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Esta publicação é parte integrante do Projeto Integrador do 3º ano do curso Técnico em Comunicação Visual integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas - Campus Passos.
Quando se pensa em arte, a maioria das pessoas têm o ideal de beleza ,acadêmica e padrão, em sua mente. Não que exista uma arte mais bonita que a outra - já que em minha opinião toda forma de expressão do indivíduo pode ser classificada como arte - mas tal ideal de beleza artística, levada tão a sério no século XV, contribuiu para o avanço de técnicas inimagináveis, atribuindo grandiosa beleza visual ao período renascentista. Sempre fiquei cativada com as artes do renascimento, logo, quando foi solicitado o trabalho, a primeira temática e que mais me instigava, era a pintura. O lema e nome da revista manifestam um sentimento muito forte, “We are art” traduzido como nós somos arte- e como esta sempre resistiu, apesar dos séculos, governos e repressões, mais uma vez se espera o cumprimento de tal propósito. Espero a partir dessa revista, que os leitores possam entender o mínimo da magnitude da arte, tão relevante para a sociedade, e contribuir para sua promoção. Aproveitem!
Marina Lara
Reitor IFSULDEMINAS: Prof. Marcelo Bregagnoli Diretor geral Câmpus Passos: Prof. João Paulo de Toledo Gomes Coordenador do curso Técnico em Comunicação Visual: Prof. Kelly Cristina D’Angelo Edição, Redação, Projeto Gráfico e Montagem: Marina Lara Vieira Carvalho. Revisão: Marina Lara. Produção de Imagens (fotografia/ilustração): Marina Lara. Produção de Imagem da Capa: Marina Lara. Contato: (35) 99290801 marinalara2014@gmail.com Apoio e Orientação: Projeto Editorial: Prof. Heliza Faria Identidade Visual: Prof. Cleiton Hipólito Ética e Legislação: Prof. Tiago Severino
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O QUE FOI O RENASCIMENTO? O
Renascimento, também conhecido como Renascentismo ou Renascença, é o período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, que ocorreu principalmente na Itália e se alastrou por toda a Europa. Importantes acontecimentos artísticos e culturais marcaram esse momento, invadindo o ocidente do século XV. O período renascentista caracterizou-se pela redescoberta da arte e da literatura da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural e o objetivo de reproduzir com realismo as formas da natureza. Inclusive, com o amadurecimento dos novos conhecimentos técnicos, a exemplo do estudo da anatomia, os artistas evoluíram na arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos. Desde os retratos detalhistas de Jan van Eyck, passando pela intensidade emocional das gravuras de Dürer, até os corpos retorcidos e a iluminação extraordinária de El Greco, a arte foi o instrumento de explorar todas as faces da vida no mundo. Além disso, o desenvolvimento das atividades comerciais propiciou o início das grandes navegações e a agitada atividade cultural do ocidente, fazendo surgir ações direcionadas para o homem. Esse pensamento já vinha se transformando desde o en-
fraquecimento da Igreja Católica, que praticamente dominava toda a cultura na Idade Média com visão e pensamento teocêntricos. A princípio, esse sentimento humanista partiu de uma elite, composta por intelectuais ricos, que buscavam na antiguidade, sobretudo na cultura greco-romana, o ideal perfeito de civilização. As manifestações dessa classe, contudo, refletiram em todo o ocidente, e mudaram as concepções de sociedade, de cultura e de religião da época. Dentre as transformações mais lembradas estão as transcorridas no campo das artes. O principal ponto que caracteriza o período Renascentista é o antropocentrismo, em oposição ao teocentrismo observado na Idade Média, onde a Igreja Católica dominava todas as dimensões da sociedade e fazia propagar a crendice de que Deus era o centro do universo, sendo essa única verdade que o homem poderia encontrar. Com o Renascimento, essa mentalidade mudou. Neste período, buscava-se compreender o homem como centro de todas as ações, e que a verdade só seria encontrada por intermédio da experimentação e observação. Nascia aí um pensamento científico que estava desconectado da explicação mítico-religiosa da igreja.
No período medieval, a vida material deveria ser ignorada, em detrimento da imersão na eternidade. O corpo, fonte de todos os pecados, deveria ser disciplinado e controlado para manter as virtudes da alma do homem. Para os renascentistas, a vida terrena também era importante, e o homem deveria buscar o prazer de viver e a beleza da natureza em que ele se encontra inserido. Outra questão que passou por profundas transformações foi o sentimento de conformismo da Idade Média. As pessoas aceitavam qualquer situação de forma passiva, sem questionamento e posicionamento crítico. Antes elas eram movidas principalmente pela crença no caráter incontestável das coisas. Enquanto que no Renascimento, o conceito de fé era considerado diferente do conceito de razão, e as pessoas passaram a acreditar no progresso da ciência e na possibilidade de mudanças. Não só caracterizado como um período marcado por grandes mudanças no pensamento, o Renascimento trouxe um contexto cultural muito rico. A facilidade de 47 impressão e ilustração favoreceu a proliferação de textos. A valorização do homem na sua individualidade influenciou a arquitetura, a escultura, a literatura e principalmente a pintura.
