MIRANTE
INAUGURAÇÃO
OO BANCO INCO PÁG. 8
CAFE EM SOCIEDADE pAG, 15
A TERRA SURGIU
DE UM CATACLISMO PAG 20
HOLLYWOOD PÁG. 28
MIRANTE N: 30 REVISTn MENsnL
mirandoo que acontece...
O lie 11101aperitivo Nacional
le pai para filho desde 1910... D'ABRONZO S. A. Maria Eliza, 44 -
4480 - Vila Rezende - Piracicab I
SERENATA... JOAQUIM DO MARCO
Louvado seja Deus que ainda existem moços amantes das serenatas! Moços, disse eu, mas não pela idade cronológica,
que em nada conta para as belezas do espírito e enlevos da alma. Moços que podem andar com os cabelos encanecidos ou sofrer de outros ultrajes físicos impostos pelo transcorrer fatal dos anos. Mas, na realidade, jovens, festivamente jovens, pela fôrça juvenil dos sentimentos artísticos.
É por êsses moços artistas, de qualquer idade,
que eu digo — louvado seja Deus que êles existam. E louvado seja Deus, também, por cumprirem o seu nobre destino, o seu generoso destino de dar graça à vida dos mortais comuns, povoando-lhes as noites com as ricas emoções de seu cantar e de suas múSicas sentimentais, sentimentalmente executadas.
A serenata é a evocaçãomais generosa e mais suavemente emotiva que se pode oferecer à almo da gente comum, da gente simples, moça ou velha,
rica ou pobre, que, à noite, dorme para repousar das labutas árduas do dia. É o melhor consôlo, o mais eficiente refrigério às almas atribuladas dos homens e mulheres dêstes dias tormentosos e incertos que vamos vivendo. É o enlêvo mais doce para o espírito da criança despreocupadado futuro, o sedativo mais eficaz para os arroubos e inquietações, às vêzes desconcertantes, da mocidade sonhadora. Louvado seja Deus — não me canso de repetí-Io — que põe no mundo e os cultiva e os multiplica e os renova êsses entes maravilhosos que são os serenatistas. Naquela noite, madrugada plena, eram quatro jovens de belo porte e aspecto encantador, que não reconheci. Um violão plangente e sonoro, um bandolim delicado e mavioso, um doce pistão em cortês surdina, eram os instrumentos. O quarto moço, cabeça ao léo, era alto como deve ser a alma do conjunto: com certeza, foi êle o cantor expressivo da valsa antiga. Um quadro de sonho, sob o poste da iluminação, debaixo da janela de minha casa pobre.
.mirandoo que acMtec%.
MIRANTE
ENSAL EDITADA POR REVI T PIRACiCABA PUBLICIDADE Diretor: RENATO WAGNER Redator: JOAQUIM DO MARCO Colaboradores diversos Pregoe'
Addinaiara anual:
na cidade— 110,00 fora —Cr$ 120,00
númerodo méd— Cr$ 12,00 númeroabadado —Cr$ 15,00
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Rua MoraisBarns,
PIRACICABA Eslado de Sio Paulo- Brasil
CÓPIAS
FOTOCÓPIAS
o o co$as,
Emoçãointensa e gratã se apoderoude todos
nós, que ficamos espiando pelas frestas das venezia-
nas, no quarto do primeiro andar. Não resisti. Fui
para baixo, saí ao terraço, para ouvir a última valsa. Não reconheci os seresteiros, mas senti a impressão de que eram uns anjos enviados do céu para me encantarem. E, quando êles se despediram,eu só pude articular: — Muito obrigado! Louvado seja Deus!
\oc'op\as
NOSSA CAPA - Uma obra que vale por uma administração:a coberturado riacho Itapeva, e sôbre ele a
00
abertura da avenida Armando Sales de Oliveira. Na foto de Cicero, o Com. Luciano Guidotti, prefeito municipal, e sua exma. esposa posam junto ao obelisco, oferta do povo a quem tantos benefícios trouxe à cidade.
Rua sao José. 66' • Telefone.3418
Piracicaba
Écos DAS COMEMORAÇÕES DO ANIVERSÁRIO DA CIDADE A inauguração do monumento à Luiz de Queiroz foi o ponto culminante dos festejos em comemo-
ração ao aniversárioda cidadmeste ano. Obra magnifica do escultor Luiz Morrone, localizada bem no centro da praça José Bonifácio,é atualmente o mais belo monumento que possuimos.
Apesar da chuva, muita gente compareceu ao ato de inauguração do monumento a Luiz de Queiroz. Varios
oradoresse fizeram ouvir. Inumeras
personalidades estiveram presentes, in. clusive familiares do ilustre homenageado.
O prof. João Chiarini, mem bro do Instituto
Geográfico e Histórico
de São Paulo, proferin-
do sua conferência«Uma análiseda vida de "Luiz de Queiroz" na dio Voz Agricola Brasil cujo auditório tava completamente tado
O presidente da Câmara Municipal,snr. Domingos José Aldrovandi falando em nome do Legislativo e do Executivo, na Inauguração do monumento a Luiz Queiroz
O Sr. França Carvalho, membro da família Luiz de Queiroz, agradece a homenagem de Piracicaba ao grande pioneiro de
seu progresso
rádo eslo-
4
dos quais Everaldo não podia reclamar, pois estudava e, além do mais, ali estava e tinha de suportar todos os mestres, bons ou maus, que o distante e desinteressado govêrno para lá mandasse. Na verdade, outros colégios havia na cidade, todavia, coseu pai não mo já disse, a situação pecuniária do ali também haruins professÔres E andava tão boa. muitas vêzes, dinheiro, pelo preocupação a onde via, estava em plano superior à preocupação pelo ensino. Por outro lado, também, era muito mais bonito dizer-se: «Sou aluno do Colégio Estadual». Tinha boa fama quem o freqüentava. Era Escola para quem queria estudar e aprender! Vou lhes contar um curto período da vida dêsse moço .
Eterna
Meu relato principia,pràpriamente, numa manhã fria e monótona. O despertador obstinado toca num sem cessar a sua estridente campainha. Lá, Joga escuta-o. Everaldo quarto do fundo da casa, ao chão, com os pés, os cobertores, para se levantar. Sente um arrepio de frio, e tem um ímpeto de
raiva. Quer dar um sôco no despertador, como se êle fôsse o culpado. «Podia bem dormir mais. Que despertador incômodo!» Pelo seu cérebro passavam pensamentos os mais extravagantes, como êste:
«Por que será que inventaram o relógio desperta-
agonia Conto de GUSTAVOJACQUES DIAS ALVIM
ERA UMA VEZ — como é bom a gente ouvir essa expressão recordando-nos do comêço das histórias do vovô — um moço jovial, alegre, disposto,
chamadoEveraldo. Everaldo morava um uma rua comprida, de residências velhas, algumas já reconstruidas, não
longe do centro duma cidade bi-centenária, onae nascera e vivera. Sua casa, aparentemente feia, abrigava um lar harmonioso e feliz, unido e modesto. Vivia em companhia de seus progenitorese alguns irmãos. Everaldo andava pelos quinze anos. Era
alto, magro, moreno, de olhos e cabelos castanhos,
vivo e inteligente.
Sua vida era estudar. Vivia enfiado entre os
livros, em conversa constante com êles. Cursava o primeiro ano científico no Colégio Estadual local, que ficava num prédio grande, vistoso, pintado de
novo, com um vasto jardim fronteiriço, muito bonito na primavera. O curso não era dfiícil, principalmente para êle que não se descuidava. Apesar de tudo, havia na Escola (como há em tôda Esco1a.. ) alguns professôres ranzinzas e incompreensíveis, misturados com verdadeiros gênios, porém,
dor?!...» Não refletia sôbre as vantagens e sôbre a utilidade dêste aparêlho: só pensava no tempo que perdia de ressonar a mais. Contudo, era preciso Ievantar-se. O despertador lhe dissera que estava na hora. Saiu da cama já de humor não muito bom Ora vejam, um despertador dando ordens a um jovem de três lustros .de idade! Era o que faltava! Passou as mãos fechadas pelos olhos, bocejou e sentou-se na cama. Acendeu a luz, e, novamente bocejou espreguiçando-se. Fêz ginástica para reanimar-se. Após, ficou um instante meio parado, como que fora de si e do mundo. De repente, saltando, pôs-se de pé. Vestiu-se depressa. Tinha aula de Educação Física, às sete horas. Todosde sua casa dormiam ainda. Passando pela porta dos quartos, quando se dirigia ao banheiro, escutou os roncos de seu irmão
mais velho e viu sua irmãzinhaque dormia angêlicamente.Quevontade tinha êle de dormir um pouco mais! LAVOU
O ROSTO E FOI BUSCAR
O PÃO
o leite, deixados de madrugada. Abriu a porta e sentiu uma brisa suave.e fria. As últimas estrêlas já haviam desaparecido do firmamento, bem como a rainha da noite — a lua — com sua coroa de prata. Trpuxe a lenha, fêz o fôgo, pondo, em seguida, o leite para ferver. Tomando seu gostoso café com
leite, mastigando um pãozinho sem manteiga, leu no jornal matutino da cidade, que um ladrão havia assaltado duas casas, pela madrugada do dia
anterior e que a polícia estava atrás do mesmo;
que o Palmeiras (sempre roubando...) ganhara, no apito, mais uma vez e que na «MerceariaSão Bento», os artigos estavam mais baratos, com a «sensacional liqüidação anual». Nem se lembrou de aca-
riciar o Lulu! Por fim, saiu correndo, com mêdo de perder hora. A neblina ainda toldava sua visão. Na rua,
operários andam apressadamente para os seus serviços e alguns meninos madrugadores brincam de fumar, pois na expiração pela bôca, o ar expelido parece fumaça. Mais adiante, uns lixeiros ganham já o seu pão de cada dia, e um senhor gordo e bigodudo abre o seu bar. O bónde passa vazio. Nas árvores do jardim, passarinhos cantam em alegre trinados. Agora êle já refletia no quanto era bom se levantar cedo, apesar do frio. O ar é puro
e leve. Com êstes pensamentos agradáveis, sem perceber, chegou à Escola. A aula. passou depressa. Os alunos só fizeram uma cansativa ginástica sueca. Everaldo, agora, vol-
ta a sua casa, cansadoe suado.Há movimentoe
muita gente na rua. A cidade acordara. Os primeiros raios de sol começam a espiar por detrás das nuvens, corajosamente ,esquentando o dia. Everaldo chega a casa e, cumprimentanda sua mãe, vai direito ao quarto de estudo. Ai passa horas no meio de livros, estudando leis de Newton, princípiosde Pascal, teoremas de Pitágoras e Tales, resolvendo problemas de logarítimos ou de trigonometria, traduzindo francês, inglês e espanhol, lendo geografia ou história, rabiscando complicadosrebatimentos de planos ou aprendendo que a palavra «prêto» tem acento circunflexo, devido ao seu homógrafo preto, figura da mitologia grega, etc.. Quando sai daí, está com cara de filósofo. Toma seu banho, almoça e vai «dar uma mão-
Faça a prova
definitiva e veja porque
zinha» p'ro seu pai no armazém, enquanto êle come.
