Saara

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Saara: Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2010 184 pp., I66 ils. ISBN 978-85-7503-533-5 I. Fotografia II. Título Índices para catálogo sistemático: I. Fotografia









o verbete

SAARA Associação formada em 1962 pelos comerciantes de uma das mais antigas e dinâmicas áreas comerciais do Rio de Janeiro que, tornando-se extremamente popular, passou a nomear todo o trecho do centro do Rio circundado pelas ruas dos Andradas, Buenos Aires, Alfândega e Praça da República.

sociedade dos

AMIGOS

Adjacências Ao fundo, fachada de lojas.

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Na SAARA encontra-se a maior variedade de mercadorias do Rio de Janeiro. Nas suas mais de 600 lojas pode-se encontrar roupas, brinquedos, calçados, artigos esportivos, artigos de festa, entre muitos outros, entre produtos nacionais e importados.

DA RUA

das

da

Alfândega



ruas componentes As ruas do que é hoje a SAARA foram urbanizadas ainda no século XVIII, décadas antes da chegada da corte portuguesa no Brasil. A principal rua da região, a rua da Alfândega, é também a mais antiga. Ela existia já no século XVII, com o nome de Caminho do Capueruçu. Fazia a ligação entre a Várzea (começava na antiga Rua Direita, atual Primeiro de Março ) e a Lagoa do Capueruçu, na chamada “boca do sertão”, caminho direto para Minas Gerais.

rua da

Alfândega

rua Senhor dos Passos rua regente Feijó AVENIDA PASSOS

rua Buenos Aires

Rua dos Andradas Placa na esquina das ruas Senhor dos Passos e da Conceição. Ao fundo, mapa.

Até 1716, quando passou a ser rua da Alfândega, chamou-se também rua da Quitanda do Marisco, rua dos Governadores - porque nela ficava a residencial dos governadores -, rua de Santa Efigênia, rua do Oratório de Pedra - porque um oratório de pedra nela existiu ali na esquina da Regente Feijó - rua de São Gonçalo Garcia e finalmente rua da Alfândega. A rua Senhor dos Passos chamou-se originalmente caminho de Fernão Gomes. Recebeu o nome atual por causa da capela que nela foi erguida em 1737 sob a invocação do Senhor dos Passos. Paralela a esta rua, a rua Buenos Aires foi em outros tempos chamada de rua do Hospício. Esta denominação veio de um asilo fundado por frades capuchos italianos, num quarteirão próximo à Rua Direita. A partir de 1915 a antiga Rua do Hospício veio a se chamar Buenos Aires. Entre as ruas transversais, a principal é a Avenida Passos, que ganhou este nome após as reformas que o engenheiro Pereira Passos, então prefeito, implantou na cidade. Rua do Sacramento era o seu antigo nome, por nela estar situada a igreja dessa invocação, matriz da Freguesia do Sacramento. Outra rua importante é a Avenida Tomé de Souza, continuação da rua República do Líbano. Já teve os nomes de Segunda Travessa de São Joaquim e rua do Núncio, antigamente uma conhecida zona de meretrício da cidade. Vizinhas a esta rua estão as ruas Regente Feijó - antiga Primeira Travessa de São Joaquim - e Gonçalves Ledo, que outrora foi chamada de rua de São Jorge, e as ruas da Conceição e dos Andradas.

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história

A solidariedade entre eles, seja de qual origem fossem, possibilitava o estabelecimento, a permanência e o crescimento na região.