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AS FASES DO MOVIMENTO E A PINTURA Trecentismo (anos 1300) A primeira fase do desenvolvimento renascentiste se iniciou no século 14, o movimento ainda estava concentrado na Itália, mais especificamente em Florença. Seus principais expoentes artísticos eram Giotto, Boccaccio e Petrarca. As características desse momento foram a valorização do indivíduo e dos detalhes humanos e a ruptura com o imobilismo e a hierarquia da pintura medieval. Eram traços diretamente relacionados ao pensamento humanista.
Quatrocentismo (anos 1400) No século 15, o renascentismo estendeu-se pela península itálica e atingiu seu auge. São desse período Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael e Michelangelo. Suas características foram: o racionalismo, o resgate da estética greco-romana e o experimentalismo.
Quinhentismo (anos 1500) Último período do renascimento, em que as obras de arte atingiram seu mais elevado grau de elaboração. Espalhado por toda a Europa, no século 16, o movimento vê também sua decadência. O maneirismo, um estilo “anticlássico”, e o barroco, ganham força devido à reação da Igreja.
https://md.uninta.edu.br/geral/historia-da-arte/Hist%c3%b3ria_da_Arte.pdf https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/renascimento-as-fases-do-movimento-e-a-pintura.htm
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A PINTURA RENASCENTISTA Talvez nenhuma época artística tenha sido igualmente rica e tão talentosa com grandes pintores como o Renascimento. De um modo geral, os pintores da renascença procuravam reproduzir a realidade, sob a influência do ideal de beleza grego. O espírito clássico, a ordem e as formas simétricas são traços marcantes dessa pintura. Podemos distinguir três grandes escolas com características próprias: a florentina, de Florença, que se caracterizou pelo racionalismo demonstrado tanto pelo predomínio da linha sobre a cor, como pelo “sfumato”; a veneziana (de Veneza), caracterizada pelo sentimento, pela emoção, o predomínio da cor sobre o desenho ou a linha; e a romana, que tenta equilibrar linha e cor, razão e sentimento.
Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo Perspectiva: arte de figura,
de contrastes reforça a su-
Realismo: o artista do Re-
no desenho ou pintura, as
gestão de volume dos corpos;
nascimento não vê mais o
diversas distâncias e pro-
homem como simples ob-
porções que têm entre si os
servador do mundo que
objetos vistos à distância,
expressa a grandeza de
segundo os princípios da matemática e da geometria; Uso da tinta à óleo: Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo possiblitando novas associações e graduações da cor;
TAL PINTURA INOVOU COM:
Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. Além disso, o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente e não apenas admirada;
Surgimento de artistas: com Por
um estilo pessoal, diferente
fim,
novos
suportes
dos demais, já que o perío-
Manifestações livres: Tan-
como a tela, o cavalete e
do é marcado pelo ideal de
to a pintura como a escul-
a imprensa, permitiram uma
liberdade e, consequente-
tura que antes apareciam
circulação mais fácil das
mente, pelo individualismo.
quase que exclusivamente
obras e do pensamento.
como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes;
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GIOTTO DI BODONE (c.1267-1337)
Mais
conhecido simplesmente por
nascentista, medieval e bizantina, a ca-
Giotto, pintor e arquiteto italiano nasceu
racterística principal do seu trabalho é a
perto de Florença, foi aluno do mestre Ci-
identificação da figura dos santos como
mabue. É conhecido como fundador da
seres humanos de aparência comum. Es-
arte renascentista. O impressionante rea-
ses santos com ar humanizado eram os
lismo e o poder dramático de suas obras
mais importantes das cenas que pintava,
constituíram-se numa revelação para
ocupando sempre posição de destaque
seus contemporâneos, anunciando uma
na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem
nova era no desenvolvimento da pintura.
ao encontro de uma visão humanista do
Considerado o elo entre as pinturas re-
mundo, muito própria do Renascimento.