À tarde, Everaldo pega seus livros, vai rumar para as aulas. Seriam quatro aulas, cada uma mais cacête do que a outra, em ordem crescente. Em compensação, poderia, nos intervalos, ter um descansi-
nho, divertindo-se, admirando a beleza feminina flertando com as garôtas. Outros, sem perda de tempo, iam namorar nos fundos do Colégio.Eram mais felizes em seus dez minutinhos de repouso. Everaldo, muitas vêzes, era martirizado por colegas que o que, lhe vinham tomar dinheiro emprestado ou cigarros (bem engeralmente, não possuia tendido, para pagar no dia de «São Nunca») . Êle,
freqüentemente,era obrigado,contra sua consciência, a mentir-lhes para ficar com alguns tostões e poder comprar um doce ou sorvete de palito. Neste dia, Everaldo estava com pouca sorte Sua fã preferida não viera e, logo na entrada para
sua classe de aulas, injustamente tivera sua atenchamada por um bedel novato e irritante. A primeira aula do dia era com um professor
que não ensinava. Os alunos não tiravam os olhos dos
ponteiros do relógio, esperando ansiosos o sinal Alguns aproveitavam o tempo estudando matérias diferentes, outros brincavam, atirando bolinhas de
papel nos colegas, e as meninas bordavam, ou se reuniam em pequenas rodinhas para jogar «batalha naval» ou tirar tolas sortes, para saber quem seria o seu «príncipe» ou bobagens semelhantes. As outras aulas custaram a se findar. Uma homais de sessenta minutos. Felizmente,não parecia ra
houve a última: o professor não comparecera.Era a mais Chata de tôdas!
Discutindo com colegas, assuntos dos quais não gostava, pois eram por demais banais, ou comentan-
Continua na pág.seguinte
CAZANOVE é o único que satisfaz ! Ê provando que se conhece a boa bebida... CAZANOVE, Você, que está habiAo provar o RHUM tuado• com boas bebidas, ficará convencido! Sabor,
pureza e qualidade são as três principais caracte-
— o rhum verdadeiro! rísticas do RHUMCAZANOVE quanto aos tipos preferências as variar Podem —Branco Superior, Black Head ou Carta de Ouro — mas aqueles que realmente sabem beber sempre
insistemna marca:CAZANOVE.
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mente
RHUM C ZANOVE..I ofereça
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aos seus amigos! Puro ou com o seu refrigerante predileto, seu paladar aprovará . aplaudirão !
seus amitros
RHUM CAZANOVE —o rhum verdadeiro!
Eterna Agonia... continuação
do piadas e acontecimentos engraçados daquele dia de aulas — como aquela do aluno muito gozador, que dissera, irônicamente, ao velho professor de francês, que a tradução da frase «L'enfant est três joli» era «O elefante é tijolinho» — Everaldo desceu
a rua da Escola.
Chegou a casa, e o pai foi logo dizendo-lheque precisava de ajuda no balcão do armazém, e, tarn• bém, que êle fizesse algumas entregas. «Que vida!» se lastimava, quando lhe faltava a perseverança. Não bastava suportar tantas aulas amolantes, tinha que fazer fôrça no armazém.
Já estava por conta!
Três tiguras Piracicaba
populares de
em
viagem
de recreio aos
Nem, ao menos, jantou direito. Queria ir trei-
nar pingue-ponguee ainda assistir à scgunda sessão do cinema. No treino andou encrencando, por-
que um companheiro lhe dissera que a bolinha não havia tocado na mesa e êle teimava que sim, que havia sido de «casquinha». Quase houve troca de murros, quando a discussão esteve no auge. SAIU DALI PROCURANDOSE ESQUECER daquele atrito e pensando na suspensão que a dire• cão do clube lhe poderia dar. Andando, sem rumo muito certo, passou defronte de um bar. Um cheiro de sanduiche o atraiu. De bom grado comeria um, porém nem sequer tinha um tostão furado. Os colegas da Escola, com seus pequenos.empréstimos, o haviam deixado sem um centavo. Só lhe restava a soma para a entrada da sessão cinematográfica.En tre o cinema e o sanduíche, preferia o primeiro. Engoliu, então, a água que se juntara na bôca Resolveu ir comprar a entrada para o cinema. O filme era bom e a fila muito grande. Depois de
Estados Unidos.
u'a meia hora, conseguiuentrar. O salão de pro jeçño estava quase lotado. Ouvia-se um vozerio mui-
to intenso de velhos, moços e crianças principalmen te. Todos aguardavam com ansiedade o início da película, tão anunciada, «Tarzan, o Rei das Selvas».
Pessoas andavam, de um lado para o outro, à pro-
cura de uma poltrona. As luzinhas das lanternas dos «guardinhas» acendiam e apagavam. Durante certo tempo, Everaldo, desconfiado,assistiu aos prodígios
de Tarzan.
Ao sair dali foi êle convidado para dar umas vol-
tas de automóvel com um amigo. E não haveria de aceitar?! Claro que sim!... Raramente tinha oportunidade de andar sem gastar das suas energias. Che. gou a casa depois das onze horas. Agora, a temperatura era mais baixa. A cama o convidava, e, também, êste convite êle aceitou. Deitou-se e dormiu.
E durante alguns lustros, em muitos dias dos trezentos e sessenta e cinco de um ano, esta história se repetiu, com os mais diversos incidentes, ora tristes, ora alegres, sempre com o mesmo fundo. Eram dias de sol ou chuva, de frio ou vento... Mas, a verdade é que Everaldo, hoje, se recorda com saudade, de vinte e quatro horas assim... E eu sei que esta agonia é eterna. A agonia eter
na de estudantes, como Everaldo, que morava numa rua comprida, cheia de residências velhas, perto do coração de uma cidade bi-centenária, em uma casa
que abrigava um Inr alegre e feliz...
FOTO: LACORTE Terça feira última seguiram por via aérea para os Estados Unidos da America do Norte, em viagem de recreio, os nossos amigos e conterrâneos Benedito Gianetti, Armintos Raya e Isael Perina. Na foto acima, tomada por Ary Lacôrte no Aeroporto de Congonhas, vemos os três sionistas quando tomavam o avião. excur-
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CHECO LI
MORAES, 1017
3162
Elegante e expressivo discurso pronunciou o Snr. Genésio Miranda Lins, Diretor Superintendente e fundador do Banco Inco. Uma personalidade realmente ímpar.
Em Rio das
Inauguração
O snr. Carlos Abreu. gerente da agência de Rio das Pe. dras, foi muito aplaudido por seus esforços para o bom êxito da fundação. Na foto, quando era cumprimentado pelo snr. Sub-l)iretor Regional José Sanches Júnior.
Aparecemainda os snrs. SilvioLastória e Olivio Barri-
chello.
O novo e majestosoedifíciodo BancoInco foi, não há dúvida, um presente régio para Rio das Pedras, propiciado no momentoexato e com justiça.Ele é um atestado têm confiançana vitalidade vivo de que seus diretores do progresso do município. da produção e
do
Momentode intensa vibração: o prefeitomunicipalde Rio das Pedras, sr. Oscar WaldemarGramani, desata a fita que vedava a entrada do majestoso edifício.
Banco Inco Reportagem
de Salim Kraide
Fotos: Cantarelli - Geraldo Toledo
9 DE AGOSTO FOI UMA GRANDE DATA PARA RIO DAS PEDRAS A PEQUENA CIDADE DAS GRANDES USINAS RENOVA SEU ASPETO URBANO FESTA MEMORAVEL EMPOLGOU O POVO
E A SOCIEDADE DA FILHA DILETA DA COMARCA
A vida de qualquer comunidadese desenrola .sempre ao sabor de uma série diuturna de acontecimentos de maior ou menor importância. Predo minam, entretanto, os acontecimentos de rotina, oriundos do trabalho anônimo da população, das entidades públ:cas e particulares, enfim, todo êsse vasto conjunto de atividades comuns que insensível, mas persistentemente, vão sustentando e levando para diante o progresso da localidade. Todavia, vez por outra, essa vida rotineira soire o impacto benéficode algum sucesso marcante, que altera completamente o rítmo habitual das coisas. .oferecendoao lugar e à sua gente o espetáculo gracioso e cativante de um progredir dinâmico e inesperado. Há, mesmo, temporadas excepcionais ern que tais sucessos inusitados acontecem aos gru -
pos ,em séries, proporcionando então à gente aquêle
estado de corageme de euforia que a faz lançarse febril em busca de novas e mais arrojadas realiza-
10
ções.
