Revista Mirante - nº 9 - novembro de 1957

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...mirando o que acontece...

MIRANTE

BRAULIO AZEVEDO - Tradiçãoviva e Inteligente do espírito piracicabano

Pá3. 8

PETROLEO II. Em Pitanga está a tôrre

da esperança Pág. 17

ENTREVISTA com os BICHOS do CIRCO

Pág. 22

O ESPORTE ELEGANTE

EM DESTAQUE... Pág. 28

MIRANTE N.0 9 REVISTA MENSAL PIRnClClBn - NOVEMBRO•


0 melhor aperitivo Nacional 1..

De pai para filho desde 1910... D'ABRONZO & CIA. LTDA. lv. D, MariaEliza,44 - font, 40 - Vila Rezende- Piracicaba

I TATÚiíÑH0


MIRANTE

O «suspense» Laika...

EVISTA•

de Wagner, Romani & Kraidev

mentos sensacionais, dêsses classificados de «suspense» de espírito. Até há pouco tempo, o «suspense» permanente provinha das tremendas experiências atómicas, ligadas

sempre à ameaça de guerra. Ou à garantia de que, seria afastada.

ENSAL EDITADA POR

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Joaquim do Marco

Qualquermortal sente que nosso mundovive mopela crônica do cinema. Os homens tornaram-seespecialistas na criaç50 de causas para manter tal estado

-mirandoo que acontE%.

Diretoreó Comercial — Arlindo

Romani

-Arfidfico — Renafc; f)Oagner RelaçOeó públicaó — 4eloa Kraizle

pelo receio de aplicar engenho tão destruidor, a guerra

Redafop-cbe,le— Joaquim do uapco

Depois, imprevistamente, sensacionalmente, veio o -suspense' dos satélites russos. O povo ficou boquiaberto, meio estupidificado com o fato e a notícia.

preçod

Como

Os russos?... E os americanos do norte onde

estão? E para que o «sputnik»? O espanto chegou a esgotar a capacidade do próprio espanto. O «sputnik» número dois partiu quase sem cau-

sar sensação. Não mereceu nem metade das noticias até caido no indiferentismose não fôsse Laika — a cadelinha russa. Foi ela quem salvou o segundc satélite

estrondosas e do interêsse popular do primeiro. Teria

da impopularidade e não o seu pêso dez vêzes supeEstranho destino dessa eedelinha. Estranho, dramático, poético e, sobretudo, de «suspense». sua figura,

Deparf. de publicldade —Arlindo 30dé Romani Colaboradored dlveróOd Adéínatupa anual:

na cidade — 120,00 — Cr$ no,oo

númerodo

sumiu, lá nos espaços siderais, proporções gigantescas. Preocupados com ela, os homens esqueceram c, com-

bustível poderoso e misterioso, que acionou a catapulta do satélite. Desinteressaram-se cado científico e político do novo engenho Ficaram presos apenas ao animalzinho que bôjo.

o foguete, do signifisoviético. ia em seu

10,00

5,000 Exemplares.

rior ao do outro.

minúsculae setu nenhumaimportância cá na terra, as-

mimepoafradado —Cr$ 12,00 Ci"age'll pela qual nod pedpondabilizavt0J

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Ilustres homensde ciência e figuras proeminentes

de governos foram assediados pejos repórteres para que dessem suas impressões a respeito de Laika. Jor-

nais do mundointeiro encheramcolunas encimadaspor

títulos garrafais. Estações de rádio e aparelhos de rádioamadores ficaram de prontidão, dias e noites, captando sinais que indicassem as pulsações do coração de Laika. Em tÔda a parte, enfim. Laika, Laika, só Laika.„ O poderoso Bulganin, sustentáculo da «cortina de

ferro», que traz de canto chorado as assembléiasdas Nações Unidas, condescendeu à insistência sentimental do repórter e deitou longa entrevista, tôda ela dedicada à cadelinha.Chegoua minúciasdesconcertantes. A do sexo, por exemplo. O jornalista, duvidoso não sei por-

que, indagou se o animal era macho ou fêmea. E Bul-

ganin. humanizado, sem muita convicção, por sinal, opina: - Pelo nome deve ser cadela... Tudo isso foi magnfficamentetocante e mostrou, mais uma vez, de maneira cabal, que o homem põe sempre a imaginação, o coração, o sentimento, acima

da inteligência. Ele mais sente do que pensa. Entre a

ameaça de extermínio que pode signilicar a experiência do «sputnik» e o destino da insignificante Laika, êle prefere Laika. Prefere o «suspense. , que tem poesia e embeleza a vida, às descobertas espetaculares que

ameaçama vida.A história do -satélite passará para

as páginas frias da ciência, mas a lembrança de Waika

permanecerá nos corações quentes dos homens, cantada pela imaginação dos poetas...

Em se tratando de óculos, relógiose jóias, convén lembrar que a Relojoaria Gatti, tem a invejável soma de 40 anos de experiência. no ramo. Isso é muito importante!Assim, quando você necessitar do aviamento de uma receita ótica ou quiser ádqurir um relógio ou jóia da mais alta classe, é do seu interêsse procurar a

Nossa Capa: Srta. Vera Ld-

cia Ursaia, da Sociedade Rioclarense

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RIO Texto: Maria Cecília Telles Ferreira Fotos: Cantarelli

Traje de gala lilás em organza, justo na parte da frente e ricamente bordado em pérolas e "pailletes". A graciosidade está no .godê franzido na parte de trás. Este modêlo é apresentado pela Srta. Denise Studart. C'Very Karr"!

Modelos: Srtas. Denise Stildart e Vera Lúcia Ursaia, que gentilmente posaram para a reportagem de MIRANTE Denise, desta vez, sujere um donairoso conjunto para o verão, formado por saia godé em linho estampado com sendo dois bolsos embutidos e blusa em tecido vermelho, brancos, botõezinhos de fileiras por contornado O decote


Vera Lúcia Ursaia, num vestido para baile em organdi azul-elétrico. Blusa justa e decote em V. A saia godê é enfeitada por casinhas de abelha e vidrilhos. Que tal?

Vera Lúcia, agora empresta sua graça ao conjunto esporte composto de saia italiana trabalhada em prêto e branco. A blusa de cambráia branca é enfeitada por broche de cerejas, Complementosbrancos.


NOSSO RIO

ANDRÉ SORNSEN

Velho rio de minha terra! Aqui, debruçado no peitoril de meu terraço, contemplo nostàlgicamente êste resto de sol que agoniza em luz difusa. A expectativa de iluminação apavora. Virá, porém, baça e amarelada: não escutarei músicas em paz, não lerei meus autores prediletos. Enquanto anseio pela luz, ainda posso lobrigar Vila Rezende, esfumada na sua dis; tância. O crepúsculo envolve, ,em azuladas e escuras formas, o velho bairro de que nos

FOTO:

Geraldo

de Toledo

separas com teu curso.

Ontem, à tarde, passei sôbre a ponte de gradil verde, onde também o bonde e inúmeros autos transitavam, mostrando-te, ó meu

rio! um sinal da grandeza de tua pupila, a quem deste o nome e viste crescer. Contorneia ponte e desci a aléia entre ti e o canal do engenho. Fui visitar-te. Na margem natural caminhei, olhando o teu salto e tornei-me triste contigo. É que Deus te castigou !


Foste muito orgulhoso, um soberano mimado! Percebi certo dia, que ousaste imitar, comparando-te com uma das quedas do Iguaçú. Não exagero! Foste ainda além em tua cegueira de vaidade. Lembra-me, quando estouravas em cachões, da tua culminância, para te desfazeres em espumas aos pés do mirante idêntico às torres de castelos medievais, rolando lá em baixo, revôlto e espumante... E, então, perguntavas-me: "Sabes com quem me pareço? Com o eterno e insondável Atlântico !"

Pobre de ti! Antes, eras forte, espadanavas-te para todos os lados, em grossos turbilhões mesmo em tempo de sêcas cruéis. Agora, revoluteando debaixo desta paineira de copa repleta de flocos brancos, que caem sôbre ti, vejo-te humilde, mostrando em tua, magreza, a carcassa de ossos negros e ponteagudos. Um bandeirante ou um selvícola, ao espreitar-te assim, certamente gargalharia. Os teus peixes, fogem espavoridos. Então, não vês aquêles corpinhos nus, esguios e brilhantes que te emergem do seio, saltando em sofreguidão sôbre tuas pedras mais altas? Na ânsia de encontrar a profundeza de tuas escassas águas ? Espera, escuta: temos algo em comum. Eram teus amigos. Sempre lhes deste abrigo. É sempre assim. Abandonam-nos quando mais necessitamos dêles. Viram-te pobre e largaram-te, como marinheiros ingratos, deixando o navio, quando êle, soçobrando, é engolido pelo oceano. Não te importes : voltarão um dia! Conseguiu escravizar-te o homem moderno. A ciência magoou-te, espremendo-te no curso de há séculos. Desolou tuas margens; cousa que empreenderias em épocas vindouras. Gosto de ti, és lento no agir, raciocinas

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Lamento tua sorte: curvaste-te aos desígnios da Mecânica. Não te incomodes, pois ainda em tua servidão te conservaste voluntarioso. Não perturbaste o caminho, a rota de encontro ao teu irmão: o Tietê, onde sempre encontras amparo nos seus braços. Conservou-se até o momento — teu amigo. Acontece assim com os homens. Nas suas derrotas sem-

pre lhes aparece uma devoção, uma amizade. Não te cantarei as glórias, pois que já o fizeram os poetas, mas cantarei a fraqueza que te dignifica. Agora, que morres, a Providência te quebrou o egoísmo. Tornaste-te dócil, manso e altruísta. Triste ironia! Mesmo assim, sei que

é teu anelo servir a cidade que banhas.

