APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 3 MANUAL DE ATUAÇÃO .................................................................................... 5 Cobertura Jornalística .................................................................................... 6 Divulgação das Notícias ...................................................................................... 6
Papel do Jornalista ......................................................................................... 7 Estrutura ........................................................................................................ 8 Regras de Comportamento ........................................................................... 10 Coletivas de Imprensa .................................................................................. 11 MANUAL TÉCNICO .......................................................................................... 12 Mídia Impressa ............................................................................................ 13 Filtros de Notícias.............................................................................................. 13 Fontes de Informação ........................................................................................ 14 Gêneros Jornalísticos ......................................................................................... 15 Edição ............................................................................................................... 19 Diagramação ..................................................................................................... 20
Mídia Audiovisual ....................................................................................... 23 Jornal Televisivo ............................................................................................... 23 Imagem ............................................................................................................. 23 Redação............................................................................................................. 24 Locução............................................................................................................. 25 Edição ............................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 27
APRESENTAÇÃO
O Comitê de Imprensa é o responsável pela cobertura e reprodução jornalística durante o SOOI-UFABC, utilizando-se das plataformas de mídia impressa e online. Ao divulgar as notícias durante a ocorrência do SOOIUFABC, os participantes do Comitê de Imprensa poderão, de certa forma, influenciar o andamento do evento abordando, em suas agências de notícias, aspectos do tema da simulação ainda não apresentados pelos delegados. Os
integrantes
do
Comitê,
representando
diferentes
agências
internacionais, atuarão ao lado d’ A Voz do SOOI, agência de notícias oficial do SOOI-UFABC, na divulgação das discussões ocorridas durante as sessões, além de outros assuntos que julgarem relevantes. Os participantes devem adotar uma diretriz condizente com a posição da agência que representam, assumindo na divulgação de suas notícias indicações dessa orientação. Assim, para que possam desenvolver um material jornalístico com informações fidedignas, os participantes do Comitê de Imprensa devem estar inteirados tanto do tema em debate quanto do tom das notícias divulgadas pela agência que representa à época do objeto da simulação.
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COBERTURA JORNALÍSTICA
Divulgação das Notícias O material de divulgação deve ser produzido durante os dias da realização do SOOI-UFABC. A cobertura jornalística dar-se-á através de meios impresso e online. Mídia Impressa: terá espaço de divulgação através da confecção de um jornal, sendo disponibilizado na semana posterior ao SOOI-UFABC. Assim, os participantes do Comitê de Imprensa devem, ao final de cada dia da simulação, reunir-se para discutir a sessão de debate que presenciaram e quais temas seriam relevantes para serem abordados. Mídia Online: utilizando-se das plataformas online que acharem adequadas para propagação das notícias (Twitter, Facebook, Blog, etc), os participantes do Comitê de Imprensa poderão alimentar essas mídias durante as discussões e debates do SOOI-UFABC que presenciarem, de forma que as delegações possam acessar esse conteúdo durante a simulação e possam utilizar (ou não) projeções e argumentos levantados pela mídia, e até então negligenciados pela mesa de debate. Desta maneira, o Comitê de Imprensa pode alterar o encaminhamento das discussões do SOOI-UFABC à medida que as notícias que produzam sejam relevantes para o debate.