nos apreÉ este, precisamente, o quadro oque IndúsBanco que senta Rio das Pedras, no dia em famoso já o Catarina, Santa tria e Comérciode usi •
das grandes INCO, inaugura na pequena cidadefuncionarão suas qual nas, o majestoso edifício no inst21ações bancárias. morta, Não sendo, pràpriamente, uma cidade fatôres de conjunto Rio das Pedras, sujeita a um os da lodesfavoráveis, dentre os quais sobressaiam melhora • calização geográfica, mesmo provida de luz eléferro. mentos excepcionais como estrada de trica, água encanada, atravessou dezenas de anos Mas uma vida muito pacata, quase estacionárie. açúcar», de .com o advento da plantação da cana excelente discomo argutamcnte observou, em seusuper•ntendente Júnior, Sanches curso, o sr. José Rio do INCO em São Paulo, processou-se, emativid?des nas Pedras, uma radical transformação ounormais da vida. Grandes usinas estimularam forambições, e desejos despertaram tras indústrias, jaram realizações e iniciativas particulares e públi-
de Rio das Pedras, O dr. José de Moraes, delegado ao microfone da P. R. D. 6 quando dava suas impressões
Ao seu lado o dr. CiroBarbosa Ferraz, engenheiro da
de cas e, sobretudo, produziram o surto benfazejotrase que soluções exigirem a necessidades novas
Prefeiturada mesma localidade.
a «filha dileta da Comarca», como afetivtmente a apelidaram, em homenagem à tradicional Piracicaba, é isso que aí estamos vendo: calçamento de ruas, novas e belas residências, ginásio do Estado, Socie-
O ato inagural do edifício realizou-se às 15 horas, com grande afluência de autoridades civis e religiosas, altos funcionários da direção do Banco, fa zendo-se ouvir a palavra do Sr. José Sanches Jú• nior, Superintendente do Banco em São Paulo. que produziu uma peça oratória notável pela justeza dos conceitos, pelo magnífico histórico da cidade e pela exaltação carinhosa ao seu povo e a suas realiza-
duziriam nessa bela arrancada de progresso febril da quase nonagenária Rio das Pedras. Hoje, a «pequena cidade das grandes usinas» ou
dade Cultural com seus brilhantes festejos, a lavoura cobrindo quase todo o SPIOdo município fabulo,samente fértil, as indústrias se multipr cando e o comércio se ativando de maneira admirável. Desta sorte, a inauguração do prédio próprio do Banco INCO, no dia 9 de Agôsto, com festas de bri-
lho excepcional,na sua sede e nos salões da Socie-
dade Cultural Riopedrense, foi mais uma genorosn braçada de boa lenha lançada na fogueira do progresso que está incendiando a cidade, chamuscando com as labaredas das realizações as fracas resistências do comodismo e da rotina. O novo e majestoso edifício do Banco INCO foi, não há dúvida, um presente régio para Rio das Pedras, propiciado no momento exato e com justiça. Ele é um atestado vivo de que seus diretores têm confiança na vitalidade da produção e do progresso do município e é um exemplo claro, concludente, de realização, a apontar o dever dos riopedrensespara com o futuro de sua terra. E os riopedrenses, graças a Deus! soube• ram compreender isso, quando as CLASSES PRO DUTORASsouberam organizar e oferecer, por oca • Sião da inauguração do prédio próprio, aos DIRE TORES DO BANCO INCO, aquêle memorável BAN-
QUETE-HOMENAGEM,realizado na Soc•edade Cui cural Rio Pedrense, com um cardápio excelente, ser
-vido ôtimamente pela Organização «Paulo» e no
qual foram proferidos apropriados discursos de exal tacão ao acontecimento e discursos que mereceram perfeita cobertura e irradiação pela P.R.D.-6, Rádio
Difusora de Piracicaba, na voz pausada e aveluda'11ado locutor Olavo Marques.
O snr. Olivio Barrichello, ex prefeito municipal, impor-
tante industriale precursor da instalação da agência, ao pronunciar o seu discurso. A sua direita o snr. Genésio Miranda Lins e a esquerda o snr. Gil Theodoro de Miranda.
3'
11
ções, Falaram, ainda, no ato, com gerais aplausos o estimado Frei Estêvão Maria de Piracicaba, o dinàmico prefeito municipal, sr. Oscar Waldemar Gramani e o inflamado orador Sr. José Carvalho, nosso querido «Carvalhinho». A seguir, realizou-se animas do aperitivo na sede da Sociedade Cultural Riopedrense, no qual tomou parte todo o povo da cidade. O ponto alto das festas foi, certamente o grande. banquete realizado no salão de festas da mesma Sociedade Rio Pedrense, gentilmente cedido por seu presidente, Sr. Raymundo Jorge, e oferecido aos diretores do Banco INCO pelas Classes Produtoras de Rio das Pedras. Um banquete de cem talheres, excelentemente organizado pela comissão de festejos composta dos srs. dr. Edson Fadigas de Sousa,
Augusto
Barrichello, dr. Francisco Gorga Filho, Reinaldo Delfini, dr. Ciro Barbosa Ferraz, Raymundo Jorge, Donato Marino Netto e dr. José de Moraes, e no qual se notou a presença dos srs. Genésio Miranda Lins, Diretor Superintendente e fundador do Banco INCO,
Netto, dr. José de Moraes, Delegado de Polícia, Waldemar Caporali, Coletor Estadual, Geneésio Miran-
da Lins, Diretor Superintendente e fundador do
Banco a—uma personalidade realmente ímpar, Car-
10sAbreu, gerente da Agência de Rio das Pedras,
muito aplaudido por seus esforços para o bom êxito da fundação, Raymundo Jorge, Olívio Barrichello, ex-prefeito municipal, importante industrial e precursor da instalação da agência, Oscar Waldemar Gramani, prefeito municipal, Francisco de Almeida, ex-prefeito de Itajaí, cidade-sede do INCO e José Carvalho,
( «Carvalhinho»
).
Foi uma festa memorável e realmente à altura do acontecimento que instalou, em sede prÓpria, na «filha dileta da Comarca», o Banco INCO — essa extraordinária e poderosa organização bancária, à qual, em 1957, se incorporou o Banco Nacional da Cidade de São Paulo, e que, hoje, com seus quase 500
milhões de Capital e suas 105 agências, cobre os Es-
tados de Santa Catarina (55), São Paulo (39), Pa-
O sr. José Sanches Júnior, discursa entre Frei Estevão e o sr. Oscar Waldemar Gramani prefeito municipal. Vêem se ainda os Srs. Genésio Miranda Lins, Prof. Olivio Barrichello. Gil Theodoro de Miranda, Silvino Lastoria, Carlos Abreu e Dr. Edson Fadigas de Souza
Gil Miranda, Sub-Diretor Regional, José Sanches Júnior, Superintedente em São Paulo, dr. Roberto Bornhausen, representando o Senador Irineu Bor nhausen, gerentes das cidades São Paulo, Campinas, Sousas, Monte-Mor, Guararema, Botucatu, Jau, Pinhal, J4careí, Mogi-Mirim,e o nosso grande amigo Silvino Lastória, gerente em Piracicaba,e gran de incentivador da fundação da agência em Rio das Pedras. Não pudemos anotar tôdas as pessoas da cidade que se apresentaram em grande número, demonstrando a finura e bom gôsto da sociedadenompedrense, seja pela amabilidade dos cavalheiros, sejá pela distinção de maneiras, pela beleza natural e riqueza de «toilettes» das damas e senhoritas que, aliás, deram um colorido muito especial a todos os atos da inauguração. Elegantes e expressivos discursos foram proferidos pelos Srs. Donato Marino
raná (9), Rio de Janeiro (I) e o Distrito Federal (2), podendo fazer alarde já de possuir 75 edifícios próprios, que muito concorrem para o progresso urbano das cidades onde se erguem, como sucede com
êste de Rio das Pedras. Ajunte-se a isto sua sólida
tradição de segurança e honestidade, sua constante preocupação de colaborar com as fôrças vivas da pro-
dução, nas localidadesa que serve, atendendo, com a mesma solicitude, aos pequenos e aos grandes
clientes,à lavoura,à pecuária,à indústriae ao co-
mércio e ter-se-á a justificativa do contentamento, da gratidão, da confiança no futuro, demonstrados
pelos riopedrenses em suas manifestações festivas do dia 9 de Agosto, manifestaçoes que «Mirante»
presenciou e registra com prazer, congratulando-se com a gente de Rio das Pedras e com o Banco Indústria e Comérciode Santa Catarina.
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cada do patrão. Depois, alto o sol, levava o almôço à roça; buscava o pão mais as encomendas na Vi-
Candinho,
Ia; afinal, ia lenhar no mato de onde só voltava quando, no espaço, brilhavam as primeiras estrêlas
e a lanterninha verde dos pirilampos, errantes, piscava a cavaleiro das sombras... Sim, como aprender com a professorinha de óculos que «dava escola» de manhã, de têrça a sexta feira (segunda e sábado era descanso...) se, além
do mais, a gente devia ir com a cara, com a orêlha, com a mão, com a bôca, com os dentes, tudo limpo? Isto era difícil. Unha de luto, então, caía a casa. A lourinha queria cabelo que visse pente. Den-
te que visse escôva. Roupa que visse sabão. No na-
riz, nada de limpar — fôrno: usar lenço. Proibida
eterno
a manva da camisa. Lenço, no duro! Dona Dini só perdoava sujeira na sola do pé... O resto água, água, «seus porcalhões» ! Que belo exemplo o do gato! Pas-
sa a língua na pata e esfrega na cara. — «Isso que é higiene, gritava sempre na sala. Aqui é assim...
É na batata!»
— Filho na escola, é como eu digo... grunhia
a Malvina. Depois, se a gente tivesse um só, vá. — Ainda você tem três. E eu? interveiu a Cer zida, mãe de Candinho, cabocla quarentona, mas ainda seivosa, com galhos no cerne que era um dilúvio!
engeitado CONTO POLEMICO DE ARMANDO DOS SANTOS
Escola chi... ajuntou a mulher do Zé-da-lata. Dôr-de-cabeça.Dizem que é obrigado botar filho na matrícula. Eu boto. Mas, e o govêrno? Dá o necessário? Assim a gente topa...
E, sem tirar o pito da bôca, continuou.
— Eu tenho Lilico no Cebolão. Pois, um dia, Li-
lico não tem um tal de papel prá exame, que o Delegado inventou... Vão seis ovos para a professôra. Não tem caderno, d. Didi aceita banana. Precisa de livro, troca por penosa... Falta o uniforme, segue cabrito. Dá lapis e recebe tomate. Tome caneta e
venha leite. E é repolho,é fruta, até mel coado..
