Indicium | 1ª Edição | Março 2016

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Editorial O DEGEIT encontra-se numa fase de forte reestruturação e de resposta aos desafios que a nova sociedade, a economia e as organizações se encontram a deparar: estamos a fortalecer as nossas equipes de coordenação dos ciclos de estudo; a melhorar a investigação; a preparar novas ofertas formativas; a criar cursos em inglês; a atrair novos projectos e financiamento; e a criar um ambiente mais favorável para trabalhar com as empresas e as organizações. A aposta na reorganização e relançamento do DEGEIT inclui uma importante participação dos alunos. Com este propósito um papel renovado tem sido atribuído às 6 organizações de alunos sedeadas no departamento. Mais e novas actividades horizontais coordenadas entre as 4 áreas têm vindo a ser lançadas, para que os alunos desfrutem da vantagem de se formarem num Departamento de excelência da área da Economia e da Gestão, aplicada àquelas que são as duas maiores áreas da economia e da sociedade: o Turismo e a Indústria. A Revista Indicium encontra a nascer dentro deste novo e renovado espírito. É produzida integralmente ao nível do DEGEIT e é coordenada pelos alunos … o que demonstra o novo espírito de pró-actividade e de profissionalismo dos alunos que temos orgulho de ter no DEGEIT. Felicidades para a Revista Indicium e Parabéns aos Alunos por esta importante iniciativa! Por Carlos Costa, direitor do DEGEIT

Índice

Mulheres que marcaram a diferença em Portugal

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Entrevista com a Sara e o Ricardo, dois dos jovens líderes do DEGEIT

IEUA: A Incubadora de empresas da Universidade de Aveiro

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Feminismo radical por Sílvia Vermelho

Testemunhos do evento IN TOUCH, organizado pela AEGIA

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Entrevista em exclusivo para a Indicium com o professor Arménio Rego

Spark: A agência de recrutamento e gestão de talento

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um novo projeto

A equipa da Indicium é constituída por 14 pessoas. Pessoas muito diferentes, que contribuíram para que o projeto, que tem sido planeado há quatro meses, conseguisse chegar à comunidade do DEGEIT. Um projeto de que todos fazem parte e em que todos contribuíram para esta edição! Rita Martins. 20 anos. Estudante de Economia. “Do meu ponto de vista, apenas fui a pessoa que se apercebeu da inexistência de um veículo de informação no departamento, que aproximasse os estudantes e estes às empresas. Inesperadamente, tive a sorte de conhecer a Maria e apercebi-me que seria a pessoa indicada para avançar com a ‘minha ideia’.” Maria Teixeira. 21 anos. Estudante de Economia. “Costumo dizer que ter chegado à coordenação do projeto foi acidental, porque a Rita é na realidade a verdadeira mentora do projeto. Este projeto foi pensado por ela e foi com todo o gosto que aceitei o convite para a ajudar a formar uma equipa, no sentido de fazer com que este projeto fosse uma realidade.”

Os vários núcleos do DEGEIT lançam, semestralmente, uma newsletter. De que forma é que esta revista pode acrescentar valor aos leitores, principalmente, aos estudantes do departamento?

R M A Indicium é distinta das newsletters apresentadas pelos núcleos. Primeiro, porque é um projeto de todo o departamento e depois porque o objetivo para o qual foi pensado, ao que julgamos saber, também é distinto. Pretendemos, com esta revista, aproximar o tecido empresarial ao nosso departamento e dar voz a alunos, professores, empresários e outras pessoas especializadas em matérias que consideremos importantes. Acreditas que a Indicium e toda a sua equipa conseguirão deixar uma marca no DEGEIT?

M É por acreditar nisso que, orgulhosamente, dou a cara por este projeto. O facto de termos pessoas de Economia, Gestão, Engenharia e Gestão Industrial e Turismo fez com que se reunisse uma equipa muito diversificada e capaz de abordar um leque de temáticas que agradem a um grupo alargado de leitores. Coordenar este

projeto tem sido um desafio constante e posso dizer que mesmo que acabasse amanhã, já teria valido a pena pelas pessoas fantásticas que me permitiu conhecer.

O que gostavas que os leitores sentissem, ao lerem a Indicium?