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PAPEL DO JORNALISTA
Os integrantes do Comitê de Imprensa do SOOI-UFABC terão a oportunidade de, além de presenciarem a simulação de debates de organizações internacionais junto a outros ouvintes, produzirem informações que poderão contribuir para o andamento dos debates do SOOI-UFABC. Assim, assumem um papel de grande responsabilidade junto ao evento. Para que o trabalho do Comitê seja o mais verossímil possível, o participante deve estar inteiramente conectado ao papel do jornalista, conhecendo as técnicas de trabalho e atuação destes profissionais. Tendo em vista o papel do jornalismo e das grandes mídias para a divulgação das notícias mais importantes em todo o mundo, se faz necessário um olhar crítico sobre o que se vê, além da descrição corrente dos fatos. Para a elaboração de uma notícia completa é essencial levar em consideração os atores envolvidos, o ambiente politico e a conjuntura internacional corrente ao tema do debate. É imprescindível que os participantes do Comitê de Imprensa estejam informados acerca dos tópicos mencionados acima, de modo que o desenvolvimento das matérias tenha mais credibilidade. Espera-se, no entanto, a adoção de uma postura condizente tanto com a sua agência de notícia respectiva quanto com o viés que a mesma, necessariamente, carrega na sua veiculação de tais informações; o que levará a uma reflexão mais ampla sobre o papel dessas entidades como divulgadoras de tais debates, bem como formadoras e influenciadoras de opinião.
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ESTRUTURA O Comitê de Imprensa estará assim estruturado: A Voz do SOOI: agência de notícias oficial do SOOI-UFABC, tem como integrantes membros da Comissão de Imprensa do evento.
Agência de Notícias: tais entidades variarão de acordo com o(s) tema(s) escolhido(s) pela Comissão Organizadora para ser objeto de debate, de forma que se proporcione ao público do SOOI-UFABC visões diferentes, e até mesmo contrárias, sobre o tópico em questão e os debates ocorrendo na simulação através das publicações. Por exemplo: a elaboração hipotética da edição da Revista Veja e o Jornal Folha de São Paulo de acordo com o tema posto em pauta. Sendo assim, não há necessidade de que seja o mesmo tipo de veículo a ser escolhido, bem como não há pretensão de limitar o número de agências. Assessor de Imprensa: membro da Comissão Geral designado para comunicar as notas oficiais geradas pelas mesas de debate, organizar as Coletivas de Imprensa e orientar membros das Agências de Notícias durante o SOOI-UFABC.
Para a possível formação de um grupo de staffs de agência de notícias recomenda-se que sejam ocupadas as seguintes funções: Editor-Chefe: é responsável pela criação da pauta a ser seguida pelos jornalistas; revisão final dos textos; diagramação da mídia impressa; postagens na mídia online escolhida pelo grupo. Atua, junto ao fotógrafo, na escolha de fotos a serem utilizadas para montagem da galeria. Pode, se desejar, assinar artigos em sua agência.
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Jornalista: além de trabalhar na criação da pauta do jornal junto ao editor-chefe, é responsável pela elaboração de notícias a serem publicadas. Recomenda-se que assine, pelo menos, duas notícias por dia de debate.
Fotógrafo: é responsável por produzir fotografias de momentos-chave do SOOI-UFABC. Deverá trabalhar em contato com os jornalistas, atendendo as necessidades destes quanto a fotografias a serem incluídas nas notícias. A organização de uma galeria de fotos do SOOI-UFABC na mídia online da agência de noticias é responsabilidade deste integrante, junto a seu editor-chefe. Pode, se desejar, assinar artigos em sua agência.
As três funções listadas acima não são cargos fixos, ou seja, no entendimento de sobrecarga sobre algum dos integrantes da agência pode haver auxílio dos demais representantes, partilhando as tarefas. Poderá haver mais de um representante em cada função, de acordo com as necessidades da Simulação vigente.
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REGRAS DE COMPORTAMENTO Os integrantes do Comitê de Imprensa devem obedecer às seguintes regras de conduta: I.
Atender ao código de vestimenta, que define que os homens devem usar exclusivamente terno, gravata e sapato social. Para as mulheres, permitese o uso de calças compridas, saias ou tailleurs. Não é permitido: o uso de jeans, saias curtas, bonés, tênis, chinelos ou quaisquer outros acessórios que estejam em desacordo com os trajes formais estabelecidos;
II.
Os integrantes do Comitê de Imprensa não podem, de forma alguma, interferir nas sessões de simulação. Devem somente observar, filmar e/ou fotografar a simulação, tomando o cuidado de não atrapalhar o seu andamento;
III.