Mas, não. Tua eletricidade, condensada noutros fios, vai célere em outra direção. Acho que te converteste à filantropia, desprendido em excesso. Tua fÔrça ilumina outras cidades, outras escolas, hospitais, impulsionando outras vidas do teu adorado São Paulo. Sei que és feliz, porque és paulista ! Estás fraco, triste e consumido.Mas, ainda assim basta o que te resta: sê fiel ao teu destino de glória. Hoje, amanheceu chovendo. Exulta! Os Céus te perdoaram...

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com o meu pito de barro: cespera, diabo, que algum dia vais dar com os costados no barranco, com todo esse teu luxinho». Olhem, parece que reus ouviu a coisa... Foi assim: A curiosidade dos circunstantes impacientou-se

um momento enquanto Jerônimo avivava a brasa do cachimbo, Fora, o temporal zal,gara um bocado

PITORESCA Conto

de Lino Vitti

Remanso, lugarejo apertado entre o braço imenso de uma encruzilhada, recebia naquele entardece: de sábado, um dos mais valentes banhos pluviais de que guardava memória. Aquilo era um dilúvio de cordas liquidas vesgastando, do alto, as casas, as árvores, os terreiros. Por todos os lados a parede branca fechando a visão dos horizontes. E, de quando em quando, o rolar de bumbo da trovoada. A vendola do Zé Bento regurgitava. Os sitiantes em dias assim vão à venda bater papo. É ali o ponto onde trocam idéias entre uma cachim-

bada e um taiO da branquinha.

O prêto Nho Jerónimo chegou à porta e as-

suntou :

Isso me está lembrando aquêle caso... Conte lá como foi, acudiram, de pronto, várias vozes desejosas de matar o tempo numa história que, brotada dos lábios do Jerônimo, trazia sempre o cunho e o sabor de novidade e de humorismo. Exemplar último de macróbio da redondeza, conhecia esmiuçadamente todos os casos por ali desenrolados. E não lhe escapava oportunidade para os relatar. — Já que o querem e o tempo está especial... A rodinha fechou, acrescida por mais curiosos, sôbre o caixão onde o prêto Se assentara, baforando

calmo o filosófico, o inseparável cachimbo.

Os ouvidos circunstantes penduraram-se todos nos lábios do negro... — Como lhes disse. O dia estava assim : chuva

a jorros. O pessoal. .. Mag vamos pelo comecinho. Remanso, como sabem, naquela ocasião, estava nas mãos do coronel Florêncio (patrão bom que Deus haja l). Não havia por cá essa onda de progresso: venda, farmácia, campo de futebol... Só a casa grande do Seu Florêncio, duas filas de casas coloniais ao lado do terreiro, casinholos esparsos por ali, ao léu das barrocas. O Miguelzinho,filho do patrão, sinhôzinho distinto, que frequentava as avenidas, botava, de quando em quando, o focinho imberbe por estas bandas. Trazia consigo maniag. Um certo luxo agarrava-se-lhe,

como carrapato,

por todo o

corpo. Era de ver quando passava por perto..

ficando um rastro de perfumes

mexendo

ia

com as

narinas da gente. Botas que nem espêlho„roupa dizendo «não me toques, não me reles» para tudo quanto fôsse barro ou espinho. Eu, porém, cá dizia

mais.

— Miguelzinhoentendeu lá um dia de casar. Topara com um encanto de menina, dessas muitas que florescem pelos salões da cidade, riquinha, sem

dúvida, e encasquetouse lhe no bestunto de possuíIa por espôsa. O pai, homem de recursos, que reaceitar o fato, tivesse embora de médio teve antemão explorado um pouco o terreno financeiro da futura nora. E não era mau partido. O dinheiro atrai o dinheiro, como o abismo atrai o abismo, filosofou, de relance, o narrador da história. — Que sabença de frase, piou lá atrás um pé rapado. Pois bem, a cousa esquentou e o calendário da famíliamarcou data, histórica decerto, para o casamento. Nada de extraordinário até aqui. Casar é cousa rotineira, não acham ? O que não havia de natural naquele, porém, ao menos para os empregados e moradores de então, era dever o mesmo realizar-se em Remanso.. . Em Reman.so? !!! — Como lhes digo, Miguelzinho, dado a tan-

tos luxos, trazer a noiva à fazenda!!! E não só a noiva. A sua extravagância chegou a cem graus quando jogou aos ouvidos do pessoal a idéia de trazer, sabem o que .

Uma banda... Uma banda !, exclamou uma rajada de vozes,

Nem mais, nem menos. Se na época se co-

nhecessejá a atômica eu vos diria que a notícia

produzira idêntico choque entre os «remansenses». Aquilo revolucionou todo o mundo, foi

batismo

de júbilo desabado sôbre a caipirada de Remanso. Pois se nunca tinham visto e ouvido um conjunto musical daqueles ! Violas, sanfonas e pandeiros, sim...

O resto ?

A imaginação local, individualmente,

trabalhava para desenhar na cachola, como viria a ser uma banda. E ainda hoje, eu lhes garanto, estariamos a parafusar o mesmo, se o esperado dia não despontasse, afinal, vivado pela ansiedade geral,

estampada e facilmente adivinhada na fuça de cada

morador de Remanso. Lembro bem. A semana precedente foi uma trabalheira danada. Os «faça isto, faça aquilo» sopapeavam, de contínuo, a boa von-

tade da gente, Por tudo, passou dona limpeza, varrendo, espanando, lustrando, capinando, e ae tal forma labutou que a fazenda, no dia, sorria remoçad2 por todos os cantos, catita e brejeira, como roceirinha em trajes de festa. Os fornos suaram no afã dos assados.

As flôres do jardim mudaram-se

para as salas dos convidados, orgulhosas (coitadas, não sabiam que festas é morte para elas) enfeitando mesas e cantoneiras. Os cristais em pêso desceram das cristaleiras nara um regalo momentâneo de cintilações festivas. Tudo, enfim, aguardava o grande dia.


A esta altura, o narrador deixouescapar um suspiro longo, como se um resto daquelas canseiras lhe abandonasse o corpo nessa hora. A assistência aproveitou a folgazinha para um movimento de rea-

juste aos membros cansados da posição forçada. Depois prosseguiu :

— A manhã clareou que era um «ouro sôbre

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AUTOMÓVEIS CAMINHÕES

azub. Apenas nuvenzinhas ariscas cruzavam do

ÔNIBUS

poente para o nascenteo ar diáfano.Botei os olhos

naquilo e diagnostiquei chuva na certa. Pelo meiodia o horizonte empilhava cúmulos enormes, às escondidas... — Às escondidas? Explique lá isso, bedelhou o Zé Bento, cotovelos fincados no balcão, interessado também, agora, na história. Às escondidas,sim, pois se ninguém, a não ser o negro aqui, dava a menor atenção ao tempo, arapucados todos como estavam na espectativa da

NOVOS E USADOS N

os

excelentes

V. S. fará com

festa... e da banda. Remanso, em pêso, virgem

de festas tais, aguardava-a aos magotes, ao longo do caminho ou pelo terreiro em frente da casa senhorial. De que chegou, eu sei que não duvidarão,

mas em que chegou, estou a crer que sim... Bocado depois de meia•hora, na primeira curva da

estrada apontou uma processional romaria de carroças, adatadas a diligências.. . Houve uma espécie de maré de risos entre os ouvintes, serenada a qual Nhô Jerônimo continuou, confirmando :

De carroças, sim senhores. Se não havia trem, nem ônibus, nem nada. O lombo de nosso irmão asno que aguentasse tudo. Que remédio!

Orzem Porta Av. Estados Unidos, 1139 Telefone, 3112

PIRACICABA

— Mas a banda? interessou-se algum impaciente.