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LEONARDO DA VINCI (1452-1519)
Foi o artista que mais perto chegou
obras na pintura, mas é incontestável a
do ideal “homem da Renascença”, si-
sua genialidade. Dominou com sabe-
nônimo de indivíduo com talentos múlti-
doria o jogo expressivo de luz e sombra,
plos, que irradiava saber. Deixou cader-
gerador de uma atmosfera que par-
nos e mais cadernos com suas pesquisas
te da realidade e fomenta a imagina-
e estudos. Possuía grande curiosidade
ção do observador. Foi possuidor de um
e vontade de voar como os pássaros.
espírito versátil que o tornou capaz de
enten-
pesquisar e realizar trabalhos em diver-
der todo o “mecanismo” que o cerca-
sos campos do conhecimento humano.
Essa
busca
constante
por
va, não deixou grande quantidade de
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MICHELANGELO BUONAROTTI (1475-1564)
Foi o maior contribuinte para elevar
concebeu e realizou grande número de
o status da atividade do artista. Acredi-
cenas do Antigo Testamento. Dentre tan-
tando que a criatividade era uma inspi-
tas que expressam a genialidade do ar-
ração divina, quebrou todas as normas.
tista, uma particularmente representati-
Os admiradores se referiam a ele como
va é a “Criação do Homem” e o afresco
o “Divino Michelangelo”, mas o preço
“O Juízo Final”, que foi concluído 29 anos
da glória foi a solidão. Entre 1508 e 1512
depois da pintura do teto, e essa pintu-
trabalhou na pintura do teto da Capela
ra impressiona pela atmosfera sinistra.
Sistina, no Vaticano. Para essa capela,
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RAFAEL SANZIO (1483-1520) Foi, dentre as maiores figuras da esco-
la da Alta Renascença (Leonardo, Michelangelo e Rafael), eleito o mais popular. Enquanto os outros dois eram reverenciados, Rafael era adorado. Um contemporâneo dos três, chamado Vasari, que escreveu a primeira história da arte, afirmou que Rafael era “tão amável e bondoso que até os animais o amavam”. O pai de Rafael, um pintor menor, ensinou ao precoce filho os rudimentos da pintura. Aos 17 anos de idade, Rafael era considerado um mestre independente. Aos 26 anos, chamado a Roma pelo
Papa para decorar os aposentos do Vaticano, ele pintou os afrescos, com ajuda de 50 discípulos, no mesmo ano que Michelangelo terminou o teto da Capela Sistina. “Tudo que ele sabe, aprendeu comigo” disse Michelangelo. De Leonardo, ele assimilou a composição piramidal e aprendeu a modelar rostos em luz e sombra (chiaroscuro). De Michelangelo, Rafael adotou as figuras dinâmicas, de corpo inteiro e a pose de “contraposto”. Foi o grande pintor das Madonas. Morreu com 37 anos e toda a corte “mergulhou em luto” segundo Vasari.
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SANDRO BOTTICELLI (1445-1510)
Foi um dos mais importantes artistas
do Renascimento Cultural Italiano. Desde jovem, dedicou-se à pintura mostrando grande talento para as artes. Em suas obras seguiu temáticas religiosas e mitológicas. Resgatou, de forma brilhante, vários aspectos culturais e artísticos das civilizações grega e romana. Chegou também a fazer retratos de pessoas famosas da época, como príncipes, integrantes da burguesia e nobres. As pinturas de Botticelli são marcadas por um forte realismo, movimentos
suaves e cores vivas. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus. Uma de suas obras mais conhecidas, até os dias de hoje é “O Nascimento de Vênus”, que o pintor fez no ano de 1485. Nesta linda obra, observamos a valorização das forças da natureza, o realismo e o resgate da mitologia.
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TICIANO VECELLIO (c.1473-90-1576)
Como
seus contemporâneos venezianos, dominou o mundo da pintura durante sessenta anos, usava cores fortes como principal meio expressivo. Primeiro pintava a tela de vermelho, para dar calor ao quadro, depois pintava o fundo e as figuras em matizes vividos e acentuava as tonalidades usando trinta a quarenta camadas vidradas. Esse trabalhoso método possibilitava uma
pintura convincente de qualquer textura, do metal polido ao brilho da seda, de cabelos louro-dourados à pele cálida. Sua produção inclui cenas religiosas carregadas de emoção, episódios mitológicos pulsantes de sensualidade e expressivos retratos, ,não raro tendo ao fundo paisagens banhadas e luz. Assim como Michelangelo, Ticiano foi um dos percursores do movimento Maneirismo.
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PIERO DELLA FRANCESCA (c.1415-1492)
Pintor, matemático e teórico da arte.