E vai batatinha, e vai mandioca, e vai tudo para a escola, no «rejume de troca», como o govêrno agora faz com os estrangeiros — Hum... remata a Malvina, em roda do pôço. Pobre do pobre. Hoje em dia é melhor a gente ser
Meneghetti. Lá, na grade, há casa, comida, roupa la-
Candinho cresceu. Esticou. Fios sedosos de bar -
ba amaciam-lhe a face. Coitado. Ele é tão mirrado. Tão sêco... só vendo. É só assoprar que êle cai. Candinho nunca foi à escola. Não que esta seja
difícil. Longe. Nada disso. A escolinha de Cebolão é'
alí mesmo, depois de Bernardino. Na água dos Ven-
turas . Mas, como aprender as coisas com a professorinha bonita, loura como ipê, e corada como folhi> nha de farmácia, se, de manhã, Candinho já pegava o pesado... Laçava os animais no pasto; ordenhava as vaças; dava forragem para os cavalos e tratava da por-
vada e remendo... E, por cima, ainda, as damas dão Natal!... Nos feriados, bóia reforçada. O fato é que pobre não faz anos. Não pode estudar, casar e dar brotos... Não pode nascer, nem morrer... Deus que
me perdoe.
Candinho cresceu. Esticou mais. Hoje é camarada numa fazenda. Promovido, ganha quinze cruzeiros por dia que trabalha, mas, no papel. O sócio come tudo: amarelão. Tem destino traçado. Será um grande pêso-morto no país! De fato, viverá sempre dentro do seu vale, no vale da sombra, como urupê, como samambáia que medra nas barrocas escuras, à beira de rio... Candinho, francamente, não é um indivíduo que se conheça. Que a cidade conheça. Pensar nôle para
quê? Entretanto, êle é bem o nosso Brasil. Ontem, criança eqüidistante. Que espiava a escola. Hoje o «homo-rusticus» de nossa terra que ninguém enxer-
ga, não quer e tem-raiva-de-quem...
Ganha corpo em nosso meio a tão falada cons-
ciência da infância. Nos clubes e salÕes, almas gene-
rosas, literàriamente falando, chamam-na de «cafà'„ais em flôr, favas da nacionalidade» ! Muito bem. «Tout le monde et son pàre» fazem côro. Todavia, e a criança rural? Qual o brasileiro que bate o pé na estrada para procurá-la? E aí, sim, alguém aparece. São as donas Didis! Humilhadas sempre. A que
troca livro por frango, a que dá uniforme e recebe
cabrito...Mas que dá de ombro, e continua a sua missão esplendorosa ! Efetivamente, só é lembrada a infância que pisa
as calçadas, o asfalto do Prefeito. A infância encon-
tradiça nas ruas, nas portas de cinema, junto às mesas de bares. A criança urbana, a criança fácil As crianças que estão debaixo dos olhos de todo o
mundo! As, enfim, que não chegam para as encomendas
Protegemos o pequenino lactente, filho de cria-
da, com patrôa impertinente.Procuramosa crianca sem mãe, e damos-lhe abrigo em Orfanato com direito a subvenções e donativos, é claro. Recolhemos o produto do êrro ou o fruto da farra. Moça-
-café-soçaite,que foi na onda da cegonha. Mudando a moral, pensou que a ave mudaria também. E a cegonha divertiu-se... Assistidos nos reformatórios, vemos os pequenosdelinqüentes,o mendigoinfantil. Temos nos Grupos Escolares o aluno socorrido pelas Caixas de Assistência. São nutridos a cangicas, arroz-doce, sopas julianas, saladas de fruta, e, ainda por cima, discursos de enxundiosa eloqüência em festas escolares, onde o orvalho fertilizante da oratória, desliza do pico da pirâmide, enquanto na assistência pulsam os corações... Gente... E os Candinhos? Os Candinhos mirrados pela malária, os «face-noruega» dos socavões sem sol, íntimo das verminoses e do mal-de-chagas, da sífilis e da moléstia de macaco, chantados sempre naquelas mesmas grotas emolduradas de montanhas que azulam no horizonte, onde continuam sempre nascendo as mesmas claudicantes Iracemas de uma literatura barbaça? Gaveta com êles. Que fiquem no mato . Senhores! Já é tempo de se pensar neste tipo de crianças do Brasil, que morrem de fome, enquanto os pobres pais carreiam, diàriamente, pesados latões de leite destinados aos cavalos de coras rida do patrão. E a família que coma angu comviforam feita, certa Estas, crianças. Coisa curiosa. sitadas em vasta zona do país por ilustre psicólogo americano. Passou dias e dias com elas, visitando escolas. Foi ao Rio e, numa roda, dandO sua impres-• ofrespon são, disse o que lhes faltava: — «Sense sability» .
E nem isso os nosSensode responsabilidade!
sos Candinhos têm .
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diosidadesem precedentes, constituindo mesmo «fato novo» de 1959, nos anais religiosos e populares da Noiva da Colina. Nossas previsões estão se realizando. Ainda êste mês elas foram confirmadas pela
Salão de
original iniciativaque foi a instalação de um Salão de Festas do Divino. na antiga sede do Náutico E. C., no Largo dos Pescadores. As festividades da inauguração do Salão, que por sinal foram dedicadas à imprensa falada e escrita, lá representada por
festas do
numerosos jornalistas e radialistas, revestiram-se de brilhantismo incomum. O Salão, ornamentado com muito gôsto, apresentou um animado e apreciado ser-
viço de Bar e Restaurante, que vai funciontr tôdas as noites até a realização da Festa do Divino.Excelente «show» artístico abrilhantou a inauguração, tendo como figura principal o impagável humorista
Divino
Genésio Arruda; que, com sua esfusiante graça
sua provocantebandinha, foi a atracão máxima da noitada. «Mirante», agradecendo as gentilezas rece-
Em reportagem que publicouno mês de Maio último «Mirante» teve ocasião de -afirmar que a
Festa do Divino, êste ano, a cargo do dinâmico casal festeiro Samuel de Castro Neves Filho e d. Elza Olbrich de Castro Neves, deveria ser de uma gran-
bidas, concita todos os piracicabanos para que «aconteçam» em massa e tôdas as noites no Bar e Restaurante do Salão de Festas do Divino, lá no Largo dos Pescadores, certos de que, além de contribuir para o brilhantismo dos festejos, ainda passarão momentos agradabilíssimos.
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MARCO AURÉLIO apresenta
CAFÉ EM SOCIEDADE — Amarita Paixão de Mello e Jill Vianna Taves
no Desfile da Primavera de Campinas
— O Colunista Fará parte do Juri de Seleção — Caravanas Elegantíssimas de Nossa "Haute
.Gomme" Acompanharãb e Torcerão
pelas Garotas
— Mais Seis Endereços da Graciosidade Para o Garlardão Trio Encanto de 59 — Cavalheiros em Evidência
para o
Terno - de
"Gentlemen" de 59 — Sras. Ottília Dedini, Belinha Ripoli, Diva Guidotti e Ahyr Mazzonetto Valler Indicadas para o Galardão das Grandes Anfitriãs — Predicados Indispensáveis à Conquista do Troféu ' 'Garôta Encanto"
— Requisitos Necessários às Dez Mais — Como Julgar o Casal Mais Simpático — A Definição de "Gentleman"
— Mais Dois Títulos Honoríficos: ' 'A Grande Dama" e "0 Grande Cavalheiro dc 59 — Os Prêmios Milionários às Garotas Encanto da
menagem dos "Coffees" Aos Pais Silvio Mazzuca Deverá Acontecer na Festa de Gala de Novembro
— Rigor Absoluto — Veremos se o Governador Responderá Presente ao ' 'Society" — Velas e Champanhes Sôbre as Mesas
— Os Possíveis Empates Para o Galardão das Dez Mais
— Ao Elegante Clube da Lady Será Entregue o Patrocínio do Magnífico Acontecimento — 200 Famílias Serão Selecionadas Para
de Gala e"Esplendor
Noitada
Além de Sílvio Mazzuca Deverá Dizer Presente
a Discutida Estrêla Maysa Matarazzo — A P. R. D. 6 Levará aos Lareso Desenrolardas Festividades
— O Sorriso das "Ladiesrr é Retribuição à Invejável Receptividade do Clúbe pela Boa Gente da
Noiva
Cidade-Avenidas -— Várias
Dentro de mais alguns dias acontecerá em Campinas o «desfile da primavera». Dez cidades estarão representadas na elegante reunião Clipper.Ga
sente em nome dos brotinhos da cidade-avenidas. A diretoria da organizaçãopatrocinadora honrou o colunista com um convite para o conselho de se leção. Serão dez os juizes e serão duas as desfilan-
— As Belas Coroas de Posse Transitória e a Ho-
rotas em «hi-fi»prometem deixar os juizes embasbacados.
Amarita Paixão de Mello,moreninha bonita, simpática e extravasante de «charme», representará o «Young Society» da Noiva. A Jill Vianna Taves («Young yoman») dirá pre A grande dama snra. Ottilia Dedini, quando recebia a homenagem do "Clube da Lady" na pessôa de sua secretária geral, snra. Haidée Guimarães Goulart (Foto: Cantarelli e Toledo)
tes premiadas.
«Garôta Elegante RegionalSe «EleganteMirim» serão os títulos honoríficos do desfile das flôres. A diligente senhora Norma Dedini, valor positivo do "Clube da Lady," também -recebeu o sorriso e a homenagem da snra. Haidée Guimarães Goulart (Foto Lacorte)
16
Prêmos: viagem de recreio com familiares ou bolsa de estudos. Na ocasião oportuna saberemos. De Piracicaba caravanas elegantíssimas de nossa «haute gomme» baterão palmas na cidade das andorinhas. A torcida das «ladies» pela bandeira Amarita-JiII vai ser surpreendente. Os julgadores que tomem cuidado...
A grande «hostess» sra. Ottília Dedini já garantiu ao colunista que irá. Madame Eloá Clement idem. A estimada •presidente das senhoras «bem».• dna. Alzira Koury Maluf, organizará uma carava na «very kar». Espero que os modelos fornecidos pela Clipper à Amarita façam jus à sua estupenda graciosidade. Sua foalete deve ser a mais primaveril possível. Ainda não vi circular em Piracicaba o chapéu à Nat «King» Cole.O que estarão esperando os «playboys» da Noiva? O Mais seis garotas notáveis para o galardão Trio Encanto de 59: Creusa Maria de Andrade Zamith (jambo) , Sôni2 Varah de Toledo (clara), Neide Fro-
ta de Souza (jambo), Wanda Jardim (clara), Arnarita Paixão de Mello (jambo) e Vera Cecília Ma-
lheiros (jambo). Jambo: 4 a 2.