— Ah!, a banda, veiu também, e os músicos

todos uniformizadinhos de cáqui, apearam numa das

extremidadesdo terreiro, cada qtnl com o seu instrumento enrolado no braço, diante da estupefação e dos «veja que beleza!' da populaçãototal de Remanso. E quando romperam a marcha rumo à casa senhorial, em cujo parapeito Miguelzinhoao lado da noiva e convidados de gala, esperando, sorria nas asas de uma felicidade nova, diante daquele novo espetáculo, os corações todos da localidade, romperam também a marcha de uma sensação inédita, como se em cada peito, em lugar do órgão, batesse um bumbo barulhento. A criançada ne-

pizaOVntaJ g geWd0õdLJ

grinhos, mulatos e brancos —misturou, gesticulando,

berrando,atirando para os ares numa alegria única

os chapéusinhos esburacados. As janelas emolduraram cabeças curiosas de moços, moças e velhos. Até cães e cabras contagiaram-Fe ao contentatnento geral abrindo num berreiro inédito. O sucesso musical era indiscutível. A banda fôra capaz de arregimen-

tar, de modo total, o júbilo de Remanso de há muito adormecido. E êsse era o objetivo de Mi-

guelzinho que embora dado a seus luxinhos, diga— mos d passagem, esiimava os empregados e os colonos,' procurando de quando em quando, proporcionar-lhes daquelas alegrias ainda não conhecidas.

Por isso rejubilava-se também, e era fácil notá-lo pelos cochichos e sorrisos contfnuos que trocava

com a noiva.

Mas, para encurtar o caso, (alguns ouvintes já se impacientavam pelo desfêcho e creio que vós também leitores) lhes direi que chegou o momento do casório, A igrejinha erguida num dos ângulos do

Continúa na pag. 33

(tlças esporte para Senhoras e Senho-

ritas estão em grande moda ! Aceitamos encomendas sob medida

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Eis o Bráulio de Azevedo, o contador de anedotas e imitador inigualável. Êle imita quase todos os animais com perfeição absoluta. O que o Bráulio conta é intraduzível na escrita, porque lhe faltam a voz, os gestos, as imitações, a "vida" enfirn, que só Ole é capaz de dar-lhe.


Com anedotas e imitações, Bráulio pode dar espetáculos e realtnente já o féz mui, tas vezes. Mas a praça é o seu palco favorito. Seu público é a rodinha de amigos.

TRADIÇÃO VIVA E INTELIGENTE DO

ESPÍRITO PIRAC!CABANO Reportagemde Joaquim do Marco Fato social digno de observação é êsse da importancia que os habitantesde uma cidadeatribuema suas instituições ou personagens típicas Afaga-lhes o amor próprio verificar que possuem algo «diferente», «seu»,

não existente noutra cidade. E tanto maior é o orgulho de que se sentem possuidas, quanto mais honroso for o fato aoontado. Sob esse aspecto, Piracicaba é uma cidade feliz, porque carregada das mais agradáveis e honrosas insretituições ou personagens típicas. Não será preciso memorá-las aqui. pois correm mung10,desde o seu '"falar oiracicatHno" até suas envaidecedoras tradições de cultura.

Fotos: Cantarelli

«Mirante., à medida que pode. vem focalizando

cidade, em reportagens essas coisas tipicas de nossa do ligeiras,que se destinamà históriae preservaçaoso.

em nossos fatos que nos parece mais caraterístieoem suas páginas, o ciais. Por isso, não poderia faltar, mais apanhado que se vai ler de uma das personagens típicas do nosso meio — êsse fabuloso e já meio lensobrinho. dório humorista que é Bráulio de Azevedo o Assinalemos,inicialmente, que o humorismo,mo. um gôsto pela anedota, a tendência para a piada, ésua tala do espontâneo e típico do picaeicabano.Com sossegada, do e e do o abertos e do r inconfundível, êle está sempre com o espírito disposto a fixar o lado


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cômicodos acontecimentose das coisas. Sempre alerta em descobriro ridículo,usandoa ironiarisonha ou a malicia engraçada. Uma «rodinha»de piracicabanos,na rua ou no café, acompanhando um entêrro ou esperando um bonde, é sempre um loco de alegria, de risadas, com observações picarescas e bem humoradas.E quando dizemos picacicabanos, não nos referimos apenas aos de nascimento, mas também àqueles que vêm morar aquí e até àqueles que passam dias entre nós, alojando-se

em casas de amigos ou nos hotéis. Todosse fazemhu-

moristas, porque o nosso humorismo, como o do cario. ca, é contagiante. Está no ar... e, principalmente,na Praca José Bonifácio. De sorte que o Braulinho Azevedo,sendo o nosso maior humorista vivo, não é só uma perscnagem típica, mas uma verdadeira instituição tipica de Piracicaba. Ele representa, em grau máximo,um modo de ser de nossa gente. E um modo de ser do qual nos orgulhamos com justa razão, tanto pela generosidade quanto pela liberalidade que encerra. Sim, porque essa preo-

cupaçño constante de ser alegre, de fazer rir, de desa-

nossa fixar-lhea personalidadee, sobretudo,render-lhe quanto homenagem de admiração e gratidão, por tudo

o êle tem feito com seu grande espírito, para elevar esta querida Piracinome de sua e de nossa terra caba, que êle adora apaixonadamente. Nascidoaqui, em fins do século passado, fatal seria que trouxesse. no próprio sangue, algumas manias de caráter geral entre nós. É pescador, é caçador e é torcedor do XV de Novembro Sou sócic fundadordo XV — diz éle. Conheçoo desde mocinho. Joguei nos seus quadros. Lembro, com saudades, seus jogadores famosos, alguns ainda vivos. Pereira, Teco, João Fernandes, Carmo, Nardini, Chico e Belmácio Pousa, Barrento, Artur Faber, Bignardi... Eram amadores, mas que gente grande, meu Deus

do céu !...

Como caçador, principalmente de aves, leva enorme vantagem sõbre outros caçadores, pois possui O «dom» do pio natural, sem «aparelhos". Enquanto os outros precisam levar pios fabricados, êle «imita» a

caça com o aparelhe vocal, portanto, com as mãos livres para manejar a espingarda.Suas anedotas de ca-

No lar, no rio

011

o Bráulio Ildo

Só sairei de Piracicaba se o rio secar 1.. Estas palavras

do Bráulio, traduzem todo seu amor à terra e ao rio çadas, em número infinito, encantam pela vivacidade e e benéficaao nuviar a vida, é eminentementegenerosa colorido do enrêdo, surpreendem pelo desfêcho. Aliás, o comérciodespretensiosoe livre das almas, ao entendidas mentalidades. mento espontâneo e sem reservasmanifestação de deEm última análise, urna segura moeracia. que Contara vida do Bráulio é uma pretensão pequena. revista de reportagem simples numa cabe não nos quais raro seDaria um livro, em muitos capítulos, a depôr. Visto elgo tivesse não que piracicabano ria o

e nao só pelo do humorismo,não por todos os angulos de monumental.O que direclassificá-lo em há exagêro para mos aquí, pois, não passará de simples tentativa

que Bráulio conta é intraduzível na escrita, porque lhe faltam a voz, os gestos, o olhar, as imitações, a «vida» enfim que só êle é capaz de dar-lhe. — Aquela caçada com o Dr. Jacob é inesquecível. Tudo pronto para «queimar» o nambu atraído pelo pio. Dr. Jacob havia

subido numa árvore. o nambu. Apontou a espingarda. É tiro certo. MasViu o galho quebra, e o Dr. Jacob — chuá! — no chão! Quase morri

de rir.

Sua habilidade para «piar» ou imitar a voz de


11

É o caso de nhá Tudinha,

i,

numa procissão de sexta feira da Paixão. ia rezando ave-maria , cheia de graça... QuandoEla me viu, de rezar. A companheira perguntou porque. E nhúparou Tudinha explicou : Não Vêque o Braulinhotá aí e êle é capazde me «remediá»? Outro personagem explorado por Bráulio é o velho e querido Eduardo

quer como motorista, quer comofotógrafo.ÉFernandes, notávelaquela em que o Fer-

nandes, num fordinho,foi abalroado pelo bonde. A

ção de velho chofer foi enérgica:- Eh! motorneiro, reavocê não tem corneta para tocar? E lembra o Fernandes, indo pagar licençade onze contos porqueum que custara nove, disse ao coletor que podia automóvel ficar com

o carro...

