jornal laboratório do 4º ano de jornalismo
usjt
Jaine Magalhães
ano 23/número 12 novembro/2016
jornalismo universitário levado a sério
Tecnologia. Empreendedorismo. Solução de problemas.
O futuro está aqui!
#hashtag
ano 23 |no 12 |novembro/2016
#caro leitor,
Ideias brilhantes e grandes oportunidades
#fração de segundo fotolegenda
Inspiração. Tecnologia. Originalidade. Empreendedorismo. Redes sociais. Solução de problemas. Afinal o que são ideias inovadoras? Como os novos empreendedores sabem que têm uma boa ideia em mãos? Nossa equipe de repórteres mergulhou no tema “Inovação” e foi atrás de experiências significativas de novos negócios nas mais diversas áreas. Fomos conhecer como funciona o equipamento que monitora o consumo de energia em tempo real, uma ideia de dois estudantes do Rio de Janeiro. Conhecemos também um projeto que incentiva empréstimo de produtos vários. Um dos aspectos mais relevantes das ideias inovadoras na atualidade é o conceito de “compartilhamento”. Mostramos na reportagem Especial, algumas experiências com essa característica: a plataforma Menutrip, na área de gastronomia; o empreendimento House of Bubbles; a consultoria de ideias na Fábrica de Criatividade; o sistema de estadia do Airbnb... Também fomos atrás de projetos criativos desenvolvidos por alunos da São Judas e descobrimos algumas propostas muito interessantes. Vamos conhecer? Ainda tem muito mais nesta edição do Expressão! Na editoria Educação, por exemplo, falamos sobre o Cursinho Popular Transformação, que tem o objetivo de contribuir para a formação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade, em especial os grupos trans e travestis. Em Vida Digital, fomos conferir como funciona o site neozelandês Letterboxd, que é uma rede social de cinéfilos ainda pouco conhecida no Brasil, mas que já começa a ganhar usuários. Na página de Artes, o destaque é uma reportagem sobre o trabalho de restauradores de obras de arte. Uma atividade que exige muita precisão técnica, uma formação aprimorada e, claro, amor pela pintura, escultura, arquitetura... Por fim, fechamos a edição com mais uma aventura esportiva. No Esporte & Lazer, vamos radicalizar com a prática da escalada, uma das modalidades do montanhismo, que exige uma plena consciência corporal e muita coragem. Então, não está um jornal super inovador? Mergulhe nestas páginas, caro leitor!!
Profa Iêda Santos e Profa Jaqueline Lemos
#protagonista
Temple Bar
A região do Temple Bar, na cidade de Dublin, Irlanda, é famosa pelos bares em estilo Irlandês e pela bohemia que rodeia a região! César Gonçales - aluno do 4o ano de Jornalismo - Campus Butantã
Arquivo pessoal
#fica a dica
Filho do Hamas Adriano Barbosa
Mc Soffia,
“A meu amado pai e a minha família, que ofendi. Às vítimas do conflito entre Israel e a Palestina, a cada vida que meu senhor salvou, meus familiares, tenho muito orgulho de vocês. Somente meu Deus pode entender o que vocês têm passado. Sei que o que fiz abriu outra ferida profunda e pode ser que ela não cicatrize nesta vida e que talvez vocês tenham de conviver com essa vergonha para sempre”, relata Mosab Hassam Yousef em sua biografia, “Filho do Hamas”, publicado em 2010 pela editora Sextante, contanto a sua história de traição ao grupo extremista liderado por seu pai. A vida é feita de escolhas, é isso que Mosab Hassam busca mostrar em sua biografia. Relata que ninguém nasce predestinado a algo, ninguém vem ao mundo com o futuro certo. “Independente na sua etnia, religião, familiar ou lugar que nascer, mas claro que essas coisas influenciam a pessoa, seja diretamente ou indiretamente, mas no fim não é o ponto final decisivo, pois é com força de vontade e possível mudar sua realidade”, esse é um dos ensinamentos que Filipe Nunes, um profissional da
área de Segurança da Informação, extraiu ao ler a obra e os relatos de Mosab. “O livro é fascinante, essencial para entender o ódio entre árabes e judeus de uma maneira mais humana, com uma leve exposição dos assuntos políticos”, completa Filipe. A obra oferece uma visão privilegiada, de um dos membros de uma das organizações terrorista mais influentes da faixa de gaza. Ou como apresentada por seus membros, uma organização de resistência, anulando o termo pejorativo de célula terrorista. A narrativa do impasse que o autor vive é cativante e agoniante ao mesmo tempo, por causa de seus relatos chocantes do que passou nesse período de sua vida. Escolhas difíceis foram feitas, questões como se seria certo trair tudo e todos que conhece? Sua família? Religião? Seus país? Apesar de todas as atrocidades cometidas, eles ainda eram sua família, como esquecer tudo isso para trás, mas, todas essas dúvidas, culpa e vergonha que carrego há tantos anos é um preço pequeno a pagar se ao menos uma vida inocente for salva, relatou Mosab em sua dedicatória.
da perifa para o mundo! Com os pés no chão, a Mc mirim de 12 anos combate o racismo por meio da música que exalta a beleza da mulher negra Thamara Prado
Cabelo black power com laço gigante e colorido. Sorriso no rosto e uma alegria tamanha. Todas essas características são dela, a autora da música “Menina pretinha”. Soffia, de apenas 12 anos, é moradora da Cohab Raposo Tavares, bairro periférico da zona oeste de São Paulo. Desde seus seis anos de idade, após mergulhar no mundo do Hip-Hop, é conhecida como Mc Soffia. A rapper mirim aborda questões como racismo e empoderamento nas letras de suas músicas de maneira direta e inteligente. “Menina pretinha, exótica não é linda, Você não é bonitinha Você é uma rainha” (Menina Pretinha)
O empoderamento vem de berço, pois sua família é militante no movimento negro. A menina que frequenta desde pequena com a mãe o projeto “Futuro do Hip-Hop”, no qual oficinas de grafite, Mc, DJ fazem parte das atividades desenvolvidas. Ela
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começou a cantar aos seis anos e aos sete fez seu primeiro show para uma multidão no Vale do Anhangabaú no aniversário da Cidade de São Paulo. Atualmente, ela faz shows por diversas regiões do Brasil. Mc Soffia tem influenciado muitas crianças com seu talento. Durante uma apresentação em uma escola, ao entrar e começar a cantar, as meninas que lá estavam com cabelos presos com “xuxinha” começaram a soltar seus cabelos e os balançar com embalo do som. “Fico muito feliz por ver que estou ajudando a empoderar outras crianças, e de ver que estão se aceitando mais, mas não sou eu que estou fazendo com que elas mudem, são elas mesmo. Temos que nos aceitar e nos gostar. Assim como eu, há também outras pessoas que contribuem através de poemas, dança e várias outras coisas, ajudam.” Soffia vai à escola, adora esportes, gosta de brincar, ama es-
Diagramação: Profa Iêda Santos
tudar e está sempre atenta para aprender coisas novas. A escola que frequenta, o Projeto Âncora, fica localizado em Cotia, na grande São Paulo, adota uma estrutura diferente de ensino. Sem séries e divisões de idades, as turmas são formadas em núcleos de aprendizagem. Alunos e professores elaboram juntos, um roteiro de estudos. Soffia adora história. Cheia de curiosidade, está sempre pesquisando sobre seus ancestrais, cultura negra, e ícones importantes para buscar inspirações para compor suas músicas que visam combater o racismo e falar do empoderamento. Suas letras carregam uma grande carga de ensinamentos com uma linguagem infantil. Recentemente junto com a cantora Karol Conka, Mc Soffia participou da abertura dos jogos olímpicos Rio-2016. Milhões de pessoas de diversos países acompanharam o espetáculo que marcou o início das competições e a apresentação da dupla
que teve repercussão em grandes veículos internacionais. “Esconde-esconde, peteca, bolinha de gude e pega-pega Menino e menina podem brincar de boneca Hey, hey, hey, ho, ho, ho Olha lá, a menininha fazendo um monte de gol” (Brincadeira de Menina)
Apesar do sucesso que vem fazendo, mantem seus pés no chão, com objetivo de levar sua música, cada vez mais longe. Ela também quer ter tempo para brincar, passear e não ficar “presa” apenas nisso. Cheia de sonhos, de maneira muito alegre, ela conta qual são alguns deles: “Quero ser bem famosa, viajar pelo mundo, conhecer outros países. Mais que isso, sonho que um dia o racismo e machismo acabem. Sonho também com que um dia todas as periferias possam ter mais quadras de futebol, mais aulas de músicas, teatro, ballet para que as crianças possam brincar e aprender.”
expediente Reitor José Reinaldo Altenfelder Silva Mesquita Vice-reitor Fabrício Ghinato Mainieri Pró-Reitor de Graduação Luís Antônio Baffile Leoni Diretor da Faculdade de LACCE Prof. Rosário Antonio D’Agostino Coordenador de Jornalismo Prof. Rodrigo Neiva Capa Arte: Jaine Magalhães
Jornalistas Responsáveis Profª Iêda Santos (MTB 31.113) Profª Jaqueline Lemos (MTB 657/GO) Revisão Prof. César Zamberlam Projeto Gráfico e Supervisão Profª Iêda Santos Redação Alunos do JOR4AN- BUA Impressão Folha Gráfica (11) 3224.7667
As matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião da Universidade.