M Gostava que se identificassem com a maioria daquilo que é apresentado e que se sentissem como parte do projeto. Aliás, qualquer leitor da nossa revista Nós tendemos a construir uma zona de pode enviar-nos sugestões de temáticonforto. Para ti, como foi dar nome a cas que gostariam de ver abordadas um projeto, que não vai ao encontro da- nas próximas edições. Daremos também oportunidade a alunos interessados quilo que é lecionado nas aulas? que queiram colaborar connosco. R Por acreditar que um bom aluno nem sempre é um bom trabalhador, sempre gostei de me dedicar a outras R Acima de tudo, e falando por todos, atividades. Senti a necessidade de ir mais queremos que as pessoas sintam que vaalém e de acrescentar algo de novo ao leu a pena cada minuto que perderam a que me é dado nas aulas, contribuin- ler a nossa revista. do para sair da tal zona de conforto, e poder lidar com outras realidades pouco ou nada conhecidas. Futuramente, quais serão os teus objetivos/contribuições para a revista? O que vos inspirou para a criação de um Gostávamos que o projeto não projeto que não foca apenas áreas cien- R M terminasse por aqui e que outros alutíficas? nos lhe dessem continuidade, no futuR M Economia é uma ciência social ro. Ficaríamos também muito satisfeitas e, por isso mesmo não se resume a se este projeto servisse de inspiração a teorias, modelos matemáticos e otimi- novos projetos, já que a Indicium é a zações. É muito mais que isso! Da prova que para concretizar, basta acreEconomia também fazem parte as re- ditar! lações interpessoais e o saber comunicar. A Economia é tão ampla e tão interessante, que se torna complexo descrever aquilo que a define. Está de As perguntas foram realizadas por Ana tal forma interligada com a Gestão, Campante, Alexandra Silvano e Marcom o Turismo e com a Engenharia e celo Teixeira, membros do departaGestão Industrial, que faz todo o senti- mento editorial, com o intuito de dar do produzimos algo conjunto, como esta aos leitores o propósito da revista! revista.


XVI ENEEG Coimbra 2016

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ealizou-se nos passados dias 3,4,5 e 6 de Março, mais uma edição do ENEEG, onde cerca de 15 estudantes representaram os cursos de Economia e Gestão da Universidade de Aveiro, em Coimbra. A partida de comboio for feita às 12h do dia 3 de Março, sendo que estavam todos entusiasmados por conhecer a cidade, a sua mística e sua cultura. À chegada, fomos recebidos por um guia que nos acompanhou à reitoria para a realização do check-in, seguido de uma visita à cidade, dando-nos a conhecer vários pontos importantes, bem como alguma da sua história criando desde início uma ligação à tão conhecida cidade dos estudantes. A Praça da República é dos estudantes. Os 725 anos da Universidade de Coimbra influenciam por completo o espírito da cidade. E essa influência fez-se sentir à noite: multidões juntavam-se para festejar, nas ruas, no bar da associação académica de Coimbra...Quanto ao leque de oradores presentes, a política foi o centro das atenções por parte

de todos, neste evento, apesar de ter havido espaço para a medição de forças entre as médias e as soft skills. A conferência Juventudes Partidárias: humor ou coisa séria, moderada pelo conhecido humorista, Fernando Alvim, foi das mais comentadas e admiradas pelos estudantes. Assuntos como a campanha de Marcelo Rebelo de Sousa, as diferentes perspetivas de cada um dos oradores acerca de como é exercida a atividade política em Portugal, a influência das instituições de ensino superior na decisão de voto dos estudantes foram alguns dos temas debatidos. O balanço deste encontro foi positivo. Sem dúvida que Coimbra recebeu de braços abertos todos os participantes e que lhes proporcionou tanto conhecimento como momentos que levarão para a vida! Agora, é altura de pensar no futuro e no próximo encontro, que terá lugar na capital do país, no próximo ano. por Pedro Brandão Estudamte de Gestão, 2º ano


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Dia Internacional da Mulher 8 de março

As Mulheres do meu país

por Mariana Madeira

Dia em que se recordam as conquistas diárias de todas as mulheres do mundo ao longo dos tempos. Muitas delas anónimas, que lutaram e lutam contra o preconceito e a violência. Que desejaram e desejam igualdade de oportunidades, liberdades e garantias. Deste modo não poderíamos deixar de destacar, algumas de muitas mulheres portuguesas que reivindicaramos seus direitos, com o intuito de alcançar um ‘espaço’ do qual também fazem parte!

