Dossiê Thomaz Farkas, por Andrea C. T. Wanderley

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O fotógrafo, cineasta, empresário, professor e galerista Thomaz Farkas, um “otimista delirante”

Andrea C. T. Wanderley

Outubro de 2024

“Gosto das imagens, elas produzem encantamento. Para mim elas funcionam como memória. E a memória é uma coisa muito importante”

Índice

“Os fotógrafos conseguem transformar sentimentos em imagens”

Telhas, 1945

“Pra mim a pessoa é, talvez, a coisa mais importante dentro da fotografia. Acontece que muitas fotografias não têm pessoas aparentes, mas eu sempre imagino que tem uma pessoa atrás. Por exemplo, tem uma fotografia de telhas, uma porção de telhas. Eu imagino não só as telhas, mas quem é que mexe com as telhas? Cadê o operário? Não está, mas estava lá”

Perfil – 4 a 16

Cronologia – 17 a 233

Canal Thomaz Farkas / Filmes – 234 a 237

Exposições Fotográficas – 238 a 291

Livros – 292 a 302

Novidades Fotoptica / Revista Fotoptica – 303

Várias marcas / logotipos da Fotoptica – 304

Prêmios – 305 a 319

Principais mostras de sua obra cinematográfica – 320 a 327

Citações sobre Thomaz Farkas – 328 a 341

Obs: 1 - As informações dos capítulos Exposições Fotográficas, Livros, Prêmios e

Principais mostras de sua obra cinematográfica estão na Cronologia. Os referidos

capítulos foram criados para facilitar futuras pesquisas.

2 – A maioria das informações sobre os antepassados de Thomaz foram obtidas em um relato que seu tio, Ladislau Farkas, fez a ele, em 1985.

Acesse aqui as fotografias de autoria de Thomaz Farkas disponíveis na base de dados do Instituto Moreira Salles

Gradil do Viaduto Santa Ifigênia por Thomaz Farkas / IMS

Perfil de Thomaz Farkas, um baiano de alma

“Fotografia: para mim, é o melhor jeito de aproveitar a vida. Vejam só: é ver, descobrir paisagens, pessoas, caras, grupos, ruas, fachadas, praças – todos trabalhando, brincando, folgando, comendo, dançando. Tudo isso é nossa vida: experiências vividas, olhando – e vendo –sempre, e daí, fotografando sem fim com qualquer máquina, técnica ou filme, ou sem. Mas, olhando no visor ou no reflex, tudo é uma visão que não tem fim. Todo dia é diferente: todo olhar é outro e a gente percebe finalmente que o mundo é imenso. É bom ser fotógrafo!”

Inquieto e generoso, Thomaz Farkas (1924-2011) foi um incentivador da cultura brasileira e dos brasileiros; e um apaixonado pela vida, pela arte, por sua família e por seus amigos. Em suas próprias palavras, sempre teve uma aproximação positiva com o mundo.

“Eu nunca chego pra uma pessoa com o pé atrás. Eu chego às pessoas com o pé na frente, a mão estendida, com um sorriso...a minha aproximação com as pessoas é sempre positiva”.

Multifacetado, simples e sofisticado, foi um empresário bem-sucedido, um fotógrafo talentoso e inovador – um dos pioneiros da fotografia moderna no país -, um professor universitário ativo e um produtor de cinema arrojado que, na década de 60, capitaneou um grupo de jovens cineastas em uma iniciativa

Thomaz Farkas

pioneira de filmar o Brasil de verdade, realizando uma série de documentários sobre aspectos do interior do país.

“Esse era o princípio da coisa: como é o Brasil do Norte, como é o Brasil do Sul, como posso ilustrar isso? Os filmes são do Brasil inteiro. A proposta era estudar, correr e documentar o país, em diversas fases”.

Posteriormente, essa iniciativa foi batizada pelo cineasta Eduardo Escorel (1945-) como Caravana Farkas.

A vasta e diversificada obra de Farkas, referência da fotografia moderna e do cinema documental do Brasil, capturou a essência do país.

Nascido em 17 de setembro de 1924, em Budapeste, na Hungria, filho de Desidério Farkas (1890-1960) e de Tereza Hatschek (18951953), Thomaz muitas vezes manifestou seu desejo de ter nascido na Bahia, uma de suas paixões.

“Eu fui aceito na Bahia, fui aceito. Não me recusaram. Eu queria ser o Batatinha. Ah...não o Riachão, o Batatinha”.*

Foi naturalizado brasileiro, em 1949, ano muito marcante em sua vida: casou-se, em março, com Melanie Rechulski (1929-2021), com quem teve quatro filhos, Beatriz (1951-), Pedro (1953-), João (1955-) e Kiko (1957-); e, em julho, foi aberta sua primeira exposição individual de fotografia, intitulada Estudos Fotográficos. Foi a primeira exposição de fotografia como manifestação artística realizada em um museu de arte no Brasil, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

Farkas e a fotografia

“Então, para mim, fotografia é visão. A realidade não está na fotografia”

Mas a história de Thomaz com a fotografia começou muitos anos antes, aliás, muitas gerações antes. Na Hungria, seu avô materno, o tcheco Emil Hatschek (1853-1940), possuía uma próspera loja fotográfica batizada com seu próprio nome, e a família Farkas

possuía lojas de cine-foto-ótica e laboratórios fotográficos fundados pelo ótico Nándor Hatschek - que não era parente de sua mãe apesar do mesmo sobrenome -, e por seu tio Béla (Adalberto) Farkas (1888-1944), a Hafa. Como declarou, muitos anos depois: “No meu sangue corre hipossulfito de sódio” (hipossulfito é um tipo de fixador fotográfico usado na revelação de negativos).

Seu pai, Desidério, esteve no Brasil nos primeiros anos da década de 20, quando fundou a Fotoptica, uma das lojas pioneiras na venda de equipamentos de fotografia no Brasil, que se tornou sinônimo de excelência em sua área. Voltou para a Hungria e, finalmente, em 1930, migrou com Tereza e Thomaz para o Brasil.

Em 1932, com oito anos, Thomaz ganhou de seu pai sua primeira máquina fotográfica e, nos anos 1930 até o início dos anos 1940, fotografou seus amigos, família e animais domésticos, além de fatos relevantes como a passagem do Zepellin por São Paulo, em 1936, e a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940.

Ingressou no Colégio Universitário da Universidade de São Paulo, que cursou de 1941 a 1942. Entrou, em 1943, na escola Politécnica da Universidade de São Paulo, formando-se em engenharia mecânica e elétrica, em 1947.

Associou-se formalmente, em 1942, ao Foto Clube Bandeirante, que já frequentava desde sua fundação, em 1939. Lá eram realizados debates, exposições, publicações e promovia-se o intercâmbio entre associações nacionais e internacionais. É considerado o berço da fotografia moderna no Brasil.

Ainda em 1942, na Galeria Prestes Maia, Farkas participou, em outubro, do I Salão Paulista de Arte Fotográfica, do Foto Clube Bandeirante, recebendo menção honrosa por duas das fotos que apresentou: A partida e Arquitetura. No ano seguinte, participou do II Salão Paulista de Arte Fotográfica e, de novo, foi premiado: ganhou o primeiro lugar na categoria Arquitetura com Obras humanas; na categoria Natureza-Morta, o segundo lugar com Rosas do passado; e, na categoria Composição, recebeu uma menção honrosa por Caçador precoce. Entre as décadas de 1940 e 1950, como fotoclubista, participou de muitos festivais e salões de fotografia.

Também foram associados ao Foto Clube Cine Bandeirante - como a associação passou a se chamar em 1945 - Eduardo Salvatore (19142006), Geraldo de Barros (1923-1998), German Lorca (1922-2021) e José Yalenti (1895-1967), dentre outros. São considerados, com Farkas, os pioneiros da fotografia moderna brasileira. Afinados com as vanguardas europeia e norte-americana confrontaram e inovaram, rompendo com a linguagem predominantemente pictorialista e acadêmica praticada nos fotoclubes. Buscavam, a partir de enquadramentos anticonvencionais e ângulos insólitos, uma nova estética para a fotografia.

Em 1945, Farkas registrou as comemorações pelo fim da Segunda Guerra Mundial no centro de São Paulo e seu estilo fotográfico foi se tornando mais humanista: começou a registrar, na década de 1940, cenas de esportes e de balé; além de paisagens urbanas e seus personagens. Em São Paulo, suas imagens revelam um olhar atento e íntimo em relação ao cotidiano e às transformações da metrópole. Também no Rio de Janeiro, cidade que passou a frequentar, produziu imagens de sua gente, natureza e cultura. Lá conheceu e ficou muito amigo, em 1946, do fotógrafo José Medeiros (19211990), um dos mais importantes fotojornalistas do Brasil; e do artista Sansão Castello Branco (1920-1956), além de jornalistas e pessoas ligadas à cena cultural da então capital do Brasil. Na Sociedade Fluminense de Fotografia, conheceu José Oiticica Filho (1906-1964).

Em torno de 1947, com colegas da Politécnica e amigos, dentre eles os irmãos Edmundo (1920-2011) e Vinicio Callia (1923-1994), Luiz Andreatini (1921-2001), Capote Valente (1925-2002), Eduardo Rosso (19?-?), Haroldo Jezler (1923-2018) e Marcello Grassmann (1925-2013), Thomaz realizou fotos com composições surrealistas. Segundo publicado em um artigo de sua autoria, FotografiaCaminhos Diversos, esse tipo de fotografia servia “apenas como meio a divagações psicológicas vividas e extereorizadas por um “grupo” mergulhado numa atmosfera de livres e urgentes interpretações” (Iris, agosto de 1948).

Em 1948, tornou-se membro da Comissão de Fotografia do MAM-SP e viajou, em setembro, pela primeira vez para os Estados Unidos. Encontrou-se, na Califórnia, com o importante fotógrafo norteamericano Edward Weston (1886-1958), com quem se correspondia desde 1946; e, em Nova York, visitou Edward Steichen (1879-1973), então diretor do Departamento de Fotografia do MOMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York, a quem enviou, no ano seguinte, sete

fotografias de sua autoria que, posteriormente, passaram a integrar o acervo permanente do museu. Também esteve com Maya Deren (1917-1961), cineasta experimental russa radicada nos Estados Unidos, com quem se correspondia desde 1947.

Com o fotógrafo Geraldo de Barros projetou e instalou, entre 1949 e 1950, a pedido de Pietro Maria Bardi (1900-1999), o primeiro laboratório de fotografia do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Os outros laboratórios fotográficos que montou foram o Laboratório

Fotográfico de Física da Escola Nacional de Engenharia do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, em 1951; o Laboratório Fotográfico do Instituto de Eletrotécnica da Universidade de São Paulo, em 1954; e o Laboratório Fotográfico do Instituto de Polícia Técnica de São Paulo, em 1957.

Em 1951, 1958 e 2021 fotos de sua autoria integraram exposições no MOMA.

Fotografou as celebrações do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo e com uma filmadora Kodak 16mm, de corda, registrou em preto e branco, durante cerca de seis minutos, um show de Alfredinho Flautim (1884-1958), Almirante (1908 -1980), Benedito Lacerda (1903-1958), Donga (1889-1974), Jacob Palmieri (?-19?), João da Baiana (1887-1974) e Pixinguinha (1897-1973), realizado no Parque do Ibirapuera, em 25 de abril. Mas não havia tomada de som. O filme ficou perdido por cerca de 50 anos - Farkas, por acaso, o encontrou. Marcelo Nastari, na época assistente de Coordenação do Instituto Moreira Salles, identificou as músicas que o grupo executava, Ele e eu e Patrão prenda seu gado e, em janeiro de 2004, o material foi sonorizado pelo Instituto Moreira Salles e pela Cia de Áudio e Imagem. As imagens sonorizadas podem ser vistas no documentário Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por Farkas e pelo cineasta e biólogo Ricardo Dias (1950-).

Nos últimos anos da década de 1950, Farkas foi várias vezes à Brasília, onde produziu fotos que resultaram em uma importante série de registros do Núcleo Bandeirante, das obras e do nascimento da cidade e de suas cidades-satélites, privilegiando o tema dos trabalhadores e suas moradias na periferia da cidade. Finalmente, fotografou a inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960. Nessas imagens, evidenciou-se tanto seu viés humanista como seu interesse pela linguagem do fotojornalismo. A iniciativa dessas viagens à Brasília surgiu de uma sugestão do arquiteto Jorge Wilheim (1928-

2014) e do sociólogo Pedro Paulo Poppovic (1928-), amigos de Farkas. Eles haviam sido proponentes de um dos 26 anteprojetos que participaram do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, realizado entre 1956 e 1957, que resultou na edificação de Brasília. Farkas fez esse trabalho fotográfico em torno da nova capital do país por interesse pessoal e o financiou.

“Não posso dizer que sou amador mas também não posso dizer que sou um profissional de fotografia. Sou meio marginal”.

Em 1975, convidado pelo compositor e zoólogo Paulo Vanzolini (1924-2013) participou com o cineasta Geraldo Sarno (1938-2022) de uma expedição científica ao rio Negro. Os negativos das filmagens realizadas por Farkas e Geraldo estragaram no percurso de volta da viagem – o gelo usado para conservá-los derreteu. As fotografias produzidas por Farkas, em Kodachrome, sobreviveram.

Após muitos anos sem participar de uma exposição fotográfica, Farkas foi um dos integrantes da exposição coletiva realizada na Galeria Modular, em São Paulo, em 1977, mostrando fotos da inauguração de Brasília. A exposição Thomaz Farkas, fotógrafo, que revelou sua grande produção fotográfica, foi realizada, em 1997, no MASP, com curadoria de Rosely Nakagawa (1954-). A essa exposição seguiram-se, nas décadas posteriores, diversas individuais e coletivas no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.

Com Rosely Nakagawa, Thomaz fundou, em 1979, em São Paulo, a Galeria Fotoptica, especializada em fotografia, com o objetivo de desenvolver e difundir a linguagem fotográfica, além de fomentar a valorização do mercado da fotografia. Foi palco de diversas e importantes exposições, tornando-se um destacado pólo de discussão e conversas sobre imagem, onde foram realizados seminários, encontros e exposições.

A última exposição individual de sua obra fotográfica realizada antes de seu falecimento, ocorrido em 25 de março de 2011, foi Thomaz Farkas - uma antologia pessoal, aberta em janeiro de 2011, no Instituto Moreira Salles de São Paulo.

Em 2020, pela primeira vez suas fotografias foram exibidas na Hungria, no Robert Capa Contemporary Photography Center, em Budapeste, na exposição Thomaz Farkas - o ritmo da luz, com curadoria da holandesa Claudia Küssel (1975-). Um portfólio de fotografias de Farkas foi adquirido pelo Museu de Belas Artes de Budapeste e, a partir desta aquisição, ele passou a pertencer à categoria de fotógrafos húngaros, a fazer parte da história da fotografia húngara.

Foram editados vários livros sobre sua obra fotográfica, dentre eles Thomaz Farkas, fotógrafo (1997), Thomaz Farkas: notas de viagem (2006), Thomaz Farkas, Pacaembu (2008), Thomaz Farkas - uma antologia pessoal (2011), Thomaz Farkas Memórias e descobertas (2014) e Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018).

Sua produção fotográfica transitou entre a abstração e o figurativo e também no gênero documental. Segundo o crítico de arte Lorenzo Mammi (1957-), a fotografia de Farkas é “popular sem demagogia e moderna sem violência”.

Em 1997, Thomaz definiu o estilo de suas fotos:

“Elas mudaram de estilo de acordo com a época e a vida. A gente muda, e a foto, também. Daí, a diversidade do material. No começo, foi um olhar mais inquisidor voltado para as formas. Mais tarde, a preocupação com o conteúdo e a motivação”.

Fotos de sua autoria estão nos acervos fotográficos de museus nacionais e internacionais como o MOMA, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), o MAM-SP, a Tate Modern, em Londres; e o Museu de Belas Artes de Budapeste.

Farkas e o cinema

“Folha -Por que o sr. deixou a fotografia pelo cinema?

Farkas - Ela foi um caminho para o cinema, uma procura maior para compreender a origem e a motivação dos fatos.

Não creio que o cinema seja mais ou menos importante que a fotografia. Cada um tem seu caminho e sua forma de atuação”.

Farkas sempre teve um enorme interesse em cinema. Já em 1940, ajudou seu tio Ladislau Farkas (1910-1988), irmão caçula de seu pai, em um trabalho de filmagem do passo a passo da fabricação de isoladores para telefonia, a pedido de uma empresa cujos proprietários não moravam no Brasil. Usou rolos de filme Kodak em preto-e-branco e uma câmera Bolex, importada da Hungria.

Em 1941, no Foto Clube Bandeirante, Farkas exibiu filmes cinematográficos que evidenciaram o bom gosto de seu autor. Devido ao sucesso da exibição, a diretoria da associação decidiu criar a seção de Cinema-Amadorismo. Pensou em ir para o exterior para estudar cinema, mas o fato de ser húngaro, em plena Segunda Guerra Mundial, impossibilitou a viagem.

Em 1950, Thomaz passou a frequentar os estúdios da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, e conheceu o cineasta Alberto Cavalcanti (1897-1982), o fotógrafo inglês Henry Edward Fowle (1915-1995), conhecido como Chick, e o diretor de fotografia francês Jacques Deheinzelin (1928-2018), dentre outros. Em 1954, tornou-se diretor do Departamento de Intercâmbio da Associação Paulista de Cinema (APC).

Nos primeiros anos da década de 1960, foi apresentado pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) a um círculo de pessoas ligadas ao cinema, dentre eles Vladimir Herzog (1937-1975), Geraldo Sarno e Maurice Capovilla (1936-2021). Também conheceu os cineastas Edgardo Pallero (1936-1992) e Fernando Birri (19252017), ambos argentinos e integrantes da Escola Latino-Americana de Documentários de Santa Fé; Leon Hirszman (1937-1987) e Paulo Gil Soares (1935-2000).

Foi a partir do encontro com esses cineastas que surgiu a ideia de Farkas produzir com seus próprios recursos quatro documentários de curta e média-metragem, entre 1964 e 1965. A segunda série de documentários foi produzida entre o final da década de 1960 e o início da de 1970. Nos filmes, o denominador comum era retratar aspectos da realidade brasileira. Seus temas foram o cangaço, a migração, o futebol, a escola de samba, trabalhadores, aspectos culturais, a música, a seca, a religiosidade, o artesanato.

Foi uma iniciativa pioneira, um marco formal e temático na história do cinema brasileiro e formou uma geração de documentaristas. Eles revelaram um Brasil desconhecido do eixo Rio-São Paulo.

“É o mais importante que o cinema brasileiro tem a fazer. A gente está documentando a mudança, a transformação, aquelas coisas que vão se perder se a gente não puser os olhos em cima”.

Declaração de Farkas sobre a produção de documentários

O Jornal, 19 de agosto de 1970

A iniciativa de Farkas foi também pioneira no que diz respeito à utilização de equipamentos que propiciavam uma aproximação mais discreta e sutil com os personagens dos documentários, a gravação sincronizada entre imagem e som, além de possibilitar a redução das equipes de trabalho. Segundo o crítico de cinema José Carlos Avellar (1936-2016), permitiam misturar com a vida dos homens.

Na primeira série foram produzidos os filmes Memória do cangaço (1964), dirigido por Paulo Gil Soares; Subterrâneos do futebol (1965), dirigido por Maurice Capovilla, Nossa escola de samba (1965), dirigido por Manuel Horácio Gimenez (1927-?) e Viramundo (1965), dirigido por Geraldo Sarno. Posteriomente foram reunidos no longa-metragem Brasil Verdade, lançado em 1968.

Em 1969, Farkas retomou a produção de documentários em 16mm e som direto, mas agora a maioria foi feito em cores, realizando os filmes da série A condição brasileira. Ele coordenava equipes que viajavam pelo Brasil documentando a vida da população da periferia de grandes cidades em estados do Nordeste. Participaram destas equipes Affonso Beato (1941-), Eduardo Escorel, Geraldo Sarno, Maurice Capovilla, Paulo Gil Soares e Sérgio Muniz (1935-2023), dentre outros.

Posteriormente, codirigiu o filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006) e dirigiu e roteirizou Paraíso, Juarez (1971), Todomundo (1978-1980) e Hermeto campeão (1981).

Admirava muito os documentaristas holandês Joris Ivens (18981989), de quem se tornou amigo; e o francês Jean Rouch (19172004). Farkas participou como produtor, diretor ou diretor de fotografia em dezenas de filmes. Vários deles foram premiados em festivais nacionais e internacionais.

Farkas e a Fotoptica

Com cerca de 14 anos, começou a trabalhar no balcão da Fotoptica. Na comemoração de 30 anos da empresa, em 1953, ele já era seu sócio e diretor-técnico. Em dezembro do mesmo ano, foi lançado o periódico Novidades Fotoptica, mistura de catálogo da loja Fotoptica e jornal. Com diferentes periodicidades e formatos a Novidades Fotoptica circulou até 1987, com uma interrupção de cerca de três anos, entre 1967 e 1970, quando passou a se chamar Revista Fotoptica.

Em torno de 1950, ele criou na Fotoptica a primeira filmoteca de aluguel baseada nos filmes da Enciclopédia Britânica e da Coronet Filmes. “Eles mandavam material para a Universidade de São Paulo onde eram traduzidos. Eram filmes sobre Astronomia, Geologia, Física, etc. Nada de Brasil”.

Farkas assinou o artigo O novo laboratório foto cinematográfico da Fotoptica, capa da Novidades Fotoptica do segundo semestre de 1954, apresentando aos leitores as vantagens do empreendimento.

Na Novidades Fotoptica do segundo semestre de 1957, Thomaz assinou a matéria de capa Novo Laboratório Colorido – sua recente instalação na Fotoptica.

Em 29 de agosto de 1960, seu pai faleceu e ele assumiu a direção da Fotoptica. Sob sua administração, arrojada e sempre atenta às novidades do setor, a empresa cresceu muito.

Em agosto de 1997, a rede de lojas Fotoptica foi vendida e Thomaz deixou a direção empresa.

Farkas e a universidade

Passou a lecionar na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), em 1969, a convite de Rudá de Andrade (1930-2009). No ano seguinte, organizou a I Exposição de Fotografia Jornalística no Departamento de Jornalismo e Editoração da instituição. Foi professor de Cinejornalismo, Fotografia Básica, Fotografia e Fotojornalismo, Jornalismo Cinematográfico, Telejornalismo e Técnica de Codificação (Visual) em Jornalismo. Como professor na pós-graduação, ministrou os cursos Cinema Documentário: da lauda ao filme e Do Curta ao Longa: o crescimento do cinema documentado. Participou de diversas bancas examinadoras e orientou teses e dissertações de mestrado e de doutorado.

Por motivos políticos, em 1972, seu contrato de professor não foi renovado. Tornou-se doutor em Comunicação, em 1977, quando defendeu sua tese Cinema documentário: um método de trabalho. Voltou a lecionar na ECA-USP, em 1979. Na instituição, em agosto de 1985, foi aprovado em concurso público, efetivando-se como professor das disciplinas de Fotojornalismo e Cinejornalismo. Todos os examinadores lhe atribuíram nota 10, reconhecendo seus méritos profissionais, artísticos e didáticos.

Em 20 de fevereiro de 2006, participou como titular da comissão julgadora da tese de doutorado intitulada Heinz Fothmann e Darcy Ribeiro: Cinema Documentáro no Serviço de Proteção aos índios, SPI, 1949-1959, apresentada por Marcos de Souza Mendes, aluno do doutorado em Multimeios, realizada na Coordenadoria de PósGraduação do Instituto de Artes da UNICAMP.

Cargos, prêmios e homenagens

Exerceu diversos cargos ao longo de sua trajetória e deixou sua marca de entusiasmo, competência, sensibilidade e talento em todas as atividades que exerceu. Dentre eles, foi membro da Comissão de Fotografia do MAM-SP, em 1948, e um dos sócios fundadores do novo MAM-SP, em 1963; representou o Brasil na Photographic Society of America, foi membro do Conselho da Fundação Bienal de São Paulo e do Conselho Deliberativo da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia; sócio honorário do Foto Cine Clube Bandeirante, presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca e presidente do Conselho da Cinemateca Brasileira.

Recebeu diversos prêmios e homenagens, dentre eles, a Medalha da Ordem do Mérito Cultural, outorgada pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (1931-), em 2000.

Manteve durante toda a sua vida o hábito de estar sempre com uma máquina fotográfica. Talvez a melhor forma de finalizar um perfil de Thomaz Farkas seja exclamando Viva a fotografia!, como ele sempre repetia em eventos e palestras. Era seguido por um sonoro coro Viva!

Viva!

“A fotografia tem sido o sangue do meu corpo, minha cabeça e meu dedo para apontar e fazer uma foto. Este sangue flue também em meus filhos, meus netos e, no futuro, meus bisnestos. Talvez a fotografia e o cinema têm sido os mais importantes em minha vida, evidentemente ao lado da minha família. Acho ótimo e continuo muito feliz”.

Manuscrito descoberto na gaveta de Farkas após sua morte e publicado no livro Thomaz Farkas Memórias e Descobertas (2014)

Assista aqui o minidocumentário Thomaz Farkas - Húngaros e famosos no Brasil/Magyarok és híresek Brazíliában mini-doc (HuPt)

Assista aqui a um trecho da entrevista realizada pelo repórter Claudiney Ferreira com Thomaz Farkas para o Jogo de Idéias, programa de TV do Itaú Cultural.

*Batatinha, pseudônimo de Oscar da Penha (1924-1997), é considerado um dos maiores nomes do samba da Bahia.

Cronologia

“Na fotografia, você tem o olhar e o momento, e o segredo é como juntar os dois” 1860

Jacob Grünhut ou Jenö Farkas (1860-1945) e Gisela Steinmetz (18?-1931), o avós paternos de Thomaz Farkas (1924-2011)

Jacob Grünhut (1860-1945), Jacó do chapéu verde, cujo nome judaico era Jacob ben Zef, adotou o nome Jenö Farkas- Farkas significa lobo. Nasceu, em 1860, em uma província de Nógrád, no norte da Hungria. Festejava seu aniversário sempre no primeiro dia

Autorretrato, 1942. São Paulo, SP / Acervo IMS

do Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico. Nasceu em uma família modesta, mas teve uma boa educação e falava 10 línguas: alemão, francês, latim, hebraico e a maioria das línguas eslavas dos países do entorno da Hungria antes da Primeira Guerra Mundial. Conhecia profundamente a Bíblia e o Talmud. Era um grande conhecedor da língua húngara, de assuntos religiosos e de vinhos – nunca bebia água. Seus hobbies eram a leitura, a pintura, a jardinagem e o conserto de relógios de paredes. Possuía uma coleção de ferramentas.

Foi casado por 26 anos com Gizella Steinmetz, nascida em Agárd, no distrito de Nógrád. Era uma dona de casa e mãe dedicada, uma cozinheira excelente e suas únicas atividades sociais eram visitas ocasionais de suas irmãs.

Tiveram seis filhos: Béla (Adalberto), Dezsö (Desidério), os gêmeos Ilona (Helena)(1895-1980) e Ernö (Ernesto) (1895-1899); e Lászlö (Ladislau). Em 1914, a família vivia na rua Felsö Erdösor, em Budapeste, e, após uma discussão em casa, Janös saiu de casa e foi viver com uma professora do interior chamada Jólan. Construíram uma casa e foram viver em Rákosszentmiháli, a 15 quilômetros de Budapeste. Gizella nunca lhe concedeu o divórcio.

Era um comerciante talentoso e foi durante muitos anos vendedor viajante da Dénes Betéti Társaság, uma firma conceituada de vendas de máquinas agrícolas, em Budapeste. Depois associou-se a um jovem chamado Barta e abriu a firma Farkas J. & Cia, que vendia máquinas em geral e um pequeno moinho manual para milho, inventado e patenteado por Jenös. O empreendimento fechou devido à Primeira Guerra Mundial e à desonestidade de seu sócio. Sua última empresa foi de locação, venda e conserto de bicicleta. Jenös havia comprado bônus de guerra que perderam seu valor. Teve que vender sua casa e alugar um local em Kispest, subúrbio de Budapeste. Em 1936, procurou seu filho Ladislau e o informou que não tinha mais como sobreviver, pedindo-lhe para falar com seu primogênito, Béla, que passou a sustentá-lo. Faleceu de pneumonia, aos 84 anos, em 14 de janeiro de 1945.

Década de 1910

Béla e Dézsö, os primeiros dos cinco filhos de Jacob

Grünhut ou Jenö Farkas e de Gisela Steinmetz

Adalberto (Béla) Farkas, tio de Thomaz Farkas

Seu tio Adalberto (Béla) Farkas, irmão mais velho de seu pai, foi convidado, em 1912, pelo ótico Nándor Hatschek, que havia sido seu patrão, para ser seu sócio. Béla foi para a guerra e devido a um acidente foi desligado, retornando a Budapeste.

Adalberto e Nándor Hatschek fundaram a Hatschek és Farkas, a futura HAFA, loja de equipamentos óticos, fotográficos e cinematográficos. Nándor, apesar de ter o mesmo sobrenome da mãe de Thomaz, Teréz (Tereza) Hatschek, não era seu parente. Nándor saiu da sociedade, em 1916, tornando-se concorrente em uma loja que batizou com o seu nome.

Na edição do Az Est de 12 de novembro de 1916, Nándor anunciou os acontecimentos da seguinte forma:

"Tenho a sorte de informar aos meus estimados parceiros de negócios que me separei amigavelmente de Hatschek e Farkas e que continuarei no negócio óptico, fotográfico e cinematográfico em meu próprio nome na Erzsébet körút nº 33”.

Dézso (Desidério) Farkas, pai de Thomaz Farkas

Dézsö (Desidério) Farkas, pai de Thomaz Farkas formou-se na escola técnica de engenharia e, por volta de 1912, foi servir como marinheiro em Pula, um porto do mar Adriático.

Após esse estágio na Marinha, Desidério foi trabalhar como assistente de Rudolf Frommer (1868-1936), diretor de uma fábrica de armas e máquinas. Frommer, considerado um gênio da engenharia, é o inventor da pistola Frommer e detentor de outras patentes, dentre elas o filme em rolo perfurado para máquina fotográfica, que podia ser retirado da câmera foto por foto, sem necessidade de completar as oito poses (vendida a Kodak). Frommer era diretor do Banco Mercantil Húngaro, que financiava a fábrica. Desidério era seu braço direito e trabalhou na fábrica até 1919, quando os comunistas tomaram conta da Hungria e declararam a fábrica de armas desnecessária. Desidério foi para Berlim, na Alemanha para trabalhar na Deutsche Werke.

1920 / 1923

Em 1920, Béla (Adalberto) e sua mulher Jetta (18?-19?) viajaram para a Alemanha e encontraram Desidério em uma situação de penúria – no quarto alugado em que vivia só havia um tapete e ele recebia apenas um salário mínimo quando a inflação na Alemanha estava altíssima. Béla o trouxe de volta a Hungria e abriu uma loja para ele gerenciar na rua Andrassy nº 31, em Budapeste.

Béla Pavel (? -19?), um dos vendedores da Hafa, havia estado no Brasil e voltou com as notícias de que no país as possibilidades para o ramo fotográfico eram promissoras.

Desidério e Béla Pavel desembarcaram no Brasil com 26 grandes caixas de mercadoria e, segundo relato de Desidério, chegaram no Rio de Janeiro, na época da comemoração do centenário da independência do Brasil, ocorrido entre 1922 e 1923. Depois foram para São Paulo, onde se estabeleceram (Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956).

Trecho do artigo de Desidério Farkas / Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956

Abriram a Casa Fotoptica, na rua São Bento, hoje equivalente ao número 383, mas, que na época, de acordo com o material impresso, tanto podia ser 43, 49 ou 55, devido à alteração da numeração, seguindo a metragem da rua, segundo um depoimento de Ladislau Farkas a Thomaz Farkas, de 1985. Em agosto de 1923, a firma Farkas & Pavel pedia aos Correios uma caixa postal. No

mesmo, ano, em setembro, János Lászlo, também vendedor da HAFA, veio se juntar a eles, trazendo mais uma remessa de mercadorias (Correio Paulistano, 8 de agosto de 1923, quarta coluna; Novidades Fotoptica, 1953; O Estado de São Paulo, 28 de março de 1953; Novidades Fotoptica do segundo semestre de 1954; Relato de Ladislau Farkas a Thomaz Farkas, 1985).

“Iniciamos logo nossas atividades, organizando uma modesta câmara escura – a primeira dedicada especialmente para os amadores – que naquele tempo já tinha um “fabuloso” movimento de revelar 2 ou 3 chapas por dia”.

Desidério Farkas, em Novidades Fotopica, 1956

Comemoração dos 30 anos da Fotoptica / O Estado de São Paulo, 8 de março de 1953

Thomaz Farkas / Novidades Fotoptica, 1954

A Fotoptica foi uma das lojas pioneiras na venda de equipamentos de fotografia no Brasil e tornou-se sinônimo de excelência em sua área de atuação.

O primeiro logotipo da Fotoptica foi desenhado por Desidério Farkas. O galinho foi uma homenagem a seu irmão, Béla, considerado muito estourado, um galo de briga

Casou-se na Hungria com Teréz (Tereza) Hatschek, em 6 de outubro de 1923 (Depoimento de Ladislau Farkas a Thomaz Farkas, 1985; Foto, negócios e família: Hatschek e Farkas (1914-1930); Site Family Search).

Registro do casamento de Desidério e Tereza, em Budapeste / Site Family Search

1924

Thomaz e Tereza viviam no Brasil e ela ficou grávida. Com a aproximação do parto, pediram ajuda financeira ao avô materno de Thomaz, Emil Hatschek, para voltarem à Hungria. Ele possuía uma loja fotográfica próspera na Andrássy-út 13, em Budapeste, mas só enviou a passagem de sua filha porque, segundo Thomaz, ele não gostava do genro e era muquirana. Seu pão durismo era lendário. Já não havia contribuído com nenhum dote para o casamento dos pais de Thomaz e logo depois ficaram sem se falar devido à quebra de um acordo de cavalheiros feito entre os Farkas e ele, já que estavam no mesmo ramo de negócios. Suspeitou-se que Emil estava dando desconto sobre os preços de fotoacabamento combinados entre eles. Desidério tentou apurar, mas foi descoberto pelo chefe do laboratório da loja de seu sogro (Thomaz Farkas: otimista e delirante, mas nem tanto; Depoimento de Ladislau Farkas a Thomaz Farkas, 1985; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

Nascimento, em 17 de setembro, de Thomaz Jorge Farkas, Farkas Tamás György (seu nome no registro civil), filho único de Tereza e Desidério, em Budapeste, na Hungria

1925

Segundo o relato de Ladislau a Thomaz, realizado em 1985 e sob a guarda do Instituto Moreira Salles, Desidério, apesar do sucesso da Fotoptica, não estava satisfeito: não era bom nas vendas diretas no balcão – interessava-se mais pela organização geral – e não gostava dos hábitos alcoólicos de Pavel. Então Pavel e Lászlo teriam feito uma proposta e comprado a parte de Desidério em 1923. Mas se a sociedade foi desfeita em 1923 por que Teresa e Desidério viriam para o Brasil? O fato é que a ruptura da sociedade foi noticiada no Correio Paulistano, de 17 de outubro de 1925, sétima coluna e no jornal O Estado de São Paulo, de 23 de dezembro de 1925. Aí

Desidério teria retornado à Hungria, onde viveu com a família até 1930.

O tio de Thomaz, Adalberto (Bela) Farkas, veio ao Brasil e constatou a prosperidade da Fotoptica. Anulou a venda da parte de Desidério, que jamais havia recebido o pagamento do fim da sociedade, e trouxe de Budapeste seu sobrinho, Lajos Schweitzer (?-19?), que passou a ser o gerente da loja, cargo que exerceu até 1929, quando adoeceu de tuberculose e sífilis (Gazeta de Notícias, 1º de janeiro de 1926, penúltima coluna; O Imparcial, 8 de junho de 1927, terceira

Correio Paulistano, 17 de outubro de 1925
O Estado de São Paulo, 23 de dezembro de 1925 c. 1925

coluna; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006); Depoimento de Ladislau Farkas a Thomaz Farkas, 1985).

1930

Thomaz imigrou para São Paulo com seu pai e sua mãe. Aportaram no Rio de Janeiro, em 21 de março e, dias depois, a família desembarcou no porto de Santos e seguiu para São Paulo. O que Thomaz gravou da viagem entre Santos e São Paulo não foi uma imagem e sim o cheiro de café queimado que exalava na estação ferroviária de Santos:"Naquela época os agricultores queimavam parte da safra para não deixar cair o preço no mercado. Eu me lembro daquele cheiro até hoje." (Correio Paulistano, 3 de abril de 1930, primeira coluna; Folha de São Paulo, 19 de outubro de 2003; Site Family Search; Jogo de Ideias; Thomaz Farkas, brasileiro (2003),

Segundo Thomaz, no desembarque houve o seguinte diálogo: Dizem que meu pai se debruçou na balaustrada do navio e perguntou a seu sócio László, que o esperava no cais: “Como está a situação no país? E o outro respondeu: “Estamos em crise!’”.

Thomaz, e seus pais, Desidério e Tereza, c. 1930

Desidério reassumiu sua parte na sociedade da Fotoptica e o gerente Door Odon, que havia substituído Lajos Schweitzer, voltou para a Hungria, falecendo dois anos depois. Desidério trabalhava no atendimento e Tereza no caixa. Ela havia sido aluna do músico húngaro Béla Bartók (1881-1945) e, no Brasil, chegou a dar aulas de piano, mas para poucas pessoas, já que a colônia húngara, em São Paulo, era pequena. Uma curiosidade: apesar de ser muquirana, seu pai, Emil, deixou que ela trouxesse seu piano para o Brasil. A boa educação de Tereza, seus conhecimentos de música e de línguas são devidos a sua mãe, Emma Auer (1864-1934). Os outros filhos de Emil e Emma eram Leo (18?-?), que trabalhava com seu pai; e o arquiteto Ernö (c. 1887-1944).

Nos anos 30, havia um forte movimento em torno das lojas de fotografia no antigo centro de São Paulo, onde ficava a Fotoptica, além da Lutz Ferrando, a Foto Dominadora e a Kosmos Foto.

1931

Em 1931, Thomaz foi estudar na Escola Alemã de São Paulo (Thomaz Farkas: notas de viagem, 2006).

1932

Os sócios de Desidério, Janos Lászlo e Béla Pavel, saíram da Fotoptica. Lászlo abriu a Kosmos Foto e Pavel foi trabalhar numa empresa de luminosos, a Claude Luz, propriedade de Germaine Burchard.

Béla (Adalberto) Farkas estava no Brasil durante a Revolução Constitucionalista, ocorrida entre julho e outubro de 1932, e quando estava andando por São Paulo com seu amigo, o arquiteto Grigori Warchavichik (1896-1972), ficaram no meio de um tiroteiro. Refugiaram-se na casa de Warchavichik (Depoimento de Ladislau Farkas a Thomaz Farkas, 1985).

Devido à Revolução Constitucionalista, o Porto de Santos foi bloqueado e os produtos importados ficaram retidos. A Fotoptica sofreu sua primeira crise.

Uma foto de Farkas foi publicada na seção De Kodak em punho, na revista O Malho de 30 de abril de 1932.

1933 / 1934

Devido ao anti-semitismo, saiu da Escola Alemã Olinda e foi para o Liceu Rio Branco, formando-se no curso fundamental, em dezembro de 1940 (Folha de São Paulo, 19 de outubro de 2003; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

O Malho, 30 de abril de 1932

1934

Inauguração, em 1° de setembro, do laboratório fotográfico na loja da Fotoptica da rua São Bento nº 389 (Novidades Fotoptica do segundo semestre de 1954).

1935

Na Photo-Dominadora, propriedade de Antonio Gomes de Oliveira e Lourival Gomes Cordeiro, na rua São Bento, nº 4, um grupo de fotógrafos, que formou a base do Foto Cine Clube Bandeirante, se reunia. Thomaz era uma presença frequente (Thomaz Farkas: notas de viagem (2006); Enciclopédia Itaú Cultural).

1936

Em torno deste ano, a família de Farkas foi morar em um sobrado no Pacaembu. Ali, ele começou a fotografar gatos, as corridas de bicicletas promovidas pelos amigos, a esquadrilha invencível, um grupo de garotos que, montados em suas bicicletas, percorriam as ruas sem asfalto do bairro; e a construção e a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940.

Fotografou o vôo do dirigível Zeppelin por São Paulo (Correio Paulistano, 1º de dezembro de 1936 e 2 de dezembro de 1936).

1937

Ele se correspondia com a redação de A Gazeta, edição infantil (Gazeta, edição infantil, 13 de novembro de 1937, primeira coluna; e 25 de novembro de 1937, última coluna).

Entre esse ano e o seguinte, passou a trabalhar no balcão da Fotoptica.

1938

Desidério teve que vender a loja na rua São Bento, ficando com uma pequena sala e com um porão, usado como laboratório.

Thomaz participou do Torneiro Estudantino de Esgrima promovido pela Federação Paulista de Esgrima. Ficou em 4° lugar no florete juvenil. Em 1937, já havia notícias de suas participações em campeonatos (Correio Paulistano, 23 de outubro de 1937, penúltima coluna; O Estado de São Paulo, 11 de setembro de 1938, primeira coluna).

1939

Em janeiro, a esposa de Béla (Adalberto) Farkas, Jetta, e as filhas do casal, Adrienne (1919-?) e Yvette (1924-?), vieram para o Brasil, devido à ascenção do nazismo na Europa. Trouxeram uma grande quantidade de câmaras de último tipo. Ladislau (Lászlö) Farkas, o irmão caçula de Desidério e de Béla, experiente na comercialização de artigos de fotografia em Budapeste, também veio para o Brasil, chegando em Santos no dia 11 de março, trazendo com ele câmeras e binóculos. Béla (Adalberto) chegou em julho, vindo de Trieste e, no fim do ano, já durante a Segunda Guerra Mundial, voltou para a Hungria, alegando que sua presença era indispensável para os negócios da Hafa. Nunca mais viu sua família, tendo sido assassinado pelos nazistas em dezembro de 1944 (O Estado de São Paulo, 22 de julho de 1939, página 6, quarta coluna).

Fundação do Foto Clube Bandeirante, em abril de 1939. A associação passou a se chamar Foto Cine Clube Bandeirante, em 1945 (Boletim do Foto Cine Clube Bandeirante, junho/julho de 1964).

“Compareceram e assinaram a ata de fundação 32: Antônio Gomes de Oliveira, José Donatti, Eugênio Fonseca Filho, Benedito J. Duarte, Alfredo Penteado Filho, Waldomiro Moretti, Luiz F.Lima, Victor Caccurri Jr., José Medina, Lourival Bastos Cordeiro, Jorge Backer, Eduardo de S.Thiago, Júlio S.Toledo, Joaquim R. Borges, Simon Kessel, José Louzada F. Camargo, Jorge Siqueira Silva, Francisco B. M. Ferreira, Edgar Flacquer, Antonio Ferrero, José A. Vergareche, João A. Giuzio, Mário Caccurri, Aldo Dacomo, Dyano Castanho, José M.Francisco, Waldomiro Ract, José V.E. Yalenti, Gelmindo Poltronieri e Jorge Bittar.

Os estatutos foram aprovados, e nas primeiras horas do dia 29 nasceu o Foto Clube Bandeirante, denominação sugerida, conforme alguns, por José Donati e inspirada nos antigos desbravadores do Brasil, pois previa-se que a novel entidade também deveria desbravar um terreno artistico-cultural ainda inóspito. Em seguida elegeu-se a primeira Diretoria: Presidente, Alfredo Penteado Filho; Vice – Presidente Benedito J.Duarte; 1º Secretário, José Donati; 2º Secretário , Victor Caccurri Jr.; 1º Tesoureiro, Wladomiro Moretti; 2º Tesoureiro, Luís F.Lima; Diretor Técnico, José Medina; Diretor de publicidade, Eugenio Fonseca Filho e Diretor de Excursões, José V.E. Yalenti. O “Conselho de Fundadores” ficou constituído por Antônio Gomes de Oliveira, Lourival Bastos Cordeiro, Jorge Backer, Eduardo de S. Thiago, Júlio de Toledo, Francisco B.M.Ferreira, Joaquim R.Borges, Edgar Flacquer, José Louzada F. Camargo e Jorge Siqueira Silva. Nos dias seguintes, os demais assinantes da lista de adesões confirmaram sua inscrição. E o clube iniciou suas atividades, instalando sua sede em três salas alugadas ali mesmo, no 22º andar do Edifício Martinelli , por

Foto da fundação, abril de 1939 / Acervo FCCB

700$000 ( Setecentos Mil reis) mensais.” (Site do Foto Cine Clube Bandeirante).

A Fotoptica mudou-se para a rua São Bento, 359, endereço próximo da primeira. O aluguel era muito caro e Desidério e Ladislau estavam preocupados. Mas aí apareceu um comprador japonês que garantiu o pagamento dos primeiros meses:

Revista Fotoptica, 1978, página 45

Foram publicados os Catálogo Relâmpago, que trouxeram muitos pedidos do interior e aumentou a correspondênia entre a loja e seus clientes. Ladislau ditava as cartas para Hans Koranyi (1905-1968) que, em 1947, fundou a revista Iris.

Uma filial da Fotoptica, planejada e instalada pelo arquiteto austríaco Bernard Rudofsky (1905 -1988), foi aberta na rua Barão de Itapetininga, nº 81, substituindo o pequeno balcão fotográfico na Galeria Guatapará. Foi fechada em 1945.

Rudofsky foi o responsável pelo novo logotipo usado pela Fotoptica: bolas brancas em um fundo preto e vice-versa, representando o conceito básico da fotografia – o positivo e o negativo.

Segundo o designer e professor Chico Homem de Melo (1955-), esse logotipo pode ser considerado um sinal pioneiro do design gráfico modernista no país (O Estado de São Paulo, 7 de junho de 2015).

Marca da Fotoptica criada por Bernard Rudolfsky (1905-1988)

Em fevereiro, o Foto Clube Bandeirante transferiu-se do Edifício Martinelli para o primeiro andar do prédio onde, no térreo, estava localizada a Fotoptica, na rua São Bento. A associação ficou neste endereço até 1949, quando mudou-se para a rua Avanhandava, 316. Em meados dos anos 70, a sede foi transferida para a rua José Getúlio, 442 (Cultura e Fotografia Paulistana no século XX; Site do FCCB).

Farkas participou do Torneio Animação de Esgrima pelo C. A. Paulistano (Correio Paulistano, 6 de abril de 1940, penúltima coluna).

Fotografou a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 27 de abril.

Também havia fotografado as obras de construção do estádio.

Ajudou seu tio Ladislau em um trabalho de filmagem do passo a passo da fabricação de isoladores para telefonia a pedido de uma empresa cujos proprietários não moravam no Brasil. Usou rolos de filme Kodak em preto-e-branco e uma câmera Bolex, importada da Hungria.

Formou-se, em dezembro, no curso fundamental do Liceu Rio Branco.

Por seu grande interesse em cinema, pensou em ir para o exterior para estudar o assunto, mas o fato de ser húngaro em plena Segunda Guerra Mundial impossibilitou a viagem. Ingressou no Colégio Universitário da Universidade de São Paulo, que cursou neste ano e em 1942 (O Estado de São Paulo, 3 de dezembro de 1941, página 9, sexta coluna)

1941
Thomaz Farkas

“O que levou você à engenharia?

Eu sou de 1924. Quando cheguei à idade de cursar universidade, estávamos em guerra. Nessa época ainda era húngaro e a Hungria estava do outro lado. E não podia estudar cinema, que eu adorava. Queria estudar fora, nos Estados Unidos ou na Europa, mas com a guerra não podia ir. Reunimos a família para discutir. “O que você quer estudar? Porque vai ter que estudar agora, não vai parar. Quer ser advogado?” Eu não queria. “Quer ser médico?” Não queria. “Quer ser filósofo?” Nem sabia o que era isso, não passava pela minha cabeça. “Você quer fazer engenharia?” Decidi, “Está bom, vou fazer engenharia”. E assim entrei no pré da Politécnica”.

Revista FAPESP, janeiro de 2007

Passou a frequentar o Teatro Municipal e o Cinema Rosário no Edifício Martinelli. Ficavam no percurso entre sua casa, no Pacaembu, e a universidade, na rua Tiradentes.

No Foto Clube Bandeirante Farkas exibiu filmes cinematográficos que evidenciaram o bom gosto de seu autor. Devido ao sucesso da exibição, a diretoria da associação decidiu criar a seção de CinemaAmadorismo (Correio Paulistano, 4 de maio de 1941, penúltima coluna).

No Suplemento em Rotogravura de O Estado de São Paulo, da primeira quinzena de julho, publicação da reportagem “São Paulo sob a chuva”, de autoria de Farkas.

“Um dia de chuva em São Paulo é sempre um espectaculo delicioso. Os automóveis e os ônibus passam orgulhosamente, cobrindo de lama os apressados transeuntes. Por pura brincadeira as varetas dos guarda-chuvas procuram espetar os olhos dos que correm apressadamente sobre as ruas. E, depois, há os escorregões, sempre tão aplaudidos, na Avenida São João, no trecho correspondente ao prédio Martinelli; há as enxurradas que levam carinhosamente os mais afoitos...Reportagem de Tomas Farkas”.

Na Primeira Exposição de Arte Fotográfica de Santos, promovida pela Comissão Municipal de Cultura, recebeu na categoria Paisagem uma menção honrosa por sua foto Contemplação (Correio Paulistano, 23 de agosto de 1941, terceira coluna; O Estado de São Paulo, 31 de agosto, página 8, quinta coluna).

Na Associação Cristã dos Moços, no Rio de Janeiro, realização, em novembro, do Segundo Salão Brasileiro de Fotografia com o patrocínio de Gustavo Capanema (1900-1985), ministro da Educação e da Saúde, e a Seção do Distrito Federal, com o patrocínio de Henrique Dodsworth (1895-1975), prefeito do Rio de Janeiro. Farkas participou com as fotos Goal e Bom dia (Diário de Notícias, 31 de outubro de 1941, sexta coluna).

Ladislau Farkas deixou a Fotoptica e passou a representar a Paillard Bolex através da firma Brasport, dele e de George Feldman.

Suplemento em Rotogravura de O Estado de São Paulo, primeira quinzena de julho de 1941

1942

Com 18 anos, Thomaz começou a trabalhar oficialmente na Fotoptica.

Participou com as fotos O esforço máximo, Estudo em 16m, A partida, Premeditação e O último ajuste, do Terceiro Salão Brasileiro de Fotografia, na Associação Cristã de Moços, no Rio de Janeiro.

Participou do 33º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

Associou-se formalmente ao Foto Clube Bandeirante, que já frequentava informalmente desde sua fundação em 1939. Lá eram realizados debates, exposições, publicações e promovia-se o intercâmbio entre associações nacionais e internacionais. É considerado o berço da fotografia moderna no Brasil.

“Lembramo-nos perfeitamente de quando o jovem Thomaz, mal saído dos seus 15 anos, apresentou-se, timidamente, na sede do Bandeirante, munido de competente autorização paterna para ingressar em nosso quadro social. No Clube fez Farkinha seu aprendizado, revelando-se, desde cedo, uma das promessas da arte fotográfica brasileira”.

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante (julho de 1949)

Nesta época, quase todas as suas fotografias, segundo o próprio:

“eram construções com luz e sombra, seja paisagens, objetos ou naturezas-mortas. Parece que eu tinha medo de fotografar as pessoas...logo depois surgem as pessoas na minha fotografia e eu comecei a me interessar pelo movimento: balé, esportes...”

Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)

Também foram associados ao clube e considerados, com Farkas, os pioneiros da fotografia moderna brasileira, Eduardo Salvatore, Geraldo de Barros, German Lorca e José Yalenti. Afinados com as vanguardas europeia e norte-americana, eles confrontaram e inovaram, rompendo com a linguagem predominantemente pictorialista e acadêmica praticada nos fotoclubes. Buscavam, a partir de enquadramentos anticonvencionais e ângulos insólitos, uma nova estética para a fotografia.

“O pioneirismo desses fotógrafos centrou-se justamente na busca de uma visão pessoal, desenvolvida intuitivamente, sem um projeto explícito de modernidade” (A fotografia moderna no Brasil (1995))

“No Foto Cine Bandeirante, Thomaz Farkas, o “Farkinha”, procurou inicialmente uma possibilidade de expressão, mas aos poucos encontrou seu próprio caminho e produziu um consistente trabalho fotográfico. Suas formas geométricas acentuadas, seus estranhos ângulos de visão rompendo o silêncio das formas e sua estética instigante são variáveis que, somadas, apontam para uma das experiências mais renovadoras da fotografia brasileira do período”.

Rubens Fernandes Júnior (1949-) em Thomaz Farkas Memórias e Descobertas (2014)

“Muitas das fotos de Farkas deste período resultam em abstrações geométricas que prenunciam o construtivismo que vigoraria na década seguinte nas artes plásticas brasileira”.

Sérgio Burgi (1958-), Thomaz Farkas Memórias e Descobertas (2014)

O processo de modernização e renovação da fotografia no Brasil culminou quando, em dezembro de 1953, foi apresentada a Sala de Fotografia da II Bienal de Artes de São Paulo, organizada a partir do acervo do Foto Cine Clube Bandeirante. Porém,a inclusão da fotografia no evento foi circunstancial, motivada pela ausência de alguns artistas internacionais. Não se repetiria pelos próximos doze anos. Apenas na 8ª edição, em 1965, a fotografia foi novamente aceita na Bienal.

Na Galeria Prestes Maia, Farkas participou, em outubro, do I Salão Paulista de Arte Fotográfica, do Foto Clube Bandeirante, recebendo menção honrosa por duas das fotos que apresentou: A partida e Arquitetura. As outras foram A oficina, O último ajuste, Goal!!!..., Sombras e modernismo e Premeditação. Esta última foi publicada na primeira edição do Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante (Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro de 1942).

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro de 1942

Veja aqui todas as edições do Catálogo / Boletim do Foto Cine Clube Bandeirante.

Devido à Segunda Guerra Mundial, a maioria das fábricas de equipamentos fotográficos da Europa fecharam ou interromperam sua produção, o que ocasionou nova crise financeira na Fotoptica.

Entre 15 e 31 de dezembro, realização, no Museu Municipal de Belas Artes Juan B. Castagnino, do Salon de Nacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Rosário, na Argentina. Farkas participou com a foto Sombras e modernismo. Outros dos expositores brasileiros foram Benedito Junqueira Duarte (19101995), Eduardo Salvatore e José Yalenti – todos, assim como Farkas, do Foto Clube Bandeirante.

Desidério Farkas foi membro da Comissão Organizadora Pró Avião Kossuth. O avião foi entregue em uma sessão solene realizada, em 30 de janeiro, pela comunidade húngara livre do Brasil, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. O avião, adquirido pelos húngaros, foi batizado no Campo de Marte, no dia seguinte (O Estado de São Paulo, 23 de janeiro de 1943, página 7, sexta coluna).

Farkas ingressou na escola Politécnica da Universidade de São Paulo, onde estudou engenharia mecânica e elétrica, formando-se em 1947.

“Na Poli, continuei com o cinema, agora com uma câmera de nível ótimo, uma Cine-Kodak Special, sempre em 16mm. Convenci o professor de física, que fazia experiências e demonstrações em peças muito pequenas, de que, se fosse filmado, poderia projetar para a classe inteira, e todos veriam mais e melhor. Da engenharia eu gostava: eram máquinas, equipamentos; eu me interessei muito por tração elétrica. Não gostava de química e matemática, eu era bem ruinzinho e dependia das colas do Senise para as notas. Eu ia muito bem.”

Participou com a foto Caçador precoce do VI Salão Internacional de Fotografia Artística organizado pelo Foto Club Uruguaio, realizado entre 6 e 15 de agosto, em Montevidéu. José Oiticica, Manuel Cavanellas (? -19?) e Fernando Guerra Duval (18? – 1959), do Foto Clube Brasileiro, foram alguns dos outros expositores brasileiros.

Em setembro, participou com a foto Obras humanas do Foto Club IV Salão Anual, em Concórdia, na Argentina.

No II Salão Paulista de Arte Fotográfica do Foto Clube Bandeirante, realizado na Galeria Prestes Maia, Thomaz Farkas ganhou o primeiro lugar na categoria Arquitetura com Obras humanas; na categoria Natureza-Morta, o segundo lugar com Rosas do passado; e, na categoria Composição, recebeu uma menção honrosa por Caçador precoce. O fotógrafo alemão Theodor Preising (1883–1962) foi o organizador, pelo Departamento Estadual de Imprensa e Publicidade, de um estande de fotografias documentais do progresso de São Paulo, em um anexo ao Salão (Correio Paulistano, 31 de agosto de 1943, primeira coluna; Correio Paulistano, 28 de

setembro de 1943, terceira coluna; Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943).

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943

Entre 4 e 26 de dezembro, realização do Salão Nacional de Fotografia Artística, no Museu Municipal de Belas Artes Juan B. Castagnino, em Rosário, na Argentina, organizado pelo Foto Club Rosário. Farkas participou com a foto Rosa do passado.

Participou do 34º International Exhibition of the London of Photography, na Inglaterra.

1944

Em julho, participou do Quinto Salão Anual de Arte Fotográfica, em Três Arroyos, na Argentina, com as fotos Goal!, No meio da maba, Cinco horas, Arquitetura e Futurismo. Goal! foi premiada como a Melhor Obra Estrangeira.

Entre 18 e 27 de agosto, realização, em Montevidéu, do VII Salão Internacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Uruguaio. Participou com a foto Premeditação.

Em setembro, participou do V Salão Anual de Caráter Internacional, em Concórdia, na Argentina, com a foto Entardecer no Tietê.

Entre 7 e 21 de outubro, realização do Quinto Salão Brasileiro Anual de Arte Fotográfica, na Galeria de Arte Clássica, na Travessa do Ouvidor, 36, no Rio de Janeiro. Farkas participou com as fotos

Material para construção, Minha terra tem palmeiras..., Entardecer no Tietê, Brincando, Repouso e Fim do dia.

Participou do III Salão Internacional Paulista de Arte Fotográfica, o primeiro salão internacional de fotografia artística realizado no Brasil e promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante. Expôs as seguinte fotografias: Fim do trabalho, Manhã de abril, Descanso, Vitamina, Sertão, Estudo de composição, Nas geraes, Arabesco e Fundição (Catálogo Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1944, página 23).

Catálogo Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1944, página 25

Participou do 35º International Exhibition of the London of Photography, na Inglaterra.

O tio de Thomaz, Béla (Adalberto), foi assassinado, em dezembro, pelos nazistas. Ele e mais cerca de 20 pessoas estavam em um hospital, em Budapeste, na Hungria. Os nazistas fizeram com que eles andassem até o Danúbio, onde foram metralhados na beira do rio. Um deles, ferido e excelente nadador, sobreviveu e contou a

história para o tio de Thomaz, Henrique (1892-19?), irmão de Béla e Desidério.

1945

Em janeiro, participou com as fotos Manhã de abril e Estudo de composição do 1º Salão Anual da Sociedade Fluminense de Fotografia, realizado no hall do Hotel Casino Icaraí.

Entre março e abril, participou com as fotos Obras humanas e Estudo de composição do 32º Annual Pittsburgh Salon of Photographic Art, nos Estados Unidos.

Os funcionários da Fotoptica fizeram um agradecimento público ao seu nobre Chefe Sr. Desiderio Farkas que havia concedido a eles um feriado. Desidério tinha o hábito de distribuir entre seus colaboradores favoritos um pãozinho de tranças chamado barche todas as sextas-feiras.

Registrou, no centro de São Paulo, as comemorações pelo fim da Segunda Guerra Mundial.

O Estado de São Paulo, 29 de abril de 1945

pelo fim

Em julho, participou com as fotos Descanso, Detalhes, Entardecer no Tietê e Futurismo do Sexto Salão Anual de Arte Fotográfica de Três Arroyos, na Argentina.

Entre 5 de agosto e 2 de setembro, realização do 14º Annual Detroit International Salon of Photography, nos Estados Unidos. Farkas participou com a foto Estudo de composição.

Várias fotos sobre esportes de sua autoria foram publicadas na reportagem O Esporte e a Fotografia – um estudante de engenharia de S. Paulo encontra nos estádios uma fonte inesgotável de motivos artísticos (O Globo Sportivo, de 10 de agosto de 1945).

Festejos
da guerra, na rua São Bento, São Paulo, 1945

Em setembro, participou do VI Salão Anual do Foto Club de Salta, na Argentina, com as fotos Passeio da tarde, Goal!, Obras humanas, Contemplação e Vitaminas.

Em setembro, com as fotos Caçador precoce e Premeditação participou do VI Salão de Caráter Internacional de Concórdia, na Argentina.

Entre 20 e 30 de setembro, participou com as fotos Sombras e modernismo, Entardecer no Tietê, Detalhe e Descanso do 8º Salão Internacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Uruguaio.

Em 22 de setembro, inauguração do Vigésimo Primeiro Salão de Fotografia e Sexto Salão Brasileiro Anual de Arte Fotográfica, na Galeria de Arte Clássica, na Travessa do Ouvidor, 36, no Rio de Janeiro. Farkas foi um dos representantes do Foto Clube Bandeirante e participou com as fotos Rosa do Passado, Obras humanas e Franjas.

Nos dias 9, 11 e 12 de outubro, realização do Second Chicago International Color Slide Salon, na The Chicago Historical Society, nos Estados Unidos. Farkas apresentou a foto Playful (Brincalhão).

Em novembro, participou do 9º Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional Foto Club Argentino, na Galeria Peuser, em Buenos Aires. Apresentou a foto Entardecer no Tietê.

Em dezembro, participou com as fotos Muddy sun (Sol turvo), Market scene (Cena do mercado) e Flower venders (Vendedores de flor) do I Salt Lake City International Color Slide Salon, realizado no Union Building da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Entre 3 e 15 de dezembro, participou com as fotos Entardecer no Tietê, Detalhes e Futurismo, do Salão Fotográfico Interamericano, organizado pelo Foto Club Buenos Aires e realizado nas Galerias da Asociación de Estímulo das Belas Artes, em Buenos Aires, na Argentina.

As fotos Cachoeira, Escadas e sombras, Nevoeiro e Telhas, de sua autoria, foram expostas no IV Salão Internacional Paulista de Arte Fotográfica promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante (O Estado de São Paulo, 1° de janeiro de 1946, página 4, quarta coluna;

Catálogo Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1945, página 26).

Catálogo Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1945, página 32

Participou do 35º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

A Fotoptica fez uma sociedade com Adolfo Ratzersdorfer (?-19?) e foi aberta a loja Fotoptica Moderna Ltda, no número 45 da rua Barão de Itapetininga. A sociedade foi desfeita em 1947.

O Estado de São Paulo, 1° de janeiro de 1946

1946

Publicação, em maio, da primeira edição do Boletim do Foto Cine Bandeirante, com oito páginas, sem capa e com fotos na primeira e última páginas.

As visitas de Thomaz ao Rio de Janeiro se intensificaram.

“O Rio era demais...Eu posso dizer que conheci o Brasil através do Rio. Era aonde as coisas aconteciam.”

Tornou-se amigo do fotógrafo José Medeiros e do pintor, desenhista, cenógrafo, figurinista, decorador e ilustrador Sansão Castello Branco, ambos piauienses.

Sansão veio morar no Rio em torno de 1939 e estudou na Escola Nacional de Belas-Artes, onde, em 1942, era presidente do Diretório Acadêmico. Em 1944, foi empossado como diretor de propaganda da Confederação Brasileira de Desportos Universitários. Já era ligado à União Nacional dos Estudantes, a UNE, mas em 1943 pediu demissão do cargo de sub-secretário de Artes. Continuou ligado à secretaria de Artes da instituição e criou com Jaques Corseuil (19132000), em 1945, o Ballet da Juventude, do qual era o diretor artístico. O Balé da Juventude foi patrocinado pela UNE e pela Federação Atlética de Estudantes (FAE). É de Sansão o projeto da Capela dos Pequenos Cantores de São Domingos, em Juiz de Fora. Em 1948, ganhou a Medalha de Ouro na categoria Artes Aplicadas, no 53º Salão Nacional de Belas Artes. Em 1954, foi contemplado com o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, no 3º Salão de Arte Moderna, em 1954, ano em que projetou a árvore de Natal do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Não chegou a desfrutar da láurea porque adoeceu em fins de 1955, tendo ficado em uma situação financeira precária. O Ministério da Educação liberou a verba do prêmio recebido pelo artista. Ele faleceu em 18 de fevereiro de 1956. Entre 1944 e 1955 trabalhou em diversas revistas como a Rio, a Rio Magazine e a São Paulo Magazine. É autor dos livros Nordeste e Pastoril e era um talentoso cozinheiro (Catálogo das Artes, O Jornal, 2 de julho de 1942, sexta coluna; A Manhã, 17 de novembro de 1942, segunda coluna; Gazeta de Notícias, 11 de abril de 1943, penúltima coluna; A Manhã, 25 de junho de 1944, última coluna; A Manhã, 25 de agosto de 1944, penúltima coluna; Diário

da Noite, 3 de fevereiro de 1945; penúltima coluna; Ilustração Brasileira, abril de 1947; Rio, junho de 1948; O Jornal, 27 de dezembro de 1948, quarta coluna; Correio da Manhã, 26 de novembro de 1954, quinta coluna; Revista da Semana, 7 de janeiro de 1956; Correio da Manhã, 19 de fevereiro de 1956; Revista Rio, março de 1956; Imagens e dança: algumas considerações, por Beatriz Cerbino).

Sansão Castello Branco / Revista da Semana, 7 de janeiro de 1956
Trabalho de Sansão / Correio da Manhã, 18 de dezembro de 1955

Medeiros foi um dos mais importantes fotojornalistas do Brasil e foi justamente neste ano, 1946, que ingressou na revista O Cruzeiro, carro-chefe dos Diários Associados, levado pelo fotógrafo francês Jean Manzon (1915-1990). Pela utilização de fotografias, enfatizando o fotojornalismo, por seu conteúdo e projeto gráfico arrojados, O Cruzeiro representou uma revolução no mercado editorial brasileiro. Além disso, dignificou a profissão de repórter fotográfico. A partir da amizade com Medeiros, Farkas ampliou seu rol de relacionamentos, tenho se inserido em um novo círculo de cultura interessado na construção de uma identidade nacional mais ligada às raízes culturais do Brasil.

Passou a frequentar a Sociedade Fluminense de Fotografia, no Rio de Janeiro, onde conheceu o fotógrafo, pintor, entomologista e professor José Oiticica Filho.

Medeiros por Farkas, s/d

O Túnel por José Oiticica Filho, 1951 / Reprodução fotográfica Edouard Fraipont/Itaú Cultural

Iniciou uma correspondência com o fotógrafo norte-americano Edward Weston, que havia conhecido a partir da leitura de revistas e livros de fotografia importados da Europa e dos Estados Unidos que consultava na Fotoptica e que comprava na Kosmos e na Livraria Italiana. A partir dessas leituras, também conheceu outro fotógrafo norte-americano, Ansel Adams (1902-1994).

Em março, participou com a foto Playful (Brincalhão) do 11° Rochester International Salon of Photography, realizado no The Memorial Art Gallery, nos Estados Unidos.

Publicação de fotos de sua autoria na reportagem Ballet da Juventude (Sombra, maio de 1946).

José Oiticica Filho

Em julho, participou do Sétimo Salão Anual de Arte Fotográfica, em Três Arroyos, na Argentina. Apresentou a foto A partida, Lavadeiras, Vitaminas e Estudo em Materiais de Construção.

Foi apresentado à revista Rio por Sansão Castello Branco e fotos de sua autoria foram publicadas, pela primeira vez no periódico, na edição de julho, no artigo Sol e sombra. Os outros fotógrafos da edição foram José Medeiros e Peter Scheier (1908-1979) (Rio, julho de 1946). Até 1949, teve fotos suas publicadas em algumas edições da revista.

Rio, julho de 1946

Em torno deste ano, fotografou vários aspectos do Rio de Janeiro, tanto personagens do cotidiano como sua paisagem natural e construída: cenas de futebol, de rodas de samba, da rua do Jogo da Bola e de prédios como o Ministério da Educação e a Associação Brasileira de Imprensa.

Entre 1946 e 1949, fotografou cenas de balé. Dentre eles o balé Yara, montado pelo Ballet Russe no Teatro Municipal de São Paulo. A música era de Francisco Mignone (1897-1986), o argumento do poeta Guilherme de Almeida (1890-1969) e, os figurinos e cenários, de Cândido Portinari (1903-1962). Fotografou também coreografias do Ballet des Champs-Elysées como La Création e Le Jeune homme et la mort e o Balé da Juventude, no Rio de Janeiro (Jornal de Notícias (SP), 23 de julho de 1946, terceira coluna; A Noite, 24 de maio de 1949).

“Um dos assuntos mais difíceis de serem fotografados é o que representa seres em movimento como em atividades esportivas e particularmente a dança...cabe ao fotógrafo procurar o momento mais expressivo e fixá-lo para sempre”.

Fotografia – Caminhos Diversos, Iris, agosto de 1948

Publicação de fotos de sua autoria das bailarinas Vilma Lemos Cunha e Tamara Capeller dançando, nas areias de Copacabana, Rondó Caprichoso, de Saint-Saens, com coreografia de Nini

Thomaz Farkas. Rua do Jogo da Bola, 1947. Rio de Janeiro, RJ / Acervo IMS

Theilade, apresentado pelo Balé da Juventude (A Casa, setembro de 1946).

Em setembro, participou com as fotos Futurismo, Entardecer no Tietê e Descanso do VII Salão Anual Foto Club Salta, na Argentina.

Entre 6 e 13 de outubro, realização do IV Concurso Internacional de Fotografias Desportivas, organizado pelo Club Atlético Provincial, de Rosário, na Argentina. Recebeu uma menção pelo conjunto de suas fotos e o Grande Prêmio por O último esforço. Além desta, apresentou as fotos Crawl, Equilíbrio, Impulso, Espalda, Angel, Preparando o salto, Sombras que correm, Força Bruta e Contraluz. Na mesma ocasião, realização do II Salão de Fotojornalistas em Temas Desportivos.

Com as fotos Telhas e Escadas e sombras participou do 2º Salão Anual de Arte Fotográfica do Foto Club Buenos Aires, realizado, entre 15 e 31 de outubro nas Galerias da Asociación Estímulo de Belas Artes.

Entre os dias 15 e 19 de outubro, realização do Third Chicago International Color Slide Exhibit, nos Estados Unidos. Farkas apresentou as fotos Rio de Janeiro at night (Rio de Janeiro à noite) e Modern Building (Edifício Moderno).

Em novembro, realização do Xº Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional do Foto Club Argentino, na Galeria Peuser, em Buenos Aires. Farkas participou com as fotos Detalhe, Premeditação e Fundição.

Entre 5 e 15 de dezembro, realização do Salão do Foto Club Rosário, na Argentina. A exposição aconteceu no Museu de Belas Artes Juan B. Castagnino e Farkas participou com a foto Lavadeiras.

No V Salão Internacional de Arte Fotográfica, organizado pelo Foto Club Santa Fé, da Argentina, e realizado na Casa do Artista, entre 7 e 29 de dezembro, Farkas participou com as fotos Detalhe, Entardecer no Tietê e Futurismo.

Participou do V Salão Internacional de Arte Fotográfica promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotos Aridez, Alta tensão, Gênesis e Anhangabau (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1946, página 23).

Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1946, página 22

Em Paris, com as fotos Estudo de composição e A partida, participou do 34º Salão de Arte Fotográfica, organizado pela Sociedade Francesa de Fotografia e Cinematografia.

Participou com as fotos Obras humanas e Estudo de composição do Indianápolis International Salon of Photography, no Museu de Arte John Herron, nos Estados Unidos.

Em Zaragoza, na Espanha, participou do XXII Salão Internacional de Fotografia com as fotos Manhã de abril e Estudo de composição.

No Palácio do Alhambra, em Santiago do Chile, realização do X Salão Oficial de Fotografias do Club Fotográfico do Chile. Apresentou as fotos Goal!, Descanso, Contemplação, Rosa do passado e Entardecer no Tietê.

Participou do 9º Salão Internacional de Arte Fotográfica, o IX Salão de Portugal, com as fotos Contemplação e Entardecer no Tietê.

Participou do Vigésimo Segundo Salão de Fotografia e Sétimo Salão Brasileiro Anual de Arte Fotográfica, na sede do Foto Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro. Apresentou a foto Arquitetura.

Participou da CS Exhibition com as fotos Estudo de composição, The High Jump (Salto em altura), Descanso, Goal!, Premeditação, The spectators (Os espectadores), Laughing eyes (Olhos risonhos), No title (Sem título) e Sunlight and shadows (Luz do Sol e sombras).

1947

Em torno de 1947, com colegas da Politécnica e amigos, dentre eles os irmãos Edmundo e Vinicio Callia, Luiz Andreatini, Capote Valente, Eduardo Rosso, Haroldo Jezler e Marcello Grassmann, Thomaz realizou fotos com composições surrealistas. Segundo publicado no artigo de Farkas, Fotografia- Caminhos Diversos, esse tipo de fotografia servia “apenas como meio a divagações psicológicas vividas e extereorizadas por um “grupo” mergulhado numa atmosfera de livres e urgentes interpretações” (Iris, agosto de 1948).

Em janeiro, Hans Koranyi ou João Koranyi (1905-1968) como ficou conhecido, que havia sido funcionário da Fotoptica, lançou a primeira edição da Iris, importante revista especializada em fotografia, publicada até 1999. Farkas e Benedito Junqueira Duarte (1910-1995) faziam parte da Comissão Técnica; Gregori Warchavchic (1896-1972) e Eduardo Salvatore (1914-2006), da Comissão

Propaganda de Fotoptica e da Ótica Foto Moderna / Diário da Noite (SP), 24 de dezembro de 1946

Patrocinadora; e Flávio de Carvalho (1899-1973) e Géza Kaufman, da Comissão Artística (Cultura e Fotografia Paulistana no século XX).

Na Argentina, o Foto Club de Juarez promoveu o II Salão de Arte Fotográfica Conjunto de Obras Originais de autores do Foto Cine Clube Bandeirantes, entre 22 e 30 de março, em um dos salões da Sociedad Unión Dependientes do Comercio. Farkas participou com as fotos Rosa do Passado, Entardecer no Tietê, Detalhes, Futurismo e Obras humanas.

Participou do Primeiro Salão Anual de Arte Fotográfica, organizado pelo Foto Club Mendoza, na Argentina, entre 8 e 30 de abril. Farkas apresentou as fotos Fundição, Detalhe, Premeditação e Litoral santista.

Entre 13 e 27 de abril, realização no Museu de História Natural de Nova York do Fourteenth International Salon of Photography promovido pelo Pictorial Photographers of America. Farkas participou com Study in composition (Estudo de composição) e I’ll pay him back (Premeditação).

Na Antuérpia, na Bélgica, entre 21 e 29 de setembro, Farkas participou do 14e Internationaal Fotosalon Iris. Apresentou Estudo de composição e Ensaio de ballet.

Publicação de fotos de sua autoria no artigo Maria Angélica Faccini, escrita por Sansão Castello Branco (Rio, setembro de 1947).

Entre 30 de setembro e 3 de outubro, realização do Fourth Chicago International Color Slide Exhibit, na The Chicago Historical Society, nos Estados Unidos. Farkas apresentou as fotos Waterfall (Cachoeira) e Texture (Textura).

Participou do XXIIe Fotosalon, realizado, entre 19 de outubro e 2 de novembro em Gent, na Bélgica, com as fotos Ensaio de ballet e Premeditação.

Participou com a foto Obras humanas do 9th Annual Photography Salon, em Evansville, Indiana, nos Estados Unidos, realizado, entre 19 de outubro e 2 de novembro.

Em outubro, participou do Mississippi Valley Salon of Photography, nos Estados Unidos, com a foto Waterfall (Cachoeira).

Em novembro, com as fotos Gênesis e Nevoeiro participou do XIº Salão Anual de Arte Fotográfica Anual do Foto Club Argentino, na Galeria Witcomb, em Buenos Aires.

Formou-se como engenheiro mecânico-eletricista, em 15 de dezembro, na Escola Politécnica de São Paulo. Em entrevista para Simonetta Persichetti (1958-) e Thales Trigo (19?) realizada para o livro Thomaz Farkas (2005), que integrou a Coleção Senac de Fotografia, revelou:

“A escola foi uma grande descoberta pra mim. Descobri o Brasil. Foi lá que conheci pessoas que não eram de minha convivência diária nem de minha nacionalidade. Eram italianos, japoneses, E foram meus colegas que ampliaram a minha ideia do que era o Brasil. Nessa época fiz várias excursões pelo Brasil e aí o Brasil se abriu para mim. Foi uma experiência maravilhosa”.

Enquanto estudava na Politécnica, propôs a um professor filmar algumas experiências de física para depois mostrar para os alunos. O programa não deu certo, mas os professores ficaram sabendo que ele se interessava por cinema (Jogo de Ideias).

Foi também na faculdade que conheceu João Batista Vilanova Artigas, fundador do Instituto dos Arquitetos do Brasil em São Paulo, que lecionava arquitetura no curso de engenharia da

Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Aluno e professor tornaram-se amigos.

A sociedade com Adolfo Ratzersdorfer foi desfeita e a Fotoptica abriu uma nova loja na rua 7 de Abril, 102.

Presenteou o fotógrafo e amigo José Medeiros com a primeira edição do livro California and the West, de Edward Weston, resultado da primeira bolsa de fotografia concedida a um fotógrafo pela John Simon Guggenheim Foundation, nos Estados Unidos.

No livro Gente e Terra do Brasil, documentário fotográfico organizado pelo livreiro austríaco naturalizado brasileiro Erich Eichner (1906 – 1974), quinto volume da Coleção de Temas Brasileiros da Livraria Kosmos Editora, lançado, provavelmente, em 1947, com síntese histórica e econômica de John Knox (? – ?) e prefácio do jornalista, político, professor e pesquisador Carlos Rizzini (1898-1972), das 128 imagens publicadas, 30 eram de autoria de Theodor Preising (1883 – 1962). Havia também fotos de Carlos Moskovics (1916-1988), Erich Hess (1911-1995), Hans Gunter Flieg (1923-2024), Hildegard Rosenthal (1913-1990), José Medeiros, Peter Scheier (1908-1979) e Thomaz Farkas, dentre outros. Algumas imagens eram provenientes do arquivo da Panair. O livro era traduzido para o inglês, francês e espanhol (Correio da Manhã, 2 de dezembro de 1947, quinta coluna).

Participou do VI Salão Internacional de Arte de Fotográfica promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotografias Dois irmãos, Ballet, Composição (Ministério da Educação) e Composição (Copacabana) (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, novembro/dezembro de 1947, página 28). Foi anunciado que para comemorar o encerramento do evento, na Galeria Prestes Maia, seriam exibidos, em 4 de janeiro, dispositivos coloridos de autoria dos srs. Guilherme Malfati, Tomas J. Farkas, Alberto Pozzi e outros amadores desta capital que se dedicam a esse gênero de fotografia (Correio Paulistano, 31 de dezembro de 1947, última coluna).

Participou do Sixth International Exhibition of Photography promovido pela Southgate Photographic Society, em Londres, na Inglaterra. Apresentou as fotos Stairs and shadows (Escadas e sombras), Mud (Lama), Soap and water (Sabão e água) e Sea Calm (Mar calmo).

Participou do VI Salão Internacional de Arte Fotográfica promovido pela Agrupacion Fotográfica de Cataluña, na Espanha.

Em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos, participou do Lazarus International Salon of Photography.

Participou com as fotos Escadas e sombras, Descanso e Entardecer no rio do XXIII Salão Internacional de Fotografia, em Zaragoza, na Espanha.

Nos Estados Unidos, participou do 14th Wilmington International Salon of Photography. Apresentou a foto I’ll pay him back (Premeditação).

No Palácio do Alhambra, em Santiago do Chile, participou do XI Salon Oficial de Fotografias, promovido pelo Club Fotográfico do Chile. Apresentou a fotos Itanhaem, Aeroporto Santos Dumont e Escadas e sombras.

Participou com a foto Estudo de composição do Ninth Muncie International Salon of Photography, em Muncie, Indiana, nos Estados Unidos.

Com a foto Fantastic shadows (Sombras fantásticas) participou do Louisville International Salon of Photography.

Foi com um grupo de fotoclubistas do Bandeirante a Paquetá.

Embarque para excursão a Paquetá / Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1947, pagina 3

Participou do 3º Salão Internacional de Arte Fotográfica com as fotos Gênesis e Anhanguabaú.

1948

Ele e o fotógrafo cearense Chico Albuquerque (1917-2000) tornaram-se membros da Comissão de Fotografia do MAM-SP. Haviam se conhecido no Foto Cine Clube Bandeirante. Segundo Farkas, quando Chico Albuquerque voltou para o Nordeste, a Galeria Fotoptica ficou com todo seu arquivo em troca de um equipamento que ele levou. Depois os negativos foram tranferidos por doação para o arquivo do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

Entre 13 de fevereiro e 5 de março, participou do Primeiro Salão Internacional Cubano de Fotografias Artísticas, em Havana. Apresentou as fotos Estudo de composição e Obras humanas.

Participou, na Argentina, do II Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional, promovido pelo Foto Club Mendoza, entre 14 e 24 de março. Apresentou as fotos Niebla em el campo (Nevoeiro no campo) e Contraluz.

Publicação, na coluna “Artes e Artistas” de uma fotografia do Cine Ipiranga realizada por Thomaz, com um comentário acerca de seus trabalhos (O Estado de São Paulo, 17 de março de 1948, página 4).

“...Seu autor, Tomas J. Farkas, vive entre nós e os meios especializados em arte fotográfica o conhecem como um ótimo técnico e um arrojado experimentador de novas formas em branco e preto. Não se creia, contudo, que Farkas é daqueles tímidos artistas que procuram sinplesmente maneiras inéditas de tratar velhos temas. Sua ambição é maior. Procura, quase sempre,

Coluna “Artes e Artistas” / O Estado de São Paulo, 17 de março de 1948

conseguir com a câmara fotográfica um resultado que, partindo embora de um pedaço de realidade, o permita transcender dessa entidade palpável e compor uma forma, uma composição cuja existência só começa ao revelar-se o negativo no laboratório”.

O Estado de São Paulo, 17 de março de 1948

Publicação da reportagem Um famoso nadador com fotografias de autoria de Farkas de Sérgio Geraldo de Alencar Rodrigues (19302014), atleta do Fluminense (Revista Rio, abril de 1948).

Em abril, participou do 4º Salão Internacional da Sociedade Fluminense de Fotografia, no Salão de Exposições do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro. Apresentou as fotos Dois Irmãos e Ballet.

Em junho, participou com as fotos Fila, Detalhe e Premeditação do Primeiro Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional, promovido pelo Foto Club Juarez, na Argentina.

Em Buenos Aires, na Argentina, participou do Salão de Arte Fotográfica Internacional, promovido pela Comissão Municipal de Belas Artes, entre 19 e 25 de junho. Apresentou as fotos Fila, Detalhe e Premeditação.

Em Barcelona, entre 10 e 25 de junho participou com a foto Mud (Lama) do VII Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pela Agrupación Fotográfica de Cataluña.

A fotografia A aparição de Gelião, que realizou com os irmãos Callia, foi capa da revista Iris de agosto. Na mesma edição, foi publicado o artigo Fotografia – Caminhos Diversos, texto e fotos de T.J. Farkas, com 20 páginas e 38 imagens. Quatorze delas fariam parte, em 1949, da primeira exposição individual de Thomaz.

Capa da revista Iris, agosto de 1948

Entre 25 de agosto e 6 de setembro apresentou a foto Estudo em Composição no 9th Annual Vancouver International Salon of Pictorial Photography, no Canadá.

Em setembro, com as fotos Detalhe, Fundição, Premeditação e Litoral santista, participou do VIII Salão Anual do Foto Club Salta, na Argentina.

Entre 4 e 12 de setembro, participou do 15e International Fotosalon Iris, na Antuérpia, na Bélgica, apresentando a foto Bailarina.

A loja da Fotoptica, da rua 7 de Abril, 102, foi assaltada e foram roubados 70 mil cruzeiros em máquinas e materiais fotográficos (Diário da Noite (SP), 13 de setembro de 1948).

Viajou, em setembro, pela primeira vez para os Estados Unidos, onde encontrou seu tio Ladislau. Foram a Los Angeles, São Francisco, Chicago, Detroit, Cleveland, Buffalo e Nova York. Em Detroit, visitaram a fábrica Ford e, em Cleveland, foram a uma exposição de fotografia e cinema. Em um relato, Ladislau queixou-se da impontualidade de Thomaz.

Thomaz encontrou-se, na Califórnia, com Edward Weston, um dos mais influentes fotógrafos do século XX, com quem, como já mencionado, se correspondia desde 1946.

“Éramos amigos, trocávamos cartas e falávamos bastante sobre fotografia. Mas eu sempre tive a minha cabeça, e minhas fotos sempre foram diferentes das dele – outras coisas”.

Também visitou Edward Steichen, então diretor do Departamento de Fotografia do MOMA. Realizou duas fotografias nas galerias do museu: do quadro Janela e a Porta da Fazenda, de Georgia O’Keeffe (1887-1986), ao lado da Paisagem Americana de Charles Sheeler (1883-1965); e outra da exposição Aspectos atemporais da Arte Moderna, aberta ao público em 16 de novembro de 1948.

Também, em Nova York, encontrou-se com Maya Deren (1917-1961).

Edward Weston

Entre 17 de outubro e 1º de novembro participou em Gent, na Bélgica, no XXIIIe Fotosalon, promovido pelo Fotoclube Vooruit. Apresentou as fotos Estudo de matérias de construção, Fantasia, Fundição e Bailarina.

Entre 19 de outubro e 2 de novembro, participou, em Buenos Aires, nas Galerias de La Asociación Estimulo de Bellas Artes, do IV Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto Club Buenos Aires. Apresentou as fotos Grupo de Pescadores e Estudo de composição.

Participou do VII Salão Internacional de Arte Fotográfica de São

Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com a foto Reflexos na praia (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1948, página 25).

Maya Deren (1917-1961)

Participou do Salon International de Photographie de Montreal, no Canadá, com a foto Estudo de composição.

Com as fotos Estudo de composição, Obras humanas e Bailarina participou do Victoria 8th International Salon of Photography, patrocinado pelo Victoria Câmera Club.

Participou do XXIV Salão Internaciona de Fotografia, em Zaragoza, na Espanha, com as fotos Ensaio de Ballet e Energia.

Em Lisboa, Portugal, participou com as fotos Fundição e Bailarina do 11º Salão Internacional de Arte Fotográfica.

Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1948, página 19

Participou do 39º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

1949

Enviou, em janeiro, uma carta para Edward Steichen, informando que havia enviado via correio aéreo fotos de sua autoria que haviam interessado a ele. Essas fotos, eram sete, ficaram na Coleção de Referência do MOMA, conforme escrito na carta que Steichen enviou a Farkas, em 19 de maio de 1949.

Carta de Farkas a Steichen copiada do livro Estudos fotográficos (2018)

Uma das fotos foi comprada em 1959 e, em 2016, Farkas passou a figurar no segundo volume da coleção de fotografias do MOMA (O Estado de São Paulo, 22 de julho de 2015, página C8).

Foi noticiado que ele, Benedito Junqueira Duarte, Chico Albuquerque e Eduardo Salvatore formavam a Comissão de Fotografia do MAM-SP, que seria inaugurado em 25 de janeiro (A Manhã (RJ), 23 de janeiro de 1949).

Entre 19 de fevereiro e 3 de março, realização do Seventh International Western Canadian Salon of Photography, no Winnipeg Civil Autitorium, no Canadá, uma promoção do Manitoba Câmera Club. Thomaz apresentou a foto Estudo de composição.

Casou-se, em 5 de março, com a curitibana Melanie Rechulski (19292021), filha dos imigrantes russos Moisés Rechulski (?-1965) e de Clara Berezovsky (1904-1999). Foi a irmã de Melanie, Fanny (19241999), que os apresentou, em 1947. Ela trabalhava com o escritor Jorge Amado (1912-2001), irmão de Joelson Amado (1920-2005), com quem havia se casado em 1948.

O Estado de São Paulo, 22 de julho de 2015

dia do casamento, os

Foram morar na rua Avanhandava e depois em uma casa no Pacaembu, construída pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke (19071997). Tiveram quatro filhos: Beatriz, Pedro, João e Kiko. Melanie foi pioneira da psicanálise e da psicologia. Segundo seu filho João, “junto com o marido e os filhos transformou a casa em que viviam no Pacaembu em um centro de atração e convivência de amigos, colegas, conhecidos e agregados, que orbitavam aquele endereço cheio de idéias, música, arte, cultura e preocupações sociais” (Folha de São Paulo, 8 de março de 2021). Melanie e Thomaz viveram juntos até os primeiros anos da década de 80.

Na edição de julho da revista Rio, publicação do artigo Farkas fotografa La Creation, com registros dos bailarinos Nathalie Philippart (c.1926-) e Jean Babillée (1923-2014); e da coreografia de David Lichine (1910-1972) (Rio, julho de 1949).

No
noivos Thomaz e Melanie com Desidério e Tereza Farkas, fotografados por Chico Albuquerque

Farkas e Melanie fotografados por José Medeiros / Revista Rio, julho de 1949

Na mesma edição, publicação do artigo Boris Kochno e o velho Rio (Rio, julho de 1949).

Entre 5 e 19 de junho, participou com a foto Reflexos na praia II do International Fotosalon, na Bélgica, promovido pela Mechelse Fotokring.

Foi noticiado que Melanie Farkas havia se tornado sócia do Foto Cine Clube Bandeirante (Boletim do Foto Cine Bandeirante, julho de 1949, página 8).

Em 9 de julho, participou do Décimo Salão Anual de Arte Fotográfica, em Tres Arroyos, na Argentina, com a foto Estudo de composição.

Em 21 de julho, inauguração da primeira exposição individual de Farkas, Estudos Fotográficos, no pequeno salão da primeira sede do MAM-SP, na rua 7 de Abril, no Edifício dos Diários Associados. Também no museu, dois dias antes, havia sido inaugurada uma mostra de pinturas abstratas de Cícero Dias (1907-2003), no grande salão (Jornal de Notícias (SP), 16 de julho de 1949, quinta coluna; O

Estado de São Paulo, 16 de julho de 1949, O Estado de São Paulo, 6 de agosto de 1949).

“A exposição apresenta um conjunto de obras que revelam naquele então jovem de 25 anos, um olhar já extremamente pessoal, experimental e surpreendentemente pronto ou maduro em sua busca estética. Ali estava reunida, precocemente, uma parte muito significativa das grandes imagens que marcariam a obra do fotógrafo. A exposição apontava também para outros aspectos da personalidade de Thomaz: sua conexão internacional, sua ligação com a “modernidade”, seu amor pela arquitetura e sua capacidade de aglutinar talentos em torno de projetos relevantes”.

Boletim Foto Cine Bandeirantes, julho de 1949

João Farkas e Kiko Farkas, seus filhos no livro Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018)

O Estado de São Paulo, 16 de julho de 1949

Foi a primeira exposição de fotografia como manifestação artística realizada em um museu de arte no Brasil. Farkas contratou os arquitetos Miguel Forte (1915-2002) e Jacob Ruchti (1917-1974) para colaborar na mostra o que, segundo Helouise Costa (1960-), expressava o impacto de sua viagem aos Estados Unidos no ano anterior, já que havia semelhanças entre os projetos da exposição de Farkas e as estratégias de exibição contemporâneas em Nova York.

“Na exposição “Estudos Fotográficos”, Farkas juntamente com os arquitetos Ruchti e Fortes, abdicou de uma abordagem estética da fotografia, o que significou abolir o aparato das molduras e “passepartouts” que, nas mostras dedicadas à chamada fotografia dita artística, visavam garantir a ela o estatuto de obra de arte. “Estudos Fotográficos”, em sintonia com experiências inovadoras, realizadas especialmente nos Estados Unidos, afirmou a exposição como uma mídia específica, capaz de mobilizar recursos espaciais próprios para redefinir o sentido das obras. A exposição situou a fotografia em um campo expandido em meio a um diálogo interdisciplinar com outras áreas do conhecimento”.

Helouise Costa no livro Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018)

Foram expostas 60 fotografias cujos temas foram cenas de ensaios de balé, o MOMA, sua mulher, Melanie; pescadores, postes de luz, arquitetura, o Túnel Novo, no Rio de Janeiro, dentre outras.

Farkas com Miguel Fortes na exposição, 1949
Foto da exposição de 1949
Coluna Artes e Artistas / O Estado de São Paulo, 6 de agosto de 1949

As próximas duas exposições fotográficas realizadas em museus de São Paulo nos anos seguintes foram no MASP, de 2 e 18 de janeiro de 1951, Fotoformas, de Geraldo de Barros que, além de fotógrafo era artista plástico e gráfico e, em 1952, German Lorca no MAM-SP (Enciclopédia Itaú Cultural; O Estado de São Paulo, 13 de junho de 1952, página 2, quarta coluna).

Obras da cineasta russa Maya Deren foram exibidas na Filmoteca do MAM-SP (O Estado de São Paulo, 6 de agosto de 1949).

Carta de agradecimento de Lourival Gomes Machado (1917-1967), diretor do MAM-SP, a Farkas

Na Antuérpia, na Bélgica, entre 24 de setembro e 4 de outubro, Farkas participou do 16e Internationaal Fotosalon Iris. Apresentou a foto Ministério da Educação.

No Palácio do Alhambra, em Santiago do Chile, entre 1º e 29 de outubro, realização do XIII Salão Oficial de Fotografias do Club Fotográfico do Chile. Apresentou as fotos Avanhandava, Amarras e Nho Tide.

Participou do XXIVe Fotosalon, realizado, entre 23 de outubro e 1º de novembro em Gent, na Bélgica, com as fotos Reflexos na praia II, Ministério da Educação, Pescador e Amanhecer.

Em novembro, participou do XIII Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional Foto Club Argentino, na Galeria Witcomb, em Buenos Aires. Apresentou a foto Presságios.

Entre 3 e 15 de novembro, participou com a foto Vidraça do X Salão Internacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Uruguaio, em Montevidéu.

Participou do VIII Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotos Pretos na janela e Os meninos do 63 (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1949, página 16).

Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1949, página 18

Em 26 de dezembro, naturalizou-se cidadão brasileiro.

Com o fotógrafo Gerado de Barros projetou e instalou, a pedido de Pietro Maria Bardi (1900-1999), o primeiro laboratório de fotografia do MASP, que foi entregue aos alunos em 1950. Farkas era amigo de Bardi, um dos criadores do MASP, e de sua mulher, a arquiteta modernista Lina Bo Bardi (1914-1992) (Jornal de Notícias (SP), 21 de outubro de 1950, penúltima coluna; Diário de Notícias (SP), 31 de outubro de 1950, sexta coluna).

Segundo declaração de Bardi, realizada em 22 de junho de 1985: “O referido laboratório foi considerado pelos especialistas como o mais completo na época para atendimento não só a estudantes de fotografia como para a produção de material técnico, didático e

científico de que um museu necessita para seus trabalhos de pesquisa, documentação e publicação”.

Realização da Primeira Exposição Mundial de Arte Fotográfica no Rio de Janeiro, promovida pela Sociedade Fluminense de Fotografia. Farkas apresentou a foto Pescador.

Participou com as fotos Caçador precoce e Obras humanas do 2º Salão de Arte Fotográfica de São Carlos, em São Paulo.

Participou do 12° Salão Internacional de Arte Fotográfica, o XII Salão de Portugal, com a foto Presságios.

Com a foto Pescadores II participou do Montreal International Salon of Photography, no Canadá.

Participou do 40º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

1950

Em torno deste ano, foi fechada a loja Fotoptica da rua 7 de Abril, 102.

Pela primeira vez, foi o representante do Brasil na The Photographic Society of America, entre 1950 e 1951.

Thomaz e Luiz Andreatini, autores do curta-metragem Estudos, uma pesquisa estética de rostos e gestos, ganharam a Taça A Gazeta como o prêmio especial no I Concurso Cinematográfico Nacional para Amadores, uma promoção do Foto Cine Clube Bandeirante, que aconteceu no auditório do jornal A Gazeta, em 20 de janeiro. Colaborou com o filme, o primeiro curta-metragem de Farkas, o crítico de cineasta Rubem Biáfora (1922-1996). No júri do concurso, Alfredo Vasconcellos (?-?), Benedito Junqueira Duarte, Carlos Ortiz (1910-1995) e Orlando Nasi (?-?). A única cópia de Estudos foi perdida (Correio Paulistano, 15 de janeiro de 1950, quarta coluna; Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, janeiro de 1950, páginas 9 e 10).

O paulistano Luiz Paulo Vicente Andreatini também havia ingressado na Politécnica, em 1943. Em 1947, integrando um grupo denominado Os 19, participou de uma exposição realizada na Galeria Prestes Maia sob o patrocínio da União Cultural Brasil-Estados

Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, janeiro de 1950

Unidos. Voltaram a se reunir, em 1968, numa exposição realizada na Galeria Tema, em São Paulo. Também faziam parte do grupo

Aldemir Martins, Marcello Grassmann, Mario Gruber (1927-2011) e Maria Leontina (1917-1984).

O Estado de São Paulo, 18 de outubro de 1968, página 10

Entre 1949 e 1951, Andreatini morou na Itália. Em 1952, já em São Paulo, tornou-se um pesquisador na área de tecnologia. Na primeira edição da revista Sequência, escreveu o artigo O cinema japonês em São Paulo. Como pintor, participou de exposições coletivas e de individuais, em 1988, na Galeria Choice de Arte, em São Paulo; e, em 1994, na União Cultural Brasil-Estados Unidos. Em 2014, anos após

sua morte, ocorrida em 2001, seus quatro filhos doaram sua obra para a Pinacoteca de São Paulo (Site Pinacoteca de São Paulo; Site Guia das Artes; O Estado de São Paulo, 18 de outubro de 1968, página 10; O Estado de São Paulo, 24 de janeiro de 1956, página 7, primeira coluna; O Estado de São Paulo, 18 de outubro de 1988, página 60; O Estado de São Paulo, 23 de março de 1994, d2, última coluna)

Farkas foi o orientador do debate que aconteceu após a exibição do filme The River, cedido pelo Consulado dos Estados Unidos, e promovida pelo Foto Cine Clube Bandeirante, na Galeria Prestes Maia (Correio Paulistano, 11 de março de 1950, quarta coluna).

Em 20 de março, a convite de Pietro Maria Bardi, participou da primeira reunião, no MASP, para discutir o programa básico e a orientação que o Instituto de Arte Contemporânea adotaria em seus futuros cursos.

Pintura de Luiz Andreatini / Site Guia das Artes

Farkas, assim como Eduardo Salvatore e Antônio Silva Victor, presidente e diretor cinematográfico do Foto Cine Clube Bandeirante, respectivamente, foram os representantes do Foto Cine Clube Bandeirante no I Congresso de Clubes de Cinema, organizado pelo MAM-SP, entre os dias 26 e 28 de julho. Reuniu 30 agremiações e durante sua realização foi aprovada a proposta de criação da Federação Brasileira de Clubes de Cinema (Cine Repórter, 15 de julho de 1950; Boletim do Foto Cine Bandeirante, agosto de 1950).

Publicação na capa do Boletim Foto Cine Bandeirante de agosto da fotografia Pampulha, de sua autoria.

Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, agosto de 1950

Na mesma edição, numa propaganda, a Fotoptica convidava os leitores para conhecer a nossa filmoteca de aluguel recentemente criada (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, agosto de 1950). No artigo O documentário brasileiro visto por Thomaz Farkas, publicado no Jornal do Brasil, 3 e 4 de outubro de 1971, Farkas mencionou que havia criado na Fotoptica a primeira filmoteca baseada nos filmes da Enciclopédia Britânica e da Coronet Filmes. “Eles mandavam material para a Universidade de São Paulo onde eram traduzidos. Eram filmes sobre Astronomia, Geologia, Física, etc. Nada de Brasil”.

De 13 a 27 de agosto, participou do salão Billedmaessig Fotografi, na Dinamarca, com a foto Avanhandava.

Em setembro, participou, em Luxemburgo, do IVe Salon International d´Art Photographique com a foto Obras humanas.

Entre 15 e 30 de setembro, em Barcelona, participou com a foto Apreciação, do IX Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pela Agrupación Fotográfica de Cataluña.

Participou com as fotos Movimento de praia, Cassino de Pampulha e Apartamentos do IX Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1950, página 17).

Em 13 e 14 de outubro, realização, na nova sala de projeção do MAM de São Paulo, do I Festival Internacional de Cinema Amador promovido pelo Departamento Cinematográfico do Foto Cine Clube Bandeirante com a participação de 15 filmes de oito países: Argentina, Brasil, Cuba, Estados Unidos, França, Inglaterra Suíça e Uruguai. Estudos, de Farkas e Andreatini; e Parques e jardins de São Paulo, de Benedito Junqueira Duarte, representaram o Brasil (Correio Paulistano, 12 de outubro de 1950, quarta coluna).

Em novembro, participou do 1º Salão Sergipano de Arte Fotográfica com as fotos Cachoeira, Premeditação e Reflexos na praia II.

Participou com as fotos Apartamentos e Cachoeira do 3º Salão de Arte Fotográfica de São Carlos.

Thomaz conheceu o cineasta Alberto Cavalcanti, o fotógrafo inglês Henry Edward Fowle, conhecido como Chick, e o diretor de fotografia francês Jacques Deheinzelin, dentre outros, quando passou a frequentar os estúdios da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo (SP).

Participou do XIV Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional Foto Club Argentino, na Galeria Witcomb, em Buenos Aires. Apresentou a foto Pátio de manobras. 1951

Realização, em janeiro, do II Concurso Cinematográfico Nacional para Amadores com quatro categorias de inscrição: científico, documentário, enredo e experimental. Farkas concorreu, mas não foi premiado, com o filme Cenas de cidade grande (Correio Paulistano, 7 de janeiro de 1951, quarta coluna).

Pontuação dos filmes publicada no Boletim Foto Cine, janeiro de 1951

Na categoria Documentário, o primeiro lugar ficou para Alguns dias em Bertioga, de Estanislau Szankowsky que também recebeu o

Troféu A Gazeta; e, na categoria Científico, o vencedor foi Catarata, de Benedito Junqueira Duarte, que também conquistou a Taça Hercule Florence. A Taça Estímulo foi concedida a Aldeia em Paris, de Jean Lecocq (18?-19?).

Foi noticiado que ele ministraria um curso de fotografia no laboratório fotográfico do MASP com duração de um mês, a partir de 7 de março (Diário da Noite (SP), 19 de fevereiro de 1951, terceira coluna; Diário da Noite (SP), 2 de março de 1951).

Participou da exposição Abstração em fotografia, realizada entre 1º de maio e 4 de julho no MOMA com a curadoria de Edward Steichen (Site do MOMA).

Em 21 de junho, veiculação de uma propaganda da Fotoptica: 28 anos de experiência nos credencia a bem servi-lo. Na época a única loja era a da rua São Bento, 358 (Diário da Noite (SP), 21 de junho de 1951).

Iniciou uma correspondência com o documentarista holandês Joris Ivens, de quem se tornou amigo.

