?)
6.
Captação de anúncios, patrocínio e apoio (?)
CONTINUANDO... “Importante deixar claro que a Internet não prevalece sobre metodologias consagradas de luta social [...] Estou convencido de que é no território físico, socialmente vivenciado, que se travam e se travarão as lutas decisivas por uma outra comunicação e um outro mundo possíveis.” (p. 17)
CONTINUANDO... “Nossas mentes vivem imersas em um ambiente de comunicação, onde construímos
nossa forma de pensar e, portanto, de fazer o que fazemos.” (Manuel Castells)
CONTINUANDO... “são movimentos que poder ter saído das ruas, mas não desaparecem. Eles continuam online. Quando vem a repressão física, eles se retiram das ruas, rediscutem online. Não têm líderes nem
programa, mas têm a capacidade de resistir e de renascer a qualquer momento. Isso só acontece porque há a capacidade de autocomunicação de massa que os permitiu existir.” (Manuel Castells)
DO QUE SENTI FALTA... •
Redes sociais na Internet e ativismo virtual
•
Visão centrada no veículo, na mídia... Onde está o usuário?!
•
“Avanços” O único é o software livre?
PROVOCAÇÃO/OBG
DEMOCRACIA CONTRA-HEGEMONIA FOCO NO USUÁRIO ACADÊMIA SILENCIOSA RANÇO COM A INTERNET
HUMBERTO SOUZA / hu.souza@gmail.com