BioFocus

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Esta publicação é parte integrante do Projeto Integrador do 3º ano do curso Técnico em Comunicação Visual integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas - Campus Passos. Reitor IFSULDEMINAS: Prof. Marcelo Bregagnoli Diretor geral Câmpus Passos: Prof. João Paulo de Toledo Gomes Coordenador do curso Técnico em Comunicação Visual: Prof. Kelly Dangelo Edição, Redação, Projeto Gráfico, Montagem e revisão: Isadoraa Aparecida Silva Contato: 15silvaisadora@gmail.com Apoio e Orientação Projeto Editorial: Profa Heliza Faria Identidade Visual: Prof. Cleiton Hipólito Ética e Legislação: Prof. Tiago Severino


É muito importante que cada indivíduo neste mundo entenda que o ambiente limpo é muito importante para a saúde de todos os seres humanos. Qualquer tipo de poluição causa danos ao meio, e isso é muito ruim para a humanidade inteira. Porém, problemas ambientais em todo o mundo vem acontecendo e pouco se fala sobre. Por conta disso, a BioFocus vê a necessidade de manter o leitor por dentro de todos os assuntos relacionados a esse tema já que 2019 foi um ano de muitos desastres ambientais. O primeiro passo para a mudança é a conscientização sobre a importância do ambiente, e como ele pode ajudar-nos a permanecermos saudáveis, e é isso que a BioFocus oferece. Desde já, gostaria de agradecer pela atenção e desejar a todos uma otima leitura. A BioFocus, é uma revista preocupada em manter seus leitores com as melhores informações atualizadas sobre a situação ambiental do Brasil e do mundo. Foi criada no ano de 2019 por Isadora Aparecida Silva, aluna do ensino médio integrado em comunicação visual. IFSULDEMINAS Campus Passos.


Índice A importancia do ambiente em nossas vidas

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O consumismo e seus impactos ambientais

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Poluição global volta a aumentar

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O impacto do que consumimos no ambiente

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A grande mancha de lixo no Pacífico

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A degradação do meio ambiente e a extinção

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Meio ambiente e a saúde

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A reciclagem e o ambiente

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Como preservar o meio ambiente?

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O que queremos!

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IMPORTÂNCIA DO MEIO AMBIENTE EM NOSSAS VIDAS A Importância da Preservação do Ambiente: É muito importante que cada indivíduo neste mundo entenda que o ambiente limpo é muito importante para a saúde de todos os seres humanos. Qualquer tipo de poluição causa danos ao meio, e isso é muito ruim para a humanidade inteira.

O Que é Meio Ambiente? Muito se fala, atualmente, em preservar e cuidar do meio ambiente. No entanto, muitas vezes as razões dessa necessidade não são ditas, ou não são percebidas. Afinal, o que é meio ambiente e por que devemos cuidar dele? O Meio Ambiente é a soma total do que está em torno de algo ou alguém. Ele inclui os seres vivos e as forças naturais. O ambiente proporciona condições para o desenvolvimento e crescimento dos seres

vivos, pois eles simplesmente não existem em seu ambiente. Os organismos mudam em resposta às condições do seu ambiente, que é composto das interações entre plantas, animais, solo, água, etc. A palavra ambiente é usada para falar sobre muitas coisas. Pessoas em diferentes áreas do conhecimento (como história, geografia) usam a palavra de forma diferente. Em biologia e ecologia, o meio ambiente engloba tudo o que há na natureza e os seres vivos, incluindo a luz solar. Isto também é chamado de ambiente natural.

Vários tipos de problemas graves de saúde, como o câncer, estão aumentando rapidamente em todo o mundo e a principal razão por trás do aumento dessas doenças está na maior quantidade de poluição no meio ambiente. No contexto atual, vemos uma maior tomada de consciência da sociedade sobre os níveis de poluição e, portanto, estamos observando algumas ações de mudança de atitude. Porém, ainda é necessário muito trabalho para ser feito por todos nós, de modo que tenhamos de fato um ambiente limpo e saudável. O primeiro passo para essa mudança é a conscientização sobre a importância do ambiente limpo, e como ele pode ajudar-nos a permanecermos saudáveis.