Diário da Noite (SP), 21 de junho de 1951

A Fotoptica inaugurou, em 17 de novembro, a loja que se tornaria a matriz da empresa, na rua Conselheiro Crispiniano, nº49. O prédio da loja foi construído pelo arquiteto húngaro Francisco Beck (19011990), que insistiu muito para que Desidério comprasse a loja. A rua Conselheiro Crispiniano, até a década de 80, reuniu cerca de 40 estabelecimentos especializados em materiais cinematográficos e fotográficos, sendo o pólo deste tipo de artigos em São Paulo (O Estado de São Paulo, 18 de novembro de 1951, página 14, quarta coluna).

Projetou e instalou o Laboratório Fotográfico de Física da Escola Nacional de Engenharia do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro.

Esteve com o presidente da Rodenstock, fábrica de aparelhos fotográficos, objetivas e aparelhos óticos, sediada em Munique, na Alemanha, na visita que ele fez à Fotoptica (O Estado de São Paulo, 26 de agosto de 1951, página 12, primeira coluna).

O Estado de São Paulo, 18 de novembro de 1951
O Estado de São Paulo, 26 de agosto de 1951

Entre 1º e 13 de agosto, participou, em Buenos Aires, nas Galerias de la Asociación Estímulo de Bellas Artes, do VII Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto Club Buenos Aires. Apresentou a foto Preto na janela.

De 12 a 26 de agosto, participou do salão Billedmaessig Fotografi, na Dinamarca, com a foto Avanhandava.

Participou do XX Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo, promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante na Secção Branco e Preto com a fotografia Bailarina. Na Secção Color, integrou o júri e expôs quatro trabalhos (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1951, páginas 15, 66 e 72).

Em setembro, realização do Salão Capixaba de Arte Fotográfica, em Vitória, promovido pelo Foto Clube do Espírito Santo. Farkas participou com a foto Cachoeira.

Entre 24 e 29 de novembro, participou do 1º Salão Internacional de Arte Fotográfica de Blumenau, em Santa Catarina, promovido pelo Foto Club Blumenau. Expôs a foto Estudo de composição.

Em 29 de dezembro, nascimento da primeira e única filha de Thomaz e Melanie, a futura pedagoga Beatriz.

Farkas Bitelman

Em Johanesbugo, na África do Sul, participou do Fifteenth South African Salon of Photography com a foto Pescadores.

Participou do Swedish Máster Competition, na Suécia, e recebeu uma menção honorária.

Participou, em Paris, do 39º Salon Internationa d´Arte Photographique. Apresentou as fotos Ensaio de ballet e Cassino da Pampulha.

1952

Foi reproduzida uma lista do American Annual of Photography com o número de salões internacionais e com quantas fotografias alguns fotógrafos haviam participado destes eventos no período entre 1948 e 1951. Estes foram os números de Farkas: 1948/1949 – 14 salões com 23 fotografias; 1949/1950 – 7 salões com 11 fotografias; e 1950/1951 – 8 salões com 10 fotografias (A Manhã, 30 de março de 1952, segunda coluna).

Foi anunciado que Pedro Zuppo era desde 1° de março o gerente da Fotoptica da rua São Bento e que Alberto Arroyo continuava à frente da recém inaugurada loja da rua Conselheiro Crispiniano, nº49 (Diário da Noite (SP), 7 de abril de 1952).

Diário da Noite, 7 de abril de 1952

Entre 1º e 31 de maio, com a foto Telhas, participou, da I Exposição Internacional de Arte Fotográfica em Belgrado, capital da Sérvia.

Em julho, apresentou as fotos Cachoeira e Pátio de manobras no 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica de Santo André, uma promoção do Câmara Clube de Santo André.

A Fotoptica ampliou a seção de Fotocópias que mantinha junto à sede do Foto Cine Clube Bandeirante, na rua São Bento, 357, 1° andar (Diário da Noite, 23 de julho de 1952).

Participou da sessão Color do XI Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotos Cachoeira, Composição e Rochas (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1952, página 39).

Com a foto Cachoeira participou do 2º Salão Campineiro de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto-Cine Clube de Campinas.

Com as fotos Reflexos e Cachoeira participou do 2º Salão Mineiro de Arte Fotográfica, em Belo Horizonte.

1953

Foi, pela segunda vez, representante do Brasil na The Photographic Society of America, entre 1953 e 1954.

Em 9 de fevereiro, nascimento de Pedro Farkas, segundo filho do casal Thomaz e Melanie Farkas, futuro fotógrafo.

Pedro Farkas

Comemoração dos 30 anos de fundação da Fotoptica, na Churrascaria A Estância, com a presença de Desidério, Thomaz e Alberto Arroyo, sócios da empresa (O Estado de São Paulo, 8 de março de 1953, página 7, primeira coluna; Diário da Noite, 10 de março de 1953, última coluna; Novidades Fotoptica, 1953).

Já era e diretor-técnico e sócio da Fotoptica (Diário da Noite (SP), 10 de março de 1953, penúltima coluna).

Em março, participou do 1º Salão de Arte Fotográfica de Jaboticabal, em São Paulo. Apresentou as fotos Textura, Ministério da Educação e Telhas.

Em maio, falecimento de sua mãe, Tereza.

A Fotoptica possuía duas lojas - uma na rua São Bento, 359, e a outra na rua Conselheiro Crispiniano, 49. Um laboratório estava em construção.

O Estado de São Paulo, 30 de maio de 1953

Em agosto, participou do Ve Salon International d´Art Photographique, em Luxemburgo, com a foto Pescadores.

Novidades Fotoptica, 1953
Novidades Fotoptica, 1953

Em setembro, passou a fazer parte do Conselho Consultivo da Kino Filmes S.A., fundada e dirigida por Alberto Cavalcanti.

Em dezembro, no ano em que a Fotoptica completou 30 anos, lançamento do periódico Novidades Fotoptica, mistura de catálogo da loja Fotoptica e jornal. Trazia informações culturais e técnicas para os interessados, profissionais ou não, nos ramos de fotografia, cinema e ótica. Neste primeiro número, Thomaz assinou o artigo

Monte “seu” laboratório. Com diferentes periodicidades e formatos a Novidades Fotoptica circulou até 1987, com uma interrupção de cerca de três anos, entre 1967 e 1970, quando passou a se chamar Revista Fotoptica. Antes deste periódico, a Fotoptica já havia editado a publicação Luz e Sombra, que promovia fotógrafos amadores e concursos de fotografia (Novidades Fotoptica, dezembro de 1978).

Acesse aqui todos os 136 números da Novidades Fotoptica / Revista Fotoptica publicados entre 1953 e 1987, digitalizados e ocerizados pela Biblioteca de Fotografia do IMS Paulista.

Participou do 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica de Oswaldo Cruz, em São Paulo, com as fotos Pescadores e Reflexos na praia II.

1954

Em 28 de janeiro, tornou-se diretor do Departamento de Intercâmbio da Associação Paulista de Cinema (APC) e, em dezembro, viajou para a Europa, para procurar estabelecer intercâmbios entre a APC e outras associações.

Aderiu à homenagem prestada a Franco Zampari (1898-1966), presidente da Companhia Cinematográfica Vera Cruz (O Estado de São Paulo, 9 de fevereiro de 1954, página 6, terceira coluna).

A Fotoptica fazia promoções para os clientes adquirirem máquinas fotográficas (Diário da Noite (SP), 26 de fevereiro de 1954, primeira coluna; e 27 de abril de 1954, primeira coluna).

Fotografou as celebrações do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo e com uma filmadora Kodak 16mm, de corda, registrou em preto e branco, durante cerca de seis minutos, um show de

Alfredinho Flautim, Almirante, Benedito Lacerda, Donga, Jacob Palmieri, João da Baiana e Pixinguinha, realizado no Parque do Ibirapuera, em 25 de abril. Mas não havia tomada de som. O filme ficou perdido por cerca de 50 anos - Farkas, por acaso, o encontrou. Marcelo Nastari, na época assistente de Coordenação do Instituto Moreira Salles, identificou as músicas que o grupo executava, Ele e eu e Patrão prenda seu gado e, em janeiro de 2004, o material foi sonorizado pelo Instituto Moreira Salles e pela Cia de Áudio e Imagem. As imagens sonorizadas podem ser vistas no documentário Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por ele e pelo cineasta e biólogo Ricardo Dias (O Estado de São Paulo, 25 de abril de 1954, página 17, primeira coluna).

Assista aqui o documentário Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006).

Projetou e instalou o Laboratório Fotográfico do Instituto de Eletrotécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Doou para a Filmoteca do MAM-SP 63 livros de cinema e fotografia e várias coleções de revistas especializadas (Tribuna da Imprensa, 30 de junho de 1954, última coluna).

Foi noticiada a chegada de máquinas para o novo laboratório foto cinematográfico da Fotoptica (Diário da Noite (SP), 17 de maio de 1954, primeira coluna).

Farkas assinou o artigo O novo laboratório foto cinematográfico da Fotoptica, recém inaugurado, capa da Novidades Fotoptica do segundo semestre de 1954.

Foi noticiado que a Fotoptica possuía uma loja no Ibirapuera (Marquise). Numa propaganda de dezembro, esta loja não foi mais anunciada (Diário da Noite (SP), 9 de setembro de 1954, última coluna; Diário da Noite (SP), 13 de dezembro de 1954, última coluna).

Participou do XIII Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo, promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante e comemorativo do Quarto Centenário de São Paulo, com a fotografia Movimento de praia (II). Foi a última vez que participou de um salão de fotografia

Diário da Noite (SP), 17 de maio de 1954

do Foto Cine Clube Bandeirante (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1954, página 12).

1955

Durante os primeiros meses de 1955, viajou para dez países europeus onde visitou diversas fábricas de lentes e câmeras fotográficas. Na Alemanha fez um curso teórico e prático em Leverkusen, tendo diplomado-se Técnico em Agfacolor, em 19 de março de 1955.

Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956, páginas 1 e 2

Na loja da Fotoptica da rua Conselheiro Crispiniano, novas instalações com ampla exposição de artigos e aparelhamento para

estúdio de fotógrafos profissionais. Anuncia também uma revelação sensacional para cine amadores e também óculos com garantia e precisão (Diário da Noite (SP), 9 de maio de 1955, primeira coluna; Diário da Noite (SP), 6 de junho de 1955, última coluna; Diário da Noite (SP), de 1955, primeira coluna).

Em 27 de junho, nascimento de João Farkas, terceiro filho do casal Thomaz e Melanie Farkas, futuro fotógrafo.

Melanie e Thomaz Farkas fizeram uma doação à Associação Feminina Israelita Brasileira (Nossa Voz, 18 de novembro de 1955).

No Museu de Etnografia de Neuchatel, na Suíça, realização de uma importante exposição de arte brasileira, organizada pelo diplomata Vladimir Murtinho (1919-1990) e inaugurada em 19 de novembro. Farkas era um dos representantes da área de Fotografia (Correio da Manhã, 8 de dezembro de 1955, quarta coluna).

João Farkas

1956

A Fotoptica tinha quatro endereços em São Paulo: duas lojas na rua

São Bento, 294 e 359, uma na rua Conselheiro Crispiniano, n° 49; e, a mais nova, na rua Direita, n° 85.

Correio da Manhã, 8 de dezembro de 1955
Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956
Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956
Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956

Novidades Fotoptica, primeiro semestre de 1956

Em 1956 e 1957, foi membro do Comitê de Progresso Técnico e TV da Society of Motion Picture and Television Engeneers, em Kansas City, no Missouri, nos Estados Unidos, para cuidar especificamente da cobertura das atividades e progressos técnicos do cinema e da TV no Brasil.

1957

Projetou e instalou o Laboratório Fotográfico do Instituto de Polícia Técnica de São Paulo.

Após um incêndio que destruiu o acervo da Cinemateca Brasileira, Thomaz fez uma doação de livros e revistas sobre cinema à instituição. A Cinemateca havia sido oficializada, em 1949, como Filmoteca do MAM-SP. Tornou-se Cinemateca Brasileira, em 1956, sob o comando de seu idealizador e diretor, Paulo Emilio Sales Gomes (1916-1977) (O Estado de São Paulo, 3 de fevereiro de 1957, página 15, primeira coluna).

Na Novidades Fotoptica do segundo semestre, Thomaz assinou a matéria de capa: Novo Laboratório Colorido – sua recente instalação na Fotoptica.

Identificado como um dos proprietários da Fotoptica, foi um dos juízes do concurso das fotos com o tema Retrato, realizado pelo

Santos Cine Foto Clube, em setembro (A Tribuna, 5 de outubro de 1957, quarta coluna).

Em 15 de novembro, nascimento de Kiko Farkas, filho caçula do casal Thomaz e Melanie Farkas, futuro designer e ilustrador.

Em 30 de novembro, foi membro do júri de seleção e de julgamento do III Salão Internacional de Arte Fotográfica, patrocinado pela Prefeitura de Santos, que se realizaria em janeiro de 1958.

1958

No Cine-Clube do Centro Dom Vital proferiu uma palestra sobre as Características das Novas Técnicas, integrante do curso As Novas Técnicas e o Cinema (Correio Paulistano, 7 de março de 1958, segunda coluna).

Era um dos suplentes da diretoria da Associação Profissional da Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo (Correio Paulistano, 4 de setembro de 1958, penúltima coluna).

Participou da exposição Fotografias da coleção do museu realizada no MOMA, entre 26 de novembro de 1958 e 18 de janeiro de 1959, com curadoria de Edward Steichen (Site do MOMA).

Kiko Farkas

Anúncio da ampliação da loja da rua Conselheiro Crispiniano no 35º ano de funcionamento da Fotoptica (Diário da Noite (SP), 26 de novembro de 1958).

1959

Era diretor-tesoureiro da Associação Profissional da Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo.

O periódico Novidades Fotoptica passou a ser trimestral.

Foi um dos palestrantes das festividades do 20º aniversário do Foto Clube Cine Bandeirante (Jornal do Brasil, 12 de abril de 1959, quinta coluna).

A Fotoptica tinha um laboratório cinematográfico, onde eram revelados filmes preto e branco e coloridos e que fazia qualquer serviço de laboratório de cinema, mesmo profissional.

A Fotoptica anunciava a rapidez de suas fotocópias (Diário da Noite (SP), 8 de julho de 1959).

Novidades Fotoptica, segundo trimestre de 1959

1960

Em torno de 1960, o arquiteto João Batista Vilanova o apresentou a um círculo de pessoas ligadas ao cinema, dentre eles Vladimir Herzog, Geraldo Sarno e Maurice Capovilla que, anos depois, participariam do projeto de Farkas de realização de documentários sobre aspectos da realidade brasileira.

Foi membro do Comitê de Progresso Técnico de Cinema e TV da Society of Motion Pictures na Television Engineers, em Rochester, nos Estados Unidos, para cuidar especificamente da cobertura das atividades e progressos técnicos do cinema e da TV no Brasil.

Sua fotografia, Chegada, foi uma das dez fotos selecionadas para representar o Brasil no concurso internacional de fotografias esportivas promovido pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Roma. Uma foto de sua autoria, de um atleta prestes a arremessar um peso, foi exibida no Palácio dos Esportes, em Roma (O Fluminense, 23 de março de 1960, quinta coluna; O Estado de São Paulo, 27 de março, página 30, primeira coluna e 11 de setembro de 1960, página 32, última coluna).

Diário da Noite (SP), 8 de julho de 1959

Fotografou a inauguração de Brasília, em 21 de abril, para onde havia viajado várias vezes nos últimos anos da década de 50, fotografando as obras da cidade. Produziu várias fotos que resultaram em uma importante série de registros do Núcleo Bandeirante, das obras e do nascimento da cidade e de suas cidadessatélites, privilegiando o tema dos trabalhadores e suas moradias na periferia da cidade. Nessas imagens, evidenciou-se o viés humanista do fotógrafo e seu interesse pela linguagem do fotojornalismo. Ele inclusive várias vezes expressou seu desejo de ser um repórter fotográfico. Visitou e fotografou o arquiteto Zanine Caldas (19192001), pioneiro do paisagismo com plantas do cerrado. Realizou também um filme que desapareceu. Farkas fez esse trabalho em torno da nova capital do país por interesse pessoal e o financiou. A iniciativa dessas viagens à Brasília surgiu de uma sugestão do arquiteto Jorge Wilheim e do sociólogo Pedro Paulo Poppovic, amigos de Farkas. Eles haviam sido proponentes de um dos 26 anteprojetos que participaram do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, realizado entre 1956 e 1957, que resultou na edificação de Brasília. O projeto de Lúcio Costa (1902-1998) foi o vencedor (Construções: imagens, discursos e narrativas na Brasília de Thomaz Farkas).

Farkas havia conhecido Poppovic porque as mulheres deles, Melanie e Ana Maria (1928-1983), respectivamente, ficaram amigas na faculdade de psicologia, na década de 40. Wilheim e sua mulher, a psicanalista Joanna (1930-), também eram muito amigos dos dois casais.

Thomaz Farkas. Populares na abertura do Congresso Nacional na inauguração de Brasília, 21 de abril de 1960

Segundo Rosely Nakagawa sobre as fotos de Brasília: “Na inauguração ele faz quase um cinema “stop motion”. E eu acho que foi um período importante onde ele passou de fotógrafo a cineasta”.

A Fotoptica seguia fazendo promoções (Diário da Noite (SP), 5 de maio de 1960).

Com a presença de Desidério e Thomaz Farkas, Alexandre Ewert, diretor do laboratório da Fotoptica, foi homenageado por seus 25 anos de trabalho na empresa (Diário da Noite (SP), 13 de maio de 1960, penúltima coluna).

Seu pai faleceu, em 29 de agosto de câncer. Thomaz assumiu a direção da Fotoptica. Durante sua gestão a empresa cresceu muito: em 1960, possuia quatro lojas com cerca de 100 funcionários e, em 1990, a Fotoptica tinha 50 lojas ou pontos de venda, uma rede de 14 óticas no Rio de Janeiro e empregava mais de 1000 pessoas (O Estado de São Paulo, 31 de agosto de 1960; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

A Fotoptica anunciava que, a partir de um fotograma de um filme, produzia uma fotografia (Diário da Noite (SP), 25 de novembro de 1960, penúltima coluna).

1961

Foi um dos sócios-fundadores do Clube Paineiras do Morumby (O Estado de São Paulo, 2 de fevereiro de 1961, página 17, última coluna).

O Estado de São Paulo, 31 de agosto de 1960

Doou ao Santos Cine Foto Clube um moderno spotlight feito pela Fotoptica (O Diário (SP), 12 de março de 1961, terceira coluna).

1962

A convite da fábrica Sahi Pentaz viajou para o Japão. Foi também aos Estados Unidos e à Europa onde visitou diversas fábricas e informou-se sobre as inovações nos equipamentos fotográficos e cinematográficos.

Foi assessor técnico do concurso A Criança na Fotografia, realizado pela Alcântara Machado Empreendimentos, em outubro, durante o II Salão da Criança, em São Paulo.

1963

Conheceu os cineastas Edgardo Pallero e Fernando Birri, ambos argentinos e integrantes da Escola Latino-Americana de Documentários de Santa Fé, por onde passaram os brasileiros Maurice Capovilla e Vladimir Herzog, dentre outros (Depoimento de Fernando Birri para o encarte Thomaz Farkas, setenta anos, do Cinema Cultural Paulista 1994).

Birri fotografado por Farkas / Correio Braziliense, 3 de outubro de 1982

“Era em 1963 e o Brasil vivia uma abertura democrática incrível. A Argentina… bem, em poucas palavras: deixávamos para trás a escola, éramos quatro companheiros, homens e mulheres: Edgardo Pallero, sua companheira Dolly Pussi, Manuel Horácio Gimenez e minha companheira Carmen. Em São Paulo nos organizaram uma palestra na cinemateca, onde estava Paulo Emílio [Salles Gomes].

Quem organiza é Rudá de Andrade, e junto com ele está Vlado e também Sérgio Muniz, está toda a turma com a qual, quando termina a palestra nesta mesma noite, saímos todos com um entusiasmo único, falando em fazer muitos filmes, e isso e aquilo – havíamos apresentado Tire Dié e outros documentários da escola –, e então se aproxima um senhor, jovem ainda, porém um pouquinho mais velho do que nós, que diz “que bom… tenho uma casa de fotografia que tem aparelhos”… e esse senhor…

Thomaz Farkas!

Sim, Thomaz Farkas, grande Thomaz! Nasce então aí o movimento documentarista paulistano. E Thomaz decide levar adiante essa empresa, a assume economicamente, produz os documentários, e nós ficamos uns meses mais, depois vamos ao Rio porque a possibilidade de fazer filmes estava mais no Rio, uma vez que eu já vinha preparando um projeto com Ferreira Gullar, que era João Boa Morte”.

Revista Pesquisa FAPESP, setembro de 2006

Dirigiu um curso de Fotografia na Associação Paulista de Propaganda, iniciado em 16 de setembro.

O casal Farkas foi passar uns dias no Guarujá (Diário da Noite (SP), 28 de janeiro de 1963, quarta coluna).

Foi um dos sócios-fundadores do novo MAM-SP.

Foi, pela terceira vez, representante do Brasil na The Photographic Society of America.

Às vésperas da abertura da VII Bienal de São Paulo, Melanie e Thomaz estiveram presentes em uma festa oferecida por Jenny Klabin Segall (1899-1967), viúva do artista plástico Lasar Segall (1889-1957), no Museu Lasar Segall, em São Paulo, que ainda não havia sido oficialmente inaugurado (Diário da Noite (SP), 27 de setembro de 1963, terceira coluna).

Foi eleito suplente do conselho fiscal do Sindicato da Indústria Cinematográfica de São Paulo (O Estado de São Paulo, 6 de outubro de 1963, página 15, penúltima coluna; Cinelândia, novembro de 1963, segunda coluna).

Publicação do Manual do Fotógrafo, do francês Lucien Lorelle. A tradução foi feita por Delmiro Gonçalves e Farkas foi o responsável pela adaptação às condições brasileiras (A Tribuna (SP), 10 de outubro de 1963, quarta coluna; Diário da Noite (RJ), 4 de setembro de 1963, primeira coluna).

1964

No Teatro Municipal de São Paulo, Thomaz esteve presente na última récita do The Shakespeare Festival Company, quando foi encenada a peça O Mercador de Veneza (Diário da Noite (SP), 22 de abril de 1964, terceira coluna).

Após o Golpe de 1964, o sociólogo e futuro presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, passa alguns dias escondido na casa de Farkas, no Guarujá (O Estado de São Paulo, 5 de outubro de 1994, página 30, primeira coluna).

O Estado de São Paulo, 5 de outubro de 1994

Com seus próprios recursos, Farkas começou a produzir documentários de curta e média-metragem com filmagem em 16mm e som direto. Vale notar que um importante movimento da história do cinema brasileiro acontecia na mesma época: o Cinema Novo. Foi justamente em 1964 que foi lançado Deus e o Diabo na Terra do Sol, longa-metragem de Glauber Rocha (1939-1981) e um marco do cinema nacional.

Voltando aos documentários de Farkas. Foram duas séries de filmes: os primeiros produzidos entre 1964 e 1965 e os outros, produzidos entre o final da década de 60 e o início da de 70. O denominador comum desses filmes era retratar a realidade brasileira. Os temas abordados foram o cangaço, a migração, o futebol, a escola de samba, trabalhadores, aspectos culturais, a música, a seca, a religiosidade, o artesanato.

Na primeira série todos foram produzidos por Farkas: Memória do cangaço (1964), dirigido por Paulo Gil Soares; Subterrâneos do futebol (1965), dirigido por Maurice Capovilla; Nossa escola de samba (1965), dirigido por Manuel Horácio Gimenez; e Viramundo (1965), dirigido por Geraldo Sarno que posteriomente foram reunidos no longa-metragem Brasil Verdade, lançado em 1968.

Na segunda etapa, quando foram produzidos os documentários da série A condição brasileira, Farkas coordenava equipes que viajavam pelo Brasil e faziam um levantamento econômico e geográfico da região a fim de documentar a vida da população da periferia de grandes cidades em estados do Nordeste. Participaram dos filmes realizados nessas duas séries, além dos já citados, Affonso Beato, Edgardo Pallero, Eduardo Escorel, Lauro Escorel (1950-) e Sérgio Muniz, dentre outros.

Foi uma iniciativa pioneira de criação de um conjunto de filmes que pudessem ser usados em escolas ou universidades como material de estudo, o que não aconteceu por falta de estrutura. Farkas chegou a colocar alguns desses documentários para aluguel na Fotoptica (Site do IMS; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

Foi também pioneira no que diz respeito à utilização de equipamentos: a filmagem em 16mm e os gravadores portáteis

Nagra, na época, raros no Brasil, propiciavam uma aproximação mais discreta e sutil com os personagens dos documentários, a gravação sincronizada entre imagem e som e possibilitavam a redução das equipes de trabalho. Segundo José Carlos Avellar, permitiam misturar com a vida dos homens.

O primeiro núcleo do projeto queria filmar as ligas camponesas do nordeste lideradas por Francisco Julião (1915-1999), mas desistiu devido à provável perseguição que sofreriam pelo governo militar.

“Então inventamos de fazer “outros filmes” que pudessem transformar o país, mostrar o Brasil aos brasileiros, já que o pessoal do Sul não conhecia o pessoal do Norte e vice-versa”.

Na véspera da abertura da exposição do artista plástico Carlos Scliar (1920-2001), na Galeria Astreia, o casal Farkas ofereceu uma recepção em homenagem a ele (Diário Carioca, 9 de outubro de 1964, segunda coluna).

Entre 1964 e 1965, Farkas escreveu os seguintes artigos sobre fotografia para a Folha de São Paulo: Flash eletrônico e características, 30 de outubro de 1964, no Segundo Caderno, página 5; A fotografia não tem mais mistério, é agora “hobby” e esporte econômico, 6 de novembro de 1964, no Segundo Caderno, página 5; Fotografe suas viagens, 13 de novembro de 1964, no Segundo Caderno, página 5; Nos EUA, projetores estão mais a serviço da educação, 20 de novembro de 1964, no Terceiro Caderno, página 2; Capoeira – Bahia de Goldgaber, 4 de dezembro de 1964, no Segundo Caderno, página 9; Cine Amador: 8 ou 16mm?, 11 de dezembro de 1964, Segundo Caderno, página 6; Escolas de Fotografia, 18 de dezembro de 1964, no Terceiro Caderno, página 6; e Câmaras 35mm e suas objetivas, 29 de janeiro de 1965, no Segundo Caderno, página 6.

Thomaz convidou Alexander Wolner (1929-2018) para refazer o logotipo da Fotoptica, com algumas modificações, tendo sido a mais significativa a introdução do cinza hachuriado representando as atividades da empresa ligadas à cor.

Na Novidades Fotoptica de janeiro/fevereiro, assinou o artigo Nova Asahi com fotômetro.

Foi um dos responsáveis pela montagem cinematográfica do espetáculo Arena conta Zumbi, de Augusto Boal (1931-2009) e Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006) (O Estado de São Paulo, 1° de maio de 1965, Suplemento Literário, página 44, penúltima coluna).

Era o presidente da Associação Brasileira de Comércio e Indústria de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico (O Estado de São Paulo, 11 de junho de 1965, página 14, quinta coluna).

Em 10 de setembro, no auditório do MASP, realização da primeira exibição dos documentários Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), Nossa escola de samba (1965), Roda e outras histórias (1965) e Viramundo (1965) (O Estado de São Paulo, 10 de setembro de 1965, página 8; Revista do Rádio, 23 de outubro de 1965).

Uma curiosidade sobre Memória do cangaço:

Tanto as fotografias como o documentário de Benjamin Abrahão (1901-1938) produzidos, entre 1936 e 1937, sobre o bando de Lampião (c. 1898 - 1938), o rei do cangaço, foram realizados com material cedido pela Aba Film, cujo proprietário era Adhemar Albuquerque (1892-1975), pai do fotógrafo Chico Albuquerque, amigo de Thomaz. A iconografia produzida por Benjamin não é a única sobre o cangaço, mas por sua extensão contribuiu enormemente para o conhecimento da história dos cangaceiros no Brasil. É uma comprovação visual da marcante estética dos bandoleiros da caatinga e os trouxe para os jornais e à imaginação popular.

Suas fotos e filme foram considerados uma afronta ao governo federal. Todo o material foi apreendido após uma exibição do filme em sessão fechada para autoridades locais no Cine Moderno, em 10 de abril de 1937, em Fortaleza. Segundo o fotógrafo Chico Albuquerque, quando, em 1941, os sócios da Aba Film tentaram

reaver o filme apreendido, receberam apenas 20 contos como indenização (Novidades Fotoptica, novembro de 1970).

Segundo Angelo Osmiro Barreto, muitos anos depois, os negativos do filme e das fotos foram encontrados empoeirados e jogados em um canto qualquer de uma sala de repartição pública Foram recuperados por Alexandre Wulfes (1901 - 1974) e Al Ghiu (1925 - ) e montados em 1955. Posteriormente, a Cinemateca Brasileira recuperou as imagens e encontrou aproximadamente mais cinco minutos do filme original. Segundo Ricardo Albuquerque, filho de Chico Albuquerque e neto de Adhemar Albuquerque, depois o material foi reavaliado e novamente montado seguindo um critério estritamente documental do filme. Trechos do filme foram usados, muitos anos depois, no documentário Memória do cangaço, dirigido por Paulo Gil Soares e produzido por Thomaz Farkas (1924-2011) - A família do Chico me mandou as fotografias que o homem tirou; e nos filmes Baile Perfumado (1996), dirigido por Lírio Ferreira (1965-) e Paulo Caldas (1964-); Corisco e Dadá (1996) dirigido por Rosemberg Cariry (1953-); e Os últimos cangaceiros (2015), dirigido por Wolney Oliveira (1960-). De acordo com Ricardo Albuquerque, foi Farkas que conseguiu filme com Alexandre Wulfes (Brasiliana Fotográfica; O Estado de São Paulo, 1º de agosto de 2003, página d11, última coluna; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

Durante o Festival Internacional do Filme, no Rio de Janeiro, realizado entre 15 e 28 de setembro, numa reportagem acerca do cinema verdade, com opiniões do sociólogo e filósofo francês Edgar Morin (1921-) e do cineasta italiano Marco Bellocchio (1939-), Thomaz declarou sobre curta-metragens:

“O longa-metragem é muito caro, muito cheio de riscos e o dinheiro em jogo é sempre mais alto. O curta-metragem, entretanto, sai mais barato e, além disso, com a utilização da linguagem direta, pode ser mais ágil, mais vivo”.

O Jornal, 28 de setembro de 1965

“O movimento é pioneiro no Brasil principalmente porque utiliza câmaras de 16 milímetros e gravação direta”.

Correio da Manhã, 28 de setembro de 1965

A convite do crítico e esccritor Joaquim Novais Teixeira (1899–1972), o sociólogo Edgar Morin e o cineasta Jean Rouch, dentre outros assistiram, em um quarto de hotel, a Nossa escola de samba (1965), Memória do cangaço (1964), Roda e outras histórias (1965), Subterrâneos do futebol (1965), e Viramundo (1965), que constituíram uma verdadeira surpresa e deflagaram uma vaga de entusiasmo (O Estado de São Paulo, 6 de outubro de 1966).

O crítico e escritor Joaquim Novais Teixeira sobre o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro e a participação de Farkas / O Estado de São Paulo, 6 de outubro de 1966, página 12

Publicação de um artigo de Rogério Sganzerla (1946-2004), onde ele menciona o trabalho cinematográfico de Farkas (O Estado de São Paulo, 23 de outubro de 1965).

O filme de curta-metragem produzido por ele e dirigido por Paulo Gil Soares, Memória do cangaço (1964), ganhou o prêmio Gaivota de Ouro, no Festival Internacional do Filme, no Rio de Janeiro; e o prêmio Dziga Vertov, da União Mundial de Cinematecas, em Brasília.

Apresentou seus documentários em Roma, durante um festival do Cinema Novo promovido pelo Instituto Nacional do Espetáculo e a pela Embaixada do Brasil e foi muito aplaudido (O Estado de São Paulo, 16 de outubro de 1965, página 10, primeira coluna).

O filme de média-metragem produzido por ele e dirigido por Maurice Capovilla, Subterrâneos do futebol (1965), ganhou a menção honrosa do Prêmio Governador do Estado, em São Paulo.

O filme de média-metragem dirigido por Geraldo Sarno, Viramundo (1965), do qual foi produtor e fotógrafo, recebeu a menção honrosa na I Semana do Cinema Brasileiro, realizada entre 15 e 22 de novembro, em Brasília; de Melhor Documentário no I Festival de Cinema Independente da América, em Montevidéu no Uruguai, realizado em novembro (Jornal do Brasil, 14 de dezembro de 1965, segunda coluna).

Farkas, Geraldo Sarno e Maurice Capoville, pela realização de Viramundo (1965) e Subterrâneos do futebol (1965), receberam o Voto de Júbilo e Congratulações, na Câmara Municipal de São Paulo, em 18 de outubro de 1965. Luiz Sérgio Person (1936-1976), pela direção de São Paulo S/A também recebeu a homenagem. A proposta foi realizada pelos vereadores Odon Pereira e Manoel Figueiredo Ferraz.

Memória do cangaço (1964) recebeu o Primeiro Prêmio no Festival dei Popoli (VII Rassegna Internazionale Del Film Etnografico e Sociológico), em Florença, na Itália, realizado entre 7 e 13 de fevereiro. No mesmo festival, o filme Nossa escola de samba (1965), dirigido por Manuel Horácio Gimenez e do qual Farkas foi produtor e fotógrafo, recebeu a menzione speciale. Sérgio Muniz e Vladimir Herzog foram os apresentadores dos filmes no festival italiano (O Estado de São Paulo, 20 de fevereiro de 1966, página 10, quarta coluna; Revista do Rádio, 26 de março de 1966, última coluna).

Paulo Gil Soares, diretor de Memória do cangaço (1964), recebeu o Prêmio da Crítica Internacional na XI Jornada Internacional do Filme de Curta-Metragem, em Tours, na França. O filme participou do Festival de Cinema de Berlim.

O filme de média-metragem produzido por ele e dirigido por Maurice Capovilla, Subterrâneos do futebol (1965), participou do Festival de Filmes Esportivos, na Itália.

Farkas foi mencionado no artigo O ouro que Gustavo encontrou, de Sérgio Augusto (1942-) (Jornal do Brasil, 12 de maio de 1966, penúltima coluna).

Farkas foi membro da delegação oficial convidada para o Festival de Cinema de Leipzig. Na ocasião, conheceu o cineasta Guido Araújo (1933-2017), de quem se tornou muito amigo. Segundo depoimento de Guido, em 1994, Farkas estava eufórico porque iria apresentar seus quatro primeiros filmes que iriam receber a apreciação de uma seleta platéia de documentaristas famosos e aficcionados do gênero, entre os quais se encontrava o mestre e “guru” de todos eles, Joris Ivens – por quem devotávamos uma profunda admiração e carinho. Estavam também presentes no festival os cineastas Nelson Pereira dos Santos (1928-2018) e Iberê Cavalcanti (1935-), o ativista Djalma Fetermann (1893 – 1973), o cineasta alemão Karl Gass (1917-2009) e Marceline Loridan (1928-2018), companheira e principal colaboradora de Joris Ivens (Tribuna da Imprensa, 8 de julho de 1997; Encarte do Cinema Cultural Paulista 1994; Canal Thomaz Farkas).

Viramundo (1965) ganhou o Grande Prêmio no IV Festival Internacional Evian, na França; e o Prêmio Simone Dubreilh, em

Nahneim, na Alemanha (Jornal do Brasil, 12 de julho de 1966, quarta coluna).

Farkas assinou a coprodução e parte da fotografia de uma série de quatro documentários dirigidos por Pierre Kast (1920-1984), um dos redatores do Cahiers du Cinéma, intitulada Carnets brésiliens. Foi produzida para a televisão francesa e contou com entrevistas com diversos personagens importantes da vida cultural brasileira, dentre eles o fotógrafo Mário Cravo Junior (1923-2018). Foram filmados Maria Bethania (1946-) cantando Carcará, Vinicius de Moraes (1913-1980), em Ouro Preto; e Edu Lobo (1943-), dentre outros (Manchete, 16 de julho de 1966, primeira coluna).

Memória do cangaço (1964), Nossa escola de samba (1965), Roda e outras histórias (1965), Subterrâneos do futebol (1965) e Viramundo (1965) foram exibidos no MASP (O Estado de São Paulo, 9 de setembro de 1966, página 16, primeira coluna).

Entre 13 e 21 de agosto, participou do I Congresso de Ótica e CineFoto, realizado na Casa de Cásper Líbero, em São Paulo. Na ocasião era presidente da ABCI, Associação Brasileira do Comércio e Indústria de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico (O Jornal, 5 de outubro de 1966, quarta coluna; Revista Foto Cine, julho/agosto de 1966, página 9).

No Teatro Record, realização da cerimônia de entrega do Prêmio Governador do Estado de São Paulo dos melhores para teatro e cinema durante o ano de 1965 e dos melhores do rádio e da televisão em 1966. Farkas recebeu menção honrosa por Memória do cangaço (1964), Nossa escola de samba (1965), Subterrâneos do futebol (1965) e Viramundo (1965) (O Estado de São Paulo, 20 de dezembro de 1966, página 12, primeira coluna).

1967

Com o apoio do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, Farkas, Geraldo Sarno e Paulo Rufino viajaram para o Nordeste. As imagens captadas foram utilizadas, posteriormente, em filmes da série A condição brasileira (As múltiplas vozes da Caravana Farkas; Novo

cinema nostálgico; ou sobre como os documentários dirigidos por Geraldo Sarno revisitaram interpretações de Brasil (1966-1969)).

Foi um dos 200 signatários de um manifesto contrário ao projeto de reforma constitucional (Correio da Manhã, 14 de janeiro de 1967, segunda coluna; Tribuna da Imprensa, 14 de janeiro de 1967, terceira coluna).

Foi eleito, em 16 de janeiro, membro do conselho do Foto Cine Clube Bandeirante.

O Cine Clube Projeção 16, no Recife, promoveu no auditório da Associação de Imprensa de Pernambuco a exibição dos documentários Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), Nossa escola de samba (1965) e Viramundo (1965), produzidos por Farkas. Ele e Geraldo Sarno estavam no Recife e foram os responsáveis pela exibição, a partir de uma colaboração com o Instituto de Cinema Brasileiro da Universidade de São Paulo. Na ocasião também foi exibido o filme de Benjamin Abraão (18901938) sobre o bando de Lampião. O evento foi tema da coluna de Fernando Spencer (1927-2014) (Diário de Pernambuco, 28 de janeiro de 1967, primeira coluna; Diário de Pernambuco, 31 de janeiro de 1967, primeira coluna).

Farkas foi mencionado no artigo Cinema Paulista Sinal Verde (O Cruzeiro, 20 de maio de 1967).

Viramundo (1965) ganhou o prêmio de Melhor Documentário no II Festival Internacional de Cinema, em Viña Del Mar, no Chile.

Foi noticiado que Farkas havia concluído a remontagem e gravação dos filmes Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), Nossa escola de samba (1965) e Viramundo (1965), produzidos por ele, que resultou no longa-metragem Brasil Verdade (O Estado de São Paulo, 28 de maio de 1967, página 11, primeira coluna; Diário de Notícias, 27 de setembro de 1967, quinta coluna).

Em setembro, interrupção da publicação do periódico Novidades Fotoptica.

1968

Durante a Mostra Internacional do Cinema Novo, realizada entre 20 e 25 de janeiro, em São Paulo, promovido pela Fundação Bienal de São Paulo, Farkas participou, a convite de Rudá de Andrade, na época o encarregado das Manifestações Cinematográficas da Fundação Bienal de São Paulo, do encontro em torno do tema Cinema Novo e Mercado. Farkas foi um dos primeiros cineastas a aderir ao Comitê Nacional do Cinema Novo, criado durante o evento (Diário do Paraná, 18 de fevereiro de 1968, primeira coluna).

Diário de Notícias, 27 de setembro de 1967

Para selecionar fotos que ilustrariam o seu calendário de 1969, a Fotoptica promoveu um concurso para, segundo Farkas, estimular os repórteres fotográficos das empresas jornalísticas (Manchete, 13 de julho de 1968, penúltima coluna).

Farkas participou como convidado do governo da Venezuela do I Encontro Latino-Americano de Cinema Documentário, em Mérida, na Venezuela.

O longa-metragem Brasil Verdade foi exibido, em 29 de julho, no Cine Odeon, no Rio de Janeiro. O filme foi mencionado no artigo Brasil, Brasília, de José Carlos Avellar. Originalmente filmados em 16mm, foram ampliados para o formato 35mm. Em 3 de agosto, foi publicado o artigo O filme em questão: Brasil Verdade, também de Avellar. Na mesma data, foi publicado o artigo Brasil Verdade, de

Diário do Paraná, 18 de fevereiro de 1968

Wilson Cunha (1941-) (Jornal do Brasil, 28 e 29 de julho de 1968; O Estado de São Paulo, 15 de setembro de 1968, página 25, quinta coluna; Jornal do Brasil, 3 de agosto de 1968, primeira coluna; Tribuna da Imprensa, 3 e 4 de agosto de 1968; Canal Thomaz Farkas; Cidade de Santos, 6 de agosto de 1967, Diário da Noite (SP), 16 de setembro de 1968, primeira coluna).

“Entre o retrato oficial do Brasil, apresentado pelos cinejornais e pelos complementos coloridos patrocinados por indústrias e órgãos governamentais, e este que nos é revelado pelos quatro documentários é enorme: Memória do cangaço, Viramundo, Nossa escola de samba e Subterrâneos do futebol assumem um verdadeiro compromisso de fidelidade com a realidade que procuram documentar”.

José Carlos Avellar (Jornal do Brasil, 3 de agosto de 1968)

Claudio Kubrusly (19?-) e sua mulher Anucha (?-1992), abriram, em São Paulo, a Enfoco Escola de Fotografia que, ao longo de sua existência, de agosto de 1968 a julho de 1976, tornou-se um importante polo da fotografia e da cultura de São Paulo, tendo um papel marcante na formação de diversas fotógrafas como Dulce Soares (1943-), Lily Sverner (1934-2016), Nair Benedicto (1940-) e Stefânia Bril (1922-1992). Teve mais de 800 alunos. Os fotógrafos Lúcio Kodato (1947-), Maureen Bisilliat (1931-) e Cristiano Mascaro (1944 -) foram professores da escola. Os fotógrafos Claudia Andujar (1931 -) e seu marido, George Love (1937-1995), deram palestras na Enfoco. Funcionou até março de 1969, na avenida Paulista 326/144, quando se transferiu para a rua Batatais, nº 492. A casa foi reformada e passou a ter um estúdio, três laboratórios e um espaço para exposições. Nessa época, Kubrusly contou com a ajuda do escritor Fernando Morais (1946-), então repórter do Jornal da Tarde, que conseguiu que o Banco Real concedesse um empréstimo que viabilizou o aluguel e as obras da nova sede. Entre 1974 e 1976, a Enfoco manteve a Galeria Enfoco, uma sociedade com Paulo Mello (Site Kubrusly).

1969

Estava presente na aula inaugural da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), no Cine Belas Artes (Diário da Noite (RJ), 5 de março de 1969, primeira coluna).

Enfoco Escola de Fotografia

Em 1º de agosto, passou a integrar o corpo docente da ECA-USP, a convite de Rudá de Andrade. Inicialmente, lecionou Fotografia Básica e Fotojornalismo. Foi professor, também no Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, de Cinejornalismo, Fotografia e Fotojornalismo, Jornalismo Cinematográfico, Telejornalismo e Técnica de Codificação (Visual) em Jornalismo. Também ensinou Fotografia no Departamento de Cinema da ECAUSP. Como professor na pós-graduação, ministrou os cursos Cinema Documentário: da lauda ao filme e Do Curta ao Longa: o crescimento do cinema documentado. Participou de diversas bancas examinadoras e orientou teses e dissertações de mestrado e de doutorado.

Em Viña Del Mar, no Chile, participou do 2° Festival de Cine Latinoamericano e do 1° Encontro de Cineastas Latinoamericanos.

Diário da Noite (RJ), 5 de março de 1969

No MAM-RJ, exibição do documentário Brasil Verdade dentro da programação da Revisão do Cinema Novo Brasileiro (Jornal do Brasil, 6 e 7 de julho de 1969, quarta coluna).

Farkas retomou a produção de filmes que resultou na segunda série de documentários, denominada A condição brasileira. Foram também realizados em 16mm e som direto, mas a maioria foi feito em cores (Filme & Cultura, set/out 1970). Mostravam, como já mencionado, recortes da realidade brasileira.

A pré-produção havia sido iniciada no segundo semestre de 1968, na casa de Farkas, e se estendeu até março de 1969.

“Eu, com Ana Carolina, pesquisando assuntos e livros; Geraldo e Paulo Gil indicando e sugerindo temas; uma rede de amigos como, por exemplo, Sebastião Simões, nos indicando o “caminho das pedras” do apoio logístico em algumas regiões do nordeste. Final de 69: com a chegada de Pallero, tem início a contagem regressiva: equipamentos e latas de filmes saindo da alfândega, programação dia-a-dia de viagens, estadias, dias de filmagens, pagamentos, locações, orçamento final...Enfim, um compromisso assumido pela produção: com 3 meses de filmagens, traríamos material para montar 10 documentários. Resultado final: trouxemos material para montar 19 documentários.”

Sérgio Muniz, 12 de novembro de 1994, no encarte Thomaz Farkas, setenta anos

No artigo A CORAJOSA “CONDIÇÃO BRASILEIRA” , os filmes foram listados por tema (Revista Fotoptica, agosto de 1971):

Uma curiosidade: o filme A mão do homem (1969-1970), dirigido por Paulo Gil Soares, é dedicado nos créditos iniciais à arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). Além disso, seu título é muito similar ao título da exposição inaugural do MASP, na avenida Paulista, A mão do povo brasileiro, realizada em 1969, e concebida por Lina, por Pietro Maria Bardi (1900-1999), pelo cineasta Glauber Rocha e pelo diretor teatral Eros Martim Gonçalves (1919-1973). A exposição foi registrada pelo fotógrafo alemão Hans Gunther Flieg.

1970

O periódico Novidades Fotoptica, após uma interrupção de cerca de três anos, voltou a ser publicado, em julho, mas sob o formato de revista e com um novo nome: Revista Fotoptica. Trazia ensaios e portfólios de fotógrafos brasileiros e internacionais. Além de textos técnicos, passou a veicular artigos mais críticos e reflexivos (Revista Fotoptica, julho de 1970).

Revista Fotoptica, agosto de 1971

Brasil Verdade foi exibido na mostra Primeiros filmes de cineastas brasileiros, no Cinearte UFF (Jornal do Brasil, 26 e 27 de abril de 1970, terceira coluna).

No Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo durante a mostra Cartier-Bresson: fotografias recentes, em 3 de junho, realização do debate Fotografia: linguagem e comunicação, sob a coordenação de Farkas, identificado como professor da ECAUSP (O Estado de São Paulo, 3 de junho de 1970, página 10, primeira coluna; Jornal do Brasil, 5 de junho de 1970, quarta coluna).

Como professor de Fotografia e Jornalismo do Departamento de Cinema e Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), organizou a I Exposição de Fotografia Jornalística no Departamento de Jornalismo e Editoração da instituição, inaugurada em 10 de junho, na Cidade Universitária. Foi a primeira iniciativa no gênero nas escolas de Jornalismo no Brasil (O Estado de São Paulo, 10 de junho de 1970).

Em agosto, coordenou na ECA o curso Situação e Tendências de Fotojornalismo.

Vários curtas-metragens produzidos por Farkas foram exibidos na mostra Novos Curtos Brasileiros, na Cinemateca do MAM-RJ (Jornal do Brasil, 16 e 17 de agosto de 1970, terceira coluna).

O Estado de São Paulo, 10 de junho de 1970

Seu filho Pedro foi preso, em julho, pela Operação Bandeirante (OBAN) e, em setembro, foi transferido para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em São Paulo, sob suspeita de estar envolvido em atividades contra a segurança nacional. Foi libertado antes do fim do ano (O Estado São Paulo, 29 de setembro, página 4, quarta coluna; O Estado de São Paulo, 17 de outubro de 1970, página 12, quarta coluna; O Estado de São Paulo, 20 de outubro de 1970, página 4, última coluna).

Em outubro, projetou e coordenou a instalação do Laboratório e Arquivo Fotográfico da Escola de Comunicações e Artes da USP.

O filme Jornal do sertão (1969-1970), dirigido por Geraldo Sarno e produzido por Farkas, foi um dos cinco vencedores do concurso promovido pela Fundação Padre Anchieta de Rádio e Televisão Educativa para incentivar cineastas amadores e profissionais a produzir cinema brasileiro para televisão, divulgando os aspectos artísticos e culturais do Brasil. Cada vencedor recebeu um prêmio em dinheiro, o Troféu da TV2 Cultura e um contrato para a produção de filmes que seriam exibidos na Televisão Educativa Paulista (Jornal do Brasil, 29 e 30 de novembro de 1970, segunda coluna).

Esteve presente, no Cine Atlântida, na inauguração do VI Festival de Brasília de Cinema Brasileiro. O filme Viva Cariri (1969-1970), dirigido por Geraldo Sarno e produzido por ele, conquistou o Troféu Carmen Santos de Melhor Produção de Curta-Metragem, a Margarida de Prata, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e o Prêmio OCIC, concedido pelo Office Catholique International du Cinéma, durante 0 VI Festival de Brasília de Cinema Brasileiro. Frei Damião, trombeta dos aflitos, martelo dos hereges, também produzido por Farkas, e dirigido por Paulo Gil Soares, foi exibido no festival mas não foi premiado (Site Metrópoles; Correio Braziliense, 28 de setembro de 1970, terceira coluna; Jornal do Brasil, 2 de dezembro de 1970, primeira coluna; Jornal do Brasil, 4 de dezembro de 1970, segunda coluna; O Jornal, 13 de dezembro de 1970).

Foi neste ano que, segundo sua filha, Beatriz Farkas, Thomaz foi preso e durante uma semana foi interrogado no DOI-CODI, acusado pelo regime militar de promover a união Brasil-Cuba. A prisão foi baseada em uma elucubração registrada na caderneta de um preso para acusá-lo da venda de binóculos militares para Cuba. Porém

esses equipamentos eram vendidos direta e exclusivamente aos exércitos pelos próprios fabricantes. Em entrevista publicada no livro Thomaz Farkas: notas de Viagem (2006), Farkas apontava 1968 como o ano de sua prisão.

1971

Em um depoimento para o crítico Alex Viany (1918-1992) sobre os 19 filmes da série A condição brasileira, sobre a região Nordeste, Thomaz Farkas disse que no cinema documentário prefere aqueles filmes em que “as coisas são ditas não pelas pessoas entrevistadas mas pela construção dramática do filme”. Disse que gostaria de “embarcar no visual e no sonoro dramático, na conquista do tema pela sua natureza e essência e não pelo que se fala dele. A diferença é sutil mas básica e leva de novo o espectador a vibrar com a dramaticidade do filme do ponto de vista fílmico e não do falado” (Canal Thomaz Farkas).

Foi um dos indicados para integrar uma comissão encarregada de estruturar o setor de fotografia do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (Tribuna da Imprensa, 21 de janeiro de 1971, última coluna).

Publicação da matéria Tomas Farkas acha que filme curto pode levar país a se conhecer (Jornal do Brasil, 20 de fevereiro de 1971, última coluna).

Em uma entrevista, o cineasta e etnólogo francês Jean Rouch declarou que gostaria de “realizar um filme antropológico na Bahia, um sociológico em São Paulo e outro de ficção no Rio de Janeiro. Todos possivelmente com a ajuda de João Farkas” (Filme & Cultura, março e abril de 1971, última coluna).

