CADERNO EDUCATIVO "BIRUTA E OSÓRIO NO MORRO"

Page 1

BirutA e os贸rio no morro



Biruta e osório no morro Alberto Martins Ilustrações Luise Weiss O Rio de Janeiro no tempo do morro do Castelo Glória Kok

Fotos Acervo Instituto Moreira Salles

Caderno educativo produzido por ocasião da exposição Rio: primeiras poses - Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930)

2015


4


BIRUTA E OSÓRIO NO MORRO

5


6


ta feita r e c e u q Deu-se o passad o p m e t o o hรก muit e Janeir d o i R do as ruas l e p u o and aรงado. r g n e , e t diferen um cรฃo

7


Ă€s vezes, abanava a cauda e mostrava os dent es; outras vezes, pens ava e falava que nem ge nte.

8


) u nome e s o e s (era es s ruas a l e p o lt iver so v a v a r s ado calรงada e s e t s. do pos hecido n o c s farejan e d novos, s o r i e h ec atrรกs d

Biruta

9


Dizem q ue ele e ra tão b om niss que era o capaz d e dizer à distân se um b cia airro tin ha cheir o doce azedo, s algado o u ardido .

10


na...

i esqu a m u irar v o ia, a Um d

11


e cara d tarda. u s e o d m a t e u rd Bir cote co a p e d gran com um

12


No papel de embrulho estava escrito: e nvelop e e t s e certo: r o e รง d e r r e p de ao en d ia eu e t m n u e Se tam m e d ia i o e lev io r Osรณr o t u o o D rio Sala d er vatรณ s b O l ia o Imper Cas tel o d Mor ro a: esqueรง e m : S P eu e que x i e pensa! d m o c Nรฃo e a r le um a v o s is

13


ra a soube c n u n a t Biru castelo m u a i v ha a cidade u s morro m m e u e d que lto ava no a c i f 么mico! o n l o e t r t s s a a c o e ri que ess bservat贸 o m u a nh morro ti e s s e n que 14


Mas — curioso e intere sseiro — para ob ter sua recomp ensa ele esta va disp osto a revira r todo o Rio de J aneiro!

15


fofinhos m e b s lo de chine r: s e r a p de trota o dois d a s n ca tivesse s e o d n a para qu frente a d s a t a p para as um par de trรกs s a t a p s ra a outro pa

1

16


E enquanto farejava ia pensando no que gostaria de ganhar:

2

de plástico o h in d u n a um c e sarjetas s a ç o p e d água para beber bochechas s a u s s a r a sem melec

3 uns

bons

tamp

ões d e ou vido ter d e ou tanto vir a s gri toda tos, hora guin chos e bu zina s! para

não

17


Cheira daqui, cheira dali Biruta chegou ao alto de uma ladeira diante de um prédio muito imponente. Parecia um labirinto. Tinha dezenas de portas e, no alto de uma delas, havia uma placa:

Imperial Observatório do Rio de Janeiro

E, logo abaixo, um bilhete escrito à mão:

rio ó s O r o t u o D Sala do rdo! u s é e l e e u o q Fale bem alt 18


19


aquilo Então Biruta fez nha que desde crianci

da categoria: to m co r e z fa ia sab e latidos deu meia dúzia d o mordidos tão profundos, tã até um prego que, ao ouvi-los, deira enterrado na ma cabeça! tremia dos pés à

20


Um minuto de silĂŞncio.

21


Então a porta se abriu e, de lá de dentro, veio uma voz: “Pois não?”

Primeiro apareceu um pé depois a franja de um roupão e, em seguida, uma redonda e reluzente careca.

O dono da careca deu um enorme bocejo e Biruta viu à sua frente um homem grande e simpático com a cara amassada de quem acaba de acordar.

Parecia um desses cientistas malucos que comem, dormem, pensam e sonham dentro do laboratório.

Ah, esse devia ser o Doutor Osório! 22


23


24


Ele ficou tão contente quando viu o pacote que nem saudou Biruta.

Abriu imediatamente o embrulho e logo foi tirando pinças, tubos de ensaio e pequenos frascos cheios de líquidos e pós curiosos...

