INSTITUTO MOREIRA SALLES
CINEMA
JUNHO 2017
NA VERTIC AL ALAIN GUIRAUDIE
NA VERTICAL
Um estranho no lago (L'inconnu du lac), de Alain Guiraudie, surgiu em 2013 como uma descoberta e tanto de um realizador da região de Aix-en-Provence, França, que já havia mostrado traço pessoal no anterior Le roi de l'evasion (2009). A revisão de Hitchcock de Um estranho no lago, com um erotismo ainda incomum hoje na tela entre predador e presas, nos leva ao seu filme seguinte, Na vertical (Rester Vertical, 2016), no qual um impasse tenso entre predadores e presas sugere ilustração rica de um mundo encurralado, onde equilibramos dignidade, cidadania e senso de sobrevivência, tentando não dar um pio sequer. Na vertical entra em cartaz logo após integrar a seleção 2017 do Festival Varilux, que tornou-se a principal vitrine diplomática, comercial e artística do Cinema Francês no Brasil, a cada ano atraindo número maior de público e de salas em todo o país. A Sala José Carlos Avellar, no IMS, faz parte do circuito já há 7 anos. Na vertical, já insinuando no título a natureza fálica do filme em si, é claramente o título mais ousado da seleção do festival, e chega aos cinemas brasileiros como lançamento da Zeta Filmes, que vem ousando nos últimos anos em suas aquisições, e os apoiamos na nossa programação com muita freqüência. Bem menos organizado do que seu thriller anterior, esse novo filme de Guiraudie lembra uma tela que vai sendo preenchida sob o capricho instintivo do realizador. Ele conta a historia de Leo (Damien Bonnard), um cineasta que isola-se no interior da França para escrever um roteiro novo. Ele envolve-se com uma fazendeira, Marie (India Hair), que divide a fazenda com os filhos e seu pai. O tempo é comprimido por Guiraudie, homens passam pela vida de Leo, as cobranças da vida prática entram em descompasso com a experiência natural de estar distante. Imagens de sexualidade oferecem marcação forte de realidade, as imagens têm força. Há animais em cena e um desfecho simbólico de efeito prolongado. Kleber Mendonça Filho
2
OS FILMES DE JUNHO
Gritos e sussurros (Viskningar och rop), de Ingmar Bergman (1972)
Além do Festival Varilux de Cinema Francês, a programação de junho da Sala José Carlos Avellar conta com a pré-estreia de Gritos e sussurros, de Ingmar Bergman, em cópia restaurada em DCP. O filme estreia no Cinema do IMS-RJ em julho, mês em que o diretor sueco completaria 99 anos. A partir do dia 22, será exibido também Animal político, de Tião. No filme, uma vaca sofre de um inesperado vazio existencial.
Animal político, de Tião (2016)
Cidades fantasmas, de Tyrell Spencer (2017)
Entram em cartaz também, 3 documentários exibidos durante o Festival É tudo verdade: Cidades fantasmas, dirigido por Tyrell Spencer e vencedor do festival na Competição Brasileira de Longas e Médias Metragens; Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado e Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe, de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan. 3
SESSÃO CINÉTICA: TABU
O PARAÍSO SEGUNDO MURNAU Paulo Santos Lima
Na quinta-feira, dia 22, às 19h30, o cinema do IMS-RJ exibe Tabu, de F. W. Murnau. Após a sessão, haverá um debate com os críticos da revista Cinética, disponível em: revistacinetica.com.br
4
Tabu, último trabalho de F.W. Murnau, morto em acidente automobilístico dias antes da estreia do filme, em 1931, encerra a carreira do diretor como a nota final de uma trajetória cinematográfica: a depuração de um estilo e de um olhar que acabam protocolando, em quase metalinguagem, a escrita de seu criador e, também, a do cinema até ali. A trágica história de amor entre Matahi e Reri, filmada in loco no Pacífico Sul e baseada numa iconografia e numa pulsação motora típicas dos contos de aventura celebrizados pela literatura e, já ali, pelo cinema, é ipsis literis o que Murnau trazia desde Nosferatu, de 1922: o convívio entre luz e sombras, vida e morte, natureza e cultura, prazer e dor, vitalidade e degradação. Uma radicalização, pois encontra na tradição narrativa do cinema (de aventura, essencialmente um gênero do movimento, nada mais cinematográfico) uma forma de discurso conceitual típico da arte moderna do século xx. Tabu é uma radical experiência dentro da filmografia de Murnau, graças a um percurso que decorreu dum motivo típico do fazer cinematográfico, pois ele, após ser convidado em 1926 pela Fox para filmar nos EUA, realizar Aurora em 1927, sofrer interferências em outras duas fitas e ser demitido pelo estúdio, encontra em Robert Flaherty um parceiro para a aventura da realização independente, o que coincidiu com o interesse pelos Mares do Sul. Filmar “em viagem” demanda uma praticidade documental, um desprendimento que Murnau, devoto do aparato tecnológico como melhor meio de experimentação formal, não era tão acostumado, o que tornou Tabu o filme mais “direto” e “literal” de sua obra, e, por isso, seu trabalho avant-garde por excelência – pela miscigenação que se revela nas imagens, híbridas entre uma objetividade documental e uma estilização formalista, entre as tomadas abertas e o plano-detalhe, entre a iconografia do clássico e o “inaugural encontro com o mundo” do Primeiro Cinema. As tensões estiveram presentes também entre os realizadores, pois o diretor de Nanook, o esquimó pretendia uma antropologia daquele lugar por meio de um conto, mantendo um olhar mais compenetrado, ao passo que Murnau buscava ali uma verdade mais oculta, sensorial (e sexual), num olhar mais penetrado. Em suma, o cinema de Flaherty utiliza a ficção para revelar uma realidade, ao passo que o de Murnau recorre à realidade para construir um mundo. Flaherty acabou abandonando a direção em favor do colega, e Tabu tornou-se mais erótico e (tenebrosamente) apoteótico, onde cada tomada transpira vida e fatalidade, o inesperado e o reconhecido surgindo na cena, o in natura visceral trazido pela câmera documental e o "exotismo idílico" dos motivos patenteados pelos tableaux e pela iconografia de viagem. A depuração da escrita de Murnau deve muito a essa experiência em rodar um filme essencialmente de aventura – de amor, sobretudo; mas o amor é sempre uma