A Fotoptica instalou o que havia de mais moderno em telefonia para melhor atender sua clientela: um PABX 7E27 da Standart Electric (O Estado de São Paulo, 2 de março de 1971, página 12, última coluna).

O filme Casa de farinha (1970), dirigido por Geraldo Sarno; Homem do Couro (1969-1970), dirigido por Paulo Gil Soares; Rastejador,

substantivo masculino (1970), dirigido por Sérgio Muniz; e Visão de Juazeiro (1970), dirigido por Eduardo Escorel; todos produzidos por Farkas, participaram do I Festival Brasileiro de Curta-Metragem, promovido pelo Jornal do Brasil e pelo Instituto Nacional do Cinema. Casa de farinha e Visão de Juazeiro foram especialmente destacados pelo júri (Jornal do Brasil, 13 de março de 1971; Jornal do Brasil, 23 de março de 1971, segunda coluna).

Viajou à Europa onde encontrou-se com Joris Ivens, que assistiu a alguns documentários da série A condição brasileira.

O filme Viva Cariri (1969-1970) foi apresentado na Quinzena dos Realizadores durante o Festival de Cannes, na França, em maio.

Entre 7 e 11 de junho, ministrou o curso Jornalismo Cinematográfico para os alunos de Comunicação da Universidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Estava presente na cerimônia de entrega do Primeiro Troféu Fotoptica – Profissional de Imprensa, conquistado por Reginaldo Manente, do jornal O Estado de São Paulo (O Estado de São Paulo, 15 de junho de 1971).

Na edição de agosto da Revista Fotoptica, publicação do artigo A CORAJOSA “CONDIÇÃO BRASILEIRA” , sobre os filmes realizados sob a coordenação de Farkas.

Em 17 de setembro, foi designado para integrar uma Comissão Especial incumbida de realizar o Concurso para admissão na função autárquica de fotógrafo na USP.

Entregou a Armando Barreto (1940-1972), do jornal O Estado de São Paulo, um troféu pelo sucesso de sua mostra fotográfica (O Estado de São Paulo, 19 de setembro de 1971, página 24, primeira coluna).

Durante a Sétima Mostra Internacional do Novo Cinema, em Pesaro, na Itália, exibição dos filmes Casa de farinha (1970), Morte do Boi (1970), Padre Cícero (1971) e Rastejador, substantivo masculino

(1970), produzidos por Farkas (Diário da Noite (SP), 29 de setembro de 1971, segunda coluna).

Publicação do artigo O documentário brasileiro visto por Thomaz Farkas. Na ocasião, nove filmes da série A condição brasileira já haviam sido exibidos em sessões especiais no Rio de Janeiro e seis seriam exibidos na Cinemateca do MAM. No artigo, Farkas menciona que havia criado na Fotoptica a primeira filmoteca baseada nos filmes da Enciclopédia Britânica e da Coronet Filmes. “Eles mandavam material para a Universidade de São Paulo onde eram traduzidos. Eram filmes sobre Astronomia, Geologia, Física, etc. Nada de Brasil. Daí pensei em investigar o interesse dos professores em matéria nacional e nasceu a pesquisa da Condição brasileira” (Jornal do Brasil, 3 e 4 de outubro de 1971).

Ele e Luiz Carlos Barreto (1928-) foram os produtores do longametragem O rei dos milagres (1971), sobre um pescador que se torna milagreiro. Dirigido pelo italiano Gianni Barcelonni (1942-2016) e por Joel Barcellos (1946-).

Foi o responsável pela direção, fotografia e roteiro do documentário Paraíso, Juarez (1971) sobre o pintor Juarez Paraíso (1934-) que descreve a montagem de painéis na entrada do Cinema Tupi, em Salvador, explicando o seu significado. Essa decoração foi inteiramente destruída quando o cinema foi vendido.

Inicia uma amizade com a professora portuguesa Cremilda Medina (1942-), na ECA-USP. Em 2024, ela escreveu sobre a importância do encontro com Farkas para ela e sua família (Ágora ECA, 1° de outubro de 2024).

1972

Ele, Maureen Bisilliat (1931-) e Wesley Duke Lee (1931-2010) eram os jurados que trabalhariam de portas abertas para escolher as melhores fotos dos alunos da escola da Galeria Enfoco, no auditório do MASP (O Estado de São Paulo, 3 de março de 1972, página 7, penúltima coluna).

O filme Viva Cariri (1969-1970) participou da XV Mostra Internacional de Filmes Documentários, em Leipzig, na Alemanha. Em Veneza, na Itália, ganhou o Prêmio Especial Venezia Genti, no Festival Internacional da Película Etnográfica e Sociológica (Folha da Tarde, 24 de abril de 1972; Filme & Cultura, maio e junho de 1972, terceira coluna).

Foi noticiada a realização, entre 19 e 21 de maio, do Seminário do Novo Cinema Americano, no MASP, organizado pelo museu, pelo Serviço de Divulgação do Consulado Americano e pela associação Alumni. Na programação, uma palestra de Farkas sobre a tecnologia dos filmes experimentais (O Estado de São Paulo, 29 de abril de 1972, página 7, quinta coluna).

Foi produtor e fotógrafo do filme Beste (1970), dirigido por Sérgio Muniz, que ganhou o Prêmio Humberto Mauro no II Festival Brasileiro de Curta-Metragem promovido pelo Jornal do Brasil. No mesmo festival, A cantoria (1969-1970), dirigido por Geraldo Sarno e produzido por Farkas, também foi premiado (Jornal do Brasil, 16 de agosto de 1972, terceira coluna; Jornal do Brasil, 19 de agosto de 1972, quarta coluna; Jornal do Brasil, 21 de agosto de 1972, terceira coluna). Publicação de um artigo de Alex Viany, Um testemunho de fé, sobre o festival (Jornal do Brasil, 21 de agosto de 1972).

A Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo – Divisão do Exercício Profissional - concedeu a Farkas o diploma de Ótico Prático, em 30 de maio de 1972.

Casa de farinha (1970), filme do qual Farkas foi produtor, participou do I Festival Nacional e Internacional de Filme de CurtaMetragem de Grenoble, na França.

O filme Jornal do sertão (1969-1970), do qual Farkas foi produtor, participou do Festival dei Popoli – XIII Rassegna Internacionale Del Film de Documentazione Social, em Florença, na Itália.

O filme Rastejador, substantivo masculino (1970), do qual Farkas foi produtor, participou na Cinemateca do MAM-RJ, da IV Mostra Internacional do Filme Científico, promovida, entre 12 e 23 de junho, pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Guanabara, do MAM-RJ e do Instituto Nacional do Cinema; e do I

Festival Internacional do Filme Etnográfico e Sociológico, em Veneza, na Itália (Folha de São Paulo, 18 de abril de 1972).

Durante a 24ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizado entre 2 e 8 de julho, na Universidade de São Paulo, exibição dos filmes Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), Nossa escola de samba (1965), A mão do homem (1969-1970), Jaramataia (1969-1970), Jornal do sertão (1969-1970), O Engenho (1969-1970), O homem do couro (1969-1970), Vitalino Lampião (1969), Erva bruxa (1970), Beste (1970), A morte do boi (1970), A vaquejada (1970), Casa de farinha (1970), Os imaginários (1970), Rastejador, substantivo masculino (1970), Visão de Juazeiro (1970) Padre Cícero (1971), Viva Cariri (1969-1970), Frei Damião (1970), A cantoria (1969-1970), Região Cariri (1970) e Viramundo (1965) (Programação da 24ª Reunião da SBPC, 1972; Canal Thomaz Farkas; Site SBPC).

Produziu o filme Na boca da noite (1972), dirigido por Walter Lima Jr (1938-).

Estréia no Cinema I, no Rio de Janeiro, em 28 de agosto, do longametragem em cores Herança do Nordeste produzido por ele e dirigido por Geraldo Sarno - segmento Casa de farinha e Padre Cicero; Sérgio Muniz - segmento O Rastejador; e Paulo Gil Soaressegmento Erva bruxa e Jaramandaia. Foi o tema da coluna de Ely Azeredo (1930-2024), Pequeno mundo antigo (O Jornal, 1° de setembro de 1972, primeira coluna; Jornal do Brasil, 27 de agosto de 1972; Jornal do Brasil, 30 de agosto de 1972, primeira coluna).

Jornal do Brasil, 31 de agosto de 1972

Como complementação das palestras proferidas pelo professor Raymond Cantel (1914-1986), diretor do Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Sorbonne, realizadas entre 18 e 22 de setembro, no Instituto de Letras e Artes da Universidade do Paraná, apresentação de diversos documentários, dentre eles Os imaginários (1970) dirigido por Geraldo Sarno e produzido por Farkas (Diário do Paraná, 24 de setembro de 1972, primeira coluna).

Seu contrato como professor no Departamento de Cinema e Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) não foi renovado e ele foi afastado do cargo por razões políticas (Tese de doutorado Interdição e silenciamento: o resgate da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo a partir dos processos administrativos de desligamento de docentes no período ditatorial (196-1979), Opinião, 23 de maio de 1975, quarta coluna; ÁGORA ECA; Folha de São Paulo, 4 de agosto de 1985).

Criação pelo Instituto Nacional de Cinema de grupos de trabalho (GT) para analisar as reivindicações apresentadas durante o I Congresso da Indústria Cinematográfica Brasileira, realizado em outubro. Farkas estava no GT dos diretores de curtas-metragens (Jornal do Brasil, 13 de dezembro de 1972, última coluna).

Coproduziu com a Cinemateca do MAM-RJ o filme De raízes & rezas, entre outros (1972), dirigido por Sérgio Muniz.

1973

O Engenho (1969-1970), Visão de Juazeiro (1970), O homem do couro (1969-1970) e Beste (1970), filmes dos quais Farkas foi produtor, participaram do Festival Nacional e Internacional de Filme de Curta-Metragem de Grenoble, na França (Correio Braziliense, 11 de fevereiro de 1973, primeira coluna).

Ele, Jean Claude Bernadet (1936-), Maurice Capovilla e Rudá de Andrade formaram o júri do I Festival Super-8 de Cinema Experimental, promovido pelo Centro de Ciências, Letras e Artes, de Campinas (A Luta Democrática, 22 de março de 1973, primeira coluna).

Em 13 de julho, foi um dos cineastas participantes, a convite de Maria Isaura Pereira de Queiroz (1918-2018), do Departamento de Ciências Sociais da USP, da mesa-redonda O Cinema a serviço das Ciências Sociais realizada durante a 25ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ocorrida entre 8 e 14 de julho. A mesa-redonda, coordenada pelos cineastas Cosme Alves Neto (1937-1996), da Cinemateca do MAM-RJ; e Sérgio Muniz, do Museu Lasar Segall, de São Paulo; foi o tema da coluna de José Carlos Avellar, O filme e as ciências sociais (O Jornal, 14 de julho de 1973, terceira coluna; O Estado de São Paulo, 15 de julho de 1973, página 18, segunda coluna; Jornal do Brasil, 6 de agosto de 1973, segunda coluna).

“...o autor de um filme deve, necessariamente, ter sensibilidade sociológica...O antropólogo, o geógrafo, o sociólogo podem filmar um documentário mas o filme será apenas uma descrição da realidade, sem nenhuma dramaticidade. De qualquer forma a colaboração dos sociólogos para com os cineastas deve fundamentar-se na troca de informações e nas pesquisas”.

Farkas em O Jornal, 14 de julho de 1973

O cineasta e etnólogo francês Jean Rouch em passagem pelo Brasil mencionou Farkas em uma reportagem (O Estado de São Paulo, 22 de julho de 1973, página 16, coluna).

O Estado de São Paulo, 22 de julho de 1973

A primeira banca examinadora sugerida para avaliar a defesa da tese de doutorado de Thomaz, Cinema documentário: um método de trabalho, foi rejeitada pelo Conselho Técnico Administrativo da USP. Dentre seus participantes estavam o historiador e crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977) e a socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz. Uma segunda banca foi aprovada, mas o processo foi arquivado em fevereiro de 1974. Farkas só defenderia sua tese em 1977 (Tese de doutorado Interdição e silenciamento: resgate da história da Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo a partir dos processos administrativos de desligamento de docentes no período ditatorial (1969-1979), pág.127).

Durante a I Jornada Nordestina de Curta-Metragem, realizada entre 9 e 15 de setembro, promovida pela Universidade Federal da Bahia e pelo Instituto Goethe, em Salvador, foi realizada a Retrospectiva Produção Thomaz Farkas. Foi neste festival que Lua Diana, do fotógrafo Mário Cravo Neto (1947-2009), conquistou, na categoria Super-8 o Prêmio Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Houve um simpósio sobre o mercado do filme brasileiro, do qual Farkas participou com a palestra Legislação sobre o curtametragem. Foi coordenado por Cosme Alves Neto, diretor da Cinemateca do Rio de Janeiro. Na ocasião foi proposta a fundação da Associação Brasileira de Documentaristas, que logo depois foi criada (Diário de Pernambuco, 4 de setembro de 1973, terceira coluna; O Estado de São Paulo, 12 de setembro de 1973, página 12, segunda coluna; O Jornal, 23 de setembro de 1973, primeira coluna; Tribuna da Imprensa, 3 de outubro de 1973; Jornal do Brasil, 11 de março de 1975, primeira coluna).

O filme Detritos, que realizou com a artista plástica Maria Bonomi (1935-), foi exibido na 12ª Bienal de São Paulo (Jornal do Brasil, 13 de outubro de 1973, quarta coluna).

O filme Feira da Banana (1972-1973), dirigido por Guido Araújo, cuja produção e fotografia foram de Farkas, participou do III Festival Brasileiro de Curta-Metragem (Jornal do Brasil, 3 de novembro de 1973, terceira coluna).

No MAM-SP, realização de uma mesa-redonda sobre curtasmetragens e problemas acerca de sua exibição no Brasil. Foi coordenada por Farkas e por outros representantes da Diretoria da Associação Brasileira de Documentaristas (Jornal do Brasil, 9 de novembro de 1973, penúltima coluna).

Em 13 de novembro, recebeu uma menção pela destacada participação na Comissão Julgadora do Concurso de Fotografias de 1973 do Ministério do Exército.

O filme O picapau amarelo (1973-1974), adaptação de Monteiro Lobato (1882-1948) feita por Geraldo Sarno, foi o primeiro longametragem de ficção produzido por Farkas. Estreou no Rio de Janeiro. O filme participou do XII Certamen Internacional de Cine para Niños, em Gigon, na Espanha, em junho (Jornal do Brasil, 3 de fevereiro de 1974, primeira coluna).

Publicação de uma entrevista com Farkas (Opinião, 11 de março de 1974).

Em 16 de julho, por seu trabalho na Fotoptica, Farkas recebeu o Prêmio Comerciante do Ano, entregue pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo em associação a entidades patronais do comércio paulista (O Estado de São Paulo, 16 de julho de 1974, página 28, sexta coluna).

No Dia Mundial da Fotografia, a Fotoptica inaugurou sua primeira filial carioca, na rua da Constituição, no centro da cidade, com uma exposição de fotografias publicadas no Jornal do Brasil. Farkas esteve presente no coquetel de inauguração (Jornal do Brasil, 20 de agosto de 1974, quarta coluna).

O Estado de São Paulo, 16 de julho de 1974

No encerramento do Festival de Filme Super-8 em São Paulo, Farkas fez um pronunciamento criticando alguns pontos do regulamento do evento (Opinião, 27 de outubro de 1974, primeira coluna).

Farkas foi um dos conferencistas da III Jornada Baiana de CurtaMetragem (Jornal de Letras, novembro de 1974, segunda coluna).

O filme Feira da Banana (1972-1973), dirigido por Guido Araújo, cuja produção e fotografia foram de Farkas, participou do II Festival do Cinema Brasileiro do Guarujá (Jornal do Brasil, 13 de novembro de 1974, terceira coluna).

No artigo A doce música da realidade, José Carlos Avellar mencionou que os documentários de Farkas assim como de outros realizadores raramente chegavam às salas comerciais (Jornal do Brasil, 27 de novembro de 1974, última coluna).

1975

Convidado pelo compositor e zoólogo Paulo Vanzolini participa com Geraldo Sarno de uma expedição científica ao Rio Negro, maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, na Amazônia. Os negativos das filmagens realizadas por Farkas e Geraldo estragaram no percurso de volta da viagem – o gelo usado para conservá-los derreteu. Suas fotografias, em Kodachrome, sobreviveram.

Expedição ao Rio Negro com Paulo Vanzolini e Geraldo Sarno, 1975, Amazônia. Foto de Thomaz Farkas © Thomaz Farkas State/ Acervo IMS

O filme Ensaio (1975), dirigido por Roberto Duarte (1950-), do qual Farkas foi produtor e um dos fotógrafos – o outro foi seu filho Pedro Farkas, ganhou a menção honrosa no V Festival Internacional Del Cine sobre Arquitectura, em Madri, na Espanha.

Ganhou com o longa-metragem O picapau amarelo (1973-1974), dirigido por Geraldo Sarno, o prêmio de Melhor Produtor do Prêmio Governador do Estado de São Paulo.

O logotipo da Fotoptica passou a ser amarelo e preto.

Na edição da revista Status dedicada a cinema, fotografia, som e outros hobbies, Thomaz Farkas comentou sobre cinema (Correio Braziliense, 18 de dezembro de 1975, primeira coluna).

1976

Modernizou e reinagurou, em abril, o laboratório da loja da Fotoptica da rua Conselheiro Crispiniano.

Fez parte da comissão julgadora do concurso Homem fotografa Mulher, promovido pela Kodak, pela Revista do Homem e pela Ford do Brasil (Correio Braziliense, 29 de fevereiro de 1976, última coluna).

Esteve na Bahia ministrando aulas práticas de fotografia no Curso Livre de Cinema, promovido pela seção regional da Associação

Brasileira de Documentaristas, pela Universidade Federal da Bahia e pelo Instituto Goethe (Diário de Pernambuco, 30 de julho de 1976, segunda coluna).

O filme Beste (1970) produzido por ele e A Mão do povo (1975), de Lygia Pape (1927-2004), foram exibidos no segmento Arte Popular, da Segunda Mostra de Filme Etnográfico, promovido pela Riotur, entre 10 e 14 de agosto (O Estado de Paulo, 11 de agosto de 1976, página 11, terceira coluna).

Na Escola Técnica Federal do Paraná, realização da I Mostra

Nacional do Filme Documentário. O filme A morte das velas do Recôncavo, dirigido por Guido Araújo, cujo fotógrafo foi Farkas, foi apresentado, mas não competiu (Diário da Tarde (PR), 12 de outubro de 1976, segunda coluna).

Guido Araújo e Farkas nas filmagens de A morte das velas do Recôncavo /

Coproduziu com a Embrafilme e com Sérgio Muniz, o curtametragem Um a um (1976), dirigido por Muniz.

1977

Após muitos anos sem participar de uma exposição fotográfica, Farkas foi um dos integrantes da exposição coletiva realizada na Galeria Modular, em São Paulo. Mostrou fotos da inauguração de Brasília (O Estado de São Paulo, 25 de fevereiro de 1977, página 38, quinta coluna).

O Estado de São Paulo, 25 de fevereiro de 1977

Seu filme Os Imigrantes foi um dos 25 selecionados para o projeto de financiamento de produções de filmes brasileiros para a televisão promovido pela Embrafime (O Estado de São Paulo, 16 de agosto de 1977, página 10, quarta coluna).

Diário do Paraná, 14 de outubro de 1976

Fazia parte do júri do V Festival Nacional de Super-8, no Clube Hebraica, em São Paulo (Cidade de Santos, 24 de agosto de 1977, quarta coluna).

Farkas participou da VI Jornada Brasileira de Curta-Metragem, em Salvador (BA), entre 8 e 15 de setembro (Jornal do Brasil, 2 de setembro de 1977, quarta coluna; O Estado de São Paulo, 3 de setembro de 1977, página 9, última coluna).

A morte das velas do Recôncavo, dirigido por Guido Araújo, em que Farkas foi reponsável pela fotografia, participou do 5° Festival Brasileiro de Curta-Metragem, promovido pelo Jornal do Brasil e pela Shell. Guido dirigiu a Jornada Internacional de Cinema da Bahia nas suas 39 edições, entre 1972 e 2008 (Jornal do Brasil, 24 de setembro de 1977, quarta coluna).

Foi um dos entrevistados numa extensa reportagem sobre o cinema brasileiro (Jornal do Paraná, 25 de setembro de 1977, penúltima coluna).

Farkas sobre sua intenção de produzir filmes sobre aspecros da cultura brasileira / Jornal do Paraná, 25 de setembro de 1977

Na Cinemateca do MAM-RJ, ele e Wladimir Carvalho (1935-2024) participaram de um debate com o tema Os problemas do documentário (Jornal do Brasil, 6 de dezembro de 1977, última coluna).

Em 20 de dezembro de 1977 defendeu sua tese, Cinema documentário: um método de trabalho tornando-se doutor em comunicações pela USP. Seu diploma foi assinado em 28 de abril do ano seguinte.

Farkas coproduziu o documentário do fotógrafo Miguel Rio Branco (1946-), Trio Elétrico (1977).

1978

Foi o diretor de fotografia do filme Agentes poluidores do mar da Bahia (1978), resultado de um curso intensivo de cinema coordenado por Guido Araújo, em Salvador, realizado por alunos do Grupo Experimental de Cinema (Encarte do Cinema Cultural

Paulista 1994; Novas sociabilidades e ambiência na Bahia (19681978)).

Os filmes Memória do cangaço (1964) e Rastejador, substantivo masculino (1970), ambos produzidos por Farkas, participaram da retrospectiva 80 Anos do Cinema Brasileiro, realizada em Paris e patrocinada pela Cinemateca Francesa e pela Embrafilme (O Estado de São Paulo, 17 de maio de 1978, página 12, terceira coluna).

A fotógrafa e crítica de fotografia Stefania Bril (1922-1992) idealizou e coordenou o I Encontro Fotográfico em Campos de Jordão, realizado em julho. Foi um importante evento dentro da história da fotografia brasileira, um evento sem precedentes no país, com a intenção de estimular a linguagem fotográfica no Brasil e promover o diálogo com outras formas de expressão visual Foi baseado nos Rencontres de la Photographie, realizado pela primeira vez, em 1970, em Arles, na França, fundado pelo fotógrafo Lucien Clergue (1934-2014), pelo escritor Michel Tournier (1924-2016) e pelo historiador Jean-Maurice Rouquette (1931-2019) (Site Enciclopédia Itaú Cultural; Site Arles Les Rencontres de la Photographie).

Foi noticiado que Thomaz seria um dos professores do Curso de Especialização em Cinema-documentários e curtas-metragens, realizado na Faculdade de Comunicação, a Facos, em São Paulo (A Tribuna (SP), 5 de julho de 1978, primeira coluna).

Na seção Um certo olhar do Festival Internacional de Cinema de Cannes, participação do filme Coronel Delmiro Gouveia (1978), dirigido por Geraldo Sarno e protagonizado por Rubens de Falco (1931-2008), do qual Farkas foi coprodutor.

O curta-metragem Paraíso, Juarez (1971) do qual Farkas foi diretor, roteirista e fotógrafo, estava sendo exibido no Cinema Rian, no Rio de Janeiro (Jornal do Brasil, 23 de outubro de 1978, segunda coluna).

Filmes de Farkas foram exibidos durante a Festa da Cultura Popular, na Casa da Câmara e Cadeia, na Praça do Andradas, em Santos (Tribuna (SP), 3 de dezembro de 1978).

Em dezembro, a edição da Novidades Fotóptica foi dedicada à cobertura da história dos 25 anos da revista (Novidades Fotoptica, dezembro de 1978).

1979

Voltou a lecionar no Departamento de Cinema e Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Foi coprodutor associado do documentário A caminho das Índias (1979) sobre Trancoso, cidade da Bahia. A direção foi de Isa Castro (1953-) e Augusto Sevá (1954-).

Uma saudação sua endereçada a Claudio Abramo (1923-1987), integrante do Conselho de Direção do recém-criado Jornal da República, foi publicada (Jornal da República (SP), 31 de agosto de 1979, primeira coluna).

Jornal da República (SP), 31 de agosto de 1979

Com a arquiteta e curadora Rosely Nakagawa, Thomaz fundou a Galeria Fotoptica, especializada em fotografia, na rua Bela Cintra, nº 1465, que se tornou um importante centro de discussão e conversas sobre imagem, onde foram realizados seminários, encontros, lançamentos de livros, concursos e exposições individuais e coletivas. Rosely foi indicada pelo fotógrafo e arquiteto Cristiano Mascaro e pela artista visual Renina Katz (1925-). Ela era monitora, desde 1974, do Laboratório de Recursos Visuais e Gráficos da Faculdade de Urbanismo e Arquitetura da USP-FAUUSP. Renina coordenava a xilogravura e a tipografia enquanto Mascaro conduzia o laboratório de recursos audiovisuais. Foi inaugurada, em outubro, com a exposição Fotojornalismo das revistas IstoÉ e Veja. Funcionou até fins da década de 1990 (Cultura e Fotografia Paulistana no século XX).

“Ao organizar uma mostra a preocupação era difundir o trabalho dos profissionais e não apenas mostrar e comercializar. Promovíamos encontros formais e informais, lançamentos de livros e encontros com o autor. Lançamos edição de pequenas tiragens assinadas e cheguei a organizar um clube de colecionadores. Ao editar as imagens para a exposição aprendíamos muito sobre o processo e pensamento, discutíamos o projeto desde o início. A exposição na verdade era uma oportunidade de relação e aprendizado única” .

Veja x Istoé / Detalhe de foto de Ricardo Chaves, outubro de 1979

Ainda segundo Rosely:

“A galeria Fotoptica desenvolveu um trabalho pioneiro na difusão do fotógrafo como autor de ensaios. Os espaços existentes até então eram para trabalhos aplicados a publicidade, jornalismo, moda ou editoriais em revistas ou jornais impressos. Inicia-se no momento em que a fotografia ganhava certo protagonismo nas artes visuais”

(Site do IMS)

Segundo Farkas, em entrevista para o livro Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)

“Abri a Galeria Fotoptica com a Rosely Nakagawa porque não havia nenhuma especializada em São Paulo e os museus ainda não aceitavam a fotografia, não havia colecionadores. Então pensei em

Rosely Nakagawa (2010)
Rosely Nakagawa

criar mais um mercado para o fotógrafo. Eu tinha por princípio manter, tanto na galeria quanto na revista Fotoptica, apenas fotógrafos brasileiros. Não por uma questão de nacionalismo, mas porque os estrangeiros já tinham bons veículos no mundo inteiro, enquanto os brasileiros não tinham nenhum lugar, nenhum espaço. A fotografia brasileira não era conhecida nem por sombra”.

No Sescafé, em São Paulo, participou de um debate sobre a Situação do Curta-Metragem dentro da programação Cinema Paulista de 68 a 79 – Geração 68 (Jornal da República, 13 de outubro de 1979, última coluna).

Em um documento anônimo encaminhado a dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016), arcebispo de São Paulo, o Movimento de Renovação Nazista (MRN) assumia o atentado à casa do físico Mário Schemberg (1914-1990) e elencava 33 pessoas visadas pelo MRN. Um deles era Thomaz Farkas (Diário de Pernambuco, 24 de outubro de 1979, última coluna).

1980

Foi o produtor do filme Certas palavras com Chico Buarque (1980), dirigido pelo argentino Mauricio Berú (1927-) (Cidade de Santos, 2 de novembro de 1980, terceira coluna).

Jornal do Brasil, 30 de outubro de 1980

Entre 19 e 25 de maio, exibição da mostra O Cinema de Thomaz Farkas no 1° Ciclo do Documentário Brasileiro sobre realidade e cultura nordestina realizado na Cinemateca do Museu Guido Viaro, da Fundação Cultural de Curitiba. No encerramento do evento, lançamento do filme Todomundo (1978-1980), roteirizado e dirigido por Farkas, e apresentação de Andiamo In’ Merica (1977-1978), dirigido por Sérgio Muniz e produzido por Farkas (Diário do Paraná, 18 de maio de 1980, quinta coluna; Diário do Paraná, 24 de maio de 1980, quinta coluna; Diário do Paraná, 24 de maio de 1980, primeira coluna).

1981

O filme piloto sobre imigração italiana, Andiamo In’ Merica (19771978), dirigido por Sérgio Muniz e produzido por Farkas e pela Embrafilme, ganhou o prêmio de Melhor Produção no I Festival Nacional de Filmes para a Televisão, realizado pela Coordenadoria de Comunicação Cultural da Secretaria da Cultura e do Esporte do Paraná, em Curitiba. Foi um dos filmes selecionados no projeto de financiamento da Embrafilme (Jornal do Brasil, 16 de agosto de 1977, segunda coluna; O Estado de São Paulo, 26 de maio de 1981, página 21, segunda coluna; Jornal do Brasil, 28 de setembro de 1977, última coluna).

Em São Paulo, em 7 de setembro, no IV Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, promovido pela INTERCOMSociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, cujo tema central foi Comunicação, Hegemonia e ContraInformação, Farkas proferiu a palestra Ação possível na indústria da comunicação

Thomaz e Melanie se separaram.

Produziu o documentário Jânio a 24 quadros (1981), dirigido por Luís Alberto Pereira (1951-) (Jornal do Brasil, 31 de maio de 1982, terceira coluna).

Produziu O Homem Descasado (1981), uma ficção para o Globo Repórter, dirigido por Rubens Xavier (1953-).

O filme dirigido e roteirizado por ele, Todomundo (1978-1980) foi selecionado para o Festival Cinéma du Réel, no Centro Georges Pompidou, em Paris, na França.

O filme dirigido e roteirizado por ele, Hermeto campeão (1981), recebeu na XI Jornada Brasileira de Curta-Metragem, em Salvador (BA), o prêmio de Melhor Documentário em Curta-Metragem (RS). Farkas doou o prêmio, no valor de 100 mil cruzeiros, para o movimento cineclubista baiano (Correio Braziliense, 16 de setembro de 1982; Canal Thomaz Farkas; Site IMS; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

Na Galeria Fotoptica, exposição de fotografias dos acervos particulares dos colecionadores Farkas, Diana Mindlin, Lily Sverner e Luiz Villares (1930-2020) (O Estado de São Paulo, 19 de outubro de 1982, página 20, última coluna).

Em 31 de outubro, recebeu a Medalha Comemorativa dos 30 Anos de Fundação do Santos Cine Foto Clube.

Seu filme, Hermeto campeão (1981) integrou a mostra Curtametragem Paulista/14 Anos de Prêmio Estímulo, realizada em novembro, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) (Cidade de Santos, 9 de novembro de 1982, terceira coluna).

Em um painel sobre Criatividade, realizado pelo Grupo de Estudos Psiquiátricos do Hospital do Servidor Público Estadual, no anfiteatro do hospital, apresentação do filme Hermeto campeão (1981), seguido de um debate com Farkas e com o maestro Willy Correia de Oliveira (1936-), mediado pelo médico Zacaria Ramadan (O Estado de São Paulo, 9 de novembro de 1982, página 43, quarta coluna).

1983

Passou a viver com a pedagoga Marly Angela Mariano (1948-2021).

Participou como convidado e indicado pela Diretoria da INTERCOM como Representante dos Pesquisadores Brasileiros da Comunicação, na Mostra Retrospectiva do Cinema Brasileiro, em Luanda, Angola, entre 1° e 10 de julho.

Em 17 de agosto, no Diário Oficial do Estado de São Paulo, foi publicada sua designação para, na qualidade de Membro, compor a Comissão de Fotografia do Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

Realização do I Festival Videobrasil, entre 8 e 14 de agosto, criado por Solange Farkas (1955-), casada com seu filho Pedro. Foi realizado no MIS-SP com patrocínio da Fotoptica e apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (Site Videobrasil). No MIS-SP, Thomaz participou de um debate entre os produtores premiados no festival e seus organizadores. A identidade visual e o projeto gráfico do evento foi realizado por Kiko Farkas (O Estado de São Paulo, 18 de agosto de 1983, página 24, primeira coluna).

1984

No Rio de Janeiro, foi membro do júri do Concurso de Fotografia

Eugene Atget-Air France/Ville de Paris, nos dias 13 e 14 de junho. Outros jurados foram Stefania Bril, Walter Firmo (1937-) e Pedro Vasquez (1954-).

Participou do Encontro sobre Cinema Técnico-Científico e Educativo promovido pela Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa, Funtevê, do Ministério da Educação e Cultura, nos dias 25 e 26 de junho, no Rio de Janeiro.

O filme dirigido e roteirizado por ele, Hermeto campeão (1981) participou da Los Angeles International Film Exposition, nos Estados Unidos, tendo sido exibido em 6 de julho, no Four Star Theatre.

Como professor da ECA-USP, apresentou e comentou o filme Revolução de 30 (1980), de Sylvio Back (1937-) e Opinião Pública (1967), de Arnaldo Jabor (1940-2022) (O Estado de São Paulo, 25 de setembro de 1984, página 16, quarta coluna; O Estado de São Paulo, 9 de outubro de 1984, página 18, penúltima coluna).

Na TV Cultura, no programa Cine Brasil, realização de um debate em torno do filme Hermeto campeão (1981) (Cidade de Santos, 28 de setembro de 1984, penúltima coluna).

Coordenou com o fotógrafo Cristiano Mascaro a mostra Autorretrato do brasileiro – Cidade e Campo, uma das salas especiais da exposição Tradição e ruptura, na Fundação Bienal de São Paulo, realizada entre 19 de novembro e 31 de janeiro de 1985. Nela foram mostradas fotografias de brasileiros produzidas pelo próprio homem brasileiro – um vizinho, um amigo, um familiar (Cidade de Santos, 1° de agosto de 1984, quarta coluna; Livros de Fotografia; Jornal do Brasil, 9 de outubro de 1984, terceira coluna; O Estado de São Paulo, 18 de novembro de 1984, página 26; e O Estado de São Paulo, 2 de dezembro de 1984, página 40).

A FUNARTE cria o Instituto Nacional de Fotografia no Rio de Janeiro – INFoto, com a finalidade de promover uma política cultural, a nível nacional, específica para a fotografia (Portal da FUNARTE).

1985

Participou, do Seminário Internacional de Legislação Cultural, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, entre 7 e 10 de março.

Numa propaganda de apoio ao novo presidente do Brasil, Tancredo Neves (1910-1985), Thomaz Farkas apresentou a nova marca da Fotoptica, encomendada por ele a seu filho, o designer e ilustrador Kiko Farkas. O novo logotipo adquiriu movimento e as cores azul e amarelo, mas manteve o mesmo tipo das letras (O Estado de São Paulo, 15 de março de 1985). .

O Estado de São Paulo, 15 de março de 1985

Foi convidado para integrar o comitê consultivo do projeto CINEUSP que seria desenvolvido pela Coordenadoria de Atividades Culturais da Universidade de São Paulo.

Em 22 de maio, durante o XII Encontro Nacional de Estudos Rurais e Urbanos, em São Paulo, participou como debatedor na 1ª. sessão do Seminário “Som e Imagem nas Ciências Sociais – Recursos de Análise ou Forma de apresentação de resultados?”, realizado pelo CERU- Centro de Estudos Rurais e Urbanos.

Em agosto, Thomaz foi aprovado em concurso público na Escola de Comunicações e Artes da USP e foi efetivado como professor das disciplinas de Fotojornalismo / Cinejornalismo. Todos os examinadores lhe atribuíram nota 10, reconhecendo seus méritos profissionais, artísticos e didáticos (Folha de São Paulo, 4 de agosto de 1985).

Logotipo da Fotoptica por Kiko Farkas

Thomaz Farkas foi o homenageado na XIV Jornada de Cinema da Bahia. Recebeu uma placa especial de Aluisio Pimenta (1923-2016), ministro da Cultura. Guido Araújo o definiu como o “primeiro produtor privado a acreditar no filme cultural” (Correio Braziliense, 11 de setembro de 1985, última coluna).

Em setembro, foi encerrado seu mandato junto à Comissão de Fotografia do Conselho de Artes e Ciências Humanas da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.

1986

Inauguração, em 27 de fevereiro, da Galeria Fotoptica, na rua Cônego Eugênio Leite, 920, com uma exposição de cinco fotos selecionadas das 50 imagens do livro Os Estranhos Filhos da Casa (1985), do fotógrafo Mário Cravo Neto (1947-2009), que esteve presente autografando a publicação. A Galeria Fotoptica, a loja, a livraria, uma sala de projeção e um auditório ficavam no térreo do

Folha de São Paulo, 4 de agosto de 1985

novo endereço. No piso superior foram instalados a Revista Fotoptica, o escritório de Thomaz, além do recém-criado Festival de Vídeo com Solange Farkas, o Máquina Estudio de Kiko Farkas e o departamento de vendas da ótica de Flavio Bittelman. A Galeria Fotoptica estava fechada há cerca de dois anos, mas não parou de funcionar, devido a acordos celebrados com o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), na época sob a direção de Aracy Amaral (1930-); e com o MASP; e também por iniciativas como a realização da exposição Turista Aprendiz, criada por Maureen Bisilliat (1931-) especialmente para a 18ª Bienal Internacional de São Paulo de 1985. Também na década de 1980, a carioca Isabel Amado (1963-) foi trabalhar na Galeria Fotoptica (O Estado de São Paulo, 27 de fevereiro de 1986, página 24, quarta coluna; Artigo de Rosely Nakagawa, 2024).

Farkas viajou para a Europa, onde fotografaria o interior da França e da Itália. Também foi noticiado que, em setembro, como professor da ECA-USP participaria, na Alemanha, da Photokina, uma das mais importantes feiras de imagens do mundo (O Estado de São Paulo, 16 de julho de 1986, página 62, quarta coluna).

O Estado de São Paulo, 27 de fevereiro de 1986

1987

O secretário do Estado da Cultura de São Paulo, Jorge da Cunha Lima (1931-2022), conferiu a Farkas destaque pela significativa contribuição à cultura de São Paulo.

Participou, em 9 de abril, da mesa-redonda Ficção, Ciência, Documento: Fronteiras, promovida durante o Seminário Nacional sobre o Filme e Vídeo em Ciência e Tecnologia no Museu de Astronomia e Ciências Afins, no Rio de Janeiro, entre 6 e 12 de abril.

Foi eleito, em 17 de dezembro, conselheiro da Fundação Bienal de São Paulo, na época presidida por seu amigo, o arquiteto Jorge Wilheim (Thomaz Farkas - uma antologia pessoal (2011), Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

1989

Em 28 de abril, foi eleito sócio-honorário do Foto Cine Clube Bandeirante.

A Fotoptica, onde Farkas seguia como proprietário, estava acertando a compra da Ótica Fluminense (Jornal do Brasil, 12 de janeiro de 1989, penúltima coluna).

No 2° Seminário Internacional de Comunicação do Varejo, participou do debate Relações Públicas e o apoio ao Marketing, realizado pela Editora Meio & Mensagem, em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de junho.

Em 15 de junho, participou do Seminário Acadêmico sobre os 20 anos de TV Pública em São Paulo, realizado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sob a responsabilidade do Professor Doutor Laurindo Leal Filho.

De 9 a 11 de novembro, participou do Programa de Planejamento da IBM.

Foi um dos 25 fotógrafos entrevistados para o livro Olhares refletidos:diálogos com 25 fotógrafos brasileiros (1989), organizado por Joaquim Paiva (1946-) (O Estado de São Paulo, 7 de dezembro de 1989, página 83, primeira coluna).

1990

Inauguração da Galeria Collectors, em São Paulo, com a exposição de fotografias Collectors na Collector, que contou com fotografias dos colecionadores Carlos Leal, Carlos Eugênio Marcondes de Moura (1933-2023), Lily Sverner (1934-2016) e também de Farkas. (O Estado de São Paulo, 27 de março de 1990, página 2).

Passou a integrar o conselho deliberativo da Coleção Pirelli/MASP. Com os outros integrantes, dentre eles Boris Kossoy (1941-) e Rubens Fernandes Júnior, participava da decisão de que autores e obras seriam integrados à coleção (Jornal do Brasil, 29 de julho de 1992, terceira coluna; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006), Thomaz Farkas - uma antologia pessoal (2011)).

Criação da Casa da Fotografia da Fuji, um espaço cultural e educacional dedicado à fotografia, onde foram realizadas diversas mostras e cursos livres. Curada inicialmente por Stafania Bril e depois por Rosely Nakagawa, o espaço esteve em funcionamento até 2004, quando seu acervo bibliográfico foi transferido para a biblioteca do Centro Universitário SENAC (Livros de Fotografia).

1991

Foi o entrevistado do programa Gente Que Faz, na Rede Bandeirantes, apresentado por Sérgio Motta Mello (1946-) (Jornal do Brasil, 29 de abril de 1991).

Jornal do Brasil, 29 de abril de 1991

Tomou posse, em 13 de maio, na sala de reuniões da Secretaria do Governo Municipal de São Paulo, como um dos membros da Comissão de Avaliação dos Incentivos Fiscais, na gestão da prefeita de São Paulo, Luiza Erundina (1934-). O convite foi feito pela secretária municipal de Cultura, Marilena Chauí (1941-) (O Estado de São Paulo, 9 de maio de 1991, página 86, terceira coluna). Foi reconduzido à função em 20 de maio de 1992.

Fazia parte da comissão que analisou os projetos de Fotografia que concorriam à Bolsa Vitae de Artes (Jornal do Brasil, 1º de julho de 1991, terceira coluna).

Farkas fazia parte do Conselho Deliberativo do MASP, que escolheu o fotógrafo santista Araquém Alcântara (1951-) como um dos 15 melhores autores contemporâneos brasileiros de 1991 (A Tribuna (SP), 15 de setembro de 1991, última coluna).

Fundação do NAFOTO – Núcleo de Amigos da Fotografia – por fotógrafos, pesquisadores e curadores, com o objetivo de criar um evento internacional de fotografia no Brasil, valorizar e inserir a fotografia nacional no circuito cultural mundial. Farkas foi seu membro número 1 (Revista Fotosite, junho/julho de 2005; Site Livros de Fotografia).

1992

Tornou-se presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira (Thomaz Farkas: notas de viagem (2006); Thomaz Farkas uma antologia pessoal (2011)).

Foi um dos jurados do 1° Ecocine – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, em São Sebastião, em São Paulo (Correio de Noticias (PR), 2 de junho de 1992, última coluna; Site Memorial da América Latina).

Até este ano esteve ligado à ECA-SP como orientador de teses.

1993

Tornou-se diretor da Cinemateca Brasileira, substituindo Ricardo Ohtake (1942-). Foi escolhido pelo conselho da entidade, presidido por Maria Rita Galvão (1939-2017) (Jornal do Brasil, 11 de abril de 1993, quinta coluna; Jornal do Commercio, 9 e 10 de abril de 1993, penúltima coluna; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006); Thomaz Farkas - uma antologia pessoal (2011)).

“A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do sul e membro pioneiro da Federação internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi oficializada em 1949 como Filmoteca do MAMSP, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão o estímulo ao estudo, defesa, preservação, divulgação e desenvolvimento da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social pelo Governo Federal” (Site da Cinemateca Brasileira).

Foi o presidente do XV Festival Internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano y Caribeño, em Havana, Cuba.

No SESC Pompéia, em São Paulo, participou, entre 4 e 30 de maio, da exposição coletiva Fotografia Brasileira Contemporânea: anos 50-90, sob a curadoria de Rosely Nakagawa, Rubens Fernandes Júnior e Eduardo Castanho (1950-).

Foi candidato a vice-presidente na chapa do empresário Luiz Oswaldo Pastore (1949-) à presidência da Fundação Bienal de São Paulo. A chapa opositora, cujo candidato a presidente foi Edemar Cid Ferreira (1943-2024), venceu a eleição (Jornal do Brasil, 27 de maio de 1993, última coluna).

Jornal do Commercio, 9 e 10 de abril de 1993

1994

Fazia parte da comissão que analisou os projetos de Fotografia que concorriam à Bolsa Vitae de Artes (Folha de Hoje, 1° de fevereiro de 1994, primeira coluna).

Foi um dos signatários do Manifesto de intelectuais em apoio à candidatura de Fernando Henrique Cardoso à presidência da República (Jornal do Brasil, 20 de setembro de 1994, primeira coluna).

Participou da 4ª Semana de Fotografia Cidade de Curitiba, realizada entre 14 e 21 de agosto.

O filme que roteirizou e dirigiu, Paraíso, Juarez (1971) foi uma das atrações da abertura da mostra O Cinema Cultural Paulista 1994, realizado entre 13 e 18 de dezembro, no MIS-SP. Na ocasião, foi realizada uma homenagem a Thomaz Farkas por seus 70 anos, com a exibição de uma seleção de filmes produzidos por ele e de uma mostra de sua obra fotográfica (Folha de São Paulo, 13 de dezembro de 1994).

1995

É o presidente do conselho da Cinemateca Brasileira (Thomaz Farkas - uma antologia pessoal (2011); O Estado de São Paulo, 21 de fevereiro de 1995, d2, terceira coluna).

Participou, em 10 de abril, do Encontro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e coordenado por José Tavares de Barros (1936-2009), no Centro Cultural São Paulo.

Fazia parte da comissão que analisou os projetos de Fotografia que concorriam à Bolsa Vitae de Artes (Jornal dos Sports, 23 de julho de 1995, primeira coluna).

1996

Em abril, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, inauguração da exposição A Fotografia Moderna no Brasil, com

trabalhos de Farkas, Gerado de Barros e José Oiticica Filho, dentre outros. Na ocasião, lançamento do livro homônimo, de autoria de Helouise Costa e Renato Rodrigues da Silva, editado pela Funarte (Tribuna da Imprensa, 3 de abril de 1996, terceira coluna).

Em 9 e 10 de agosto de 1996, foi membro da comissão julgadora do Prêmio Máximo de Fotografia da Cidade de Curitiba, na Fundação Cultural de Curitiba. Os outros jurados foram Ângela Magalhães (1954-), Joaquim Paiva, Geraldo Pougy (19?-) e Boris Kossoy.

Três fotos de sua autoria foram expostas na 6ª Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, lançada em exposição no MASP, em dezembro. Foram incorporadas à coleção (Thomaz Farkas: notas de viagem (2006); Thomaz Farkas - uma antologia pessoal (2011).

1997

Ele e o fotógrafo José Medeiros foram homenageados no II Mês Internacional da Fotografia em São Paulo, organizado pelo Núcleo dos Amigos da Fotografia (NAFOTO).

Rosely Nakagawa realizou a curadoria da exposição Thomaz Farkas, fotógrafo, exibida no MASP, em maio. Rosely havia descoberto os trabalhos do fotógrafo, no início da década de 90, em um álbum, junto às fotos de Edward Weston. Segundo Rosely:

"O maior trabalho foi convencer Farkas de que sua coleção tem uma excelente qualidade."

Foi essa mostra, aberta em 20 de maio e integrante do 3º Mês Internacional da Fotografia, que revelou a imensa produção fotográfica de Thomaz. Na mesma data, lançamento do livro homônimo pela Editora DBA/Melhoramentos. Trazia um artigo de seu filho João Farkas, Um húngaro na caatinga; e também um depoimento de Thomaz a Rosely Nakagawa, de 20 de março de 1997, intitulado Lembranças. O editor foi Alexandre Dórea Ribeiro (Folha de São Paulo, 20 de maio de 1997).

Entre 8 e 13 de julho, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ), inauguração da mostra A Caravana Farkas: documentários de 1964-1980, com a exibição de 39 filmes sob a curadoria de Sérgio Muniz, e a realização de mesas-redondas e debates. A mostra foi dedicada aos críticos Joaquim Novais Teixeira, Paulo Emílio Salles Gomes e Louis Marcorelles (1922-1990) e aos cineastas Vladimir Herzog, Joris Ivens e Jean Rouch (Tribuna da Imprensa, 8 de julho de 1997; Catálogo da exposição Caravana Farkas)

“Antes da Caravana Holiday que Carlos Diegues consagrou em Bye Bye, Brasil houve outra que partiu de São Paulo para esquadrinhar o Nordeste. Foi a Caravana Farkas, fruto da generosidade de Thomaz Farkas”.

Veja aqui o catálogo da mostra

A rede de lojas Fotoptica foi vendida, em agosto, para o Fundo Brazil Private Equity, administrado pela Patrimônio Participações e Thomaz deixou a direção empresa. Foi comprada em 2007 pela holandesa Hal Investments, dona do grupo GrandVision (Istoé Dinheiro, 1º de dezembro de 2000; Valor Econômico, 12 de setembro de 2011; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)).

Câmeras da Fotoptica que estão emprestadas ao Instituto Moreira Salles

Realização do debate Sertão, ontem e hoje com Farkas, Paulo Gil Soares e Sérgio Muniz durante a 4ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, no Museu do Folclore, no Rio de Janeiro (Jornal do Commercio, 19 e 20 de outubro de 1997, última coluna).

Na Paparazzi: arte fotográfica n° 12, publicação da matéria Reminiscências: Thomaz Farkas – portfólio.

1998

Em 6 de fevereiro, inauguração da exposição individual Thomaz Farkas, fotógrafo, na Casa de Cultura de Paraty (RJ) (O Fluminense, 6 de fevereiro de 1998, penúltima coluna).

Entre março e abril, presidiu o júri da competição brasileira do III Festival Internacional de Documenários É Tudo Verdade, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro. Uma foto de sua autoria compôs a identidade visual do evento (Site É Tudo Verdade; Reflexões sobre Festivais de Cinema, História e Cultura Audiovisual no Brasil: fotografia, arquivo, memória e identidade visual no É Tudo Verdade).

Em 29 de abril, 0 Foto Cine Clube Bandeirante inaugurou uma nova sede, em São Paulo, com uma exposição retrospectiva de alguns de seus sócios, dentre eles Farkas, Chico Albuquerque e German Lorca (Jornal do Commercio, 28 de abril de 1998, terceira coluna).

Recebeu o 4º Prêmio Nacional de Fotografia, outorgado pela Funarte, pelo livro Thomaz Farkas, fotógrafo.

Durante a Copa do Mundo de Futebol da França, entre junho e julho, integrou a exposição Jogadas, em Nantes e em Nord-Pas-deCalais, na França. A mesma exposição foi realizada na Casa da Fotografia Fuji, em São Paulo, em junho, sob a curadoria de Rosely Nakagawa, Nair Benedicto (1940-) e Pierre Devin (1946-).

Foi membro da comissão julgadora do Arte Pará 98, promovido pela Fundação Rômulo Maiorana, em Belém, nos dias 14 e 15 de setembro.

Em Fortaleza, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, inauguração, em outubro, da mostra Caravana Farkasdocumentários 1964-1980 com a exibição de 22 filmes.

Participou, em novembro, da exposição coletiva Fazenda Pinhal –100 anos de fotografias, no Sesc São Carlos, em São Paulo.

Em Havana, Cuba, em dezembro, na Galeria Cine Charles Chaplin, realização da exposição individual Thomaz Farkas.

Também em Cuba, integrou o júri do XX Festival de Cinema de Havana, realizado entre 1º e 12 de dezembro (Jornal do Brasil, 1° de dezembro de 1998, terceira coluna).

Integrou o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN como representante da sociedade civil durante dois mandatos, entre 1998 e 2006 (Site IPHAN, 27 de março de 2011).

1999

No Canal Brasil, exibição do Festival Farkas (O Pioneiro (RS), 19 de março de 1999).

Obras de Thomaz Farkas integraram a II Semana Fernando Furlanetto de Fotografia, realizada no Teatro Municipal de São João da Boa Vista (SP), entre 10 e 30 de abril. Na mesma ocasião, mostra de documentários da Caravana Farkas.

Entre 1° de julho e 6 de agosto, participou da exposição Tendências da Fotografia Contemporânea, no Itaú Cultural de Campinas, sob a curadoria de Rubens Fernandes Júnior. A mostra reuniu trabalhos de 28 fotógrafos e encerrou o Mês Internacional da Fotografia (O Estado de São Paulo, 30 de junho de 1999).