Cabe, porém, assinalar aqui que humorismo do Bráulio é eminentemente geneposo. A ogenerosidade mesmo a caracteristica principal dêste piracicabano é

no que éle se mostra, tambémum lídimo representante de nossas tradições. Ele tem prazer especial em alegrar, com suas piadas,

Cacar e pescar, são as duas paixões do Braulinho. Esta foto, de uma caça-

da em 1939.no Paraná, é o que se

velhos, crianças e doentes. Conta, mesmo,em seu saldo de boas ações,o ter feito rir, em São Paulo, uma senhora velha e doente que, há cinco anos, não ria. E se orgulha de haver sido bom para alguém.

poderia chamar de: O dia do caçador.

qualqueranimal,inclusive abelhas e mosquitos,é coisa que só se acreditavendo e ouvindo. Para demonstrarlhe a perfeição,basta lembrar que certa vez, em sua própria casa, quando contava uma anedota em que imitava o cacarejar da galinha,um cachorrinhosaltou sôbre êle. — Naquela casa de pios, em São Paulo, os dois

moços foram na onda. Começaram a me mostrar pios

perguntandose eu os conhecia.Disse que não e eles.. aproveitaram:— êste é o pio de arara... este é de co-

tia, conhece?...éste é de paca, Eu bancandoo ignorante. Mas chegou um amigo e estragou tudo, contando as minhas habilidades. Os moços deram uma risadinha amarela. Com anedotas e imitações Bráulio pode dar espetáculos e realrnentejá o fêz muitas Vêzes,no ClubeCel. Barbosa. Dessa capacidade para agradar o público re. sultou ser convidadopara atun em estações de rádio

no mato,

onde quer que esteja

tristeza da capital como a Tupi e a Nacional. Nunca, porém, aceitouêsses convites,só para não sair de Piracicaba, alega êle. Nós, porém, pensamos que êle não gosta dessas apresentações em público, pois seu prazer é contar as anedotase fazer imitaçõesnas rodinhas de amigos. É esse o seu palco preferido. Mas é preciso aceitar piamente a exclamação máxima do seu piracicabanismo: — Só sairei daqui quando o rio Piracicaba secar... que é como dizer: daqui não saio, daqui ninguém me tira. Comohumorista,o Braulinhonão se limita a in-

terpretar o espírito alheio. É também ótimo criador e ótimo adaptador. Daí seu inexgotável repertório de pia-

das de côr local,com personagens conhecidas. Ê por

isso que muita gente, sobretudo os velhos, como êle conta, têm-lhe mêdo.

Roberto, o único filho do casal, herdou o génio do pai. É inteligente e espirituoso. Aqui, aparecem

os três: Roberto,Braulio e D. Zélia.Umafamilia feliz


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Alegrar os outros é para Éle motivo de orgulho. E as serenatas?... Bráulio é, acima de tudo, uma

alma acabada de artista. Não toca nenhum instrumento, mas tem a maravilhosahabilidade de ' imitá-los todos com rara perfeição. Além disso, canta admiràvelmente bem, graças à finura do ouvidoe à capacidade de fazê-loem vários tons de voz, desde o «infantil»e femininoaté o barítono.Guarda recordações preciosas, pontilhadas de saudade e verve, das serenatas em que tomou parte com Erothides, José Aguiar, Nardini, e até

o José Corrêa, do rabecão. — Nunca me esqueço daquela noite em que um moleque atirou uma pedra na janela (ta casa visitada pela serenata. O dono era bravo e diziam que atirava.

De um casal assim rico de tradições, só poderia provir um

filho como o Roberto Bueno de Azevedo,inteligente, espirituoso e honesto como os pais e que já tem demons-

trado largamentesuas habilidadesartísticase literárias, inclusivecomo cronista de cinema em vários números de «Mirante».Ainda temos esperança de que o Roberto brilhará na arte nacional, sobretudo no rádio, no teatro e no cinema, graças aos dotes especiais que lhe exor. nam a personalidade. Gostaríamos de registrar, como encerramento desta reportagem, uma boa anedota contada pelo nosso que-

rido Braulinho.Consideramos,porém, a emprêsa inviá-

vel, pois a escrita, já o dissemos, não pode traduzir o

Bráulio e sua esposa D. Zélia Bueno de Azevedo, excelente prefessôra, agora aposentada. Ambos são admiradores de Mirante

Foi uma correria louca. Mas osZé Corrêa, não podendo acompanhar os outros na correria, de vez em quando parava e se escondia atrás do instrumento, fazendo-o de

trincheira.

Bráulio de Azevedo Sobrinho. já o dissemos, nas-

ceu em Piracicaba,no fim do século passado. Descende de uma família tradicional, cujo chefe, o saudoso e inesquecível Alvaro de Azevedo, proprietário da tradicional «Loja do Sol», é um dos nomes históricos nos anais po-

líticos e sociais de Piracicaba.nome aureolado de virtudes, em que sobressaiarna moralidadedoméstica,a ho-

nestidade comercial e Rública e o idealismo constante. É casado .com D. Zélia Bueno de Azevedo, excelente professora, agora aposentada, também descenden-

te de outra estimadae tradicionalfamília piracicabana.

que êle conta. Faltam-lhe os o Bráulio e mais ninguém possui. É uma delicia ouvi-lo contar seus «casos», como aquêle estimado e popular Passarella, ainda há pouco tempodo estupendo êxito, na Noite da saudade, um contado com vado a efeito no Teatro São José, pelo espetáculo leDepartamento Municipal de Culturaxem comemoração ao 190.0aniversúrio de Piracicaba. E um «caso»que, como tros. só o Bráulio pode contar e que precisa,tantos ouurgentemente ser gravado a fim de em Piracicaba para todoo sempre, cornohápermanecer permanecer o nome querido de Bráulio de Azevedo de morista da Noiva da Colina. Sobrinho — o lendário hugestos, O olhar, a voz, o assobio. as interjeições, a mimica exuberante e pessoal que só


13

só... RINDO Cactus

Um dos maiores prazeres da vida é a gente olhar para a mulher com quem. não se casou. 000

O namoro é para o casamento o que o clorofórmio é para as operações. A gente depois acorda.. 000

Definiçóes : Esterilizador de café

piscina de mosquitos Odalisca — secretária do sultão. 000

O filhinho do vereador, depois de -ouvir toda essa conversa de satélites artificiais e estratosfera, pergunta ao pai : — O que é lei de gravidade? — Não sei, meu filho. Creio que não votamos essa lei ainda.

MINHA BANDEIRA! Antonio D'AviIa

000

Anúncio :

Olhinhos: vendem-se dois, especialmente treinados para seduzir coraç6es já comprometidos. 000

(3 gerente :

— O senhor poderia me fornecer mais in.

formaçbeg bancárias ?

Poderia, mas creio que isso sómente o iria desanimar. 000

ble e ela, sentados no banco do , jardim. Mã08 nas mã08. Olhos nos olhos. Éle, nvm ataque de súbita ternura, encoe-

tando sua face à dela, com uma enorme barba de 5 dias: — Minha Rosa... Ela tugindo suavemente àquela caricia, enquanto coça a pele arranhada: — Meu Cactus.

Tiraram um pedacinho de céu, para fazer minha bandeira. E i o pedacinho de céu veio cheio de estrêlas. Tiraram um pouquinho do sol e puseram-no junto do pedacinho de céu. O amarelo do sol, que é

o ouro, ficou ali para enfeitar minha bandeira.

Tiraram o verde lindo das matas e, com o céu. com o sol e com a mata, fizeram minha bandeira. Depois, o luar deixou dentro dela um pouco de sua luz pura.

Esta é a bandeira de minha terra: o

céu, o sol, as estrêlas, a floresta. o luar ! Escreveram, depois, dentro dela, em

sua faixa branca: Ordem e Progresso. Quando olho para minha bandeira e vejo tudo isso, sinto crescer no coração o desejo de ser bom, para tornar grande e forte o meu Brasil.


bicos O *'baby doll" de Hélia Maluf é em nylon branco com babadinhos de renda, a barra termina em

O

Doll"

INVADIU PIRACICABA

Antes de ir para a cama, Hélia gosta de ficar a vontade no seu "Baby 1)011",para lêr, assistir televisão ou descansar


15

Os "brotinhos" piracicabanos aderiram totalmente à nova moda - são elegantes até dormindo ! Reportagem de Mirante

Fotos: Cantarei li

As americanas adotaram o «baby doll»

para tôdas as idades

E não é só lá não,

também em

Piracicaba a cam(solinha curta está fazendo sucesso, conforme nossas fotografias

Senhoras, moças, meninas ou bebês, tôdas usam o cômodo «baby doll».

ilustram, sobretudo por causa do verão.

As crianças sentem-se mais vontade para, já de «baby doll,» assistirem à noitinha seus programas -preferidos de televisão. A garota da fotografia é Lígia Márcia Kraide

Camisolinha bem curta, mostrandoparte da calcinha, com passa fita no decote. Modelo exibido por Márcia


16

por causa do nosso climaé salutar e agradávelo uso do «baby doll.» Vejam como Hélia, Fernanda e Márcia aderiram francamente.

Uma camisolinha revolucionária, usada

por

uma

atriz de cinema, no filme «BabyDoll,» é a sensação do momento!

Fernanda mostra tambémo seu «baby doll»com a camisolinha e a calça terminadas com babadinhos e renda.