A manutenção do silêncio durante as sessões é indispensável;
IV.
A organização de coletivas de imprensa será realizada somente pela Comissão de Imprensa;
V.
A
responsabilidade
pelo
material
de
trabalho,
especialmente
equipamentos eletrônicas, é de cada participante; VI.
É obrigatória a participação nos cursos preparatórios anteriores à simulação;
VII.
Em caso de dúvidas quanto ao andamento da sessão, o participante deve consultar o Assessor da mesa de debate;
VIII.
Nos intervalos entre as sessões, é permitido aos integrantes do Comitê de Imprensa entrevistar os delegados, desde que estes concordem.
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COLETIVAS DE IMPRENSA As Coletivas de Imprensa serão organizadas pelo Assessor de Imprensa da mesa de debate. A Voz do SOOI e o Comitê de Imprensa, representando as agências de notícias, poderão então realizar perguntas, respeitando sempre a ordem estabelecida pela Comissão de Imprensa. Recomenda-se que sejam realizadas Coletivas: Inicio das Atividades do SOOI-UFABC: antes que se dê inicio ao evento, de forma que os delegados e membros da Mesa Diretora expressem suas expectativas quanto ao SOOI e aos debates que ocorrerão durante o evento.
Palestrante Convidado: desde que o mesmo esteja disponível para tal coletiva, para que o palestrante possa expressar sua opinião em relação ao SOOI-UFABC e ao tema discutido. Dias de Debate: ao fim de cada dia de debate, de forma que os delegados se manifestem a respeito das discussões realizadas até o momento e das estratégias adotadas por países de opinião contrária. Encerramento: ao final do evento, para que os delegados expressem seus sentimentos e opiniões em relação ao debate proposto pelo SOOIUFABC e pelo curso do evento durante os dias de discussões.
Além das Coletivas de Imprensa, entrevistas individuais com membros da Comissão Geral organizadora do SOOI-UFABC, com integrantes das delegações e com ouvintes poderão ser concedidas A Voz do SOOI e às agências do Comitê de Imprensa, para contribuição da cobertura jornalística do mesmo.
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MÍDIA IMPRESSA O surgimento da mídia imprensa ocupa papel de fundamental importância: difundir informações por meio da escrita. Nesta mídia, o jornalismo ocupa função central e tem na notícia seu principal atributo. Assim, o jornalismo e a mídia impressa compartilham uma trajetória de desenvolvimento bastante parecida. A mídia impressa destaca-se por ser um dispositivo voltado, em grande parte, a materiais jornalísticos e publicitários. A tecnologia de impressão tem se aprimorado desde a invenção da imprensa por Johannes Gutemberg no século XV.
Entende-se que um dos elementos mais importantes a se considerar no estudo de uma mídia qualquer está nos seus métodos de disseminação de informações numa dada sociedade, pois tal fator irá interferir na sua influência sobre o quadro cultural da sociedade. (VIANA, 2013, p.03)
De acordo com Innis (2011, p.103), “a relativa ênfase no tempo ou no espaço irá implicar um viés de significação para a cultura no qual está inserido”.
Filtros de Notícias A notícia é um dos principais produtos da mídia impressa, produzida através de técnicas específicas no âmbito das práticas e rotinas do jornalismo. Mas, nem tudo pode ser classificado como notícia. Uma das funções do jornalista é separar o que é do que não é notícia. Os filtros de notícias variam de acordo com o jornal, porém, podemos indicar alguns critérios válidos para qualquer publicação:
Proximidade: levando em consideração não apenas a questão da distância geográfica, como também proximidade afetiva e cultural.
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Momento do Acontecimento: quanto mais recente e atual o acontecimento, maior a chance de ser notícia.