aventura. Presente na obra do diretor, da grande viagem marítima do vampiro de Nosferatu ao epifânico desfecho que é puro frenesi óptico em A última gargalhada, o movimento ganha soberania absoluta em Tabu. Movimento e motivo, que é o grande vigor da tradição narrativa clássica ocidental, estão impressos no filme desde o primeiro plano, com Matahi, o nativo do Novo Mundo, como um herói grego. A atenção do filme está nos corpos seminus dos rapazes, depois nas moças com seios à vista, todos lindos e, mais importante, num vigor que se traduz em êxtase, em alegria conjunta, mãos tocando em corpos, que esbarram entre si e entrosam-se com a natureza. É a visão do Paraíso, sublinhada pelo que mais justifica um ideal paradisíaco: o prazer. O movimento do mundo também transparece nas imagens, insinuando uma dinâmica sadia e natural, que faz tudo convergir para a vida, para o momento da Criação – o sexo é vida e morte, e, por isso, (re)criação.
5
Esse estado existe, mas não sozinho, o filme logo deixará claro. O cinema de Murnau mostra a convivência brutal entre positivo e negativo (o claro e o escuro convergidos), e também como essas forças antagônicas desdobram-se umas nas outras, tumultuam-se, numa degradação inevitável, à qual os personagens resistem. O movimento do casal apaixonado, entrosado e em dança com a natureza, nesse natural de corpos e coisas do mundo existindo, tomará outro movimento, o de proscritos em fuga, interditados por uma tradição que integra o povoado, e um dogma torna Reri um tabu, a virgem escolhida que não pode ser tocada sob pena de morte. Bela síntese dessa visão está na divisão do enredo em dois capítulos, “Paraíso” e “Paraíso perdido”. É outra referência ocidental, aqui reconfigurada, como dizendo que esse Paraíso já sofre com as contingências do mundo material e civilizado, pois o amor do casal é interditado antes do capítulo 2, e, por isso, os paraísos não são antagônicos, são o “Paraíso real”. O tabu é tanto uma realidade material na história como também presença cinematográfica: numa ilha onde o casal encontra refúgio, nada paradisíaca e já maltratada pela civilização mercantil, uma placa flutuante estampa a palavra “tabu”, colocada ali para alertar sobre um tubarão que protege as ostras dos caçadores de pérolas. O aviso na placa seria a conservação, justificada pela manutenção da vida – mas sem liberdade de ir e vir, mergulhar e transgredir o perigo das águas. A virtude, que sugere preservação e vida, justificaria a regra, o tabu, a paralisia. Matahi, em princípio abatido pela notícia de Reri ter se tornado uma proibição, tomba ao chão, inerte, mas uma criança reanima o rapaz, que partirá para a ação. Ante a virtude, o virtuosismo. O cinema, este que apresenta imagens que geram emoções e sensações, é um grande exercício de virtuosismo, e Murnau o leva ao nível do erotismo, sobretudo aqui, com matérias expansivas, corpos e coisas. Tabu é um filme sobre a resistência contra a degradação e a imobilidade. O amor de Matahi é inesquecível porque o cinema o torna evidente, latente, explícito, nas imagens finais dele indo, a nado desesperado, ao encontro de Rari no barco que a leva para o horrendo destino imposto. A natação incansável de Matahi, pura consagração do movimento, de um “todo em movimento”, faz ele se fundir ao oceano, ou seja, retornar a uma natureza perdida. O plano final, o último da filmografia de Murnau, traz as ondas do mar, outra imagem-síntese de movimento – acima do Homem –, que logo é sobreposta pelo título do filme. Depuração de um gênio criativo, Tabu é uma carta que Murnau deixou para o cinema.
6
FILMES OS FILMES DE MAOS IO DE JUNHO
Imagem: Na vertical, de Alain Guiraudie
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
UMA AGENTE MUITO LOUCA (RAID dingue) de Dany Boon (França, Bélgica, 2017. 105’. Exibição em DCP) 9 E 16 DE JUNHO Com Dany Boon, Alice Pol, Michel Blanc
Johanna Pasquali é a primeira mulher a entrar no RAID, tropa de elite da polícia francesa, mas se vê no caminho de Eugène Froissard, o mais misógino dos agentes da tropa. Juntos, estão encarregados de parar a Gangue Leopardo, que está por trás de uma série de roubos nas ruas de Paris.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
AMANHÃ
(Demain) de Cyril Dion, Mélanie Laurent (França, 2015. 118’. Exibição em DCP) 13 DE JUNHO, ÀS 15h40
Com Mélanie Laurent, Pierre Rabhi, Olivier De Schutter
Após a publicação de um estudo que anunciava o possível desaparecimento de parte da humanidade até 2100, Cyril Dion e Mélanie Laurent partiram com uma equipe de quatro pessoas por dez países para entender o que poderia provocar essa catástrofe e, sobretudo, como evitá-la. Durante a viagem, encontraram pioneiros que reinventaram a agricultura, a energia, a economia, a democracia e a educação. Amanhã foi o vencedor do prêmio César 2016 na categoria de Melhor documentário.