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Educação
ano 23 |no 12| novembro/2016
Curso incentiva trans e travestis Projeto na capital paulista oferece aula de português, matemática e conhecimentos gerais. Sem qualquer custo, o maior objetivo é a socialização de vulneráveis Ana Elisa Clarim
“
Por eu ser diferente, preciso dar muito mais orgulho para minha família”. É assim que se sente a estudante Guty Silva, de 36 anos, que sonha em cursar medicina. Pessoas trans e travestis costumam ter bastantes dificuldades para educar-se, para socializar-se e enfrentam a todo momento resistências que atrapalham, e muito, em sua formação. O Cursinho Popular Transformação surgiu para ajudar quem passa por essas situações a seguir a carreira dos sonhos e se sentir respeitado, acolhido e seguro. O Curso surgiu em 2015 para preparar essas pessoas para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que corresponde ao vestibular regular em muitas universidades pelo país. Ele é totalmente gratuito e voltado especialmente para a parcela da população que mais precisa de atenção e socialização. A iniciativa partiu de um coletivo que leva o mesmo nome do projeto. Os encontros da turma acontecem uma vez por semana durante toda a tarde: começam às 13h30 e vão até as 18h. Ainda
assim, algumas oficinas são realizadas fora desse horário, que não é suficiente para todo o conteúdo. O curso funciona no Centro de Referência e Defesa da Diversidade, que fica na República. As aulas não seguem a rotina de um cursinho comum, com matérias padrão. “O Enem é organizado a partir de matrizes de referência de quatro áreas do conhecimento. No cursinho nós trabalhamos cada uma dessas áreas e incluímos uma quinta, que diz respeito diretamente à saúde e aos cuidados pessoais dos alunos, principalmente emocional”, explica a professora Evelyn Ariane Lauro, que ensina voluntariamente a matéria de Humanidades. “Eu sou doméstica, trabalho em casa de família. Na quinta eu não trabalho, troco pelo sábado pra poder estudar”, comenta Guty. Moradora de Guarulhos, vai toda semana pro centro de São Paulo pra assistir às aulas. E foi no trabalho que ela ficou sabendo do cursinho, por um amigo da família. Matheus Gabriel tem 19 anos e é morador do Jardim
Arquivo Pessoal
O curso acontece no Centro de Referência e Defesa da Diversidade, na região central de São Paulo
Miriam. Ele ficou sabendo das vagas pela internet e fez a inscrição. “Eu comecei o cursinho porque quero estudar Educação Física. Sou professor de boxe há mais de dois anos”, conta. Por problemas pessoais, Matheus precisou deixar o cursinho, o que acaba acontecendo muito. “Os professores se preocupam muito em acompanhar a frequência dos alunos, pra diminuir a desistência. Cada um fica responsável por um”, conta Evelyn. “O objetivo do curso não é só preparar essas pessoas para o Enem, mas ser também um espaço de sociabilidade plena”. Os motivos das desistências são muitos, mas a maioria inclui problemas familiares, falta de emprego, desmotivação e intolerância nos ambientes fora do espaço do Transformação. As inscrições são semestrais, realizadas pela página do Cursinho no Facebook. Serviço: Centro de Referência e Defesa da Diversidade – Rua Major Sertório, 292. República. São Paulo – SP.
Carona a pé proporciona um novo olhar para a cidade
Carona a pé
Movimento incentiva rodízio de condutores para caminhadas com alunos até a escola Juliana Campos “Carona a pé” é o nome do projeto criado pela professora Carolina Padilha com o intuito de dar carona às crianças para irem junto à escola e assim reduzir o trânsito que todos os dias se formavam em frente à escola em que trabalha. Criado em julho de 2015 o projeto funciona com os alunos do colégio Equipe, mas a professora explica que não tem alguma ligação com a escola. “O Carona a Pé uniu o desejo de transformar uma realidade local e incentivar o caminhar em pequenos grupos até a escola - uma prática antiga que vem se perdendo por aqui”, explica Carolina. "Antes de ser professora, eu era pedestre. Sempre fui. Ao me mudar para São Paulo, fazia meu deslocamento de casa para a escola onde leciono a pé. No trajeto diário, observei que várias crianças, acompanhadas de seus pais ou outros adultos, também faziam o mesmo percurso. Às vezes, por falta de logística, iam de carro. Foi aí que surgiu uma ideia aparentemente simples:
eu podia dar uma “carona a pé” para as crianças da escola”, conta a professora Carolina, que teve a ideia do projeto. Os pais e alunos gostaram muito do projeto e começaram a aderir esse novo estilo de ir à escola, fazendo com que o projeto crescesse bastante, e com ele a necessidade de criação de outras rotas, com o aumento das rotas vários pais se elegeram para ser condutores. Atualmente são 80 crianças, 8 rotas, três no período da manhã e 5 no período da tarde, além de 23 condutores. Existem algumas regras para o bom funcionamento do projeto, as crianças vão em dupla e de mão dadas, com um adulto na frente e dois atrás. Todos usam um crachá de identificação do projeto. Cada rota é organizada de maneira independente. Caso esteja chovendo o percurso pode acontecer do mesmo jeito, porém as crianças ficam em fila indiana para não atrapalhar o trânsito de pedestres devido ao guarda-chuva. A professora explica que o “Carona a pé” proporciona
novas experiências aos alunos criando uma nova relação com a cidade onde vivem. Além de promover o bem estar visando praticas físicas e a aproximação com os amigos de classe. “Com o projeto da Professora Carolina, houve uma aproximação natural do meu filho com os coleguinhas, todos conversam e se respeitam. Eles se ajudam, contam novidades, riem juntos. Os grupos são unidos. Além de aprenderem a reconhecer mais a cidade. Como o trajeto foi adaptado para englobar alguns alunos, as crianças passaram a conhecer outras pessoas e lugares”, conta Juliana Levy, mãe dos alunos Leo e Gil. A rota atualmente só é feita para o colégio Equipe, porém há vários outros colégios interessados no projeto. Carolina espera que em breve outras escolas possam também receber suas rotas. Se interessou pelo projeto e quer levá-lo para sua escola? É só acessar o site http://caronaape.com.br/
Uma ideia simples e tranformadora. Crianças do Colégio Equipe que participam do projeto Carona a Pé
O curioso MUNDO onde tudo pode ACONTECER Descobrir, explorar e aprender. O sabor de boas histórias pode ser degustado nas obras infantis Ana Carolina Araújo
Paulo Tadeu, 52 anos, é empresário, editor e escritor. Em 2007, publicou seu primeiro livro infantil pela editora Matrix o “Proibido para maiores”. Ao total são 73 livros publicados entre adulto e infantil. O Expressão bateu um papo com o escritor sobre o papel da literatura infantil. Arquivo Pessoal
Expressão: Qual a maior preocupação na hora de escrever um livro infantil? Paulo Tadeu: Escrevo livros para os públicos adulto e infantil. Mas a responsabilidade para o público infantil é infinitamente maior. O escritor se coloca frente a um ser em formação. A escolha das palavras é muito importante, as ideias que se quer passar. Expressão: Alguns livros trazem consigo aprendizados, já outros conseguem fazer com que a criança se tele transporte para outro mundo. Como o autor faz para “entrar” no mundo infantil e conseguir passar isso para as crianças de forma fácil e compreensível? Paulo: Fazer a criança viajar para outros mundos através do livro já é, em si, um aprendizado. Fazer a criança viver em sua mente uma situação, um sentimento ou um lugar trabalha seu processo de aprendizagem. Cada autor tem seu jeito de entrar no universo infantil.
sucesso, nasceu assim. Fiz como presente para ele, para deixar registrado uma dedicatória. Deu tão certo que vendeu mais de 170 mil exemplares. Um número muito expressivo, que poucos autores alcançaram no Brasil. Expressão: Qual a diferença entre livro infantil e livro infanto-juvenil? Paulo: Apenas uma questão de uso de determinadas palavras, de extensão de texto. A compreensão e a maturidade mudam a cada ano. Mas os rótulos às vezes atrapalham. O Pequeno Príncipe é chamado de livro infanto-juvenil, mas é um texto para qualquer adulto ler e se emocionar.