Significância: as probabilidades de um acontecimento ser considerado notícia se elevam proporcionalmente a sua intensidade e abrangência. Assim, o acontecimento é mais relevante quando consta de menor imprecisão quanto aos dados e maior quantidade de sujeitos envolvidos.
Proeminência
Social
nacional/internacional
dos do
Atores ator
Envolvidos:
aumenta
as
a
importância
probabilidades
do
acontecimento em que este está envolvido ser noticiado.
Consonância: consideradas a ligação ao objetivo e público alvo do jornal, aumentam-se as chances de ser noticiado.
Imprevisibilidade: as chances de o evento ser noticiado crescem em grau proporcional a sua imprevisibilidade.
Continuidade: o desenvolvimento de um evento já noticiado também deve ser considerado notícia.
Composição: consideradas as similaridades do evento em relação à temática que se propõe o jornal, mais provável que um acontecimento seja notícia.
Negatividade: quanto mais se desvia do que é considerado normalmente e amplamente aceito, mais provável que um acontecimento seja noticiado.
Fontes de Informação Tudo o que possua informação passível de ser notícia pode ser considerado uma fonte. A notícia pode ser baseada nessa fonte, contanto que
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esta tenha sido verificada pelo jornalista. Assim, fontes de informação são de grande relevância para o jornalismo. Quanto mais e melhores estas forem, melhor o trabalho e conteúdo noticiado. Atualmente, qualquer um pode difundir informações para um grande número de pessoas. Desta forma, uma das características que diferencia o jornalismo é a validade das informações divulgadas, que produz confiança dos leitores. Para que essa confiabilidade seja mantida deve-se sempre verificar as fontes, ou seja, sempre verificar as informações recebidas.
Ao jornalista cabe prestar atenção a todas as informações que lhe são transmitidas e também aquelas que não lhe são. Deve confirmar e gerir toda a informação que recebe, nunca descurando que as fontes são sempre interessadas. (SOUZA, 2001, P. 65)
No relacionamento entre jornalista e informante há sempre interesse de ambas as partes, por isso deve-se sempre confirmar e ampliar a base de informações. O jornalista deve sempre identificar a fonte da notícia dando, assim, mais credibilidade a seu trabalho. A utilização de fontes anônimas deve ser muito bem ponderada.
Gêneros Jornalísticos Tipificam-se os principais gêneros jornalísticos em: notícia, entrevista, reportagem, crônica, editorial e artigo (de opinião, análise, etc). Porém, os gêneros jornalísticos não têm fronteira e, por vezes, é difícil classificá-los. Até porque, estrategicamente, todas as publicações jornalísticas são notícias, principalmente quando trazem informações novas. A linguagem jornalística é a mais importante das linguagens usadas no jornalismo impresso. Mas não se pode ignorar a linguagem das imagens e a convergência de ambas. Para fins desse manual, trataremos apenas de notícia, entrevista, reportagem e artigo.
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1. Notícia Considerado o gênero mais comum, compõe-se de um texto proeminentemente informativo, relativamente curto, claro, direto e conciso. Uma notícia deve ser atual e verídica, como também produzir interesse no leitor. Segue uma estrutura básica, apresentada no tópico Edição deste Manual. Entretanto, não se pode estabelecer fronteiras rígidas para as notícias, como para os demais gêneros, já que esta pode admitir elementos de outros tipos jornalísticos, como a entrevista.