A grande presidente snra. Alzira Koury Maluf, um
dos coraçõesmais caridososda cidade- avenidas.
(Foto Lacôrte)
MARCO AURÉLIO apresenta
CAFE A dinâmica secretária geral do '"Club da Lady" quando
colocavao distintivona senhira Ester Farahde Toledo. (Fotos Cantarelli e Toledo)
Cavalheiros em evidência para o garladão «Os
três «Gentlemen» de 59»: dr. Rubens de Souza Car valho (está em tôdas), dr. Dante Rando (um viuvo inestimável), com. Humberto D'Abronzo, com. Mário Dedini, dr. Dovíli Ometto, dr. Celso Galdino Fraga... S. Heribaldo Zardeto de Toledo, sr. Fued Helou Kraide, dr. Nelson Meirelles, dr. Losso Neto, com. Louis Clement, dr. Virgílio Fagundes, dr. Raul Machado, dr. Galaor de Araujo Filho... dr. Marcelo Nogueira de Lima, dr. Heitor MonteSnras. profas. Italia Caprânico Piedade e Diva Guidotti
de posse da noveldiretoria do Clube na sessão solene '
dá Lady da 'Noiva".
(PotoLacôrte)
EM
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negro, dr. Walter Ramos Jardim, dr. Luiz Tava-
res Júnior, •com. Luciano Guidotti, prof. Armando M. Vollet, dr. Romeu Ítalo Rípoli, sr. Luiz Gui-
dotti.
O dr. Artur Afonso de Toledo Almeida, sr. Otamiro
Garcia, dr. Alcides Aldrovandi, dr. João José Cor-
rêa, Sr. Lélio Ferari, prof. Benedito Dutra, dr. An-
tônio de Pádua latauro... Sr. Alexandre Cury, dr. Admar Cervellini,sr. Eduardo Castanho Ferraz, dr. Oswaldo Fernandes, dr. Walter Chain, dr. Luiz (Lula) Gonzaga Campos Toledo, di'. Rubens de Almeida Prado...
dr. Arthur Campanhã Affonso, sr. Jorge A. Leal de Souza, além de outros que serão destacados nas
edições dos «coffees».
O trio de «gentlemen»de 59 sairá, te, dos nomes descritos. Em outubro será constituida uma comissão especial de auscultação do
«grand monde». e Indicadas para o galardão das grandes anfitriãs
da Noiva as sras. Belinha Rípoli, Ottília Dedini, Di-
Snras. Anésia Patima, Eloá Clement e Haidée Guimarães Goulart, num flagrante, quando da posse da novel diretoria do Clube cia Lady de Piracicaba (Foto Lacórte)
va Guidotti e Ahyr Mazzonetto Valler. Um dos tí-
tulos anuais mais cobiçados pelas «ladies» elegantes. O Predicados indispensáveis às três garôtas encanto
de 59: conduta ilibada, «glainour», cativante simpatia, requintada educação e bom gôsto no trajar-se. Os requisitos serão pesados e medidos pelo conse-
lho julgador.
Para o galardão das Dez Mais será indispensável: conduta ilibada, requintada educação, simpatia, bondade, espírito cristão, ser perfeita anfitriã, bom gôsto no trajar-se, projeção e ótimo conceito social, distinção de maneiras e ser espôsa amantíssima e
SOCIEDADE A snra. Zuleika Tavares recebe a flâmula do- Clube da (Foto Cantarelli e Toledo) Lady
mãe extremosa. Dez predicados essenciais ao invejável troféu. As grandes anfitriãs (máximo IO) deverão des-
frutar das mesmas qualidades de espírito. Condição decisiva para a conquista do troféu «ca sal mais simpático de 59»: conduta matrimonial exemplar
E, finalmente, os requisitos para o Trio «Gentleman» de 59: projeção e excelente conceito social, haver prestado direta ou indiretamente um serviço relevante à coletividade,notável cavalheirismo no
trato para com todos.
Continua
E você leitora, já se preparou para ser elegante também no inverno ? ELMO M AG AZ N E possui tôdas as novida-
des para a estação.
Snras. Zelinda Falanghe Jardim e Wanda Carneiro, personalidades de proa do Clube da Lady (Foto Lacorte)
MARCO AURÉLIO apresenta
CAFÉ EM SOCIEDADE Há, ainda, mais dois títulos honoríficos, frutos de oportunas sugestões dos leitores dos «coffees»: «A Grande Dama» e o «Grande Cavalheiro de 59».
Como o adjetivo está a dizer, a evidência durante os doze meses do ano não deverá deixar dúvidas quanto ao mérito do nome que se inscrever no galardão .
À cada garôta encanto (são três) estarão reser-
vados os seguintes milionários prêmios: a) duas pas-
sagens da Varig, ida e volta, ao Rio de Janeiro: b)
duas concessões de estadia no Luxor Hotel (estabelecimento de I.a categoria da Avenida Atlântica)
por dez dias, incluindo o café da manhã (não é êste, é o outro) ; c) toalete e calçadofiníssimo (ambos
de livre escolha) ; um cheque de 40 mil cruzeiros pa— ra as despesas do maravilhoso passeio no «shopping
center» carioca — «maisons» «coiffeur pour dames», «americanbars», «boutiques», «hot dogs», etc. etc.. • Além do mais cada garôta encanto receberá belíssima coroa incrustado de pedrarias, de posse
transitória (um ano). Sua coroação darse-á nunii dos maiores acontecimentossociais de 1959 da cidade-avenidas.Aos pais caberá a honra .de coroar as filhas. O society» piracicabanojá poderá avaliar o es-
4.3
plendor da festa de novembro. A orquestra de Sílvio
Mazzucacomandará o baile de gala de consagração das figuras do nosso «grand monde». Traje «rigoO Dr. Rubens de Souza Carvalho quando fàzia a entrega
de um mimo
Amarita Paixão de Mello
garôta elegante do desfile da "I.ady" (Foto Cantarelli e'
Toledo)
A graciosa Jill Vianna Taves, eleita '"ele-
gantemirim"no des-
file do Clube da Lady (Foto Cicero - Filetti)
rosamente»a rigor. O «summer»não será permitido aos cavalheiros
sivamente.
«smoking» ou casaca exclu-
Homens públicos deverão ser -convidados, inclusive o eminente governador Carvalho Pinto e todo o seu secretariado. À 1 hora da madrugada, sob vibrantes acorde de Sílvio Mazzuca,as luzes do salão farão uma pausa às velas assentadas sôbre as duzentas mesas. Os nomes escolhidos serão anunciados e aplaudidos. Um foco de luz será dirigido às personalidades consagra-
tias. Depois as luzes se acendem e processa-se a magnífica coroação do trio encanto de 59. Será, sem dú-
vida, o acontecimento do Mérito e
Deslumbra-
do mento. Aguardeme verão. É interessante que se esclareça que no caso de
empate para a conquista do galardão das Dez Mais
GALERIA DOS TECIDOS
Onde compram as.pessoas de bom
gôsto
CAFÉ EM SOCIEDADE
de 59, o desempate será sempre a favor da dama que haja votado, pois a sua manifestação nada mais foi do que a reciprocidade nas sucessivas indicações da «haute gomme», prova indiscutível de sua elegância. Ocorrendo, por outro lado, a igualdade de condições, a comissão especial incumbir-se-á da escolha (tarefa dificflima). O grandioso baile e tôda a solenidade será patroa cinada, a exemplo do que ocorreu no recente desfile do Clube de Campo, pelo dinâmico e elegante Clubeda Lady de Piracicaba. • Possívelmente o salão comportará duzentas mesas. Duzentas famílias de projeção de nossa melhor sociedade serão selecionadas. Para elas serão remetidos os convites das reservas. Haverá também os convites individuais, com a mesma, rigorosa sele-
cão. O que há de mais fino no «society» local deverá dizer presente.
Para o monumental «show» (o Sílvio já é um
«show») será convidada Maysa Matarazzo. A discutida estrêla acontecerá no palco à meia noite. A PRD-6, Rádio Difusora de Piracicaba, descreverá à cidade e aos municípios vizinhos todo o acon tecimento social-filantropo de novembro próximo. Em cada mesa haverá um «champagne» para estourar, exatamente, após o último nome consagrado públicamente pelo «society» da cidade-avenidas A emissora de Aristides Figueiredo entrevistará, ràpidamente, após a consagração, tôdas as personalidades destacadas na reunião de gala. É só o que tenho a falar do acontecimento de novembro. Entretanto, o pouco que falei já pode dar
uma
idéia exata da suntuosidade da expressiva fes-
ta de 59.
Hoje estamos estampando «flashes» da mais concorrida reunião dos primeiros sete meses do ano: o baile de posse da diretoria do Clube da Lady unido
à filantropia, «society»,passarela e elegância.
O Aí estão também as garotas que receberam a prefepência dos juizes (Homero Corrêa de Arruda, Ar naldo Ricciardi, Sebastião Ferraz, Osny Silveira, Zelinda Falanghe Jardim, Glorinha do Canto Carvalho e Maria ConceiçãoFigueiredo — uma junta muito kar) . «Ladies» de destaque são condecoradas pela sra Haydée Guimarães Goulart, secretária geral da entidade no Brasil. Os sorrisos são prova de invejável
receptividade do clube pela boa gente da cidadeavenidas.
E agora, para finalizar, vai uma advertência às senhoras que desejam assustar seus maridos: uma dama, cansada de esperar o cônjuge, madrugador de bares e sempre alcoolizado,decidiu certa noite assustá-lo, Para tanto fantasiou-se de diabo e pos tou-se em uma rua próxima ao cemitério,local de passagem do espôso. Na hora em que êste aproximou-se cambaleando. a mulher saltou-lhe à frente, dizendo: «Sou o diabo!». O marido, como sempre completamente embriagado, respondeu-lhe indiferente: «Sei muito bem disso (glug) ... Casei-me com
tua irmã (glug)...» E prosseguiua caminhada.