Eu procuro pensar se estou falando a linguagem deles, penso como falaria para o meu filho. Hoje ele está com 15 anos, mas já fiz diversos livros pensando
se estivesse conversando com ele, como ele reagiria, se ele entenderia. Ele sempre foi o meu referencial. O “Proibido para Maiores”, meu livro de maior
Diagramação e Revisão da página: Juliana Campos, Thamara Prado
Expressão: Qual o principal papel da literatura infantil? Paulo: Formar leitores mais curiosos, mais capacitados, mais evoluídos, mais antenados com o mundo em que vivem e com seus semelhantes. Fico muito contente em passar minha dose de contribuição.
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especial
ano 23 |no 12 | novembro/2016
IDEIAS INOVADORAS
Que tal
INOVAR?
Seja no ambiente pessoal ou profissional, as ideias inovadoras fazem parte das soluções do nosso cotidiano Gabriella Zavarizzi Pedir comida pelo smartphone, sincronizar TV, celular e notebook, acender e apagar a luz com um sopro, comprar um cafézinho e ajudar o próximo com apenas um clique. As possibilidades são inúmeras com o surgimento das ideias inovadoras. A cada dia que passa, o alcance da tecnologia tem ganhado proporções inimagináveis, o que ajuda na hora de criar e colocar em prática grandes invenções. Surgem, diariamente, ferramentas online, diversos aplicativos para aparelhos mobiles, além de objetos, acessórios e utensílios com propostas de facilitação do
dia a dia que servem tanto para a vida pessoal, quanto para a profissão que exercemos. “As pessoas, principalmente os jovens, estão cada vez mais ligados nas ideias inovadoras. Qualquer facilidade que seja, para eles é como uma barra de ouro. Por isso, é tão importante e tão relevante darmos atenção ao que a tecnologia tem para acrescentar nas nossas vidas”, conta o empreendedor e desenvolvedor de softwares, João Pedro Silveira. Mas inovação vai muito além de novos produtos. Inovar é encontrar soluções para grandes ou pequenas coisas do
cotidiano, que podem ou não ter retorno financeiro. “É o reconhecimento do sucesso de novas ideias. O significado de inovação que mais se encaixa com o presente é dar oportunidade à criatividade, às ideias, às maneiras sustentáveis de colocá-las em prática. É também uma forma de quebrar regras”, explica o professor de Ciências da Computação, Carlos Brito. E com a velocidade e crescimento das ideias inovadoras, o termo Startup começou a se tornar mais frequente nos nossos dias. Startups são empresas com custos baixos de manutenção e com um
Eficiência energética Fernanda Ravagi
Projeto permite visualização do consumo de energia em tempo real O mundo vive de transformações. Do passado até os dias de hoje, inventar algo que facilite a vida do homem tornou-se comum - e cada vez mais necessário. Não sabemos quando uma lâmpada irá pairar sobre nossas cabeças e ‘acender’ pensamentos capazes de transformar a vida de alguém. Durante uma pesquisa de doutorado em processamentos de sinais e inteligência computacional, por exemplo, os estudantes cariocas Thiago Holzmeister e Pedro Bittencourt deram vida ao GreenAnt. O protótipo permite com que o usuário visualize seu consumo de energia em tempo real. Além de disponibilizar ferramentas que auxiliam na tomada de decisão, gestão e contenção de despesas, como notificações, balanços diários e cálculos de tarifação.
Thiago explica que o consumidor usa energia durante todo mês ‘às cegas’ e, ao final, descobre o tamanho de suas despesas sem ter certeza sobre quais aparelhos ocasionaram os maiores gastos. “É como se fossemos fazer compras em um supermercado sem etiquetas de preço, e tivéssemos que pagar tudo de uma vez no caixa”, conclui. Todo equipamento possui particularidades para funcionar, como assinatura e potência. Isso possibilita ao GreenAnt coletar informações detalhadas sobre o consumo diário do cliente. Basta colocar o aparelho em um medidor instalado no quadro de distribuição de energia ou, se for o caso, no relógio digital da concessionária que atua em sua região. Pedro Bittencourt conta que é possível acompanhar o desempe-
Quem quiser adquirir o GreenAnt, deve solicitar o produto através do site www.greenant.com.br.
Conheça a ‘Netflix da moda’ em SP
Empreendimento inicia um guarda-roupas compartilhado na capital Tamires Tavares é considerada a “roupateca” de São Paulo. O empreendimento começou em 2015 como uma lavanderia self-service e um bar de champanhe – daí o nome bubbles, bolhas em inglês – que estaria compondo o conjunto de “casas” iniciadas por Menke: a House of Work, um espaço de co-working, a House of Learning, espaço para cursos e palestras e
online, e até em áreas segmentadas, como no agronegócio, existem startups com projetos tecnológicos para auxílio na lida do gado ou no cultivo de grãos no campo. Seja no ambiente profissional ou pessoal, as ideias inovadoras só têm a acrescentar e, como tudo na vida, vamos nos adaptando ao que vem com elas: evoluções e mudanças nos nossos etilos de vida. “Investir em inovação e tecnologia gera emprego e desenvolvimento, unindo pessoas, otimizando o tempo e melhorando as entregas”, conta o diretor executivo da iCustomer Plusoft, Bruno Alves.
Menutrip
nova ferramenta usada na gastronomia O site proporciona que cozinheiros preparem as refeições e recebam pessoas na própria casa Arquivo Pessoal
nho de energia em seu imóvel, ou empresa, através da plataforma online. “Dá para monitorar o que está sendo consumido por meio do computador, tablet ou smartphone. Isso dá ao usuário clareza sobre o que utiliza mais energia, além da facilidade de ter acesso a informação na palma da mão”, finaliza. O equipamento facilita a vida do consumidor, mas é importante seguir dicas de economia de energia para não ter um susto ao final do mês. Tome banho mais curtos; regule o termostato da geladeira; acumule o máximo de roupas possíveis para lavar, também para passar. Desligue os eletroeletrônicos da tomada.
Reprodução
Compartilhamento é a palavra da vez. E, baseado nessa nova forma das pessoas se relacionarem umas com as outras e com o consumo, o empresário Wolf Menke criou um espaço colaborativo que funciona como um guarda-roupa comunitário. Ou seja, as mesmas peças podem ser usadas por mais de uma pessoa. Localizada em Pinheiros, a House of Bubbles
futuro incerto, já que, normalmente, acompanham o que a tecnologia oferece e o que está ao alcance de ser feito com ela. Sem contar que uma ideia inovadora precisa estar em constante evolução, seja algo online ou um instrumento usado diariamente. Apesar disso, com uma boa administração, as invenções incentivam o mercado competitivo, ajudando para que essas organizações continuem girando a economia e mantendo esse cenário inovador sempre em ação. Como isso? Entre os exemplos, temos a criação de plataformas para a realização de pagamentos
a cozinha compartilhada House of Food. Em parceria com as consultoras de estilo Nathalia Roberto e Daniela Ribeiro, o espaço se tornou um closet colaborativo com um acervo de mais de 100 peças de marcas como Christian Dior, Osklen, Le Lis Blanc, Animale, entre outras, que podem ser alugadas por meio de uma assinatura mensal que varia de 100 a 300 reais.