7
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
NA CAMA COM VICTORIA (Victoria) de Justine Triet (França, 2016. 97’. Exibição em DCP) 11, 14 E 15 DE JUNHO Com Vincent Lacoste, Virginie Efira, Melvil Poupaud
Victoria Spick, advogada, em pleno vazio sentimental, é convidada para um casamento e lá encontra seu velho amigo Vincent, e Sam, ex-traficante que ela conseguiu inocentar. No dia seguinte, Vincent é acusado de tentativa de homicídio por sua namorada. A única testemunha do episódio é o cão da vítima. Relutante, Victoria aceita defender Vincent, enquanto contrata Sam como assistente. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
CORAÇÃO E ALMA (Reparér les vivants) de Katell Quillévéré (França, Bélgica, 2016. 100’. Exibição em DCP) 10, 13 E 17 DE JUNHO Com Tahar Rahim, Emmanuelle Seigner, Anne Dorval
Ao amanhecer: três jovens surfistas enfrentam um mar furioso. Poucas horas depois, a caminho de casa, ocorre um acidente. Totalmente ligado às máquinas em um hospital em Le Havre, a vida de Simon está por um fio. Enquanto isso, em Paris, uma mulher aguarda um transplante de órgão.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
UMA FAMÍLIA DE DOIS (Demain tout commence) de Hugo Gélin (França, Reino Unido, 2017. 115’. Exibição em DCP) 9 E 16 DE JUNHO Com Omar Sy, Clémence Poésy, Antoine Bertrand
Samuel levava uma vida sem muitas responsabilidades no litoral sul da França. Com a chegada inesperada de um bebê de poucos meses, sua filha Glória, ele vê tudo mudar. Incapaz de cuidar da criança, ele corre para Londres a fim de encontrar a mãe biológica. Sem sucesso, decide criá-la sozinho. Oito anos depois, a mãe retorna para recuperar a menina. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
O FILHO URUGUAIO (Une vie ailleurs) de Olivier Peyon (França, Uruguai, 2017. 96’. Exibição em DCP) 8, 11, 18 E 20 DE JUNHO
8
Com Isabelle Carré, Ramzy Bedia, Maria Dupláa
É no Uruguai que Sylvie finalmente encontra a pista sobre o paradeiro de seu filho, sequestrado há quatro anos pelo ex-marido. Com a ajuda preciosa de Mehdi, ela vai recuperá-lo, mas, ao chegar lá, nada acontece como previsto: a criança, criada pela avó e a tia, parece feliz e radiante e agora sua vida é em outro lugar.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
FRANTZ
(Frantz) de François Ozon (França, Alemanha, 2017. 113’. Exibição em DCP) 10 E 16 DE JUNHO
Com Pierre Niney, Paula Beer, Ernst Stötzner
Em uma pequena cidade alemã após a Primeira Guerra Mundial, Anna visita diariamente o túmulo de seu noivo Frantz, morto em uma batalha na França. Um dia, um jovem francês também deixa flores no túmulo. A presença dele logo após a derrota alemã inicia paixões. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
UM INSTANTE DE AMOR (Mal de Pierres) de Nicole Garcia (França, Bélgica, Canadá, 2016. 116’. Exibição em DCP) 11 E 20 DE JUNHO Com Marion Cotillard, Louis Garrel, Alex Brendemühl
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Gabrielle é obrigada a casar-se com um viúvo frequentador de prostíbulos. Infeliz e incapaz de engravidar, ela viaja em busca de cura em águas termais e se envolve com um militar casado. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
PERDIDOS EM PARIS (Paris pieds nus) de Fiona Gordon, Dominique Abel (França, Bélgica, 2017. 83’. Exibição em DCP) 10, 15 E 18 DE JUNHO A sessão do dia 10 de junho será seguida por um debate com Fiona Gordon e Dominique Abel. Com Fiona Gordon, Dominique Abel, Emmanuelle Riva
Fiona, bibliotecária de uma pequena cidade canadense, recebe uma aflita e angustiada carta de sua tia Marta, uma senhora de 93 anos que vive sozinha em Paris. Sem pestanejar, Fiona embarca no primeiro avião rumo à capital francesa apenas para descobrir que Marta desapareceu. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
UM PERFIL PARA DOIS (Um profil pour deux) de Stéphane Robelin (França, Bélgica, Alemanha, 2017. 99’. Exibição em DCP) 10 E 20 DE JUNHO Com Pierre Richard, Yaniss Lespert, Fanny Valette
Pierre é um humem viúvo e aposentado que não sai de casa há mais de 10 anos. Descobre as alegrias da internet graças a Alex, um jovem contratado por sua filha para lhe ensinar o básico de computadores. Em um site de namoro, uma mulher jovem e bela, que usa o codinome flora63, propõe um primeiro encontro. Apaixonado, Pierre volta a viver feliz, mas em seu perfil ele colocou a foto de Alex e não a sua.