PETROLEO! Reportagem

de Mirante

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Fotos: Cantarelli

Um saldo profético -0 mágico da realidade -0 petróleo existe e a Petrobrás precisa ver isso - Pitanga Verá o céu, para o qual aponta esta torre colossal, jorrar

o ambicionadoouro negro em quantidade satisfatória?

ria. n sonda pioneira - Um monumento no descampado Um saldo profético A história do petróleo em nossa região

vem de longe. Talvez nem se possa precisar com certeza a primeira manifestação de «desconfiança» da existência do «ouro negro» por estas bandas. Contudo, as notícias mais precisas datam mais ou menos de 1923 e devêmo-las ao irriquieto escritor Monteiro Lobato. Foi êle quem iniciou intensa campanha pela imprensa, denunciando a existência do petróleo na Fazenda Araquá, próxima de Charqueada, município de São Pedro. Dessa campanha resultaram pesquisas intensivas na região indicada, as quais, por motivos sobejamente conhecidos, ligados à orientação governamental de então, em decorrência da pressão internacional, não pude-

ram ser levadas a bom têrmo, sendo mesmo violentamente interrompidas por «ordem superior». Da campanha e das pesquisas sobrou apenas, além das profundas decepções, um saldo de inestimável valor económico, social e profético: o estabelecimento de mais uma importante estância hidro-termal no Estado—

a de Águas de São Pedro,

Em face do que se esperava da descoberta do petróleo, não há dúvida, o saldo pa-

rece não passar de um parto da montanha. Convenhamos, porém, que foi muito melhor

isso do que ficar inteirameate «em branco».i Além de tôdas as vantagens de ordem comercial, medicinal e turísticas, com repercussão positiva na melhora das vias e meios de transportes, Aguas de São Pedro, com aquela torre

à margemda estrada e próximaao povoado,


e ainda se ro famoso do qual se contaram tamQuerozene, do — o contam maravilhas que Sabe-se Pedro. São de bém no município serda sopé ao os brejos, nesse bairro situado aceso dias» e ra, «pegavam fogo que ficava e suino de que no estrume do gado vacum e cheiro graxa seus pastos notavam-se «uma que não bairro, do nome de querozene». Daí o evidentes. indícios aos quanto deixa dúvida os tamTudo isso revela, não obstante das proibição a e pões oficiais de cimento

A tôrre da esp pesquisas que nem o estado novo nacionalista, em seu «curto período», conseguiu remover a crença no petróleo. E a volta do país à liberdade democrática incumbiu-se, embora tarde,

de fazer surgir o mágico que desencantaria a realidade, escondida por um tabú com 30 anos de existência. Esse mágico foi o engenheiro

A atividade dos trabalhadores é constante em todo o majestoso conjunto de máquinas, encimadas pela tórre imponente

surgiu e ficou como prova permanente de nossa primeira crença, entusiasmo e esfôrço na descoberta do petróleo. Transformou-se num marco vivo, a repetir pelos anos que se seguiram, através de milhares de turistas, uma afirmação que não foi provada porque não o permitiram, mas também não foi contestada. Aquela tôrre, que parece de brinquedo ante a atual erguida na Fazenda Pitanga, durante êsse tempo decorrido, como que vem repetindo sem cessar um refrão só : «aqui existe petróleo». O engenheiro Andrauss — mágico da realidade

Mas não ioi só Águas de São Pedro que ficou repetindo teimosamente o refrão. A estancia teve o mérito de mantê-lo vivo e ao alcance de milhares de pessoas, entre elas, naturalmente, entendidos nacionais e extrangeiros, cuja conciência e imaginação viviam empolgadas pelo «caso». Outros locais também ficaram marcados pelos acontecimentos e entraram para a história, permanecendo vivos e

atuantes em suas páginas. É o caso da fazenda São João do Araquá, que chegou a celebrizar-se tanto quanto a atual Pitanga, falanno do-se, naqueles tempos, com insistência, Araquá. ou da região do Araquá petróleo do Não longe dessa Fazenda, surgiu um bair-

patrício Roberto Andrauss. O doutor Andrauss, numa reportagem desta natureza, tem o direito, por justiça e gratidão, de figurar como personagem central do auspicioso acontecimento que veio reviver a luta pela descoberta do petróleo em nossa região. Movidopor elevado espírito de aven-

tura, tendo a alicerçá-lo a chama de sadio

O prefeito de Piracicaba Com. Luciano Guidotti, em visita

à sonda, palestra com nosso redator e um engenheiro americano. foto: S. Ferraz


idealismo e patriotismo, e de puro amor à pesquisa do sub-solo, tudo isso calcado na velha crença de que «aquí existe petróleo», o engenheiro Roberto Andrauss, sozinho, gastando somas fabulosas de seu bolso generoso, auxiliado por alguns técnicos tão idealistas quanto êle, sem alardes, meteu mãos à obra de perfuração de um poço no bairro do Recreio. Serviço particular, com maquinaria modesta, conquanto caríssima para um bolso só, levou mêses para produzir os resultados es-

ira n ç a do nosso

perados. Mas produziu-os e brilhantíssimos. O petróleo existe e a Petrobrás precisa ver isso Só depois de absolutamente convencido da realidade feliz foi que o engenheiro Andrauss tornou públicas suas pesquisas, reclamando da Petrobrás a perfilagem elétrica do pôço para comprovação oficial de sua descoberta ou redescoberta. E também a imprensa e os homeps públicos de nossa terra foram alertados e se interessaram decididamente pe-

petróleo

Magnifica vista geral das instalações que a Petrobrás levou a efeito em Pitanga. Do local descortina-se impressionante panorama


20

Ias pesquisas. Imprensa, prefeitura, legislativo, associações, políticos, enfim todos os órgãos representativos da opinião pública se levantaram para apoiar o trabalho extraordinário do mágico Roberto Andrauss, pressionando, por todos os meios, o govêrno federal a tomar conhecimento da ocorrência e tratá-la com o

devido carinho e a máxima presteza. Não foram em vão os apelos, antes produziram efeitos relativamente rápidos e até surpreendentes em face de nossa sempre emperrada burocracia estatal. A periilagem elétrica foi feita e o estudo geológicoda região se processou com relativa rapidez, do que rer sultou, em menos de um ano, a escolha do magnífico planalto da Fazenda Pitanga para localização da sonda pioneira do petróleo, na região que há 30 anos era indicada para pal-

co de tão estrondosa façanha. É de inteira justiça incluirmos, nesta on-

da de apelos para as pesquisas petrolíferas da região, os nossos queridos vizinhos de Rio

Claro, onde a imprensa e os homens públicos desencadearam eficiente e rumorosa campanha que deve ter tido influência decisiva na efetivação das medidas postas em prática para o início da perfuração. Rio Claro, como Piracicaba, Limeira, Charqueada e São Pedro, tem profundo interêsse nos resultados positivos das pesquisas e ainda há de ver coroados seus esforços e anseios, não só porque atual son-

dos tá atormentando o colossal dinamismo paulistas. história Pitanga — um símbolo que ficará na proQue o destino tem seus capñchos

com a Fazenda vou-o bem o que aconteceudos Irmãos Mene-

Pitanga, propriedade atual de eleghel: cujas atividades agro-industriais, na concentradas estão vado vulto, por sinal, Tamanusina de açúcar e álcool denominada bairro do Recreio dupá e situada no velho parte semi-arenosas, Suas terras, em gande já foram Contudo, férteis. mais não são das esta agora e policultura bastante propícias à adaptade capacidade boa vam demonstrando aos modernos cão à cultura canavieira, graças adubação. de e tratos de preparo mecânico de altitudes que lombadas, Em suas largas amplíssimos, permitem descortinar horizontesperder de vi?a os canaviais já se estendem da usina suppmentos luturos os ta, garantindo a fumegando lá em baixo. Tudo indicandocordos qüeimadas, rotina do mar verde, das tes. dos tratos culturais, do replante. Tudo gi rando em tôrno do açúcar e do álcool. bomba: Eis que, de repente estoura a exisbaixo do lençol verde dos canaviais por te o lençol líquido e negro do petróleo. Reviravolta completa no destino. A fazenda Pitanga, modesta, desconhecida, sem nenhuma

Em Pitanga, o trabalho é sério mas a espectativa é enorme dagem já se faz quase nos limítes artificíaís traçados pelo homem ao seu município, como po,-que dos estudos geológicos procedidos já surgiu também a indicação do bairro da Assistência como local apropriado à instalação de uma sonda. O que todos nós almejamos, aliás, é que tôda a região estudada pelos geólogos abrigue em suas entranhas um grandioso e abundante lençol de «ouro negro», do qual jorrem rios ou de petróleo suficiente para matar a fome, esque líquido combustível de sêde melhor, a

expressão para a publícidade, saiu, inesperadamente, de um marco zero, cômodo mas humílimo, subindo aos galarins da fama, ganhando as culminâncias de um ponto de referência para o qual se voltam as atenções do Brasil todo e até dos estrangeiros. Pitanga não é mais apenas uma fazenda, mas o local predestinado de uma região da qual deverá jorrar o petróleo e, por isso, um símbolo que ficará na história de nossa luta pela conquista do «ouro negro». E os poetas deverão ainda cantá-la, com rimas ou sem elas, apontando-a


Uma equipe de trabalhadores qua-

lificados, garante o êxito da per. furação que prosegue dia e noite

como a matriz generosa de riquezas fantás ticas. A sonda pioneira — um monumento no descampado O desfêcho ainda proyjsório dêste raconto acha-se inteiro escrito no amontoado gigantesco de màquinas, de motôres, de grades, peneiras, correias e correntes e da tôrre monumental encimada pela Bandeira Brasileira tremulando ao vento, tudo pintado de amarelo vivo e brilhante. A impressão que se tem do conjunto perfuratriz estabelecido naquele alto descampado é de grandiosidade e confiança. Os técnicos e trabalhadores con-

tribuem eficazmente para reforçar essa impressão, pela segurança e serenidade com que trabalham ou dão explicações aos visitantes. Ninguém sai daquele monumento erguido no descampado da fazenda Pitanga sem levar o espírito repleto de otimismo, de cer-

teza, de confiança absoluta no êxito da pesquisa. Diante daquêle monstro amarelo de ferro e aço, que atordoa pelo ruido poderoso dos motôres, a pessoinha dos visitantes encolhe-se meio assombrada como pude ram vir até ali aquelas enormes peças ? mas fica convencida, orgulhosamente convencida, de que o petróleo vai jorrar... E, sem

querer, curva-se reverente para agradecer a Deus dàdiva de tamanhas proporções...


