ano 22/número 2 maio/2015
jornalismo universitário levado a sério
jornal laboratório do 4º ano de jornalismo
usjt Thomas Kolisch Jr.
PhotoMat resolve Brasil é escolha para Enquanto houver contas matemáticas alunos intercambistas carros, haverá caos vida digital | pág. 6
educação | pág. 3
especial | pág. 4 e 5
Lazer gratuito para suar a camisa esporte & lazer | pág. 8
Paraisópolis
esperança na ponta dos pés artes| pág. 7
#hashtag #editorial
ano 22 |no2 | maio /2015
Mobilidade urbana, um desafio para Sampa
Caro leitor, mais uma edição doExpressão chega às suas mãos. Agora nosso tema de destaque é o problema da mobilidade urbana em São Paulo. Não é um problema novo e ele não é exclusivo de Sampa. Todas as grandes cidades do mundo precisam enfrentar a questão. De acordo com dados apurados pela nossa reportagem, a frota de veículos aumentou quase 70% na última década na cidade. A equipe de reportagem do Expressão foi às ruas para detectar as facetas da questão. Quais possibilidades estão sendo pensadas? Melhorar o transporte público? Criar alternativas de mobilidade, como as ciclovias? Fortalecer ações colaborativas, como as caronas solidárias? Ouvimos especialistas, motoristas e cidadãos que transitam e circulam diariamente pelo caos das nossas avenidas, viadutos, estações e túneis.
S
Não é tarefa do jornalismo “dar soluções” para as dificuldades enfrentadas pela sociedade. Mas é nossa tarefa buscar compreender as dinâmicas coletivas. Assim, o jornal-laboratório, como um espaço de experimentação e de aprendizado, se propõe a registrar e narrar o complexo e caótico tema da mobilidade urbana na megalópole São Paulo. Boa leitura!! Profa Iêda Santos e Profa Jaqueline Lemos
#protagonista
imone
mãos de fada Carla Sales | carla_brenna@hotmail.com
Em uma pequena e discreta placa branca com as letras azuis encontramos, na primeira linha, os nomes populares Azaléia, Bela Emília, Dracena, Ligustro Chinês, Jasmim Manga, Esponjinha, logo abaixo os nomes científicos destas
espécies de plantas que enfeitam os jardins da Universidade São Judas. Na pressa do dia a dia é bem provável que alguns ainda nem as tenham percebido, mas elas estão lá, indicando a quem passar sua identidade e beleza.
Assim que recebi a pauta fui atrás de descobrir quem era o meu entrevistado. Procurei durante dois dias, falei com cinco pessoas até encontrar as mãos que cuidam dos jardins da universidade. A conversa começou no ambiente em que ela ama, rodeadas por diversas espécies vegetais. A paisagista Simone Christini atua há 25 anos na área. Ela é a responsável por cuidar dos jardins das duas unidades da USJT, realizando planejamento e manutenção com sua equipe. “Estamos tratando com um ser vivo, as pessoas não imaginam o trabalho que dá, a dedicação para a planta ficar bonita e viçosa, tem que ter carinho, um cuidado especial”. Simone ingressou na carreira num período em que a profissão ainda não era reconhecida no país, aprendeu na prática a importância da teoria e não deixa dúvidas quanto à formação do profissional. “A formação da pessoa é a base de tudo, o conhecimento técnico desde o tratamento do solo, da raiz, dos nutrientes para as plantas, é essencial.” A relação,ser humano e natureza, é facilmente percebida em uma conversa com Simone,
#fração de segundo fotolegenda
ela consegue transmitir aquilo que defende. As mudanças climáticas das estações do ano também afetam as plantas, o cuidado é frequente. “O paisagista tem que ter sensibilidade para mexer com a planta, saber combinações, cores e texturas, além disso, o ponto principal para saber tudo isso é o amor no que se faz”.Na sensibilidade a qual ela se refere – e demonstra – busca promover “o desenvolvimento das espécies vegetativas com qualidade”. Um ambiente interno, com pouca iluminação, ventilação insuficiente e sem entrada de luz natural, este foi o cenário que Simone teve para planejar e construir um jardim. “Foi o maior desafio que já fiz porque tinha que acertar os detalhesdas plantas e era dentro no corredor.”Com carinho e satisfação ela lembra: “esse projeto teve muita repercussão, era um serviço que ninguém acreditava que ia dar certo”. O reconhecimento doserviço não é mérito apenas de Simone que ressalta a importância de trabalhar em grupo. “O maior trabalho do paisagismo é a constante orientação para a equipe.” Para manter os jardins sempre em vivos, ela tem
o auxílio de dois jardineiros, um para cada unidade da São Judas. A equipe de Biologia da Universidade ajuda com os nomes científicos nas placas de identificação das plantas. Durante a entrevista, fui surpreendida por Simoneme revelou ter uma jaqueira no campus Mooca. Ela me levou até lá e no caminho passamos ainda por uma jabuticabeira, um caquizeiro e uma goiabeira.Uma mangueira e uma amoreira (no campus Butan-
tã) completam o conjunto de árvores frutíferas.“Estou na profissão que eu gosto, adoro mexer com terra, com planta... o segredo de dar certo é fazer o que gosta e com amor”. Somente a sensibilidade de um profissional da área para esclarecer um pensamentoclichê que ainda ronda em muitos lugares, a ideia deencharcamento. “Uma planta nunca morre por falta de água, ela morre pelo excesso de água.” Carla Sales
#fica a dica
A cidade do Sol
Tabata Bueno
Tabata Bueno | tabatabueno93@hotmail.com
Cavalinho
São Paulo é uma cidade com uma ampla oferta de lugares interessantes, onde podemos encontrar curiosidades surpreendentes. Lugares como a praça Benedito Calixto, que desde a década de 1980 sedia a famosa feira de antiguidades de mesmo nome, existem em todas as regiões da capital e escondem inúmeras preciosidades. Como este cavalinho de carrossel, que ao pôr do sol de mais uma agradável tarde de sábado, espera que um comprador lhe dê um novo lar. Foto de Roberto Sungi
- aluno do 4o ano de Jornalismo/campus Mooca
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Diagramação: Profa Iêda Santos
A história do bestseller que liderou a lista dos mais vendidos assim que foi lançado no Brasil, é marcada pela perda de autonomia de mulheres que são submetidas à opressão masculina. O livro traça um panorama contemporâneo do Afeganistão desde os anos 70 até o inicio do século XXI. Do mesmo autor de “O Caçador de Pipas”, Khaled Hosseini, que ficou conhecido depois do sucesso do filme adaptado da obra, o exemplar “A Cidade do Sol” narra o destino de duas mulheres que são marcadas pelas dificuldades de viver em um país machista, em condições precárias e sob o domínio dos Talibãs. Bruna Stefanelli, leitora que acompanha as obras do autor afirma que o impacto que teve após a leitura, “foi de choque de realidade”. Ela ainda diz: “Não tem como descrever de outra maneira. Consternação, pena das mulheres, raiva da opressão. Uma vida sofrida, na qual não consigo me ver inserida”. A primeira parte da obra retrata a vida de Mariam, que nasceu em Herat em 1959, fruto de um adultério e caracterizada como uma harami (filha de uma relação ilegítima). A personagem tem uma vida simples, mora com sua mãe (Nana) em uma casa de barro, construída pelo pai, Jalil, o qual a visitava uma vez por semana.