Tinham cheiro de sal, vinagre, açúcar!

25


“O senhor deve ser um grande cozinheiro parece que vai preparar uma salada...” disse Biruta um tanto decepcionado pois as saladas não eram o seu prato preferido.

Mas o Doutor Osório não respondeu. Voltando-se para o cachorro disse de supetão:

“Não me esqueci de sua recompensa mas agora estou muito ocupado. Dê um passeio pelo morro e volte depois das nove.”

Mal acabou de falar, virou as costas e sumiu atrás da porta.

26


27


A princípio, Biruta ficou desorientado.

ranja a l a ia um c e r a p . melo o sol r a a r m o e lá f bora ó Mas b a de ques o t com

28


Por qu e n達o d ar uma volta e desc obrir q ue mor ro era e qual aquele seria o Castelo ?

29


Mal deu dois passos Biruta se viu no meio de uma praça cercado de crianças que corriam atrás das galinhas. Do outro lado, longe das quatro linhas as lavadeiras recolhiam os lençóis postos para secar. 30


Biruta achou aquilo divertido e resolveu perambular.

31


32


33


34


Ainda havia muito dia pela frente e Biruta era um cachorro que gostava de gente.

Entrou numa casa de italianos brincou com dois meninos portugueses tomou parte na conversa de uma famĂ­lia de angolanos.

35


36


Fuรงa daqui, fareja de lรก Biruta descobriu coisas curiosas.

37


Naquele morro a grama cheirava cor-de-rosa.

Um riacho atrรกs da represa tinha cheiro azul-turquesa

e as pedras do muro velho exalavam um perfume vermelho e amarelo.

38


39


40


De repente uma garota o convidou para pular amarelinha

mas no mesmo instante uma flauta e um pandeiro atacaram uma marchinha!

Ent達o Biruta entendeu que no morro do Castelo o dia era um grande novelo feito de muitas linhas.

41


42


43


Quando chegou ao laboratório o Doutor Osório já estava à sua espera e o conduziu por uma escadaria até o ponto mais alto do Observatório.

Lá havia um terraço com a mesa posta duas cadeiras, vários sucos e muitas tortas.

Mas o mais importante — coisa de dar coceira no nariz e na língua — era uma bandeja repleta de uma linda coleção de salsichas.

Eram salsichas e linguiças de todos os tipos! Tantas que podiam alimentar um exército faminto. Ah, esse sim era seu prato preferido! 44


45


Osório e Biruta jantaram no terraço à luz das estrelas. Abaixo deles, brilhava a cidade com todas as luzes acesas.

Muito animado, Osório foi contando a Biruta sobre o seu trabalho.

Toda noite ele se levantava e ia espiar o céu através de um grande telescópio. Daí anotava com cuidado a posição e o movimento das estrelas.

“Elas são muito passeadeiras” disse Osório, limpando os óculos. 46


. iruta B t贸rio u a o v v r e e l s E o Ob r e c e conh para

47


48


Aquela noite, o cientista e o cachorro ficaram muito amigos. Biruta soube que o Doutor Osório além de astrônomo era aprendiz de fotógrafo.

Descobriu ainda que o amigo era um surdo relativo.

Isto é: era surdo para certas coisas; para outras, tinha ouvido ultrassensível.

E falaram sobre tudo e sobre nada até de madrugada.

49


Passou-se uma semana e Biruta continuava no morro instalado no Observatório.

Uma tarde, enquanto Osório dormia (afinal, ele trabalhava de noite e descansava de dia)

Biruta virou o telescópio não para o céu mas para a cidade e a baía.

50


51


52


53


54


55


56


57


58


59


60


61


62


Biruta gostou tanto daquilo que este se tornou seu passatempo preferido:

63


de noite, Os贸rio espiava as estrelas de dia, Biruta espiava o Rio de Janeiro!

64


65


66


67


68


69


70


71


Certa manhĂŁ ele viu entrar na baĂ­a um grande navio e pendurado nos seus mastros uma multidĂŁo de marinheiros.