Entre outubro de 1999 e janeiro de 2000, participou da exposição coletiva Brasilianische Fotografie 1946 bis 1998, no Kunstmuseum, em Wolfsburg, Alemanha.

Na galeria ADG, em São Paulo, na Sala Thomaz Farkas, em novembro, realização da exposição individual Thomaz Farkas: 39 anos de fotografia, 20 anos de galeria.

Tornou-se membro do Conselho da Sociedade Amigos da Cinemateca.

2000

Em São Paulo, entre 15 de março e 8 de abril, no Foto Cine Clube Bandeirante, realização da exposição individual Retorno ao Fotoclube.

Fotografou Brasília a convite do Correio Braziliense. Seus registros foram publicados no Caderno Especial Comemorativo dos 40 Anos da Fundação da Capital do Brasil - Brasília, publicado na edição de 20 de abril do jornal. Segundo o jornalista TT Catalão, na referida edição:

“Farkas revisitou o mesmo conflito tenso que oprime as pessoas simples, mas não castra o lirismo, o repouso, a sensação de plenitude mesmo na pobreza. Mudaram governos, ditaduras, aparatos repressivos, planos econômicos, moedas, discursos, marketing, embalagens; mas há uma coerência íntegra em Farkas que não o provoca ao monumental ou ao supérfluo do que passa. Ele quer a alma, a medula do modelo, a raiz. Ele não se assusta com movimentos pois sabe que é o eixo fixo, centrado, calmo, generoso que permite a roda girar”.

Entre 12 de maio e 9 junho, com os fotógrafos Cristiano Mascaro, Ed Viggiani (1958-) e outros participou da exposição coletiva Fotografia documental, na Casa da Fotografia Fuji, em São Paulo com curadoria de Rosely Nakagawa (O Estado de São Paulo, 17 de maio de 2000, página d11).

Alguns dos documentários que produziu ou dirigiu foram exibidos no XVI Festival Internacional do Filme de Tróia, em Setúbal, em Portugal, entre 1º e 10 de junho: A morte das velas do Recôncavo (1976), Erva bruxa (1970), Casa de farinha (1970), Hermeto campeão (1981), Vitalino Lampião (1969), Memória do cangaço (1964), Beste (1970), Subterrâneos do futebol (1965), Todomundo (1978-1980), Viramundo (1965) e Jornal do sertão (1969-1970).

Abertura, em 5 de julho, da exposição individual Thomaz Farkas, na Galeria Debret, em Paris (Manchete, 26 de fevereiro de 2000, segunda coluna).

Em 21 de setembro, inauguração da exposição individual de Farkas, Sexto Sentido, na Imagolucis Fotogaleria, na cidade do Porto, em Portugal, a convite da referida galeria e do Centro Português de Fotografia.

Publicação do livro Sexto Sentido – Thomaz Farkas, organizado por Maria do Carmo Serem, do Centro Português de Fotografia.

O Estado de São Paulo, 4 de julho de 2000

Em setembro, realização da exposição Produção Nordestina Thomaz Farkas e Jornadas da Bahia em Fotos na programação que antecedeu a XVII Jornada Internacional de Cinema na Bahia com a exibição de filmes da Caravana Farkas.

A mostra Caravana Farkas foi exibida no IV Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte e também no Cinusp Paulo Emílio, em São Paulo.

Em 7 de novembro, foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural, outorgada pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (1931-) (Diário Oficial, 24 de outubro de 2000; Folha de São Paulo online, 7 de novembro de 2000).

2001

Dentro do V Mês Internacional da Fotografia, a Galeria do Centro de Comunicação e Artes do Senac, em São Paulo, realizou, entre 25 de abril e 13 de junho, uma exposição individual de sua obra com curadoria de João Kulcsár (1961-) (O Estado de São Paulo, 25 de

abril de 2001, página 56). Na ocasião, publicação do livro Thomaz Farkas (2001) com curadoria de João Kulcsár, editado pelas Faculdades SENAC de Comunicação e Artes.

Sob sua gestão, inauguração, em 22 de abril, do primeiro arquivo climatizado de filmes e vídeos do Brasil, com o objetivo de preservar a história do cinema nacional. Na época, Cosette Alves presidia a Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira (Tribuna da Imprensa, 16 de abril de 2016, segunda coluna).

Participou da exposição coletiva Realidades construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, sob a curadoria de Helouise Costa, no Itaú Cultural, em Campinas (SP), entre maio e agosto, e, em Belo Horizonte, entre agosto e outubro.

2002

A DBA publicou o calendário comemorativo com fotografias intitulado 2002 por Thomaz Farkas.

Os filmes Viva Cariri! (1969-1970) e Viramundo (1965) participaram do Circuito Doc-documentário brasileiro em debate, corealização Itaú Cultural e Cinusp São Paulo, que ao longo do ano

promoveu uma série de encontros e atividades entre instituições acadêmicas, centros culturais e público interessado para discutir a produção de documentários nacionais.

Farkas foi um dos entrevistados do programa Em foco: Cinemateca Brasileira, dirigido por Kiko Mollica (1970-) e exibido e produzido pelo Canal Brasil (Tribuna da Imprensa, 4 de fevereiro de 2002, quarta coluna).

Participou de três exposições coletivas promovidas pelo MAM-SP: Aquisições recentes, no MAM-SP, em janeiro, com obras compradas com o apoio do Programa Petrobras Artes Visuais; Cidadeprojeto/ Cidadeexperiência, entre março e maio, no Espaço MAM VillaLobos; e Arte e Futebol, entre maio e agosto, no MAM-SP.

Em março, participou da exposição coletiva Visões e alumbramentos: fotografia contemporânea brasileira da Coleção Joaquim Paiva, na Oca, em São Paulo. Publicação de um livro homônimo.

Sob a curadoria de Rosely Nakagawa, realização da exposição Thomaz Farkas: fotografias e lembranças, no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo. No mesmo local, no dia 4 de abril, lançamento do livro Thomaz Farkas (2002) Coleção Artistas da USP com fotografias da construção e da inauguração de Brasília; de cenas de ruas, da paisagem, da praia de Copacabana, do Pão de Açúcar e da Urca, de futebol, de Sansão Castello Branco, do Túnel Novo, da Ilha de Paquetá, e de ensaios de escola de samba e do balé russo e do Balé da Juventude no Rio de Janeiro; e de prédios, ruas e detalhes arquitetônicos de São Paulo, do Estádio do Pacaembu e seus torcedores, dos festejos do fim da Segunda Guerra Mundial na cidade, de experimentos surrealistas, do edifício Martinelli, do Viaduto do Chá, de Marcelo Grassmann, de Boris Kochno (19041990), de Itanhaém, de João Farkas no Guarujá e de um autoretrato, dentre outras. Também foram publicados artigos de autoria de Rosely Nakagawa, Simonetta Persichetti, Rubens Fernandes Júnior, Cristiano Mascaro e de um depoimento de João Farkas. Editado pela Editora da Universidade de São Paulo – Edusp

/Imprensa Oficial (O Estado de São Paulo, 1º de abril de 2002, página d4, penúltima coluna).

Foi um dos 70 artistas com obras expostas na mostra Gênio do Lugar – Circuito Vila Buarque, organizada pelos curadores Lorenzo Mammi e Marcos Moraes (1956-) e aberta em 27 de abril, na Praça Rotary e em dezenas de endereços do bairro Vila Buarque (O Estado de São Paulo, 24 de abril de 2002, página d1).

Entre maio e junho, participou da exposição 2ª Coleção Pirelli/MASP de Fotografia no MASP.

Entre 26 de junho e 1° de setembro, realização, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, da exposição individual retrospectiva Fotografias de Thomaz Farkas com 60 imagens do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília, nas décadas de 1940, 1950 e 1990, sob a curadoria de Rosely Nakagawa. Na ocasião, lançou um portfólio com tiragem limitada e numerada com 10 fotografias em preto-e-branco selecionadas por ele (Site IMS; Thomaz Farkas: notas de viagem (2006); Jornal do Brasil, 4 de junho de 2002, segunda coluna; Jornal do Brasil, 19 de junho de 2002; Jornal do Commercio, 16 e 17 de junho de 2002; Enciclopédia Itaú Cultural).

Participou da exposição coletiva Ressonâncias do Brasil, realizada entre junho e setembro, pela Fundación Santillana na Torre de San Borja, em Santillana Del Mar, na Espanha.

Em 6 de junho, foi o tema do programa Retratos Brasileiros, no Canal Brasil (Correio Braziliense, 3 de junho de 2002).

Entre julho e agosto, participou da exposição coletiva Fotografias no Acervo do MAM-SP.

Em agosto, filmes da Caravana Farkas integraram o Festival de Curtas-Metragens de São Paulo.

Em 15 de outubro, foi homenageado com a inauguração do Cine Clube Thomaz Farkas, pelo Centro Universitário das Faculdades Integradas Alcântara Machado, Fiam-Faam, em São Paulo. Na mesma ocasião, Farkas fez uma palestra sobre sua trajetória cinematográfica e foi aberta a mostra A Caravana Farkas na Trilha da Folkcomunicação (O Estado de São Paulo, 15 de outubro de 2002, página d2).

O Estado de São Paulo, 15 de outubro de 2002

Em 3 de dezembro, ganhou o Prêmio-Homenagem Dia do Óptico, do Sindióptica de São Paulo.

Durante a 30ª Jornada de Cinema da Bahia, realização na Galeria ACBEU, em Salvador, da exposição individual As jornadas que eu vi, dedicada à obra de Farkas.

No Museu Rufino Tamayo, na Cidade do México, participou, entre fevereiro e julho, da exposição coletiva Cuasi corpus; arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner.

Foi o curador das 100 fotografias selecionadas no trabalho de 17 fotógrafos que registraram o dia da posse do presidente Lula (1945-), que foram publicadas na edição de A Revista, lançada em fevereiro. Foi editada pela gráfica Takano e comandada por Regina Echeverria (1951-). Para o lançamento da revista, foi inaugurada, em 23 de fevereiro, com um concerto da Sinfonia Cultura, uma exposição no Viaduto Santa Ifigênia, em São Paulo, cujo planejamento visual foi de Iatã Canabrava (1962-) e Juvenal Pereira (1946-) (Correio Braziliense, 2 de março de 2003, primeira coluna; O Estado de São Paulo, 22 de fevereirode 2003, página d7).

Em São Paulo, participou, entre 15 de maio e 15 de junho, da exposição coletiva Labirintos e identidades: fotografia no Brasil 1945-1998, sob a curadoria de Rubens Fernandes Júnior, no Centro Universitário Maria Antônia.

Em 9 de maio, em uma cerimônia realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, Farkas foi o grande homenageado da noite, ganhando o Prêmio ABC de Cinematografia, concedido pela Associação Brasileira de Cinematografia. Em seu discurso de agradecimento, declarou: “Considero este prêmio uma homenagem a cinco gerações de cineastas e fotógrafos da minha família” (O Estado de São Paulo, 12 de maio de 2003, página d3).

A reedição, pela Companhia das Letras, do livro Cineastas e Imagens do Povo, do crítico e teórico do cinema brasileiro JeanClaude Bernadet (1936-), trazia em sua capa uma imagem do

seminal Viramundo, assinada por Thomaz Farkas (O Estado de São Paulo, 3 de agosto de 2003, página d1).

Site Companhia das Letras

Em 20 de agosto, no Centro de Cultura Judaica, inauguração da exposição individual Thomaz Farkas, 60 anos de fotografia, com 50 imagens em preto-e-branco, sob a curadoria de Rosely Nakagawa (O Estado de São Paulo, 20 de agosto de 2003; A Tribuna (SP), 20 de agosto de 2003, última coluna).

Entre outubro e dezembro, participou da exposição coletiva Compressores e condensadores, no Espaço MAM-Villa-Lobos, em São Paulo.

Entre outubro de 2003 e janeiro de 2004, participou da exposição coletiva Imagética, no Museu de Fotografia Cidade de Curitiba.

A Cinemateca Brasileira homenageou o homem de cinema Thomaz Farkas com um calendário composto de fotogramas extraídos de seus filmes.

Entre 22 de janeiro e 27 de junho, obras de sua autoria integraram a exposição São Paulo, 450 anos: a Imagem e a Memória da cidade no acervo do Instituto Moreira Salles realizada pelo Instituto Moreira Salles, na Galeria de Arte do SESI, atual Centro Cultural da FIESP, em São Paulo. O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954/2006), codirigido por Farkas, foi exibido (O Estado de São Paulo, 19 de janeiro de 2004; Tribuna da Imprensa, 23 de janeiro de 2004; Folha de São Paulo, 23 de janeiro de 2004; Jornal do Brasil, 25 de janeiro de 2004).

Folha de São Paulo, 23 de janeiro de 2004

Fotos de sua autoria, do bairro de Bela Vista, do Vale do Anhangabaú, de lavadeiras na marginal do Tietê, de meninos espiando o Estádio do Pacaembu, de torcedores no mesmo estádio, do gradil do Viaduto Santa Ifigênia, do mirante do Trianon, do interior de um bonde e dos festejos pelo fim da Segunda Guerra Mundial nas ruas de São Paulo foram publicadas no livro Cadernos de Fotografia Brasileira - São Paulo, 450 anos, editado pelo Instituto Moreira Salles e lançado na abertura da exposição. Farkas também foi um dos autores, com Dulce Soares (1943-), Cássio Vasconcellos (1965-) e Cristiano Mascaro no capítulo Contatos –Testemunhas oculares, do artigo Fotografar a capital paulista.

“A coleção de imagens de São Paulo que sobreviveu a esses 60 anos de trabalho guarda afetividades que escondem a não pouca falta de sistematização. Como um legítimo álbum de família”.

Em fevereiro, o filme Todomundo (1978-1980), roteirizado e dirigido por Farkas, e Subterrâneos do futebol (1965), produzido por ele, integraram a mostra Futebol na Lata, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo (O Estado de São Paulo, 13 de fevereiro de 2004, página 98, última coluna).

Thomaz Farkas. O Mirante do Trianon antes do MASP, década de 40.
São Paulo / Acervo IMS

Em 11 de março, na Academia Paulista de Letras, inauguração da exposição individual São Paulo na visão de Thomaz Farkas sob a curadoria de José Henrique Fabre Rolim (1950-) (O Estado de São Paulo, 11 de março de 2004, página 68).

Em 12 de abril, pré-estreia, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, do filme Thomaz Farkas, brasileiro (2003), realizado por Walter Lima Jr. (1938-). Em agosto, foi apresentado no 15° Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo. No mesmo ano, em 6 e 7 de outubro, foi apresentado durante o Festival do Rio. Em dezembro, participou do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema 2004 (O Estado de São Paulo, 12 de abril de 2004, página d8; Jornal do Brasil, 1º de outubro de 2004, terceira coluna; Tribuna da Imprensa, 3 de dezembro de 2004, segunda coluna).

“Eu me identifico com todos e ao mesmo tempo não sou nenhum”

Filme revela o sonhador sensato

“É com reverência e paixão que Walter Lima Jr. se aproxima de Thomaz Farkas em "Thomaz Farkas, Brasileiro".

De um modo geral, é mais ou menos assim mesmo que Lima Jr. se aproxima dos objetos de seus filmes: como se à força de serem amados eles começassem a se expor.

Mas Farkas é um caso muito particular. Foi ele o responsável por uma das mais formidáveis aventuras já vivenciadas no cinema brasileiro: a série de documentários que, nos anos 60, rastrearam o Brasil imbuídos da tarefa de descobrir e mostrar o Brasil que não se conhecia.

Quem assistir hoje a um "Globo Repórter", por exemplo, encontrará ali ecos distantes dessa atitude. O pensamento que a norteava se perdeu, claro: a idéia de que o cinema era um instrumento de intervenção na realidade, um tipo muito especial de olho, capaz de ajudar a transformá-la.

"Thomaz Farkas", o filme, é um diálogo a respeito do que Farkas produziu, por um lado, e do que é, por outro. No curta-metragem de Lima Jr., o segundo impõe-se ao primeiro. Ou antes: Farkas acaba se revelando o autor de pleno direito da série.

O diretor João Callegaro definiu o cinema brasileiro como uma nau dos insensatos. É uma bela definição. Mas o que tinha Farkas a fazer ali? Não era ele um fotógrafo consagrado? Não era o dono da Fotóptica? Por que deveria ir atrás de sarna para se coçar? E, já que tratou de mexer com cinema, por que correr atrás de um Brasil profundo, nem sempre agradável aos olhos?

Talvez seja esse o ponto de "Thomaz Farkas". Cena após cena, delicadamente, vai mostrando um sonhador sensato, a inquietude de um homem calmo, seu desejo de agir sobre o mundo, de aperfeiçoá-lo.

Vistas as coisas a partir do individualismo e do narcisismo que se impuseram nas últimas décadas, de fato as proezas da chamada Caravana Farkas hoje mais parecem feitos de ficção científica. Farkas é um brasileiro civilizador, num país que cada vez mais se conforma com a experiência da barbárie”.

Inácio Araújo (Folha de São Paulo, 28 de setembro de 2004)

Em julho, realização da exposição individual Brasília, o tempo, o Brasil, na inauguração da Galeria FNAC, no ParkShopping, em Brasília (Correio Braziliense, 14 de julho de 2004).

Entre 16 de agosto e 29 de novembro, no Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), participou do evento comemorativo dos 70 anos da Universidade de São Paulo, Arte jornalismo: caminhos cruzados - Fotografia, gravura e grafismo. Obras de sua

autoria integraram a exposição coletiva de fotografias e, no dia 23 do mesmo mês, realizou um seminário acadêmico sobre fotografia e cinema (O Estado de São Paulo, 23 de agosto de 2004, página 34, penúltima coluna; Site MAC-USP).

Entre agosto e outubro, participou da exposição coletiva Fotografia e Escultura no Acervo do MAM – 1995 a 2004.

Foi homenageado durante o 15º Festival Internacional de CurtasMetragens, inaugurado em São Paulo, em 26 de agosto, com a exibição de vários filmes produzidos pela Caravana Farkas (O Estado de São Paulo, 27 de agosto de 2004, página 124).

Em setembro, foi um dos homenageados na 31ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia (O Estado de São Paulo, 28 de agosto de 2004, página, segunda coluna).

Entre 15 de setembro e 31 de outubro, para comemorar os 80 anos de Farkas, o MIS-SP prestou uma homenagem a ele com a inauguração de uma exposição individual de suas fotografias, com a exibição de seus filmes e com a realização de dois debates em torno de sua obra (O Estado de São Paulo, 15 de setembro de 2004, d1).

Para comemorar seus 80 anos, Thomaz recebeu alguns amigos na Cinemateca Brasileira.

Convite para a festa dos 80 anos de Thomaz / O Estado de São Paulo, 15 de setembro de 2004

Na edição de outubro de 2004 da revista Fotografe Melhor, editada por Aydano Roriz, publicação do artigo Farkas, 80 anos, um dos pioneiros da modernidade.

Eduardo Salvatore, Eder Chiodetto, German Lorca e Thomaz Farkas / Foto de Lorca publicada na revista Fotografe Melhor, outubro de 2004

Entre outubro deste ano e janeiro de 2005, participou da exposição coletiva Olho vivo: a arte da fotografia, no Farol Santander de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (O Estado de São Paulo, 3 de novembro de 2004, página d3, última coluna).

Entre dezembro deste ano e março de 2005, participou da exposição coletiva Cinqüenta 50, no MAM-SP, sob a curadoria de Felipe Chaimovich (1968-) (Folha de São Paulo, 15 de dezembro de 2004).

2005

Realizou retratos em close-up de amigos, animais de estimação e familiares.

Publicação da reportagem e entrevista realizada por Hélio Campos Mello (1948-) intitulada Thomaz Farkas, quatro décadas de

fotografia, na Bien´Arte, a Revista da Fundação Bienal de São Paulo, de março de 2005.

Entre 5 e 7 de abril, realização da 5ª Conferência Internacional de Documentário com o tema Cinema Direto e Cinema Verdade: Tendências e Dispositivos do Documentário na Era Digital. No dia 7 de abril, Farkas, Sérgio Muniz e Marcius Freire (19?-) participaram da mesa Caravana Farkas: uma experiência brasileira.

Publicação da reportagem Salve Thomaz Jorge Farkas!, de Juan Esteves (1957-2024) (Revista Fotosite, junho/julho de 2005).

A Pinacoteca do Estado de São Paulo realizou, entre 9 de julho e 28 de agosto, a exposição individual Brasil e brasileiros no olhar de Thomaz Farkas. No dia da inauguração houve a exibição de três documentários digiridos por Farkas: Paraíso, Juarez (1971), Todomundo (1978/1980) e Hermeto Campeão (1981) (O Estado de São Paulo, 9 de julho de 2005, página d2).

Revista Fotosite, junho/julho de 2005

Em uma entrevista publicada no jornal O Estado de São Paulo, de 7 de agosto, o fotógrafo Cristiano Mascaro apontou Farkas como um de seus fotógrafos modernistas preferidos. Os outros eram Marcel Gautherot (1900-1996) e José Medeiros (O Estado de São Paulo, 7 de agosto de 2005, página d16).

Ganhou o Prêmio Especial Porto Seguro de Fotografia e teve exibidas fotos de sua autoria no Espaço Porto Seguro, em São Paulo, na exposição 60 Anos... Brasil. Os mineiros João Castilho, Pedro

David e Pedro Mota venceram na categoria Brasil, assinando o projeto coletivo "Paisagem Submersa". O trio foca as mudanças originárias da construção da usina hidrelétrica de Irapé (MG).

Marcelo Zocchio e Tom Lisboa, com projetos diferentes, venceram em pesquisas contemporâneas. Lucille Kanzawa levou o prêmio na categoria revelação (Folha de São Paulo, 28 de setembro de 2005).

“Vencer este concurso foi extremamente gratificante porque premia não a mim, mas a todas as pessoas das minhas fotografias. Representa um grande estímulo para que eu continue trabalhando neste país, que é maravilhoso”.

Site Clube de Criação

O Estado de São Paulo, 15 de julho de 2005

Dez fotos de autoria de Farkas selecionadas por Rubens Fernandes Júnior foram integradas ao acervo permanente do Museu de Arte Brasileira da Faap (MAB-Faap).

Durante o Ano do Brasil na França foi homenageado, em Paris, com o evento Thomaz Farkas, l´Ami Brésilien, com a exibição de curtasmetragens da Caravana Farkas na Maison de l’ Amerique Latine, em 2 de novembro, e no Musée de l’ Homme, em 5 de novembro.

Na revista Fotosite, n° 6, publicação do artigo Aos 80 anos, Thomaz Farkas ainda surpreende com seus kodachromes inéditos.

Entre setembro e novembro, em Nice, na França, participou da exposição coletiva Septembre de La Photo 2005: Aspect de La Photographie Brésilienne.

Durante o II Festival de Cinema de Paraty-Paratycine, realizado entre 19 e 22 de outubro, foi homenageado com a exibição dos filmes Thomaz Farkas, brasileiro, de Walter Lima Jr (1938-); e de Subterrâneos do futebol (1965), de Maurice Capovilla. Houve também uma exposição de suas fotografias (Jornal do Brasil, 21 de outubro de 2005, última coluna; O Fluminense, 11 de outubro de 2007; Jornal do Commercio, 15 e 16 de outubro de 2005, primeira coluna).

Ele e Cristiano Mascaro foram alguns dos convidados do 1° Paraty em Foco - Festival Internacional de Fotografia, realizado entre 10 e 13 de novembro, por iniciativa do italiano Giancarlo Mecarelli (1946). O evento teve cinco palestras e reuniu cerca de 80 pessoas.

2006

Esteve em Budapeste, na Hungria, e visitou o apartamento em que morou quando era criança, antes de vir para o Brasil (Veja, 28 de fevereiro de 2020).

Em 20 de fevereiro de 2006, participou como titular da comissão julgadora da tese de doutorado intitulada Heinz Fothmann e Darcy Ribeiro: Cinema Documentáro no Serviço de Proteção aos índios, SPI, 1949-1959, apresentada por Marcos de Souza Mendes, aluno do

Doutorado em Multimeios, realizada na Coordenadoria de PósGraduação do Insituto de Artes da UNICAMP.

No MAM-SP, participou de um debate com o jornalista Claudiney Ferreira (19?-) e a pesquisadora Ângela Luhning (19?-) promovido pela exposição O Brasil de Pierre Verger e filmes da Caravana Farkas foram exibidos.

Entre 15 de fevereiro e 26 de março, participou da exposição coletiva Veracidades, no MAM-SP, sob a curadoria de Eder Chiodetto (1965).

Entre 19 de fevereiro e 2 de abril, participou da exposição coletiva 5ª Biennale Internationale de La Photographie et des Arts Visuels de Liège, na França.

Inauguração, em 21 de março, da mostra de filmes Nação Farkas –a aventura documental de Thomaz Farkas, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, com a presença de Farkas (Correio Braziliense, 19 de março de 2006; Jornal do Brasil, 20 de março de 2006).

Em 23 de maio, na Paparazzi, lançamento pela Editora Senac, do livro Thomaz Farkas (2005) que integra a Coleção Senac de Fotografia, cujo objetivo foi contribuir para ampliar o mercado editorial brasileiro nessa área e criar uma obra de referência para as próximas gerações de fotógrafos. Foi organizado por Simonetta Persichetti e Thales Trigo. Nele foram publicadas fotos inéditas realizadas por Farkas entre 1940 e 1960 e em 1990. Na capa, uma imagem de seu cachorro, o Filé (Jornal do Brasil, 8 de abril de 2006, primeira coluna).

Publicação de uma fotografia de autoria de Farkas na capa do Caderno Especial Caminho das Letras (Correio Braziliense, 22 de abril de 2006).

Entre 5 de maio e 14 de julho, integrou a exposição coletiva de fotografia do Museu de Arte Brasileira da Faap (MAB-Faap), no Edifício Lutetia, em São Paulo.

Em maio, foi membro da comissão julgadora do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2005/2006, em Salvador.

O filme Todomundo (1978-1980), com roteiro e direção de Farkas, foi exibido na mostra retrospectiva de filmes sobre futebol, Planeta Futebol, realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, entre 17 e 28 de maio, às vésperas da Copa do Mundo da Alemanha (O Estado de São Paulo, 17 de maio de 2006, página d7).

Em 10 de junho, na Pinacoteca de São Paulo, a Cosac Naify lançou o livro Thomaz Farkas:notas de viagem, com a publicação de uma série de fotos coloridas inéditas produzidas por Farkas. Patrocinado pela McKinsey&Company, o livro é apresentado por Rubens Fernandes Júnior e traz artigos de Rosely Nakagawa, Diógenes Moura e do próprio Farkas. A entrevista e a cronologia foram realizadas por Álvaro Machado e Augusto Massi (O Estado de São Paulo, 10 de junho de 2006, página d2).

Segundo Rubens:

“As imagens coloridas atestam que Thomaz Farkas é um clássico na fotografia brasileira...Porque um clássico nunca esgota aquilo que queria pretendia dizer, mas contta série inua persistindo como rumor incômodo. Ou seja, um autor ou uma obra é um clássico porque tem capacidade de nos fazer refletir continuamente. E é exatamente isso que nos provoca esta nova série de Thomaz Farkas”.

Entre 21 de agosto e 3 de setembro, obras de sua autoria integraram a exposição São Paulo, 450 anos: a imagem e a Memória de São Paulo no Acervo do Instituto Moreira Salles, no SESI, em Santos (A Tribuna (SP), 21 de agosto de 2006, primeira coluna; Jornal Local (SP), 19 de agosto de 2006).

Participou, no 2º Paraty em Foco, realizado entre 20 e 24 de setembro, de um encontro com João de Orleans e Bragança (1954-), mediado por Simonetta Persichetti e Eder Chiodetto.

Entre 3 e 10 de outubro, participou da exposição coletiva MAM na OCA: Arte Brasileira do Acervo do MAM-SP, na OCA, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Foi a maior mostra retrospectiva do acervo do museu realizada até então. A curadoria foi de Cauê Alves (1977-), Tadeu Chiarelli (1956-) e Felipe Chaimovich (1968-) (Jornal do Brasil, 30 de setembro de 2006).

Em outubro, começou a doar livros e revistas sobre técnicas de fotografia, vídeo e gravação de som, e uma parte sobre cinema (Site Cinemateca Brasileira).

No Paço Imperial, inauguração da exposição da nova edição do projeto A imagem do som da música popular brasileira, do designer gráfico Felipe Taborda (19?-), com 80 canções de variados compositores da Música Popular Brasileira. Farkas ilustrou a canção Rio (Tribuna da Imprensa, 24 de novembro de 2006).

Em novembro, no 39º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro, o filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por Ricardo Dias e Farkas, também diretor de fotografia, ganhou os seguintes prêmios: Conterrâneos, concedido pela Fundação Cinememória de Brasília; Marco Antônio Guimarães, concedido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro; e o Saruê, dado pela equipe do jornal Correio Braziliense (Correio Braziliense, 29 de novembro de 2006, última coluna; Tribuna da Imprensa, 30 de novembro de 2006).

Entre 6 de dezembro de 2006 e 18 de fevereiro de 2007, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, em Miami, na Flórida.

Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006) foi um dos filmes apresentados na abertura da 20ª Mostra do Audiovisual Paulista, no MIS-SP.

2007

O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por Ricardo Dias e por ele, participou de uma das mostras informativas do Festival É Tudo Verdade, entre 23 de março e 1º de abril, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro (Tribuna da Imprensa, 28 de fevereiro de 2007).

Na Galeria Bergamin, em São Paulo, participou, entre 21 de abril e 26 de maio, da exposição coletiva Fragmentos: modernismo na fotografia brasileira.

Durante o 17º Cine Ceará, realizado entre 1° e 8 de junho, Farkas recebeu o Troféu Eusélio Oliveira e foi apresentada uma mostra de filmes da Caravana Farkas (Tribuna da Imprensa, 31 de maio de 2007; O Estado de São Paulo, 11 de junho de 2007, página 52, última coluna).

Em 19 de junho, abertura da exposição Três expoentes da fotografia moderna: Fernando Lemos, German Lorca e Thomaz Farkas, na Galeria Tempo, no Rio de Janeiro. A mostra fazia parte da FotoRio 2007, um encontro internacional de fotógrafos (O Fluminense, 19 de junho de 2007, terceira coluna).

Na TV Senado, no programa Brasil e os brasileiros, exibição dos filmes Memória do cangaço (1964) e Rastejador, substantivo masculino (1970) (Correio Braziliense, 22 de julho de 2007, última coluna).

Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias, foi exibido da mostra de curtas horsconcours exibidos no Festival do Rio (Jornal do Brasil, 28 de setembro de 2007, última coluna).

Em novembro, participou da exposição coletiva Veracidades: fotografias do acervo do MAM, sob a curadoria de Eder Chiodetto, em Uberlândia, Minas Gerais.

Um acordo de parceria foi estabelecido, em 12 de dezembro, entre Thomaz Farkas e o Instituto Moreira Salles, que assumiu a guarda e a preservação de sua obra fotográfica, composta por mais de 34 mil imagens que cobrem o período entre os anos 1940 e 1990.

O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido ele e por Ricardo Dias, recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cuiabá e de Melhor Edição de Som no Cine PE. O filme participou do Festival Internacional de Curtas de São Paulo, do Festival do Rio e da Mostra de Cinema de Ouro Preto.

2008

Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias, foi um dos filmes exibidos na Cinemateca Brasileira em comemoração ao aniversário de São Paulo (O Estado de São Paulo, 18 de janeiro de 2008, página 176, primeira coluna).

Na Pinacoteca de São Paulo, integrou a exposição Arte Contemporânea: as aquisições recentes do acervo da Pinacoteca (A Tribuna (SP), 1º de fevereiro de 2008).

Reedição da obra completa de Jorge Amado pela Companhia das Letras, coordenada pelo embaixador Alberto da Costa e Silva (19312023) e pela antropóloga Lilia Schwarcz (1957-). Nas capas dos livros, fotos de autoria de Farkas, Marcel Gautherot e Geneviève Naylor (1915-1989) (Jornal do Brasil, 1° de março de 2008, última coluna).

Entre 5 e 30 de março, participou da exposição coletiva Arte pela Amazônia: Arte e Atitude, organizada por Ricardo Ribenboim (1953-), na Fundação Bienal de São Paulo (O Estado de São Paulo, 4 de março de 2008, página d3).

Farkas assinou o texto do catálogo da exposição Rubens Gerchman (1942-2008), realizada na Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro, sob a curadoria de Max Perlingeiro (1940-) (Jornal do Brasil, 2 de abril de 2008, segunda coluna).

Em 19 de maio, na Cinemateca Brasileira, foi homenageado no evento Thomaz Farkas e as inúmeras vertentes do artista e homem, patrocinado pela WPO-Brasil.

Esteve na 6ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty e foi identificado como o paparazzo mais charmoso da Flip. Na ocasião, morava na cidade (Jornal do Brasil, 4 de julho de 2008, última coluna).

No Museu de Arte Contemporânea da Cidade de São Paulo, entre 10 de julho e 28 de setembro, participou da exposição coletiva Fotógrafos da Vida Moderna, sob a curadoria de Helouise Costa.

No Shopping Iguatemi, em São Paulo, na 2ª edição do Circuito de Fotografia, exposição de fotógrafos de diversas galerias, museus e institutos. Do IMS, exposição de obras de Farkas e Alice Brill (19202013), dentre outros (O Estado de São Paulo, 11 de setembro de 2008, página 97, terceira coluna).

Entre 16 de outubro e 14 de dezembro, participou da exposição coletiva MAM-60, sob a curadoria de Annateresa Fabris (1947-), Lisette Lagnado (1961-) e Luiz Camillo Osório (1963-) (O Estado de São Paulo, 14 de outubro de 2008, página d1).

O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias, recebeu o Prêmio Espaço Unibanco no Festival Internacional de Curtas de São Paulo e o de Melhor Documentário no Festival de Cinema de Comunicurtas de Campina Grande, na Paraíba.

Com a presença de Farkas, a DBA Editora lançou, em 9 de dezembro, no Estádio do Pacaembu, o livro Thomaz Farkas, Pacaembu (2008) com um artigo de Juca Kfouri (1950), Pacaembu, e outro do próprio Thomaz, Mudei para o Pacaembu. As fotos são da construção e do Estádio do Pacaembu, de torcedores, de times, de

atletas, de jogadores, de crianças fora do estádio, de vendedores e de comícios políticos, dentre outras (O Estado de São Paulo, 3 de dezembro de 2008, página d7; e 9 de dezembro de 2008, página d2, última coluna).

Relançamento do livro Thomaz Farkas, fotógrafo, pela DBA Editora.

Na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, exposição de fotografias e exibição de filmes de Farkas em sua homenagem (O Estado de São Paulo, 17 de dezembro de 2008, página d13, terceira coluna).

2009

Fotos de sua autoria foram projetadas em salas de cinema durante o Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, o FestFotoPoa (Correio Braziliense, 22 de abril de 2009, segunda coluna).

Na Caixa Cultural, em Curitiba, no Paraná, participou da exposição coletiva 30 Anos de Fotografia, entre 7 de abril e 3 de maio, sob a curadoria de Rosely Nakagawa. A mesma exposição foi apresentada em Brasília, entre 14 de junho e 16 de agosto (Correio Braziliense, 16 de julho de 2009).

Fotos de seu arquivo foram utilizadas no filme Um homem de moral, uma biografia do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini, dirigido por Ricardo Dias (Jornal do Brasil, 1° de maio de 2009, terceira coluna).

Na Pinacoteca de São Paulo, entre 29 de maio e 9 de agosto, realização da exposição Acervo em Preto e Branco – Fotógrafos Paulistas da Pinacoteca do Estado de São Paulo com 65 fotografias de Farkas, Boris Kossoy, Carlos Moreira (1936-2020), Claudia Andujar, Cristiano Mascaro, Fernando Lemos (1926-2019) e German Lorca produzidas entre 1940 e 1980. Curadoria de Diógenes Moura (O Estado de São Paulo, 29 de maio de 2009, página 63).

Na Valu Oria Galeria de Arte, em São Paulo, participou da exposição coletiva Panorama Atual da Fotografia, entre 1º e 8 de setembro.

Entre 23 de setembro e 29 de novembro, durante o 5º Paraty em Foco, realização da exposição Thomaz Farkas Fotografias com curadoria de Sérgio Burgi, na Galeria Zoom de Paraty.

Em outubro, na Arte Plural Galeria, no Recife, realização da exposição Notas de viagem, Thomaz Farkas.

Na terceira edição da revista Serrote, de novembro de 2009, publicação de fotos realizadas em 1964 para o documentário Subterrâneos do futebol (1965) com direção de Maurice Capovilla e produção e direção de fotografia de Thomaz Farkas. Os registros publicados foram produzidos na várzea do rio Tietê por Farkas e por fotógrafos ainda não identificados.

Na foto, realizada por um fotógrafo ainda não identificado, Farkas está filmando / Serrote, novembro de 2009

Entre 8 de novembro de 2009 e 18 de janeiro de 2010, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, no Museu de Arte Latino-Americana, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Na Caixa Cultural de Salvador, participou da exposição coletiva 30 Anos de Fotografia, sob a curadoria de Rosely Nakagawa, entre 1º de dezembro e 20 de janeiro de 2009.

Publicação da tese de doutorado A apreensão do instante: relações entre a literatura e a fotografia, de Fábio d´Abadia de Sousa, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiânia, em que a obra de Farkas é analisada “principalmente na sua produção realizada na década de 40, do século XX, em que consegue, através do sutil jogo de oposição e combinação entre luz e sombra, demonstrar que a fotografia também pode ser aquilo que Minor White (2003) chama de um espelho que se pode atravessar . No

trabalho de Farkas, a imagem do fotógrafo adquire algumas características típicas da imagem do poeta. E é exatamente quando supera a simples visualidade e abre um portal para o mundo dos sonhos e da imaginação que a fotografia apresenta elementos que a aproximam da poesia. A nossa investigação tenta demonstrar, assim, que as relações de semelhanças entre a imagem literária e a imagem fotográfica - ambas calcadas na tentativa de apreensão de instantes da vida - permitem que possamos perceber na fotografia aspectos aparentemente pertencentes apenas ao reino da literatura e também que alguns escritores usam as palavras de maneira parecida com a de um fotógrafo que dispara o obturador de sua câmera”.

2010

No ES Baluard Museu d´Art Modern i Contemporani de Palma, em Palma de Mallorca, na Espanha, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, entre 27 de março e 26 de junho.

Foi o homenageado na quarta edição do FestFotoPoa, que entre os dias 7 de abril e 2 de maio, mostrou, em Porto Alegre, trabalhos de 52 fotógrafos e artistas visuais. No Santander Cultural, realização de uma exposição individual de Farkas (Site Sinos Foto Clube; O Estado de São Paulo, 23 de abril de 2010, página 50).

Em 29 de abril, no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, abertura da exposição coletiva As Construções de Brasília, com fotografias de Farkas, de Marcel Gautherot e de Peter Scheier, sob a curadoria de Heloisa Espada. Também foram exibidos pinturas, gravuras, desenhos e cartazes de importantes artistas visuais como Cildo Meireles e Waldemar Cordeiro. Foi encerrada em 25 de julho e, entre setembro de 2010 e janeiro de 2011, a exposição foi mostrada na Galeria de Arte do SESI, em São Paulo (Site do IMS, Jornal do Commercio, 23, 24 e 25 de abril de 2010; Jornal do Brasil, 7 de maio de 2010, última coluna; Site do IMS; O Estado de São Paulo, 15 de outubro de 2010, página d12, penúltima coluna).

Também no IMS-RJ, realização da mostra de filmes Thomaz Farkas e a condição brasileira (Jornal do Brasil, 30 de abril de 2010, segunda coluna).

Foi homenageado na Cinemateca Brasileira, que já havia presidido e que, na época, era membro do Conselho. Na ocasião a Videofilmes lançou o Projeto Thomaz Farkas/documentários - 7 DVDs com a obra de Farkas; e foi exibido Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954/2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias (Jornal do Commercio, 30, de abril, 1° e 2 de maio de 2010; O Estado de São Paulo, 15 de abril de 2010, página d9).

Participou entre 1º de julho e 29 de agosto, da exposição coletiva Dez Anos do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM, no MAMSP, sob a curadoria de Eder Chiodetto. O Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM foi criado em 2000, pelo então curador do museu, Tadeu Chiarelli (O Estado de São Paulo, 1°de julho de 2010, página 90).

Entre 27 de julho e 10 de outubro, participou da exposição coletiva Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, em Porto Alegre.

Entre julho e dezembro, participou da exposição coletiva O Futebol na Coleção Moreira Salles, na Galeria IMS-Unibando Arteplex, em São Paulo.

No Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, realização da exposição individual Thomaz Farkas: o tempo dissolvido, entre 2 de agosto e 3 de outubro durante o evento A Gosto da Fotografia, 6º Festival Nacional, realizado entre 29 de julho e 3 de outubro, sob a curadoria de Diógenes Moura.

Entre 9 e 12 de setembro, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, realização da quarta edição da SP-Arte /Foto com a exposição de cerca de 500 fotos de 170 artistas de 18 galerias. Farkas foi um deles (O Estado de São Paulo, 8 de setembro de 2010, d8).

Entre 17 de setembro e 30 de janeiro de 2011, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, no Kunst-und-Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland, em Bohn, na Alemanha.

No Palácio das Artes, em Praia Grande, em São Paulo, entre 5 de outubro e 8 de novembro, realização da exposição Acervo em Preto e Branco – Fotógrafos Paulistas da Pinacoteca do Estado de São Paulo com 60 fotografias de Farkas, Boris Kossoy, Carlos Moreira, Claudia Andujar, Cristiano Mascaro e German Lorca produzidas entre 1940 e 1980 (A Tribuna (SP), 7 de outubro de 2010, última coluna).

No Centro de Arte Contemporânea e Fotografia de Belo Horizonte, em Minas Gerais, entre 10 de novembro e 19 de dezembro, participou da exposição coletiva Moderna para Sempre –Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú.

Sua entrevista foi uma das 100 realizadas com pessoas ligadas ao cenário cultural brasileiro que foram editadas em cinco livros e em uma plataforma digital – o projeto Produção Cultural no Brasil, realizado pela Casa da Cultura Digital e pelo Ministério da Cultura por meio da Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira (Jornal do Commercio, 19, 20 e 21 de novembro de 2010).

Entre 1º de dezembro de 2010 e 7 de março de 2011, na Cisneros Fontanals Arts Foundation, em Miami, na Florida, participou da exposição coletiva Inside Out, Photography after Form: Selections of the Ella Fontanals Cisneros Collection.

No MAM-RJ, participou da exposição coletiva Horizonte Construído: fotografia e arquitetura nas coleções do MAM, entre 11 de dezembro de 2010 e 23 de janeiro de 2011, sob a curadoria de Luiz Camillo Osório (O Fluminense, 20 de janeiro de 2011, segunda coluna).

2011

Entre 20 de janeiro e 3 de abril, participou da exposição coletiva Ordem e Progresso: Vontade Construtiva na Arte Brasileira, no MAM-SP, sob a curadoria de Felipe Chaimovich.

Realização no Instituto Moreira Salles de São Paulo, entre 27 de janeiro e 1º de maio; e do Rio de Janeiro, entre 26 de novembro e 26 de fevereiro de 2012, da exposição individual Thomaz Farkas - uma antologia pessoal. Lançamento, pelo Instituto Moreira Salles, na abertura da exposição, em São Paulo, do livro homônimo apresentado por Sérgio Burgi com a publicação de 130 imagens produzidas por Farkas. Também foi publicado o texto Livro de olhar, de seu filho, João Farkas. O próprio Thomaz , para a composição do livro, revisitou sua obra, selecionou e editou as imagens com a ajuda de seus filhos e de curadores e pesquisadores do IMS (Jornal da ABI, fevereiro de 2011; Jornal da ABI, março de 2011; O Estado de São Paulo, 27 de janeiro de 2011, página d7).

Em 11 de fevereiro, o fotógrafo Cristiano Mascaro e o coordenador de Fotografia do IMS, Sérgio Burgi, participaram de um bate-papo em torno da obra de Farkas, na Livraria Cultura, em São Paulo (O Estado de São Paulo, 11 de fevereiro de 2011, página 147, última coluna).

Na Fundación Juan March, em Madri, na Espanha, participou, entre 11 de fevereiro e 15 de maio, da exposição coletiva América Fria: La Abstracción Geométrica en Latinoamerica (1934-1973).

Em Zurique, na Suíça, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, entre 24 de fevereiro e 1º de maio.

No Museu do Estado do Pará, entre 25 de março e 15 de maio, participou da exposição coletiva Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú.

Thomaz Farkas faleceu, aos 86 anos, em 25 de março de 2011, em sua casa, em São Paulo, vítima de uma falência múltipla dos órgãos.

Havia ficado internado durante 21 dias no Hospital Sírio Libanês devido a uma pneumonia (Jornal da ABI, março de 2011; Folha de São Paulo, 26 de março de 2011; O Estado de São Paulo (online), 25 de março de 2011; O GLOBO, 26 de março de 2011, página 19; O Estado de São Paulo, 29 de março de 2011, c3, segunda coluna; O Estado de São Paulo, 31 de março de 2011, d9).

Folha de São Paulo, 26 de março de 2011

“Thomaz Farkas morre aos 86 anos

Fotógrafo teve falência múltipla de órgãos causada por longa

enfermidade

Por Camila Molina- O Estado de S.Paulo 25/03/2011 | 19h21

O fotógrafo, produtor de cinema e diretor Thomaz Farkas, que na década de 1940 foi um dos fundadores do Foto Cine Clube Bandeirantes, em São Paulo, iniciativa que foi um marco da fotografia moderna brasileira, morreu no fim da tarde desta sextafeira, aos 86 anos, de falência múltipla de órgãos. Ele havia recebido ontem alta do Hospital Sírio Libanês, onde estava internado devido a longa enfermidade. Morreu na casa de sua família.

“Fotografia, para mim, é o melhor jeito de aproveitar a vida”, costumava dizer ele. Fotógrafo de origem húngara, é amante das imagens e ajudou a trazer ao Brasil uma fotografia mais ligada à modernidade. Apaixonado pelo País, quis fotografar, filmar e registrar o que existia de identidade brasileira. Thomaz tem a paixão de enxergar o mundo através de um visor. O Instituto Moreira Salles

O GLOBO, 26 de março de 2011

(IMS) inaugurou a exposição Thomaz Farkas - uma antologia pessoal, em janeiro deste ano, que rendeu ainda um livro. A exposição está aberta, a princípio, até o dia três de abril.

Fotógrafo amador, amante das imagens e, talvez, mais profissional do que muitos, Thomaz tinha a paixão de enxergar o mundo através de um visor. Sua primeira câmara ele ganhou ainda criança de seu pai. A família, o bairro do Pacaembu, seus amigos foram os alvos de sua fotografia. Nascido em uma família dedicada à imagem - seus avós já tinham loja de fotografia na Hungria, a família Farkas já está na quinta geração dedicada à imagem, seja por meio da fotografia, seja por meio do cinema. Aliás a Hungria nos deu ótimos fotógrafos. Apenas para citar alguns, Brassai e Robert Capa. "Falamos uma língua que ninguém entende, então, nos comunicamos pela fotografia e pela música", costumava brincar Thomaz” (O Estado de São Paulo (online), 25 de março de 2011).

Na Cinemateca Brasileira, seus amigos o homenagearam (O Estado de São Paulo, 1º de abril de 2011, página 45, terceira coluna).

O Estado de São Paulo, 1º de abril de 2011

Na Caixa Cultural São Paulo, fotos de sua autoria integraram da exposição coletiva 20 Anos de NAFOTO, entre 30 de abril e 7 de julho.

No Museu del Barro, em Assunção, no Paraguai, entre 6 de julho e 7 de agosto, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú.

Sob a curadoria de Guy Veloso (1969-) e Rosely Nakagawa, fotos de sua autoria integraram a 23ª Bienal Europalia Arts Festival, em Bruxelas, na Bélgica, entre 4 de outubro de 2011 e 15 de janeiro de 2012.

Na Pinacoteca de São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Percursos e Afetos. Fotografias 1928-2011 –Coleção Rubens Fernandes Júnior, entre 8 de outubro de 2011 e 11 de março de 2012. Curadoria de Diógenes Moura e Rubens Fernandes Júnior.

No Museu de Belas Artes de São Paulo, sob a curadoria de Gloria Ferreira (1947-2022), fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Brasil: Figuração x Abstração no final dos anos 40, entre 24 de novembro de 2011 e 19 de fevereiro de 2012 (O Estado de São Paulo, 7 de novembro de 2011, página d3).

2012

Na Maison Européenne de la Photographie, inaugurado em fevereiro de 1996, em Paris, na França, entre 17 de janeiro e 25 de março, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva O Elogio da Vertigem: Coleção Itaú de Fotografia Brasileira, sob a curadoria de Eder Chiodetto (O Estado de São Paulo, 31 de julho de 2011, página d12, primeira coluna; O Estado de São Paulo, 18 de janeiro de 2012, d8).

No Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP), em São Paulo, entre 14 de fevereiro e 29 de abril, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Momentos e Movimentos: Coleção de Fotografias

do Museu de Arte Brasileira da FAAP sob a curadoria de Rubens Fernandes Júnior.

No Paço Imperial, no Rio de Janeiro, de 1°de junho a 5 de agosto, fotos de sua autoria integraram a exposição Coleção Itaú de Fotografia Brasileira.

No Instituto Figueira Ferraz, em Ribeirão Preto, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre –Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú, entre 6 de outubro e 20 de dezembro.

Publicação do livro Em jogo: 21 fotografias de Thomaz Farkas, Estádio do Pacaembu, São Paulo, 1942-1946. Edição limitada e numerada de 350 exemplares. Instituto Moreira Salles.

2013

No Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Arquitetura Brasileira vista por Grandes Fotógrafos, entre 11 de junho e 21 de julho.

Na Galeria Alberto da Veiga Guignard, em Belo Horizonte, Minas Gerais, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Coleção Itaú de Fotografia Brasileira, entre 22 de junho e 25 de agosto.

Fotografias de sua autoria integraram a 7ª edição do SP-Arte/Foto, realizado no Shopping Iguatemi, em São Paulo (O Estado de São Paulo, 20 de agosto de 2013).

Entre 27 de setembro e 27 de abril de 2014, fotos de sua autoria integraram aa exposição coletiva Modernidades: fotografia brasileira (1940-1960), no Museum fur Fotografie, em Berlim, na Alemanha. A mostra itinerou por outras cidades da Europa e depois foi exibida no Brasil (Site DW, 21 de outubro de 2013).

No Clube Athético Paulistano, realização da exposição Thomaz Farkas – Um Fotógrafo Paulistano.

2014

No Itaú Cultural, em São Paulo, entre 25 de janeiro e 9 de março, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú com curadoria de Iatã Cannabrava (1962-).

No MAM-SP, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Poder provisório: Fotografia no acervo do MAM, entre 31 de março e 15 de junho.

No Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, no Paraná, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Tupi or not Tupi, entre 31 de maio e 21 de setembro.

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Viva Maria, entre 7 de junho e 16 de julho.

No MAM-RJ, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Alimentário: arte e construção do patrimônio alimentar brasileiro, entre 13 de junho e 10 de agosto. Foi concebida por Felipe Ribemboim (19?-) e Rodrigo Villela (19?-) e seu curador foi Jacomo Crivelli Visconti (1973-) (Site Prêmio Pipa).

No MASP, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Cidades invisíveis, entre 13 de junho e 7 de dezembro.

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, realização da exposição individual Memórias e descobertas, entre 8 de novembro e 14 de fevereiro de 2015. Na mostra, além de fotografias produzidas por Farkas entre as décadas de 1940 e 1970, foram exibidos trechos de filmes de Farkas selecionados por José Carlos Avellar.