O Moral da história: cada um sabe o que tem em
casa .
Até a prÓxima.
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20
n terra 4
de um Iio infinitoocorreu um cataclismo que modificou fortemente a ordem
cataclismo
dos corpos celestes
A. C. LACERDA
(Ilustração: IOMAR) Muito alto, no profundo e dimensional espaço que nos cerca, descortina-se um mundo misterioso. que o homem pretende vislumbrar. Há milênios, curiosos e cientistas têm procurado a existência e origem dêste mundo. Súbitamente, porém, êstes cientistas lograram aperfeiçoa: algumas hipóteses, e aplicá-las pràticamente apresentando à humanidade uma Astronomia que consquistou milhares de admiradores. Uma Astronomia prática e admissível, pois os tabus deram lugar às teorias provadas. Entretanto, o problema da origem da Terra, não foi ainda devidamente esclarecido, muito embora, tenha surgido uma afortunada hipótese que pretende afrontar com galhardia êste enigma. Neste presente século, em que a preocupação da humanidade é alcançar os espaços, a origem e vida do Universo devem ser estudadas metemàticamente, de modo a não restar dúvida. Antes que alcancemosos planetas, urge que façamos um apu• rpdo estudo sôbre sua origem para que fiquemos
devidamente preparados. O homem escolheu em primeiro lugar a Terra — para início dêste estudo — por ser o caminho mais fácil, e o único talvez, que, mais tarde, nos leve à origem dos outros corpos celestes. Os. cientistas constataram que nenhuma hipótese sôbre o nascimento da Terra é inteiramente aceitável. Porém, dentre estas teorias não comprovadas, uma se sobressai. Evidenciaela que a Terra começou sua existência como uma bola flamejante. O CATACLISMO Há tempos incontáveis,no Infinito ocorreu um cateclismo, que modificou fortemente a ordem dos corpos celestes. Esta explosão, que se deu no Sol,
expeliu uma massa gasosa e quente, que mais tarde começou a girar em tôrno daquele astro. Esta massa era formada de várias substâncias em ebulição, que se viam constantemente misturadas. Porém, quando a calma e a quietude sucederam ao cataclismo, as substâncias mais leves flutua-
ram enquanto as mais pesadas formaram um centro.
Ocorreu então o esfriamento desta massa li-
quifeita, que, •prontamente solidificou-se. A solidi-
ficação foi um tanto abrupta, colocando as essências distintamente separadas. Formou-se uma esfera, que agora é o planeta Terra. Podemos representar o interior do planeta Terra, como uma sucessão de camadas, que, ao sobreporem-se, foram designadas como: Núcleo Central,
Barisfera, Litosfera e Atmosfera.
O Núcleo Central, possívelmente, é formado de
um líquido semi-compacto, em estado efervescente. Líquido êste, de uma matéria desconhecidapor nós.
Os terremotos são causados por suturas e estertores desta camada, que repercutem em tôdas as
direções até a superfícieda Terra.
A Barisfera estende-se até cêrca de 80 km da superfície, e sua estrutura é formada de matéria muito mais densa que o Núcleo Central. Por outro lado, a Litosfera é formada de segmentos graníticos, que se acham próximos da superfície. Esta camada produz algum material que o homem aproveita através de perfurações. Porém, acresce que estas perfurações ainda não atingiram mais de 8.000 metros, nada representando em rela-
ção à profundidadedo planeta.
Sàmente resta falarmos sôbre as camadas mais
superficiais,em geral designadas Atmosfera que, na verdade, dividem-se em partes . Troposfera e Estratosfera são estas essenciais
21
divisões da Atmosfera. AS PRIMEIRAS FORMAS DE VIDA
A origem de formas de vida na face da Terra,
permanece quase tão obscura quanto a hipótese da criação da mesma. Porém, aí estão os fósseis para serem estudados. Fósseis que na verdade nos reveIem algo de valor. Paleontólogos são unânimes em
afirmar, que a criação de seres orgânicos em nosso planeta, deva-se ao mar. Há dois bilhões de anos, os traços carburetos cooperarampara a criação de entes inorgânicos. Êstes carburetos em contacto com a Atmosfera produziram as primeiras substâncias orgânicas. As relações dêstes elementos foram mútuas, produzindo os compostos químicos e as proteínas. As mo-
léculas juntaram-se, atraindo sôbre si substâncias que necessitavam para subsistir e reproduzir. Assim nasceram as espécies. Então, no mar formou-se a vida em forma de. plantas. Redundando disto, mais tarde, o aparecianimais: na verdade mento de outros seres perfeições dêste aperfeiçoamento.
No planeta fôra plantada a luta pela existên-
cia. Os mais fortes subsistiram, os mais fracos desapareceram. Triceratops, Scolosaurus, Pterodactilos, Machaerodus, nada mais foram que os ancestrais da vi-
da animal dos nossos dias. Em ordem cronológica; portanto, primeiro apareceram os seres marinhos, depois os invertebrados, répteis, vegetação aperfeiçoada, pássaros, mamíferos, e, finalmente, o homem, suprema criação
da natureza.
O FIM DA TERRA Inúmeras têm sido as previsões científicase populares sôbre êste assunto. Indivíduos afoitos che-
garam a marcar datas e horas para êste grande acontecimento
Mas, na verdade, a Terra findará de maneira lenta e categórica. No distante passado, êste corpo possuia muito mais oxigênio que possui agora. Grande parte dêste elemento foi absorvido pela matéria orgânica ou sumiu-se irremediàvelmente. É de prever-se pois, que o final da vida em nos-
so planeta, aconteça ao desaparecer totalmente o oxigênio.Fato que ocorrerá daqui a tempos incontáveis. Outras catástrofes podem terminar com a Terra, por exemplo: a aproximação do Sol, dando-se em conseqüência o aquecimento e destruição da vida. Ou uma colisão com qualquer estrêla.
Entretanto, o mais admissívelé que a Terra
termine seus dias pela asfixiação do sistema orgânico.
Continua na pag. 26
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momentoem que se dirigia ao Parlamento Britânico,
onde presidiu a abertura dos trabalhos legislativos. A cerimonia. pela primeira vez na historia foi televi-
sada na Inglaterra e para tôda a Europa. através da Eurovisâo
Ê preciso ver para acreditar. Na foto RNS, um avião jato britâmco de grande velocidade, aterra sem maiores dificuldades, enquanto o pilôto conserva os braços erguidos.
Bàsicamenteo novo sistema unidadede contrôle que recebe sinais de rádio transmitidosde terra e os trasforma de aterragem consiste de uma
em comandos para o pilÔto automático. O novo sistema já amplamente testado. será ins-
talado nos grandes bombardeiros Vickers VC-IO e no 'ato de passageirosde Havilland 121,ora em fase de construçõo.
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C)
Eu disse outro dia que antig.-mentesim é que
era legal. Vocês não acreditaram? Pois então dou outro exemplo: Há vinte anos, quando um rapaz olhava para os tornozelos da namorada era um au
d?cioso. Hoje não. Quandofaz isto êle é dccididamente um idiota. Existe sômente um motivo que faz uma garota seguir um rapaz: quando entra na mesma fila em que êle está. Você sabia que... Sõmente uma coisa. é acompanhada com ca-
rinho por um homem: a queda dos cabelos. — Em cada 5 desastres ferroviários 5 são da Central do Brasil.
— O homemse casa por descuidoe a mulher
por precaução. Uma frase que não foi dita até hoje por ninguém é a seguinte: — De fato, o parequedas es-
tava mesmocom defeito.
EMBALADA do
e3tatísticarealizadahá dias, que Piracicabaó assim:
Prelúdio...
t,erferênciase 500 são átimos aparelhos. Mas isto já são outros 500...
Falando sôbre televisão, ficamos sabendo, por De cada IO televisores, IO não peggm nem in-
Pano, pincel, pintor Propaganda para político Painéis pintados profusamente Propaganda
Propaganda Propaganda Palavras proferidas para o povo Psicologia publicitária ? Proteção política para Paulo, Pedro, Pereira, Porque? Propaganda Propaganda
Propaganda
Povo psicológicamente preparado Postludio...
Participaçãopara o público
A fôrça não faz o indivíduo. Prova disto é que chamamos de pianista o homem qu etoca piano e não o que o carrega de um lugar para outro. EVOLUÇÃO DE UM PROVÉRBIO
Antes era assim:
Não deixes para amanhã o que podes, fazer hoje.
Depois ficou assim:
Não faças hoje o que podes deixar para amanhã.
E finalmente assim: Nunca faça aquilo que você pode disfarçar e não fazer nunca.
Proclamado por periódico:
Político pula para profundeza de perigoso poço. Pulou? Pergunto.
— Pulou — Porque? — Porque perdeu.
Geralmente alimentamos. a esperança de um dia poder realizar nossos sonhos. Posso dizer, com mui-
ta certeza, que azarado por causa disto era aquêle rapaz. Vejam vocês se tenho ou não razão. Todos
sonham com freqüência, porém êle só tem pesadelos.
25
EFEMÉRIDE
gina e meia... GEOGRÁFICA ENTREGUISMO
SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO.
ENTREGAROU NÃO ENTREGAR, ARRANJEM UMA SOLUÇÃO. FERNANDO DE NORONHA: DÊ, DIZ UM, NÃO, DISSE OUTRO, DERAM.
ENTREGUISTA ENTÃO DISSERAM. PALAVRAS TAMBÉM SÃO? DISSESTE PLAY-BOY?? ENTREGUISTA. VERV KARR
HAUTE GOMME, HAPPY BIRTHDAY. MARCOAURÉLIO. ENTREGUISTA? — TUDO BEM? SIM, TUDO O.K.
COLECIONAS MARCAS DE CARROS? DIZE ENTÃO QUAIS TENS. WOLKS,LINCOLN E DE UM COUPÊ. ENTREGUISTA! FAÇA COMO EU: COLECIONE FENEMÊ, COLA-COLA? NÃO SOU ENTREGUISTA, PREFIRO GENGIBIRRA, QUERO SER NACIONALISTA.