Hemylle Fernanda Ser chef de cozinha e abrir o próprio restaurante é o sonho de muitas pessoas, mas não é tão simples. Além de precisar de uma formação profissional para isso, é necessário ter o capital inicial para que o estabelecimento funcione, além de arcar com as despesas e impostos. O site Menutrip foi criado em 2015 para ser uma ponte entre cozinheiros e o público. A plataforma funciona com o cadastro do dono do evento, que descreve o evento com os dados do prato, data, preço e o endereço do local que irá receber os visitantes. “Em relação aos anfitriões, não há um perfil claro. Vemos chefs experientes e iniciantes de todas as idades, entre homens e mulheres. Já os convidados, são tipicamente casais mais jovens, de 20 a 30 anos”, afirma Marcelo Pereira, cofundador e programador do Menutrip. O público busca na página da startup a cidade em que está e o prato que será servido. A refeição pode ser típica de estados e países diferentes, permitindo uma grande troca de cultura entre as pessoas. “A plataforma é extremamente prática. É um ambiente bastante democrático, onde o que vale é o prazer de
cozinhar, não importando se o organizador é apenas um amador ou um profissional. No meu caso, realizo os eventos na Orbacco, nossa escola de gastronomia”, diz Luis Paone Calmon, professor e empresário no ramo gastronômico. A ideia é uma adaptação de aplicativos europeus com a mesma função. Mesmo com uma cultura diferente, principalmente em relação à recepção de estranhos em casa, os anfitriões brasileiros veem uma oportunidade de divulgação de receitas próprias, tradicionais e diferentes. “Fui pessoalmente a alguns eventos e pude vivenciar diretamente a troca de dinâmica. A comida é o ponto comum que atrai, mas poder se tornar mais próximo dos convidados é realmente interessante”, diz Marcelo. Com mais de mil usuários, sendo 10% anfitriões, o site é o responsável pela transição de pagamento entre o dono do evento e a pessoa que comprou. O Menutrip fica com 15% do valor da reserva de cada convidado e o anfitrião não paga nenhuma taxa. Em caso de desistência até 48 horas antes do evento, o valor é estornado. Porém, se a desistência for com menos de 24 horas, não há devolução do dinheiro.
Pense fora da caixa, mas não pense sozinho! Fábrica de Criatividade muda realidade de empresas Stephanie Passos
Arquivo Pessoal
Um dono visionário, que gosta de criar. Uma fábrica diferente de tudo que já se viu. Inaugurada há 10 anos, no Capão Redondo, a Fábrica de Criatividade já atendeu mais de 10 mil jovens com cursos de dança, inglês, música. Atualmente, a “Consultoria de Ideias” é um dos principais ramos do projeto. Prédio em formato de fábrica, portas de bolinha de gude, passagens secretas e praia na cobertura, inspiração para quem entra ou passa em frente. A ideia é criar e compartilhar, em um ambiente di-
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Diagramação e Revisão da página: Gabriela Zavarizzi, Fernanda Ravagi, Hemmylle Fernanda, Tamires Tavares, Stephanie Passos
ferente e livre. “Se tenho uma ideia e você tem uma ideia, podemos nos unir e ter duas ideias que se complementam”, comenta Denilson Shikako, criador do negócio. Especializada em treinamentos e palestras de criatividade, a Fabrica atende grandes empresas como Danone, Itaú e Natura, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de projetos por parte de funcionários e fornecedores. Uma ideia focada nas trocas e que incentiva, desde seu nome, a criatividade. Já pensou em compartilhar hoje?
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IDEIAS INOVADORAS
Comprar? Agora a moda é alugar Empresa faz sucesso com o empréstimo de produtos Arquivo Pessoal
Thomás Santana Se você tem algum objeto inutilizado na sua casa e não sabe qual fim dar nele, o Allugator é uma dica. O site criado a pouco mais de um ano faz negócio com o aluguel de produtos e tem como um de seus objetivos, conscientizar o gasto. A ideia se inspira em serviços de uso compartilhado, como o Uber, que permite fazer viagens por um preço mais em conta ao dividir a corrida com outros usuários. No site não existe restrição de itens: você pode pôr para alugar qualquer coisa móvel. Desde aquele patins que você comprou e utilizou apenas uma vez, até seu videogame de
última geração que só é ligado durante as férias. A ideia é realmente conscientizar o uso, dando utilidade para os objetos que estão encostados na sua casa e ainda lucrar com isso. “O Allugator foi uma ideia que eu tive no ano passado. Fundei ao lado de dois sócios. O site basicamente serve para conectar quem precisa de um produto, com quem tem esse produto em casa e quer aluga-lo. Nossa principal expectativa é mudar a maneira como as pessoas consomem no mundo, mas não só como o nosso negócio, mas como uma ferramenta de disseminação da economia compar-
tilhada”, explica Cadu Guerra, fundador do Allugator. A possibilidade de cadastrar qualquer produto torna a variedade bem grande. “É engraçado porque não tem padrão, pedem de tudo e oferecem de tudo no site. É muito sazonal, então GoPro e barraca, por exemplo, são coisas que o pessoal pede muito nas férias. Incomum eu falaria de 3: decibelímetro, triturador de galhos e folhas e Roomba”, comenta Cadu. Apesar de seu pouco tempo de história, o projeto que começou como startup já tem status de empresa. Em março de 2016 o Allugator foi um dos 15 finalistas do Lemonade, um programa de pré-aceleração de empresas de base tecnológica. As melhores ideias foram premiadas com um valor de R$ 40 mil reais, além de contarem com o apoio da Techmall (parceira do programa) na aceleração dos projetos. A plataforma já conta com cerca de 15 mil itens e mais de mil clientes em sua base, de todas as partes do Brasil. Para cadastrar seu produto, basta acessar o site (www.allugator.com. br), indicar seu produto e, após a realização do pagamento, o locador é colocado em contato com o locatário para combinar a retirada do item. “A ideia do site é excelente e estimula um consumo mais consciente. Tinha várias coisas em casa que paguei um valor alto, mas utilizei uma ou duas vezes e deixei largado. Alugar além de trazer lucro pra mim, proporciona uso para um pessoa que está precisando dele em um momento pontual, com um valor justo”, diz Catarina Morgado, usuária do Allugator.
Drones na agricultura
especial
Arquivo Pessoal
Faça você mesmo
Garagem Fab Lab permite ao público construir a sua ideia Renan Nascimento O Fab Lab são laboratórios distribuídos ao redor do mundo de fabricação digital com objetivo de construir coisas, ideias e a criatividade, através de equipamentos e conhecimentos compartilhados. Como um centro de democratização da tecnologia. Ideia que surgiu no Instituto de Tecnologia de Massachusetts - EUA, com o professor Neil Gershenfeld, através da disciplina How to make (almost) anything, ‘Como fazer quase qualquer coisa’. Um dos quatro diretores do Garagem, Tauan Bernando, sa-
lienta a importância do local para a população. “São três pilares que o fab lab tenta trazer: o acesso às formas de fabricação digital, o movimento maker e o consumo consciente, e o open source e o design colaborativo”. No Garagem, se pode construir qualquer coisa nas maquinas existentes, da Impressora 3D a cortadora a laser, baseando-se na filosofia do Faça você mesmo. “Esse movimento incentiva as pessoas a fazerem o próprio, por exemplo, estou precisando de um porta lápis, não precisa
comprá-lo, faça você o seu,. estimulando a criatividade das pessoas”, diz Stefano Leggieri, colaborador e guru do Garagem.
O Garagem Fab Lab oferece cursos e workshops pagos e gratuitos, e está localizado na Barra Funda – SP. Para mais informações: www. garagemfablab.com.br
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A tecnologia alçou novos voos e chegou ao setor agrícola
Arquivo Pessoal
Minha casa, seu hotel
Estadia compartilhada é opção rentável Wanessa Santos
Caroline Lima Os drones foram parar no campo, e o motivo não foi apenas gravar um casamento, aniversário e ou tirar fotos de belas paisagens. Agora os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), ganharam uma valiosa função: monitorar o meio ambiente e contribuir com sua conservação, evitando imperfeições em plantações. “Os novos softwares para
drones com fins agrícolas têm a capacidade de apontar o surgimento de doenças e pragas nos plantios, além de analisar as condições em que o solo se encontra”, explica, Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa. “Essa tecnologia traz bons resultados a plantação orgânica, que necessita de grande supervisão, pelo fato de não utilizar
agrotóxicos”, explica Denílson Rodrigues, dono da marca Aden Empreendimentos, que investe em produtores agrícolas. Um estudo do The Global UAV Payload Marker 20122022, aponta que o mercado global de drones está em 43,7 bilhões de dólares, mas a previsão é que o setor movimente em torno de 68,6 bilhões em 2022, em escala global.