72


73


74


A vis達o despertou em Biruta uma vontade maluca de conhecer o mundo inteiro.

75


Biruta deixou um bilhete e despediu-se do Rio de Janeiro...

76


77


e ais tard m s o n a Muitos mundo o l e p ar de viaj s i o p e d nguas í l s a i r er vá aprend o , o Japã a i d n Í a visitar acatoa r C e d ilha e até a rasil. B o a u volto Biruta

78


79


ez isa que f o c a r i e A prim . o Os贸rio g i m a o r ra foi procu ! decep莽茫o e u q s a M ? ervat贸rio s b O o a av Onde est lo? do Caste o r r o m ava o Onde est . do no ar i m u s m Tinha o farelo. d a r i v m Tinha 80


81


Inconformado Biruta andou de um lado para outro até que, num beco, deu de cara com um letreiro que dizia

OSÓRIO PÁPRIKA ESTÚDIO FOTOGRÁFICO

82


Bateu na porta e quem abriu foi um antigo morador do morro. Este ficou contente pois logo reconheceu o cachorro.

Ele contou que o Doutor Osório tornara-se um fotógrafo muito famoso requisitado em todo o Brasil do Oiapoque ao Chuí.

No momento ele estava fora fotografando pinturas rupestres lá no Piauí!

83


84


a ma cart u a t u r i B ra para a x i e d , im-tim Por茅m t r o p m -ti ava tim r r a n l a na qu passado e s a i v a ue h tudo o q io ervat贸r s b O u e em s lo o Caste d o r r o do m no alto Janeiro. o d o i R e do na cidad ist贸ria h a s s e r a conta ! Mas par tinteiro o r t u o o abrir 茅 precis

85


86


87


88


O RIO DE JANEIRO NO TEMPO DO MORRO DO CASTELO

89


90


A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada por Estácio de Sá, em 1º de março de 1565, entre o morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar. Dois anos depois, o terceiro governador-geral, Mem de Sá, mandou transferir o núcleo inicial de ­povoamento da Vila Velha, na Urca, para o morro do Castelo, que, com seus 64 metros de altura, era um lugar mais seguro para a implantação da cidade.

Vista do cais Pharoux, praça XV de Novembro; ao fundo, morro do Castelo e o Pão de Açúcar

Selo comemorativo “Estácio de Sá”, lançado pelos Correios em 1965

91


Vista do Passeio Público, do morro do Castelo, da igreja de Nossa Senhora da Lapa, com a praia e a igreja de Santa Luzia ao fundo, tomada de Santa Teresa

Quatro ruas levavam até o alto do morro: São José, Santa Luiza, México e Misericórdia, formando o primeiro traçado urbano do Rio de Janeiro. Além do forte de São Sebastião, que deu origem ao nome do morro pela semelhança com um castelo, foram construídos a igreja de São Sebastião, a Casa da Câmara (sede administrativa municipal), a cadeia e o complexo jesuítico formado pela igreja de Santo Inácio de Loiola, o Colégio dos Jesuítas, oficinas, cozinha, biblioteca, farmácia e enfermaria. 92


Depois que os jesuítas foram expulsos por ordem do marquês de Pombal, em 1759, muitos edifícios ­foram abandonados, e correu a lenda de que, antes de deixarem às pressas o morro do Castelo, os jesuítas teriam escondido tesouros, o que levou muita gente a escavar quintais e encostas à procura de riquezas, que nunca foram encontradas.