A. S. OLIVEIRAJúNIOR
A data que hoje transcorre — 21 de agôsto — é altamente expressivapara a geografianacional.Ê
que por coinicdênciamuito feliz, ela assinala o na-
talício do saudoso brasileiro sr. João Lustosa da Cunha Paranaguá (2.0 Marquês de Paranaguá) e ao tempo do Império, Ministro dos NegóciosEstran-
geiros, da Justiça e da Guerra e Presidente da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro (atual Sociedade Brasileira de Geografia), assim como assi-
nala a data natalícia do eminente patrício, sr. General Francisco Jaguaribe Gomes de Mattos, que para maior alegria dos brasileiros, goza de perfeita saúde e, a despeito de não ser moço, ainda constitui um exemplo de energia e disposiçãopara o trabalho .
Seria absurda a pretensão de se traçar numa crônica de tão modestas proporções, como é esta o que representou na História nacional a figura no— tável do Marquês de Paranaguá. Agora, quando com tanta justiça se homenageiaa memória de Afonso Celso, é suficiente que aqui se repita o seu magní-
fico conceito acêrca de Paranaguá, isto é, «Uma das grandes figuras do Império». Com essa simples frase está identificado o perfil daquele patriota de saudosa memória, que se distinguiu pelas suas realiza-
ções, dignas da maior admiração dos brasileiros. Era a personificação do político consciencioso,do estadista de larga visão e do incentivador dos estudos histórico — geográficos. Não seria menos difícil a tarefa de descrever a
personalidade admirável do General Francisco Jaguaribe Gomes de Mattos, sucessor de Paranaguá
na presidência da Sociedade Brasileira de Geografia, que hoje aniversaria e que receberá, por esse motivo, as mais carinhosas e expressivas demonstrações
de apreço.
Herdeiro de grandes tradições de prestigiosa fa-
míliá, o aniversariantede hoje revelou ser um ho-
mem de vontade forte ao conquistar, paulatinamen-
te, um a um, todos os honestos lovros de sua vida com seu esfÔrço,dedicação e patriotismo. Companheiroda primeira hora de nosso inesquecível e muito saudoso Marechal Rondon, junto
Continuana pisina seguinte
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uma atuação de a êle, com dedicação beneditina enotáveis e elogiaelaborou Republicano, verdadeiro a confecção com da culminaram que trabalhos, dos Regiões e CircunGrosso Carta do Estado de Mato vizinhas, um dos maiores orgulhos da benemérita e extinta Comissão Rondon. No contato com a caserna, além de haver chefiado importantes unidades, foi o memorável comandante em Chefe das tropas do Estado de Mato Gros-
so, que, em 1932,como se sabe, aderiram à Revolução Constitucionalista deflagrada naquele ano em São Paulo. Difícilé, realmente, descrever a figura do aniversariente de hoje e dos seus feitos que são uma lição de tenacidade e patriotismo para os brasileiros dignos e sensatos .
Êle poderia ser apontado como o modelar Antigc Aluno do ColégioMilitar.do Rio de Janeiro; co
mo o entusiasta amador de mÚsica e incentivador das bsndas militares; como o desenhista de traços impecáveis;como o artista que, pela expressão e qualidadede sua pintura, fez jús a uma disputada Medalhade Ouro; como o historiador arguto e honesto, que tem sabido coligir valiosos elementos informativos obtidos em longas pesquisas e como o geógr:fo, principalmente o geógrafo, o mestre dotado de impressionante memória que com o seu alto espírito de pesquisador vasculhou bibliotecas e ar quivos do Brasil e da Europa, tornando-se um doutor em ciências geográficas, pois isso seria muito
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pouco, mas uma verdadeira enciclopédia, um
te de ciência, dignidade e patriotismo que — como o Marquês de Paranaguá o fêz em outro tempo, preside com brilhantismo a Sochedade Brasileira de Geo-
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grafia, tendo os seus olhos voltados para o futuro e a grandeza da Pátria.
A TERRA SURGIU DE UM CATACLISMO Continuação da página 20
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Talvezseja por isto, que o homem, insensível-
mente, esteja tão interessado nos vôos para outras plagas
Em verdade, estas são as hipóteses mais prováveis; qualquer outra popular, será mero misticismo. UM OLHAR ÀS ALTURAS Ao terminar estas considerações, adiantamos que as teorias ainda não comprovadaspodem ser irreais. Porém, dentre tantas, há de existir uma que o homem, através do tempo, logre evidenciar.
Entrementes, os sábios mais irreverentes e ma • terialistas, concordam em afirmar que pelo Universo todo reina uma ordem enérgica e controlada. Des-
de as partículas dos átomos, até a rotação de uma estrêla, tudo desenvolve-senum plano incrívelmen-
te pré-concebido.
A evolução destas naturezas, concordam êles, deve-se evidentemente a uma fôrça controladora muito superior. Ao chegar nesta conclusão, materialistas e cren
tes, voltarão as vistas ao Infinito, não para vislumbrar cs corpos, mas para reverenciar as Alturas.
TRÊS SONETOS FILOSÓFICOS DE RAUL DE
FELICIDADE Basta saberes que és feliz, e então Já o serás na verdade muito menos:
Na árvore amarga da meditação, A sombra é triste e os frutos têm venenos. Se és feliz e o não sabes,'tens na mão O maior bem entre os mais bens terrenos, E chegaste à suprema aspiração, Que deslumbra os filósofos serenos.
Felicidade...Sombra que só vejo, Longe do Pensamento e do Desejo, Surdinando harmonias e sorrindo, Nessa tranqüilidade distraida,
SOMBRINHAS
de "n PRIMAVERI"
Ilm presente sempre lembrado Seja inteligente, economize comprando seu guarda chuva diretamente na fábrica. Fábrica de sombrinhas
e guarda-chuvas.
A PRIMAVERA Morais Barros, 1165
Que as almas simples sentem pela Vida, Sem mesmo perceber que estão sentindo...
PRUDÊNCIA Não aprofundes nunca, nem
pesquises
O segrêdo das almas que procuras: Elas guardam surpresas infelizes A quem lhes desce às convulsões obscuras. Contenta-se com amá-las, se as bendizes, Se te parecem límpidas e puras, Pois se, às vêzes, nos frutos há doçuras, Há sempre um gôsto amargo nas raízes... Trata-as assim, como se fôssem rosas, Mas não despertes o sabor selvagem Que lhes dorme nas pétalas tranqüilas. Lembra-te dessas flôres venenosas! As abelhas cortejam de passagem, Mas não ousam prová-las nem feri-las...
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UNIDADE Deitando os olhos sôbre a perspectiva coisas, surpreendo em cada qual Uma simples imagem fugitiva Da infinita harmonia universal. Uma revelação vaga e parcial De tudo existe em cada coisa viva:
Na corrente do Bem ou na do Mal Tudo tem uma vida evocativa.
Nada é inútil; dos homens e dos insetos
Vão-se estendendotodos os aspectos Que a idéi2 da existência pode ter;
E o que deslumbrao olhar é perceber
Em todos êsses seres incompletos, A completa noção de um mesmo ser... (De «Lwz Mediterrânea»)
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Hollywood
Fotos: Reversãodo colorido para preto e branco de Cantarelli e Toledo
Por FRANCISCOLUIZ ANDIA
Capital da diversão, da ilusão e da fantasia.
Bairro da cidade de Los Angeles, projetou-se no cenário mundial não como cidade, nem como bairro, mas como uma capital sem fronteiras, sendo o ponto de convergência de homens de tôdas na cionalidades que têm um Único objetivo: cultuar
a arte.
Hollywood não é famosa sômente pela sétima arte mas também por ser um dos maiores centros de difusão da televisão e do rádio nos Estados Unidos. Conta com nada menos de onze canais de te • levisão, dos quais quatro são «estúdios de producão» (ABC-TV, NBS, CBS e MBS).
A visita que fizemos ao «ABC-TVStudios», que é um dos maiores de todo o pais, deixou-nos efetivamente entusiasmados com o que se faz em Norte. Êsse esmatéria. de televisão na América túdio é tão grande e completo quanto os de cinema, possuindo em seu «cast» artistas de renome n o mundo cinematográfico. Seus grandes pavilhões são utilizados na produção de programas que vão ao ar e também filmados, filmes que são distribuidos por uma rede de estaçÕesespalhadas por todos os es-
tzdos americanos. por essa razão são êles denomina-
dos de «estúdios de produção». Devemos assinalar que a visita feita ao ABC-TVnos foi possível graças ao particular amigo Ernest Taylor, diretor do de-
partamento de Make-up do referido estúdio, por-
quanto só é permitido o ingresso de visitantes em estúdios de televisão e cinema quando convidados por funcionários dos mesmos. Das trinta estações de rádio que possui Los An•
geles, as meiores estão localizadas em Hollywood e, por uma conseqüência lógica, são as que apresentam os melhores programas, uma vez que elas aproveitam os melhores astros da televisão e cinema.
Não obstante êsses grandes estúdios de rádio e televisão, o que leva o nome de Hollywood às mais
distantes plegas, o que fêz e faz com que todos conheçam, é o cinema, essa prodigiosa arte tão in-
crementada na terra de Tio Sam. Desde sua primeira apresentação num pequeno salão de, Londres em 1896, como espetáculo público, o cinematógrafo de Lumiêre teve nos Estados Unidos seu maior cultor.
Os grandes mestres: King Vidor, Goldwyn Mayer, Adolf Zukor, Charlie Chaplin, John Ford, Cecil B. de Mille e muitos outros imortalizarama terra de Lincoln como o maior centro cmematográfico do mundo; calcula-se sua produção em cem quilómetros
de película em cada dia do ano. Dos dezesseis estúdios de cinema, o mais completo e maior é o da Universal Internacional (Universal City), e foi o qual escolhemos para nossa vi-
sita .