A associação SAARA foi fundada em 1962 a fim de impedir a construção de um elevado, dentro do projeto de remodelação do centro, no governo Carlos Lacerda, que ia descaracterizar esta típica região do Rio de Janeiro. Mas a presença dos imigrantes no local e suas lutas de resistência cultural vêm de muito antes, datadas desde o século XIX. Devido às dificuldades econômicas e as perseguições religiosas, muitos imigrantes árabes deixavam seu país de origem e embarcavam para o Brasil com esperança de conseguir trabalho e

imigrantes A reta em direção ao Pão de Açúcar à esquerda é a rua dos Andradas e cruza a Avenida Marechal Floriano (antiga rua Larga) em direção ao Largo de São Francisco. À direita vemos a igreja Igreja do Santíssimo Sacramento da Antiga Sé, sua fachada frontal dá para a Avenida Passos.

solidariedade

dinheiro para enviar para suas famílias, e quem sabe, mais tarde, retornar a sua terra natal. Chegando aqui, desembarcavam no porto do “Cais Pharoux”, localizado na atual Praça XV, Rio de Janeiro, de onde seguiam diretamente para Rua da Alfândega, encontrando lá uma pequena estrutura social que possibilitava o início de suas vidas no Brasil, já que havia na região um pequeno comércio atacadista comandado por portugueses. Com a acolhida e a receptividade encontrada, acabavam criando raízes e assim que podiam traziam os familiares para morar aqui junto a eles.

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Um pouco depois, na década de 1920, o Brasil passa a receber imigrantes judeus. As perseguições religiosas são as principais razões para a fuga de seus países de origem, não tendo assim, a menor esperança de retornarem para suas terras. Os que desembarcaram na Praça Mauá seguiram também para a Rua da Alfândega, devido a proximidade com o porto. E assim, árabes e judeus, iniciam suas vidas no local. As afinidades como imigrantes em terras estrangeiras superam suas diferenças ideológicas e religiosas. A solidariedade entre eles, seja de qual origem fossem, possibilitava o estabelecimento, a permanência e o crescimento na região.

integração crescimento

Sendo assim, com a vinda dos árabes e judeus o comércio local se expande, impulsionado pela proximidade com o porto e a Estação de Ferro Central, por onde as mercadorias eram escoadas. Entre as décadas de 20 e 50, a região se tornou a mais importante área de comércio atacadista do país.

Muitos dos imigrantes iniciaram sua carreira profissional por aqui como mascates, vendedores ambulantes de objetos de armarinho e outros utensílios. Estes abasteciam diversos bairros da


cidade, do subúrbio a zona oeste. Rapidamente se tornaram conhecidos entre os cariocas, que os chamavam de turcos, independente de sua origem, conquistando ainda mais clientela ao introduziram o pagamento a prazo, sendo conhecidos como pregoeiros ou prestamistas. Este fato inclusive gera divertidas discussões entre árabes e judeus quanto a quem foi o pioneiro na introdução do pagamento parcelado no Brasil. O certo é que foi esta atividade a principal responsável pela integração dos imigrantes com o resto da sociedade, se transformando numa marca cultural da história do Rio de Janeiro.

raízes

cultura

Foi nos sobrados das lojas que árabes e judeus fizeram sua moradia. As lembranças desses tempos são compartilhadas por eles com muito carinho e saudosismo. Muitas vezes um sobrado era dividido por mais de uma família que se espremiam diante do pouco espaço. Houve casos de famílias morarem no mesmo andar térreo da loja, dividindo os ambientes de trabalho e residencial apenas por uma cortina. O Campo de Santana, na Praça da República, era considerado o quintal onde as crianças iam brincar, quando não estavam estudando ou trabalhando para ajudar seus pais. Foram muitos os nascidos nestes sobrados. Na época havia uma parteira responsável por todos os nascimentos dali.

A moradia para as famílias árabes e judaicas é o espaço de difusão e preservação de seus costumes e cultura. Hoje os sobrados da Saara abrigam estabelecimentos comerciais. Mas mesmo não sendo mais uma área residencial, os comerciantes imigrantes e descendentes mantém na região os costumes e cultura de seu país de origem.Vários são os exemplos: como as lojas de especiarias árabes, os famosos restaurantes de comida árabe, os feriados judaicos que são respeitados não havendo o funcionamento de seus estabelecimentos comerciais, assim como os sábados, dia de descanso para os judeus. São esses os motivos que fazem da Saara um patrimônio cultural.

moradia

comércio

O comércio varejista só foi implantado na região mais tarde, pelo imigrante Gabriel Habib. Com o tempo outros imigrantes foram chegando e montando lojas na Saara. Atualmente encontram-se, além dos árabes, judeus e portugueses, espanhóis, gregos, argentinos, chineses, coreanos, japoneses e brasileiros. Cada qual com seu passado, suas histórias de imigração, seus costumes e crenças, se integram a cultura brasileira, formando assim, um lugar de grande valor étnico e cultural para o Rio de Janeiro de ontem e de hoje.