Morro do Castelo, com o Pão de Açúcar ao fundo

93


Sobre as ruínas do colégio e da antiga igreja dos jesuítas, foi instalado, em 1846, o Observatório Imperial, que tinha uma coleção de instrumentos para estudar o céu, medir as estrelas, regular os cronômetros, observar e registrar diariamente os fatos meteorológicos. Por volta dessa época, a igreja de São Sebastião passou para as mãos dos capuchinhos, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, também conhecidos como “barbadinhos”, que tinham fama de milagreiros ou, no dizer popular, de “espanta enguiço”. A crença na boa sorte trazida pelos capuchinhos, além da fama do macumbeiro João Gambá e da cabocla cartomante Bárbara, levava muita gente a subir o morro para receber bênção, ouvir conselhos, pagar promessa e oferecer ex-votos. No início do século XX, por ordem do prefeito Pereira Passos, que comandou o projeto de “modernização” da cidade do Rio de Janeiro, foi aberta a avenida Central (atual Rio Branco), uma avenida larga, como as que haviam sido abertas há pouco tempo em Paris. Para isso, foram demolidas todas as casas de uma das encostas do morro do Castelo (onde hoje se encontra a Biblioteca Nacional), numa reforma que ficou conhecida como “Bota-abaixo”. 94


Avenida Central, atual avenida Rio Branco; destaque para o palácio Monroe à esquerda

95


96


Mesmo parcialmente destruído, o morro do Castelo contava, em 1921, com 408 imóveis, onde viviam cerca de 4.200 moradores, em sua maioria imigrantes de várias nacionalidades, ex-escravos e mestiços. Eles exerciam diversas profissões e ofícios. Eram alfaiates, parteiras, sapateiros, músicos, engenheiros, arquitetos, artistas, operários, domésticas, lavadeiras, carregadores, farmacêuticos, costureiras, comerciantes, vendedores, entre outros. A vida ali, diziam os moradores, era “um lugar de alegria”, com escola, hospedaria e telégrafo. Havia muitas festas, procissões, músicas e danças. As crianças brincavam nas ruas de roda, pião, bola de gude, amarelinha, pipa, berlinda e futebol.

Morro do Castelo e a ladeira da Ajuda

97


Morro do Castelo, durante processo de arrasamento; destaque para a retirada de terra com o auxílio de vagões de trem.

Apesar disso, as autoridades viam o morro do Castelo como um entrave à modernidade, à higienização e à segurança. Era chamado pela imprensa de “infecto monturo”, “pólipo”, “feio cocuruto”, “quisto” e “dente cariado”. Em 1920, o então prefeito Carlos Sampaio decretou o arrasamento do morro e a desapropriação de todos os terrenos e edifícios, sem se preocupar com o destino dos moradores, que foram obrigados a deixar suas casas. Uma grande parcela da população, na impossibilidade de adquirir moradia, foi morar nos subúrbios ou nas favelas da cidade. 98


Demolição do morro do Castelo; no alto do morro, as ruínas da igreja de São Sebastião.

99


100


O desmanche do morro do Castelo, que durou de 1921 a 1924, foi feito por numerosos operários, vários guindastes, jatos de água e vagões de trens para retirada da terra,

Morro do Castelo durante o processo de arrasamento; destaque para o uso de jatos de água para a remoção de terra

posteriormente utilizada no aterro do aeroporto Santos Dumont e em outros aterros da região.

À esquerda, vista da demolição do morro do Castelo, tomada de frente do antigo observatório

101


Sobre a esplanada vazia que substituiu a topografia do morro, instalou-se, temporariamente, a Exposição Internacional do Centenário da Independência de 1922, que recebeu milhões de visitantes.

Esplanada resultante do arrasamento do morro do Castelo

102


103


Do morro do Castelo, apenas o sopé da ladeira da Misericórdia, com seu calçamento original, resistiu às demolições. Mas a memória do morro, com seu castelo inexistente, se mantém como um sonho na imaginação dos cariocas e na história da cidade do Rio de Janeiro.

Vista aérea do Rio de Janeiro, da praça Mauá para a zona sul, tendo ao fundo o Pão de Açúcar

104


105


106


Vista externa da exposição Rio: primeiras poses, no Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro Foto: Ailton Silva

107


A exposição Rio: primeiras poses - Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930) foi concebida especialmente pelo IMS para as comemorações dos 450 anos da fundação da cidade do Rio de Janeiro. A mostra apresenta 450 obras, entre fotografias, negativos, álbuns e estereotipias originais, associadas a imagens digitalizadas a partir do acervo do Instituto Moreira Salles e de autoria de vários fotógrafos que documentaram a cidade por quase um século: Augusto Stahl, Revert Henry Klumb, Victor Frond, Georges Leuzinger e Marc Ferrez, entre outros.