22

O camelo, sempre orgulhoso, a principio não queria falar, mas depois

ou a língua e revelou coisas. e que é "fan" do Parafuso

Com licença dos homens, MIRANTE entrevista

Os bichos Reportagem de Rena Fotos: Cantarelli

do Circo

A reportagem de Mirante, cansada de ouvir os homens, resolveu entrevistar os bichosdo Circo Sarrasani, na esperança de conseguir dêstes revelações inéditas a respeito da vida, dos homens, dos outros bichos e de tudo enfim. Qual não foi a nos• sa surprésa, porém, quando soubemos que os mesmos anseios, as mesmas decepções, as mesmas dôres

e as mesmas alegrias inerentes ao homem, fazem parte também da vida dos animais. Ê o que veremosa seguir:

Logo que chegamos ao -Circo, fomos diretos à

barraca onde estavam os elefantes. Lá encontramos os dois ' 'bichinhos" sacudindo os "corpanzis" de um lado para o outro, num curioso movimento que êles executam constantemente. O domador, Jaques Sander; foi logo fazendo as apresentações: Aqui as "senhoritas" Alfa e Semba, dois "brotinhos" indianos, naturais de Singapura. Alfa tem 16, anos Semba 14 anos. — Muito prazer.


23

— O prazer é nosso ! E as duas continuaram comendo displicente-

mente o seu capim, sem dar muita importância aos repórteres, quando puxamos prosa. Estão gostando de Piracicaba ?

— Muito, respondeu Alfa, é realmente uma

das mais encantadoras cidades do interior du Estado. E que povo bom e hospitaleiro acrescentou Semba,

não poupam elogios e palmas para nós. — No entanto, disse ' 'Alfa", há um reparo a

fazer. No dia de nossa chegada, chamou-me a aten-

çño o fato de uma cidade tio grande como Piracicaba, ter tão poucos bondes e ônibus nap ruas.

Tenho a impressão de que o povo sofre por falta de condução. — E não é só impressão

não, "senhorita"

Alfa, apressamo-nos a responder• É a dura realidade. Mas felizmente o assunto já está sendo de-

batido na Prefe'tura e parece que vamos ter os "Trolleibus" — ônibus elétricos — para breve. — A cidade bem que merece, disseram Alfa e Semba em côro !

— Que tal a vida de circo ?

— Não é ruim, não, é até bem bôa! respon-

deram as duase quas ao mesmo tempo. No comêço é duro, até que se aprenda o trabalho, mas depois, quando sabemos de cór o que temos a fazer, torna-se fácil. Depois, o Jaques, nosso domador é um

homem muito botn. Tem paciência de Job para

con¿sco. É um amor esse pernambucano ! — Mas vocês não tem saudades das selvas ?

— Sim, de vez em quando bate uma ' 'saudadezinha" do mato, mas pensando bem, aqui temos boa ('boiai', boa casa e nos tratam tão bem, por tão pouco trabalho, que dificilmente acostumariamos outra vez nas selvas. — E ainda estamos livres dos tiros dos caçadores, concluiu Semba.

Bem, a conversa está muito boa, mas não queremosmais tomar o tempo de vocês, que por certo terão que descançar para trabalhar logo mais

à noite.

— Muito prazer ' 'senhorita" Alfa..

— Muito prazer "senhorita'

muitas felicidades para vocês.

Semba. .

— Muitas felicidades também para vocês de Mirante, responderam as duas. E quando nós iamos nos retirando, Semba gritou : — E não se esqueçam de mandar uma re-

vista para nós. Lembrem-sede que um elefante nunca se esquece,e muito menos uma elefanta! Dick — o hipopótamo, estava tomando o seu banho matinal, dentro de um enorme banheiro quan

do nos aproximamos.Jaques, o domador, adiantouse e foi logo dizendo: Estão aí os reporteres de Mirante e querem conhecê-lo, Dick.

Alfa e Semba, as duas ' 'estrelas" do Circo. Cada uma pesa 2.500kg. e custa 800

contos. Gostamda vida de circo pois alí elas têm boa casa e boa "bóia"


24

Nós, com medo de molestá Io, dissemos que

não se incomodasse, não, que passariamosmais tarde. Mas Dick, ao ver-nos, ou por delicadeza, ou porque realmente já tivesse terminado seu banho, respondeu que já estava de saída e que se achava à nossa disposição. Dessa forma, já mais uma pergunta :

à vontade, arriscamos

Mas o snr., "seu" Diek, tomando banho n um banheiro, quando nós temos aqui um rio tão bonito? ..

E', de fato vocês têm um rio maravilhoso, mas infelizmente eu disponho de pouco tempo de folga, e também devido às clausulas de contrato, não posso afastar-me do circo. Voeés sabem, durante o dia há sempre gente que paga

para vêr-nos. Há! de fato, o snr. tem razão, mas é

uma pena...

Depois, tem outra, "seu" repórter, acres(tentou Dick : — Se eu me pilho dentro de um rio como esse, os meus patrões aqui no circo,

poucas ci— jado muito e posso afirmar que bem património rico dades no mundo, possuem tão na tural. Díck, — Mas o prefeito que aí está, ('seu" lugares, dêsses tempo, devido no saberá cuidar, como o vem fazendo na cidade toda. E agora. para finalizar. gostariamos que

o snr. posasse para uma fotografía. Pois não, estou às ordens. E dito isso

escancarou a sua famosa "boquinha" num largo sorriso, enquanto o "flash" explodia. a conhecer Em seguida, Jaques levou-nos os 'camelos. Estes, orgulhosos como sempre, não deram muita atenção aos repórteres e não foi muito fácil "arrancar" déles algumas palavras. Olhavam-nos de cima com grande indiferença. Que tal o calor aqui em Piracicaba? ar. riscatnos para inicio de conversa. Para nós isso é ('fichinha", respondeu o que tinha duas corcovas, estamos acostumados com o calor africano. — Já conheciam a nossa cidade?

"Dick"- o hipopótamoe seu famoso sorriso.- Quem me dera tomar um banho nesse maravilhoso rio Piracicaba! Suspirava êle. "Dick" pesa 1.300 kg. e custa 600 contos

não me veriam mais.

— Não está feliz aqui, "seu" Dick ?

— Não é que não esteja bem aqui, mas o snr. sabe, a liberdade é sempre a liberdade. .. E por falar no rio, "sen" repórter, creio o deque vocos pirae.icabanos não estão dando Refiro-me possuem. você8 que àquilo valôr vido lugares maao abandono em que se encontram Olhe que Bosque. e D Mirante o como ravilhosos viatenho pois experiência, eu falo com bastante

— Não. E' a nossa primeira visita. Mas já a conheciamos por sua fama de cidade bonita, acrescentou aquêle que não tinha corcovas, saindo do seu mutismo inicial. — E por falar em fama, tornou o camelo de duas corcovas, agora já com a língua mais solta, que "bruto" cartaz tem esse Parafuso aqui em Piracicaba, heim — Mas como? perguntamos, quase não acredi-

tando no que ouviamos. Então vocês também já


— Va brincar, moleque, e não aborreça

o moço. — Ora, não é aborrecimento "sen" Jaques, éle é muito bem educado.

— É, de fato êle é o meu xodó. Sabe que para êle nascer eu tive de bancar o parteiro O Leopardo estava de mau humor naquele

dia. É que ainda não havia conseguido esquecer uma briga que tivera dias antes com um seu companheiro da jaula vizinha. — Imagine que êle comeu uma das pernas do outro, através das grades, e ninguém pôde apartar, contou-nos o domador. Agora terei de matar o Leopardo doente, pois não tem mais cura. De fato, verificamos que a horrível ferida, tinha arruinado de tal forma que o animal estava

mesmo condenado. — Como foi isso, "seu" Leopardo? perguntamos com algum receio.