Ana de Castro Osório > Pedagoga, escritora, politóloga e ativista republicana > Pioneira em Portugal, na luta pela igualdade de género > Em 1905, escreveu “Mulheres Portuguesas”, o primeiro manifesto feminista português “…como mulher, aceito a política como arma de libertação, e desejo que a mulher, ao entrar nela, não vá para o campo mesquinho dos interesses pessoais…”

Maria Lamas > Jornalista, ativista política e cívica e escritora portuguesa > Esteve exilada em Paris, onde desenvolveu intensa atividade política e de apoio aos portugueses refugiados, em oposição ao regime fascista > “Mulheres do meu país” é uma obra de referência, que destaca diversos e desiguais universos socioeconómicos “O fato de se isolar a mulher numa existência limitada às tarefas domésticas, considerando incompatível a sua função de esposa e mãe com a realização plena como ser humano, não contribui para a valorizar nem a torna feliz.”

Maria de Lourdes Pintasilgo > Única mulher que desempenhou o cargo de primeiro-ministro em Portugal > Participou em diversas associações e movimentos de mulheres e fóruns político- sociais, com a análise de temas como a da intervenção das mulheres na sociedade civil, direitos humanos, educação, democracia e teologia > Presidiu a Comissão Independente para a População e a Qualidade de Vida, foi co-presidente da Comissão Mundial da Globalização e membro da Universidade da ONU, pertencendo ao Comité de Sábios da Europa “Visíveis e com poder, as mulheres terão nas suas mãos as ferramentas para moldar as tão necessárias mudanças civilizacionais”


Feminismo radical

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por Sílvia Vermelho Politóloga. Desenvolve trabalho na área da intervenção social e empoderamento na juventude

-me cada vez mais difícil escrever, ou falar, sobre Igualdade de Género. Há dez anos que dedico atenção ao tema e é muito difícil manter um registo académico quando toca a denunciar um problema epidémico – a desigualdade de género. Uma vez, numa aula aberta numa universidade, em que fui convidada para falar de Feminismos, falei do ciclo de vida de uma feminista. Quando, em 2012, escrevi sobre sete fases como sendo o ciclo de vida de uma feminista: big bang (tomamos contacto com o tema), negação (não pode ser assim tão mau!), resistência (o tempo tudo cura!), epifania (é mesmo assim tão mau como parece e o tempo não resolve sem que alguém o resolva no tempo), Freud (o que eu digo e faço contribui para o machismo?), silicone (preencher brechas, criar pensamento, reordenar os esquemas mentais) e ação (produzir mudança), estava longe de imaginar que mais epifanias se seguiram na minha vida sobre este assunto. Pensei que reconhecer que a nossa sociedade é patriarcal e machista, que todas/os somos reprodutoras/ es desse machismo, que o patriarcado era branco e heterossexual, que o patriarcado servia o capitalismo – como também serve a luta de classes, era tudo o que havia para saber sobre o mundo, para nele poder agir e para dele me poder defender. Mas foi só o ano passado, ainda nem há um ano, que ocorreu a epifania mais importante no meu crescimento nos feminismos. Em suma, o mundo está em guerra contra as mulheres e tem várias frentes de combate. Todas as formas de discriminação são as frentes de combate desta guerra ancestral do patriarcado contra as mulheres e todas as pessoas que desafiam a estrutura de Poder. E