108


As imagens escolhidas servem não só como homenagem aos fotógrafos que, com seus registros, nos deixaram vistas e poses de um período tão decisivo para a cidade, mas também como um convite à imersão na paisagem e na vida da cidade por onde circulavam d. Pedro II, Machado de Assis, Chiquinha Gonzaga, Pereira Passos, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, João do Rio e tantos outros. Rio: primeiras poses - Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930) De 28 de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2016

Vistas internas da exposição Fotos: Ailton Silva

109


Fotografias do Acervo Instituto Moreira Salles incluídas neste livro

CAPA Augusto Malta/Coleção Gilberto Ferrez Vista de Botafogo e Pão de Açúcar, c. 1910 Rio de Janeiro 18,1 x 24,1 cm

Imagens do texto “Biruta e Osório no morro”

110

PP. 51, 52-53

PP. 54-55

Georges Leuzinger Praia de Botafogo, c. 1865 Rio de Janeiro 27,4 x 37,7 cm

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez Vista da Glória com o Pão de Açúcar ao fundo, c. 1890 Rio de Janeiro 10,4 x 24 cm


PP. 56-57

PP. 58-59

Marc Ferrez Quitandeiras, c. 1875 Rio de Janeiro 15,8 x 22,1 cm

Georges Leuzinger Arcos da Lapa e Glória, c. 1865 Rio de Janeiro 19,2 x 24,1 cm

PP. 60-61, 62 e 65

P. 67

Augusto Malta Bonde na rua do Catete, com destino a Águas Férreas, c. 1920 Rio de Janeiro 17,6 x 23,4 cm

Augusto Malta Crianças fantasiadas para o carnaval, 1913 Rio de Janeiro 22,4 X 16,7 cm

111


112

PP. 68-69

PP. 70-71

Marc Ferrez Arcos da Lapa, outeiro da Glória, Santa Teresa e Corcovado vistos do morro do Castelo, c. 1890 Rio de Janeiro 21 x 37 cm

Marc Ferrez Panorama do centro do Rio visto do morro do Castelo; em destaque, o entorno da praça XV e a igreja de São José; ao fundo, a ilha das Cobras, c. 1890 Rio de Janeiro 21 x 37 cm

PP. 72-73

PP. 74 e 77

Georges Leuzinger Vista do porto e da alfândega do Rio de Janeiro, c. 1865 Rio de Janeiro 18,5 x 23,7 cm

Augusto Malta/Coleção Gilberto Ferrez Cruzador Almirante Barroso, 1888 Rio de Janeiro 24 x 30 cm


Imagens do texto “O Rio de Janeiro no tempo do morro do Castelo”

PP. 86-87, 88-89

PP. 90-91

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez Morro do Castelo a partir do morro de Santo Antônio, c. 1890 Rio de Janeiro 24 x 30 cm

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez Entrada do Rio de Janeiro, vendo-se o cais Pharoux e adjacências, c. 1875 Ilha das Cobras, Rio de Janeiro 18 x 24 cm

P. 92

P. 93

Marc Ferrez/Coleção Gilberto Ferrez Vista do Passeio Público, c. 1885 Rio de Janeiro 16,1 x 22,3 cm

Augusto Malta/Coleção Gilberto Ferrez Morro do Castelo, 14/11/1921 Rio de Janeiro 22,9 x 28,9 cm

113


114

PP. 94-95

PP. 96-97

Augusto Malta/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil Avenida Central, atual Rio Branco, vendo-se o palácio Monroe ainda em construção, ainda sem os leões, 27/10/1926 Rio de Janeiro 22,5 x 28,5 cm

Augusto Malta/Coleção Gilberto Ferrez Morro do Castelo e ladeira da Ajuda, 1906 Rio de Janeiro 15,4 x 23,6 cm