A garota convivia com críticas da mãe que julgava Jalil como aquele que a abandonou. “Aprenda isso de uma vez por todas, filha: assim como uma bússula precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher a sua frente. Sempre.” Em seu aniversário de 15 anos, Mariam pede ao pai, Jalil, que a leve ao cinema, no entanto, ele não aparece e a partir daí, a história toma um rumo totalmente diferente do esperado. Em dado momento, Laila,
filha de um professor intelectual, que nasceu em 1978, época em que os soviéticos já haviam invadido o Afeganistão, cruza o caminho de Mariam. Stefanelli também afirma: “Esta obra amplia os horizontes para um mundo novo e sem preconceitos, o livro narra exatamente a crença que faz com que tais atos radicais sejam normais e justificáveis no ponto de vista da sociedade afegã”. A obra está disponível nas principais livrarias de São Paulo e tem o preço médio de R$ 20,00. Vale a pena conferir!
expediente Diretor da Faculdade de LACCE Prof. Rosário Antonio D’Agostino Jornalistas Responsáveis Profª Iêda Santos (MTB 31.113) Profª Jaqueline Lemos (MTB 657/GO)
Coordenador de Jornalismo Prof. Anderson Fazoli (MTB 15.161) Redação Alunos do 4º ACSNJO - D2 Diagramação Capa Profª Iêda Santos
Revisão Prof. Juca Rodrigues Projeto Gráfico e Supervisão Profª Iêda Santos
Impressão Folha Gráfica (11) 3224.7667
As matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião da Universidade. converse com a gente: jornalexpressao@usjt.br Siga o Expressão no Instagram: @jorn_expressao e no Facebook: Expressão
educação
ano 22 |no2 | maio/2015
Andressa Sarati
Número de alunos estrangeiros cresce no
Brasil País se torna escolha entre estudantes que buscam graduação por meio de intercâmbio Andressa Sarati | andressa_sarati@hotmail.com
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studar no exterior é o sonho de muitos brasileiros. Além da experiência cultural, ter um curso ou uma graduação em outro país pode deixar o currículo muito mais atraente, abrindo portas também profissionais. Mas enquanto arrumamos mochilas para colorir de verde e amarelo o mundo afora, deixamos passar despercebido o fato de que o Brasil também realiza o sonho de muitos estrangeiros. De acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores, em 2013 cerca de 12.547 vistos de estudantes estrangeiros foram emitidos no Brasil, entre novos e renovações, para graduação, pós-graduação e cursos livres.
Entre os países que mais registraram vistos aqui estão Colômbia na liderança com 1.567, seguida por França 1.366, Angola 853, México 761 e Espanha com 606 vistos, entre outros. Em 2014 cerca de 490 bolsas de estudo foram liberadas através do PEC-G, no total 38 países foram contemplados, o que registra um aumento de 15% em relação a 2013. Ares Avala Ramirez, estudante de Psicologia na USP (Universidade de São Paulo), veio de Bogotá e está no Brasil há um ano. Ele conseguiu ingressar na instituição através do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). O programa é desenvolvido pelo MRE (Ministério das
BRASIL Se tornou alvo para os que buscam o intercâmbio e concede programas de incentivo e convênios com faculdades internacionais Relações Exteriores) em parce- sustentação econômica para Perú para o Brasil há quase dois jeito, eu não tive muitos probleria com universidades públicas, o período de permanência e anos, ingressou na instituição mas e burocracias para começar federais, estaduais e também acrescenta que adora estu- brasileira pela Laureate Inter- a frequentar as aulas”. particulares que concedem dar aqui. “Recomendaria essa national Universities, um grupo Um dos principais motivos bolsas para formação superior experiência porque é um internacional de corporações que o fizeram viajar para cá a cidadãos de países com os país muito liberal, eu respei- acadêmicas que possui convê- foi a possibilidade de conhequais o Brasil mantém acordos to o jeito de pensar e agir dos nio com universidades, escolas, cer uma cultura diferente. “Eu educacionais e culturais. brasileiros”. academias, entre outras institui- indico esse aprendizado aos Ares comenta que os préEduardo Adolfo Acevedo ções espalhadas por 29 países. meus amigos, acho incrível requisitos mais importantes Dios estuda Engenharia de Pro- “O processo para estudar aqui tudo o que esse país oferesão o conhecimento da lín- dução na Universidade Anhem- foi uma ‘transferência’ de uma ce em relação a crescimento gua portuguesa e comprovar bi Morumbi. Ele se mudou do faculdade para a outra. Desse pessoal e profissional”.
Plano Nacional de Educação tem metas para valorizar o professor Junto à Lei do Piso, as metas do PNE têm como objetivo melhorar as condições de trabalho e o salário do profissional da educação
Adolescentes apresentam alta taxa de evasão escolar
Estudantes abandonam os estudos antes de completar o ensino médio Alan Oliveira | alan.olisilva@gmail.com
Andressa Alves
O Brasil sofre com altas taxas de abandono escolar. A necessidade de trabalhar para ajudar a família, o desinteresse e as condições precárias de ensino são alguns dos motivos que explicam o alto número de estudantes que não concluem os estudos. Entre os adolescentes que abandonam o aprendizado, os motivos são ainda mais delicados, como a gravidez e o uso de drogas. Cerca de 8% dos 8,2 milhões de jovens que estavam matriculados no ensino médio em 2013 abandonaram os estudos, de acordo com dados da plataforma Qedu, que analisa os números finais do Censo Escolar. “As salas de aula superlotadas não propiciam espaço adequado para que os professores deem uma atenção individualizada e automaticamente não conseguem alcançar os alunos que estejam mais propensos à evasão”, afirma Danielle Fagundes Agostinho, professora de escola pública na Zona Leste de São Paulo. Muitos desistem ainda no ensino fundamental. O Relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em 2012 revelou que 24,3% dos jovens brasileiros abandonaram as aulas antes de completar a última série.
Danielle também encontra dificuldades na escola onde leciona. “Há professores dispostos a trabalhar com outras linguagens, por exemplo, música e teatro, com o intuito de apresentar outras formas de aprendizagem mais estimulantes, mas o acesso aos equipamentos eletrônicos e às salas especiais é constantemente barrado”, conclui. Outros fatores também influenciam no abandono dos estudos, como a precariedade do
transporte público e poucas condições financeiras. Entre as mulheres, a maior causa de evasão é a gravidez precoce. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no final de 2014 com dados cruzados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) apontou que a maioria das jovens que não estudam já é mãe. Adriana Lores, professora na rede pública de São Paulo, comenta: “É necessária uma ação integrada com assistentes sociais e psicólogos que possam dar suporte integral ao estudante e sua família, porque quando o aluno deixa de estudar, o caso sai do campo de mediação do professor e a escola não dispõe de outros profissionais capazes de lidar com o problema”. Alan Oliveira
JORNADA Em 40 horas semanais, o professor deve dedicar 13 horas para atividades extraclasse Andressa Alves | andressa_asa@hotmail.com.br Entre os problemas vividos dentro da escola, como falta de infraestrutura, recursos tecnológicos e material didático deficiente, existem também as dificuldades encontradas fora da sala de aula. Perguntas como “mas você só dá aula, não trabalha?” revelam como a sociedade brasileira desvaloriza o trabalho e não reconhece o papel do professor. Aprovado em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) tem como objetivo melhorar a educação do país num prazo de dez anos, quatro das suas vinte metas são dedicadas à valorização do docente (ver quadro). Estados e munícipios têm até dia 24 de junho para adaptar seus planos de educação e criar projetos de políticas públicas que atendam ao cumprimento das metas. Professora há 20 anos na rede pública, Priscila de Brito conta sobre as dificuldades que vive, “percebo o descrédito no serviço realizado pelos profissionais, a desmobilização da categoria e a carga horária de trabalho excessiva que dificulta a atualização profissional”. Corrigir provas, preparar aulas, estudar, participar de reuniões pedagógicas. O trabalho do professor vai além do que é realizado em sala de
aula. A Lei 11.738, conhecida como Lei do Piso, além de definir o valor mínimo nacional de salário para professores, institui que um terço da jornada de trabalho seja dedicado às atividades fora da escola. Como a maioria dos docentes, Priscila trabalha em mais de uma escola. É professora numa escola de São Bernardo do Campo e diretora em outra, em Santo André. E explica que um terço de horas é usado para realizar planejamentos, relatórios de desenvolvimento, pesquisas, leituras e preparação de atividades pedagógicas. “Minha jornada como professora é de 20 horas semanais, sendo uma hora diária para o planejamento e três horas diárias para docência em sala de aula”. Dados do Ministério da Educação apontam que o número de docentes está diminuindo. Em 2014, o número de professores que se formou caiu 10%. Em algumas escolas, para suprir a falta de profissionais, um só professor costuma ministrar de duas a três disciplinas. A ex- secretária da Educação de Ribeirão Preto, Francisca Romana, defende que é preciso fortalecer uma política de valorização de educadores, melhorar as condições de trabalho, salário e formação continuada.