9
TERÇA
QUARTA FESTIVAL
QUINTA 8 13h45 A vida de uma mulher
VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
16h00 Tal mãe, tal filha 17h50 O filho uruguaio 19h45 Tour de France
14
13
13h45 Tal mãe, tal filha
13h45 Na cama com Victoria
15h40 Amanhã
15h35 Rodin
15h40 Perdidos em Paris
17h55 A viagem de Fanny
17h50 Na cama com Victoria
17h20 Duas garotas românticas
19h45 Na vertical
19h45 Tour de France
19h45 O reencontro
JUNHO
2017
20
27
4
julho
10
15
13h45 Coração e alma
21
22
13h45 Tour de France
13h45 O reencontro
14h00 Na vertical
15h35 Um instante de amor
16h00 A viagem de Fanny
16h00 Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe
17h50 O filho uruguaio
17h50 Tour de France
19h45 Um perfil para dois
19h45 Na vertical
14h00 Na vertical
28
14h00 Na vertical
18h00 Animal político Sessão Cinética 19h30 Tabu seguido de debate com os críticos da revista Cinética
29
14h00 Na vertical
16h00 Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe
16h00 Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe
16h00 Quem é Primavera das Neves
18h00 Animal político / Muro
18h00 Animal político / Muro
18h00 Na vertical
20h00 Na vertical
20h00 Na vertical
20h00 Cidades fantasmas
14h00 Na vertical
5
julho
14h00 Na vertical
16h00 Quem é Primavera das Neves
16h00 Cidades fantasmas
18h00 Na vertical
18h00 Na vertical
20h00 Cidades fantasmas
20h00 Quem é Primavera das Neves
SEXTA
SÁBADO 10
9
DOMINGO 11
13h45 A viagem de Fanny
13h45 Um perfil para dois
13h45 Na cama com Victoria
15h35 Uma agente muito louca
15h40 Coração e alma
15h40 O filho uruguaio
17h35 Uma família de dois
17h35 Perdidos em Paris seguido de debate com os diretores
17h35 Um instante de amor
19h45 Rodin
16
19h50 Rock'n Roll - Por trás da fama
20h00 Frantz
17
18
13h45 A viagem de Fanny
13h45 Coração e alma
13h45 Perdidos em Paris
15h35 Uma agente muito louca
15h40 Duas garotas românticas
15h25 O filho uruguaio
17h35 Frantz
18h00 Tal mãe, tal filha
17h20 Rock'n Roll - Por trás da fama
19h45 Uma família de dois
19h50 Rodin
19h45 A vida de uma mulher
23
24 14h00 Na vertical
25 11h30 Crônica da demolição
11h30 Crônica da demolição
14h00 Animal político / Muro
16h00 Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe
14h00 Na vertical
16h00 Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe
18h00 Animal político / Muro
16h00 Tudo é irrelevante. Helio Jaguaribe
18h00 Na vertical
20h00 Na vertical
18h00 Animal político / Muro
pré-estreia
20h00 Gritos e sussurros
30
14h00 Na vertical 16h00 Cidades fantasmas 18h00 Na vertical 20h00 Quem é Primavera das Neves
1
julho 11h30 Crônica da demolição
20h00 Na vertical
2
julho
11h30 Crônica da demolição
14h00 Na vertical
14h00 Na vertical
16h00 Quem é Primavera das Neves
16h00 Cidades fantasmas
18h00 Na vertical
18h00 Na vertical
20h00 Cidades fantasmas
20h00 Quem é Primavera das Neves
Programa sujeito a alterações. Confira a programação completa do Instituto Moreira Salles em www.ims.com.br, em nossas redes sociais ou pelo telefone 3284-7400
11
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
O REENCONTRO (Sage femme) de Martin Provost (França, 2017. 117’. Exibição em DCP) 15 E 21 DE JUNHO Com Catherine Frot, Catherine Deneuve
Claire exerce a profissão de parteira com muita paixão. Preocupada com sua maternidade, tem a vida virada de cabeça para baixo pelo retorno de Beatrice, a extravagante ex-mulher de seu falecido pai.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
ROCK’N ROLL – POR TRÁS DA FAMA (Rock’n roll) de Guillaume Canet (França, 2017. 123’. Exibição em DCP) 11 E 18 DE JUNHO Com Guillaume Canet, Marion Cotillard, Gilles Lellouche
O cineasta Guillaume Canet, com 43 anos, recebe uma crítica de uma jovem atriz dizendo que ele não é e nunca foi tão "rock'n roll" quanto pensa ser. Guillaume surta com a acusação e decide provar que a jovem está errada. Para isso, conta com a ajuda da sua esposa Marion Cotillard e busca inspiração no rei do rock francês Johnny Hallyday. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
RODIN
(Rodin) de Jacques Doillon (França, Bélgica, EUA, 2017. 119’. Exibição em DCP) 9, 14 E 17 DE JUNHO
Com Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele
Em Paris de 1880, Auguste Rodin finalmente recebe, aos 40 anos, sua primeira encomenda do Estado: A porta do Inferno, obra composta de figuras que farão sua glória, como O beijo e O pensador. Ele divide sua vida com Rose, quando conhece a jovem Camille Claudel, sua aluna mais talentosa, que rapidamente torna-se sua assistente e amante. FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
TAL MÃE, TAL FILHA (Telle mère, telle fille) de Noémie Saglio (França, 2017. 94’. Exibição em DCP) 8, 14 E 17 DE JUNHO Com Juliette Binoche, Camille Cottin, Lambert Wilson
12
Inseparáveis, Avril e sua mãe, Mado, não podiam ser mais diferentes. Avril, 30 anos, casada, assalariada e organizada. Mado, eterna adolescente despreocupada, que vive sustentada pela filha desde o divórcio. Quando as duas mulheres descobrem estar grávidas ao mesmo tempo e sob o mesmo teto, o choque é inevitável.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
TOUR DE FRANCE (Tour de France) de Rachid Djaïdani (França, 2016. 94’. Exibição em DCP) 8, 14, 20 E 21 DE JUNHO Com Gérard Depardieu, Sadek, Louise Grinberg
Far’Hook é um jovem rapper de vinte anos que é forçado a deixar Paris por um tempo. Seu produtor, então, recomenda que o artista passe um tempo com seu pai, Serge, um homem decidido a seguir os passos do pintor francês Joseph Vernet. Parte da seleção oficial da Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes, em 2016, Tour de France é o filme de estreia como ator do rapper francês Sadek.