isso só acontece porque, na realidade e na generalidade, as vidas das mulheres não valem nada comparadas com as dos homens. Tal como as dos animais nada valem na indústria alimentar, tal como o ambiente, os solos, a floresta e o mar são destruídos dia após dia. Tratam-se de recursos – tratamo-nos de recursos. Produzimos riqueza para outros usufruírem. O trabalho não pago – o doméstico e do cuidado – é esmagadoramente feito pelas mulheres. Em cima desse trabalho não pago, de toda a conciliação da vida profissional e familiar que as mulheres têm de fazer, em cima de todo o cuidado às crianças, às pessoas idosas, às pessoas em situação de dependência, senta-se o nosso PIB. O que aconteceria ao PIB se fosse atribuído um valor por todo o trabalho desempenhado por metade da população e que não é considerado trabalho? Mas porque não é este trabalho considerado trabalho? Porque é feito por mulheres. Porque ganham as mulheres menos que os homens? Porque são mulheres. Porque é que há menos mulheres nos cargos de decisão? Porque são mulheres. E porque são mulheres? Porque, há muito tempo, o nosso sexo determinou que as nossas vidas não valiam o mesmo que as dos homens. Na realidade, não valem quase nada, porque enquanto as vidas dos homens valem por serem vidas, as vidas das mulheres têm valor enquanto são úteis. Enquanto são novas e encaixam nos padrões de beleza. Enquanto podem trabalhar, não sendo pagas. Enquanto, em cima de si, assentar toda a produção de riqueza de um país. Se as mulheres deixassem de trabalhar por um dia, que aconteceria nesse dia? Se todas as domésticas, se todas as donas de casa, se todas as agricultoras de subsistência,


7 e todas as mulheres no sistema formal de trabalho deixassem de fazer o seu trabalho não pago? As sociedades desmoronar-se-iam, pois. Mas isso pouco interessa, porque as nossas vidas não valem nada. Sou feminista radical porque recuso a tese que as duas raparigas mortas no Equador, mortas por resistirem a um abuso sexual, “puseram-se a jeito” porque “viajavam sozinhas”. Uma e outra estavam acompanhadas, uma pela outra. Não estavam sozinhas. Viajar sem homens não é viajar sozinha. Valemos por nós mesmas, não precisamos de tutela masculina para estarmos acompanhadas. Se estamos umas com as outras, estamos acompanhadas. Sou feminista radical porque me oponho à instrumentalização de um conceito inventado –como o da alienação parental – para ridicularizarem as lutas das mulheres na Justiça, por uma vida livre de violência para si e para os seus filhos. Recuso a humilhação das mulheres que sobrevivem à violência que, contra elas, grassa em todo o lado. Sou feminista radical porque não é o tipo de trabalho feito pelas mulheres que é pouco lucrativo e que por isso elas ganham menos. Sou feminista radical porque na raiz da desigualdade salarial está a desvalorização das nossas vidas e do que produzimos, pois as mulheres são reprodutoras e não produtoras. Sou feminista radical porque reconheço que a violência contra as mulheres, designadamente a violência

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sexual, é o instrumento último de dominação masculina, na guerra entre os homens e na paz entre os homens, pois as mulheres estão sempre em guerra – em casa e na rua –contra as ameaças sem cara do patriarcado instalado. Sei que não é muito popular ser feminista radical, tal como não é popular ser radical no que quer que seja – ir à raiz das coisas dói. Mas, como feminista, procuro a igualdade radical, que é reclamar o valor da vida das mulheres. Nas sociedades em que as vidas das mulheres valerem tanto como as dos homens, deixará de haver desigualdade salarial, violência contra as mulheres, subrepresentação das mulheres nos cargos de decisão. Enquanto tratarmos estes problemas pela rama, estamos apenas a limpar os campos de batalha, enquanto a guerra continua.

conomia xperimental

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visão da economia como ciência não experimental mudou radicalmente nos últimos 60 anos. Se tradicionalmente o método experimental era tido como inacessível à ciência económica, actualmente é já, internacionalmente, uma componente metodológica fundamental da investigação e formação dos economistas. Sucintamente, as experiências económicas colocam os participantes em “situações de mercado” cuidadosamente elaboradas, fornecem incentivos financeiros e permitem a interacção entre os participantes através de redes informáticas especialmente adequadas para o efeito. A realização de tais experiências permite que comportamentos humanos em contexto económico sejam directamente observados e, por conseguinte, enquadrados em modelos teóricos. Os métodos laboratoriais constituem-se assim como um instrumento único no estudo de numerosos fenómenos dificilmente susceptíveis de observação directa em contextos económicos reais. Além disso, algumas das hipóteses sobre comportamentos subjacentes a muitas teorias e acções de política económica podem ser empiricamente testadas, com sucesso, em ambientes laboratoriais devidamente controlados. A importância da metodologia experimental em economia é hoje indiscutível, tendo