Das 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação, quatro são específicas para a valorização do professor. - Meta 15 assegura que todo professor da educação básica possua formação específica de ensino superior; - Meta 16 objetiva que até 2024 50% dos professores do país possuam níveis de pósgraduação; - Meta 17 iguala o salário do professor aos de profissionais de outras áreas que possuem o mesmo nível de escolaridade; - Meta 18 assegura a existência de um plano de carreira para profissionais da educação básica e do nível superior.
2013 Cerca de 8% dos adolescentes que estavam no ensino médio abandonaram os estudos
Diagramação e Revisão da página: Alan Oliveira, Andressa Sarati, Andressa Alves, Camila Ferreira, Carla Sales
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especial Aumentou, entupiu, saturou
ano 22 |no2 | maio/2015
mobilidade urbana
E agora São Paulo? Mobilidade urbana, um dos problemas que mais assombra a população e autoridades
Usuários de ônibus ganham cerca de 40 minutos por dia
Alguns pontos ainda precisam ser melhorados Giulia Trecco l giuliatrecco@outlook.com
Amanda Ataíde
estação da Luz Conhecida pelo grande fluxo de pessoas nos horários de picos da cidade de São Paulo
Por Amanda Ataíde l amandaataide@hotmail.com
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egundo dados do Observatório das Metrópoles, São Paulo foi a cidade que mais recebeu veículos nas ruas nos últimos quatro anos. Enquanto a população cresceu apenas 7,9% na última década, a frota de veículos aumentou em 68%. Esse aumento significativo é resultado do surgimento da nova classe C e de facilidades na compra de automóveis. Essa classe social apresenta os mesmos anseios de consumo da classe A, incluindo imóveis e carros, o que impacta diretamente nas condições de mobilidade urbana. Isto deve ser oferecido de maneira democrática, confortável e segura. O grande desafio é desenvolver a infraestrutura de maneira eficaz, acessível, econômica e sustentável. Estima-se que 50% da população brasileira utiliza transporte público, mas ele ainda causa grande insatisfação, seja pela fluidez do
trânsito, demora e falhas no dia-a-dia. São Paulo disponibiliza uma estrutura imensa de linhas de ônibus, com cerca de 15 mil unidades, sob administração da SPTrans. Ao todo são administradas pela Companhia de Transporte Metropolitano 14 linhas que integram o sistema ferroviário da cidade. A prefeitura de São Paulo também desenvolveu o projeto de corredores de ônibus, que são faixas exclusivas para facilitar e diminuir o trânsito nos horários mais intensos. Ao todo, são nove os corredores exclusivos. “A solução está em assumir efetivamente o controle das ruas e investir em sua qualidade e disciplina assegurando a prioridade aos ônibus. Operar bem os ônibus existentes racionalizando e implantando verdadeiras redes e não conjuntos de linhas. Estas redes devem ter frequência previ-
sível e assegurada ampla informação aos seus usuários e uma segurança especializada e exclusiva do transporte público, como o corpo de segurança do Metrô.”, comenta Claudio de Senna Frederico, engenheiro e consultor de transporte urbano. Segundo o campaigner Pedro Telles, do Greenpeace, o caos diário deve ser solucionado de maneira sustentável. “O intenso tráfego implica diretamente no desenvolvimento do país e na qualidade de vida das pessoas, meios alternativos e gestão conjunta para melhorias no sistema de transporte devem focar não apenas em corredores de ônibus, por exemplo, mas também em quem utiliza o próprio veículo”. Algumas ideias foram sugeridas e algumas acatadas, como por exemplo, a construção de ciclovias, alteração no valor do pedágio, aumento na
quilometragem das linhas ferroviárias e transporte público por 24 horas, mas o problema ainda persiste. A maioria das pessoas é a favor da utilização do transporte público, mas a maioria também se diz descontente com o serviço prestado, seja pela qualidade, seja pela segurança ou tempo na rua. O metrô de São Paulo possui cinco linhas em circulação, tendo uma extensão de 69 quilômetros, 61 estações e 150 trens. Desde 2013, a Prefeitura de São Paulo estuda, em parceria com o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana na cidade, que contará com a participação ativa da população, para sugestões e apresentação de projetos para melhorias nas grandes cidades. Quem não puder comparecer às reuniões pode enviar sugestões pela internet.