A VIAGEM DE FANNY
(Le voyage de Fanny) de Lola Doillon (França, Bélgica, 2016. 94’. Exibição em DCP. Cópia dublada) 9, 13, 16 E 21 DE JUNHO
Com Cécile de France, Léonie Souchaud, Fantine Harduin
Do alto de seus 12 anos, Fanny é cabeça dura. Mas é, sobretudo, uma jovem menina corajosa que, escondida em uma casa longe de seus pais, toma conta das duas irmãs mais novas. Ao ter que fugir precipitadamente, Fanny vai à frente do grupo de oito crianças, iniciando uma perigosa peripécia através da França ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, em direção à fronteira com a Suíça.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
A VIDA DE UMA MULHER (Une vie) de Stéphane Brizé (França, Bélgica, 2017. 119’. Exibição em DCP) 8 E 18 DE JUNHO Com Judith Chemla, Jean-Pierre Darroussin, Yolande Moreau
Jeanne volta para casa após completar os estudos e passa a ajudar os pais nas tarefas do campo. Certo dia o Visconde Julien de Lamare aparece nas redondezas e logo conquista o coração da jovem. Conforme o tempo avança, Julien se mostra infiel, avarento e nada companheiro. Adaptação do romance Uma vida, de Guy de Maupassant, o filme de Stéphane Brizé foi vencedor do prêmio FIPRESCI na Mostra Internacional de Cinema de Veneza, em 2016.
13
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS (Les demoiselles de Rochefort) de Agnès Varda, Jacques Demy (França, 1967. 124’. Exibição em DCP)
15 E 17 DE JUNHO Com Catherine Deneuve, Françoise Dorléac, Danielle Darrieux
Delphine e Solange são duas irmãs de 25 anos que vivem em Rochefort, na França. Delphine é professora de dança, enquanto Solange ensina piano. Ambas sonham em encontrar um grande amor, assim como os rapazes que chegam à cidade e passam a frequentar o bar da família. Duas garotas românticas foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora em 1969. Em 2017, o filme completa 50 anos de seu lançamento.
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
NA VERTICAL
(Rester vertical) de Alain Guiraudie (França, 2016. 100’. Exibição em DCP) 13 E 21 DE JUNHO NO FESTIVAL VARILUX EM CARTAZ A PARTIR DE 22 DE JUNHO
Com Damien Bonnard, India Hair, Christian Bouillette.
Leo está à procura de um lobo. Durante uma caminhada no sul da França conhece Marie, uma pastora de ovelhas. Nove meses depois, nasce o filho dos dois. Sofrendo de depressão pós-parto e incapaz de confiar em Leo, que constantemente viaja sem aviso, Marie abandona ambos, o companheiro e o bebê. Leo se vê sozinho, com um bebê para cuidar. Na vertical fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes, em 2016.
PRÉ-ESTREIA EXCLUSIVA
GRITOS E SUSSURROS
(Viskningar och rop) de Ingmar Bergman (Suécia, 1972. 91’. Exibição em DCP, cópia restaurada em 2k ) 24 DE JUNHO, ÀS 20h
Roteiro: Ingmar Bergman. Fotografia: Sven Nykvist. Com Harriet Andersson, Ingrid Thulin, Liv Ullmann, Kari Sylwan e Erland Josephson
14
Numa casa de campo, Agnes recebe, à beira da morte, os cuidados de suas duas irmãs e de uma dedicada empregada da família. Neste ambiente claustrofóbico, o filme acompanha as imaginações, lembranças e frustrações destas quatro mulheres. Em julho, o Cinema do IMS-RJ exibe uma cópia restaurada em DCP de Gritos e sussurros, por ocasião do aniversário de 99 anos do cineasta e dramaturgo Ingmar Bergman. Além de ter recebido o Oscar de Melhor fotografia, em 1973, o filme foi indicado nas categorias Melhor filme, direção, roteiro e figurino.
SESSÃO CINÉTICA
TABU
(Tabu: a story of the south seas) de F. W. Murnau (EUA, 1930/31. 87’. Exibição em DCP )
Roteiro: F. W. Murnau, Robert J. Flaherty. Fotografia: Floyd Crosby, Robert J. Flaherty. Montagem: F. W. Murnau, Arthur A. Brooks, Edgar G. Ulmer.
22 DE JUNHO, ÀS 19h30 Sessão seguida de debate com os críticos da revista Cinética
No sul do Pacífico, na ilha de Bora Bora, Reri e o colecionador de pérolas Matahi se apaixonam. Os dois vivem um romance até que Reri é eleita tabu pelo chefe da tribo. Se torna amante dos deuses, interditada a qualquer outro homem. Tabu é o último filme dirigido por F. W. Murnau.
SESSÃO VITRINE PETROBRAS
ANIMAL POLÍTICO de Tião (Brasil, 2016. 76’. Exibição em DCP) DE 22 A 28 DE JUNHO Roteiro: Tião. Fotografia: Marcelo Lordello, Gustavo Jahn. Som Direto: Guga S. Rocha, Pablo Lamar. Montagem: Leonardo Lacca. Trilha sonora: Jon Wygens. Com Cerveja (vaca), Rodrigo Bolzan, Elisa Heidrich, Victor Laet, Isabel Novaes, Arthur Gomes, Marina Couceiro.