Assista aqui um depoimento de José Carlos Avellar na época da exposição.

Na abertura da exposição, em 8 de novembro, lançamento do livro Thomaz Farkas Memórias e descobertas com apresentação de Sérgio Burgi, entrevistas realizadas por Rubens Fernandes Júnior, Alvaro Machado e Augusto Massi, sob a coordenação de Marcio Junji; com curadoria de João Farkas e de Sérgio Burgi. Edição da Galeria Luciana Brito, São Paulo (O Estado de São Paulo, de 7 de novembro de 2014, página 140).

Entre 8 de novembro e 13 de dezembro, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva O Elogio da Vertigem: Coleção Itaú Cultural de Fotografia Brasileira, no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto.

Na OCA, em São Paulo, entre 25 de janeiro e 29 de março, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Alimentário: arte e construção do patrimônio alimentar brasileiro, concebida por Felipe Ribemboim e Rodrigo Villela e seu curador foi Jacomo Crivelli Visconti (1973-) (Site Base 7).

Entre 21 de fevereiro e 19 de abril, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades: fotografia brasileira (19401960), no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal.

No MASP, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Arte do Brasil no Século 20, entre 10 de abril e 28 de junho.

No Centro Cultural Calouste Gulbenkian, em Paris, na França, entre 6 de maio e 23 de agosto, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades: fotografia brasileira (19401960)(O Estado de São Paulo, 21 de junho de 2015, página c10).

Na Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, entre 13 de maio e 28 de junho, realização da exposição coletiva Moderna para sempre, na qual fotos de Farkas foram exibidas. Na abertura, houve um batepapo entre Iatã Cannabrava, curador da exposição e Rubens Fernandes Júnior (A Tribuna (SP), 13 de maio de 2015, segunda coluna).

Em 20 de agosto, início do SP-Arte/Foto no Shopping JK Iguatemi com a exibição de trabalhos de fotógrafos dos acervos de 34 galerias. Farkas era um deles (O Estado de São Paulo, 14 de agosto de 2015, página 124).

Entre 6 e 21 de outubro, realização da exposição individual Thomaz Farkas – DF, no MIS-SP, com 21 fotografias de Brasília, sendo 13 inéditas, produzidas durante a construção da cidade e entre 1998 e 2000. Na inauguração, houve um bate-papo entre o curador Eder Chiodetto, Kiko Farkas e a pesquisadora Juliana de Arruda Sampaio. e o lançamento do livro Thomaz Farkas, quarto volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, publicado por Fernando Ullmann, e organizado por Eder Chiodetto, também autor do artigo Subversivo e elegante. A Ipsis Gráfica e Editora foi responsável pela premidia,

impressão e acabamento do livro. O Instituto Moreira Salles colaborou intensamente com a participação de sua equipe de pesquisa, catalogação e digitalização. Neles estão publicadas fotos da construção e inauguração de Brasília, entre 1958 e 1960; e imagens produzidas por Farkas em 1998 e 2000. Estas últimas foram realizadas para o Correio Braziliense, que publicou uma edição especial comemorativa dos 40 anos de Brasília, em 2000. A idéia era Farkas fazer imagens comparativas,voltando aos mesmos lugares (Correio Braziliense, 4 de outubro de 2015; O Estado de São Paulo, 9 de outubro de 2015, página 112; Site do MIS-SP).

Segundo Chiodetto:

“Ao jogar ideológica e apaixonadamente com o enquadramento, Farkas pensou a fotografia dentro do cânone da subversão, do não conformismo com os discursos oficiais e negligentes. Porém, assim como na imagem da gambiarra do Congresso, a crítica surge revestida pelo humor e elegância que sempre marcaram sua trajetória. Diante dos camelôs que se ajeitam como podem entre estruturas de concreto armado, Thomaz Farkas escolhe celebrar a pulsão de vida que revigora o espaço de convívio em vez de destilar discursos inflamados. A fotografia silenciosa e ao mesmo tempo vigorosa é o seu libelo. Fotografia subversiva e elegante. “Viva a fotografia”.”

No Circuito de Belas Artes de Madrid, na Espanha, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades fotográficas, 1940-1964, entre 5 de novembro de 2015 e 31 de janeiro de 2016.

Entre 26 de novembro de 2015 e 21 de fevereiro de 2016, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre: Fotografia Modernista na Coleção Itaú Cultural, no Museu Nacional da República, em Brasília.

No MASP, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Foto Cine Clube Bandeirante, entre 27 de novembro de 2015 e 20 de março de 2016, sob a curadoria Rosângela Rennó (1962 -).

Na Luciana Brito Galeria, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva 15, entre 28 de novembro de 2015 e 27 de fevereiro de 2016.

Apresentação, no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, da dissertação de Mestrado Construções : imagens, discursos e narrativas na Brasília de Thomaz Farkas, de Juliana de Arruda Sampaio, sob a orientação de Lilia Schwarcz (1957-).

Em 20 de março, depois de “temporadas em Berlim, Lisboa, Paris e Madri, Modernidades Fotográficas, 1940-1964 – com trabalhos dos fotógrafos José Medeiros, Thomaz Farkas, Marcel Gautherot e Hans Gunter Flieg – chega ao Rio eleita uma das cinco melhores exposições do mundo para serem visitadas” (Site IMS). A curadoria foi de Ludger Derenthal (1964-), coordenador da coleção de fotografia da Kunstbibliothek em Berlim, e Samuel Titan Jr. (1970-), coordenador executivo cultural do IMS.

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Residência Moderna, entre 5 de abril e 14 de maio.

Entre 7 de abril e 28 de agosto, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, no Paraná.

No Museu de Arte do Rio, MAR, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Linguagens do corpo carioca (a vertigem do Rio), entre junho e outubro.

Em 16 de julho, no Instituto Moreira Salles, apresentação do documentário de Lauro Escorel (1950-), Improvável Encontro –Frente e Verso (2016), sobre as trajetórias de Thomaz Farkas e José Medeiros, seguido de um debate entre o realizador, o crítico Carlos Alberto Mattos (19?-) e Samuel Titan Jr., curador da exposição Modernidades Fotográficas.

Em parceria com a Cinemateca Brasileira, o MASP realizou uma mostra de filmes paralela à exposição A mão do povo brasileiro, realizada entre 2 de setembro de 2016 e 22 de janeiro de 2017, com o espírito da curadoria original com alguns ajustes da exposição homônima que inaugurou a sede da avenida Paulista do museu, em 1969. Filmes produzidos por Farkas foram exibidos (Site do MASP).

“Entre os títulos que serão exibidos no MASP, há importantes contribuições do Cinema Novo, movimento brasileiro marcado pela liberdade criativa, pelo tom político e por suas produções independentes. Muitos dos diretores da programação estiveram ligados a Thomaz Farkas, conhecido por convidar em diferentes momentos grupos de cineastas a percorrer o país, captando e coletando imagens das mais diversas manifestações populares, e a se revezar nas diferentes funções da produção cinematográfica. O esquema coletivo e metódico de realização mais tarde veio a ser intitulado Caravana Farkas. Entre 1969 e 1971, a Caravana produziu 19 curtas-metragens, que constituem a série denominada A condição brasileira. Grande parte deste projeto será

exibida na programação, assim como outros títulos posteriores financiados e produzidos por Farkas”.

Site do MASP

Realização de uma exposição de fotos de autoria de Thomaz Farkas, no Salão Branco do Palácio do Buriti, em Brasília.

2017

Fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Avenida Paulista, entre 17 de fevereiro e 28 de maio, no MASP

No Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Mário Pedrosa: on the Affective Nature of Form, entre 28 de abril e 16 de outubro.

Na Pinacoteca de São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Antilogias: o fotográfico na Pinacoteca, entre 20 de maio e 7 de agosto.

Na Valu Ori Galeria de Arte, em São Paulo, teve trabalhos mostrados na exposição coletiva Um recorte da fotografia brasileira (O Estado de São Paulo, 23 de junho de 2017, página 93, segunda coluna).

No MAM-RJ, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Alucinações à Beira-Mar, aberta em 25 de novembro.

2018

No Instituto Moreira Salles de Poços de Caldas, Minas Gerais, abertura, em 17 de março, da exposição coletiva Modernidades Fotográficas, 1940-1964 com obras de Farkas, Hans Gunther Flieg José Medeiros e Marcel Gautherot. Ficou em cartaz até 6 de outubro de 2018.

Ele e o fotógrafo Gaspar Gasparian (1899-1966) tiveram trabalhos expostos na mostra The Shape of Light – 100 years of Photography and Abstract Art, na Tate Modern, em Londres, entre 2 de maio e 14 de outubro. As foto de Farkas foram Cinema Ipiranga (1945) e

Fachada da ABI (c.1945) (O Estado de São Paulo, 12 de maio de 2018, página c2, primeira coluna; Site da Tate).

Seu neto, o cineasta Guilherme Farkas (1989-), teve a iniciativa de criar o Canal Thomaz Farkas com o principal objetivo de difundir a produção cinematográfica do húngaro radicado no Brasil, Thomaz Farkas. Além de ter sido um importante fotógrafo na consolidação da tradição moderna da fotografia brasileira, Farkas também desenvolveu uma sólida produção cinematográfica. Tais filmes marcaram a produção do cinema documentário brasileiro e foram o início de uma transformação que influenciou diversos realizadores. No canal, inaugurado em 16 de maio de 2018, encontram-se 37 filmes de curta e média metragem cujas produção, fotografia ou direção foram de Thomaz. Os documentários foram produzidos entre 1964 e 2006 (Canal Thomaz Farkas).

Segundo Guilherme Farkas:

“ Não se trata de apenas glorificar o trabalho, mas oferecer todo o material possível para que os interessados decidam: quais os feitos e limites dessas obras? Debruçar-se sobre registros populares é essencial para sabermos como produzir imagens pertinentes de um país em eterna construção” .

O GLOBO, 18 de maio de 2018

Para marcar o lançamento do canal, aconteceram duas sessões de filmes no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, em 16 de maio, com a exibição de três curta-metragens: Beste (1970), de Sérgio Muniz; Vitalino Lampião (1969), de Geraldo Sarno; e Hermeto campeão (1981), do próprio Farkas. Depois houve um debate com Sérgio Muniz e as professoras Consuelo Lins e Amaranta César. No IMS-RJ, no dia seguinte, foram exibidos os mesmos filmes, seguidos de um debate entre Consuelo Lins, Cristiane Lima e Geraldo Sarno (Revista de Cinema, 9 de maio de 2018).

No Museu da Fotografia da Cidade de Curitiba, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Fotografia em Transe, entre 17 de julho e 7 de outubro.

Em 9 de agosto, realização, no MIS-SP, do evento Diálogos: Thomaz Farkas por João Farkas, promovido pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural. João, filho de Thomaz, apresentou a vida e a obra de seu pai por meio de imagens, reflexões e diálogos (Site MIS-SP).

No MAM-SP, fotos de sua autoria integraram, entre 5 de setembro e 16 de dezembro, da exposição coletiva MAM 70: MAM e MAC-USP.

Entre 14 de outubro de 2018 e 24 de fevereiro de 2019, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Southern Geometries, from México to Patagônia, na Fundação Cartier, em Paris, França.

2019

Na Casa da Imagem, fotos de sua autoria e de outros fotógrafos como Carlos Moreira, Juca Martins (1949-), Nair Benedicto e Rosa Gauditano (1955-) integraram a mostra SóLove, com imagens do acervo fotográfico do Museu da Cidade de São Paulo. Foi inaugurada em 23 de fevereiro (O Estado de São Paulo, 22 de fevereiro de 2019).

No FAMA Museu, em Itu, São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Aproximações- Breve introdução à arte brasileira do século XX, entre 13 de abril e 13 de junho.

Abertura, em 31 de agosto, da exposição individual de Thomaz Farkas, Estudos fotográficos: 70 anos de memória, no MIS-SP. Ficou em cartaz até 13 de outubro (Site do MIS).

Na mesma ocasião, lançamento do livro Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018) em comemoração aos 70 anos da primeira exposição individual da obra fotográfica de Farkas. Editado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, o livro traz os artigos Deste livro, de João e Kiko Farkas, seus filhos; Farkas e o MOMA: Comemorando Setenta Anos, de Sarah Meister; Os Estudos Fotográficos de Thomaz Farkas: 70 anos de uma exposição singular, de Helouise Costa; e Abstração e figurativismo na obra fotográfica de Thomaz Farkas, de Sérgio Burgi. Foram identificadas e publicadas 55 das 60 imagens que integraram a exposição Estudos Fotográficos, inaugurada em 21 de julho de 1949, na primeira sede MAM-SP, na rua 7 de abril, no edifício dos Diários Associados. Além disso, foram publicados registros da exposição, que foi amplamente registrada por Farkas, o que é, segundo Helouise Costa, um dado

fundamental para compreendermos aquilo que ele considerava importante e esperava que fosse observado.

“É uma honra poder trazer um pouco da poética de Thomaz Farkas. Considerado um pioneiro da fotografia moderna no Brasil, nos traz uma técnica que proporciona outra maneira de ver o mundo. A fotografia de Thomaz Farkas é afetuosa e francamente preocupada pela condição do outro. Entre toda a sua produção se destaca a visão humanista de documentar, pesquisar, testemunhar e encontrar os lugares onde reverbera o amor pela cultura, formas texturas e padrões, não só visuais, mas de maneira que faz com quem olha a fotografia repense seu mundo e absorva outras maneiras de olhar”.

Olga e Wolf Kos

Em outubro, na Embaixada do Brasil em Tóquio, no Japão, realização de uma exposição de fotografias de Farkas com curadoria de seus filhos, o designer Kiko Farkas e o fotógrafo João Farkas. Um portfólio de fotografias de Farkas foi adquirido pelo Museu de Arte Moderna de Tóquio (Veja (SP), 28 de fevereiro de 2020).

2020

Em março, no Robert Capa Contemporary Photography Center, em Budapeste, na Hungria, abertura da exposição Thomaz Farkas — O ritmo da luz, com curadoria da holandesa Claudia Küssel (1975-). Na mostra, exibição de 85 itens entre fotografias produzidas por Farkas nas décadas de 40 e 50, três documentários e uma entrevista em vídeo (Veja (SP), 28 de fevereiro de 2020).

“Meu pai nunca falou objetivamente sobre o desejo de expor na Hungria, mas acho que ia adorar. Com o passar da idade, ele quis ficar mais perto de suas origens”.

Na ocasião, um portfólio de fotografias de Farkas foi adquirido pelo Museu de Belas Artes de Budapeste e, a partir desta aquisição, ele passou a pertencer à categoria de fotógrafos húngaros, a fazer parte da história da fotografia húngara. Juntava-se então a nomes como Brassai (1889-1984) e Robert Capa (1913-1954), dois dos mais importantes fotógrafos do século XX.

Em 8 de junho, na revista Teoria e Debate, publicação do artigo Documentários para ver na quarentena: o ciclo Thomaz Farkas, da professora Walnice Nogueira Galvão (1937-).

No MAM-SP, entre 13 de outubro de 2020 e 1º de agosto de 2021, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM – 20 anos.

Fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Pinacoteca: Acervo, aberta em 31 de outubro, na Pinacoteca de São Paulo.

Entre 10 e 17 de dezembro, no Estádio do Pacaembu, realização da exposição coletiva Arte em Campo, com trabalhos de vários artistas, dentre eles Farkas, Amilcar de Castro (1920-2002), Emanoel Araújo (1940-2022) e Tomie Ohtake (1913-2015) (O Estado de São Paulo, 8 de dezembro de 2020, página 16, quinta coluna).

2021

Entre 4 de janeiro e 18 de julho, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Da Humanidade: 100 Artistas do Acervo, no Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP).

Fotos de sua autoria integraram, no Espaço Cultural Airton Queiroz, em Fortaleza, no Ceará, da exposição coletiva 50 Duetos, entre 23 de março de 2021 e 6 de fevereiro de 2022.

No MOMA, várias fotos de sua autoria foram exibidas na exposição coletiva Fotoclubismo: Brazilian Modernist Photography and the Foto Cine Clube Bandeirante, 1946-1964, (Fotoclubismo: Fotografia Moderna Brasileira e o Foto Cine Clube Bandeirante, 1946-1964) entre 8 de maio e 26 de setembro. Curadoria de Sarah Hermanson Meister (O Estado de São Paulo, 8 de outubro de 2020, página 36; Site do MOMA).

Leia aqui a Entrevista: a curadora Sarah Meister fala sobre a exposição Fotoclubismo, em cartaz no MoMA de Nova York à revista Zum, 12 de maio de 2021.

Em 14 de maio, realização da defesa da tese de mestrado Diálogos Modernos: Lina Bo Bardi e a Caravana Farkas, de Isabel Bairão Sanchez sob a orientação de Eduardo Augusto Costa, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

Foi o homenageado do 17° Paraty em Foco, Festival Internacional de Fotografia, realizado entre 27 e 31 de outubro, quando houve o debate Viva a fotografia, com Simonetta Persichetti, Kiko e João Farkas, além de uma exposição de fotografias de sua autoria (Site Resumo Fotográfico; Site Paraty em Foco).

Em 22 de novembro, gravação de uma live com sua filha, Beatriz Farkas, para o Museu Judaico de São Paulo. A mediação foi feita por Roberta Sundfeld. Assista aqui.

2022

Em 31 de março, reinauguração do novo complexo do Museu da Imagem e do Som Chico Albuquerque, em Fortaleza, no Ceará, com a inauguração da Biblioteca Marly Mariano & Thomaz Farkas com o acervo – a biblioteca pessoal de Farkas - doado por José Possi Neto, herdeiro do espólio da viúva de Farkas, Marly Mariano (1948-2021).

A biblioteca veio da residência do casal e tem livros raros de cinema e fotografia. No espaço, também são projetadas imagens do artista (Portal do Governo do Ceará).

Fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva CRIA –experiências de invenção, no Centro Cultural FIESP, em São Paulo, entre 14 de setembro e 19 de fevereiro de 2023.

Exposição de fotos de Farkas em Paraty, outubro de 2021

2024

Na 29ª edição do É Tudo Verdade, o maior festival dedicado ao cinema documental do país, realizado entre 3 e 14 de abril, no Rio de Janeiro e em São Paulo, realização de uma homenagem a Farkas com a exibição de uma retrospectiva de sua obra cinematográfica. Como parte da homenagem foi realizado um debate entre os cineastas Jorge Bodanzky (1942-), Rubens Fernandes Júnior e Eduardo Escorel, com mediação de Maria Dora Mourão (1947-) (Folha de São Paulo, 31 de março de 2024; O Estado de São Paulo, 3 de abril de 2024, página 37, última coluna; Youtube).

Entre 17 de agosto e 28 de setembro, realização da exposição Thomaz Farkas: Pictóricos, Coloridos e Modernos, na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, com a exibição de cópias vintage – feitas pelo próprio autor na época em que foram fotografadas -, e cópias de transparências coloridas descobertas recentemente e digitalizadas para impressões contemporâneas. São aspectos de São Paulo entre 1947 e 1948 e imagens de Melanie, com quem se casou em 1949 (Site ArtSoul).

Abertura, em 21 de setembro, da exposição Thomaz Farkas: a beleza diante dos olhos, no Museu da Imagem e do Som Chico Albuquerque, em Fortaleza, no Ceará, com curadoria de Rubens Fernandes Júnior e Simonetta Persichetti (Site MIS-CE).

Em 19 de outubro, inauguração da exposição Thomaz Farkas, todomundo, com curadoria de Sérgio Burgi, Rosely Nakagawa e Juliano Gomes (1982-), com cerca de 500 itens entre fotos, documentos, equipamentos e filmes, no Instituto Moreira de Salles de São Paulo (Folha de São Paulo, 17 de outubro de 2024; O Estado de São Paulo, 19 de outubro de 2024).

“Fotografia é uma atividade solitária- se faz sozinho, enquanto cinema é trabalho de grupo. Essa é a grande diferença”.

Em 2018, seu neto, o cineasta Guilherme Farkas, criou o Canal Thomaz Farkas com o principal objetivo de difundir a produção cinematográfica do húngaro radicado no Brasil, Thomaz Farkas. Além de ter sido um importante fotógrafo na consolidação da tradição moderna da fotografia brasileira, Farkas também desenvolveu uma sólida produção cinematográfica. Tais filmes marcaram a produção do cinema documentário brasileiro e foram o início de uma transformação que influenciou diversos realizadores. No canal, inaugurado em 16 de maio de 2018, encontram-se 37 filmes de curta e média metragem cujas produção, fotografia ou direção foram de Thomaz. Foram realizados entre 1964 e 2006 .

Para marcar o lançamento do canal, aconteceram duas sessões de filmes no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, em 16 de maio, com a exibição de três curta-metragens: Beste (1970), de Sérgio Muniz, Vitalino Lampião (1969), de Geraldo Sarno e Hermeto Campeão (1981), do próprio Farkas. Depois houve um debate com Sérgio Muniz e as professoras Consuelo Lins e Amaranta César. No IMS-RJ, no dia seguinte, foram exibidos os mesmos filmes, seguidos de um debate entre Consuelo Lins, Cristiane Lima e Geraldo Sarno (Revista de Cinema, 9 de maio de 2018).

Para acessar todas as informações sobre os filmes listados abaixo, acesse o link do Canal Thomaz Farkas:

https://www.thomazfarkas.com/filmes/

Listagem dos filmes em ordem cronológica com a função de Thomaz Farkas em cada um deles

Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954/2006) – diretor e diretor de fotografia

Memória do cangaço (1964) – produtor

Subterrâneos do futebol (1965) – produtor

Viramundo (1965) – produtor e fotógrafo

Nossa escola de samba (1965) – produtor e fotógrafo

Roda e outras histórias (1965) – de acordo com o Canal Thomaz

Farkas:

“este filme não conta com participação de Thomaz Farkas. Porém em ocasião do lançamento do pacote de DVD’s lançado pela VideoFilmes em 2009, a convite do próprio Thomaz, “Roda e outras histórias” foi inserido no projeto. Dessa forma, em conversa realizada entre o Canal Thomaz Farkas e Sérgio Muniz em ocasião do lançamento do Canal Thomaz Farkas (2018), mantemos a ideia original de Thomaz e inserimos o filme de 1965 de Sérgio neste canal.”

A cantoria (1969/1970) – produtor

A mão do homem (1969-1970) – produtor

Jaramataia (1969-1970) – produtor

Jornal do sertão (1969-1970) – produtor

O Engenho (1969-1970) – produtor

O homem do couro (1969-1970) – produtor e fotógrafo

Vitalino Lampião (1969) – produtor e fotógrafo

Viva Cariri (1969-1970) – produtor

Erva bruxa (1970) – produtor

Beste (1970) – produtor e fotógrafo

A morte do boi (1970) – produtor

A vaquejada (1970) – produtor

Casa de farinha (1970) – produtor

Frei Damião – trombeta dos aflitos, martelodos hereges – produtor e câmera adicional

Os imaginários (1970) – produtor

Rastejador, substantivo masculino (1970) – produtor e fotógrafo

Visão de Juazeiro (1970) – produtor

Paraíso, Juarez (1971) – diretor, fotógrafo e roteirista

Padre Cícero (1971) – produtor

Feira da banana (1972/1973) – produtor e fotógrafo

De raízes & rezas, entre outros (1972) – produtor e fotógrafo

O picapau amarelo (1973-1974) – produtor

Ensaio (1975) – produtor e fotógrafo

A morte das velas do Recôncavo (1976) – fotógrafo

Cheiro/Gosto: o provador de café (1976) – câmera e fotografia

Um a um (1976) – coprodutor

Andiamo in‘ Merica – os italianos no Brasil (1977/1978) – produtor

A cuíca – instrumento da música popular brasileira (1978) –coprodutor

O berimbau - instrumento da música popular brasileira (1978) –coprodutor

Todomundo (1978/1980) – diretor e roteirista

Hermeto campeão (1981) – diretor e roteirista

Farkas no filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006)

Exposições Fotográficas

“Remexendo fotografias antigas, vasculhando negativos, aparecem imagens fantásticas, surpreendentes: amigos antigos, alguns ainda presentes; paisagens (como mudaram!); impressões que foram e voltam no balanço do tempo: vaivém vaivém. Esta mostra de fotos é, na verdade, um álbum de lembranças. Estão as cidades onde vivi, trabalhei, encontrei amigos...Engraçadas, divertidas, saudosas. Seja o que mais for, são as minhas lembranças de vida de fotógrafo”

1941

Na Primeira Exposição de Arte Fotográfica de Santos, promovida pela Comissão Municipal de Cultura da cidade, recebeu no gênero Paisagem uma menção honrosa por sua foto Contemplação (Correio Paulistano, 23 de agosto de 1941, terceira coluna; O Estado de São Paulo, 31 de agosto, página 8, quinta coluna).

Na Associação Cristã dos Moços, no Rio de Janeiro, realização, em novembro, do Segundo Salão Brasileiro de Fotografia com o patrocínio de Gustavo Capanema (1900-1985), ministro da Educação e da Saúde, e a Seção do Distrito Federal, com o patrocínio de Henrique Dodsworth (1895-1975), prefeito do Rio de Janeiro.

Thomaz Farkas por Marcio Scavone / Site IMS

Farkas participou com as fotos Goal e Bom dia (Diário de Notícias, 31 de outubro de 1941, sexta coluna).

1942

Participou com as fotos O esforço máximo, Estudo em 16m, A partida, Premeditação e O último ajuste, do Terceiro Salão Brasileiro de Fotografia, na Associação Cristã de Moços, no Rio de Janeiro.

Participou do 33º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

Participou, em outubro, do I Salão Paulista de Arte Fotográfica, na Galeria Prestes Maia, promovido pelo Foto Clube Bandeirante, recebendo menção honrosa por duas das obras que apresentou: A partida e Arquitetura. As outras foram A oficina, O último ajuste, Goal!!!..., Sombras e modernismo e Premeditação. Esta última foi publicada na primeira edição do Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante (Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro de 1942).

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro de 1942

Entre 15 e 31 de dezembro, realização, no Museu Municipal de Belas Artes Juan B. Castagnino, do Salon de Nacional de Fotografia

Artística, organizado pelo Foto Club Rosário, na Argentina. Farkas participou com a foto Sombras e modernismo. Outros dos expositores brasileiros foram Benedito Junqueira, Eduardo Salvatore e José Yalenti – todos, assim como Farkas, do Foto Clube Bandeirante.

1943

Participou com a foto Caçador precoce do VI Salão Internacional de Fotografia Artística organizado pelo Foto Club Uruguaio, realizado entre 6 e 15 de agosto, em Montevidéu. José Oiticica Manuel Cavanellas e Fernando Guerra Duval (18?- 1959), do Foto Clube Brasileiro, foram alguns dos outros expositores brasileiros.

Em setembro, participou com a foto Obras humanas do Foto Club IV Salão Anual, em Concórdia, na Argentina.

No II Salão Paulista de Arte Fotográfica do Foto Clube Bandeirante, realizado na Galeria Prestes Maia, Thomaz Farkas ganhou o primeiro lugar na categoria Arquitetura com Obras humanas; na categoria Natureza-Morta, o segundo lugar com Rosas do passado; e, na categoria Composição, recebeu uma menção honrosa por Caçador precoce. O fotógrafo alemão Theodor Preising (1883–1962) foi o organizador, pelo Departamento Estadual de Imprensa e Publicidade, de um estande de fotografias documentais do progresso de São Paulo, em um anexo ao Salão (Correio Paulistano, 31 de agosto de 1943, primeira coluna; Correio Paulistano, 28 de setembro de 1943, terceira coluna; Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943).

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943

Entre 4 e 26 de dezembro, realização do Salão Nacional de Fotografia Artística, no Museu Municipal de Belas Artes Juan B. Castagnino, em Rosário, na Argentina, organizado pelo Foto Club Rosário. Farkas participou com a foto Rosa do Passado.

Participou do 34º International Exhibition of the London of Photography, na Inglaterra.

1944

Em julho, participou do Quinto Salão Anual de Arte Fotográfica, em Três Arroyos, na Argentina, com as fotos Goal!, No Meio da Maba, Cinco Horas, Arquitetura e Futurismo. Goal! foi premiada como a Melhor Obra Estrangeira.

Entre 18 e 27 de agosto, realização, em Montevidéu, do VII Salão Internacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Uruguaio. Participou com a foto Premeditação.

Em setembro, participou do V Salão Anual de Caráter Internacional, em Concórdia, na Argentina, com a foto Entardecer no Tietê.

Entre 7 e 21 de outubro, realização do Quinto Salão Brasileiro Anual de Arte Fotográfica, na Galeria de Arte Clássica, na Travessa do

Ouvidor, 36, no Rio de Janeiro. Farkas participou com as fotos Material para construção, Minha terra tem palmeiras..., Entardecer no Tietê, Brincando, Repouso e Fim do dia.

Participou do III Salão Internacional Paulista de Arte Fotográfica, o primeiro salão internacional de fotografia artística realizado no Brasil. Foi promovido pelo Foto-Cine Clube Bandeirante. Farkas participou com as seguinte fotografias: Fim do trabalho, Manhã de abril, Descanso, Vitamina, Sertão, Estudo de composição, Nas geraes, Arabesco e Fundição (Catálogo Foto-Cine Clube Bandeirante, novembro de 1944, página 23).

Catálogo Foto-Cine Clube Bandeirante, novembro de 1944, página 25

Participou do 35º International Exhibition of the London of Photography, na Inglaterra.

1945

Em janeiro, participou com as fotos Manhã de abril e Estudo de composição do 1º Salão Anual da Sociedade Fluminense de Fotografia, realizado no hall do Hotel Casino Icaraí.

Entre março e abril, participou com as fotos Obras humanas e Estudo de composição do 32º Annual Pittsburgh Salon of Photographic Art, nos Estados Unidos.

Em julho, participou com as fotos Descanso, Detalhes, Entardecer no Tietê e Futurismo do Sexto Salão Anual de Arte Fotográfica de Três Arroyos, na Argentina.

Entre 5 de agosto e 2 de setembro, realização do 14º Annual Detroit International Salon of Photography, nos Estados Unidos. Farkas participou com a foto Estudo de composição.

Em setembro, participou do VI Salão Anual do Foto Club de Salta, na Argentina, com as fotos Passeio da tarde, Goal!, Obras humanas, Contemplação e Vitaminas.

Em setembro, com as fotos Caçador precoce e Premeditação participou do VI Salão de Caráter Internacional de Concórdia, na Argentina.

Entre 20 e 30 de setembro, participou com as fotos Sombras e modernismo, Entardecer no Tietê, Detalhe e Descanso do 8º Salão Internacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Uruguaio.

Em 22 de setembro, inauguração do Vigésimo Primeiro Salão de Fotografia e Sexto Salão Brasileiro Anual de Arte Fotográfica, na Galeria de Arte Clássica, na Travessa do Ouvidor, 36, no Rio de Janeiro. Farkas foi um dos representantes do Foto Clube Bandeirante e participou com as fotos Rosa do passado, Obras humanas e Franjas.

Nos dias 9, 11 e 12 de outubro, realização do Second Chicago International Color Slide Salon, na The Chicago Historical Society, nos Estados Unidos. Farkas apresentou a foto Playful (Brincalhão).

Em novembro, participou do 9º Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional Foto Club Argentino, na Galeria Peuser, em Buenos Aires. Apresentou a foto Entardecer no Tietê.

Em dezembro, participou com as fotos Muddy Sun (Sol turvo), Market Scene (Cena do mercado) e Flower Venders (Vendedores de Flor) do I Salt Lake City International Color Slide Salon, realizado no Union Building da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.

Entre 3 e 15 de dezembro, participou com as fotos Entardecer no Tietê, Detalhes e Futurismo, do Salão Fotográfico Interamericano, organizado pelo Foto Club Buenos Aires e realizado nas Galerias da Asociación de Estímulo das Belas Artes, em Buenos Aires, na Argentina.

As fotos Cachoeira, Escadas e Sombras, Nevoeiro e Telhas, de sua autoria, foram expostas no IV Salão Internacional Paulista de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante (O Estado de São Paulo, 1° de janeiro de 1946, página 4, quarta coluna; Catálogo Foto-Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1945, página 26).

Catálogo Foto-Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1945, página 32

Participou do 35º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

1946

Em março, participou com a foto Playful (Brincalhão) do 11° Rochester International Salon of Photography, realizado no The Memorial Art Gallery, nos Estados Unidos.

Em julho, participou do Sétimo Salão Anual de Arte Fotográfica, em Três Arroyos, na Argentina. Apresentou a foto A partida, Lavadeiras, Vitaminas e Estudo em materiais de construção.

Em setembro, participou com as fotos Futurismo, Entardecer no Tietê e Descanso do VII Salão Anual Foto Club Salta, na Argentina.

Entre 6 e 13 de outubro, realização do IV Concurso Internacional de Fotografias Desportivas, organizado pelo Club Atlético Provincial, de Rosário, na Argentina. Recebeu uma menção pelo conjunto de suas fotos e o Grande Prêmio por O último esforço. Além desta, apresentou as fotos Crawl, Equilíbrio, Impulso, Espalda, Angel, Preparando o salto, Sombras que correm, Força Bruta e Contraluz. Na mesma ocasião, realização do II Salão de Fotojornalistas em Temas Desportivos.

Com as fotos Telhas e Escadas e Sombras participou do 2º Salão Anual de Arte Fotográfica do Foto Club Buenos Aires, realizado, entre 15 e 31 de outubro nas Galerias da Asociación Estímulo de Belas Artes.

Entre os dias 15 e 19 de outubro, realização do Third Chicago International Color Slide Exhibit, nos Estados Unidos. Farkas

O Estado de São Paulo, 1° de janeiro de 1946

apresentou as fotos Rio de Janeiro at night (Rio de Janeiro à noite) e Modern Building (Edifício Moderno).

Em novembro, realização do Xº Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional do Foto Club Argentino, na Galeria Peuser, em Buenos Aires. Farkas participou com as fotos Detalhe, Premeditação e Fundição.

Entre 5 e 15 de dezembro, realização do Salão do Foto Club Rosário, na Argentina. A exposição aconteceu no Museu de Belas Artes Juan B. Castagnino e Farkas participou com a foto Lavadeiras.

No V Salão Internacional de Arte Fotográfica, organizado pelo Foto Club Santa Fé, da Argentina, e realizado na Casa do Artista, entre 7 e 29 de dezembro, Farkas participou com as fotos Detalhe, Entardecer no Tietê e Futurismo.

Participou do V Salão Internacional de Arte Fotográfica promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotos Aridez, Alta Tensão, Gênesis e Anhangabau (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1946, página 23).

Boletim Foto CineClube Bandeirante, dezembro de 1946, página 22

Em Paris, com as fotos Estudo de composição e A Partida, participou do 34º Salão de Arte Fotográfica, organizado pela Sociedade Francesa de Fotografia e Cinematografia.

Participou com as fotos Obras humanas e Estudo de composição do Indianápolis International Salon of Photography, no Museu de Arte John Herron, nos Estados Unidos.

Em Zaragoza, na Espanha, participou do XXII Salão Internacional de Fotografia com as fotos Manhã de abril e Estudo de composição.

No Palácio do Alhambra, em Santiago do Chile, realização do X Salão Oficial de Fotografias do Club Fotográfico do Chile. Apresentou as fotos Goal!, Descanso, Contemplação, Rosa do Passado e Entardecer no Tietê.

Participou do 9º Salão Internacional de Arte Fotográfica, o IX Salão de Portugal, com as fotos Contemplação e Entardecer no Tietê.

Participou do Vigésimo Segundo Salão de Fotografia e Sétimo Salão Brasileiro Anual de Arte Fotográfica, na sede do Foto Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro. Apresentou a foto Arquitetura.

Participou da CS Exhibition com as fotos Estudo de composição, The High Jump (Salto em Altura), Descanso, Goal!, Premeditação, The

spectators (Os espectadores), Laughing eyes (Olhos risonhos), No title (Sem título) e Sunlight and shadows (Luz de sol e sombras)

1947

Participou do Sixth International Exhibition of Photography promovido pela Southgate Photographic Society, em Londres, na Inglaterra. Apresentou as fotos Stairs and shadows (Escadas e Sombras), Mud (Lama), Soap and water (Sabão e água) e Sea Calm (Mar Calmo).

Participou do VI Salão Internacional de Arte Fotográfica promovido pela Agrupacion Fotográfica de Cataluña, na Espanha.

Em Columbus, Ohio, nos Estados Unidos, participou do Lazarus International Salon of Photography.

Participou com as fotos Escadas e sombras, Descanso e Entardecer no rio do XXIII Salão Internacional de Fotografia, em Zaragoza, na Espanha.

Nos Estados Unidos, participou do 14th Wilmington International Salon of Photography. Apresentou a foto I’ll pay him back (Premeditação).

No Palácio do Alhambra, em Santiago do Chile, participou do XI Salon Oficial de Fotografias, promovido pelo Club Fotográfico do Chile. Apresentou a fotos Itanhaem, Aeroporto Santos Dumont e Escadas e sombras.

Participou com a foto Estudo de composição do Ninth Muncie International Salon of Photography, em Muncie, Indiana, nos Estados Unidos.

Com a foto Fantastic shadows (Sombras fantásticas) participou do Louisville International Salon of Photography.

Na Argentina, o Foto Club de Juarez promoveu o II Salão de Arte Fotográfica Conjunto de Obras Originais de autores do Foto Cine Clube Bandeirantes, entre 22 e 30 de março, em um dos salões da Sociedad Unión Dependientes do Comercio. Farkas participou com as fotos Rosa do Passado, Entardecer no Tietê, Detalhes, Futurismo e Obras humanas.

Participou do Primeiro Salão Anual de Arte Fotográfica, organizado pelo Foto Club Mendoza, na Argentina, entre 8 e 30 de abril. Farkas apresentou as fotos Fundição, Detalhe, Premeditação e Litoral Santista.

Entre 13 e 27 de abril, realização no Museu de História Natural de Nova York do Fourteenth International Salon of Photography promovido pelo Pictorial Photographers of America. Farkas participou com Study in composition (Estudo de composição) e I’ll pay him back (Premeditação).

Na Antuérpia, na Bélgica, entre 21 e 29 de setembro, Farkas participou do 14e Internationaal Fotosalon Iris. Apresentou Estudo de composição e Ensaio de ballet.

Entre 30 de setembro e 3 de outubro, realização do Fourth Chicago International Color Slide Exhibit, na The Chicago Historical Society, nos Estados Unidos. Farkas apresentou as fotos Waterfall (Cachoeira) e Texture (Textura).

Participou do XXIIe Fotosalon, realizado, entre 19 de outubro e 2 de novembro em Gent, na Bélgica, com as fotos Ensaio de Ballet e Premeditação.

Participou com a foto Obras humanas do 9th Annual Photography Salon, em Evansville, Indiana, nos Estados Unidos, realizado, entre 19 de outubro e 2 de novembro.

Em outubro, participou do Mississippi Valley Salon of Photography, nos Estados Unidos, com a foto Waterfall (Cachoeira).

Em novembro, com as fotos Gênesis e Nevoeiro participou do XIº Salão Anual de Arte Fotográfica Anual do Foto Club Argentino, na Galeria Witcomb, em Buenos Aires.

Participou do VI Salão Internacional de Arte de Fotográfica promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotografias Dois Irmãos, Ballet, Composição (Ministério da Educação) e Composição (Copacabana) (Boletim Foto CineClube Bandeirante, novembro/dezembro de 1947, página 28). Foi anunciado que para comemorar o encerramento do evento, na Galeria Prestes Maia, seriam exibidos, em 4 de janeiro, dispositivos coloridos de autoria dos srs. Guilherme Malfati, Tomas J. Farkas, Alberto Pozzi e outros amadores desta capital que se dedicam a esse gênero de fotografia (Correio Paulistano, 31 de dezembro de 1947, última coluna).

Thomaz Farkas.Ministério da Educação, c. 1947. Rio de Janeiro

Participou do 3º Salão Internacional de Arte Fotográfica com as fotos Gênesis e Anhanguabaú.

1948

Entre 13 de fevereiro e 5 de março, participou do Primeiro Salão Internacional Cubano de Fotografias Artísticas, em Havana. Apresentou as fotos Estudo de composição e Obras humanas.

Participou, na Argentina, do II Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional, promovido pelo Foto Club Mendoza, entre 14 e 24 de março. Apresentou as fotos Niebla em el Campo (Nevoeiro no Campo) e Contraluz.

Em abril, participou do 4º Salão Internacional da Sociedade Fluminense de Fotografia, no Salão de Exposições do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro. Apresentou as fotos Dois Irmãos e Ballet.

Em junho, participou com as fotos Fila, Detalhe e Premeditação do Primeiro Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional, promovido pelo Foto Club Juarez, na Argentina.

Em Buenos Aires, na Argentina, participou do Salão de Arte Fotográfica Internacional, promovido pela Comissão Municipal de Belas Artes, entre 19 e 25 de junho. Apresentou as fotos Fila, Detalhe e Premeditação.

Em Barcelona, entre 10 e 25 de junho participou com a foto Mud (Lama) do VII Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pela Agrupacion Fotografica de Cataluña.

Entre 25 de agosto e 6 de setembro apresentou a foto Estudo em Composição no 9th Annual Vancouver International Salon of Pictorial Photography, no Canadá.

Em setembro, com as fotos Detalhe, Fundição, Premeditação e Litoral Santista, participou do VIII Salão Anual do Foto Club Salta, na Argentina.

Entre 4 e 12 de setembro, participou do 15e International Fotosalon Iris, na Antuérpia, na Bélgica, apresentando a foto Bailarina.

Entre 17 de outubro e 1º de novembro participou em Gent, na Bélgica, no XXIIIe Fotosalon, promovido pelo Fotoclube Vooruit. Apresentou as fotos Estudo de Matérias de Construção, Fantasia, Fundição e Bailarina.

Entre 19 de outubro e 2 de n0vembro, participou, em Buenos Aires, nas Galerias de La Asociación Estimulo de Bellas Artes, do IV Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto Club Buenos Aires. Apresentou as fotos Grupo de Pescadores e Estudo de composição.

Participou do VII Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com a foto Reflexos na praia (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1948, página 25).

Boletim Foto CineClube Bandeirante, novembro de 1948, página 19

Participou do Salon International de Photographie de Montreal, no Canadá, com a foto Estudo de composição.

Com as fotos Estudo de composição, Obras humanas e Bailarina participou do Victoria 8th International Salon of Photography, patrocinado pelo Victoria Câmera Club.

Participou do XXIV Salão Internacional de Fotografia, em Zaragoza, na Espanha, com as fotos Ensaio de ballet e Energia.

Em Lisboa, Portugal, participou com as fotos Fundição e Bailarina do 11º Salão Internacional de Arte Fotográfica.

Participou do 39º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

1949

Entre 19 de fevereiro e 3 de março, realização do Seventh International Western Canadian Salon of Photography, no Winnipeg Civi Autitorium, no Canadá, uma promoçãodo Manitoba Câmera Club. Thomaz apresentou a foto Estudo de composição.

Entre 5 e 19 de junho, participou com a foto Reflexos na praia II do International Fotosalon, na Bélgica, promovido pela Mechelse Fotokring.

Em 9 de julho, participou do Décimo Salão Anual de Arte Fotográfica, em Tres Arroyos, na Argentina, com a foto Estudo de composição.

Em 21 de julho, inauguração da primeira exposição individual de Farkas, Estudos Fotográficos, no pequeno salão da primeira sede do MAM-SP, na rua 7 de Abril, no Edifício dos Diários Associados. Também no museu, dois dias antes, havia sido inaugurada uma mostra de pinturas abstratas de Cícero Dias (1907-2003), no grande salão.

“A exposição apresenta um conjunto de obras que revelam naquele então jovem de 25 anos, um olhar já extremamente pessoal, experimental e surpreendentemente pronto ou maduro em sua busca estética. Ali estava reunida, precocemente, uma parte muito significativa das grandes imagens que marcariam a obra do fotógrafo. A exposição apontava também para outros aspectos da personalidade de Thomaz: sua conexão internacional, sua ligação com a “modernidade”, seu amor pela arquitetura e sua capacidade de aglutinar talentos em torno de projetos relevantes”.

João Farkas e Kiko Farkas, seus filhos no livro Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018)

Foi a primeira exposição de fotografia como manifestação artística realizada em um museu de arte no Brasil. Farkas contratou os arquitetos Miguel Forte (1915-2002) e Jacob Ruchti (1917-1974) para colaborar na mostra o que, segundo Helouise Costa, expressava o impacto de sua viagem aos Estados Unidos no ano anterior, já que havia semelhanças entre os projetos da exposição de Farkas e as estratégias de exibição contemporâneas em Nova York.

“Na exposição “Estudos Fotográficos”, Farkas juntamente com os arquitetos Ruchti e Fortes, abdicou de uma abordagem estética da fotografia, o que significou abolir o aparato das molduras e “passepartouts” que, nas mostras dedicadas à chamada fotografia dita artística, visavam garantir a ela o estatuto de obra de arte.

“Estudos Fotográficos”, em sintonia com experiências inovadoras, realizadas especialmente nos Estados Unidos, afirmou a exposição como uma mídia específica, capaz de mobilizar recursos espaciais próprios para redefinir o sentido das obras. A exposição situou a fotografia em um campo expandido em meio a um diálogo interdisciplinar com outras áreas do conhecimento”.

Helouise Costa no livro Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018)

Foram expostas 60 fotografias cujos temas foram cenas de ensaios de balé, o MOMA, sua mulher, Melanie; pescadores, postes de luz, arquitetura, o Túnel Novo, no Rio de Janeiro, dentre outras.

Na Antuérpia, na Bélgica, entre 24 de setembro e 4 de outubro, Farkas participou do 16e Internationaal Fotosalon Iris. Apresentou a foto Ministério da Educação.

No Palácio do Alhambra, em Santiago do Chile, entre 1º e 29 de outubro, realização do XIII Salão Oficial de Fotografias do Club Fotográfico do Chile. Apresentou as fotos Avanhandava, Amarras e Nho Tide.

Participou do XXIVe Fotosalon, realizado, entre 23 de outubro e 1º de novembro em Gent, na Bélgica, com as fotos Reflexos na praia II, Ministério da Educação, Pescador e Amanhecer.

Em novembro, participou do XIII Salão Anual de Arte Fotográfica

Internacional Foto Club Argentino, na Galeria Witcomb, em Buenos Aires. Apresentou a foto Presságios.

Entre 3 e 15 de novembro, participou com a foto Vidraça do X Salão Internacional de Fotografia Artística, organizado pelo Foto Club Uruguaio, em Montevidéu.

Participou do VIII Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotos Pretos na janela e Os meninos do 63 (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, dezembro de 1949, página 16).

Realização da Primeira Exposição Mundial de Arte Fotográfica no Rio de Janeiro, promovida pela Sociedade Fluminense de Fotografia. Farkas apresentou a foto Pescador.

Participou com as fotos Caçador precoce e Obras humanas do 2º Salão de Arte Fotográfica de São Carlos, em São Paulo.

Participou do 12° Salão Internacional de Arte Fotográfica, o XII Salão de Portugal, com a foto Presságios.

Com a foto Pescadores II participou do Montreal International Salon of Photography, no Canadá.

Boletim Foto CineClube Bandeirante, dezembro de 1949, página 18

Participou do 40º International Exhibition of the London Salon of Photography, na Inglaterra.

1950

De 13 a 27 de agosto, participou do salão Billedmaessig Fotografi, na Dinamarca, com a foto Avanhandava.

Participou com as fotos Movimento de praia, Cassino de Pampulha e Apartamentos do IX Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1950, página 17).

Em setembro, participou, em Luxemburgo, do IVe Salon International d´Art Photographique com a foto Obras humanas.

Entre 15 e 30 de setembro, em Barcelona, participou com a foto Apreciação, do IX Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pela Agrupación Fotográfica de Cataluña.

Em novembro, participou do 1º Salão Sergipano de Arte Fotográfica com as fotos Cachoeira, Premeditação e Reflexos na Praia II.

Participou com as fotos Apartamentos e Cachoeira do 3º Salão de Arte Fotográfica de São Carlos.

Participou do XIV Salão Anual de Arte Fotográfica Internacional Foto Club Argentino, na Galeria Witcomb, em Buenos Aires. Apresentou a foto Pátio de manobras. 1951

Participou da exposição Abstração em fotografia, realizada entre 1º de maio e 4 de julho no MOMA com a curadoria de Edward Steichen (Site do MOMA).

Entre 1º e 13 de agosto, participou, em Buenos Aires, nas Galerias de La Asociación Estímulo de Bellas Artes, do VII Salão Internacional de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto Club Buenos Aires. Apresentou a foto Preto na janela.

De 12 a 26 de agosto, participou do salão Billedmaessig Fotografi, na Dinamarca, com a foto Avanhandava.

Participou do X Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo, promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante, na Secção Branco e Preto com a fotografia Bailarina. Na Secção Color, integrou o júri e expôs quatro trabalhos (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1951, páginas 15, 66 e 72).

Em setembro, realização do Salão Capixaba de Arte Fotográfica, em Vitória, promovido pelo Foto Clube do Espírito Santo. Farkas participou com a foto Cachoeira.

Entre 24 e 29 de novembro, participou do 1º Salão Internacional de Arte Fotográfica de Blumenau, em Santa Catarina, promovido pelo Foto Club Blumenau. Expôs a foto Estudo de composição.

Em Johanesbugo, na África do Sul, particpou do Fifteenth South African Salon of Photography com a foto Pescadores.

Participou do Swedish Máster Competition, na Suécia, e recebeu uma menção honorária.

Participou, em Paris, do 39º Salon Internationa d´Arte Photographique. Apresentou as fotos Ensaio de ballet e Cassino da Pampulha.

1952

Entre 1º e 31 de maio, com a foto Telhas, participou, da I Exposição Internacional de Arte Fotográfica em Belgrado, capital da Sérvia.

Em julho, apresentou as fotos Cachoeira e Pátio de manobras no 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica de Santo André. Uma promoção do Câmara Clube de Santo André.

Participou da sessão Color do XI Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante com as fotos Cachoeira, Composição e Rochas (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, setembro de 1952, página 39).

Com a foto Cachoeira participou do 2º Salão Campineiro de Arte Fotográfica, promovido pelo Foto-Cine Clube de Campinas.

Com as fotos Reflexos e Cachoeira participou do 2º Salão Mineiro de Arte Fotográfica, em Belo Horizonte.

1953

Em março, participou do 1º Salão de Arte Fotográfica de Jaboticabal, em São Paulo. Apresentou as fotos Textura, Ministério da Educação e Telhas.

Em agosto, participou do Ve Salon International d´Art Photographique, em Luxemburgo, com a foto Pescadores.

Participou do 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica de Oswaldo Cruz, em São Paulo, com as fotos Pescadores e Reflexos na praia II.

1954

Participou do XIII Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo, promovido pelo Foto Cine Clube Bandeirante e comemorativo do Quarto Centenário de São Paulo, com a fotografia Movimento de praia (II). Foi a última vez que participou de um salão de fotografia do Foto Cine Clube Bandeirante (Boletim Foto Cine Clube Bandeirante, novembro de 1954, página 12).

1955

No Museu de Etnografia de Neuchatel, na Suíça, realização de uma importante exposição de arte brasileira, organizada pelo diplomata Vladimir Murtinho (1919-1990) e inaugurada em 19 de novembro. Farkas era um dos representantes da área de Fotografia (Correio da Manhã, 8 de dezembro de 1955, coluna).

1958

Participou da exposição Fotografias da coleção do museu realizada no MOMA, entre 26 de novembro de 1958 e 18 de janeiro de 1959, com curadoria de Edward Steichen (Site do MOMA).