Entrevista
As faixas exclusivas de ônibus, localizadas à direita da pista, são uma das principais bandeiras da gestão do prefeito Fernando Haddad e começaram a ser implantadas na cidade de São Paulo em janeiro de 2013. Anteriormente, a então prefeita Marta Suplicy construiu 70 quilômetros de corredores, localizados à esquerda, além de restaurar os 46 quilômetros construídos na década de 1980. Desde então, as faixas e corredores já somam mais de 462 quilômetros de extensão pela capital. Os usuários, segundo estudo de 2014 da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ganharam em média 41 minutos por dia. Também foi calculada a velocidade média dos coletivos em alguns trechos e o resultado revelou um crescimento de 67,5% na velocidade média. De acordo com informações da prefeitura, quase três milhões de passageiros são beneficiados diariamente. É o caso de Lucas Nascimento, estudante de jornalismo, que mora em Interlagos e estuda no centro. “Antes, eu levava pelo menos uma hora e meia para chegar à faculdade. Hoje, eu faço o mesmo trajeto e reduziu cerca de 40 minutos do tempo”, relata,
Mesmo entre usuários de carro, a medida parece ter sido efetiva. Pelo menos, essa é a opinião da universitária Ana Carolina Scognamillo. “Eu acho que as faixas melhoraram o trânsito, porque não paramos atrás dos ônibus. Antes, éramos obrigados a esperar a boa vontade das pessoas descerem e subirem, e agora fica cada um na sua faixa”, afirma Ana. Apesar dos pontos positivos, alguns motoristas e usuários do transporte coletivo acham que as mudanças deveriam ir além das faixas. “Eu acredito que as faixas ajudem o transporte público, mas a prefeitura gasta muito com tinta e não arruma um buraco sequer. Existem outras coisas que deveriam ser arrumadas, também”, afirma a enfermeira Maria José Rodrigues. Morador de Itaquera, zona leste de São Paulo, Henrique Fernandes, conta que as avenidas da região não são preparadas e falta o mais importante: ônibus. “Muitas avenidas aqui têm pista única, então nem têm a faixa exclusiva. As que têm são respeitadas, mas o grande problema é que, muitas vezes, ficam por mais de 30 minutos sem nenhum ônibus”, expõe ele. Giulia Trecco
João Neres
Corredor de ônibus, à esquerda, na Praça João Mendes
Você também tem direito às cotas gratuitas estudantis se: Fabio Rossini l fabiolira@outlook.com
Carla Moraes, seu transporte é a bike João Neres I jneresneto@bol.com.br
A cidade de São Paulo tem aproximadamente 202 quilômetros de faixas exclusivas para bicicletas. A meta da prefeitura é inaugurar mais 400 até o final de 2015. Confira a entrevista com Carla Moraes sobre as vantagens e dificuldades. Expressão: Carla, a bicicleta é o seu principal meio de transporte? Carla Moraes: Sim, desde o início de 2015 virou o principal meio de transporte, com o incentivo das ciclovias da cidade, já que a da Jabaquara ligou-se à Rua Vergueiro, sendo então muito mais prático e seguro. Expressão: Com que frequência você utiliza a bicicleta? Carla: Uso para ir e voltar do trabalho, para pequenas compras e deslocamentos diários. Expressão: O seu tempo de descolamento aumentou ou diminuiu? Carla: Meu tempo caiu pela metade na ida ao trabalho e na volta é o mesmo, sendo que de carro eu nunca sabia, podia demorar 50 minutos até 1h30, de bicicleta sempre sei a hora que vou chegar, independente de chuva, manifestações na cidade ou problemas no transporte público. Expressão: Financeiramente falando, compensa? Carla: Certamente. De carro eu gastava R$ 650,00 por mês, só de
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estacionamento era quase R$ 300,00. De metrô dava R$ 200,00. De bicicleta o custo é zero! Hoje em dia uma bicicleta de 18 marchas, ideal para se descolar na cidade, custa menos de R$ 600,00, ou seja, economia total! Em poucos meses ela se paga. Expressão: Quais os benefícios de se utilizar a bicicleta como principal meio de transporte? Carla: Além da economia financeira, o tempo. Ganho uma hora por dia, pelo menos. Ganhei saúde, estava acima do peso e já voltei ao meu normal, emagreci 6kg em quatro meses. Expressão: E quais os maiores problemas? Carla: Não vejo grandes problemas. Onde já existe ciclovia, alguns pontuais são o pavimento irregular e buracos, mas eles já estavam lá antes da pintura vermelha e foram feitos pelos carros. Expressão: Você usa algum equipamento de proteção? Carla: Sim, capacete sempre e luvas às vezes esqueço, mas procuro sempre usar.
• Cursa o ensino fundamental e médio nas redes públicas de ensino municipal, estadual ou federal • Cursa o ensino superior das redes públicas, estadual ou federal, que possuam renda familiar per capita inferior a 1,5 salário mínimo nacional. • Cursam o ensino superior em locais privados desde que sejam: bolsistas do programa Prouni, financiados pelo Fies, integrantes do Programa Bolsa Universidade ou programas governamentais de cotas sociais.
Vamos às contas ? Carolina Caprioli | carol_caprioli@hotmail.com Quer saber se você gastando mais ou menos saindo de casa com o seu próprio veículo? Um carro popular modelo Celta 1.0, ano 2013 que percorre 16 km por dia, gasta 2 L de gasolina, o que resulta em um custo de R$180,00 de combustível por mês. Lembre-se de que é preciso somar outros gastos de: seguro R$ 1.167,00 + estacionamento mensal R$ 200,00 e manutenção R$ 100,00. O resultado? R$ 365,00 por mês. Uma pessoa que utiliza ônibus e metrô gasta, em média, R$ 315,00 por mês.
Diagramação e Revisão da página: Amanda Ataíde, Carolina Caprioli, Giulia Trecco, Fábio Rossini, João Neres
ano 22 |no2 | maio/2015
mobilidade urbana
P A ERTADOS
José Luiz Florentino
METRÔ A disputa diária dos passageiros não é contra os usuários, mas contra o relógio. Além de lotado, costuma demorar muito
Monotrilho: mico ou solução? Victor Gonçalves | victortulu@gmail.com A Linha 15 – Prata do Metrô de São Paulo opera há seis meses em horário alternativo e com apenas duas estações funcionando. As obras começaram em meados de 2010, com inauguração prevista para janeiro de 2014, porém a primeira estação do sistema só foi aberta em agosto daquele ano. O projeto
prevê 18 estações que receberão a visita do moderno trem, totalizando 26,6 km entre os bairros Ipiranga e Cidade Tiradentes. até o fechamento desta edição, o monotrilho está aberto diariamente das 9h às 14h e já permite integração com a Linha 3 – Verde do Metrô através da Estação Vila Prudente.
Os desafios e dificuldades da cidade de São Paulo Karina Dias | kdkarina@hotmail.com
Sites, aplicativos de celulares e redes incentivam economia colaborativa Um é pouco, dois é bom e três é muito melhor. Dar carona para vizinhos e amigos é uma prática comum para as pessoas que percorrem o mesmo destino, mas já pensou em fazer este trajeto com pessoas totalmente desconhecidas? Você toparia entrar em um carro de uma pessoa que não conhece? Se arriscar nessa aventura pode gerar muitos benefícios. O conceito da carona solidária surgiu com o objetivo de evitar que o carro seja utilizado por apenas uma pessoa. O compartilhamento de um só veículo por diversos ocupantes permite que os gastos com combustível e estacionamento sejam compartilhados e, em paralelo, reduz a quantidade de veículos circulando nas ruas e os engarrafamentos e a emissão de gases poluentes na atmosfera minimizam. Esta prática é levada tão a sério que as empresas já dispõem de serviços na internet para facilitar a vida de quem procura e oferece carona. Para Tatiane Tavares, analista de Recursos Humanos, o programa é benéfico e divulga essa facilidade por diversos comunicados interno. “Cadastrei a Mandic Cloud Solutions no site, pois além da redução dos custos, é uma forma de fazer com que os funcionários e departamentos se interajam mais”, afirma. O “Caronetas” é um site que organiza caronas entre empresas cadastradas e seus funcionários, desde 2008 opera com mais de 300 mil usuários. Se a pessoa tiver interesse em rotas fora da organização, basta acessar o site com o perfil das redes sociais.
Num solavanco, o operador “ajeita a carga” como a mulher à minha frente diz. Uma voz robotizada anuncia: “Estamos aguardando a permissão do centro de controle”. O clima de impaciência toma conta dos passageiros. Depois de um tempo, o trem finalmente volta ao normal. Outro problema recorrente, a ignorância, logo se manifesta. Um grupo entra na São Joaquim. Entre piadas, eles empurram até que todos estejam dentro, sem ligar para quem já estava lá. Um cotovelo se apoia contra as minhas costelas, tento me livrar e não consigo. A mulher com roupa de enfermeira parece não perceber. O suplicio só acaba para dar lugar à estação Sé, Linha Vermelha, às 17h46. Da ponta da escada rolante, vejo o mundaréu de gente tentando entrar. Perco as esperanças de chegar logo em casa. São quatro metrôs perdidos até finalmente conseguir. Lá dentro, a superlotação é visível. Mais tarde descubro que, no horário de pico, cerca de oito pessoas dividem um único metro quadrado. Por sorte, não chove e a viagem segue sem surpresas. Desembarco aliviado na estação Vila Matilde, às 18h23.