À primeira vista tem-se a impressão de entrar num mundo fastasmagórico.Um mundo de irrealidades destinado à produção da «realidade cinematográfica». Alí encontra-se tudo o que pode a men-
Uma rua de aldeia tipica americana, inteiramente construida. Muitas peliculas já exibidas por aqui, foram filmadas neste local.
te humana imaginar. Castelos, trens, aviões, lagos, árvores•e pedras de papelão, patíbulos, navios, cavalos de madeira, ruas em estilo colonial, ruas de pequenas aldeias, vilas onde são filmados os famosos «far-west» e mais um milhão de pequenas peças
utilizadas em diferentes filmagens. Possui ainda do-
ze edifíciose pavilhões onde estão instalados os diversos departamentos: de som, de efeitos especiais, de laboratÓrios, estúdios para interiores etc.. Conta também com corpo de bombeiros, correio, restaurante e centena de camarins para artistas. A área total da Universal City é de quatrocentos acres. Muitos produtores independentes, alugam parte dêsse estúdio para a produção de seus filmes, pois, além dos cenários artificiais, possui muitas ter-
na
ras inclusive montanhas que são muito utilizadas
em filmes de guerra, como tivemos oportunidade de ver na película «Hino de Uma Consciência», há pou • co exibida em nossa cidade. As cenas finais de fuga das crianças foram totalmente filmadas nas elevações que ficam nos fundos da «Cidade Universal». A luta entre o cinema e a televisão continua. A
Grandes castelos são erguidos para os filmes que reque-
rem tais cenários.
televisão leva considerável vantagem. Quase todos estúdios cinematográficos, com exceção dos produtores de desenhos animados, estão com seus trabalhos reduzidos em cinqüenta por cento. O espetáculo que se vê em todos estúdos é de abandono qua-
se total. Atualmente procuram os produtores de companhias fazer co-produções com países estrangeiros para garantir o mercado externo, uma vez que o interno não atende aos interêsses financeiros dos mesmos.
Necessário se faz que os homens de cinema muito trabalhem para que êste sobreviva à luta . O Cinemascope55 e 75mm, o Todd-AOe o cinerama, embora ainda sem expressão comercial, devido à complexidadede sua instalação e à inadaptabilidade para perfeitas filmagens de interiores, foram grandes feitos a favor da sétima arte. Mas o que realmente é preciso que se faça, mais que qualquer sistema de filmagem, é qualidade de produçÕes, jus-
tamente no que êles têm negligenciado.Na preocupação de «grandes telas», a qualidade das películas foi esquecida. Acreditamos que com o novo sistema Todd-AOOdorífero, aliado à boa qualidade, a luta terá seu aspecto mundado, abrindo nova linha de frente para o cinema. Contudo, Hollywood não é só cinema, televisão e rádio. Possui também sua vida de divertimentos noturnos e sua vida cultural. Mocamboe Ciro's, são as expressões máximas em boates na Sunset Blvd.. As apresentações de todas as noites são es-
petáculos de gala e de rara beleza. Essas boates são muito freqüentadas pelos astros da tela, sendo portant:o grande oportunidade para o turista conhe-
cer e palestrar com os seus preferidos. No que tange ao cultural-artístico,destaca-se o Hollywood Bowl (Concha acústica), onde são realizados os melhores espetáculos de músicas finas ao ar livre de tôda a Califórnia, com a apresentação da «The Hollywood Bow Orchestra» dirigida pelo mundialmente famoso maestro Carmen Dragon.
Hollywood é realmente a capital do bom gôsto, da arte e da fantasia.
Umarua de residências em estilo coloniale um patibulo em ambiente europeu também são encontrados nos estúdios da Universal.
r rar
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Meu amigo fêz um negócio da China: casou-se
ge com uma chinesariquíssima!
A sorte daqueles dois namorados, na noite de São João, deu quase igual: no copo da moça apareceu um .padre e no copo do moço apareceu uma fôrca.
O público daquele teatro soube julgar aquela peça, tanto assim que o escritor da mesma saiu car-
regado...para o hospital.
Escreve :
ZÉ TAQUARA
Taquarísticas Infeliz de quem é compositor, pois apeser de
viver sempre no meio das «notas», anda sempre sem elas .
Era um barbeiro modêlo, pois trabalhava sem falar em futebol...
Entre jornalista e jornaleiro há muita diferem
ca: o jornaleiro trabalha menos e ganha muito mais.
Aquêle era um escritor digno de «pena», pois
tôdas as vêzes que tentava escrever alguma coisa,
fazia um «papel»feio porque a sua idéia já estava ex... «tinta». Depois do exame o médico disse ao paciente:
O senhor sofre da aorta e precisa te cuidado, pois eu já vi casos muito graves acêrca. «d'horta»
Quando a mulher daquele aviador lhe mostrou a conta que veio da costureira, o coitado caiu das nuvens .
Aquêle chofer de praça perdeu uma boa corri• da só porque êle dormiu no ponto.
Não se deve bater na mulher nem com uma
rosa. O bom mesmo é bater com o galho da roseira.
Pobre homem... casou-se com uma mulher que sabia falar quatro línguas. O beijo é o sêlo do amor carimbado com mi cróbios.
Aquêle casal combinava muito bem. Também, pudera! Ele chamava-se João Beato e ela Maria dc Rosário.
NUNCA MAIS Nunca mais se Deus quisé Isso há de acontecê, Nunca mais hei de dá fé No qui os ôtro me dizê. Toda gente me dizia, Toda gente me afirmava Que o eclipi aparecia E o mundo se acabava. E eu garrei a maginá Se eu tenho de morrê, Dexa eu aporveitá, Vô cumê e vô bebê.
Eu cumi e eu bibi
Que inté me instufei
E de noite eu fui drumi Mais premêro eu rezei. No otro dia acordei E num acabô o mundo não
Mas eu quasi me acabei Com uma baita indigistão.
CABOCLO VIAJADO Sô caboclo apreparado
Sô caboclo instrumado Tenho orguio im falá!
Já cunheço muito Istado
Dêsse meu Brasi amado! Meu prazê é viajá. Nos dumingo e firiado Tô siguino imbarcado
Prá quarqué cidadezinha. Vô contente quar criança, Veno a paisage que dança Através da jinelinha.
Lá no arto uma pedrêra, Mais além uma cachoêra, Uma ponte, um ribeirão.
Muitos pés de bananêra, Lindos pés de laranjêra E grandes roças de fejão.
Sô caboclo apreparado, Sô caboclo instrumado,
Eu sô pessoa afamada! Já cunheço muito Istado
Dêsse meu• Brasi amado,
Cunheço inté. . . Xarquiada.
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Próximo e sensacional lançamento do Cine Politeama: OS
DE
Tradicionalmente farnosos na arte cinematográfica,08 germânicosanseiam recuperaro terreno perdido com a última guer-
ra e para tanto têm apresentado uma série de películas de
agrado geral, o que leva a supor que numfuturobem próximo ê.!esestarão novamente no lugar que sempre lhes pertenceu: na vanguarda. Por tudo isso, a apresentação de urm película alemã é sempre cercada de grande espectntiva, o que não poderia deixar
de acontecertambém com êste Os Amantes de Mayerling
a ser apresentado próximamente no Cine Politeama. É uma produçãoda Art Filmes em Supervision Agfacolor, com Rudolph Prack, Christiane Hórbiger Wessely, Winnie Markus e Lil Dagover nos principats pápeis. Direçüo de Rudolf Jugert.
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DOIS
(Para o «Jornal ae Piracicaba»)
Ano de mil e novecentos... O princípio foi de uma escalada que inda hoje continua: era o «Jornal» fundado em nosso município,
ANIVERSÁRI-
OS DIGNOS
na defesa, sem tréguas, desta terra sua. Por seus anseios decidiu-se desde o início, e, sem falsear, se empenhou em luta aberta e crua. Não recusa jamais a dor do sacrifício
se o exigeo progredirque em nossa terra estua.
Desde que êle surgiu — há nove fêz cinqüenta — dobrou borrascas, venceu dificuldade, comoquem sente a chama de um ideal que alenta. Altar cívico foi-lhe sempre esta cidade de quem tomou o nome e com orgulho o ostenta, mantendo ereta tradição de probidade. ANIVERSÁRIODA «VOZAGRÍCOLADO BRASIL»
DE REGISTRO
Nossa rádio «Voz Agrícola» Seus dois anos hoje faz:
E, num tempo assim tão curto, Já mostrou do que é capaz. Num trabalho honesto e firme, Que não cessa,noite e dia, Vão suas ondas pelos ares Irradiando simpatia.
Artistase locutores, O mês de Agôsto é pródigo de aniversários importantes. Alémde registrar a data máxima da cidade, que é a da sua fundação, no dia 1.0, ainda conta com duas outras também notáveis e referentes fundações que são marcos fundamentais no progresso da Noiva da Colina. Referimo-nos à fundação d')
Com suas vozes e canções, E músicas sempre lindas, Vão falando aos corações.
Servir a Piracicaba — É seu lema verdadeiro: E, por isso, vai nos dando Notícias o ano inteiro. É campeã de causas boas Da cultura e caridade:
«Jornal de Piracicaba»,ocorrida a 4 de Agôsto de, 1900, e da Rádio Difusora ZYR 209, a voz Agrícola do Brasil, realizada a 17 de Agôsto de 1957. Do «Jornal», que já vai atingindo os 60 anos, não há necessidade de fazermos longos comentários para sessal tar sua copiosa soma de trabalhos à coletividadepiraciczbana, em cujo seio adquiriu seguras e profury das credenciais de acatamento, respeito e gratidão. E a Voz Agrícola do Brasil, apesar de seu ainda pequeno tempo de atuação, já pode ser considerada vi-
toriosa na sua missão informativa e cultural e pelo muito que está fazendo pelo progresso de nossa cida .
de e município, o que se pode aferir da penetração de
suas irradiações em áreas cada vez maiores de nossa
população. Cumprimentando efusivamente as duas garbosas instituições conterrâneas, temos o prazer de
transcrever abaixo as saudações em. versos que lhes dedicou o nosso redator.
Veja na TELE-RÁDIO
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Que precisam,na cidade. Então, nós queremos, hoje, Como prêmio a tantos bens, Registrar à «Voz Agrícola» Efusivos parabéns. Parabéns ao Cantarelli, Ao Arnold e ao Waldemar,
A todos que a rádio fazem
Com grandeza funcionar.
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Têm o prazer de vir saudar-te
Pela «Noiva da Colina».
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