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O CONSUMISMO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS Nossa sociedade atualmente é baseada no consumo, a todo o momento somos bombardeados com propagandas de produtos como celulares, câmeras, roupas e vários outros bens de consumo. Aprendemos desde cedo que possuir é, de alguma forma, ter poder e passamos a comprar exageradamente. O consumismo é o ato de comprar algo que você de fato não

precisa somente para mostrar status ou por influência de comerciais. Essa lógica consumista traz sérios problemas para o meio ambiente, porque quanto mais se consome, mais se produz e essa produção é feita a partir dos recursos naturais. Os recursos naturais não são renováveis, o petróleo é um exemplo de um recurso

natural muito utilizado e que cada vez mais está se esvaindo. Guerras já foram travadas por causa do petróleo. Outro grande problema do consumismo é o lixo eletrônico. O lixo eletrônico é o nome que se dá para o descarte de qualquer produto eletroeletrônico. A cada ano consumimos mais produtos eletrônicos e o descarte incorreto desses pro-

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dutos traz problemas para o meio ambiente. O lixo eletrônico é composto por muitos elementos tóxicos prejudiciais ao solo. Uma solução para diminuir os problemas gerados por esse excesso seria o consumo consciente. Existe uma dica pra um consumo mais consciente, conhecida como os quatro erres (4R’s). Eles são: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. Repensar seus atos de consumo, reduzir o consumo, reutilizar os materiais que parecem não ter mais utilidade e reciclar o lixo.

O ambiente e as empresas: Sabemos que as empresas estão diretamente relacionadas ao ambiente na qual elas se inserem, e que influenciam os três setores da economia. No setor primário que está ligado ao extrativismo, pecuária e agricultura há um intenso consumo de água relacionada ao setor agrícola; no setor extrativista a diversos problemas ligados ao uso incorreto do solo; já o setor pecuário além da substituição da cobertura vegetal pelas pastagens, outro problema ambiental é a compactação do solo gerada pelo deslocamento dos rebanhos.

estufa e aquecimento global, tais situações se relacionam a emissão de gases poluentes pelas usinas. A poluição da água e dos solos, a chuva ácida e a inversão térmica são exemplos de interferências ambientais que podem ter origem no espaço urbano, especialmente em áreas de grande concentração industrial, e são agentes modeladores do espaço geográfico. O setor terciário também conhecido como setor de serviços é aquele que engloba as atividades de serviços e comércio de produtos. Um dos problemas relacionados a esse setor está diretamente relacionado à conurbação. Devido a esse processo se inseriu a pavimentação que dificulta o escoamento da água e aumenta a temperatura em centros metropolitanos. Através disso, que as empresas que rodeiam os setores da economia necessitam ter um olhar diferenciado em relação ao ambiente que elas estão inseridas, já que este é

de extrema importancia, pois é nossa fonte de matéria prima e sem ele nenhum setor englobado e nenhuma empresa existiria. Segundo estabelece a Constituição Federal, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá -lo para as presentes e futuras gerações. O tema está em ascensão, visto que permite que as empresas reduzam custos, ingressem em novos mercados e melhorem sua reputação corporativa. Ela afeta todo mundo, desde os CEOs até os trabalhadores que estão no chão de fábrica. As empresas procuram formas de eliminar resíduos, reduzir o uso de energia e fontes de matérias -primas de forma sustentável. Muitas vão ainda mais longe, por exemplo, reutilizando todos os resíduos ou apoiando

O setor secundário da economia está ligado à indústria. Nós sabemos que neste estão a maior parcela dos problemas causadores do efeito