Com uma vida confortável numa grande cidade, com família e amigos queridos, uma rotina de compras, restaurantes e academia, uma vaca tenta se convencer de que é feliz. Numa noite, véspera de natal, ela confronta-se com uma sensação forte de vazio, algo estranho que nunca havia sentido. A crise a faz começar uma jornada por iluminação, em busca do seu verdadeiro eu. "Pensar no que é a vaca passa por uma questão social clara e básica. Como a gente é uma coisa só, uma só espécie e, ao mesmo tempo, pode ser tão separado? Queria falar de uma entidade humana, torná-la a mais ambígua que eu conseguisse", explicou o diretor, por ocasião da exibição do filme no Festival de Tiradentes, em 2016. Animal político é o primeiro longa-metragem de Tião, que já foi premiado na Quinzena dos Realizadores pelos curtas Muro (2008) e Sem Coração (2014).
MURO
de Tião (Brasil, 2008. 18’. Exibição em 35 mm ) DE 23 A 28 DE JUNHO EXIBIDO EM CONJUNTO COM ANIMAL POLÍTICO, DE TIÃO
Roteiro: Tião. Fotografia: Pedro Urano. Direção de Arte: Rita Carelli, Leonardo Lacca, Diogo Balbino. Edição: João Maria.
Alma no vácuo, deserto em expansão. Filmado em Vila da Conceição de Cima, distrito de Serra Talhada, sertão de Pernambuco, Muro foi rodado em super16 mm e depois convertido para o formato 35 mm CinemaScope tela larga. Dentre os muitos prêmios recebidos pelo curta, está "Um novo olhar", da Quinzena dos Realizadores, em 2008.
15
TUDO É IRRELEVANTE. HELIO JAGUARIBE de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan (Brasil, 2017. 83’. Exibição em DCP) DE 22 A 28 DE JUNHO Roteiro: Izabel Jaguaribe, Suzana Macedo. Pesquisa: Antônio Venâncio, Beatriz Jaguaribe e Ernesto Baldan. Fotografia: Ernesto Baldan. Desenho de Som: LC Varella. Som Direto: Eduardo de Aguiar. Montagem: Isadora Hertz. Música Original: Jaques Morelenbaum e André Mehmari
Nascido no Rio de Janeiro em 1923, Helio Jaguaribe é um cientista político brasileiro pertencente a uma geração de intelectuais dedicados a repensar o Brasil desde meados dos anos 1950. Ele é um dos expoentes do nacional-desenvolvimentismo, que formulou teorias para um capitalismo apoiado na participação da burguesia nacional e na integração latino-americana. “Queríamos fazer um filme que fugisse ao enfoque familiar e ao registro realista”, contam os diretores em declaração disponível no catálogo do festival É tudo verdade 2017. “Buscamos retratar a trajetória intelectual e as afinidades eletivas e afetivas de Helio Jaguaribe, um pensador que participou das grandes questões nacionais e cuja atuação autoral ultrapassou o cenário brasileiro. O filme apresenta um círculo de amigos que trava embates existenciais, recorre a fatos históricos marcantes e devolve reflexões que abrem mundos. Na figura de Jaguaribe, razão e vitalidade andam juntas no amor à música, à filosofia e ao vinho.”
QUEM É PRIMAVERA DAS NEVES de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado (Brasil, 2017. 75’. Exibição em DCP)
DE 29 DE JUNHO A 5 DE JULHO Roteiro: Jorge Furtado e Pedro Furtado. Fotografia: Alex Sernambi, AGC. Som direto: Rafael Rodrigues. Desenho de Som: Kiko Ferraz Studios. Montagem: Giba Assis Brasil. Trilha original: Maurício Nader. Pesquisa: Lilian Ferrari e Joana Bernardes.
16
“Quem é Primavera das Neves?”. Assim começa esta história: Jorge Furtado tenta descobrir na internet quem é a tradutora de Alice no País das Maravilhas que tem um nome tão peculiar e poético. Não encontra. Faz a pergunta num blog. Três anos depois, numa noite de insônia, Eulalie Ligneul responde: Primavera Ácrata Saiz das Neves foi sua amiga. Era uma tradutora e poeta portuguesa, que veio para o Brasil aos nove anos quando os pais fugiam da ditadura de Salazar. Aos 26 anos, Primavera volta a Portugal e se apaixona por um jovem tenente português, Manoel Pedroso. E é Manoel quem revela outros detalhes dessa história. Primavera morreu próximo a completar 48 anos, falava seis idiomas, traduziu mais de oitenta livros, de autores como Lewis Carroll, Julio Verne, Vladimir Nabokov e Bioy Casares, e deixou uma obra poética até aqui inédita.
CIDADES FANTASMAS de Tyrell Spencer (Brasil, 2017. 70’. Exibição em DCP) DE 29 DE JUNHO A 5 DE JULHO Roteiro: André Luís Garcia, Carolina Silvestrin e Guilherme Soares Zanella. Fotografia: Glauco Firpo. Som direto: Gabriela Bervian. Desenho de som: Kiko Ferraz Studios. Montagem: Germano de Oliveira e Tyrell Spencer. Trilha original: Leo Henkin.