Escrevendo Uma Notícia Para que o desenvolvimento do texto da notícia corra de maneira apropriada, algumas condutas são fundamentais. Desde o início, o jornalista já deve ter em mãos todo s material que será utilizado por ele para redigir a notícia, organizando-se de forma a não precisar passar por interrupções durante sua escrita. Para o início da pesquisa que deve pautar o texto da notícia, o jornalista deve ter em tópicos os pontos fundamentais a serem abordados, visando a melhor compreensão pelo público alvo. Assim, deve garantir que possui as informações que respondem aos pontos levantados, sendo que estas podem ser provenientes de pesquisas, entrevistas, fontes de informação, etc. A melhor forma a ser adotada, tanto para a obtenção das informações quanto para escrever a notícia, é responder a seis questões: O QUÊ, QUEM, QUANDO, ONDE, COMO e POR QUÊ. Além disso, sempre que se usa o elemento entrevista como fonte de informação é preciso coletar os dados pessoais do entrevistado que sejam relevantes para o conteúdo da notícia e se possa fazer uso de citações, se necessário. Um jornalista deve sempre procurar ouvir todos os sujeitos envolvidos no evento que deseja noticiar e, em seguida, confirmar as informações que lhe foi passada por estes. Para a redação da notícia, recomenda-se a construção de parágrafos que respondam as perguntas já acima mencionadas. É importante situar tais
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respostas nos primeiros parágrafos incluindo, por último, informações adicionais que sejam relevantes. Além disso, é fundamental o uso de uma linguagem jornalística: formal e com vocabulário extenso, mas balanceado com a simplicidade, tendo em mente atingir um maior público. Aconselha-se que todo o cabeçalho inicial – antetítulo, título, superlead – seja feito por último, possibilitando ao jornalista uma releitura de sua notícia antes de nomeá-la. Outro ponto importante a ser mencionado: uma notícia é a descrição de um evento. O jornalista não deve incluir sua opinião neste gênero jornalístico, mas relatar as informações provenientes de sua pesquisa, contextualizando os fatos e mencionando as fontes.
2. Entrevista A entrevista, enquanto técnica jornalística, deve distinguir-se da entrevista enquanto técnica de obtenção de informações por meio de pergunta a outros. A entrevista enquanto obtenção de informação é indissociável da atividade jornalística: o jornalista faz entrevistas sempre que contata fontes. No entanto, o jornalista nem sempre usa o gênero jornalístico entrevista para divulgar as informações recolhidas. A entrevista enquanto gênero jornalístico consiste na transposição das perguntas e respostas feitas durante a entrevista quando obtenção de informações. Entrevistas Pergunta-Respostas: a pergunta figura sempre no enunciado, antecedendo a resposta. Se necessário, podem ser segmentadas em blocos temáticos. Entrevistas em Discurso Indireto: o que o entrevistado diz é inserido num texto mais amplo e contextual, no qual podem ou não figurar as perguntas feitas pelo entrevistador. Visando o melhor transcorrer de uma entrevista deve-se aderir a um método previamente planejado. Marcada a entrevista e tendo já combinado o local, enumeram-se as perguntas básicas a serem feitas, que podem ser ampliadas de acordo com as respostas do entrevistado. Durante o encontro, uma
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dica é deixar o entrevistado a vontade e direcionar suas perguntas de acordo com as respostas que forem recebidas, de forma que o jornalista possa receber informações não esperadas inicialmente.
3. Reportagem O principal objetivo de uma reportagem é informar com profundidade e exaustividade, contando uma história. A reportagem é um espaço apropriado para expor causas e consequências de um acontecimento, para contextualizá-lo, interpretá-lo e aprofundá-lo, num estilo que aproxime o leitor do acontecimento. As principais características são: predominância da narração, humanização do relato, texto impressivo e factualidade da narrativa. Para que sejam atingidos os objetivos principais da reportagem faz-se necessário uma averiguação minuciosa em diversas fontes de pesquisa que tenham relação com o tema. Propondo-se ao melhor desenvolvimento para reportagem, deve-se determinar qual ângulo da história pretende-se abordar para que, a partir de então, se dê início a pesquisa, com a definição de um roteiro de trabalho em que constem os temas de pesquisa e as possíveis entrevistas. Entretanto, se ao longo da pesquisa o acesso a novas informações alterarem a abordagem que se pretende adotar, uma revisão completa do trabalho já realizado deve ser feita, se adequando ao novo contexto.