produzido excepcionais contribuições quer para o avanço da ciência económica, quer para informar importantes decisões de política. Consequentemente, a economia experimental dispõe hoje de revistas científicas especializadas situadas entre as mais prestigiadas da ciência económica e o Job Openings for Economists anuncia regularmente a procura de economistas especializados em economia experimental. E é assim que, situando-se na fronteira do conhecimento científico em economia, os métodos experimentais constituem não só presença assídua na investigação conduzida por professores da área de economia do DEGEIT, como também, e de forma única em Portugal, da formação ministrada ao nível do Mestrado em Economia da Universidade de Aveiro. por Anabela Botelho Professora Catedrática de Economia Coordenadora da Área de Economia do DEGEIT & Coordenadora da Investigação em “Competitividade, Inovação e Sustentabilidade” do GOVCOPP


In Touch: um empurrãozinho na direção certa... “A atividade ‘In Touch: Networking Today, a Job Tomorrow’, organizada pela Associação de Engenharia e Gestão industrial de Aveiro (AEGIA), no passado dia 26 de Fevereiro, pode ser dividida em dois momentos. Da parte da manhã contou com um conjunto de três palestras relacionadas com as temáticas do empreendedorismo, do mundo empresarial e da melhor forma dos recém-formados entrarem para esse mundo. Já da parte da tarde contaram com a presença de pessoas de 23 empresas que, em conjunto com alguns docentes da Universidade de Aveiro, ouviram e avaliaram o pitch dos diferentes participantes. Esta foi, do meu ponto de vista e considerando o feedback obtido pelas empresas, uma experiência enriquecedora para os elementos dos júris (das empresas e docentes) e de aprendizagem para os alunos. O dia terminou com uma sessão de networking que facilitou e proporcionou vários contactos e trocas de informação entre empresas e participantes” Raquel Xambre, docente DEGEIT-UA “Olhando para trás, para a organização do evento, fico maravilhado. Parecia um evento organizado por uma multinacional especializada. Relógios a dar horas, a emitir sons para sabermos onde estamos no tempo. Tempo esse tão importante, que parecia que nos fugia... Mas o mundo não pertence aos jovens? Não serão os jovens o motor do futuro? Eu e o João Borges, da Accord, ambos numa mesa de avaliadores, conseguimos ouvir e dar feedback a 12 alunos (pitches) diferentes, de vários cursos, e de várias instituições de ensino superior. O empenho deixa-me descansado: os nossos problemas de baixa produtividade, de que tanto se falam, irão mesmo resolver-se, é só dar-lhes essa oportunidade. E eventos como o In Touch, serão porventura o “empurrãozinho” de que necessitam, estes alunos brilhantes e com a humildade suficiente para nos procurar para melhorarem – como pessoas, como profissionais. Mas que orgulho. Para todos nós. De verdade.” Manuel Au-Yong Oliveira, docente DEGEIT-UA “Segundo Mário Pais de Sousa, CEO da Cabelte, ‘Inovação é fazer diferente dos outros’. E esta iniciativa da AEGIA foi algo inovador. Adorei a experiência e foi excelente ter a oportunidade de contactar diretamente com algumas empresas portuguesas de renome e, também, de poder dialogar, fora das salas de aula, com alguns professores do DEGEIT” Beatriz Frade, 4º ano, Estudante de EGI “O In Touch foi um evento que acrescentou valor à nossa formação, onde todos cresceram como pessoas e futuros Engenheiros. A constante aproximação do percurso académico ao mercado de trabalho é um elemento chave da fórmula para o sucesso e, este evento teve como expoente máximo a excelente organização e empenho sem igual, por parte da AEGIA. Todas as expectativas dos assíduos participantes foram superadas, quando cada vez parece mais difícil de o fazer. Como participante e testemunha do sucesso do In Touch, acredito que esta foi a primeira de muitas edições.” Bruno Machado, 4ºano, Estudante de EGI