1960

Sua fotografia, Chegada, foi uma das 10 fotos selecionadas para representar o Brasil no concurso internacional de fotografias esportivas promovido pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Roma. Uma foto de sua autoria, de um atleta prestes a arremessar um peso, foi exibida no Palácio dos Esportes, em Roma

1970

Como professor de Fotografia e Jornalismo do Departamento de Cinema e Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), organizou a I Exposição de Fotografia Jornalística no Departamento de Jornalismo e Editoração da instituição, inaugurada em 10 de junho, na Cidade Universitária. Foi lecionar na ECA a convite de Rudá de Andrade. Também foi professor de cinejornalismo e telejornalismo (O Estado de São Paulo, 10 de junho de 1970).

Correio da Manhã, 8 de dezembro de 1955

1977

Após décadas sem participar de uma exposição fotográfica, Farkas foi um dos integrantes da exposição coletiva de fotografia realizada na Galeria Modular, em São Paulo. Mostrou fotos da inauguração de Brasília (O Estado de São Paulo, 25 de fevereiro de 1977, página 38, quinta coluna).

O Estado de São Paulo, 10 de junho de 1970

1984

Coordenou com o fotógrafo Cristiano Mascaro a mostra Autorretrato do brasileiro – Cidade e Campo, uma das salas especiais da exposição Tradição e ruptura, na Fundação Bienal de São Paulo, realizada entre 19 de novembro e 31 de janeiro de 1985. Nela foram mostradas fotografias de brasileiros produzidas pelo próprio homem brasileiro – um vizinho, um amigo, um familiar (Cidade de Santos, 1° de agosto de 1984, quarta coluna; Livros de Fotografia; Jornal do Brasil, 9 de outubro de 1984, terceira coluna; O Estado de São Paulo, 18 de novembro de 1984, página 26; e O Estado de São Paulo, 2 de dezembro de 1984, página 40).

1993

No SESC Pompéia, em São Paulo, participou, entre 4 e 30 de maio, da exposição coletiva Fotografia Brasileira Contemporânea: anos

O Estado de São Paulo, 25 de fevereiro de 1977

50-90, sob a curadoria de Rosely Nakagawa, Rubens Fernandes Júnior e Eduardo Castanho (1950-).

1994

Participou da 4ª Semana de Fotografia Cidade de Curitiba, realizada entre 14 e 21 de agosto.

O filme que roteirizou e dirigiu, Paraíso, Juarez (1971) foi uma das atrações da abertura da mostra O Cinema Cultural Paulista 1994, realizado entre 13 e 18 de dezembro, no MIS-SP. Na ocasião, foi realizada uma homenagem a Thomaz Farkas por seus 70 anos com a exibição de uma seleção de filmes produzidos por ele e de uma mostra de sua obra fotográfica (Folha de São Paulo, 13 de dezembro de 1994).

1996

Em abril, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, inauguração da exposição A Fotografia Moderna no Brasil, com trabalhos de Farkas, Gerado de Barros e José Oiticica Filho, dentre outros. Na ocasião, lançamento do livro homônimo, de autoria de Helouise Costa e Renato Rodrigues da Silva, editado pela Funarte (Tribuna da Imprensa, 3 de abril de 1996, terceira coluna).

Três fotos de sua autoria foram expostas na 6ª Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, lançada em exposição no MASP, em dezembro. Foram incorporadas à coleção.

1997

Rosely Nakagawa realizou a curadoria da exposição Thomaz Farkas, fotógrafo, exibida no MASP, em maio. Rosely havia descoberto os trabalhos do fotógrafo, no início da década de 90, em um álbum, junto às fotos de Edward Weston. Segundo Rosely:

"O maior trabalho foi convencer Farkas de que sua coleção tem uma excelente qualidade."

Foi essa mostra, aberta em 20 de maio e integrante do 3º Mês Internacional da Fotografia, que revelou a imensa produção fotográfica de Thomaz. Na mesma data, lançamento do livro

homônimo pela Editora DBA/Melhoramentos. Trazia um artigo de seu filho João Farkas, Um húngaro na caatinga; e também um depoimento de Thomaz a Rosely Nakagawa, de 20 de março de 1997, intitulado Lembranças. O editor foi Alexandre Dórea Ribeiro (Folha de São Paulo, 20 de maio de 1997).

1998

Em fevereiro, inauguração da exposição individual Thomaz Farkas, fotógrafo, na Casa de Cultura de Paraty (RJ).

Em 29 de abril, 0 Foto Cine Clube Bandeirante inaugurou uma nova sede com uma exposição retrospectiva de alguns de seus sócios, dentre eles Farkas, Chico Albuquerque e German Lorca (Jornal do Commercio, 28 de abril de 1998, terceira coluna).

Durante a Copa do Mundo de Futebol da França, entre junho e julho, integrou a exposição Jogadas, em Nantes e em Nord-Pas-deCalais, na França. A mesma exposição foi realizada na Casa da Fotografia Fuji, em São Paulo, em junho, sob a curadoria de Rosely Nakagawa, Nair Benedicto e Pierre Devin (1946-).

Participou, em novembro, da exposição coletiva Fazenda Pinhal –100 anos de fotografias, no Sesc São Carlos, em São Paulo.

Em Havana, Cuba, em dezembro, na Galeria Cine Charles Chaplin, realização da exposição individual Thomaz Farkas.

1999

Obras de Thomaz Farkas integraram a II Semana Fernando Furlanetto de Fotografia, realizada no Teatro Municipal de São João da Boa Vista (SP), entre 10 e 30 de abril. Na mesma ocasião, mostra de documentários da Caravana Farkas.

Entre 1° de julho e 6 de agosto, participou da exposição Tendências da Fotografia Contemporânea, no Itaú Cultural de Campinas, sob a curadoria de Rubens Fernandes Júnior. A mostra reuniu trabalhos de 28 fotógrafos e encerrou o Mês Internacional da Fotografia (O Estado de São Paulo, 30 de junho de 1999).

Entre outubro de 1999 e janeiro de 2000, participou da exposição coletiva Brasilianische Fotografie 1946 bis 1998, no Kunstmuseum, em Wolfsburg, Alemanha.

Na galeria ADG, em São Paulo, na Sala Thomaz Farkas, em novembro, realização da exposição individual Thomaz Farkas: 39 anos de fotografia, 20 anos de galeria.

2000

Em São Paulo, entre 15 de março e 8 de abril, no Foto Cine Clube Bandeirante, realização da exposição individual Retorno ao Fotoclube.

Entre 12 de maio e 9 junho, com os fotógrafos Cristiano Mascaro, Ed Viggiani e outros participou da exposição coletiva Fotografia documental, na Casa da Fotografia Fuji, em São Paulo com curadoria de Rosely Nakagawa (O Estado de São Paulo, 17 de maio de 2000, página d11).

Abertura, em 5 de julho, da exposição individual Thomaz Farkas, na Galeria Debret, em Paris (Manchete, 26 de fevereiro de 2000, segunda coluna).

Em 21 de setembro, inauguração da exposição individual de Farkas, Sexto Sentido, na Imagolucis Fotogaleria, na cidade do Porto, em Portugal, a convite da referida galeria e do Centro Português de Fotografia.

Também em setembro, realização da exposição Produção Nordestina Thomaz Farkas e Jornadas da Bahia em Fotos na programação que antecedeu a XVII Jornada Internacional de Cinema na Bahia com a exibição de filmes da Caravana Farkas.

2001

Dentro do V Mês Internacional da Fotografia, a Galeria do Centro de Comunicação e Artes do Senac, em São Paulo, realizou, entre 25 de abril e 13 de junho, uma exposição individual de sua obra com

O Estado de São Paulo, 4 de julho de 2000

curadoria de João Kulcsár (O Estado de São Paulo, 25 de abril de 2001, página 53).

Participou da exposição coletiva Realidades construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, sob a curadoria de Helouise Costa, no Itaú Cultural, em Campinas (SP), entre maio e agosto, e, em Belo Horizonte, entre agosto e outubro.

2002

Participou de três exposições coletivas promovidas pelo MAM-SP: Aquisições recentes, no MAM-SP, em janeiro, com obras compradas com o apoio do Programa Petrobras Artes Visuais; Cidadeprojeto/ Cidadeexperiência, entre março e maio, no Espaço MAM VillaLobos; e Arte e Futebol, entre maio e agosto, no MAM-SP.

Em março, participou da exposição coletiva Visões e alumbramentos: fotografia contemporânea brasileira da Coleção Joaquim Paiva, na Oca, em São Paulo.

Sob a curadoria de Rosely Nakagawa, realização da exposição Thomaz Farkas: fotografias e lembranças, no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo. No mesmo local, no dia 4 de abril, lançamento do livro Thomaz Farkas (2002) Coleção Artistas da USP com fotografias da construção e da inauguração de Brasília; de cenas de ruas, da paisagem, da praia de Copacabana, do Pão de Açúcar e da Urca, de futebol, de Sansão Castello Branco, do Túnel Novo, da Ilha de Paquetá, e de ensaios de escola de samba e do balé russo e do Balé da Juventude no Rio de Janeiro; e de prédios, ruas e detalhes arquitetônicos de São Paulo, do Estádio do Pacaembu e seus torcedores, dos festejos do fim da Segunda Guerra Mundial na cidade, de experimentos surrealistas, do edifício Martinelli, do Viaduto do Chá, de Marcelo Grassmann, de Boris Kochno, de Itanhaém, de João Farkas no Guarujá e de um auto-retrato, dentre outras. Também foram publicados artigos de autoria de Rosely Nakagawa, Simonetta Persichetti, Rubens Fernandes Júnior, Cristiano Mascaro e de um depoimento de João Farkas. Editado pela Editora da Universidade de São Paulo – Edusp /Imprensa Oficial (O

Estado de São Paulo, 1º de abril de 2002, página d4, penúltima coluna).

Foi um dos 70 artistas com obras expostas na mostra Gênio do Lugar – Circuito Vila Buarque, organizada pelos curadores Lorenzo Mammi e Marcos Moraes e aberta em 27 de abril, na Praça Rotary e em dezenas de endereços do bairro Vila Buarque (O Estado de São Paulo, 24 de abril de 2002, página d1).

Entre maio e junho, participou da exposição 2ª Coleção Pirelli/ MASP de Fotografia no MASP.

Entre 26 de junho e 1° de setembro, realização, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, da exposição individual retrospectiva Fotografias de Thomaz Farkas com 60 imagens do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília, nas décadas de 1940, 1950 e 1990, sob a curadoria de Rosely Nakagawa. Na ocasião, lançou um portfólio com tiragem limitada e numerada com 10 fotografias em preto-e-branco selecionadas por ele (Site IMS; Jornal do Brasil, 4 de junho de 2002, segunda coluna; Jornal do Brasil, 19 de junho de 2002; Jornal do Commercio, 16 e 17 de junho de 2002).

Participou da exposição coletiva Ressonâncias do Brasil, realizada entre junho e setembro, pela Fundación Santillana na Torre de San Borja, em Santillana Del Mar, na Espanha.

Entre julho e agosto, participou da exposição coletiva Fotografias no Acervo do MAM-SP.

2003

Durante a 30ª Jornada de Cinema da Bahia, realização na Galeria ACBEU, de Salvador, da exposição individual As jornadas que eu vi, dedicada à obra de Farkas.

No Museu Rufino Tamayo, na Cidade do México, participou, entre fevereiro e julho, da exposição coletiva Cuasi corpus; arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner.

Em São Paulo, participou, entre 15 de maio e 15 de junho, da exposição coletiva Labirintos e identidades: fotografia no Brasil 1945-1998, sob a curadoria de Rubens Fernandes Júnior, no Centro Universitário Maria Antônia.

Em 20 de agosto, no Centro de Cultura Judaica, inauguração da exposição individual Thomaz Farkas, 60 anos de fotografia, com 50 imagens em preto-e-branco, sob a curadoria de Rosely Nakagawa (O Estado de São Paulo, 20 de agosto de 2003; A Tribuna (SP), 20 de agosto de 2003, última coluna).

Entre outubro e dezembro, participou da exposição coletiva Compressores e condensadores, no Espaço MAM - Villa-Lobos, em São Paulo.

Entre outubro de 2003 e janeiro de 2004, participou da exposição coletiva Imagética, no Museu de Fotografia Cidade de Curitiba.

2004

Entre 22 de janeiro e 27 de junho, obras de sua autoria integraram a exposição São Paulo, 450 anos: a Imagem e a Memória da cidade no acervo do Instituto Moreira Salles realizada pelo Instituto Moreira Salles, na Galeria de Arte do SESI, atual Centro Cultural da FIESP, em São Paulo. O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954/2006), codirigido por Farkas, foi exibido (O Estado de São Paulo, 19 de janeiro de 2004; Tribuna da Imprensa, 23 de janeiro de 2004; Folha de São Paulo, 23 de janeiro de 2004; Jornal do Brasil, 25 de janeiro de 2004).

Folha de São Paulo, 23 de janeiro de 2004

Em 11 de março, na Academia Paulista de Letras, inauguração da exposição individual São Paulo na visão de Thomaz Farkas sob a curadoria de José Henrique Fabre Rolim (O Estado de São Paulo, 11 de março de 2004, página 68).

Em julho, realização da exposição individual Brasília, o tempo, o Brasil, na inauguração da Galeria FNAC, no ParkShopping, em Brasília (Correio Braziliense, 14 de julho de 2004).

Entre 16 de agosto e 29 de novembro, no Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), participou do evento comemorativo dos 70 anos da Universidade de São Paulo, Arte jornalismo: caminhos cruzados - Fotografia, gravura e grafismo. Obras de sua autoria integraram a exposição coletiva de fotografias e, no dia 23 do mesmo mês, realizou um seminário acadêmico sobre fotografia e cinema (O Estado de São Paulo, 23 de agosto de 2004, página 34, penúltima coluna; Site MAC-USP).

Entre agosto e outubro, participou da exposição coletiva Fotografia e Escultura no Acervo do MAM – 1995 a 2004.

Entre 15 de setembro e 31 de outubro, para comemorar os 80 anos de Farkas, o MIS-SP prestou uma homenagem a ele com a inauguração de uma exposição individual de suas fotografias, com a exibição de seus filmes e com a realização de dois debates em torno de sua obra (O Estado de São Paulo, 15 de setembro de 2004, d1).

Entre outubro deste ano e janeiro de 2005, participou da exposição coletiva Olho vivo: a arte da fotografia, no Farol Santander de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (O Estado de São Paulo, 3 de novembro de 2004, página d3, última coluna).

Entre dezembro deste ano e março de 2005, participou da exposição coletiva Cinqüenta 50, no MAM-SP , sob a curadoria de Felipe Chaimovich (1968-) (Folha de São Paulo, 15 de dezembro de 2004).

2005

A Pinacoteca do Estado de São Paulo realizou, entre 9 de julho e 28 de agosto, a exposição individual Brasil e brasileiros no olhar de

Thomaz Farkas. No dia da inauguração houve a exibição de três documentários digiridos por Farkas: Paraíso, Juarez (1971), Todomundo (1978/1980) e Hermeto Campeão (1981) (O Estado de São Paulo, 9 de julho de 2005, página d2).

O Estado de São Paulo, 15 de julho de 2005

Em 26 de setembro, ganhou o Prêmio Especial Porto Seguro de Fotografia e teve exibidas fotos de sua autoria no Espaço Porto Seguro, em São Paulo, na exposição 60 Anos... Brasil. Os mineiros

João Castilho, Pedro David e Pedro Mota venceram na categoria Brasil, assinando o projeto coletivo "Paisagem Submersa". O trio foca as mudanças originárias da construção da usina hidrelétrica de Irapé (MG). Marcelo Zocchio e Tom Lisboa, com projetos diferentes, venceram em pesquisas contemporâneas. Lucille Kanzawa levou o prêmio na categoria revelação (Folha de São Paulo, 28 de setembro de 2005).

“Vencer este concurso foi extremamente gratificante porque premia não a mim, mas a todas as pessoas das minhas fotografias. Representa um grande estímulo para que eu continue trabalhando neste país, que é maravilhoso”.

Site Clube de Criação

Entre setembro e novembro, em Nice, na França, participou da exposição coletiva Septembre de La Photo 2005: Aspect de La Photographie Brésilienne.

Durante o II Festival de Cinema de Paraty-Paratycine, realizado entre 19 e 22 de outubro, foi homenageado com a exibição dos filmes Thomaz Farkas, brasileiro, de Walter Lima Jr. e de Subterrâneos do futebol (1965), de Maurice Capovilla . Houve também uma exposição de suas fotografias (Jornal do Brasil, 21 de outubro de 2005, última coluna; O Fluminense, 11 de outubro de 2007; Jornal do Commercio, 15 e 16 de outubro de 2005, primeira coluna).

2006

Entre 15 de fevereiro e 26 de março, participou da exposição coletiva Veracidades, no MAM-SP, sob a curadoria de Eder Chiodetto.

Entre 19 de fevereiro e 2 de abril, participou da exposição coletiva 5ª Biennale Internationale de La Photographie et des Arts Visuels de Liège, na França.

Entre 5 de maio e 14 de julho, integrou a exposição coletiva de fotografia do Museu de Arte Brasileira da Faap (MAB-Faap), no Edifício Lutetia, em São Paulo.

Entre 21 de agosto e 3 de setembro, obras de sua autoria integraram a exposição São Paulo, 450 anos: a imagem e a Memória de São Paulo no Acervo do Instituto Moreira Salles, no SESI, em Santos (A Tribuna (SP), 21 de agosto de 2006, primeira coluna; Jornal Local (SP), 19 de agosto de 2006).

Entre 3 e 10 de outubro, participou da exposição coletiva MAM na OCA: Arte Brasileira do Acervo do MAM-SP, na OCA, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Foi a maior mostra retrospectiva do acervo do museu realizada até então. A curadoria foi de Cauê Alves Tadeu Chiarelli e Felipe Chaimovich (Jornal do Brasil, 30 de setembro de 2006).

No Paço Imperial, inauguração da exposição da nova edição do projeto A imagem do som da música popular brasileira, do

designer gráfico Felipe Taborda, com 80 canções de variados compositores da Música Popular Brasileira. Farkas ilustrou a canção Rio (Tribuna da Imprensa, 24 de novembro de 2006).

Entre 6 de dezembro de 2006 e 18 de fevereiro de 2007, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, em Miami, na Flórida.

2007

Na Galeria Bergamin, em São Paulo, participou, entre 21 de abril e 26 de maio, da exposição coletiva Fragmentos: modernismo na fotografia brasileira.

Em 19 de junho, abertura da exposição Três expoentes da fotografia moderna: Fernando Lemos, German Lorca e Thomaz Farkas, na Galeria Tempo, no Rio de Janeiro. A mostra fazia parte da FotoRio 2007, um encontro internacional de fotógrafos (O Fluminense, 19 de junho de 2007, terceira coluna).

Em novembro, participou da exposição coletiva Veracidades: fotografias do acervo do MAM, sob a curadoria de Eder Chiodetto, em Uberlândia, Minas Gerais.

2008

Na Pinacoteca de São Paulo, integrou a exposição Arte Contemporânea: as aquisições recentes do acervo da Pinacoteca (A Tribuna (SP), 1º de fevereiro de 2008).

Entre 5 e 30 de março, participou da exposição coletiva Arte pela Amazônia: Arte e Atitude, organizada por Ricardo Ribenboim (1953-), na Fundação Bienal de São Paulo (O Estado de São Paulo, 4 de março de 2008, página d3).

No Museu de Arte Contemporânea da Cidade de São Paulo, entre 10 de julho e 28 de setembro, participou da exposição coletiva Fotógrafos da Vida Moderna, sob a curadoria de Helouise Costa.

No Shopping Iguatemi, em São Paulo, na 2ª edição do Circuito de Fotografia, exposição de fotógrafos de diversas galerias, museus e institutos. Do IMS, exposição de obras de Farkas e Alice Brill, dentre outros (O Estado de São Paulo, 11 de setembro de 2008, página 97, terceira coluna).

Entre 16 de outubro e 14 de dezembro, participou da exposição coletiva MAM-60, sob a curadoria de Annateresa Fabris, Lisette Lagnado e Luiz Camillo Osório (O Estado de São Paulo, 14 de outubro de 2008, página d1).

Na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, exposição de fotografias e exibição de filmes de Farkas em sua homenagem (O Estado de São Paulo, 17 de dezembro de 2008, página d13, terceira coluna).

2009

Fotos de sua autoria foram projetadas em salas de cinema durante o Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, o FestFotoPoa (Correio Braziliense, 22 de abril de 2009, segunda coluna).

Na Caixa Cultural, em Curitiba, no Paraná, participou da exposição coletiva 30 Anos de Fotografia, entre 7 de abril e 3 de maio, sob a curadoria de Rosely Nakagawa. A mesma exposição foi apresentada em Brasília, entre 14 de junho e 16 de agosto (Correio Braziliense, 16 de julho de 2009).

Na Pinacoteca de São Paulo, entre 29 de maio e 9 de agosto, realização da exposição Acervo em Preto e Branco – Fotógrafos

Paulistas da Pinacoteca do Estado de São Paulo com 65 fotografias de Farkas, Boris Kossoy, Carlos Moreira (1936-2020), Claudia Andujar, Cristiano Mascaro, Fernando Lemos (1926-2019) e German Lorca produzidas entre 1940 e 1980. Curadoria de Diógenes Moura (O Estado de São Paulo, 29 de maio de 2009, página 63).

Fotos de sua autoria foram projetadas em salas de cinema durante o Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, o FestFotoPoa (Correio Braziliense, 22 de abril de 2009, segunda coluna).

Na Valu Oria Galeria de Arte, em São Paulo, participou da exposição coletiva Panorama Atual da Fotografia, entre 1º e 8 de setembro.

Entre 23 de setembro e 29 de novembro, realização da exposição Thomaz Farkas Fotografias com curadoria de Sérgio Burgi, na Galeria Zoom de Paraty.

Em outubro, na Arte Plural Galeria, no Recife, realização da exposição Notas de viagem, Thomaz Farkas.

Entre 8 de novembro de 2009 e 18 de janeiro de 2010, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, no Museu de Arte Latino-Americana, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Na Caixa Cultural de Salvador, participou da exposição coletiva 30 Anos de Fotografia, sob a curadoria de Rosely Nakagawa, entre 1º de dezembro e 20 de janeiro de 2009.

2010

No ES Baluard Museu d´Art Modern i Contemporani de Palma, em Palma de Mallorca, na Espanha, participou da exposição coletiva

The Sites of Latin American Abstraction, entre 27 de março e 26 de junho.

Foi o homenageado na quarta edição do FestFotoPoa, que entre os dias 7 de abril e 2 de maio, mostrou, em Porto Alegre, trabalhos de 52 fotógrafos e artistas visuais. No Santander Cultural, realização de uma exposição individual de Farkas (Site Sinos Foto Clube; O Estado de São Paulo, 23 de abril de 2010, página 50).

Em 29 de abril, no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, abertura da exposição coletiva As Construções de Brasília, com fotografias de Farkas, de Marcel Gautherot e de Peter Scheier, sob a curadoria de Heloisa Espada. Também foram exibidos pinturas, gravuras, desenhos e cartazes de importantes artistas visuais como Cildo Meireles e Waldemar Cordeiro. Foi encerrada em 25 de julho e, entre setembro de 2010 e janeiro de 2011, a exposição foi mostrada na Galeria de Arte do SESI, em São Paulo (Site do IMS, Jornal do Commercio, 23, 24 e 25 de abril de 2010; Jornal do

Brasil, 7 de maio de 2010, última coluna; Site do IMS; O Estado de São Paulo, 15 de outubro de 2010, página d12, penúltima coluna).

Participou entre 1° de julho e 29 de agosto, da exposição coletiva Dez Anos do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM, no MAMSP, sob a curadoria de Eder Chiodeto. O Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM foi criado em 2000, pelo então curador do museu, Tadeu Chiarelli (O Estado de São Paulo, 1°de julho de 2010, página 90).

Entre julho e dezembro, participou da exposição coletiva O Futebol na Coleção Moreira Salles, na Galeria IMS-Unibando Arteplex, em São Paulo.

Entre 27 de julho e 10 de outubro, participou da exposição coletiva Moderna para Sempre- Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, em Porto Alegre.

No Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, realização da exposição individual Thomaz Farkas: o tempo dissolvido, entre 2 de agosto e 3 de outubro durante o evento A Gosto da Fotografia, 6º Festival Nacional, realizado entre 29 de julho e 3 de outubro, sob a curadoria de Diógenes Moura.

Entre 9 e 12 de setembro, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, realização da quarta edição da SP-Arte/Foto com a exposição de cerca de 500 fotos de 170 artistas de 18 galerias. Farkas foi um deles (O Estado de São Paulo, 8 de setembro de 2010, d8).

Entre 17 de setembro de 2010 e 30 de janeiro de 2011, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, no Kunst-und-Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland, em Bohn, na Alemanha.

No Palácio das Artes, em Praia Grande, em São Paulo, entre 5 de outubro e 8 de novembro, realização da exposição Acervo em Preto e Branco – Fotógrafos Paulistas da Pinacoteca do Estado de São Paulo com 60 fotografias de Farkas, Boris Kossoy, Carlos Moreira, Claudia Andujar, Cristiano Mascaro e German Lorca produzidas

entre 1940 e 1980 (A Tribuna (SP), 7 de outubro de 2010, última coluna).

No Centro de Arte Contemporânea e Fotografia de Belo Horizonte, em Minas Gerais, entre 10 de novembro de 2010 e 19 de dezembro, participou da exposição coletiva Moderna para Sempre –Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú.

Entre 1º de dezembro de 2010 e 7 de março de 2011, na Cisneros Fontanals Arts Foundation, em Miami, na Florida, participou da exposição coletiva Inside Out, Photography after Form: Selections of the Ella Fontanals Cisneros Collection.

No MAM-RJ, participou da exposição coletiva Horizonte Construído: fotografia e arquitetura nas coleções do MAM, entre 11 de dezembro e 23 de janeiro de 2011, sob a curadoria de Luiz Camillo Osório (O Fluminense, 20 de janeiro de 2011, segunda coluna). 2011

Entre 20 de janeiro e 3 de abril, participou da exposição coletiva Ordem e Progresso: Vontade Construtiva na Arte Brasileira, no MAM-SP, sob a curadoria de Felipe Chaimovich.

Realização no Instituto Moreira Salles de São Paulo, entre 27 de janeiro e 1º de maio; e do Rio de Janeiro, entre 26 de novembro e 26 de fevereiro de 2012, da exposição individual Thomaz Farkas - uma antologia pessoal. Lançamento pelo Instituto Moreira Salles do livro homônimo apresentado por Sérgio Burgi com a publicação de 130 imagens produzidas por Farkas. Também foi publicado o texto Livro de olhar, de seu filho, João Farkas. O próprio Thomaz , para a composição do livro, revisitou sua obra, selecionou e editou as imagens do livro com a ajuda de seus filhos e de curadores e pesquisadores do IMS (Jornal da ABI, fevereiro de 2011; Jornal da ABI, março de 2011; O Estado de São Paulo, 27 de janeiro de 2011, página d7).

Na Fundación Juan March, em Madri, na Espanha, participou, entre 11 de fevereiro e 15 de maio, da exposição coletiva América Fria: La Abstracción Geométrica en Latinoamerica (1934-1973).

Em Zurique, na Suíça, participou da exposição coletiva The Sites of Latin American Abstraction, entre 24 de fevereiro e 1º de maio.

No Museu do Estado do Pará, entre 25 de março e 15 de maio, participou da exposição coletiva Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú.

Na Caixa Cultural São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva 20 Anos de NAFOTO, entre 30 de abril e 7 de julho, sob a curadoria de Fausto Chermont (1961-).

No Museu del Barro, em Assunção, no Paraguai, entre 6 de julho e 7 de agosto, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú.

Sob a curadoria de Guy Veloso (1969-) e Rosely Nakagawa, fotos de sua autoria integraram a 23ª Bienal Europalia Arts Festival, em Bruxelas, na Bélgica, entre 4 de outubro de 2011 e 15 de janeiro de 2012.

Na Pinacoteca de São Paulo, fotos de sua autoria integraram aexposição coletiva Percursos e Afetos. Fotografias 1928-2011 –Coleção Rubens Fernandes Júnior, entre 8 de outubro de 2011 e 11 de março de 2012. Curadoria de Diógenes Moura e Rubens Fernandes Júnior.

No Museu de Belas Artes de São Paulo, sob a curadoria de Gloria Ferreira (1947-2022), fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Brasil: Figuração x Abstração no final dos anos 40, entre 24 de novembro de 2011 e 19 de fevereiro de 2012 (O Estado de São Paulo, 7 de novembro de 2011, página d3).

2012

Na Maison Européenne de la Photographie, entre 17 de janeiro e 25 de março, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva O Elogio da Vertigem: Coleção Itaú de Fotografia Brasileira, sob a curadoria de Eder Chiodetto (O Estado de São Paulo, 31 de julho de 2011, página d12, primeira coluna; O Estado de São Paulo, 18 de janeiro de 2012, d8).

No Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP), em São Paulo, entre 14 de fevereiro e 29 de abril, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Momentos e Movimentos: Coleção de Fotografias do Museu de Arte Brasileira da FAAP sob a curadoria de Rubens Fernandes Júnior (1949-).

No Paço Imperial, no Rio de Janeiro, de 1°de junho a 5 de agosto, fotos de sua autoria integraram a exposição Coleção Itaú de Fotografia Brasileira.

No Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre –Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú, entre 6 de outubro e 20 de dezembro.

2013

No Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Arquitetura Brasileira vista por Grandes Fotógrafos, entre 11 de junho e 21 de julho.

Na Galeria Alberto da Veiga Guignard, em Belo Horizonte, Minas Gerais, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Coleção Itaú de Fotografia Brasileira, entre 22 de junho e 25 de agosto. Fotografias de sua autoria integraram a 7ª edição do SP-Arte/Foto, realizado no Shopping Iguatemi, em São Paulo (O Estado de São Paulo, 20 de agosto de 2013).

Entre 27 de setembro e 27 de abril de 2014, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades: fotografia brasileira (1940-1960), no Museum fur Fotografie, em Berlim, na

Alemanha. A mostra itinerou por outras cidades da Europa e depois foi exibida no Brasil (Site DW, 21 de outubro de 2013).

No Clube Athético Paulistano, realização da exposição Thomaz Farkas – Um Fotógrafo Paulistano. 2014

No Itaú Cultural, em São Paulo, entre 25 de janeiro e 9 de março, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú com curadoria de Iatã Cannabrava.

No MAM-SP, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Poder provisório: Fotografia no acervo do MAM, entre 31 de março e 15 de junho.

No Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, no Paraná, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Tupi or not Tupi, entre 31 de maio e 21 de setembro.

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Viva Maria, entre 7 de junho e 16 de julho.

No MAM-RJ, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Alimentário: arte e construção do patrimônio alimentar brasileiro, entre 13 de junho e 10 de agosto. Foi concebida por Felipe Ribemboim e Rodrigo Villela e seu curador foi Jacomo Crivelli Visconti (1973-) (Site Prêmio Pipa).

No MASP, fotos de sua autoria integraram a exposição coletiva Cidades invisíveis, entre 13 de junho e 7 de dezembro.

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, realização da exposição individual Memórias e descobertas, entre 8 de novembro e 14 de fevereiro de 2015. Na mostra, além de fotografias produzidas por Farkas entre as décadas de 1940 e 1970, foram exibidos trechos de filmes de Farkas selecionados por José Carlos Avellar.

Assista aqui um depoimento que José Carlos Avellar deu na ocasião da exposição.

Entre 8 de novembro e 13 de dezembro, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva O Elogio da Vertigem: Coleção Itaú Cultural de Fotografia Brasileira, no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto.

2015

Na OCA, em São Paulo, entre 25 de janeiro e 29 de março, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva

Alimentário: arte e construção do patrimônio alimentar brasileiro, concebida por Felipe Ribemboim e Rodrigo Villela e seu curador foi Jacomo Crivelli Visconti (1973-) (Site Base 7).

Entre 21 de fevereiro e 19 de abril, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades: fotografia brasileira (1940-1964), no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal.

No MASP, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Arte do Brasil no Século 20, entre 10 de abril e 28 de junho.

Em Milão, na Itália, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Alimentário: arte e construção do patrimônio alimentar brasileiro, entre 1º e 29 de maio.

No Centro Cultural Calouste Gulbenkian, em Paris, na França, entre 6 de maio e 23 de agosto, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades: fotografia brasileira (19401960)(O Estado de São Paulo, 21 de junho de 2015, página c10).

Na Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, entre 13 de maio e 28 de junho, realização da exposição coletiva Moderna para sempre, na qual fotos de Farkas foram exibidas. Na abertura, houve um batepapo entre Iatã Cannabrava, curador da exposição e Rubens Fernandes Júnior (A Tribuna (SP), 13 de maio de 2015, segunda coluna).

Em 20 de agosto, início do SP-Arte/Foto no Shopping JK Iguatemi com a exibição de trabalhos de fotógrafos dos acervos de 34 galerias. Farkas era um deles (O Estado de São Paulo, 14 de agosto de 2015, página 124).

Entre 6 e 21 de outubro, realização da exposição individual Thomaz Farkas – DF, no MIS-SP, com 21 fotografias de Brasília, sendo 13

inéditas, produzidas durante a construção da cidade e entre 1998 e 2000. Na inauguração, houve um bate-papo entre o curador Eder Chiodetto, Kiko Farkas e a pesquisadora Juliana de Arruda Sampaio. e o lançamento do livro Thomaz Farkas, quarto volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, publicado por Fernando Ullmann, e organizado por Eder Chiodetto, também autor do artigo Subversivo e elegante. A Ipsis Gráfica e Editora foi responsável pela premidia, impressão e acabamento do livro. O Instituto Moreira Salles colaborou intensamente com a participação de sua equipe de pesquisa, catalogação e digitalização. Neles estão publicadas fotos da construção e inauguração de Brasília, entre 1958 e 1960; e imagens produzidas por Farkas em 1998 e 2000. Estas últimas foram realizadas para o Correio Braziliense, que publicou uma edição especial comemorativa dos 40 anos de Brasília, em 2000. A idéia era Farkas fazer imagens comparativas,voltando aos mesmos lugares (Correio Braziliense, 4 de outubro de 2015; O Estado de São Paulo, 9 de outubro de 2015, página 112; Site do MIS-SP).

Segundo Chiodetto:

“Ao jogar ideológica e apaixonadamente com o enquadramento, Farkas pensou a fotografia dentro do cânone da subversão, do não conformismo com os discursos oficiais e negligentes. Porém, assim como na imagem da gambiarra do Congresso, a crítica surge revestida pelo humor e elegância que sempre marcaram sua trajetória. Diante dos camelôs que se ajeitam como podem entre estruturas de concreto armado, Thomaz Farkas escolhe celebrar a pulsão de vida que revigora o espaço de convívio em vez de destilar discursos inflamados. A fotografia silenciosa e ao mesmo tempo vigorosa é o seu libelo. Fotografia subversiva e elegante. “Viva a fotografia”.”

No Circuito de Belas Artes de Madrid, na Espanha, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Modernidades: Fotografia Brasileira (1940-1964), entre 5 de novembro e 31 de janeiro de 2016.

Entre 26 de novembro de 2015 e 21 de fevereiro de 2016, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para

Sempre: Fotografia Modernista na Coleção Itaú Cultural, no Museu Nacional da República, em Brasília.

No MASP, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Foto Cine Clube Bandeirante, entre 27 de novembro de 2015 e 20 de março de 2016, sob a curadoria de Rosângela Rennó.

Na Luciana Brito Galeria, participou da exposição coletiva 15, entre 28 de novembro de 2015 e 27 de fevereiro de 2016.

2016

Em 20 de março, depois de “temporadas em Berlim, Lisboa, Paris e Madri, Modernidades Fotográficas, 1940-1964 – com trabalhos dos fotógrafos José Medeiros, Thomaz Farkas, Marcel Gautherot e Hans Gunter Flieg – chega ao Rio eleita uma das cinco melhores exposições do mundo para serem visitadas” (Site IMS). A curadoria foi de Ludger Derenthal, coordenador da coleção de fotografia da Kunstbibliothek em Berlim, e Samuel Titan Jr., coordenador executivo cultural do IMS.

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Residência Moderna, entre 5 de abril e 14 de maio.

Entre 7 de abril e 28 de agosto, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Moderna para Sempre – Fotografia

Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, no Paraná.

No Museu de Arte do Rio, MAR, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Linguagens do corpo carioca (a vertigem do Rio), entre junho e outubro.

Realização de uma exposição de obras de Thomaz Farkas, no Salão Branco do Palácio do Buriti, em Brasília.

2017

Fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Avenida Paulista, entre 17 de fevereiro e 28 de maio, no MASP.

No Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Mário Pedrosa: on the Affective Nature of Form, entre 28 de abril e 16 de outubro.

Na Pinacoteca de São Paulo, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Antilogias: o fotográfico na Pinacoteca, entre 20 de maio e 7 de agosto.

Na Valu Ori Galeria de Arte, em São Paulo, teve trabalhos mostrados na exposição coletiva Um recorte da fotografia brasileira (O Estado de São Paulo, 23 de junho de 2017, página 93, segunda coluna).

No MAM-RJ, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Alucinações à Beira-Mar, aberta em 25 de novembro.

2018

No Instituto Moreira Salles de Poços de Caldas, Minas Gerais, abertura, em 17 de março, da exposição coletiva Modernidades Fotográficas: 1940-1964 com obras de Farkas, Hans Gunther Flieg, José Medeiros e Marcel Gautherot. Ficou em cartaz até 6 de outubro de 2018.

Ele e o fotógrafo Gaspar Gasparian (1899-1966) tiveram trabalhos expostos na mostra The Shape of Light – 100 years of Photography and Abstract Art, na Tate Modern, em Londres, entre 2 de maio e 14 de outubro. As foto de Farkas foram Cinema Ipiranga (1945) e Fachada da ABI (c.1945) (O Estado de São Paulo, 12 de maio de 2018, página c2, primeira coluna; Site da Tate).

No Museu da Fotografia da Cidade de Curitiba, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Fotografia em Transe, entre 17 de julho e 7 de outubro.

No MAM-SP, fotografias de sua autoria integraram, entre 5 de setembro e 16 de dezembro, da exposição coletiva MAM 70: MAM e MAC-USP.

Entre 14 de outubro de 2018 e 24 de fevereiro de 2019, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Southern Geometries, from México to Patagônia, na Fundação Cartier, em Paris, França.

2019

Na Casa da Imagem, fotos de sua autoria e de outros fotógrafos como Carlos Moreira, Juca Martins, Nair Benedicto e Rosa Gauditano integraram a mostra SóLove, com imagens do acervo fotográfico do Museu da Cidade de São Paulo. Foi inaugurada em 23 de fevereiro (O Estado de São Paulo, 22 de fevereiro de 2019).

No FAMA Museu, em Itu, São Paulo, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Aproximações – Breve introdução à arte brasileira do século XX, entre 13 de abril e 13 de junho.

Abertura, em 31 de agosto, da exposição individual de Thomaz Farkas, Estudos fotográficos: 70 anos de memória, no MIS-SP. Ficou em cartaz até 13 de outubro (Site do MIS).

Em outubro, na Embaixada do Brasil em Tóquio, no Japão, realização de uma exposição de fotografias de Farkas com curadoria de seus filhos, o designer Kiko Farkas e o fotógrafo João Farkas. Um portfólio de fotografias de Farkas foi adquirido pelo Museu de Arte Moderna de Tóquio (Veja (SP), 28 de fevereiro de 2020).

2020

Em março, no Robert Capa Contemporary Photography Center, em Budapeste, na Hungria, abertura da exposição Thomaz Farkas O ritmo da luz, com curadoria da holandesa Claudia Küssel (1975-). Na mostra, exibição de 85 itens entre fotografias produzidas por Farkas nas décadas de 1940 e 1950, três documentários e uma entrevista em vídeo (Veja (SP), 28 de fevereiro de 2020). Um portfólio de fotografias de Farkas foi adquirido pelo Museu de Belas Artes de Budapeste e, a partir desta aquisição, ele passou a pertencer à categoria de fotógrafos húngaros, a fazer parte da história da fotografia húngara.

“Meu pai nunca falou objetivamente sobre o desejo de expor na Hungria, mas acho que ia adorar. Com o passar da idade, ele quis ficar mais perto de suas origens”.

No MAM-SP, entre 13 de outubro de 2020 e 1º de agosto de 2021, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM – 20 anos.

Fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Pinacoteca: Acervo, aberta em 31 de outubro, na Pinacoteca de São Paulo.

Entre 10 e 17 de dezembro, no Estádio do Pacaembu, realização da exposição coletiva Arte em Campo, com trabalhos de vários artistas, dentre eles Farkas, Amilcar de Castro, Emanoel Araújo e Tomie

Ohtake (O Estado de São Paulo, 8 de dezembro de 2020, página 16, quinta coluna).

2021

Entre 4 de janeiro e 18 de julho, fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva Da Humanidade: 100 Artistas do Acervo, no Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP).

Fotografias de sua autoria integraram, no Espaço Cultural Airton Queiroz, em Fortaleza, no Ceará, a exposição coletiva 50 Duetos, entre 23 de março e 6 de fevereiro de 2022.

No MOMA, várias fotos de sua autoria foram exibidas na exposição coletiva Fotoclubismo: Brazilian Modernist Photography and the Foto Cine Clube Bandeirante, 1946-1964, (Fotoclubismo: Fotografia Moderna Brasileira e o Foto Cine Clube Bandeirante, 1946-1964) entre 8 de maio e 26 de setembro. Curadoria de Sarah Hermanson Meister (O Estado de São Paulo, 8 de outubro de 2020, página 36; Site do MOMA).

Leia aqui a Entrevista: a curadora Sarah Meister fala sobre a exposição Fotoclubismo, em cartaz no MoMA de Nova York à revista Zum, 12 de maio de 2021.

Foi o homenageado do 17° Paraty em Foco, Festival Internacional de Fotografia, realizado entre 27 e 31 de outubro, quando houve o debate Viva a fotografia, com Simonetta Persichetti, Kiko e João Farkas, além de uma exposição de fotografias de sua autoria (Site Resumo Fotográfico; Site Paraty em Foco).

Exposição de fotos de Farkas em Paraty, outubro de 2021

2022

Fotografias de sua autoria integraram a exposição coletiva CRIA –experiências de invenção, no Centro Cultural FIESP, em São Paulo, entre 14 de setembro e 19 de fevereiro de 2023.

2024

Entre 17 de agosto e 28 de setembro, realização da exposição Thomaz Farkas: Pictóricos, Coloridos e Modernos, na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, com a exibição de cópias vintage – feitas pelo próprio autor na época em que foram fotografadas -, e cópias de transparências coloridas descobertas recentemente e digitalizadas para impressões contemporâneas. São aspectos de São Paulo entre 1947 e 1948 e imagens de Melanie, com quem se casou em 1949 (Site ArtSoul).

Abertura, em 21 de setembro, da exposição Thomaz Farkas: a beleza diante dos olhos, no Museu da Imagem e do Som Chico Albuquerque, em Fortaleza, no Ceará, com a curadoria de Rubens Fernandes Júniore Simonetta Persichetti (Site MIS-CE).

Em 19 de outubro, inauguração da exposição Thomaz Farkas, todomundo, com curadoria de Sérgio Burgi, Rosely Nakagawa e Juliano Gomes (1982-), com cerca de 500 itens entre fotos, documentos, equipamentos e filmes, no Instituto Moreira de Salles de São Paulo.

Livros sobre a obra de Thomaz Farkas

1997

Rosely Nakagawa realizou a curadoria da exposição Thomaz Farkas, fotógrafo, exibida no MASP, em maio. Rosely havia descoberto os trabalhos do fotógrafo, no início da década de 90, em um álbum, junto às fotos de Edward Weston. Segundo Rosely:

"O maior trabalho foi convencer Farkas de que sua coleção tem uma excelente qualidade."

Foi essa mostra, aberta em 20 de maio e integrante do 3º Mês Internacional da Fotografia, que revelou a imensa produção fotográfica de Thomaz. Na mesma data, lançamento do livro homônimo pela Editora DBA/Melhoramentos. Trazia um artigo de seu João Farkas, Um húngaro na caatinga; e também um depoimento de Thomaz a Rosely Nakagawa, de 20 de março de 1997, intitulado Lembranças. O editor foi Alexandre Dórea Ribeiro (Folha de São Paulo, 20 de maio de 1997).

2000

Publicação de Sexto Sentido – Thomaz Farkas (2000), organizado por Maria do Carmo Serem, do Centro Português de Fotografia (Rede de Bibliotecas Arco de Valderez) .

2001

Publicação do livro Thomaz Farkas (2001) com curadoria de João Kulcsár, editado pelas Faculdades SENAC de Comunicação e Artes.

2002

Sob a curadoria de Rosely Nakagawa, realização da exposição Thomaz Farkas: fotografias e lembranças, no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo. No mesmo local, no dia 4 de abril, lançamento do livro Thomaz Farkas (2002) com fotografias da construção e da inauguração de Brasília; de cenas de ruas, da paisagem, da praia de Copacabana, do Pão de Açúcar e da Urca, de futebol, de Sansão Castello Branco, do Túnel Novo, da Ilha de Paquetá, e de ensaios de escola de samba e do balé russo e do Balé da Juventude no Rio de Janeiro; e de prédios, ruas e detalhes arquitetônicos de São Paulo, do Estádio do Pacaembu e seus torcedores, dos festejos do fim da Segunda Guerra Mundial na cidade, de experimentos surrealistas, do edifício Martinelli, do Viaduto do Chá, de Marcelo Grassmann, de Boris Kochno, de Itanhaém, de João Farkas no Guarujá e de um auto-retrato, dentre outras. Também foram publicados artigos de autoria de Rosely Nakagawa, Simonetta Persichetti, Rubens Fernandes Júnior, Cristiano Mascaro e de um depoimento de João Farkas. Editado pela Editora da Universidade de São Paulo – Edusp /Imprensa Oficial (O Estado de São Paulo, 1º de abril de 2002, página d4, penúltima coluna).

Em 23 de maio, na Paparazzi, lançamento pela Editora Senac, do livro Thomaz Farkas (2005) que integra a Coleção Senac de Fotografia, cujo objetivo foi contribuir para ampliar o mercado editorial brasileiro nessa área e criar uma obra de referência para as próximas gerações de fotógrafos. Foi organizado por Simonetta Persichetti e Thales Trigo. Nele foram publicadas fotos inéditas realizadas por Farkas entre 1940 e 1960 e em 1990. Na capa, uma imagem de seu cachorro, o Filé (Jornal do Brasil, 8 de abril de 2006, primeira coluna).

Em 10 de junho, na Pinacoteca de São Paulo, a Cosac Naify lançou o livro Thomaz Farkas: notas de viagem (2006) com a publicação de uma série de fotos coloridas inéditas produzidas por Farkas.

Patrocinado pela McKinsey&Company, o livro é apresentado por Rubens Fernandes Júnior e traz artigos de Rosely Nakagawa, Diógenes Moura e do próprio Farkas. A entrevista e a cronologia foram realizadas por Álvaro Machado e Augusto Massi (O Estado de São Paulo, 10 de junho de 2006, página d2).

Segundo Rubens:

“As imagens coloridas atestam que Thomaz Farkas é um clássico na fotografia brasileira...Porque um clássico nunca esgota aquilo

que queria pretendia dizer, mas continua persistindo como rumor incômodo. Ou seja, um autor ou uma obra é um clássico porque tem capacidade de nos fazer refletir continuamente. E é exatamente isso que nos provoca esta nova série de Thomaz Farkas”.

2008

Com a presença de Farkas, a DBA Editora lançou, em 9 de dezembro, no Estádio do Pacaembu, o livro Thomaz Farkas, Pacaembu (2008) com um artigo de Juca Kfouri, Pacaembu, e outro do próprio Thomaz, Mudei para o Pacaembu. As fotos são da construção e do Estádio do Pacaembu, de torcedores, de times, de atletas, de jogadores, de crianças fora do estádio, de vendedores e de comícios políticos, dentre outras (O Estado de São Paulo, 3 de dezembro de 2008, página d7; e 9 de dezembro de 2008, página d2, última coluna).

Relançamento do livro Thomaz Farkas, fotógrafo, pela DBA Editora.

2011

Realização no Instituto Moreira Salles de São Paulo, entre 27 de janeiro e 1º de maio; e do Rio de Janeiro, entre 26 de novembro e 26 de fevereiro de 2012, da exposição individual Thomaz Farkas - uma antologia pessoal. Lançamento, pelo Instituto Moreira Salles, na abertura da exposição, em São Paulo, do livro homônimo apresentado por Sérgio Burgi com a publicação de 130 imagens produzidas por Farkas. Também foi publicado o texto Livro de olhar, de seu filho, João Farkas. O próprio Thomaz , para a composição do livro, revisitou sua obra, selecionou e editou as imagens com a ajuda de seus filhos e de curadores e pesquisadores do IMS (Jornal da ABI, fevereiro de 2011; Jornal da ABI, março de 2011; O Estado de São Paulo, 27 de janeiro de 2011, página d7).

2012

Publicação do livro Em jogo: 21 fotografias de Thomaz Farkas, Estádio do Pacaembu, São Paulo, 1942-1946. Edição limitada e numerada de 350 exemplares. Instituto Moreira Salles.

2014

Na Luciana Brito Galeria, em São Paulo, realização da exposição individual Memórias e descobertas, entre 8 de novembro e 14 de fevereiro de 2015. Na mostra, além de fotografias produzidas por Farkas entre as décadas de 1940 e 1970, foram exibidos trechos de filmes de Farkas selecionados por José Carlos Avellar.

Assista aqui um depoimento que José Carlos Avellar deu na ocasião da exposição.

Na abertura da exposição, em 8 de novembro, lançamento do livro

Thomaz Farkas Memórias e descobertas com apresentação de Sérgio Burgi, entrevistas de Rubens Fernandes Júnior, Alvaro Machado e Augusto Massi, sob a coordenação de Marcio Junji; com curadoria de João Farkas e de Sérgio Burgi. Edição da Galeria

Luciana Brito, São Paulo (O Estado de São Paulo, de 7 de novembro de 2014, página 140).

2015

Entre 6 e 21 de outubro, realização da exposição individual Thomaz Farkas – DF, no MIS-SP, com 21 fotografias de Brasília, sendo 13 inéditas, produzidas durante a construção da cidade e entre 1998 e 2000. Na inauguração, houve um bate-papo entre o curador Eder

Chiodetto, Kiko Farkas e a pesquisadora Juliana de Arruda Sampaio. e o lançamento do livro Thomaz Farkas, quarto volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, publicado por Fernando Ullmann, e organizado por Eder Chiodetto, também autor do artigo Subversivo e elegante. A Ipsis Gráfica e Editora foi responsável pela premidia, impressão e acabamento do livro. O Instituto Moreira Salles colaborou intensamente com a participação de sua equipe de pesquisa, catalogação e digitalização. Neles estão publicadas fotos da construção e inauguração de Brasília, entre 1958 e 1960; e imagens produzidas por Farkas em 1998 e 2000. Estas últimas foram realizadas para o Correio Braziliense, que publicou uma edição especial comemorativa dos 40 anos de Brasília, em 2000. A idéia era Farkas fazer imagens comparativas,voltando aos mesmos lugares (Correio Braziliense, 4 de outubro de 2015; O Estado de São Paulo, 9 de outubro de 2015, página 112; Site do MIS-SP).

Segundo Chiodetto:

“Ao jogar ideológica e apaixonadamente com o enquadramento, Farkas pensou a fotografia dentro do cânone da subversão, do não conformismo com os discursos oficiais e negligentes. Porém, assim como na imagem da gambiarra do Congresso, a crítica surge revestida pelo humor e elegância que sempre marcaram sua trajetória. Diante dos camelôs que se ajeitam como podem entre estruturas de concreto armado, Thomaz Farkas escolhe celebrar a pulsão de vida que revigora o espaço de convívio em vez de destilar discursos inflamados. A fotografia silenciosa e ao mesmo tempo vigorosa é o seu libelo. Fotografia subversiva e elegante. “Viva a fotografia”.”