Em Humberstone (Chile), resquícios na paisagem e memórias de sobreviventes mal conseguem ilustrar a prosperidade da época em que dali saía boa parte do salitre exportado para todo o mundo. Nas imediações da antiga Fordlândia (PA), casas hoje ocupadas por posseiros são os últimos sinais de uma cidade norte-americana construída por Henry Ford no auge do ciclo da borracha. Armero, na Colômbia, teve sua população praticamente erradicada pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz, em 1985. Vinte e cinco anos depois de ter sido inundada, após a quebra de uma barragem, ruínas da Villa Epecuén, na Argentina, emergiram para expor os restos de uma antigamente animada estação de águas medicinais. Cidades fantasmas foi o vencedor da competição brasileira do festival de documentários É tudo verdade, em 2017. No catálogo do festival, o diretor Tyrell Spencer pergunta: “Quais os motivos que levam ao abandono de uma cidade? Essa é a questão de incitou a imersão no universo de Cidades fantasmas. A viagem pelas quatro cidades abandonadas mais relevantes da América Latina não revelou apenas eventos históricos. Os encontros com ex-moradores e atuais ocupantes destes inóspitos lugares expôs imagens e inquietações que não fazem parte das histórias dos livros, permitindo contato com a luta por dignidade, reconhecimento e contra o esquecimento que dominam as culturas latinoamericanas.”
CRÔNICA DA DEMOLIÇÃO de Eduardo Ades (Brasil, 2015. 90’. Exibição em DCP)
24 E 25 E JULHO, 1 E 2 DE JULHO, ÀS 11h30 Argumento: Eduardo Ades e José Eduardo Limongi. Fotografia: José Eduardo Limongi. Som direto: Antonio Carlos Liliu, Rodrigo Maia. Montagem: Eva Randolph, Eduardo Ades. Pesquisa iconográfica: Remier Lion.
No centro do Rio de Janeiro, uma praça vazia com um chafariz seco e um estacionamento subterrâneo. Há 40 anos, ali ficava o Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal. Com uma centena de fotos antigas, 26 filmes de arquivo – incluindo um raro registro a cores da demolição do palácio – e de entrevistas com pessoas envolvidas no caso, o filme discute o processo histórico que culminou na demolição do Palácio Monroe e as dúvidas que ainda persistem sobre o assunto. Uma história de sabres e leões, militares e arquitetos, passado e futuro. Segundo o diretor Eduardo Ades, em depoimento publicado no Blog do IMS, a história do Palácio Monroe é relativamente conhecida dentre as mitologias da cidade. No entanto, "nenhuma explicação satisfatória foi dada para a sua demolição”. Conta o diretor que, durante a realização do documentário: "percebemos que a história era outra. Era uma história de violência – sobre o aspecto absolutamente autoritário de nossa sociedade, em especial nos âmbitos político e econômico. É curioso, mas foi só aí é que percebemos de fato qual o diálogo do filme com o tempo presente – em específico as transformações no Rio para a Copa e as Olimpíadas.” [Íntegra do texto em: https://goo.gl/ks3b8K ] 17
PHOTO: Os grandes movimentos fotográficos
DVD | IMS Photo: Os grandes movimentos fotográficos; Homem comum, de Carlos Nader e Vinicius de Moraes, um rapaz de família, de Susana Moraes são os mais recentes lançamentos da coleção DVD | IMS que reúne os seguintes filmes: Últimas conversas e Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho A viagem dos comediantes, de Theo Angelopoulos Nostalgia da luz, de Patricio Guzmán Imagens do inconsciente e São Bernardo, de Leon Hirszman Os dias com ele, de Maria Clara Escobar A tristeza e a piedade, de Marcel Ophuls Os três volumes da série Contatos: A grande tradição do fotojornalismo; A renovação da fotografia contemporânea; A fotografia conceitual Shoah, de Claude Lanzmann La Luna, de Bernardo Bertolucci
fotografias da série Typologie de Châteaux d'eau, de Bernd e Hilla Becher
Sobre o trabalho do casal Bernd e Hilla Becher, Mauricio Lissovski escreve no livreto que acompanha o primeiro volume da série PHOTO, novo lançamento da coleção DVD | IMS: "Sua copiosa coleção de chaminés, silos e caixas d’águas, fotografadas com rigor e simetria impecáveis, não está apenas a serviço do inventário de formas industriais em vias de desaparecimento – e certamente não pretendiam se converter em pioneiros da voga minimalista. Tratava-se, antes, de reunir as evidências de uma sensibilidade ordinária, os indícios do juízo estético dos homens comuns. Fica difícil compreender sua compulsão fotografante se não consideramos a dimensão de urgência que alimentava o projeto. O que poderia ser mais necessário, naquele momento, que afirmar o caráter ordinário da arte dos homens comuns, quando líderes extraordinários recentes, mergulhados em mitologia, haviam ceifado milhões de vidas nos campos de batalha e de extermínio?" "Dispostas lado a lado, as estruturas industriais fotografadas pelos Becher não formam o catálogo de um representante comercial, mas um corpo de baile composto por dançarinas que rodopiam seus véus de concreto e aço diante de nós, seguindo o ritmo de uma música que não somos mais capazes de ouvir. Diante dessa coreografia de torres inertes, percebemos que acontradição supostamente inconciliável entre a encenação e a evidência era apenas aparente. Sua coexistência paradoxal, ao contrário, deve ser pensada como constitutiva e essencial à própria experiência fotográfica." Photo: Os grandes movimentos fotográficos é uma série de documentários dividida em três volumes, que revelam os segredos que marcaram a história da arte fotográfica do seu início até os dias atuais.