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“Tive a oportunidade de participar no InTouch, um evento de formação e networking, que foi indubitavelmente um dos mais memoráveis, que me lembro, organizados pela AEGIA, congregando estudantes de diversas áreas científicas, bem como o melhor do melhor que o sector empresarial nacional tem para oferecer. É absolutamente inspirador, numa altura em que todos os dias ouvimos reforçada, a ideia de que as universidades e centros de ensino devem estar mais próximos das empresas, ver como com apenas força de vontade, uma equipa de jovens motivados faz não apenas isso, mas fá-lo de modo exemplar. Mais uma vez a AEGIA faz valer o seu lema, dando mais uma lição daquilo que é, verdadeiramente, Formar Através do Associativismo.” Miguel Rodrigues, UCP, Porto “Quando me inscrevi para o In Touch foi com o objetivo de perceber como se faz um PITCH e porventura conseguir melhorar o meu, recebendo o feedback das empresas. Contudo tinha noção que para estudantes mais velhos era uma oportunidade única de estabelecer contactos com as empresas que num futuro mais próximo serão valiosos para alcançar o sucesso. Mas acabei por perceber que é, logo no início dos nossos estudos académicos, nos devemos preocupar em conhecer as empresas e de perceber o que procuram quando empregam os seus colaboradores, de modo a podermos desenvolver competências que o mercado precisa e que nos diferenciará dos outros.” Rita Mendes, 2ºano, Estudante de EGI “O In Touch foi um evento de enorme qualidade e organização, em que os estudantes tiveram a oportunidade de ouvir testemunhos de pessoas que começaram do fundo e que chegaram ao topo, mostrando que também nós somos capazes de o fazer. Foi um evento em que pudemos apresentar-nos a empresas de diversas áreas, de forma a mostrar o nosso valor, conseguindo com sucesso, aproximar os estudantes às empresas, proporcionando-lhes, eventualmente, oportunidades futuras.” Inês Fonseca, 3º ano, Estudante de LRE “Foi com enorme orgulho que recebemos muitos feedbacks extremamente positivos, como por exemplo, ‘um dos melhores eventos que tive oportunidade de participar’, ‘organização ímpar’, ‘parece um evento organizado por uma empresa multinacional’, entre muitos outros que nos deixam tão orgulhosos por conseguirmos organizar um evento desta dimensão enquanto associação independente na Universidade de Aveiro. João Rodrigues, Vice-Presidente das Relações Externas da AEGIA


fomos visitar a...

REVIGRÉS

> A Revigrés é uma referência no mundo cerâmico, especializada na produção de revestimentos e pavimentos cerâmicos. Com sede em Barrô (Águeda), o edifício comercial, inaugurado em 1997, é um projeto do Arquiteto Álvaro Siza Vieira, o primeiro vencedor de um Prémio Pritzker, em Portugal. Além do showroom na sede, a Revigrés tem também um showroom em Lisboa (Saldanha). > A aposta no design e na inovação tem merecido o reconhecimento do mercado nacional e internacional, com a atribuição de várias distinções. A nível internacional, a Revigrés tem sido distinguida com vários prémios: Prémio iF Design Award 2016; Prémio Good Design Award 2015, atribuído pelo The Chicago Athenaeum: Museum of Architecture and Design; Prémio Red Dot Design Award 2015; A’Design Award Gold 2014; Prémio Superbrands 2015, pela sua estratégia de marketing e comunicação. Em Portugal, conquistou, entre outros, o Prémio "Cinco Estrelas" 2015 - uma certificação de marketing que premeia produtos e serviços, avaliados por profissionais e consumidores - e o Grande Prémio de Marketing e Inovação - Produto do Ano 2014. A Revigrés é também a única empresa No primeiro dia de Março, realizou-se a visita de estudo à Revigrés, proporcionada pela Fórum portuguesa no setor cerâmico com a Estudante e organizada pelo NEEC-AAUAv. quádrupla certificação dos seus sistemas de gestão integrados, nos seguintes referenciais: Qualidade; Ambiente; Responsabilidade Social; Investigação, Desenvolvimento e Inovação.