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POLUIÇÃO GLOBAL VOLTA A AUMENTAR A poluição global causada por gases de efeito estufa aumentou pelo segundo ano, o que interrompe uma pausa nas emissões e abre caminho para novos aumentos até 2040, a menos que os governos tomem medidas radicais. As conclusões do relatório anual da Agência Internacional de Energia apresentam uma perspectiva sombria sobre os esforços para combater as mudanças climáticas e marcam um revés para o movimento ambiental cada vez mais ativo. Segundo o relatório, os níveis de emissões teriam que começar a cair quase imediatamente para alinhar o mundo às ambições do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura para bem abaixo de 2 graus Celsius no período desde a Revolução Industrial. No entanto, o cenário mais provável da agência mostra que as emissões líquidas só devem ser zeradas em 2070,

ou 20 anos depois do prazo sugerido por cientistas do clima. A forte expansão econômica, a crescente demanda por eletricidade e os ganhos mais lentos de eficiência contribuíram para o aumento de 1,9% das emissões de dióxido de carbono de fontes de energia em 2018, informou a AIE em relatório. É outro sinal de que as iniciativas para diminuir o uso de combustíveis mais poluentes ainda são muito lentas para ter um grande impacto na preservação do meio ambiente. Embora os setores de energia eólica e solar estejam crescendo, a sede por energia do mundo em desenvolvimento também eleva o consumo de carvão e de outros combustíveis fósseis, emitindo mais poluição na atmosfera. O relatório deste ano também descarta a ideia de que a poluição já poderia ter atingi-

do o pico. Entre 2014 a 2016, as emissões de carbono diminuíram. Mas aumentaram em 2017 e, novamente, no ano passado, segundo os dados mais recentes de gases de efeito estufa compilados pela AIE. Os países em desenvolvimento instalaram mais usinas de carvão, enquanto nações industrializadas trabalham para eliminar o combustível, um legado que será sentido nos próximos anos já que as usinas são construídas para operar por décadas. A AIE diz que são necessários cortes rápidos das emissões para impedir que o aumento da temperatura ultrapasse a marca de 2 graus. Se a poluição atingisse o pico agora, haveria uma probabilidade de 66% de manter o aumento médio global abaixo de 1,8 grau. “Algo não está certo no sistema quando os investimentos em combustíveis fósseis continuam, embora, de acordo com o Acordo de Paris, devam ser eliminados até 2050”, disse Mette Kahlin McVeigh, diretora do Programa Climático do grupo de pesquisa sueco Fores. “Ou as políticas são muito fracas ou o mundo simplesmente não acredita que precisa mudar.”

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Conheça o impacto ambiental dos produtos que você consome:

2700

São necessarios litros de água para fabricar uma camiseta de algodão. Água suciente para uma pessoa beber por 2,5 anos.

Aumento do efeito estufa pela emissão de dióxido de carbono, uso indevido do solo, poluição sonora em alguns casos e utilização de recursos não renováveis como o petróleo.

2500

l É necessarios de água para produzir um quilo de carne bovina. Tem elevada emissão de gás metano, grande derrubada de orestas.

O agrotóxico é bastante nocivo para os seres vivos e podem desencadear contaminação e poluição do solo, água e até mesmo do ar.

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A GRANDE MANCHA DE LIXO NO PACÍFICO Você já ouviu essa história: no meio do Pacífico, em algum ponto entre o Havaí e o litoral da Califórnia, flutua uma ilha de plástico três vezes maior que a França. A Grande Porção de Lixo (o nome oficial é esse, com letras maiúsculas, mesmo) é só uma região do oceano Pacífico em que, devido a dinâmica natural das correntes marítimas, muitos poluentes sólidos tendem a se concentrar. Imagens de satéli-

te desse pedaço de mar aberto – use o Google Earth, mesmo, não precisa tirar uma foto do espaço – não mostram nada, pois há muito pouco para se ver de longe. Dos 1,8 trilhão de objetos contáveis que flutuam ali, 94% são microplásticos – bolinhas de lixo tão pequenas e leves que só têm capacidade de tornar a água turva, opaca. É um sopão muito bem misturado

e diluído, e não uma ilha no sentido geográfico da coisa. Os outros 6% são uma miscelânea de itens visíveis, com mais de cinco centímetros. Apesar de bem mais raros e esparsos, são esses os bons em fazer volume: correspondem a boa parte do total de 79 mil toneladas de poluição que há ali. Tem para todos os gostos.