Joe Gebbia e Brian Chesky, dois amigos que moravam juntos nos EUA, estavam com dificuldade para pagar o aluguel e tiveram a ideia de locar dois colchões de ar. Pouco tempo depois de montarem um site e sem acreditar muito no que propunham, três pessoas se interessaram pela estadia econômica. Hoje, estima-se que mais de 60 milhões de hóspedes no mundo já tenham utilizado o Airbnb, com compartilhamento de vagas e residências. Mauricio Cabalzar, técnico laticinista, mora em Guarapari (ES) e há um ano e meio aluga os
quartos de sua casa. “Tenho uma casa grande e moro sozinho, como tenho bastante espaço, montei o negócio. E claro, para receber um extra, em época de crise, não é nada mal”, conta. Juliane Pereira, jornalista, se hospedou por duas vezes em quartos disponibilizados pela plataforma. “Em geral, eu me hospedava em hostels. Como uma segunda opção, encontrei o Airbnb e consegui fechar a hospedagem por um valor até quatro vezes mais barato”, relembra Juliane. Conforto e boas indicações são alguns dos pontos avaliados para desempatar a escolha pelo local de hospedagem. “Mesmo locando apenas um quarto, é possível ter privacidade; Os hosts fazem de tudo para que você conheça a localidade e consiga se movimentar bem por conta própria”, destaca a jornalista.
Solidariedade no copo Prata da casa: projetos Seu Neves incentiva clientes deixarem alimentos pagos para quem não pode comprar Maiara Ribeiro Maiara Ribeiro
Que tal tomar o café da tarde e, de quebra, fazer uma boa ação? Essa é exatamente a proposta da barraca do Seu Neves, que fica na Rua da Consolação, próxima da esquina com a Avenida São Luís, no centro de São Paulo (SP). O negócio oferece café, bolos, tortas, sanduíches e outros itens que os clientes podem compartilhar. Funciona assim: você compra um café e um bolo, por exemplo, e deixa para outra pessoa comer. Os produtos pagos são anotados em uma lousa e quem estiver com fome pode passar lá para retirar o produto de graça. Mas somente moradores de rua e pessoas necessitadas podem usufruir da ação. A ideia surgiu depois que uma turista passou por lá para tomar um café e disse que deixaria outro pago para alguém. “Acendeu uma luz na minha cabeça. No outro dia, comprei as duas lousas e comecei a fazer o café compartilhado. As pessoas chegaram e começaram a perguntar o que era, eu explicava e elas colaboravam”, diz José Carlos Pedroso das Neves, o Seu Neves, dono do negócio. A barraca funciona de segunda a sexta, das 16h30 às 22h.
que viram NEGÓCIOS
Alunos da São Judas criam produtos inovadores e ganham reconhecimento
Vanderlei Pereira Jr. Iniciativas que se destacam e ajudam a pelo orientador Nelson Aguiar tornar a vida melhor partem de todos os lu- e por outros professores, gares. Aqui, na São Judas, temos bons exem- agora está em fase final de plos de estudantes que tiveram suas ideias desenvolvimento para ser cobem recebidas por investidores que enxer- locado no mercado. gam nelas potencial. Outro exemplo de sucesso O projeto Watch my car é um exemplo. é o Paletéco, criado por aluEm 2015, alunos de ciências da computação, nos do primeiro semestre do apresentaram a ideia desse dispositivo como curso de administração. A função do TCC. Quando o alarme é ativado, ele foto- aparelho é evitar que, ao derreter, o sorgrafa, através de um sensor instalado no car- vete suje quem o manuseia. Cilíndrico, ro, e envia para o dono, por um aplicativo, a com um guarda-chuva invertido na ponta, imagem do condutor naquele instante, além o Paletéco possui um palito para encaixar de sua localização. o picolé, o que facilita o consumo. Possui “A ideia do projeto surgiu após um acon- também um pequeno suporte que recebe o tecimento desagradável com meu pai, que liquido escoado, impedindo que chegue às teve o carro levado, pela segunda vez, por mãos, e, assim, não as meleque. assaltantes. O carro foi recuperado, por ter “As empresas querem inovar, elas não seguro, mas nunca se provou quem o teria querem colocar o palito tradicional, que é levado”. Maicon Gouveia fez parte do grupo super curtinho”, conta Isabela Ramos que que desenvolveu a ideia. ajudou na criação do aparelho que pode Após participar da Feira do Futuro, or- se tornar um diferencial para a emganizada pela universidade, e ter percebido presa que o adquirir. O grupo receptividade para a ideia, o grupo se inscre- apresentou o projeto na Seveu para apresentar o Watch my car na feira mana de Gestão, organizada anual de tecnologia Campus Party. Lá, cha- pela universidade, e atraiu mou atenção do Globo Esporte, que fez uma o interesse de investidores. reportagem sobre a inovação, o que garantiu Atualmente, os alunos estureconhecimento e abriu as portas para os in- dam as propostas para venvestimentos. O projeto que foi prestigiado der o produto.
Diagramação e Revisão da página: Thomás Santana, Maiara Ribeiro, Vanderlei Pereira Jr., Wanessa Santos, Caroline Lima, Renan Nascimento
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vida digital
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Rede social para cinéfilos cresce no Brasil Site neozelandês é perfeito para fãs de cinema criarem um diário e conhecerem novos filmes Lucas Menoita Cinéfilos costumam ser pessoas com mania de organização, pelo menos quando o assunto em pauta são seus filmes preferidos. Pergunte a um fã de cinema qual o seu Top Five de filmes prediletos ou quais são os diretores de quem mais gosta e provavelmente terá uma resposta na lata, sem nenhuma titubeação. É também muito provável que ele carregue consigo uma lista escrita à mão dos filmes que deseja assistir. Se depender do site neozelandês Letterboxd, essa organização, antes feita de maneira totalmente manual, se tornará 100% digital. A rede social de filmes, lançada em abril de 2012, é ideal para fãs de cinema que querem criar um diário com todos os filmes que assistem ou uma lista de filmes para assistir no futuro. Com praticidade e visual elegante e simples, o Letterboxd tem todas as características essenciais a uma rede social. Nele, você pode criar seu perfil e seguir seus amigos, vendo o que eles têm assistindo ultimamente. Os primeiros passos depois de criar seu perfil e seguir seus amigos são simples: sempre que assistir a um filme, você pode cadastrá-lo no site, numa espécie de check-in no qual você pode dar uma nota ao filme e escrever uma resenha. Assim, você cria o
Lucas Menoita
Rede social neozelandesa foi lançada em 2012 e começa a ganhar usuários brasileiros; críticos como Pablo Villaça fazem uso do site seu diário de filmes e pode conhecer novas obras conforme segue mais pessoas e vê o que elas estão assistindo. Cada filme
tem a sua página, com toda a ficha técnica e sinopse, em inglês. Além da watchlist, é possível criar listas de temas aleatórios,
como filmes de terror que você mais gosta, por exemplo. Apesar de ter sido criada há mais de quatro anos, o site ain-
da não tem muitos usuários no Brasil. Um dos brasileiros mais influentes do Letterboxd é o crítico de cinema Pablo Villaça, de
41 anos, fundador e editor do site Cinema em Cena. O crítico tem milhares de seguidores nas redes sociais e seu perfil mostra mais de oito mil filmes assistidos. “Às vezes, fico na dúvida se vi um filme ou não, e o Letterboxd é uma referência fácil para confirmar”, afirma Pablo, que é um dos assinantes da versão paga do site, que oferece algumas vantagens extras. “A versão paga oferece estatísticas mais detalhadas sobre os filmes vistos ao longo do ano: quantos foram vistos pela primeira vez, quais os melhores cotados, quais diretores e atores mais frequentes nas minhas listas”, explica Pablo. O biomédico Rafael Emídio, de 28 anos, conta que conheceu o site através de uma matéria sobre a rede social no site B9. “Costumo criar listas com filmes que pretendo assistir no futuro e procurar por resenhas. Também faço check-in sempre que vejo um novo filme”, diz Rafael. Para Pablo, grande entusiasta do cinema nacional, o ponto negativo do site é a falta de títulos em português para o público brasileiro. Já Rafael acredita que a rede social falha em ainda não fazer uma ponte com os serviços de streaming. “Poderia haver uma melhor integração com outras plataformas como a Netflix”, finaliza Rafael.