PP. 94-95

PP. 98-99

Augusto Malta Morro do Castelo, 15/02/1923 Rio de Janeiro 17,4 x 23,1 cm

Augusto Malta Demolição do morro do Castelo; no alto do morro, as ruínas da Igreja de São Sebastião, 14/10/1922 Rio de Janeiro 17,4 x 23,1 cm


P. 100

P. 101

Augusto Malta Vista da demolição do morro do Castelo, tomada da frente do antigo observatório, 05/05/1923 Rio de Janeiro 17,1 x 21,8 cm

Augusto Malta Morro do Castelo, 30/08/1922 Rio de Janeiro 17,4 x 23,1 cm

PP. 102-103

P. 105

Augusto Malta Esplanada resultante do arrasamento do morro do Castelo, 17/09/1922 Rio de Janeiro 17,3 x 23,5 cm

Augusto Malta/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil Vista aérea do Rio de Janeiro, da praça Mauá para a zona sul, tendo ao fundo o Pão de Açúcar, c. 1929 Rio de Janeiro 17 x 30,4 cm

115



INSTITUTO MOREIRA SALLES AÇÃO EDUCATIVA Rio: primeiras poses — Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840–1930) 28 de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2016

Coordenação de Pesquisa e Educação Ana Luiza Nobre

Rio de Janeiro Supervisoras Maíra Ribeiro Spilak Janis Clémen Educadores Ana Elisa Yuri Katayama Dalloz Dally Velloso Lemos Schwarz Jhonny Medeiros Miranda Estagiária Caroline Bellangero

EXPOSIÇÃO Concepção, curadoria e desenvolvimento Coordenadoria de Fotografia - IMS

CADERNO EDUCATIVO Concepção e coordenação geral Ana Luiza Nobre Organização Paulo Portella Filho Textos Alberto Martins “Biruta e Osório no morro”

São Paulo Educadoras Laura Chagas Maralice Camillo

Glória Kok “O Rio de Janeiro no tempo do morro do Castelo”

Ilustrações Luise Weiss

Poços de Caldas

Projeto Gráfico Marina Ayra

Educadora Isabela Brasileiro

Fotos Acervo do Instituto Moreira Salles



Nota sobre os autores

Alberto Martins é escritor e artista plástico, nasceu em Santos, SP, em 1958. Formado em letras e artes visuais na USP, é autor de vários livros, entre eles A história de Biruta (2008), ilustrado com aquarelas de Debret; a peça Uma noite em cinco atos (2009); Em trânsito (2010) e outros. Seu livro Lívia e o cemitério africano (2013) ganhou o Prêmio APCA de Melhor Romance do Ano.

Glória Kok é formada em filosofia e história social na USP, com pós-doutorados no Departamento de Antropologia da Unicamp e no Departamento de Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Nasceu em São Paulo, em 1959. Autora de vários livros sobre história e cultura brasileira, dedica-se a lecionar, escrever e pesquisar. Em 2013, trabalhou no projeto de remodelação do Museu da Imigração do Estado de São Paulo.

Luise Weiss é artista plástica e professora. Nasceu e mora em São Paulo. Já ilustrou muitos livros para crianças e recebeu prêmios por isso. É livre-docente em poéticas visuais pela Universidade de Campinas (Unicamp), onde leciona disciplinas de desenho e gravura na graduação e pós-graduação. Já participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Como trabalho de arte, desenvolve projetos de livros de artista, gravuras e pinturas. Sua última exposição individual foi no Masp, em 2010.

Marina Ayra é arquiteta, artista plástica e designer gráfica. Mostrou seus desenhos e pinturas em exposições no Brasil e no exterior. Como designer, atua há mais de dez anos nas áreas da cultura e educação, com foco em livros e exposições de arte, ocorridas na Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAM-SP, CCBB, Museu da Casa Brasileira, MAB-Faap, Palácio das Artes, MON, Fundação Iberê Camargo, entre outros.


www.ims.com.br

Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea Tel. (21) 3284-7400 • (21) 3206-2500

São Paulo Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis Tel. (11) 3825-2560

Poços de Caldas Rua Teresópolis, 90, Jardim dos Estados Tel. (35) 3722-2776


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.