As afinidades como imigrantes em terras estrangeiras superam suas diferenças ideológicas e religiosas

Rua da Saara em 04/11/1972


patrimônio cultural do brasil PROJETO DE LEI Nº 7778 , de 17 de agosto de 2010 Declara a SAARA, área de comércio popular localizada na Rua da Alfândega e adjacências, na cidade do Rio de Janeiro, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta Lei tem como objetivo reconhecer a importância histórica e cultural da área de comércio popular localizada na Rua da Alfândega e adjacências, na cidade do Rio de Janeiro, conhecida como SAARA (sigla de “Sociedade dos Amigos e das Adjacências da Rua da Alfândega”), para a sociedade brasileira.

A r t . 2 º F i c a a S A A R A , á re a d e c o m é rc i o p o p u l a r A l f â n d e g a e a d j a c ê n c i a s , n a c i d a d e d o R i o d e J a n e i ro, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, para todos e Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO

Na página ao lado, uma das muitas caixas de som da Rádio Saara, importante meio de propaganda dos comerciantes.

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As etnias desenvolveram suas culturas e se espalharam pelo planeta e o que as aproximou foi a troca, a oferta e a procura por mercadorias. O chá, por exemplo, está espalhado pelo mundo inteiro, mas teve origem em uma tradição oriental milenar. Foi trazido do Oriente por mercadores aventureiros, assim como muitos outros produtos populares hoje no Ocidente, em viagens que duraram anos para chegar ao seu destino final. Hoje podemos acessar e comprar produtos de qualquer lugar do mundo num piscar de olhos. As fronteiras diminuíram diante do espírito mercador, que não tem nacionalidade e que já atravessou desertos, mares desconhecidos, guerras e culturas inóspitas para trocar, comprar e vender, incorporado que foi por pessoas como o mercador veneziano Marco Polo; o navegador Vasco da Gama, os mascates libaneses levando sua mercadorias de porta em porta; os imigrantes que chegaram a uma nova terra lutando pela sobrevivência e por um lugar ao sol.


localizada na Rua da constituĂ­da como fe i t o s l e g a i s .


Essa gente ocupou a região próxima ao antigo porto, no Centro do Rio de Janeiro, e a transformou em um centro comercial e cultural, um encontro de diversidades étnicas talvez único no mundo: a área de comércio popular conhecida como SAARA (sigla de “Sociedade dos Amigos e das Adjacências da Rua da Alfândega”). O espírito mercador é o principal produto dessa vitrine: cenários, registros fotográficos e depoimentos que relatam as histórias dos povos que fazem comércio, comprando, vendendo, trocando culturas, sensações e sentimentos. De acordo com a Unesco, Patrimônio Cultural Imaterial são “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.” É o caso da SAARA, presidida pelo eminente Sr. Enio Bittencourt. A região onde é localizada, mais precisamente a Rua da Alfândega e adjacências, foi a área de escoamento dos navios chegados ao porto e onde se realizava a alfândega, vistoria e conferência das mercadorias. As ruas do que é hoje a SAARA foram urbanizadas ainda no século XVIII, décadas antes da chegada da corte portuguesa no Brasil. A principal rua da região, a Rua da Alfândega, é também a mais antiga . Daí o nome Rua da Alfândega, recebido em 1716 após várias outras denominações. Ela existia já no século XVII, com o nome de Caminho do Capueruçu. Fazia a ligação entre a Várzea (começava na antiga Rua Direita, atual Primeiro de Março) e a Lagoa do Capueruçu, na chamada “boca do sertão”, caminho direto para Minas Gerais.