O ' 'Poneysinho" colecionava figurinhas de futeból, mas a do Gatão estava difícil de arranjar...

conhecem o "pretinho bunitinho" ? — Claro! responderam os dois carnelos, é só o que se ouve por aí. E depois, ontem à noite, um pouco antes do espetáculo, nós escutamos num rádio da vizinhança, todo o programa de cururu. O Parafuso é de fato formidável ! — Eu gosto quando êle diz: Nem que tussa num faiz má! exclamou o camelo sem corcovas. Nisso, os dois camelos, já inteiramente tomaciospela mania do caruru, iniciaram um desafio bravo entre êles, imitando os cantadores e sob intensos aplausos dos outros bichos. Não querendo estragar a ' 'cantoria", nós nos retiramos e quando estavamos distanciados, per guntamos ao Jaques: Porque um dêles não tem corcovas? E' porque êle está magro, respondeu-nos Jaques. Corcova em camelo é gordura. .. Estávamos na expectativa de novas apre. sentaçóes, quando sentimos um puxão na barra da calça. Olhamos imediatamente para vêr de que se tratava e topamos com o moleque do cireo— um "poneysinho" de 2 meses de idade, que foi logo dizendo:— Ei, rnôço, estou colecionando figurínhas de futeból, mas o Gatão está mesmo é da terra, será que dificil de arrumar. não poderia falar com êle, p'ra me arranjar uma? Clcio que nem mesmo o Gatão possui uma figurinha dêle, respondemos. Em todo caso, vou falar com êle para ver se é possivel conse.

guir. Tá?

Tá, respondeu o "poneysinho" satisfeito. — Para quem você torce ? — Ah! eu torço para o XV. Atualmente o quadro não vai muito bem, mas eu acredito que êle saberá reagir quando mais se fizer necessário. — Você tem toda razão, '•poneysinho". Aliáa o XV sempre tem dado mostrag do seu valor nos momentos decisivos. Nisso o Jaques interveio e dando umag pal• madiuhas no Oponeysinho" disse:

É que eo estava nervoso naquele dia e ainda por cima êle começou a falar mal de mim. Depois, foi uma leal, tanto poderia acontecer a mim como a êle. Foi pura questão de sorte. Não vejo razão para tanto alarme, pois lá nas selvas as brigas são comuns e quem pode mais, chora menos... Diante da cara de poucos amigos do Leopardo, resolvemos mudar de assunto e perguntamos : — Você já ouviu falar no quadro de Bola ao Cesto do XV?

— Muito! a fama do XV já ultrapassou as fronteiras do país. Eu gostaria muito de vê-los jogar, pois ouvi dizer que êles têm a agilidade dos Leopardos. — De fato, guardando as devidas proporçOes, é claro ,

Pois olha, "sen" môço, diga lá na sua revista que o XV, tanto em Futebol como em Bola ao Cesto, tem feito muito por Piracicaba aí por fora, É um grande propagandista desta bela cidade.

Isso é verdade! — Bem "seu" Leopardo, não queremos mais

tomar o seu tempo, e aqui nos despedimos. Feli-

cidades a todos vocês e breve regresso.

Até logo, responderam todos os bichos

em coro!

O Leopardo estava nervoso porque havia brigado com seu companheiro de jaula. Assim mesmo, teve palavras

de elogio para o quadro de Bola ao Cesto do XV


40

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tempêro- lavrador donativo que o marido faziaà mulher no dia

do casamento. II - compaixão. 12 - rama%em. 13 - cambista.

autor - saúva.

15 - santuário. 16 - ridículo. 17 - igual.

VERTICAIS

- moer. deus dos pastores. da crédito. dano.

mover. 6 - repetição. 7 - morada.

oceano - querido - ul-

timomês dos hebreus - canal. reza - por abas em...

amansa - (tupiguarani) sufixo que significa : verdadeiro, bom. 10 - agregado - senhor

sem folhas.

11 • despontar. 12 - cabelos brancos. 13 - adora multidão vasio. 14 - motivo. 15 - basófia. 16 - fila

Solucio de Palavras Cruzadasdo n.0 8 de «Mirante»

Horiz.: 1, ala; 2, ávara; 3, rival; 4, 5, ana; 6, paulatino; 7, prima - ráiva: 8, abarrisco; 9,dar: aba; IO, per; 11, rocal; 12, erado; 13, oda. Vert.: 1, ar - uma - ré; 2, ávida - lar - aporo; 3, alavanca- rabecada;4, arara - tri - arada; 5, al - ias ló; 6, único; 7, ovo; 9, pra; IO, saibo. Cleops


Todos estão preferindo os Rhllns, Gin e licor

de

Ca tain os PIRACICABA Benedito de Almeida Júnior

OLD-DRY Numbairrismoentusiastae cheio de calor,

BEAC*k

contemplo minha terra em prisma diferente :

tudo maravilhoso! lindo! encantador! .. E faz vibrar de orgulho o coração da gente.

Piracicaba,a rica "Noivada Colina"!

BLACK RI CAZANC>VE

Ê onde, em cada lar, impera a caridade, numa alegria sã, que empolga e contamina,

em cada lábio espelha um riso de bondade.

AOredor, até o longe, por onde o olhar alcança, verdes diademas ! os canaviais se estendem E um lençol de riquezas, fartura, pujança, que nos cantou Lagreca em vívidos poemas.

"Piracicaba linda, que eu adoro tanto" — a canção da saudade, triste e imortal : Newton Melloescreveu com os olhos em pranto, ao recordar sua terra — inspiração genial !

Na rua do Pôrto. o Bosque. .. no rio majestoso. para o olhar I No Mirante... na Escola. Encantosmaravilhoso! — Os Dutras, em postais — que dom traduzindo, em painéis, a beleza sem par!

CAZANOVE

terra, Aqui viveu Prudente, orgulho desta saber. Sud, que foi maior, gigante dohistória encerra Um passado de glórras nossa dever.

de ilustres filhosa cumprirsempreo

Liquetll'

Cruzeiro,a brilhar no infinito,

Soba luz do côr de anil, no espetáculo astral dêste céupreces, mui contrito , eu me ajoelho e bendigo, em meu bêrço, que é chão também do meu Brasil!

e

Socíétéde SucrerjesBrésiliennes

Na

poléon

Indústrias Anexas - PIRACICABA- Est. de São Paulo

C A 7.3 N Ov- É"


28

0 "Esporte elegante" Reportagem de B. Rebello Fotos: Cantarel li

em

destaque

A TEMPORADATENISTICA DE 1957TROUXE BONS RESULTADOS VETERANOS E NOVOS LUTAM POR UM LUGAR NAS DIVERSAS "SERIES" JULIO MARCOS, CONTINUA COMO A "PRIMEIRA RAQUETE DE PIRACICABA", AGORA AMEAÇADO PELA REVELAÇÃO RODOLFO GATTI.

HUMBERTO VITTA E RUY FORGETTI, DUAS "EXPRESSÕES" DO TENIS DO INTERIOR EM PIRACICABA.

Componentes das diversas equiqes das séries A, B e Feminina. Da esquerda para a direita em pé: Lico Catti, Julio Marcos, Humberto Vitta, Osmar Prado, I.eny, Taveira e Helena. Agachados na mesma ordem: Peu, Rubens, Marcelo, Rodolfo,Irineu


29 progressivamente o esporte «society», alcança o seu iugar devido dentro do constante crescimento desportivo de Piracicaba. Tivemos, êste ano, a realização de diversas competições inter-municipais, enfrentando o Clube de Campo as equipes de Araraquara, Limeira e Jundiai, encontros estes em que os locais levaram desvantagem nas contagens por equipes. No entretanto, con-

seguiram ótimos resultados individuais que deixaram patente o desenvolvimentotécnico de nossos tenistas e, consequentemente,o melhor sentido de disputa entre cotejos desta natureza. Restam, para cumprimento do «calendario» dêste ano, os jogos contra o C. R. Tiete e

Ténis Clube, ambos de São Paulo. A melhor das impressões deixou o campeonato incujo desenroterno, tanto o da série «A» como da lar revelou a «olhos vistos» novos valores e partidas disputadissimas foram levadas

a cabo, premiando os

esforcos dos mais persistentes e dedicados tenistas. Pela série Julio Marcos manteve a supremacia de campeão. título que conserva há muitos anos. Rodolfo Gatti, como vice-campeão e grande «revelação» de 57, fêz jús

à segunda colocação e persegue de perto os passos da primeira raquete piracicabana. Na série «B", Irineu Lorandi, apesar de pouco tempo na prática do ténis conseguiu, brilhantemente conquistar o campeonato, até

Uma fase de um jogo entre as duplas Julio - Rubens e Lico - Humberto

Julio Marcos, "primeira raquete" de Piracicaba, título que ostenta há diversos anos.