Deficientes físicos mostram o quanto a capital paulista é pobre em acessibilidade
Carona? Saiba como conseguir uma na hora de sair de casa Eva Lucena | lucena.eva@hotmail.com
José Luiz Florentino | joseluiz.florentino@gmail.com Estação Brigadeiro, linha verde, 17h32. Tudo começa com um apito agudo pouco acima de mim. Logo atrás, algumas pessoas se comprimem tentando entrar no vagão, e olha que ele nem está lotado. As portas se fecham e o silêncio impera. Por um momento, enquanto aguardamos o veredito, ninguém respira. Não há movimento. O apito retorna delatando uma possível mochila - quem sabe uma perna - presa na porta. — Caramba, só porque eu tô atrasado — esbraveja um engravatado à minha direita. O rosto marcado pelo cansaço adquire mais uma dobra, nada demais para uma pessoa que saiu direto do purgatório-escritório. A porta se fecha novamente e ouço aquele “tis” que parece vir do sistema de frenagem. Saímos. Por sorte, não há nenhum problema e em questão de dois minutos nós chegamos à estação Paraíso, que faz conexão com a Linha Azul. Subo as escadas até a plataforma superior e noto a diferença entre as linhas. Esta é mais cheia, mas o metrô vem vazio e consigo entrar de primeira. Calmamente, troco de lugar com outros passageiros até sair da região da porta.
Diário de um viajante no metrô
Ilustração: Freepik
especial
Eva Lucena
Uma entrada em um ônibus e até um pulo entre o trem e a plataforma do metrô parecem ser fáceis para qualquer pessoa que não tenha mobilidade reduzida, mas para os deficientes físicos e visuais, essas são tarefas muito difíceis para se fazer sem a ajuda de um acompanhante ou de um agente do transporte público. Já circula pelas ruas uma frota de ônibus adaptados e o pior é que é comum ouvir relatos de usuários que reclamam que o elevador não funciona etc. De acordo com dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 29,3% dos brasileiros declararam ter algum tipo de deficiência física. A escritora Andreá Funari contou que usa o transporte público com pouca frequência, por ele ser totalmente precário. “Apesar da melhora existem vários outros aspectos que são necessários ajustes. Eu acho que a adaptação dos ônibus deveria ser, no mínimo, obrigatória. Tenho amigos deficientes que ficam horas esperando passar um com elevador”, afirma. A Prefeitura do Município de São Paulo tomou uma iniciativa interessante, um atendimento na porta de casa aos portadores de deficiência física com alto risco de severidade, chamado
Karina Dias
ATENDE é um transporte gratuito da prefeitura para os deficientes de Atende. A pessoa se cadastra no site do SPTrans e solicita uma van para ir e voltar do trabalho. O jornalista Thiago Mota, que é cadeirante, já passou por uma situação chata no transporte público. “Embarquei na Bresser com ajuda de um funcionário e pedi para ele avisar que eu iria descer em Itaquera, pois uma outra pessoa me aguardaria no desembarque. Para o meu azar, esse agente não estava lá e eu tive que me virar sozinho. Resultado: cai, bati os dois cotovelos e a cabeça no chão”, relata.
Além de todos os problemas que eles têm que enfrentar no cotidiano entre o trabalho e as suas residências, ainda enfrentam um monstro ainda maior chamado preconceito. A paulistana Daniela Cypriano que é deficiente físico relata que tem muita dificuldade em ser ajudada. “Eu não sei se é pela pressa do paulistano, mas eles não ajudam. Não sei se as pessoas não ajudam porque não querem, mas os cariocas são totalmente diferentes. Se for preciso me pegar no colo, eles pegam”. Karina Dias
CARONA SOLIDÁRIA Os amigos de Antonio Trofino, Fabrício Marques (no banco da frente), Rodrigo Franco e Cidmar Araújo aprovam e praticam O Facebook também é um grande aliado desta iniciativa. Há páginas de grupos que compartilham informações de destinos. A comunidade Minha Carona tem mais de mil curtidas e muitas interações na página. “Eu ofereço carona até mesmo quando vou ao shopping, não ligo muito pela grana, penso mais na interação com outras pessoas”, diz Antonio Trofino, seguidor da página. Para os praticantes da solidariedade nunca foi tão fácil economizar, ajudar o meio ambiente e ainda adquirir novas amizades. O cadastro para se integrar nas relações de rotas dos sites é simples e seguro, basta ficar acessível e fazer do caminho um momento de curtição.
ELEVADOR para deficientes físicos já estão instalados em diversos ônibus pela cidade de São Paulo
São Paulo x Outras metrópoles Sandro Silva | sandro.silva@hotmail.com
Dados: Último Segundo/IG
Diariamente, milhares de passageiros utilizam transporte público em megacidades como São Paulo, Cidade do México, Nova York e Tóquio. Apesar de terem um numero similar de habitantes, elas possuem diferentes sistemas de pagamento de tarifa e de organização do espaço.
Diagramação e Revisão da página: José Luiz Fiorentino, Eva Lucena, Karina Dias, Victor Gonçalves e Sandro Silva
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vida digital
ano 22 |no2 | maio/2015
Aplicativo usa câmera do celular para resolver equações matemáticas Ingrid Alves
O app usa a Tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR) para ler as expressões Ingrid Alves | ingridalvesdesouza@hotmail.com
O PhotoMath ajuda os usuários resolverem problemas matemáticos de maneira simples e rápida
Os números e letras de uma equação geram arrepios em muitos estudantes. 4x – 3y + 5z = 31. Pensando nisso, cada vez mais eles recorrem à tecnologia dos aplicativos, que por sua vez não decepcionam. A novidade do momento é o Photomath, que torna as calculadoras um objeto arcaico. Desenvolvido pela empresa britânica MicroBlink, o aplicativo promete ser a solução dos problemas de muitos universitários, bem como a dor de cabeça dos professores de matemática, uma vez que ele resolve equações e fornece as respostas instantaneamente. Para obter o resultado, basta apontar a câmera do celular para o papel ou monitor com a equação que deseja solucionar e aguardar alguns instantes até o software identificar os números. Vale lembrar que já vivemos uma época similar, na qual as calculadoras gráficas e programáveis desempenhavam o mesmo papel que esses aplicativos fazem hoje. “Essas ferramentas devem ser entendidas como auxiliares, mas a compreensão do assunto deve vir antes da utilização desses aplicativos. Se isso for feito de forma correta, o aprendizado do aluno tende a melhorar”,
conta Cesar Gomes, professor de matemática da Universidade São Judas Tadeu. O PhotoMath não foi desenvolvido para solucionar cálculos de alta complexidade, mas cumpre as expectativas dos usuários ao mostrar o passo a passo para chegar à resolução da equação. Ele já atingiu a marca de 500 mil instalações em dispositivos móveis com sistema operacional Android. Além disso, dez mil pessoas já avaliaram o aplicativo com a nota máxima, ou seja, na categoria cinco estrelas. A ideia é simplificar conceitos, que antes exigia tempo e devoção. “A criação de novas ferramentas é muito bem-vinda, porém é necessário cuidado com o uso excessivo para não se tornar dependente, de modo que não saiba realizar cálculos na ausência desse suporte”, conta Cássia Reis, estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária. O aplicativo não entende manuscrito e suporta aritméticas básicas, frações, números decimais, equações lineares e logaritmos. Ele está disponível gratuitamente para download no Windows Phone, iOS e Android.