4. Artigos Artigos são publicações que não se enquadram nos restantes dos gêneros. Normalmente,
possuem
uma
natureza
interpretativa,
explicativa
e/ou
interpretativa. São assumidamente subjetivos e pessoais. A credibilidade pessoal do articulista e a pertinência do tema, em grande medida, determinam o sucesso do artigo. Artigo de Opinião: procura-se, essencialmente, opinar, por vezes com intenção persuasiva, para convencer ou levar à ação.
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Artigo de Análise: procura-se explicar, debater e interpretar um acontecimento, uma problemática, uma ideia, ou qualquer outro assunto da atualidade. Chama-se de comentário um pequeno artigo de opinião ou análise que surge ao lado de uma publicação fatual.
Edição A edição é a finalização do material redigido em produto de comunicação. As notícias já produzidas pelos jornalistas são corrigidas e organizados de acordo com normas editoriais e com o perfil da publicação. Durante a edição, as matérias são também organizadas de acordo com a relevância. As mais importantes ganham papel de destaque. É nesse momento que se decide se a matéria será um texto grande ou breve registro, se terá ou não fotografia, etc. As notícias seguem uma estrutura fixa:
Antetítulo
Cabeça
Título Superlead
Lead
Corpo Texto
Antetítulo: Pequena frase com, no máximo, cinco ou sete palavras cuja função é introduzir a notícia, de modo que o leitor entenda imediatamente do que se fala.
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Título: Anunciam o texto jornalístico. É importante, pois é o que chama a atenção do leitor à leitura. Deve conter palavras-chave. Superlead: Explica, reforça, completa e/ou enquadra no tempo e no espaço as mensagens do título. Lendo o superlead, o leitor deve enteder do que trata a notícia. Não deve repetir palavras nem do título e nem do antetítulo. Lead: Primeiro parágrafo da notícia, deve responder seis questões importantes: o quê, quem, quando, onde, como e porquê.
1. Pirâmide Invertida A técnica da pirâmide invertida consiste em colocar no lead o clímax, a informação mais importante e ir diminuindo gradualmente o interesse da notícia. No lead estão todas as informações que fazem parte da notícia e, em seguida, são apresentados os pormenores necessários à melhor compreensão do acontecido. Quanto mais longe do lead, mais longe da ação, mais perto da compreensão. A qualidade do modelo está em: captar interesse, facilidade de leitura e poupança de tempo (não é necessária a leitura completa do artigo para uma ideia geral do acontecimento).
2. Construção por Blocos Nessa técnica se pratica um lead atrativo ao estilo da pirâmide invertida, mas não é crucial que o lead contenha o clímax da notícia. É seguido por uma descrição dos outros elementos, não necessariamente em ordem decrescente de importância. A informação é distribuída por parágrafos autônomos ou por seções autônomas.
Diagramação A diagramação do jornal deve ter em conta a hierarquização das notícias: a posição ocupada por estas varia dada sua relevância e ligação com a notícia que esteja posicionada ao redor. O espaço ocupado por cada uma deve pesar de
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acordo com sua importância: assim, o uso de uma manchete principal, seguido por títulos de outras notícias importantes na capa do jornal, deve ter em vista o uso ou não de imagens, considerado o tamanho da capa e a busca por uma diagramação equilibrada entre os elementos de texto e imagem. Tendo em mente a identidade visual da agência simulada para o uso de uma diagramação similar é essencial. Para o cabeçalho de todas as páginas, inclua dados básicos, como o nome do jornal, a data de publicação e o número da página.