alcançado um «indice. Conquanto ainda não tenha branco», em Pi«esporte o continua relêvo, técnico de e demonstranresultados bons proporcionando racicaba, Aumentaconprogresso. de sentido mais do dia a dia o número de adeptos desta modalidade siderivelmente de Camda Colina». Vem o Clube de esporte na «Noiva de intermédio por incentivo, e po dandonhe todo apoio Pedro e Prado Almeida de seus dirigentes, l)r. Osmardiretor e sub-diretor de Ténis, Clemente, respectivamente de João o auxílio preponderante que contam ainda com técnica e administrativa organização na Simões, Rubens do C. C. P. dêste Departamento têm sido e competiçõestemporada Torneios, campeonatos têrmo nesta e, bom a organizadase levadas dados demonstram que de 1957,tivemos resultados cujos


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PiRAClcnn

então em poder de Rodolfo Gatti. Na segunda colocação tivemos outra agradável surpresa ou seja a vitória merecida e incontestável de Osmar de Almeida Prado, que

continuamantendo,com sobriedade,um rítimocrescente na prática do difícil esporte. Tivemos ainda a realização do Torneio Noturno «Oulono», cujos vencedores foram pela série «A» Julio Marcos e Rodolfo Gatti e pela cB»

Irineu Lorandi e Pedro Clemente. Estas as considerações sóbre os resultados da temporada oficial do clube,

onde novose veteranos continuam a aprimorar-sede

Humberto Vitta e Julio Marcos - 0 1.0é campeão limeirense que no próximo ano passará a defender o Clube de Campo de Piracicaba.

TEM DEMONSTRADO

«Torneio de jôgo para jogo, buscando para o próximo no «elegante esporte». classificação» um lugar de destaque em Piracicaba, tem um

A verdade é que o tênis, mas ainda se ressente da campo imenso para progredir, com maior entucarência de valores que se dediquem esporte. Pelo que consesiasmo à pratica de tão bonito confirmado oficialmente, guimos apurar, ainda que não ano de 1958,Ruy teremos entre nós para o próximo de São PauForgetti, campeão pela serie «B» do Estado e atleta do C. técnico de funções as acumulará Io, que

Irineu Lorandi e Osmar de Almeida Prado, respectivamente campeão e vice-campeaoda Série B, de 1957


PROGRESSO

ULTIMAMENTE

C. P., e Humberto Vitta. primeira raquete de Limeira que disputará por Piracicaba nas próximas competições amistosas e oficiais constantes do calendário do «esporte branco» para 1.958. Acreditamos no esfôrço máximo dos dirigentes do

Clube de Campo em presentear Piracicaba com uma

equipe realmente poderosa para que possamos. num futuro bem próximo, igualar-nos aos grandes centros tenísticosde diversas cidadesde nosso «hinterland»e desta forma engrandecerainda mais o já grandiosopatrimónio desportivo piracicabano.

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a remessa da importância correspondente a uma assinatura aoual, pois, em se tratando de uma iniciativa cultural destinada a mostrar Piracicaba, fora do seu território, como grande admirador dessa hospitaleira terra, quero emprestar o meu franco apoio, oomo leitor assíduo, através de uma assinatura anual.

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Dois novos coladoradores Francisco B. Libardi c'Mirante" está adquirindo a coragem de uma revista vitoriosa. Já está no seu 9.0 número e, com 0 10.0, em Dezembro, encerrará o ano de 1957. E assentou prosseguir, decididamente,

durante o pró-

ximo ano de 1958. Para isso, sabe que precisa de sangue novo e vigoroso, principalmente no seu corpo de repórteres. Sabe e procura aumentá-lo. Um

dêsses repórteres será o Prof. Francisco B. Libardi, dinâmico e competente catedrático de Português no

Ginásio e Escola Normal de Santa Bárbara d'Oeste e no Colégio Salesiano Dom Bosco, tendo já pro-

porcionado aos leitores de "Mirante", no n.0 6, excelente reportagem acêrca do Colégio Seráfico São

Fidélis. Será uma grande pena a serviço de nossa

revista.

Cactus Outro repórter, que já estréia nêste número e, temos certeza,muito agradará aos leitores pela finura de seu espirito já vitorioso através da? apreciadas colunas do "Diário de Piracicaba", conquistado por "Mirante", é Cactus, cuja identificaçñoé um segrêdo de polichinelo para a polícia, mas um segrêdo infernal e... tores.

gostoso para os lei-


TRAGÉDIA PITORESCA ( continuação) terreiro estava que era um primor de bem enfeitada. Para lá se dirigiram os noivos encabeçando uma espécie de préstito seguido pela banda, e, atrás, o povaréu.

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Entretanto, o céu não se dispusera muito para festas. Fêz carranca e despejou água sem dó, chuva que outra igual só a de hoje. Uma neblina de meia

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tristeza enublou também todos os semblantes: «diabo,

pareciam dizer, esta chuva vai estragar tudo». Hora e meia chicoteando bátegas pluviais. Hora e meia transformadas em dias diante da espera. Afinal o tempo amainou um momento, aproveitado parcamente para se passar à igrejinha. Os noivos, brancos como dois pombinhos, ao braço dos padrinhos, entre «viva os noivos» dos mais exaltados, encaminhavam-se para ela, escolhendo, com os pés, pequenos trechos de terreno mais enxuto. A banda e o pessoal vinham atrás num plach-plach liberal pela lama ao som de uma marcha. Embora um tanto estragado pela chuva marota aquilo não deixava de ser bonito e novo para todos. Tudo ia sair ainda às mil maravilhas quando, ao tentar um passo maior o noivo' .. ziip. dançou um momento no ar, curvouse para diante e para trás várias vêzes num último recurso equilibratório, e, bá... foi beijar com as nádegas a lama vermelha... arrastando no lance o inocentado pa-

drinho...

Um dilúvio de «quiás», «quiás» abafou a voz do narrador. A assistência explodia. Que pândega deve ter sido... quiá, quiá...

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Pois foi, prosseguiu Nhô Jerônimo, depois que o riso circunstante sossegou um pouco. Foi, porque, como vocês agora, diante daquele desastre inesperado, houve um segundo de estupefação para o estopim gargalhante deflagar em seguida num contágio único de todos os presentes: noiva, músicos, convidados, prorromperam em relinchos ridentes dos mais variados calibres, desde o agudo femenioo, descendo pelas escalas tôdas até o rabecão grave das gargantas sexagenárias. Miguelzinho ergue-se pálido, trêmulo, fuzila com o olhar a roda e tapalhes a bôca com isto: - «Infames . Abre passagem e some-se portas a dentro.

Escusado é dizer para ,vocês que a cara metaabriu o rosto num chôro convulsivo miguelesca de e sentido. Que a banda silenciou e os assistentes dissolveram-se. Também já era tempo. Grossos pingos profetizavam nova descarga d'água. O pior, porém, foi os nossos estomagos irem para o leito com

uma raiva louca do banquete adivinhadoe perdido agora, talvez para sempre... — Que pêso, lamuriou o Zé Bento, glutão n.0

1 de Remanso ! Não há dúvida, seu Zé, mas eu bem que adormeci contepte. O meu vatícinio não falhara.Toi o castigo bem merecido para aquêle luxinho demais que êle exibia por todos os cantos. Bem feito. Vários apoiados se ouviram . enquanto o nó humano ouvinte se desnovelava, saindo para o largo em frente da venda. A chuvarada se •fôra, dei*ando apenas glús-glús pelas valetas. — Cuidado, pessoal, gritou alguém da porta. O barro está que é um sabão.

Um ponto

fraco

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CINEMA Um raro triângulo romântico, que ocasiona uma cruenta luta entre dois irmãos. um motim num barco baleeiro e a espetacular pesca de baleias são os pontos salientes da sensacional película em tecni-

color da M-G-M, "Todos os Irmãos Eram Valentes" , com Robert Taylor, Stewart Granger, e Ann Blyth. Baseado num conto de Ben Ames Williams, êsse empolgante

filme foi realizado nas costas da ilha de Jamaica. Os participantes do elenco artístico de "Todos os Irmãos Eram Valentes"

Uma

produção da M-G-M

com seus astros

preferidos; Robert Taylor, Stewart Granger e Ann

Blyth !

IRMÃO CONTRA IRMÃ... EM UMA INTRÉPIDA AVENTURA ROMÂNTICA

Todos irmãos eram valentes n sensacional pesca de uma baleia... uma batalha de ódio e de paixãc... um filme inesquecível! ''Todos os irmãos

eram

de ponta a ponta ! oferecem magníficas atuações, começando

por Robert Taylor e Stewart Granger, como os dois irmãos marinheiros, aparentemente em constante conflito, mas conser— vando cada um uma profunda admiração pelo outro. Como a bela espôsa de Robert

Taylor, Ann Biyth tem também um brilhante desempenho. Betta St. John está lindamenteatraente como a jovem nativa com que Stewart Granger se casa. Os demais papéis foram confiados a Keennan Wynn, Kurt Kasznar, Lewis Stone e John Lupton. "Todos os Irmãos Eram Valentes" é uma produção de Pandro S. Bermaní, dirigida por Richard Thorpe.

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