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isso –, coletaria um monte de bolinhas esbranquiçadas minúsculas, quase invisíveis, um naco de rede de pesca e, só com muita, muita sorte, uma tampinha ou cotonete. Bem diferente do iceberg de garrafas PET e madeira que está no imaginário popular. O tamanho real dessa mancha de poluição é difícil de estimar. Afinal, é difícil cravar qual concentração de plástico por metro quadrado deve ser usada de parâmetro para traçar a fronteira. Se a suposta ilha na verdade é uma massa disforme, então ela não termina abruptamente. Na verdade, se dilui no trecho de oceano mais limpo do entorno em um gradiente sutil.

Garrafas, sem dúvida, mas também sapatos, patinhos de borracha etc. O grosso, porém, é material de pesca: redes, que são 46% do total, linhas de náilon, armadilhas e por aí vai. 20% disso, como dá a entender a foto viralizada acima, foi parar lá graças ao tsunami de 2011 no Japão, de acordo com um estudo abrangente publicado em março deste ano. Mas isso é muito diferente de confundir a foto do pós-desastre com a ilha de lixo em si. Se você pegasse um balde d’água em um ponto aleatório dessa região do Pacífico – a National Geographic tem uma foto que é exatamente

Algumas fontes afirmam que a Grande Porção de Lixo é duas vezes maior que o território dos EUA, o que é quase certamente um exagero. O serviço de checagem de fatos Snopes atribui esse número a Marcus Eriksen, que em 2008 era diretor de uma fundação de pesquisa fundada pelo oceanógrafo Charles Moore – o cientista que descobriu a concentração de sujeira oceânica em 1997. A estimativa do primeiro parágrafo – é bem mais realista, e bate com os achados do estudo de março, já mencionado. Todas essas ressalvas, é claro, não são para dizer que devemos afrouxar as providências. Se a mancha é sólida ou não, ou se é composta por mais redes de pesca do que

garrafas, são diferenças conceituais que não mudam as gravíssimas consequências de sua existência para a biodiversidade marinha. George Leonard, cientista chefe de um grupo de preservação ambiental chamado Ocean Conservancy declarou à imprensa. “Esse estudo é a confirmação de que itens de pesca perdidos são responsáveis pela morte de muitos animais, e que o debate sobre o plástico deve se tornar mais abrangente para realmente resolvermos o problema.”Chame você a concentração de lixo do Pacífico de ilha ou não, o importante é entender sua real natureza. Um relatório divulgado pelo departamento de ciência do governo do Reino Unido revelou uma tendência nada animadora: até 2025, os oceanos do planeta estarão três vezes mais poluídos com plástico. O problema é que, de acordo com as estimativas, atualmente já existem ao menos 5,25 trilhões de pedaços de plástico com tamanho médio de cinco milímitros que sujam as águas marítimas. Um estudo divulgado em 2016 pelo Fórum Econômico Mundial de Davos afirmou que até 2050 os oceanos terão mais pedaços de plástico do que de peixes. De acordo com estudos, esses materiais levam ao menos 450 anos para serem totalmente decompostos, um fato de extrema preocupação.

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A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E A EXTINÇÃO ANIMAL Um milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção, segundo o relatório da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema. A plataforma da Organização das Nações Unidas contou com 145 cientistas de 50 países, no que é o considerado o relatório mais extenso sobre

perdas do meio ambiente. Os cientistas destacam cinco principais causas de mudanças de grande impacto na natureza nas últimas décadas: perda da habitat natural, exploração das fontes naturais, mudanças climáticas, poluição, espécies invasoras.

espécies nativas na maioria dos principais habitats terrestres caiu em pelo menos 20%. Mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 33% dos corais e mais de um terço de todos os mamíferos marinhos estão ameaçados . Pelo menos 680 espécies de vertebrados foram levadas à extinção.