Segurança para os bichinhos de estimação Como o GPS virou um método de proteção para cães e gatos
Arquivo Pessoal
Amanda Chalegre A tecnologia tem usado e abusado da função dos localizadores, inclusive quando falamos em animais de estimação. É preocupante para os donos dos pets a possibilidade de perdê-los. Nisso, os avanços tecnológicos têm auxiliado com alguns produtos que foram desenvolvidos como os Microchips e Coleiras GPS que viraram sensação no mercado pet. Os microchips possuem o tamanho de um grão de arroz e carregam informações dos donos. Eles são implantados nos animais através de uma agulha sob a pele, o que não causa desconforto. Caso o animal se perca, é realizada a leitura do chip para mostrar os seus dados cadastrados. Já a Coleira GPS, é uma coleira com um dispositivo linkado a um aplicativo no celular do dono, ou até mesmo pelo Google Maps. O animal é controlado em tempo real prevenindo a perda dele. Os produtos geral-
mente são importados e funcionam conforme a empresa que os desenvolvem. Algumas enviam uma mensagem ao número cadastrado caso o bichinho de estimação saia dos campos registrados, outras encontram o animal em qualquer área. Os profissionais da área pet consideram uma segurança válida e recomendam que os donos possam aderir a esse método. “A tecnologia avançou muito e o rastreamento tornou-se o "Rg" dos pets, acho que todos os donos devem utilizar essa nova plataforma, principalmente agora com essa onda de sequestros de pets. O animal de estimação merece todo cuidado e atenção que nós humanos temos a oferecer”, diz Maria Lurijane Ferreira, farmacêutica e auxiliar de enfermagem veterinária. Em relação a qual produto é mais recomendado, Maria Lurijane acredita que a Coleira
GPS corra o risco maior de ser retirada. “Acho todos os dispositivos válidos, porém, acredito que a microchipagem seja o melhor método, porque a maioria dos hospitais e clínicas veterinárias possuem o aparelho para leitura do chip. Acredito que a Coleira GPS seja muito mais fácil de ser removida do pescoço do animal e acabar enganando o proprietário quando pesquisar onde ele está naquele momento”, explica ela. “Decidimos colocar porque a raça da Luna é cara, com valor do filhote de cerca de 10 mil reais, e existe muita procura, inclusive no mercado negro. Muitos são roubados na rua para reprodução forçada ou mesmo para venda. Queremos ter a garantia de que se, por algum acaso ela passar nas mãos de um veterinário, ele possa scanear o chip, encontrar nossas informações e nos contatar”, explica Caio Luz, metroviário.
Luna tem o microchip implantado desde o primeiro ano de vida, o que traz seguraça para os nodos
Cigarros eletrônicos substituem tabaco Arquivo Pessoal
Esta pode ser uma alternativa para quem quer se livrar do cigarro por motivos financeiros ou de saúde Gabriel Magno
As poucas regulamentações oficiais sobre vaporizadores são proibitivas e muitos usuários acusam a indústria do tabaco de usar seu poderio financeiro para barrar a popularização do dispositivo. Hoje é quase impossível conseguir um aparelho de qualidade no Brasil. O produto foi idealizado, em 2003, por Hon Lik, um farmacêutico chinês que assistiu à morte de seu pai pelo vício em nicotina. Para esclarecer as dúvidas frequentes sobre o tema, o Expressão conversou com o técnico em manutenção, Maurício Morais, que faz um trabalho autônomo em sua casa em Mogi das Cruzes. Ele é um nome conhecido entre os brasileiros que utilizam o vaporizador por ser um dos poucos especialistas em reparo do aparelho.
Cigarro eletrônico substitui tabaco por vapor de glicerina, que contem diversos sabores
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Expressão – Este dispositivo oferece riscos à saúde? Maurício Morais – O termo saudável é questionável. Até o ar que respiramos não é puro e a água que bebemos vai saber como está. Mas acredito que não faz mal. Quando a pessoa larga o cigarro tradicional e começa
Diagramação e Revisão da página: Lucas Menoita, Amanda Chalegre, Gabriel Magno, Guilherme Moura
a usar o vaporizador pessoal, na mesma semana já consegue sentir benefícios: melhor respiração, melhor paladar, cheiros e gostos que há tempos você não sentia, agora você começa a sentir. Claro, o ideal seria a pessoa não usar nada, mas se não conseguir, use o vapor. Expressão – Como funciona um cigarro eletrônico? Maurício Morais – O vaporizador pessoal, conhecido popularmente como cigarro eletrônico nada mais é que uma bateria controlada ou não por uma placa e um atomizador que seria onde se coloca a resistência. Conforme acionamos o botão da bateria a resistência esquenta fazendo com que o liquido se transforme em vapor. O liquido é uma mistura de Propilenoglicol, Glicerina Vegetal Bidestilada com essência do sabor desejado. Também pode se acrescentar nicotina, caso deseje, para saciar a vontade do cigarro até conseguir parar de vez. Podemos dizer que funciona como os adesivos e pastilhas que o governo dá no tratamento ao tabagismo, mas o método é eficaz e a pessoa que se adapta ao método
consegue parar no ato com o cigarro sem estresse nenhum. Expressão – Qual o custo benefício de trocar do cigarro tradicional para o vaporizador? Maurício Morais – Todos. Para quem fuma mais de meio maço por dia já reduz seu gasto para 10 reais por semana. Também serão menores os gastos com o tratamento das consequências do tabagismo comum. Expressão – O que a legislação brasileira diz sobre os cigarros eletrônicos? Maurício Morais – A comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil está proibida, por meio da Resolução da Anvisa, RDC 46, de 28 de agosto de 2009, no entanto o uso não é proibido em locais permitidos para fumantes nem pode ser confiscado. O que é proibido em nosso país é a comercialização, importação e divulgação dos "e-cig´s". O uso não é proibido, mas o sensato é vaporar em locais onde é permitido fumar. Nenhuma "autoridade" pode apreender o seu dispositivo, a não ser que esteja vaporando algo que seja ilícito.
artes
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Restauração:
uma técnica para manter a arte viva Procedimento envolve atenção a todos os detalhes para que a obra não perca sua grandeza e possa ser admirada por mais tempo Erica Lima Há diversos fatores que podem causar o desgaste e deterioração de uma peça artística, fazendo com que ela fique com a aparência bem diferente do que era originalmente. O tempo é um dos principais fatores, mas há também outros que podem prejudicar a qualidade e a aparência da obra, como uma iluminação inadequada, certas características climáticas, chuva, maresia e altas temperaturas. É necessário que os museus e galerias possuam estruturas adequadas para abrigar as obras e peças. Para recuperar e até mesmo evitar que a arte seja prejudicada, entra em cena um importante profissional: o restaurador. “Deve-se tomar muito cuidado, pois temos que interferir apenas o necessário, para que a aparência da peça fique exatamente como era. Restaurar é voltar a ser o que foi quando nasceu”, explica Philipe P.M. Garai, quarta geração de uma linhagem de restauradores. Existem três conceitos utilizados: a preservação, conservação, e por fim, a restauração. O primeiro, se refere ao processo de prevenir os danos e aumentar a vida útil da obra. O segundo, diz respeito às ações que desaceleram a degradação, através de tratamentos como higienização e pequenos reparos. A restauração é a reversão e a estabilização dos danos estruturais e estéticos. Qualquer tipo de obra e material pode passar por estes processos, inclusive as arquite-
fotos:Ateliê, arte e restauração
Diferentes técnicas de pintura podem passar pelos processos de conservação e restauro
tônicas. Os reparos são feitos nas rachaduras, e demais prejuízos causados por infiltração. Para que estes procedimentos sejam bem sucedidos, é necessário realizar alguns testes para que não ocorra nenhum erro. “Os materiais utilizados originalmente são identificados por meio de exames organolépticos, ou seja, através dos nossos cinco sentidos, principalmente a visão, juntamente com o pré-conhecimento dos materiais que foram utilizados”,
informa Rejane Ferretto, graduada no curso de Tecnologia em Conservação e Restauro e atuante na profissão há cinco anos. Muitas vezes, estes procedimentos não possuem um tempo determinado para serem finalizados, pois este é um trabalho minucioso, que exige atenção nos mínimos detalhes. “O restaurador/conservador deve saber utilizar o prazo máximo para realizar as intervenções, cada obra possui
o seu próprio tempo”, esclarece Rejane. Apesar de, no Brasil, a profissão conservador-restaurador não ser regulamentada, e de não existirem leis especificas sobre as ações destes profissionais, há leis de tombamento e as regulamentações internas elaboradas pelos museus que, juntamente com os conhecimentos e o talento dos profissionais, são a garantia que a obra possa continuar a ser admirada através das gerações.