2019

Em 31 de agosto, lançamento do livro Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018) em comemoração aos 70 anos da primeira exposição individual da obra fotográfica de Farkas. Editado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, o livro traz os artigos Deste livro, de João e Kiko Farkas, seus filhos; Farkas e o MOMA: Comemorando Setenta Anos, de Sarah Meister; Os Estudos Fotográficos de Thomaz

Farkas: 70 anos de uma exposição singular, de Helouise Costa; e Abstração e figurativismo na obra fotográfiva de Thomaz Farkas, de Sérgio Burgi. Foram identificadas e publicadas 55 das 60 imagens que integraram a exposição Estudos Fotográficos, inaugurada 21 de julho de 1949, na primeira sede MAM-SP, na rua 7 de abril, no edifício dos Diários Associados. Além disso, foram publicados registros da exposição, que foi amplamente registrada por Farkas, o que é, segundo Helouise Costa, um dado fundamental para compreendermos aquilo que ele considerava importante e esperava que fosse observado.

“É uma honra poder trazer um pouco da poética de Thomaz

Farkas. Considerado um pioneiro da fotografia moderna no Brasil, nos traz uma técnica que proporciona outra maneira de ver o mundo. A fotografia de Thomaz Farkas é afetuosa e francamente

preocupada pela condição do outro. Entre toda a sua produção se destaca a visão humanista de documentar, pesquisar, testemunhar e encontrar os lugares onde reverbera o amor pela cultura, formas texturas e padrões, não só visuais, mas de maneira que faz com quem olha a fotografia repense seu mundo e absorva outras maneiras de olhar”.

Olga e Wolf Kos

Novidades Fotoptica / Revista Fotoptica

Em dezembro de 1953, lançamento do periódico Novidades Fotoptica, mistura de catálogo da loja Fotoptica e jornal. Trazia anúncios sobre produtos, chamadas para concursos, relações de livros lançados, e artigos sobre técnica fotográfica e audiovisual (Site do IMS).

Com diferentes periodicidades e formatos, circulou até 1987, com uma interrupção de cerca de três anos, entre 1967 e 1970, quando passou a se chamar Revista Fotoptica. Circulou até 1987.

Novidades Fotoptica, dezembro de 1953

Acesse aqui todos os 136 números publicados entre 1953 e 1987, digitalizados e ocerizados pela Biblioteca de Fotografia do IMS Paulista e disponíveis desde 2020

As várias marcas/logotipos da Fotoptica

Revista Fotoptica, n°124, 1985

Prêmios e homenagens

1942

Participou, em outubro, do I Salão Paulista de Arte Fotográfica, na Galeria Prestes Maia, recebendo menção honrosa por duas das obras que apresentou: A partida e Arquitetura. As outras foram A oficina, O último ajuste, Goal!!!..., Sombras e modernismo e Premeditação. Esta última foi publicada na primeira edição do Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante (Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro de 1942).

1943

No II Salão Paulista de Arte Fotográfica do Foto Clube Bandeirante, realizado na Galeria Prestes Maia, Thomaz Farkas ganhou o primeiro lugar na categoria Arquitetura com Obras humanas; na categoria Natureza-Morta, o segundo lugar com Rosas do passado; e, na categoria Composição, recebeu uma menção honrosa por

Praia de Copacabana por Thomaz Farkas, 1947. Rio de Janeiro

Caçador precoce. O fotógrafo alemão Theodor Preising (1883–1962) foi o organizador, pelo Departamento Estadual de Imprensa e Publicidade, de um estande de fotografias documentais do progresso de São Paulo, em um anexo ao Salão (Correio Paulistano, 31 de agosto de 1943, primeira coluna; Correio Paulistano, 28 de setembro de 1943, terceira coluna; Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943).

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943

Catálogo do Foto Cine Clube Bandeirante, outubro/novembro, 1943

1944

Em julho, participou do Quinto Salão Anual de Arte Fotográfica, em Três Arroyos, na Argentina, com as fotos Goal!, No Meio da Maba, Cinco Horas, Arquitetura e Futurismo. Goal! foi premiada como a Melhor Obra Estrangeira.

1946

Entre 6 e 13 de outubro, realização do IV Concurso Internacional de Fotografias Desportivas, organizado pelo Club Atlético Provincial, de Rosário, na Argentina. Recebeu uma menção pelo conjunto de suas fotos e o Grande Prêmio por O último esforço. Além desta, apresentou as fotos Crawl, Equilíbrio, Impulso, Espalda, Angel, Preparando o salto, Sombras que correm, Força Bruta e Contraluz. Na mesma ocasião, realização do II Salão de Fotojornalistas em Temas Desportivos.

1950

Os autores do curta-metragem Estudos, Thomaz e Luiz Andreatini ganharam a Taça A Gazeta como o prêmio especial no I Concurso Cinematográfico Nacional para Amadores, uma promoção do Foto Cine Clube Bandeirante, que aconteceu no auditório do jornal A Gazeta, em 20 de janeiro. Colaborou com o filme, o primeiro curta-

metragem de Farkas, o crítico de cineasta Rubem Biáfora (19221996). No júri do concurso, Alfredo Vasconcellos (?-?), Benedito Junqueira Duarte, Carlos Ortiz (1910-1995) e Orlando Nasi (?-?). A única cópia de Estudos foi perdida (Correio Paulistano, 15 de janeiro de 1950, terceira coluna; Boletim Foto-Cine Bandeirante, janeiro de 1950, páginas 9 e 10).

Boletim Foto-Cine Bandeirante, janeiro de 1950

Participou do Swedish Máster Competition, na Suécia, e recebeu uma menção honorária.

1965

O filme de curta-metragem produzido por ele e dirigido por Paulo Gil Soares, Memória do cangaço (1964), ganhou o prêmio Gaivota de Ouro no Festival Internacional do Filme, no Rio de Janeiro; e o prêmio Dziga Vertov, da União Mundial de Cinematecas, em Brasília.

O filme de média-metragem produzido por ele e dirigido por Maurice Capovilla, Subterrâneos do futebol (1965), ganhou a menção honrosa do Prêmio Governador do Estado, em São Paulo.

O filme de média-metragem dirigido por Geraldo Sarno, Viramundo (1965), do qual foi produtor e fotógrafo, recebeu a Menção honrosa na I Semana do Cinema Brasileiro, realizada entre 15 e 22 de novembro, em Brasília; de Melhor Documentário no I Festival de Cinema Independente da América, em Montevidéu no Uruguai, realizado em novembro.

Farkas, Geraldo Sarno e Maurice Capovilla, pela realização de Viramundo (1965) e Subterrâneos do futebol (1965), receberam o Voto de Júbilo e Congratulações, na Câmara Municipal de São Paulo, em 18 de outubro de 1965. Luiz Sérgio Person, pela direção de São Paulo S/A também recebeu a homenagem. A proposta foi realizada pelos vereadores Odon Pereira e Manoel Figueiredo Ferraz.

1966

Memória do cangaço recebeu o Primeiro Prêmio no Festival dei Popoli (VII Rassegna Internazionale Del Film Etnografico e Sociológico), em Florença, na Itália, realizado entre 7 e 13 de fevereiro. No mesmo festival, o filme Nossa escola de samba (1965), dirigido por Manuel Horácio Gimenez e do qual Farkas foi produtor e fotógrafo, recebeu a menzione speciale. Sérgio Muniz e Vladimir Herzog foram os apresentadores dos filmes no festival italiano.

Paulo Gil Soares, diretor de Memória do cangaço (1964), recebeu o Prêmio da Crítica Internacional na XI Jornada Internacional do

Filme de Curta-Metragem, em Tours, na França. O filme participou do Festival de Cinema de Berlim.

Viramundo (1965) ganhou o Grande Prêmio no IV Festival Internacional Evian, na França; e o Prêmio Simone Dubreilh, em Nahneim, na Alemanha.

No Teatro Record, realização da cerimônia de entrega do Prêmio Governador do Estado de São Paulo ds melhores para teatro e cinema durante o ano de 1965 e dos melhores do rádio e da televisão em 1966. Farkas recebeu menção honrosa por Memória do cangaço (1964), Nossa escola de samba (1965), Subterrâneos do futebol (1965) e Viramundo (1965) (O Estado de São Paulo, 20 de dezembro de 1966, página 12, primeira coluna).

1967

Viramundo (1965) ganhou o prêmio de Melhor Documentário no II Festival Internacional de Cinema, em Viña Del Mar, no Chile.

1970

O filme Jornal do sertão (1969-1970), dirigido por Geraldo Sarno e produzido por Farkas, foi um dos cinco vencedores do concurso promovido pela Fundação Padre Anchieta de Rádio e Televisão Educativa para incentivar cineastas amadores e profissionais a produzir cinema brasileiro para televisão, divulgando os aspectos artísticos e culturais do Brasil. Cada vencedor recebeu um prêmio em dinheiro, o Troféu da TV2 Cultura e um contrato para a produção de filmes que seriam exibidos na Televisão Educativa Paulista (Jornal do Brasil, 29 e 30 de novembro de 1970, segunda coluna).

O filme Viva Cariri (1969-1970), dirigido por Geraldo Sarno e produzido por Thomaz Farkas conquistou o Troféu Carmen Santos de Melhor Produção de Curta-Metragem, a Margarida de Prata, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e o Prêmio OCIC, concedido pelo Office Catholique International du Cinéma, durante 0 VI Festival de Brasília de Cinema Brasileiro (Site Metrópoles; O Jornal, 13 de dezembro de 1970).

1972

O filme Viva Cariri (1969-1970) ganhou em Veneza, na Itália, o Prêmio Especial Venezia Genti, no Festival Internacional da Película Etnográfica e Sociológica (Folha da Tarde, 24 de abril de 1972; Filme & Cultura, maio e junho de 1972, terceira coluna).

Foi produtor e fotógrafo do filme Beste (1970), dirigido por Sérgio Muniz, que ganhou o Prêmio Humberto Mauro no II Festival Brasileiro de Curta-Metragem promovido pelo Jornal do Brasil. No mesmo festival, A cantoria (1969-1970), dirigido por Geraldo Sarno, produzido por Farkas, também foi premiado (Jornal do Brasil, 16 de agosto de 1972, terceira coluna; Jornal do Brasil, 21 de agosto de 1972, terceira coluna).

1973

Em 13 de novembro, recebeu uma menção pela destacada participação na Comissão Julgadora do Concurso de Fotografias de 1973 do Ministério do Exército.

1974

Em 16 de julho, por seu trabalho na Fotoptica, Farkas recebeu o Prêmio Comerciante do Ano, entregue pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo em associação a entidades patronais do comércio paulista.

1975

Ganhou com o longa-metragem O picapau amarelo (1973-1974), dirigido por Geraldo Sarno, o prêmio de Melhor Produtor do Prêmio Governador do Estado de São Paulo.

O filme Ensaio (1975), dirigido por Roberto Duarte (1950-), do qual Farkas foi produtor e um dos fotógrafos – o outro foi seu filho Pedro Farkas -, ganhou a menção honrosa no V Festival Internacional Del Cine sobre Arquitectura, em Madri, na Espanha.

1980

O filme dirigido e roteirizado por ele, Hermeto campeão, recebeu o prêmio de Melhor Roteiro pela Comissão de Cinema da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

1981

O filme piloto sobre imigração italiana, Andiamo In’ Merica (19771978), dirigido por Sérgio Muniz e produzido por Farkas e pela Embrafilme, ganhou o prêmio de Melhor Produção no I Festival Nacional de Filmes para a Televisão, realizado pela Coordenadoria de Comunicação Cultural da Secretaria da Cultura e do Esporte do Paraná. O filme foi realizado para a televisão italiana, selecionado pela Embrafilme.

1982

O filme dirigido e roteirizado por ele, Hermeto campeão (1981), recebeu na XI Jornada Brasileira de Curta-Metragem, em Salvador (BA), o prêmio de Melhor Documentário em Curta-Metragem.

Em 31 de outubro, recebeu a Medalha Comemorativa dos 30 Anos de Fundação do Santos Cine Foto Clube.

1985

Thomaz Farkas foi o homenageado a XIV Jornada de Cinema da Bahia. Recebeu uma placa especial de Aluisio Pimenta (1923-2016), ministro da Cultura. Guido Araújo o definiu como o “primeiro produtor privado a acreditar no filme cultural” (Correio Braziliense, 11 de setembro de 1985, última coluna).

1987

O secretário do Estado da Cultura de São Paulo, Jorge da Cunha Lima (1931-2022), conferiu a Farkas destaque pela significativa contribuição à cultura de São Paulo. 1994

O filme que roteirizou e dirigiu, Paraíso, Juarez (1971) foi uma das atrações da abertura da mostra O Cinema Cultural Paulista 1994, realizado entre 13 e 18 de dezembro, no MIS-SP. Na ocasião, foi realizada uma homenagem a Thomaz Farkas por seus 70 anos com a exibição de uma seleção de filmes produzidos por ele e de uma mostra de sua obra fotográfica (Folha de São Paulo, 13 de dezembro de 1994).

1997

Ele e o fotógrafo José Medeiros foram homenageados no II Mês Internacional da Fotografia em São Paulo, organizado pelo Núcleo dos Amigos da Fotografia (NAFOTO).

1998

Recebeu o 4º Prêmio Nacional de Fotografia, outorgado pela Funarte, pelo livro Thomaz Farkas, fotógrafo.

2000

Em 7 de novembro, foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural, outorgada pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (1931-) (Diário Oficial, 23 de outubro de 2000; Folha de São Paulo, 7 de novembro de 2000).

2002

Em 15 de outubro, foi homenageado com a inauguração do Cineclube Thomaz Farkas, pelo Centro Universitário das Faculdades Integradas Alcântara Machado, Fiam-Faam, em São Paulo. Na mesma ocasião, Farkas fez uma palestra sobre sua trajetória cinematográfica e foi aberta a mostra A Caravana Farkas na Trilha da Folkcomunicação (O Estado de São Paulo, 15 de outubro de 2002, página d2).

Em 3 de dezembro, ganhou o Prêmio-Homenagem Dia do Óptico, do Sindióptica de São Paulo.

2003

Em 9 de maio, em uma cerimônia realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, Farkas foi o grande homenageado da noite, ganhando o Prêmio ABC de Cinematografia, concedido pela Associação Brasileira de Cinematografia. Em seu discurso de agradecimento, declarou: “Considero este prêmio uma homenagem a cinco gerações de cineastas e fotógrafos da minha família” (O Estado de São Paulo, 12 de maio de 2003, página d3).

2004

A Cinemateca Brasileira homenageou o homem de cinema Thomaz Farkas com um calendário composto de fotogramas extraídos de seus filmes.

Foi homenageado durante o 15º Festival Internacional de CurtasMetragens, inaugurado em São Paulo, em 26 de agosto, com a exibição de vários filmes produzidos pela Caravana Farkas

Em setembro, foi um dos homenageados na 31ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia (O Estado de São Paulo, 28 de agosto de 2004, página, segunda coluna).

Entre 15 de setembro e 31 de outubro, para comemorar os 80 anos de Farkas, o MIS-SP prestou uma homenagem a ele com a inauguração de uma exposição individual de suas fotografias, com a

exibição de seus filmes e com a realização de dois debates em torno de sua obra (O Estado de São Paulo, 15 de setembro de 2004, d1).

2005

Em 26 de setembro, ganhou o Prêmio Especial Porto Seguro de Fotografia e teve exibidas fotos de sua autoria no Espaço Porto Seguro, em São Paulo, na exposição 60 Anos... Brasil. Os mineiros

João Castilho, Pedro David e Pedro Mota venceram na categoria Brasil, assinando o projeto coletivo "Paisagem Submersa". O trio foca as mudanças originárias da construção da usina hidrelétrica de Irapé (MG). Marcelo Zocchio e Tom Lisboa, com projetos diferentes, venceram em pesquisas contemporâneas. Lucille Kanzawa levou o prêmio na categoria revelação (Folha de São Paulo, 28 de setembro de 2005).

“Vencer este concurso foi extremamente gratificante porque premia não a mim, mas a todas as pessoas das minhas fotografias. Representa um grande estímulo para que eu continue trabalhando neste país, que é maravilhoso”.

Site Clube de Criação

Durante o Ano do Brasil na França foi homenageado, em Paris, com o evento Thomaz Farkas, l´Ami Brésilien, com a exibição de curtasmetragens da Caravana Farkas na Maison de l’ Amerique Latine, em 2 de novembro, e no Musée de l’ Homme, em 5 de novembro.

Durante o II Festival de Cinema de Paraty-Paratycine, realizado entre 19 e 22 de outubro, foi homenageado com a exibição dos filmes Thomaz Farkas, brasileiro, de Walter Lima Jr (1938-); e de Subterrâneos do futebol (1965), de Maurice Capovilla. Houve também uma exposição de suas fotografias (Jornal do Brasil, 21 de outubro de 2005, última coluna; O Fluminense, 11 de outubro de 2007; Jornal do Commercio, 15 e 16 de outubro de 2005, primeira coluna).

2006

No Festival de Brasília de Cinema Brasileiro, o filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias, ganhou os seguintes prêmios: Conterrâneos, Marco Antônio Guimarães e o Saruê.

2007

O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias, recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cuiabá e de Melhor Edição de Som no Cine PE. O filme participou do Festival Internacional de Curtas de São Paulo, do Festival do Rio e da Mostra de Cinema de Ouro Preto.

Durante o Cine Ceará, realizado entre 1° e 8 de junho, Farkas recebeu o Troféu Eusélio Oliveira e foi apresentada uma mostra de filmes da Caravana Farkas (Tribuna da Imprensa, 31 de maio de 2007).

2008

O filme Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954-2006), dirigido por Ricardo Dias e por ele recebeu o Prêmio Espaço Unibanco no Festival Internacional de Curtas de São Paulo e o de Melhor Documentário no Festival de Cinema de Comunicurtas de Campina Grande, na Paraíba.

Em 19 de maio, na Cinemateca Brasileira, foi homenageado no evento Thomaz Farkas e as inúmeras vertentes do artista e homem, patrocinado pela WPO-Brasil.

2010

Foi o homenageado na quarta edição do FestFotoPoa, que entre os dias 7 de abril e 2 de maio, mostrou, em Porto Alegre, trabalhos de 52 fotógrafos e artistas visuais. No Santander Cultural, realização de uma exposição individual de Farkas (Site Sinos Foto Clube; O Estado de São Paulo, 23 de abril de 2010, página 50).

Foi homenageado na Cinemateca Brasileira, que já havia presididona época, era membro do Conselho. Na ocasião a Videofilmes lançou o Projeto Thomaz Farkas/documentários - 7 DVDs com a obra de Farkas; e foi exibido Pixinguinha e a velha guarda do samba (1954/2006), dirigido por ele e por Ricardo Dias (Jornal do Commercio, 30, de abril, 1° e 2 de maio de 2010; O Estado de São Paulo, 15 de abril de 2010, página d9).

2011

Na Cinemateca Brasileira, seus amigos o homenagearam postumamente (O Estado de São Paulo, 1º de abril de 2011, página 45, terceira coluna).

O Estado de São Paulo, 1º de abril de 2011

2021

Foi o homenageado do 17° Paraty em Foco, Festival Internacional de Fotografia, realizado entre 27 e 31 de outubro, quando houve o

debate Viva a fotografia, com Simonetta Persichetti, Kiko e João Farkas, além de uma exposição de fotografias de suas autorias.

2024

Na 29ª edição do É Tudo Verdade, o maior festival dedicado ao cinema documental do país, realizado entre 3 e 14 de abril, no Rio de Janeiro e em São Paulo, realização de uma homenagem a Farkas com a exibição de uma retrospectiva de sua obra cinematográfica. Como parte da homenagem foi realizado um debate entre os cineastas Jorge Bodanzky (1942-), Rubens Fernandes Júnior e Eduardo Escorel, com mediação de Maria Dora Mourão.

Principais mostras de sua obra cinematográfica

1965

Em 10 de setembro, no auditório do MASP, realização da primeira exibição dos documentários Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), Nossa escola de samba (1965), Roda e outras histórias (1965) e Viramundo (1965).

Em outubro, Farkas apresentou seus documentários em Roma, durante um festival do Cinema Novo promovido pelo Instituto Nacional do Espetáculo e pela Embaixada do Brasil e foi muito aplaudido.

1966

Thomaz Farkas. Hollywood / Luciana Brito Galeria

A convite do crítico e escritor Joaquim Novais Teixeira, o sociólogo Edgar Morin e o cineasta Jean Rouch, dentre outros assistiram, em um quarto de hotel, a Nossa escola de samba (1965), Memória do cangaço (1964), Roda e outras histórias (1965), Subterrâneos do futebol (1965), e Viramundo (1965), que constituíram uma verdadeira surpresa e deflagaram uma vaga de entusiasmo.

Memória do cangaço (1964), Nossa escola de samba (1965), Roda e outras histórias (1965), Subterrâneos do futebol (1965) e Viramundo (1965) foram exibidos no MASP.

1967

O Cine Clube Projeção 16, no Recife, promoveu no auditório da Associação de Imprensa de Pernambuco a exibição dos documentários Nossa escola de samba (1965), Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), e Viramundo (1965), produzidos por Farkas. Ele e Geraldo Sarno estavam no Recife e foram os responsáveis pela exibição, a partir de uma colaboração com o Instituto de Cinema Brasileiro da Universidade de São Paulo. Na ocasião também foi exibido o filme de Benjamin Abraão (18901938) sobre o bando de Lampião.

1968

O longa-metragem Brasil Verdade, que reuniu os filmes Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1965), Nossa escola de samba (1965) e Viramundo (1965), produzidos por Farkas, foi exibido, em 29 de julho, no Cine Odeon, no Rio de Janeiro.

1970

Brasil Verdade foi exibido na mostra Primeiros filmes de cineastas brasileiros, no Cinearte UFF.

Vários curtas-metragens produzidos por Farkas foram exibidos na mostra Novos Curtos Brasileiros, na Cinemateca do MAM-RJ.

1971

Publicação do artigo O documentário brasileiro visto por Thomaz Farkas (Jornal do Brasil, 3 e 4 de outubro de 1971). Na ocasião, nove filmes da série A condição brasileira já haviam sido exibidos em sessões especiais no Rio de Janeiro e seis seriam exibidos na Cinemateca do MAM.

1972

Durante a 24ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizado entre 2 e 8 de julho, na Universidade de São Paulo, exibição dos filmes Memória do cangaço (1964), Subterrâneos do futebol (1964), Nossa escola de samba (1964), A mão do homem (1969-1970), Jaramataia (1969-1970), Jornal do sertão (1969-1970), O Engenho (1969-1970), O homem do couro (1969-1970), Vitalino Lampião (1969), Erva bruxa (1970), Beste (1970), A morte do boi (1970), A vaquejada (1970), Casa de farinha (1970), Os imaginários (1970), Rastejador, substantivo masculino (1970), Visão de Juazeiro (1970) Padre Cícero (1971), Viva Cariri (1969-1970), Frei Damião (1970), A cantoria (1969-1970), Região Cariri (1970) e Viramundo (1965).

Estréia no Cinema I, no Rio de Janeiro, em 28 de agosto, do longametragem em cores Herança do Nordeste produzido por ele e dirigido por Geraldo Sarno - segmento Casa de farinha e Padre Cicero; Sérgio Muniz - segmento O Rastejador; e Paulo Gil Soaressegmento Erva bruxa e Jaramandaia.

1973

Durante a I Jornada Nordestina de Curta-Metragem, realizada entre 9 e 15 de setembro, promovida pela Universidade Federal da Bahia e pelo Instituto Goethe, em Salvador, foi realizada a Retrospectiva Produção Thomaz Farkas. Foi neste festival que Lua Diana, de Mário Cravo Neto (1947-2009), conquistou, na categoria Super-8 o Prêmio Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Houve um simpósio sobre o mercado do filme brasileiro, do qual Farkas participou com a palestra Legislação sobre o curta-metragem. Foi coordenado por Cosme Alves Neto, diretor da Cinemateca do Rio de Janeiro. Na ocasião foi proposta a criação da Associação Brasileira de Documentaristas, que logo depois foi fundada.

1980

Entre 19 e 25 de maio, exibição da mostra O Cinema de Thomaz Farkas no 1° Ciclo do Documentário Brasileiro realizado na Cinemateca do Museu Guido Viaro, da Fundação Cultural de Curitiba. No encerramento do evento, lançamento do filme Todomundo (1978-1980), roteirizado e dirigido por Farkas, e apresentação de Andiamo In’ Merica (1977-1978), dirigido por Sérgio Muniz e produzido por Farkas.

1994

O filme que roteirizou e dirigiu, Paraíso, Juarez (1971) foi uma das atrações da abertura da mostra O Cinema Cultural Paulista 1994, realizado entre 13 e 18 de dezembro, no MIS-SP. Na ocasião, foi realizada uma homenagem a Thomaz Farkas por seus 70 anos com a exibição de uma seleção de filmes produzidos por ele e de uma mostra de sua obra fotográfica (Folha de São Paulo, 13 de dezembro de 1994).

1997

Entre 8 e 13 de julho, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ), inauguração da mostra A Caravana Farkas: documentários de 1964-1980, com a exibição de 39 filmes sob a curadoria de Sérgio Muniz, e a realização de mesas-redondas e debates. A mostra foi dedicada aos críticos Joaquim Novais Teixeira, Paulo Emílio Salles Gomes e Louis Marcorelles (1922-1990) e aos cineastas Vladimir Herzog, Joris Ivens e Jean Rouch

1998

Em Fortaleza, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, inauguração, em outubro, da mostra Caravana Farkasdocumentários 1964-1980 com a exibição de 22 filmes.

2000

Alguns dos documentários que produziu ou dirigiu foram exibidos no XVI Festival Internacional do Filme de Tróia, em Setúbal, em Portugal, entre 1º e 10 de junho: A morte das velas do Recôncavo (1976), Erva bruxa (1970), Casa de farinha (1970), Hermeto campeão (1981), Vitalino Lampião (1969), Memória do cangaço

(1964), Beste (1970), Subterrâneos do futebol (1965), Todomundo (1978-1980), Viramundo (1965) e Jornal do sertão (1969-1970).

Em setembro, realização da exposição Produção Nordestina Thomaz Farkas e Jornadas da Bahia em Fotos na programação que antecedeu a XVII Jornada Internacional de Cinema na Bahia com a exibição de filmes da Caravana Farkas.

A mostra Caravana Farkas foi exibida no IV Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte e também no Cinusp Paulo Emílio, em São Paulo.

2002

Em agosto, filmes da Caravana Farkas integraram o Festival de Curtas-Metragens de São Paulo.

Em 15 de outubro, foi homenageado com a inauguração do Cine Clube Thomaz Farkas, pelo Centro Universitário das Faculdades Integradas Alcântara Machado, Fiam-Faam. Na mesma ocasião, Farkas fez uma palestra sobre sua trajetória cinematográfica e foi aberta a mostra A Caravana Farkas na Trilha da Folkcomunicação (O Estado de São Paulo, 15 de outubro de 2002, página d2).

2004

Foi homenageado durante o 15º Festival Internacional de CurtasMetragens, inaugurado em São Paulo, em 26 de agosto, com a exibição de vários filmes produzidos pela Caravana Farkas.

Entre 15 de setembro e 31 de outubro, para comemorar os 80 anos de Farkas, o MIS-SP prestou uma homenagem a ele com a inauguração de uma exposição individual de suas fotografias, com a exibição de seus filmes e com a realização de dois debates em torno de sua obra.

2005

Durante o Ano do Brasil na França foi homenageado, em Paris, com o evento Thomaz Farkas, l´Ami Brésilien, com a exibição de curtas-

metragens da Caravana Farkas na Maison de l’ Amerique Latine, em 2 de novembro, e no Musée de l’ Homme, em 5 de novembro.

2006

No MAM-SP, participou de um debate com o jornalista Claudiney Ferreira e a pesquisadora Ângela Luhning promovido pela exposição O Brasil de Pierre Verger e filmes da Caravana Farkas foram exibidos.

Inauguração, em 21 de março, da mostra de filmes Nação Farkas –a aventura documental de Thomaz Farkas, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, com a presença de Farkas.

2007

Durante o 17º Cine Ceará, realizado entre 1° e 8 de junho, Farkas recebeu o Troféu Eusélio Oliveira e foi apresentada uma mostra de filmes da Caravana Farkas.

2010

No Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, realização da mostra de filmes Thomaz Farkas e a condição brasileira.

2016

Em parceria com a Cinemateca Brasileira, o MASP realizou uma mostra de filmes paralela à exposição A mão do povo brasileiro, realizada entre 2 de setembro de 2016 e 22 de janeiro de 2017, com o espírito da curadoria original com alguns ajustes da exposição homônima que inaugurou a sede da avenida Paulista do museu, em 1969. Filmes produzidos por Farkas foram exibidos (Site do MASP).

“Entre os títulos que serão exibidos no MASP, há importantes contribuições do Cinema Novo, movimento brasileiro marcado pela liberdade criativa, pelo tom político e por suas produções independentes. Muitos dos diretores da programação estiveram ligados a Thomaz Farkas, conhecido por convidar em diferentes momentos grupos de cineastas a percorrer o país, captando e coletando imagens das mais diversas manifestações populares, e a se revezar nas diferentes funções da produção cinematográfica. O

esquema coletivo e metódico de realização mais tarde veio a ser intitulado Caravana Farkas. Entre 1969 e 1971, a Caravana produziu 19 curtas-metragens, que constituem a série denominada A condição brasileira. Grande parte deste projeto será exibida na programação, assim como outros títulos posteriores financiados e produzidos por Farkas”.

Site do MASP

2018

Para marcar o lançamento do Canal Thomaz Farkas, criado por seu neto, Guilherme Farkas aconteceram duas sessões de filmes no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, em 16 de maio, com a exibição de três curta-metragens: Beste (1970), de Sérgio Muniz, Vitalino Lampião (1969), de Geraldo Sarno, e Hermeto campeão (1981), do próprio Farkas. Depois houve um debate com Sérgio Muniz e as professoras Consuelo Lins e Amaranta César. No IMSRJ, no dia seguinte, foram exibidos os mesmos filmes, seguidos de um debate entre Consuelo Lins, Cristiane Lima e Geraldo Sarno.

2024

Na 29ª edição do É Tudo Verdade, o maior festival dedicado ao cinema documental do país, realizado entre 3 e 14 de abril, no Rio de Janeiro e em São Paulo, realização de uma homenagem a Farkas com a exibição de uma retrospectiva de sua obra cinematográfica. Como parte da homenagem foi realizado um debate entre os cineastas Jorge Bodanzky (1942-), Rubens Fernandes Júnior e Eduardo Escorel, com mediação de Maria Dora Mourão.

Thomaz Farkas / Site do IMS

Citações sobre Thomaz Farkas

(ordem cronológica)

Autorretrato com gato, 1945, São Paulo / Acervo IMS

Os quatro primeiros depoimentos, dados na ocasião da realização da exposição Cinema Cultural Paulista 1994, são dos diretores dos quatro filmes produzidos por Farkas entre 1964 e 1965.

“Sérgio, vai aí o texto para o Farkas. Na verdade ele merecia um poema. Abraços, Paulo Gil.

Relembro o Thomaz naquele fim de tarde carioca, no bar de varanda do Hotel Miramar, a cavaleiro do mar, numa avenida Atlântica do Rio ainda sem as reformas que levaram o mar para longe, alargaram a calçada e apagaram nosso traços de juventude. Thomaz Farkas ainda não se tinha dado o direito de usar bigodes e tinha convidado as pessoas do dito Cinema Novo para um drinque e conversas sobre produção de documentários. Ele queria produzir e tinha talento, disposição e...dinheiro. Foi olhado com reservas pelos “comunas” gerais e logo virou “paulista rico querendo promoção”. Ouvi o Farkas falar e isso foi a melhor coisa que podia acontecer na minha vida, naquele dia e naquele ano. E acreditei nele. Mas o melhor foi que ele acreditou em mim e menos de uma

semana depois ele aprovava o roteiro de MEMÓRIA DO CANGAÇO, meu primeiro filme pessoal e que terminou iniciando minha vida de cineasta e de carioca, abriu para mim os caminhos da profissionalização e terminou ganhando a única “Gaivota de Ouro” do Festival Internacional do Filme 1965 – esta sendo a única gaivota de ouro a ficar no Brasil de todas as outras que foram disputadas neste e nos outros festivais internacionais do Rio. Relembro Farkas em 1969 quando ele retornou a produzir documentários culturais e lá fomos nós para o Nordeste realizar um ciclo fantástico de filmes que retratava a cultura da região, num esforço de produção que nunca mais se repetiu e acredito ser difícil voltar a acontecer. Relembro o Farkas como o mais importante produtor de cinema cultural do Brasil, senão o único, e sobretudo pela dignidade de produzir os filmes dando a mais absoluta liberdade aos realizadores – o que afinal de contas exige um caráter excepcional. Por isso relembro Farkas com respeito e saudades”.

Paulo Gil Soares, diretor de Memória do cangaço (1964), em 11 de novembro de 1994

“São Paulo, 1964. Espremendo a memória anterior, o que resta é a vida estudantil na Bahia, a sinalização de Lina Bo Bardi na direção de uma arte e de uma cultura do povo nordestino, a revelação espantosa de ARUANDA (nossa pobre realidade sertaneja de todo os dias era cinematografável) e o aprendizado da técncia de cinema em Cuba. Em São Paulo, 1964, a simpatia de muitos. Octávio, Roberto Santos, Vlado, Mauricio Segall, Paulo Emílio, Capô, Sergio...E nos juntamos a Pallero, Paulo Gil, Capinan, Affonso, Jimenez, Eduardo, Laurinho...Mas no centro, Thomaz e Melanie. Década de 60 foi muito marcada pela urgência. Era preciso fazer rápido, sem muito pensar o como nem porque. Thomaz foi o catalizador desse momento no cinema documentário brasileiros: reunir um acervo de imagens sobre nossa realidade mais profunda, fundar e consolidar uma linguagem documentária na cinematografia brasileira. Nós que pudemos participar desta aventura estamos muito agradecidos e hoje a saudamos. Viva, companheiro!”

Geraldo Sarno , diretor de Viramundo (1965), em 13 de novembro de 1994

“Valeu.

Foi uma experiência iluminada, rigorosa, inspirada, duma dúzia de navegantes decididos a redescobrir a própria realidade, na barca do capitão Thomaz, que com braço firme e olhar esquadrinhante soube conduzir a novos continentes, superando águas ocasionalmente conturbadas. Tenho a experiência como vivência permanente. Me acompanha hoje e sempre. A passagem do tempo? Só implícita em algumas ausências pela distância, pelo chamado a nova vida, pela crueldade irracional. Mas todos sempre vivos. Experiência pioneira? Sim, mas prefiro que se inscreva na luta de todos que acreditam na dignidade do homem e na procura honesta da verdade, da fantasia verdadeira. No homem do interior que deixa a terra que não é sua para tentar viver na cidade grande; no futebolista sacrificado longe dos refletores dos privilegiados; no cangaceiro que promove justiça pelas próprias mãos; na sofrida procissão em procura do milagre; no sambista favelado que se prepara para o milagre do carnaval. Todos, filhos de Deus. O capitão Thomaz – hoje almirante por mérito – lançou novas excursões, sempre criativas e cujas caravelas privilegiam hoje seu grande recinto de mapas e astrolábios e triunfos”.

Manuel Horácio Gimenez, diretor de Nossa escola de samba (1965), em 14 de novembro de 1994

“Brasil Verdade surgiu do feliz encontro de cineastas desarvorados pelo golpe de 64, com Thomaz Farkas. A primeira reunião para definir o projeto foi na casa do Thomaz, no Guarujá, lá pelos meses de abril ou maio, em pleno caos apocaliptico. Faziam parte desse grupo Paulo Gil Soares e Geraldo Sarno, vindos da Bahia, Manuel Horácio Gimenez e Edgardo Pallero, da Escola de Cinema de Santa Fé e de passagem pelo Brasil, e eu, Sérgio Muniz e Vlado Herzog. Creio que a motivação principal no início, do ponto de vista do Thomaz, era dar trabalho a um bando de cineastas desempregados e perseguidos, pois não há outra explicação para o fato de realizar tal projeto no clima conturbado e inseguro de implantação de uma ditadura. Mas, aos poucos, a “terapia ocupacional” do grupo foi se transformando em operação profissional e de repente estávamos fazendo quatro filmes, dois em São Paulo, um na Bahia e um no Rio de Janeiro. Ocupamos nosso tempo durante todo o ano de 64 e, no início de 65, os filmes estavam prontos...preciso dizer que Thomaz nunca interferiu em nossos filmes na posição de um produtor, mas sim na condição de criador, fotografando uma parte deles e

estimulando nossa imaginação. Ele formou um grupo e fez parte dele, mas além disso, deu o exemplo de como tornar possível o sonho de cada um, não importa o momento em que se viva. Parabéns, Thomaz!”

Maurice Capovilla, diretor de Subterrâneos do Futebol (1965), em 14 de novembro de 1994

“Apesar de professor, Thomaz nunca pontificou ou ditou regras; o que tem a dizer nos mostra por sugestão. Sua fotografia tem esse jeito e revela um profundo amor pelo homem, pela cultura, pela própria vida”.

João Farkas em Thomaz Farkas, fotógrafo (1997)

"Vasculho a memória e tento acertar o foco em busca de palavra ou imagem que defina a obra e a personalidade de Thomaz Farkas. Assim de chofre, poderia reverenciá-lo como um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, ou como um incansável produtor que viabilizou idéias e projetos de uma geração de cineastas, sem se esquecer do editor de publicações sobre fotografia. Farkas é um pouco isso e muito mais, artista múltiplo, para ser contemplado sob várias angulações por ser ele um dos mais dinâmicos animadores da cena visual contemporânea brasileira. Por suas lentes passaram belezas e realidades do Sertão e do Recôncavo baiano, do samba carioca, e tantos outros temas onde o Brasil e sua gente estão vistos por inteiro. Farkas é um caçador de imagens dessa e de outras terras, aquelas que o olhar comum não alcança. Límpidas, iluminadas e, às vezes, cruas, que fazem o espectador rever sua posição na poltrona do cinema ou na vida".

Sérgio Sanz em Vasculhando a memória. In: A CARAVANA Farkas: documentário1964/1980. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1997.

“São raros os artistas que participam de duas revoluções. Mais raros aqueles que o fazem em artes distintas. Thomaz Farkas é um destes. No imediato pós-guerra, o jovem Farkas foi um dos

fundadores da moderna fotografia brasileira...Vinte anos se passaram e eis Farkas cavalgando outro levante estético, na ressaca do golpe de 64. O fotógrafo divide espaço agora como produtor-autor de documentários”.

Amir Labaki em Que viva Farkas!

In: A CARAVANA Farkas: documentário - 1964/1980. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1997.

“Poucos fotógrafos têm uma produção tão variada, ou mesmo processos tão diversos de ver e registrar momentos de nosso tempo. É difícil, pela diversidade, descrever ou falar a respeito de sua produção. Fotografia, cinema, imagem. Cada um destes meios foi explorado com sensibilidade e inteligência. Nos registros históricos de Brasília e de tantos outros eventos importantes na construção de nossa identidade cultural, podemos perceber, independente da mídia utilizada, seu olhar que, fascinado pelos desdobramentos étnicos e sociais de nossa gente, destaca luz, geometria e beleza. Sua percepção estética muitas vezes se sobrepõe ao terreno difícil dos significados da imagem e suas formas abstratas apontam para múltiplas possibilidades. Seu trabalho faz o novo olhar possível.”

Roberto A. Schumaker, diretor da Galeria do Centro de Comunicação e Artes do SENAC, 2001

“Vejo o Thomaz como um daqueles viajantes estrangeiros que contribuíram para a história visual do Brasil. Como Thomaz Ender, Rugendas, e outros, o Farkas também chegou aqui com um olhar de fora, amou e viveu o país. Foi se especializando em Brasil”.

Walter Lima Junior, cineasta, em O Estado de São Paulo,

2 de dezembro de 2002

“O grande tema de Thomaz certamente é o tempo. O tempo de efervescência do final dos anos 1940 e 1950, o tempo que transformou as cenas banais em documentos raros. O tempo dedicado à organização de sua produção, mantendo seu acervo

inalterado por mais de cinqüenta anos. O tempo que não fez estragos em seu arquivo. O tempo que agiu a seu favor, transformando imagens em uma rara possibilidade de podermos observá-lo passando, em cada cena ou personagem. Ele mesmo, o tempo, mostrando-se único a cada momento”.

Rosely Nakagawa, curadora, em Thomaz Farkas – Edusp (2002)

“Ele fez parte de um grupo que, no final da década de 50, transformou o olhar fotográfico brasileiro, não mais ligado ao pictorialismo dos fotoclubes, mas desenvolvendo uma fotografia moderna, em busca de sua própria identidade. Thomaz Farkas fez da câmera uma extensão de seu olho e de suas idéias. Seu mundo fotográfico não tem fronteiras: o que desperta curiosidade merece ser fotografado. O que instiga deve ser reservado pela imagem”.

Simonetta Persichetti, curadora, em Thomaz Farkas – Edusp (2002)

“Com sua expressiva fotografia, Farkas encontrou um caminho particular, quando elegeu o ângulo insólito para romper com o procedimento tradicional de fotografar e para desarticular os automatismos da visão. O êxtase hipnótico gerado a partir de sua fotografia provoca nossa percepção e perturba nossa sensibilidade. Um trabalho diferenciado, carregado de emoção, que se transformou numa das experiências mais criativas da fotografia brasileira”.

Rubens Fernandes Júnior, curador, em Thomaz Farkas – Edusp (2002)

“Nunca vi alguém dedicar-se com tanto capricho à celebração da amizade...Tornou-se um irmão sempre a me surpreender com sua generosidade, seu otimismo e suas demonstrações juvenis de afeto pelos amigos...aprendia preparar um inebriante dry martini, segundo ele, receita de Luis Buñuel, e não pude evitar experimentar (e não é que gostei?) rabanetes com mel no café da manhã. No quesito elegância, sob sua influência, passei a usar belíssimas gravatas, aliás, todas as duas que tenho, presenteadas por ele. Uma nova e outra usada. A esta última, bastou um elogio, juro que

desinteressado, para que ele a retirasse de seu pescoço e caprichosamente a colocasse no meu. E aprendi, afinal, até a lidar com o Filé, sua mais recente novidade: um cão vira-lata afável e estabanado ao qual, como a tudo e a todos na vida, Macaco Chico (sim, este é o apelido de Thomaz Farkas) dedica um imenso carinho”.

Cristiano Mascaro, fotógrafo, em Thomaz Farkas – Edusp (2002)

“Na fotografia de Thomaz Farkas, mais talvez do que em qualquer outra, ecoa um Brasil que poderia ter sido: uma terra de elegância doce, divertida e discreta. Popular sem demagogia e moderno sem violência. As fotos falam disso da maneira mais adequada: como numa conversa, sem retórica e sem impor opiniões. Nenhuma dessas imagens funcionaria como manifesto – e essa é apenas uma de suas muitas qualidades”.

Lorenzo Mammi, curador, em Thomaz Farkas - Edusp (2002)

Os próximos quatro depoimentos foram publicados no artigo Thomaz Jorge Farkas!, de autoria de Juan Estevez na Revista Fotosite, junho/julho de 2005.

“Diga a ele que estou dando este depoimento para ganhar uma câmara (risos). Thomaz é uma ferinha! Conheci ele intimamente quando ele veio filmar no Rio de Janeiro. É um grande camarada, não sei por que parou de fazer filmes. Aquele que fez comigo é muito comentado até hoje, tem a parte que eu canto com os sapos que ficou muito famosa. O que ele fala sobre cinema e fotografia é parecido com o que eu falo e penso sobre música. Ele não gosta de planejar, faz muito improviso. Ele não para, que nem eu, e manja tudo” .

Hermeto Pascoal (1936-), músico

“Quando entrei no Foto Cine Clube Bandeirante, em 1948, o Thomaz Farkas já estava se afastando. Não tinha aquela presença, mas sempre mandava seus trabalhos para os salões e para os

concursos. Ele foi um dos primeiros a fazer fotojornalismo no clube. E, a partir dessas imagens, os jornais passaram a usar máquinas de rolo como a 6x6 e a 35 mm para fazer as coberturas, em vez das máquinas de chapa. Ele abriu caminho para muitas inovações que vieram depois, como grafismos loucos e negativos riscados, feitos pelo Geraldo de Barros” .

German Lorca, fotógrafo

“Tratar da contribuição de Thomaz Farkas para a fotografia brasileira nos incita a percorrer uma longa trajetória, iniciada em meados da década de 40. Sua produção concebe a documentação não como simples registro, mas como interpretação do real.

Diversas mostras e publicações recentes têm trazido à tona imagens inéditas realizadas por Farkas no decorrer dos últimos 60 anos, contribuindo para confirmar a importância de sua obra e a vitalidade de seu olhar sempre inquieto e revelador” .

Helouise Costa, curadora

“Sinto um trajeto muito coerente na sua obra, um interesse muito grande de um olhar para a sociedade, com uma unidade. É um projeto de olhar em captações dos instantes, a vida na rua, os jogos no Pacaembu, a construção de Brasília. Tem um inventário antropológico do Brasil, o ir aos lugares e fazer. Isso é um pouco o que o Cartier-Bresson fazia. É um princípio básico de arte como conhecimento e como valor histórico” .

Ismail Xavier (1947-), crítico de cinema, professor e escritor

“E se ele ficou conhecido como um “mecenas” ou empresário da imagem, para nós ele é muito mais do que isso. A principal característica do Thomaz é sua generosidade e cavalheirismo. Sempre, durante todos os anos de convivência, ele foi um ouvinte

atento, amigo e conselheiro sensato. Qualquer homenagem é pouco para ele”.

Simonetta Persichetti e Thales Trigo, curadores,

em Thomaz Farkas da Coleção SENAC de Fotografia (2005)

“As imagens coloridas atestam que Thomaz Farkas é um clássico na fotografia brasileira...Porque um clássico nunca esgota aquilo que pretendia dizer, mas continua persistindo como rumor incômodo. Ou seja, um autor ou uma obra é um clássico porque tem capacidade de nos fazer refletir continuamente. E é exatamente isso que nos provoca esta nova série de Thomaz Farkas”.

Rubens Fernandes Júnior, curador, em Thomaz Farkas: notas de viagem (2006)

“Farkas foi o mecenas e o arquiteto de um novo cinema documentário que nasce em São Paulo no início dos anos 60, a partir de duas vertentes: a que vem do cinema clássico de Dziga Vertov até Jean Rouch e, por outro lado, a vertente principal, que nasce em 1958, na Escola de Santa Fé, com Tire Dié, obra de Fernando Birri. Sua figura de mestre da arte fotográfica e aprendiz da realidade por descobrir nos serviu de modelo para enfocar um mundo que estava em nossa volta, oculto pelo véu dos cinejornais institucionais”.

Maurice Capovilla, cineasta, em O Estado de São Paulo, 15 de abril de 2010

“Como fotógrafo, ainda que tardiamente, Thomaz já foi reconhecido. Como produtor, cabe destacar a oportunidade sem limites que deu a jovens iniciantes como Sarno, Capovilla, Paulo Gil e eu. Ele nos deu total independência na escolha dos temas, no acabamento dos filmes e sua montagem. Colocou a mão no próprio bolso, numa época sem leis de incentivo. E teve a iniciativa, mais

uma vez com seu próprio dinheiro, de transferir todos os documentários para suporte magnético, primeiro analógico, depois digital.”

Sérgio Muniz, cineasta, em depoimento à produção do projeto Produção Cultural no Brasil (2010)

“Não existe nenhuma incoerência em dizer que um húngaro nascido em Budapeste é o mais brasileiro dos brasileiros. Projeto Farkas merece a atenção geral do espectador em seu todo. Não apenas pelo valor intrínseco das obras, como pelo documento que representa um certo tipo de olhar sobre a realidade nacional. Não que todos esses curtas, médias e até mesmo um longa como ‘Andiamo in’ merica’, de Sérgio Muniz, possam ser agrupados sob uma linha estilística única. Não. São realizadores diferentes e, por mais que os unificassem preocupações em comum, desenvolveram estilos particulares, embora muitos tenham sido agrupados pelo rótulo de ‘cinema direto’ ou ‘cinema verdade’.”

Luiz Zanin Oricchio, jornalista e crítico de cinema, no O Estado de São Paulo, 15 de abril de 2010

“Thomaz Farkas é um dos grandes expoentes da fotografia moderna no Brasil. A qualidade e o frescor de suas imagens devemse, por um lado, ao espírito livre e investigativo que o caracteriza desde cedo até os dias de hoje e, por outro, à imersão precoce no universo da fotografia em função da atividade comercial da família nesse ramo.”

Sérgio Burgi, curador, em A Gosto da Fotografia, 2010

“Ele tinha muita vontade de viver e, a cada encontro nosso, a palavra que ele mais dizia era “viva”. É uma perda múltipla, como fotógrafo e amigo”.

Cristiano Mascaro, fotógrafo, na Folha de São Paulo,

26 de março de 2011

“Foi ele quem organizou o laboratório de fotografia do MASP. Foi uma figura marcante ao longo do século 20. Tem um papel importante também no cinema, com as Caravanas Farkas”.

Boris Kossoy, curador, na Folha de São Paulo, 26 de março de 2011

“Demonstrava interesse de não fazer uma coisa pictórica que o clube pautava sempre. Foi inovador”

German Lorca, fotógrafo, na Folha de São Paulo, 26 de março de 2011

“Entusiasmo e generosidade é o que vejo de marca dele. Foi uma figura absolutamente excepcional”.

Miguel Rio Branco, fotógrafo, na Folha de São Paulo, 26 de março de 2011

“Era um espírito livre, que se manteve com a mesma chama até hoje”.

Sérgio Burgi, curador, na Folha de São Paulo, 26 de março de 2011

“Não uma composição naif- seguidora do pictorialismo ingênuo das naturezas-mortas e das marinhas – mas uma imagem viva que seguia a modernização das cidades. Uma construção geométrica, criada nas luzes, nas sombras, nos cortes inovadores e pontos de vista inusitados. Uma imagem que não acalma, mas desafia o olhar“.

Simonetta Persichetti, curadora, sobre a busca de Farkas na década de 40 por uma linguagem específica para a fotografia, Estado de São Paulo, 31 de março de 2011

“Ao jogar ideológica e apaixonadamente com o enquadramento, Farkas pensou a fotografia dentro do cânone da subversão, do não conformismo com os discursos oficiais e negligentes. Porém, assim como na imagem da gambiarra do Congresso, a crítica surge revestida pelo humor e elegância que sempre marcaram sua trajetória. Diante dos camelôs que se ajeitam como podem entre estruturas de concreto armado, Thomaz Farkas escolhe celebrar a pulsão de vida que revigora o espaço de convívio em vez de destilar discursos inflamados. A fotografia silenciosa e ao mesmo tempo vigorosa é o seu libelo. Fotografia subversiva e elegante. “Viva a fotografia”.”

Eder Chiodetto, curador, em Thomaz Farkas da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira (2015)

“É uma honra poder trazer um pouco da poética de Thomaz Farkas. Considerado um pioneiro da fotografia moderna no Brasil, nos traz uma técnica que proporciona outra maneira de ver o mundo. A fotografia de Thomaz Farkas é afetuosa e francamente preocupada pela condição do outro. Entre toda a sua produção se destaca a visão humanista de documentar, pesquisar, testemunhar e encontrar os lugares onde reverbera o amor pela cultura, formas texturas e padrões, não só visuais, mas de maneira que faz com quem olha a fotografia repense seu mundo e absorva outras maneiras de olhar”.

Olga e Wolf Kos, editores, em Estudos fotográficos, Thomaz Farkas (2018)

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Salto ornamental na piscina do Estádio do Pacaembu, 1945. São Paulo

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