Logo do Jornal Simulado
NOME DO JORNAL Ed. 001
Pág. X São Bernardo do Campo, XX de janeiro de XXXX
Disclaimer: As notícias deste jornal são simuladas em função do SOOI-UFABC
No rodapé, incluir em todas as páginas do jornal a seguinte colocação:
Simulação de Organismos e Organizações Internacionais Universidade Federal do ABC
Quanto às páginas interiores do jornal, é importante que se dê atenção ao uso de imagens, de forma que estas destaquem o interesse do leitor pelo texto. Estruture o texto em colunas, com o cuidado de não misturar as notícias. Para a diagramação das notícias, se contiverem subtítulos é importante dar destaque a este. Além disso, também pode-se usar caixas de texto dentro de uma notícia, seja para dar explicação de algo que a notícia contém, seja para inserir outro viés à notícia apresentada. É fundamental colocar os créditos para o jornalista de cada notícia, bem como para os fotógrafos cujas imagens forem utilizadas. Para os primeiros, insira o nome no início ou fim da notícia; já para os últimos, insira o nome na caixa de legenda que acompanha a foto.
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Por fim, na última página do jornal, reserve um espaço para incluir o nome de todos os integrantes do staff, bem como sua função dentro da agência simulada.
Recomendação: fonte Times New Roman, tamanho 12.
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MÍDIA AUDIOVISUAL A mídia audiovisual diz respeito a todo meio de comunicação em que há a utilização conjunta de elementos visuais (imagens, fotografias, desenhos, gráficos, esquemas, etc.) e sonoros (música, voz, efeitos sonoros, etc.). Uma mídia audiovisual é toda aquela que pode ser vista e ouvida ao mesmo tempo. A linguagem audiovisual é resultante de três tipos de linguagem: verbal, sonora e visual, que em conjunto transmitem uma mensagem específica. Projetada para ser percebida ao mesmo tempo pelos olhos e pelos ouvidos, a mídia audiovisual possibilita o envolvimento de quem a assiste, onde o espectador não necessita recriar uma realidade imaginada.
Jornal Televisivo Ainda hoje, a televisão é o mais poderoso meio de comunicação em massas. Engloba som e imagem, mas é na segunda em que se concentra seu poder. Na construção de uma peça jornalística para televisão, a concentração deve se dar na imagem. O repórter e o cinegrafista devem compreender as necessidades de recolher uma boa imagem e o significado de cada uma, junto a um bom discurso.
Imagem "Uma imagem vale mais do que mil palavras." É a imagem que permite prender as pessoas e é o que diferencia a imprensa e o radio. É essencial transmitir a emoção contida na imagem e esta possui um estilo de narração próprio. Não deve haver margens para dúvidas no jornalismo televisivo (na mídia audiovisual) e se, algumas vezes, as imagens parecem mais fortes que palavras, o texto não deve ser desprezado. Deve-se conciliar boa imagem com um bom texto. A gravação de uma matéria depende de diversos fatores. A comunicação do repórter relaciona-se à sua voz, olhar, gestos e à empatia. O relacionamento
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com a câmera deve ser familiar, mantendo expressão agradável e evitando gesticular exageradamente. A escolha do enquadramento deve se adequar ao tipo de reportagem. Já a escolha da locação, também de importância máxima, deve ser baseada na procura de local calmo, com o mínimo possível de ruído.
1. Iluminação Uma boa iluminação constitui um aspecto fundamental para o meio audiovisual. Por isso, é essencial que a equipe procure no terreno as melhores condições de trabalho possíveis, tendo em mente as diferenças entre filmagem em ambientes fechados e em ambientes abertos. Em lugares abertos, deve-se levar em consideração a posição do sol para o posicionamento da câmera, contrário a este. Em lugares fechados, o cuidado deve ser em relação à lâmpada do local, de forma que o repórter e seus entrevistados não se posicionem embaixo desta.