Ilustradora e jornalista fazem da sala de sua casa uma galeria de arte O sonho de transformar a cidade, começando pela sua própria casa. Essa foi a ideia que fez nascer a Sala Aberta Amanda Pavan Em uma rua tranquila do bairro de Perdizes, um bonito e alegre sobrado abriu suas portas à arte e à convivência. Depois de anos viajando em busca de iniciativas bem-sucedidas para melhorar a qualidade de vida nas metrópoles, a ilustradora Juliana Russo e a jornalista Nathália Garcia resolveram abrir a sala de casa para a cidade: nascia a Sala Aberta.
Da sala, saíram os sofás e televisão. As paredes e mesas ganharam desenhos e ilustrações. O espaço transformou-se, então, em um cantinho para exposições, oficinas e rodas de bate-papo com artistas. As exposições são gratuitas e acontecem em datas e horários programados, divulgados na página do projeto no Facebook. Além de toda a organização, a curadoria das exposições também é feita por elas. “A Sala Aberta é um espaço informal de arte, ajuda o artista a exibir trabalhos sem a mediação da galeria. Espaços mais horizontais de exibição de arte são muito importantes para fomentar a arte, para não se restringir a espaços de galerias e museus, e baratear o valor da obra”, explica Juliana. A sala ficou pequena e estendeu-se à rua. Na calçada, em-
baixo de uma imponente árvore, um banco convida-nos a sentar à sombra. Com tapetes, bancos e cangas, a calçada da casa das garotas também transformou-se em quintal, que recebe shows, artistas, amigos e vizinhos. “Os artistas são pessoas que admiro o trabalho e que, de alguma forma, tenho uma relação, ou de amizade ou de parceria. São pessoas que apoiam a Sala Aberta e que têm interesse em participar. Aos poucos, essa rede de artistas está crescendo porque muitas pessoas entram em contato comigo querendo participar do projeto. Como é um lance mais informal se eu acho que o trabalho tem a ver com a pegada da Sala, essas pessoas acabam entrando na exposição seguinte”, conta a idealizadora.
O visitante, além de aproveitar a exposição, e uma bela sombra, ainda pode experimentar os petiscos e cervejas que as garotas oferecem. O projeto já realizou cinco exposições de desenhos, impressos e publicações de diversos artistas, e, em breve, abrirá as portas para a primeira exposição exclusiva de um único artista.
Serviço: Sala Aberta Rua Bartira, 1409 - Perdizes projetosalaaberta@gmail. com facebook.com/ projetosalaaberta
Ensaio mostra a beleza de todos os corpos Projeto Cada Uma ganha mais acessos a cada dia graças a imagens de mulheres fora dos padrões estéticos impostos pela sociedade Amanda Cardoso Mesmo com críticas cada vez maiores à chamada “ditadura da magreza”, a grande mídia continua condicionando o corpo magro como o ideal. O casal de fotógrafos, Jessica Chamma e Felipe Mariano, começaram a questionar esse padrão. “Nós queríamos nos especializar em alguma área da fotografia, e gostamos muito do nu. Mas quando fomos buscar referências, só víamos meninas brancas e magras”, conta Jessica. “A gente começou a se perguntar por que uma mulher gordinha não podia posar nua. Não existe beleza nessas mulheres também?”, completa Felipe. A resposta para esses questionamentos veio com a criação do Projeto Cada Uma, com ensaios nus de mulheres consideradas fora do padrão de beleza. As fotos não recebem tratamento para corrigir as chamadas imperfeições (estrias, celulites, etc.), mas apenas filtros, como preto e branco. Depois de sele-
cionadas, elas são publicadas no site do projeto, e algumas são compartilhadas no Facebook e no Instagram para dar visibilidade à ideia. O casal fotografa mulheres com vários tipos de corpo, e não apenas as chamadas “acima do peso”, mas essas são maioria. As primeiras fotos foram de amigas do casal. Elas indicaram outras moças e, até agora, 24 já participaram do projeto. Felipe afirma que eles não cobram nada pelas fotos. “Isso seria uma barreira para muitas garotas, e não é isso que queremos, mas estamos buscando patrocínio para fazer uma segunda temporada de ensaios. A única taxa cobrada é pelo trabalho da maquiadora, caso a mulher queira”. Ele também conta que não esperava tanta repercussão e feedbacks positivos. Jessica confirma: “Todos os dias recebemos mensagens de mulheres dizendo que os ensaios fizeram elas verem que também são bonitas do jeito que elas são”.
Ela conta que as “modelos” também tiveram reações positivas. “Existem dois tipos de garotas que fotografam com a gente: as que já são emponderadas em relação ao corpo e as que ainda estão se emponderando. Esse segundo grupo se surpreende mais com o ensaio pronto. Muitas dizem que conseguiram enxergar toda a sua beleza graças às fotos” Na vida dos próprios fotógrafos, muita coisa mudou depois do Cada Uma. Jessica aceitou ainda mais seu corpo e Felipe passou a ver cada vez mais a beleza única de cada mulher. “A minha maneira de enxergar as mulheres hoje em dia é bem diferente de algum tempo atrás. Para mim o projeto trouxe uma evolução como ser humano”, ele completa. Todos os ensaios estão disponíveis no site www.projetocadauma.com.br
Diagramação e Revisão da página: Amanda Cardoso, Amanda Pavan
Projeto Cada Uma
Casal de fotógrafos divulgou ensaios nus com mulheres fora do padrão estético
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esporte & lazer
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Radicalize em 90 graus Escalada se torna uma modalidade cada vez mais conhecida e praticada
Marcos Rodrigues
Carolina Andrade Teodoro Você gosta de um esporte mais alternativo? Já pensou em fazer escalada esportiva? Em São Paulo existe um local onde você pode se divertir ou virar um profissional. Criada pelo escalador Paulo Gil, a 90 Graus tem como objetivo, através da didática aplicada na criação das vias de escalada, a formação e aprimoramento de escaladores de todos os níveis. A escalada é uma das modalidades do montanhismo e está ganhando cada vez mais adeptos. Qualquer pessoa pode praticar a escalada, não há restrições de idade, peso, altura. O esporte é muito completo, na parte física se trabalha alongamento, força, resistência e parte psicológica você precisa superar seus limites, medos e precisa criar confiança. Também ajuda a amenizar o estresse, pois quando você esta concentrado no exercício, você acaba esquecendo todos os estresses familiares e do trabalho. As escaladas são praticadas de duas formas, a indoor é
feita em duas academias aqui de São Paulo, uma é a casa de pedra e a outra é o 90 Graus e a escalada outdoor é feita em várias cidades ao redor de SP, a principal cidade fica em São Bento do Sapucaí. “Já faz cinco anos que eu comecei a praticar a escalada, é um esporte que trabalha o corpo de uma forma completa e isso foi o que eu mais gostei do esporte, antes eu só andava de bicicleta e praticava surfe, hoje e mesclo um pouco das três modalidades. Eu recomendo, pois além de trabalhar a resistência do corpo, ainda trabalha a parte mental. Eu consegui superar vários medos, principalmente o de altura”, comenta Julia Almeida. “Eu acho o esporte muito radical e não tenho coragem de praticar. Admiro muito as pessoas que gostam dessa adrenalida”,diz Marcos Rodrigues. O curso básico 1, tem foco no desenvolvimento consistente do escalador iniciante. Este curso apresenta todo o
sistema de segurança bem como introduz o iniciante ao universo vertical, através de exercícios que ampliam sua consciência corporal – ferramenta fundamental para a execução harmoniosa e eficiente dos movimentos. Você pode se inscrever por telefone ou pessoalmente, custa R$ 120,00 uma aula com 2 horas. O curso básico 2, tem aplicação básica dos conceitos vistos anteriormente e o objetivo principal nesta fase, é ampliar o repertório de movimentos disponíveis durante a escalada. Muitas explicações e exercícios para entender os motivos pelos quais usamos esse ou aquele método de treinamento. O curso é bastante duro, complicado e longo. E você vai encarar? Custa R$ 250,00 o dia livre para escalar.