4x – 3y + 5z = 31
Nova onda jovem da Simulado Detran-SP: internet é o desapego aplicativo auxilia candidatos Sites de desapego conquistam público ao ajudar na hora de ganhar dinheiro com tudo aquilo que você não quer mais e que está em bom estado
A plataforma online permite o conhecimento de questões oficiais do exame teórico e ainda indica se o candidato foi aprovado ou não
Giovana Prado
Estudantes pagam os gastos extras da faculdade vendendo produtos usados em na internet
Tabata Bueno| tabatabueno93@hotmail.com Disponível para tablets e smartphones com sistema Android e iOS, o aplicativo lançado em abril de 2013 auxilia os novos candidatos à Carteira Nacional de Habilitação a ficar por dentro das questões abordadas nas provas oficiais do Detran. Criado pela Cia. de Processamentos de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), o simulado permite o teste de conhecimentos em relação aos conteúdos teóricos apresentados nos Centros de Formação de Condutores (CFC). Com 30 questões de múltipla escolha, que devem ser respondidas em 40 minutos, as alternativas são geradas por sorteio aleatório no banco de dados do Detran e são semelhantes ao exame teórico oficial, por aprovar o candidato com 21 acertos. A ferramenta ainda disponibiliza a quantidade de erros ao final do simulado e apresenta a correção. O aplicativo, que já ultrapassou a marca de 500.000 instalações é uma iniciativa do Detran/SP que está implementando a prova teórica eletrônica em suas 19 unidades, sendo três delas na capital, onde o teste já
reprodução
Giovanna Prado| giovannap.prado91@gmail.com Você gastou todo o dinheiro que tinha no ano novo e no carnaval, viajou para a praia, mudou o look e agora não tem um tostão sequer para comprar o material escolar e aquele monte de livros que os professores pediram. Calma, não é hora de sair usando o cartão de crédito e fazendo dívidas desnecessárias! Você já ouviu falar nos sites de “desapego”? Uma das maiores ondas da internet nos últimos anos são os sites de venda de produtos usados. Lá dá para vender tudo aquilo que as pessoas não querem mais e que estão em bom estado como livros de vários gêneros, LP´s, roupas de grifes, sapatos etc. Alguns dos mais famosos são os sites OLX, Bom Negócio. com e Enjoei.com, que cobram uma pequena porcentagem do valor da venda do produto para anuncia-lo na web.
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Pensando em levantar uma renda extra para ajudar a pagar a faculdade, a publicitária Natália Halls fez a limpa no guarda-roupa e começou a vender seus enjoos na internet. “Comecei me desfazendo de algumas coisas e vi que dava para vender muito mais do que eu imaginava, depois descobri livros de segunda mão, que eu precisava para o meu curso com preços muito baixos”, diz Natália. Com mais de 100 mil vendedores e 1 milhão de produtos, o Enjoei.com, loja criada pelo casal Tiê Lima e Ana Luiza, tem sido a opção de muitos jovens que precisam de uma graninha extra. Se você curtiu a ideia e já está olhando para aquela pilha de coisas que não usa encostada no guarda-roupa, selecionamos algumas dicas que a equipe do Enjoei en-
viou para ajudar na hora de começar a desapegar. Primeiro, veja se o que quer vender está em boas condições, afinal, ninguém vai querer comprar um sapato com a sola gasta ou uma camisa com furos, não é mesmo? Depois, não se esqueça de descrever o produto da melhor forma possível, por exemplo, algumas câmeras fotográficas antigas são vendidas como objeto de decoração. neste caso, é importante informar se o produto ainda funciona ou se só vai ajudar a decorar o seu quarto. E por fim o mais importante: a foto! Dê um trato no produto, aquela lustrada na bijuteria, arranje um cenário legal como um jardim, fotografe todos os ângulos, cuidado com a iluminação. Quanto melhor o clique, maior a chance do seu desapego ser vendido. Boa sorte!
é realizado no computador, substituindo papel e caneta. Este novo formato ainda permite que o resultado saia na hora para um maior número de pessoas, possam fazer o teste ao mesmo tempo. No Centro de Formação de Condutores da Vila Prudente, o professor Eduardo Pereira afirma: “Com a implantação da prova eletrônica e com as mudanças de hábitos do nosso cotidiano, onde o tempo é cada vez mais escasso, o simulado traz a praticidade para o candidato estudar em qualquer lugar e a qualquer hora”. Eduardo recomenda a utilização do app no primeiro dia de aula, pois acredita que além de auxiliar na preparação para o exame, o simulado prende a atenção dos candidatos, que podem tirar dúvidas em sala e ainda se conscientizarem com as regras de trânsito. “Depois que finalizei a prova, saí do Detran aliviada. Estudei muito pelo app nestes últimos dias e as questões do simulado são realmente muito parecidas com as oficiais”, diz Nathalia Morais, candidata aprovada a primeira CNH.
A ferramenta simula as provas oficiais da companhia, com trinta alternativas de múltipla escolha.
Diagramação e Revisão da página: Ingrid Alves, Roberta Rodrigues, Tabata Bueno e Yuri Cavalieri
artes
ano 22 |no2 | maio/2015
Ballet Paraisópolis:
esperança para uma comunidade
Fotos:Tomas Kolish Jr.
Como a dança pode mudar a vida de diversas crianças Isabella Araújo | isabella_araujos@hotmail.com Sapatilha na bolsa, sonho na cabeça. A vontade de ser bailarino profissional faz parte da vida de meninos e meninas que tiveram contato com o ballet. Entretanto, acordar cedo e seguir o sonho talvez seja difícil quando se é morador de uma comunidade carente em São Paulo. Mas nem sempre as dificuldades são maiores que os sonhos. No bairro de Paraisópolis existe um projeto criado com o intuito de mudar esse cenário e oferecer a arte para crianças e jovens que moram no local ou nos arredores. “Lá é um lugar que dá uma oportunidade muito grande para os adolescentes de Paraisópolis, pois além de aprenderem o ballet, enxergam uma oportunidade de mudança de vida”, diz Larissa Ferreira, aluna do projeto. O Ballet Paraisópolis oferece às crianças a oportunidade de aprender e se aperfeiçoar no Ballet. A escola, criada em 2012, idealizava transformar os hábitos dos pequenos moradores do local, mas atualmente tornou-se mais do que isso: realizadora de sonhos. O projeto nasceu quando Mônica Tarragó, professora de ballet que já ganhou prêmios dentro e fora do país, soube que dois
de seus alunos que moravam em comunidades carentes e eram bolsistas, foram aceitos para integrar a equipe do Teatro Bolshoi do Brasil. “O nosso trabalho vai muito além de promover a dança na comunidade, queremos de fato mudar a perspectiva de vida dos alunos que buscam novas oportunidades. O projeto pretende demonstrar a todos que, mesmo em um local desprovido de recursos, pode-se construir uma carreira artística desde que a chance de aprender seja oferecida”, segundo Mônica. Moradora do Morumbi, bairro vizinho à Paraisópolis, Mônica enxergou aí uma oportunidade para transformar a vida dos pequeninos habitantes da segunda maior favela de São Paulo. “O projeto da Mônica é encantador. As crianças poderiam estar em lugares nada bons e agora têm o ballet dentro da vida delas”, diz Larissa a respeito da escola. As crianças e adolescentes já apresentaram diversos espetáculos, o último deles, foi prestigiado por 800 pessoas, em fevereiro deste ano, no auditório do Parque do Ibirapuera, também na zona sul da capital paulista. No repertório, os alunos dançaram clássicos como Ali Barroso e Tom Jobim.