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tenta às tendências e às necessidades da construção e da arquitetura contemporânea, a Revigrés destaca-se pelo desenvolvimento permanente de novas coleções, de design exclusivo, em que alia a estética à funcionalidade. Apresenta coleções de revestimentos e pavimentos cerâmicos com inúmeros efeitos estéticos - mármore, xisto, deck, madeira, cimento, metálico, espelho, entre outros – com todas as vantagens do grés porcelânico: porosidade quase nula, elevada resistência às manchas e ao desgaste e fácil limpeza e manutenção. Destaca-se a coleção Cromática, uma das coleções em grés porcelânico mais completas a nível mundial, com 40 cores, em 10 formatos e 4 acabamentos. A Revigrés é patrocinadora do Concurso Nacional de Design desde a sua primeira edição, em 1997, em parceria com a Fundação da Juventude. Neste âmbito, apresenta as coleções vencedoras do Concurso, contribuindo para a divulgação de novos talentos. A empresa também desenvolve projetos criativos e multifuncionais em colaboração com entidades do sistema científico e tecnológico. Destaque para: REVICOMFORT, pavimento amovível e reutilizável; REVISENSE, cerâmica sensitiva; REVISILENT, isolamento acústico e térmico; REVIFEEL, cerâmica com elevado conforto térmico.

1. REVICOMFORT Amovível e Reutilizável 2. REVISILENT Isolamento Térmico e Acústico 3. REVISENSE Cerâmica Sensitiva 2

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4. REVIFEEL Elevado Conforto Térmico

> Está presente em 50 países, onde tem contribuído para diversas obras emblemáticas: a Basílica La Sagrada Família, em Barcelona, para a qual desenvolveu, em exclusivo, cores da Coleção Cromática; o Harrod’s, em Inglaterra; várias "computer stores", nos EUA e Canadá; aeroportos internacionais na Rússia e na Polónia; estações de metro e ferroviárias em Espanha, na Arábia Saudita, Holanda e Inglaterra; empreendimentos turísticos no Reino Unido, França e EUA; centros comerciais na Eslováquia, Irlanda e Rússia, entre outros. Em Portugal, a REVIGRÉS está presente em múltiplos projetos como estádios de futebol, hotéis, centros comerciais, hospitais, escolas, restaurantes e empreendimentos residenciais. 1. Computer Stores, Quebec, Canadá 2. Basílica La Sagrada Família, Barcelona, Espanha 3. Harrod’s, Londres, Inglaterra

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DÁG EITO por Joana Costa, professora do DEGEIT

Keynes vs Hayek: The clash that defined modern economics. Nicholas Wapshott (2012) W.W.Norton. Para alguns, Keynes salvou o capitalismo duas vezes em 80 anos (1930 e 2008), estando inclusivamente, morto na segunda delas. Com a crise de 2008 a América defrontou uma crise existencial. Tal como nos anos 30, não actuar parecia uma insanidade tão grande que nem se colocava. Assim, os incentivos à economia começaram com George Bush e continuaram com Barack Obama. Mas, o que acontece quando o Governo tenta intervir numa economia em queda? Em 2009 puseram-se em marcha importantes estímulos para alicerçar a retoma no consumo e no emprego público, bem como o gasto "à pázada" em obra pública. Os Keynesianos entendiam que o Governo teria a obrigação de gastar quando os demais não estão a fazê-lo. Estas medidas revelaram-se ineficazes e contraproducentes tal como vaticinado pela Escola Austríaca, que as classificava como infrutíferas e perigosas. Este facto renovou o interesse nas concepções austríacas da teoria económica. Já no passado o fracasso do Keynesianismo havia trazido à ribalta o pensamento Austríaco, quando nos anos 60 não se encontrava solução para o problema da estagflação. É nessa época que Milton Friedman retoma o debate anti-Keynesiano, sublinhando a preferência pela utilização da política monetária em detrimento da orçamental. Paradoxalmente afirma que "de certa forma, todos somos Keynesianos", isto porque o grande contributo de Keynes assenta na construção de uma ferramenta poderosa de análise, mais do que a