90º Graus
Endereço: Avenida João Pedro Cardoso, 107 SÃO PAULO - Telefone: (11) 5034 8775 Funcionamento: Segunda-feira Sexta-Feira 16:00h às 23:00h. Sábado, domingo e feriado 14:00h às 21:00h. - Valores: Diária: R$ 38,00 ; Plano 8 Diárias (válido por 3 meses) R$ 265,00 Mensal: R$ 225,00 ; Trimestral: 3 x R$ 200,00 ; Semestral: 6 x R$ 180,00 - Equipamentos / aluguel: Cadeirinha: R$ 6,00 ; Mosquetão com Trava: R$ 4,00 Sapatilha: R$ 8,00 ; Saco de Magnésio: R$ 7,00
Anhembi também é lugar de carro! Bruna Nunes
De Opala a Gol GTI, o encontro de carros é perfeito para quem procura diversão Bruna Nunes
Opalas dos mais variados modelos e anos sempre estão presentes nos encontros
Toda terça-feira mais de seis mil pessoas se reúnem no Sambódromo do Anhembi e não é para acompanhar os desfiles de escola de samba. Quando cai a noite, o lugar se transforma no maior encontro de carros antigos, clássicos e modificados do Brasil. Se você procura velocidade e quer apreciar o antigo mobilismo, lá é o local certo! Só tome cuidado para não se apaixonar... O AutoShow Collection é um evento que reúne automóveis que marcaram história no Brasil, como Impala (o famoso “rabo de peixe” com sua longa traseira) e Maverick (mais conhecido pela sua potência no motor e lembrado como Maveco). Além disso, todas as terças-feiras possuem um tema diferente para ilustrar o evento. A Noite do Opala, a Noite dos Carros Americanos e a lendária Noite do Fusca – que atrai mais de 40 clubes automotivos em apenas um dia! Para Rony Silva, apreciador de belas máquinas antigas e que desfila no sambódromo com seu
Fusca ano 1985, série especial, a sensação de poder estar presente com o carro é algo inexplicável. “É uma sensação muito prazerosa. É gratificante a gente ter um desejo realizado. Na hora em que você desfila e todo mundo admira seu carro, elogia, fala que você tem bom gosto, que a roda combina com tudo, que o carro está muito bem feito e bem detalhado é única. É um desejo que vira realidade e o prazer é inigualável. Descrever é difícil. É felicidade, prazer. Sonho realizado”, explica Rony. E não para por aí. Tem mulher na pista também! É o caso de Lídia Lins, fundadora da página Opaleiras do Brasil e uma das frequentadoras do Anhembi. “Participar desses encontros é sempre muito gostoso porque você faz novas amizades e encontra amigos com as mesmas paixões. Ultimamente, tenho encontrado muitas mulhe-
res que também gostam de carros antigos, principalmente o Opala, então é muito gratificante. Sem contar o principal, que é apreciar os veículos. É uma energia e emoção muito boa”, comenta Lídia. Além disso, na visão de Lídia Lins, a palavra chave da participação da mulher nesses encontros é avanço. “Frequentando, os encontros, aos poucos, a gente vai ganhando crédito, credibilidade e o nosso espaço no antigo mobilismo. As Opaleiras do Brasil, por exemplo, não é um clube da Luluzinha. Nós somos mulheres que realmente gostam de carros antigos. Não somos modelos. A nossa intenção é mostrar que temos interesse, que nós gostamos de verdade. Temos ferrugem nas veias. Aos poucos, a gente está sendo conhecida, e, enfim, é tudo de bom”, avalia Lídia Lins.
AutoShow Collection
Onde: Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo/SP Quando: todas terças-feiras / Horário: das 18h às 23h Preço: entre R$40 e R$12 (estudante paga meia-entrada)
Diversão e disputa nas arenas virtuais Equipes treinam e batalham diariamente para alcançar o sucesso nos campeonatos
Riot Games
Vinicius Felix Dois times, cinco jogadores de cada lado da arena, cada um com seu campeão e uma função específica. A meta principal é destruir o Nexus do adversário, vencendo a partida. Com muitas estratégias, é assim que funciona o modo clássico de League of Legends (LoL), e de outros MOBA (jogos de batalha em arena online entre grupos). DotA e Dota 2 foram popularizando o gênero. Mas, ninguém supera o LoL, com 67 milhões de jogadores todo mês. Em julho, foram quase 78 milhões de horas assistidas pelo Twitch. E a final do campeonato brasileiro teve 2,1 milhões de espectadores. “League é mais fácil de entender e de jogar. A superioridade é fruto de todo o marketing que a Riot games faz com os personagens e tudo relacionado. Os programas que eles têm no YouTube toda semana com as novidades do cenário competitivo no mundo todo, e o outro para explicar e analisar as mudanças semanais. Eles realmente se esforçam para se aproximar dos jogadores, isso faz com que esses tentem espalhar cada vez mais o jogo para amigos e conhecidos”, comenta Lucas Freitas, que acompanha os campeonatos de LoL desde 2013.
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A popularidade também se deve ao fato que é gratuito e funciona em computadores. Para quem está começando, Lucas indica que é fácil obter aprendizado ao assistir as transmissões, nas quais os comentaristas fazem análises e explicam as jogadas. E para quem quer jogar, ir para partidas contra bots, aumentando a dificuldade, vendo os próprios erros, descobrindo o estilo e posição. “Jogo há uns quatro anos, duas a três vezes por semana, sendo no total umas 8 a 10 horas no máximo. Normalmente jogo mais na selva. Escolho mais os campeões roubados nas ranqueadas. Em jogos normais, opto por aqueles em que me divirto mais. Atualmente sou level 30, platina 5. Desde que comecei tive um pico muito grande de aprendizado e tempo para praticar”, conta Erik Franchi, sobre sua experiência. Lucas aponta que a dedicação, o tempo gasto e as preocupações mudam entre os jogadores. “O casual não se importa tanto em ter um CS alto e quer pegar kills. Já o profissional se preocupa com as tropas, a localização delas, os segundos que ele vai perder caçando um adversá-
rio e o quanto de tropas e experiência ele vai deixar de pegar nesse tempo. O grande passo para chamar a atenção das equipes é chegar ao elo desafiante, mostrar boas mecânicas, conhecimento e capacidade de aprender, porque o jogo para partidas ranqueadas é completamente diferente no cenário competitivo. Os personagens que valem a pena jogar são outros, as estratégias, a movimentação, os pontos para sentinelas, tudo muda, mas a jogabilidade é sempre a mesma”. Para o futuro, as expectativas de crescimento e força do Brasil são promissoras. “Novos profissionais estão sempre surgindo, times também. Temos a OPK que surgiu no ano passado e chegou as eliminatórias duas vezes, sendo a grande surpresa do campeonato brasileiro. O Brasil já foi ao mundial duas vezes. Este ano estamos tentando a vaga com a INTZ que disputa o International Wild Card, tendo destaque. O melhor time de Counter Strike do mundo é brasileiro, talvez, dê pra chegar lá em outros jogos”, completa Lucas Freitas, mostrando que podemos ser uma potência nas competições.
Summoner’s Rift é o maior mapa de League of Legends, com três rotas até o base do adversário
Diagramação e Revisão da página: Vinícius félix, Bruna Nunes, Carolina Andrade