Você tem fome de quê? Projeto reúne sustentabilidade, arte e literatura Humberto Muller
Livros doados para o projeto Geloteca
O contraste da realidade das bailarinas da comunidade de Paraisópolis
Sustentabilidade e criatividade dão cara nova a materiais eletrônicos Em Mairiporã, mulher larga o ramo publicitário e se dedica à arte e conservação do meio ambiente
Naná Hayne
Aline C. Carrasco | aline.carrasco@hotmail.com É só passar pelo município de Mairiporã para notar algumas geladeiras grafitadas colocadas nos terminais de ônibus, ou em unidades de saúde da região, com a seguinte pergunta: “você já leu hoje?”. Essa ideia criativa vem sendo vista desde setembro de 2014. Isso porque a Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura, junto da Oficina Pedagógica de Mairiporã, criaram o Projeto Geloteca, que transforma geladeiras velhas em estantes chamativas para livros. O grande objetivo é incentivar a leitura por meio da troca dessas obras em pontos públicos. Ou seja, assim como os livros são doados, qualquer pessoa que passar por locais onde estiverem as geladeiras cheias de desenhos pode retirar um livro sem precisar de cadastro para o empréstimo ou data para devolução. Com o projeto, os gestores acreditam que esse estímulo pode aumentar a criatividade, desenvolver a escrita, o vocabulário e ainda impulsionar a vida profissional e pessoal. Além disso, os objetos transformados também são doações feitas à Secretaria Municipal, que os encaminha para a Oficina. Lá, os alunos de grafite têm a oportunidade de revitalizar e colorir as futuras estantes de livros. É o que vai chamar atenção da população e convidá-los a conhecer o projeto. Ricardo Massonetto é idealizador e coordenador artís-
tico do projeto IntegrARTE, foi quem viabilizou as intervenções artísticas da Geloteca. “Além da difusão dos trabalhos artísticos locais, o projeto disponibiliza um acervo gratuito sem compromisso da devolução e isso nos leva a uma reflexão muito importante sobre responsabilidade, altruísmo e civilidade”, comenta Ricardo. Atualmente, são as cinco Gelotecas espalhadas pela região, inclusive em Unidades Básicas de Saúde, onde os pacientes podem ler enquanto esperam na fila de atendimento. Nos terminais de ônibus, elas também fazem sucesso na volta para a casa da população. “Acho um incentivo fantástico aos moradores daqui e acredito ser muito importante para influenciar novos leitores. Além de ser um projeto sustentável! Já passei e peguei meu livro”, comenta Cristiano Gonçalves, morador da cidade. Espera-se que o projeto tenha expansão e também ocupe outras áreas de São Paulo, principalmente em regiões periféricas. Para as doações, os livros e as geladeiras precisam estar em bom estado, para que o projeto dure por mais tempo. Mas não há preferência, além de livros de ficção e romance, a Geloteca também aceita revistas em quadrinhos e clássicos da literatura brasileira. Os interessados podem entrar em contato direto com a Secretaria de Educação.
O que é estragado e sem valor vira obra-prima para Naná Hayne
Andressa Gonçalves | andressagoncalves@gmail.com O que você faz quando o seu computador quebra? Leva ao conserto ou joga fora e compra um novo? Imagine pegar as peças queimadas e velhas como placas de circuitos, teclas, eletrodos e chips velhos e dar cara nova a elas, transformando-as em arte. É o que a artista plástica Naná Hayne aprendeu sem querer. Em Mairiporã, na Grande São Paulo, ela cria brincos, colares, anéis, bolsas e telas decorativas com peças eletrônicas que seriam descartadas. O mais inusitado foi a forma como Naná teve a ideia de começar o trabalho! A decisão de usar o lixo veio depois que a artista, formada em comunicação visual foi mandada embora de uma agência publicitária e teve um ataque de fúria. “Depois que perdi o emprego passei a distribuir vários
currículos. Um dia estava imprimindo alguns deles e a impressora travou, não saía nada. Fiquei com muita raiva e arranquei o cabo da parede. O fio arrebentou. Quando olhei os fios coloridos dentro do cabo os achei lindos demais e decidi mostrar eles também para o mundo”, relembra a artista. A partir daí ela largou a publicidade e se dedicou à criação das peças. Precisou aprender sobre a toxidade dos materiais, as possibilidades de combinação e ferramentas para manipulá-los. “Conheci o trabalho da Naná em uma pauta para um programa de televisão no qual eu trabalhava. Fui ao ateliê dela gravar a matéria e saí de lá com menos dinheiro na carteira”, relembra Vanessa Magalhães, jornalista e cliente da artista.
Hoje, os artigos são vendidos em um blog chamado “Vem do lixo – eletrônico e outros”. Além disso, Naná também expõe seu trabalho em feiras de arte. A primeira vez que tornou suas peças públicas foi em março de 2014, no IntegrArte, evento que ocorre todo mês na cidade de Mairiporã, organizado pela secretaria municipal de Cultura, que visa descobrir e divulgar o trabalho de artistas locais. Este tipo de trabalho além de reforçar a arte, colabora com a conservação do meio ambiente. Diariamente são recolhidas cerca de 180 toneladas de lixo no Brasil. Destes, 1% é material eletrônico que pode ser tóxico e não recebe o descarte adequado. “Eu sempre quis trabalhar com arte e descobrir o
Diagramação e Revisão da página: Aline Carrasco, Andressa Gonçalves, Cristian Zucatelli, Isabella Araújo e Jennifer Aniele
lixo eletrônico como matéria-prima foi incrível. Mairiporã precisa de um incentivo à arte, é uma cidade de gente talentosa e criativa, que muitas vezes se esconde atrás de um emprego comum por não ter motivação”, comenta Naná.
Serviço: Para mais informações acesse o blog da artista: http://nanahaynearte. blogspot.com.br
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esporte & lazer
ano 22 |no2 | maio/2015
Atividade física na gravidez é benéfica
shutterstock
Praticar exercícios durante a gestação prepara o corpo para o momento do parto, fortalecendo os músculos Francisca Fernandes | fernaandes.f@gmail.com O mito de que mulheres grávidas não podem fazer atividades físicas já foi superado, atualmente os médicos indicam a prática para gestantes. A Ioga, o Pilates, Corrida e Ginástica estão entre as atividades mais procuradas pelas gestantes e podem ser praticadas até o nono mês de gravidez, essas modalidades ajudam a melhorar a condição física, relaxam e preparam a mulher para o momento tão esperado. Já o Jumping, exercícios aeróbicos, como o abdominal de barriga para cima, estão proibidos a partir do terceiro mês. Manter-se em atividade durante a gestação só tende a trazer benefícios, tanto para a mãe quanto para o bebê. E isso vai além de “frear” um pouco o ganho de peso, os exercícios ajudam a preparar o corpo para as mudanças que estão chegando, como também ajudam a tornar o pós-parto mais fácil e menos doloroso, além de diminuir o tempo de trabalho de parto. “Assim que descobri a gravidez procurei ajuda médica, queria saber as restrições, principalmente no primeiro trimestre, que é a fase mais difícil. Os exercícios fortalecem os músculos e me deixam preparada para a hora do parto. Me sinto mais disposta, sinto menos dores e tenho o peso bem controlado”, afirma Amanda Lima, 19, grávida de 19 semanas.