Lixeira usada na limpeza das ruas. A preser vação do local e a presença da Associação contribuem para a manutenção da SAARA.

Até 1716, quando passou a ser Rua da Alfândega, chamou-se também Rua da Quitanda do Marisco, Rua dos Governadores – porque nela ficava a residencial dos governadores -, Rua de Santa Efigênia, Rua do Oratório de Pedra – porque um oratório de pedra nela existiu ali na esquina da Regente Feijó – Rua de São Gonçalo Garcia e finalmente Rua da Alfândega.

Ao fundo, lenços árabes.

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A Rua Senhor dos Passos chamou-se originalmente caminho de Fernão Gomes. Recebeu o nome atual por causa da capela que nela foi erguida em 1737 sob a invocação do Senhor dos Passos. Paralela a esta rua, a Rua Buenos Aires foi em outros tempos chamada de Rua do Hospício. Esta denominação veio de um asilo fundado por frades capuchos italianos, num quarteirão próximo à Rua Direita. A partir de 1915 a antiga Rua do Hospício veio a se chamar Buenos Aires. Entre as ruas transversais, a principal é a Avenida Passos, que ganhou este nome após as reformas que o engenheiro Pereira Passos, então prefeito, implantou na cidade. Rua do Sacramento era o seu antigo nome, por nela estar situada a igreja dessa invocação, matriz da Freguesia do Sacramento. Outra rua importante é a Avenida Tomé de Souza, continuação da Rua República do Líbano. Já teve os nomes de Segunda Travessa de São Joaquim e Rua do Núncio, antigamente uma conhecida zona de meretrício da cidade. Vizinhas a esta rua estão as Ruas Regente Feijó – antiga Primeira Travessa de São Joaquim – e Gonçalves Ledo, que outrora foi chamada de Rua de São Jorge, e as ruas da Conceição e dos Andradas. Como era bem próximo ao porto, este local também serviu como abrigo aos inúmeros imigrantes sírios, libaneses, judeus, gregos, turcos, espanhóis, portugueses e argentinos, que chegaram ao Brasil no final do século XIX e início do século XX. Alguns deles, fugidos da primeira guerra mundial, descobriram no Brasil um país de paz, com perspectivas melhores para o futuro. Encontramos ainda hoje na Saara – Sociedade que teve como principal objetivo aumentar a voz ativa dos comerciantes locais junto ao poder público a fim de protestar contra a construção da “Via Diagonal” que ligaria a Central do Brasil à Lapa, desabrigando todos os moradores daquela região, no então governo de Carlos Lacerda – a mistura étnica dos primeiros anos de formação desta comunidade, acrescida, mais recentemente, de imigrantes chineses, coreanos e japoneses, que convivem harmoniosamente, respeitando religiões e crenças, sendo carinhosamente nominada como a pequena ONU brasileira.

Acima, porta da loja de um associado da SAARA.

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Registra-se, a propósito, que os entendimentos da Sociedade com o governo no sentido do abandono do projeto da “Via Diagonal”, parte do Plano Agache, deu-se, à época, com o propósito da preservação da arquitetura local. Área de comércio popular a céu aberto, é hoje composta por 1200 estabelecimentos comerciais, distribuídos em suas 11 ruas, abrangendo inúmeros ramos de atividade. Por se tratar de um centro comercial popular e por contar com um público médio de 70 mil pessoas por dia, a SAARA comercializa produtos de qualidade com preços extremamente convidativos, trabalhando com vendas por atacado e varejo.