San Sepolcro, cidade toscana, e na vizi-
Apenas no século 20 a pureza austera de
nha Arezzo. E, apesar de ter transitado por
suas formas e o completo domínio da luz e
eminentes cortes renascentistas, nunca
da cor passaram a ser devidamente apre-
gozou do mesmo prestígio artístico de seus
ciados. A demora para que ele subisse à
ilustres contemporâneos. Hoje, no entan-
galeria dos grandes artistas reflete a rela-
to, os afrescos de Arezzo são reconhecidos
tiva obscuridade de sua carreira. Passou
como um dos grandes tesouros da arte.
grande parte da vida na pequena Borgo
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PRINCIPAIS PINTURAS
Não há dúvida de que, cultural e artisticamente, o período do Renascimento foi uma
parte importante da história do mundo. O legado que deixou para trás é simplesmente incrível com as muitas pinturas concluídas no momento ainda sendo reverenciado hoje. Nomes famosos como Da Vinci, Botticelli, Caravaggio e Michelangelo são amplamente populares na cultura moderna ainda, o que mostra o impacto que suas pinturas tiveram. Como uma época de expressão e excelência artística não pode ser esquecida, estão aqui dez das pinturas mais famosas da época:
Nascimento de Venus Botticelli – Sandro Botticelli
Primavera – Sandro Botticelli
Mona Lisa – Leonardo da Vinci Assunção da Virgem – Titiano
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Sistine Madonna – Raphael
Julgamento final – Michelangelo
Escola de Atenas – Raphael
Conversão de São Paulo – Caravaggio
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O fato é que você não precisa ser um amante da arte ou intelectual para apreciar essas pinturas. Simplesmente demorar alguns minutos para observá -las e apreciar sua beleza é suficiente. O período renascentista em geral foi um ponto alto para as artes, com escultura e arquitetura representadas também.
Criação de Adão – Michelangelo
Última ceia – Leonardo Da Vinci
fonte: https://www.dicasecuriosidades.net/2018/02/as-10-mais-famosas-pinturas-renascentistas.html
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QUAL A IMPORTÂNCIA DO RENASCIMENTO CULTURAL? O Renascimento Cultu-
ral na Europa trouxe inúmeras transformações ideológicas, filosóficas, científicas e culturais que afastariam o homem medieval da concepção teocêntrica (em que Deus é visto como o centro do universo), predominante até então. O interesse dos humanistas, influenciadores do renascentismo, era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, a ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colocando o homem como centro dos interesses e atenções. Desprezaram alguns valores cristãos, embora fossem cristãos, e apenas desejavam dar uma nova interpretação às mensagens do Evangelho. Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram métodos críticos na leitura e interpretação de fontes, reconstruindo textos originais, eliminando deformações e omissões dos copistas medievais. Nessas condições, a finalidade das manifestações artística podiam ser conduzidas a diversos âmbitos. Atreladas ao poder político régio tinham como intuito educar o
homem do século XVI, levando-o a aceitar o comando dos governantes absolutistas. Esse governo representava uma possibilidade de ordenar a sociedade por meio de regras gerais, de diretrizes para atividade de cada um, visando alcançar o bem comum. A linguagem imagética, influenciada ou reforçada por outras linguagens, configurava-se como meio para instruir o povo, incentivando-o a amar seu príncipe e obedecê-lo. O conteúdo das imagens, as regras comportamentais do sistema de corte, os símbolos, ritos que construíam o ideal de governante, eram significados pelas práticas cotidianas, pelas relações sociais. As imagens, os monumentos e outros, identificavam o rei e, por conseguinte, identificavam o Estado. Como testemunha do desenvolvimento do espírito humano em épocas passadas, as artes nos auxilia a ler as estruturas de pensamento e representação em um universo histórico, social e cultural datado e peculiar. As imagens constituíram-se em um dinâmico meio de representação do mundo e de co-
municação entre os súditos e o monarca, com pretensões absolutistas. Nota-se, assim, a conexão da arte com o poder que se consolidava. Aqueles que idealizaram a representação da magnificência do rei e a expressaram nas imagens inscreveram-se nas práticas e nos hábitos da sociedade daquele século. Muitas universidades foram fundadas nesse período, porém o ensino era ainda medíocre. Muitos príncipes, nobres e humanistas reuniram importantes obras manuscritas da antiguidade, a preço de ouro, e juntos começam a formar grandes bibliotecas. Surgiram, também, associações culturais chamadas academias. Assim, criou-se a base para uma visão de mundo mais racionalista e antropocêntrica (em que o homem é tido como o centro do universo). Esta abertura a uma visão de mundo diferente da que era imposta pela Igreja acarretou a quebra do monopólio cultural exercido por ela na Idade Média. Por essas razões, o renascimento foi um marco na transição da cultura medieval para a cultura moderna.
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