Redação Para elaborar uma redação direcionada ao meio audiovisual, é importante ter em mente o tempo de gravação. Antes do início das gravações, a análise das informações por parte do repórter é essencial para que este pronuncie um discurso coerente, com o uso de palavras formais, mas simples, de forma que as informações estejam claras para o telespectador. 1. Peça A história contada no meio audiovisual é chamada de peça. Deve compreender começo, meio e fim, criando narrativa lógica e direta que proporcione ao telespectador o entendimento da história transmitida. O tempo de transmissão pode variar, porém, se a peça for direcionada a um jornal televisivo, é interessante que estas sejam distribuídas de acordo com o peso da notícia, contando com aproximadamente um minuto e meio. Recomenda-se que a peça seja escrita de acordo com a ordem cronológica dos fatos, anunciando todo o ocorrido, mas destacando o ponto mais
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importante da notícia. Os princípios de construção do texto incluem: o que está em causa, antecedentes e consequências reais ou potenciais.
2. Picos Um dos ensinamentos básicos do jornalismo é a pirâmide invertida (vide seção 1.4.1), que diz que a notícia deve ser construída desde o mais importante até o menos importante. Entretanto, aplicar essa mesma técnica numa peça audiovisual é torná-la melancólica e chata. As peças audiovisuais devem ser construídas de forma a ter "picos", de forma a cativar o público de modo contínuo. O trabalho de campo deve ser feito da mesma forma que o usado para a Pirâmide Invertida. Contudo, ao final, o texto da notícia será redigido construindo a peça com "picos" de interesse. Seguindo uma linha narrativa, deve-se buscar responder as já mencionadas perguntas (o quê, quem, quando, onde, como e por quê), utilizando referências já conhecidas pelo telespectador. Ao fim do texto, recomenda-se uma síntese da informação principal, fechando o texto e recuperando, para o telespectador, as principais informações repassadas.
Locução Para o meio audiovisual, tão importante quanto às imagens, é a locução do discurso apresentado. Assim, uma locução de qualidade se faz essencial para que o telespectador entenda claramente a mensagem que está sendo transmitida. Deve-se atingir uma velocidade razoável para a locução, respeitando as pausas exigidas pela pontuação e pronunciando corretamente toda a palavra, enfatizando as palavras-chaves para uma percepção mais rápida do conteúdo da notícia.
Edição O trabalho do editor é juntar as partes de uma mesma notícia, de modo a formar um todo coerente com o que se deseja transmitir como informação. Pode-se escolher adicionar imagens de outras notícias já veiculadas, bem como
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qualquer outra imagem pertinente e de autoria da agência, para formar o todo que se procura transmitir naquele momento. Durante o trabalho de edição, devem-se incluir, no início ou final da peça, os nomes dos repórteres e dos cinegrafistas, de forma a dar crédito ao trabalho destes. Já o nome do entrevistado deve ser colocado na tela de acordo com o momento em que este aparece na imagem. Além disso, é responsabilidade da edição a posição das notícias dentro do jornal, seguindo uma linha lógica para essa organização e levando em conta: o tempo total de cada bloco, o tempo de cada notícia e as possíveis ligações entre elas.
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REFERÊNCIAS INNIS, Harold. O viés da comunicação. Petrópolis-RJ: Vozes, 2011, p. 103.
MELO, Débora et al. Manual Básico de Mídia Impresso. Sergipe. Disponível em: <http://www.midiajovem.se.gov.br/arquivos/94/manual_midia_impressa.pdf>. Acesso em: 27 de abril de 2014.
SOUSA, Jorge Pedro. Elementos de Jornalismo Impresso. Porto: BOCC, 2001, p.523.
Disponível
em:
<http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-
elementos-de-jornalismo-impresso.pdf>. Acesso em: 27 de abril de 2014.
VIANA, Bruno César. Mídia Impressa: o dispositivo. IN: Encontro Nacional de História
da
Mídia
-
UFOP,
IX,
Ouro
Preto-MG.
Disponível
em:
<http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gthistoria-da-midia-impressa/midia-impressa-o-dispositivo>. Acesso em: 27 de abril de 2014. Guia Técnico de Jornalismo – MUNDI. Campina Grande – PB. Disponível em:
<http://www.youblisher.com/p/558379-Guia-Tecnico-de-Jornalismo-
MUNDI/> Acesso em: 27 de abril de 2014.
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