Desde 1900, a média de

‘Será que estamos entran-

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do na sexta grande extinção?’, diz brasileira sobre estudo da ONU “Ecossistemas, espécies, populações selvagens, variedades locais e raças de plantas e animais domesticados estão diminuindo, deteriorando-se ou desaparecendo. A rede essencial e interconectada da vida na Terra está ficando cada vez mais desgastada ”, disse o Prof. Josef Settele, um dos pesquisadores que participou do relatório. “Esta perda é um resultado direto da atividade humana e constitui uma ameaça direta ao bem-estar humano em todas as regiões do mundo ”, disse o Prof. Settele.

O relatório diz ainda que desde 1980 as emissões de gás carbônico dobraram, levando a um aumento das temperaturas do mundo em pelo menos 0,7 ºC. Ainda de acordo com os cientistas, a perda de biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de desenvolvimento, econômica, de segurança, social e moral. Segundo o relatório, as atuais tendências negativas impedirão em 80% o progresso das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, relacionadas a pobreza, fome, saúde, água, cidades, clima, oceanos e terra.

Três quartos do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marinho foram significativamente alterados por ações humanas. Em média, essas tendências foram menos severas ou evitadas em áreas mantidas ou gerenciadas por povos indígenas e comunidades locais. Um terço das áreas terrestres e 75% do uso de água limpa é para plantação e criação de animais para alimentação. O valor da produção agrícola aumentou cerca de 300% desde 1970, a derrubada de madeira aumentou aproximadamente 60 bilhões de toneladas de recursos renováveis ​​e não renováveis são extraídos globalmente a cada ano.

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MEIO AMBIENTE E A SAÚDE Muitas pessoas não percebem, mas o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa do meio ambiente saudável para ter uma vida salubre.É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e viceversa:“A existência de um é a própria condição da existência do outro”. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos O jornal “A Folha de S. Paulo” noticiou que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Tal reportagem também divulgou dados do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, apontando que dois terços dos casos de câncer daquele país tem causas ambientais.

O referido artigo ainda menciona uma pesquisa feita com cinqüenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo (conhecidos como “marronzinhos”), não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação da pressão arterial e variação da freqüência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação freqüente dos brônquios. Portanto, diariamente é possível presenciar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem. Por sua vez, o sistema jurídico brasileiro contempla a relação entre meio ambiente e saúde.

A Lei Federal nº 6.938/81, conhecida como Política Nacional do Meio Ambiente, tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental favorável à vida e, portanto, à saúde pois estão correlacioando, visando assegurar condições ao desenvolvimento sócio-econômico e à proteção da dignidade humana. Além disso, esta lei define poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante das atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem -estar da população. Não se pretende cansar o leitor citando todas leis pertinentes ao tema ora estudado, bastando afirmar que são várias as normas legais que mostram a indissociabilidade das questões ambientais e de saúde.


A RECICLAGEM E O AMBIENTE Reciclagem é o processo em que há a transformação do resíduo sólido que não seria aproveitado, com mudanças em seus estados físico, físico-químico ou biológico, de modo a atribuir características ao resíduo para que ele se torne novamente matéria-prima ou produto, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ela faz parte dos três “R’s” ou “erres”: reciclagem, reutilização e redução. Como a reciclagem consiste em reprocessar um item, ela é diferente da reutilização (em que há apenas a utilização do item para outra função) e da redução (que consiste em diminuir o consumo de determinados produtos). Reciclar traz inúmeros be-

nefícios: esses são a economia de energia, menor emissão de gases na atmosfera, menor degradação do ecossistema pela extração de matéria-prima do solo e menor volume de descartes em aterros sanitários. Além disso, a reciclagem traz oportunidades econômicas para o sustento de milhares de famílias. O material plástico já oferece características ideais para o uso contínuo. O grande desafio está no pós-consumo. Ou seja, no que é descartado e no tratamento adequado para que o material possa ter seu reaproveitamento consolidado. É necessário que haja uma ação integrada da indústria, governo e consumidores. Portanto, é uma responsabilidade compartilhada, pois todos necessitam da natureza.