Ioga é uma das atividades mais procuradas pelas grávidas para ajudar no pré o pós parto
Parques alternativos têm programas sustentáveis
Fernanda Carvalho
Vista panorâmica do espaço de lazer para crianças no Parque Rodrigo de Gásperi, em Pirituba Fernanda Carvalho | fernandacarvalho@outlook.com.br A cidade de São Paulo tem cerca de 50 milhões de m² de área protegida municipal, equivalentes a aproximadamente 14 mil campos de futebol, reservada para o Programa “100 Parques para São Paulo”, segundo dados publicados pela Secretária do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). O Programa tem como objetivo garantir o maior número de áreas disponíveis e transformá-las em parques, proporcionando a ampliação das unidades de conservação e contato com a natureza em São Paulo. A Prefeitura tem 70 outras áreas em estudo, projetos, desapropriações e em obras que foram implantados para preservar os mananciais de São Paulo, na região da orla da Guarapiranga, na várzea do Tietê e na borda da Cantareira.
CONHEÇA OS PARQUES PERTO DE VOCÊ
Alguns parques são mais frequentados que outros, como por exemplo, o Parque do Ibirapuera, projetado por arquitetos de renome, como Oscar Niemeyer e Ulhôa Cavalcanti. O “Ibira”, nome carinhosamente dado por visitantes, é um dos cartões-postais mais conhecidos de São Paulo. Inaugurado no ano de 1987, o Villa-Lobos deixou de ser um projeto para se tornar um dos parques mais visitados da cidade, recebendo cinco mil pessoas durante a semana, 20 mil aos finais de semana e 30 mil em feriados, conforme estimativa da Prefeitura de São Paulo. Uma joia rara da zona leste, o Parque do Carmo tem rica fauna da Mata Atlântica. De segunda-feira a sexta-feira, três mil pessoas, em média, frequentam as alamedas do
REGIÃO LESTE Ecológico Chico Mendes Rua Cembira, 1201 – Vila Curuçá Velho Funcionamento: diariamente das 7h às 18h REGIÃO CENTRO - OESTE Prefeito Mário Covas Av. Paulista, 1853 Bela Vista Funcionamento: diariamente das 7h às 18h
parque; nos fins de semana, o número de visitantes chega a 10 mil. Você pode também descobrir parques localizados em regiões mais afastadas, oferecendo atividades de lazer e cultura. O Parque Rodrigo de Gásperi, em Pirituba, é um desses espaços de pouca movimentação, mas de grande importância na vida dos moradores da região Oeste da cidade. “O Parque recebe por dia na semana, de 500 a mil pessoas, já no final de semana esse número aumenta, podendo chegar até duas mil pessoas, que vão fazer caminhadas, circuitos, futebol e bocha, uma das atividades que fazem mais sucesso no parque”, afirma Marcos Vinicius Oliveira Santos, administrador do Parque.
As opções de atividades são bem variadas e atendem a todos os gostos, a única recomendação é pedir auxílio médico antes de iniciá-la e ter conhecimento sobre quais exercícios devem ser evitados. A mulher deve também respeitar seus limites e não sobrecarregar o corpo com exercícios muito fortes”, afinal pode ser perigoso para o bebê. “Tanto a mulher que já era fisicamente ativa quanto a sedentária devem criar uma rotina de exercícios durante o período gestacional. O corpo sofre muitas mudanças, a coluna é sobrecarregada, a região pélvica sofre transformações e precisa ser preparada para que a mulher não sofra tanto com o parto”, explica Reynaldo Wady Farah, ginecologista e obstetra da maternidade UNIMED de Guarulhos. Cada mês da gestação corresponde a um período de mudanças no corpo e desenvolvimento do feto, por isso, as atividades devem mudar de acordo com essas alterações. O importante é não aumentar demais a temperatura corporal e os batimentos cardíacos. No entanto, Farah alerta que as mulheres que desejam apenas brecar o ganho de peso precisam estar cientes de que mesmo com o metabolismo em dia, a mulher tende a ganhar até 13 kg. O mais importante é manter o corpo e a mente estáveis para passar por uma gravidez tranquila, longe de sustos.
Prefeitura de São Paulo oferece 50 opções de esportes gratuitos Pratique esportes de qualidade sem furar a carteira e o bolso Roberto Sungi | roberto_sungi@yahoo.com.br Quer experimentar o golfe, o esporte da elite? Vá ao Estádio Municipal ‘Jack Marin’ dentro do Parque da Aclimação. Prefere apenas exercícios de alongamento e resistência? A yoga, que é praticada no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho no Pacaembu, pode ser uma boa pedida. É da Mooca? O C.E.E. Salim Farah Maluf na rua Taquari tem quadras de tênis, basquete e futebol, entre outras. Estas e muitas outras atividades integram o programa Clube Escola da Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de São Paulo, que em conjunto com diversos centros espalhados pela cidade, disponibiliza a todos os paulistanos uma enorme variedade de práticas esportivas. Desde futebol, vôlei e ginástica, até modalidades como musculação, capoeira, pilates, dança e hidroginástica, o cidadão pode praticar,
sem custo nenhum, o esporte que mais gostar. São espaços públicos que oferecem professores formados e habilitados em 59 opções diferentes, infraestrutura com equipamentos próprios nos 49 espaços espalhados em todas as regiões da cidade de São Paulo, horários variados praticamente de segunda a domingo. São muitas práticas que normalmente só vemos em academias caras, associações exclusivas e agremiações fechadas ao grande público. E não pense que por ser um programa de lazer da prefeitura, a qualidade dos profissionais não atende aos mais exigentes padrões do mercado. Como enfatiza o professor de judô do Centro Educacional Esportivo da Mooca, Jaime Roberto, “mesmo que a pessoa tenha uma classe social mais elevada ou o filho estude em uma escola particular, ele sabe que aqui tem qualidade.” Pro-
va disso é a parceria entre CEE Mooca e os atletas paraolímpicos da seleção brasileira de judô, que usam a infraestrutura do centro para seus treinos. O coordenador de equipamentos Márcio Mano frisa a gratuidade e facilidade de acesso ao programa. “As atividades aqui acontecem de segunda a sábado. É uma lista imensa de esportes que temos a disposição dos munícipes. E tudo a custo zero, desde a confecção da carteirinha até o uso de equipamentos”. Gostou? Para fazer a sua carteirinha de frequentador e começar a usufruir estes espaços, o interessado só precisa comparecer à unidade mais próxima de sua residência com RG, comprovante de endereço e uma 3x4. Mas atenção: algumas atividades podem precisar de um atestado médico que diga que você está apto à prática de esportes ou que possa usar as piscinas. Roberto Sungi
REGIÃO NORTE Pinheirinho d’Água Estrada de Taipas s/n – Jaraguá Funcionamento: diariamente das 6h às 18h REGIÃO SUL Burle Marx Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200 – Campo Limpo Funcionamento diariamente, das 7h às 19h
Parques têm quadras abertas para praticantes de tênis, uma das muitas atividades disponíveis
Quer saber mais sobre esses espaços de lazer e esporte? Então acesse o portal da prefeitura de São Paulo em http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/esportes/clube_escola/, encontre centro mais próximo de sua casa e divirta-se.
Diagramação e Revisão da página: Fernanda Carvalho, Francisca Fernandes, Lucas Donini, Karoline Costa e Roberto Sungi
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