18
Cerimônia de casamento, de Robert Altman Conterrâneos velhos de guerra, de Vladimir Carvalho Vidas secas e Memórias do cárcere, de Nelson Pereira dos Santos O emprego, de Ermanno Olmi Iracema, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna Cerimônia secreta, de Joseph Losey As praias de Agnès, de Agnès Varda A pirâmide humana e Cocorico! Mr. Poulet, de Jean Rouch Diário, de David Perlov Elena, de Petra Costa Sudoeste, de Eduardo Nunes A batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo Libertários, de Lauro Escorel, e Chapeleiros, de Adrian Cooper Seis lições de desenho com William Kentridge Memórias do subdesenvolvimento, de Tomas Gutiérrez Alea E três edições voltadas à poesia: Poema sujo, dedicado a Ferreira Gullar; Vida e verso e Consideração do poema, dedicados a Carlos Drummond de Andrade.
DVD | IMS PRÓXIMO LANÇAMENTO
Instituto Moreira Salles Rua Marquês de São Vicente, 476. Gávea. Telefone: (21) 3284-7400 WWW.IMS.COM.BR
GREY GARDENS (EUA, 1975)
de Albert Maysles, David Maysles, Ellen Hovde e Muffie Meyer
Aberto ao público de terça a domingo, das 11h00 às 20h00. Guarda-volumes aberto até 20h00. Acesso a portadores de necessidades especiais. Estacionamento gratuito no local. Café, wifi
Com os extras: Faixa comentada por Albert Maysles, Ellen Hovde, Muffie Meyer e Susan Froemke; Entrevista de Albert Maysles a João Moreira Salles; As beales de Grey Gardens (2006), filme de Albert e David Maysles
O programa de junho tem o apoio da Sessão Vitrine Petrobras, da Cinemateca do MAM do Rio de Janeiro, do Festival Varilux de Cinema Francês, da Casa de Cinema de Porto Alegre, da revista Cinética, das distribuidoras Vitrine Filmes, Zeta Filmes, FJ Cines, Bonfilm e do Espaço Itaú de Cinema.
Fundado em 1992, o IMS é uma entidade civil sem fins lucrativos que tem por finalidade exclusiva a promoção e o desenvolvimento de programas culturais. A sede do Rio de Janeiro abriga espaços expositivos, sala de cinema, sala de aula, biblioteca, cafeteria, loja de arte e ateliê infantil. O Instituto possui também um centro cultural em Poços de Caldas e, a partir do segundo semestre de 2017, contará com uma nova sede em São Paulo. O IMS conta com um acervo de fotografia (mais de 2 milhões de imagens), de música (cerca de 28 mil gravações), de literatura e de artes plásticas, instalados em reservas técnicas para conservação e restauração. Entre as coleções, fotografias de Marc Ferrez, Marcel Gautherot, Augusto Malta, José Medeiros, Thomaz Farkas, David Zingg, Haruo Ohara, Jorge Bodanzky, Maureen Bisilliat e Mário Cravo Neto, desenhos de J. Carlos, Millôr Fernandes e Glauber Rocha, as discotecas de Humberto Franceschi e José Ramos Tinhorão, os arquivos pessoais de Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Elizeth Cardoso, Baden Powell, Hekel Tavares e Mário Reis, e originais dos escritores Ana Cristina Cesar, Rachel de Queiroz, Otto Lara Resende, Clarice Lispector, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade. No site do IMS está hospedada a Rádio Batuta, ponto de seleção, entretenimento e análise da música popular brasileira. O Instituto edita uma revista quadrimestral de ensaios, serrote, uma revista semestral de fotografia, Zum, e uma coleção de DVDs. Superintendente Executivo: Flávio Pinheiro Coordenação do ims-rj : Elizabeth Pessoa Curadoria de cinema: Kleber Mendonça Filho Produção de cinema e DVD: Barbara Alves Rangel Assistência de produção: Thiago Gallego
Sala José Carlos Avellar Ingressos para a Sessão Cinética (Tabu): R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia) para Animal político: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia) para as demais sessões: terça, quarta e quinta: R$ 22,00 (inteira) e R$ 11,00 (meia) sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 26,00 (inteira) e R$ 13,00 (meia). Meia entrada com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública municipal, estudantes, menores de 21 anos, maiores de 60 anos, portadores de HIV e aposentados por invalidez. Cliente Itaú: desconto para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Passaporte no valor de R$ 40,00 com validade para 10 sessões das mostras organizadas pelo IMS. Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala. Capacidade da sala: 113 lugares. Ingressos disponíveis também em www.ingresso.com Devolução de ingressos: em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos ou por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site. Sessões para escolas e agendamento de cabines pelo telefone (21) 3284 7400 ou pelo e-mail imsrj@ims.com.br As seguintes linhas de ônibus passam em frente ao IMS-RJ: Troncal 5 - Alto Gávea - Central (via Praia de Botafogo ) 112 - Alto Gávea - Rodoviária (via Túnel Rebouças) 538 – Rocinha - Botafogo 539 – Rocinha - Leme Ônibus executivo Praça Mauá - Gávea
19
INSTITUTO MOREIRA SALLES
CINEMA
JUNHO 2017
F E S T I VAL VAR ILU X DE CINEMA FR ANC Ê S - G RI TO S E S U S S U RRO S - M U RO A N I M A L P O L Í T I CO - C R Ô N I C A D A D E M O L I Ç ÃO - C I D A D E S FA N TA S M A S QUEM É PRIMAVERA DAS NEVES - TUDO É IRRELEVANTE. HELIO JAGUARIBE
20
F. W. MURNAU -
TABU