Aprovada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) busca regulamentar e incentivar ações de engajamento entre os elos da cadeia de valor para o tema da reciclagem. Dentre os objetivos da PNRS, está a redução do percentual de resíduos úmidos e sólidos que vai para os aterros, estabelecendo diferença do que é descartado entre resíduo e rejeito. Resíduo é um material ou bem descartado resultante de atividades de consumo. Rejeito são resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Reciclar ou Aterrar? O aterro não é a melhor solução para o destino do material plástico, uma vez que o material plástico não contribui para a emissão de metano na atmosfera. No entanto, acumulado ao longo do tempo, o plástico ocupa espaço que poderia ser ocupado por outros tipos de resíduos que não podem ser reaproveitados.

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COMO PRESERVAR O MEIO AMBIENTE? A preservação do meio ambiente, desde o início deste século, deixou de ser tratada como um assunto de um grupo pequeno de pessoas que alertavam para a necessidade de se preservar o maior bem da vida, fonte de energia dos habitantes deste planeta.

versos posicionamentos de como utilizar as nossa fonte de energia, bem como a forma de encarar as dádivas que ela nos proporciona.

Tratar o meio ambiente como fonte de energia necessária à manutenção de todas as formas de vida é reconhecer que todos nós e, principalmente, os seres humanos detentores do poder de sua exploração dependem desta fonte de energia para a sobrevivência.

- Não jogue lixo nas ruas. Cada um deles possui um tipo diferente de matéria prima, que leva anos para se desmanchar na natureza. Um único chiclete leva cinco anos para se decompor.

Devemos ter consciência que a natureza nos ensina, e que tudo o que necessitamos está disponível, restando apenas a nós a sabedoria de encontrar as formas equilibradas para prover as nossas necessidades sem provocar o esgotamento da fonte, pois são suficientes para a solução das necessidades não só da espécie humana, mas também de todos os seres vivos. Isso requer uma mudança radical na forma de enxergar os elementos naturais. Como somos tripulantes de uma mesma nave temos que conviver com os mais di-

Existem algumas atitudes que podem ajudar nessa preservação, como:

- Não desperdice água. Escovar os dentes, fazer a barba e tomar banho são atitudes que podem ser feitas com grande economia de água, mantendo os registros fechados. Molhe a escova e feche a torneira, abrindo-a para enxaguar a boca; com a barba e o banho a mesma coisa. - Separe o lixo. Quando o lixo é separado a coleta fica mais fácil, assim também deve ser com produtos que podem ser reciclados, para que o reaproveitamento da matéria prima seja viável. - Evite usar materiais descartáveis. Não existem aterros sanitários suficientes para abrigar a quantidade desses

materiais, que são utilizados com freqüência. Uma sacola grande, de palha ou tecido de algodão, carrinho de feira, poderá evitar o consumo de saquinhos de supermercado, um dos maiores poluentes da atualidade. - Denuncie. Fábricas e pessoas têm jogado detritos poluentes em rios, lagos e mares, prejudicando as populações ribeirinhas, bem como os animais que vivem nesse ambiente. Algumas fábricas lançam fumaças pretas, contaminadas, o que carrega e polui o ar que respiramos. - Não compre animais silvestres. Retirados de seu habitat natural, algumas espécies animais encontram-se em extinção, prejudicando a natureza, a sustentação de sua cadeia alimentar. Se alguém compra, as vendas tendem a continuar. Existem várias formas de combatermos a destruição do meio ambientes, uma das principais delas é exercermos a nossa cidadania, agindo contra atitudes que desrespeitem a natureza, para que não tenhamos que enfrentar uma crise socioambiental. É de extrema importancia que as pessoas coloquem em prática.

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O que queremos!



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