1200 estabelecimentos

11 ruas

70 mil pessoas por dia

Se patrimônio imaterial é aquele transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, não há negar seja o caso da SAARA, dada a sua inegável importância histórica e cultural não só para a sociedade fluminense, mas para toda a sociedade brasileira. Ademais disso, de acordo com a nossa Carta Magna (art. 216, CF), os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem as formas de expressão e os modos de criar, fazer e viver, constituem patrimônio cultural brasileiro. Por isso é que, competindo concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre a proteção ao patrimônio cultural, a melhor doutrina reconhece que o tombamento desses bens, previsto na Constituição, “pode ser feito por procedimento administrativo, por lei ou por via jurisdicional” (Edna Cardozo Dias ). Isto posto, proponho seja dado à SAARA, o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, reconhecendo a sua importância histórico-cultural para toda a sociedade brasileira, para o que espera total apoio dos ilustres pares para a aprovação do presente projeto.

À direita, manequim observa a movimentação de pedestres e clientes.

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Saara: patrim么nio cultural do Brasil

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Samba Enredo Tem balangandã E jóia rara Nesse canaã Que é o SAARA

SAARA

...a

chegou no

ESTÁCIO

Lê Lê Lê DE’ ALALAÔ

Paraíso que um dia encontrei No coração desta cidade Vim, venci, fiquei São cem anos de idade Hoje a Estácio de Sá Tem história pra contar Bem pra lá de Bagdá É leilão, é leiloeiro É pregão, é pregoeiro A promoção vai começar Carrega, vamos moço Quem paga um leva três Eu perco tudo Mas não preço o freguês

G.R.E.S. ESTÁCIO DE SÁ Carnaval de 1994 Rio de Janeiro Babel Do comércio de sonhos Um pedaço do céu Pedi a São Jorge guerreiro Pra nos ajudar Achei nesse canto Um recanto, para descansar Ao lado, lojas de fantasias, muito procuradas no carnaval carioca.

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Sonhei, acordei Na minha visão Na cabeça dá leão


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a Saara

cular n a n r e v a fi ra Tipog

Tipografia vernacular nada mais é do que a “letrinha” com características de uma região ou povo, criada artesanalmente com a caligrafia do autor.


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Eles sempre estão ali mas nunca são percebidos. Os manequins são os verdadeiros guardiões da Saara, sempre alertas vigiando com seus olhares atentos a movimentação das ruas.


Agradecimentos

Moacir Bastos Anderson Luís de Souza Ricardo Isekson dos Santos Leite Thiago Emiliano da Silva Juliano Haus Belletti Wellington Pereira Rodrigues Márcio Passos de Albuquerque Ronaldo Luíz de Lima Roger Galera Flores Roniéliton Pereira Santos Marcos Arouca da Silva Rodrigo Oliveira de Bittencourt Frederico Chaves Guedes César Vinicio Cervo de Luca Pedro Lucas Coutinho Logato


Créditos

Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega

Coordenação Editorial

Presidente

Susane Woman

Enio Bittencourt

Projeto Editorial

Vice-presidente

Igor Arume

Seweryn Blumberg

Texto

Presidente do Grande Conselho

Paula Ribeiro

José Feres Sauma

Pesquisa

Presidente de Honra

Paula Ribeiro

Demetrio Charl Habib

Revisão

Diretor de Administração

Igor Arume

José Gabriel Kamache

Design Gráfico

Diretor de Comunicação

Igor Arume

Márcio Pereira Ribeiro

Fotografia Divulgação Igor Arume Pré-impressão e impressão Editora Senac Rio

Diretor de Relações Internas e Externas Demetrio Charl Habib

Copyright © 2010 Todos os Direitos Reservados Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, Texto em Português ISBN 85-86579-66-1 Editora Senac Rio

Apoio

Rua Marquês de Abrantes, 99/2º andar Flamengo – Rio de Janeiro CEP 22230-060 – RJ Telefone: (21) 3138-1385 www.rj.senac.br


Este livro foi produzido em outubro de 2010, com encadernação em capa dura, capa em 4 cores em papel couché fosco 230g/m, miolo em 4 cores em papel couché fosco 150g/m, sendo seus textos compostos com a fonte Gil Sans, nas versões Regular, Light e Light Italic.






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