simples escolha entre um ou outro instrumento. Contudo, Hayek recusava aceitar como certa a visão de agregado produzida pela teoria geral, é certo que, hoje, é consensual a visão agregada de Keynes independentemente das preferências de cada economista. Também nos anos 30 o mantra Keynesiano havia sido adoptado pelos liberais dos dois lados do Atlântico, colocando o ónus da resolução do problema do desemprego no Governo, pese ao cepticismo e advertências dos conservadores. Keynes representa o coração de Cambridge, entendendo a economia como uma ciência moral, e perspectiva, através dela, colocar o bem no Mundo. Esta será, quiçá, uma consequência natural da sua formação de Eton e dos valores lá cultivados. No seu entender, o Reino Unido sofria de níveis de desemprego elevados, o dinheiro era excessivamente caro, e era absolutamente necessário torná-lo barato de modo a que as pessoas se abstivessem de poupar e que os empresários se sentissem incentivados a investir. Caso tal não se verificasse, seria obrigação do governo empregar as pessoas e melhorar as infraestruturas. Hayek vislumbra a realidade de um modo diametralmente oposto. Marcado pelos problemas da hiperinflação Austríaca que colocaram a sua família abastada numa posição de fragilidade, entende fundamental a estabilidade dos preços. É mais, para si estes funcionam como informação e incentivo. É um pragmático puro, aliás, pauta a sua vida pessoal da mesma for-

ma como interpreta a teoria económica, numa doutrina de puro mercado livre. Quando tomou conhecimento de que no Arkansas o divórcio era fácil e barato rapidamente procurou uma posição na sua Universidade e quando aí residente pôs fim de forma eficiente a um casamento de 20 anos com aquela que segundo ele foi uma boa esposa. Hayek será sem dúvida um abstracionista que não aceita soluções de remedeio; já Keynes quando confrontado com todo o cepticismo Austríaco advoga que no longo prazo estaremos todos mortos. Importa contudo sublinhar o consenso entre Keynes e Hayek no ódio pelos regimes autoritários como o comunismo ou o fascismo. Eliminando a pretensa ideia de que o fascismo possa ser a resposta rica ao comunismo. O planeamento é para ambos, redutor da liberdade individual. O estado de estagnação em que a economia Mundial se encontra na actualidade poderá ser compreendido através da análise do binómio público/ privado; mercados e acção individual/ intervenção governamental e planificação central. O livro descreve mais do que teoria económica as suas implicações nas decisões de política. Trata-se de uma leitura essencialmente divertida, que não pode ter como objectivo ser teórica ou académica, muito menos exaustiva, fundamentando as posições de Keynes e de Hayek no concernente à actual situação da economia Mundial.


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Os Jovens Líderes do DEGEIT

> O Ricardo e a Sara, líderes da Aveiro Smart Business e da AIESEC, respetivamente, falaram com a Indicium, na sua primeira edição, para se darem a conhecer a eles mesmos e ao trabalho que desenvolvem. Fica a conhecer melhor o trabalho de dois universitários, que te mostram como é possível chegar longe.


Estudo Novas Tecnologias da Comunicação na Universidade de Aveiro, e partilho o meu tempo entre uma júnior empresa e uma associação cultural. Considero-me um apaixonado pelas novas tecnologias, pela Imagem e pelo Teatro. Gosto de diversidade e de trabalhar em equipa, onde a criatividade possa crescer, mesmo nos trabalhos mais simples. Como surgiu a oportunidade de liderar a AIESEC/ ASB? Sara: Foi um processo natural. Estava como vice-presidente de Recursos Humanos e abriram as candidaturas para presidente. Na altura era o que queria, candidatei-me e correu bem. Ricardo: Na Smart também acabou por ser um processo um pouco natural. Entrei para o Departamento de Marketing, no meu primeiro ano de licenciatura e no segundo, acabei por me candidatar a presidente do Departamento. E estando nesta direção, apaixonei-me um bocadinho mais pela Smart e pelas questões de liderança. No final do ano, formei uma equipa, que é a atual da direção, e surgiu assim a oportunidade. Liderar foi sempre para ti um objetivo primordial? Sara: Essencialmente, a AIESEC forma líderes, e por isso fazia sentido que fosse algo que desejasse. Não era um objetivo primordial, mas era um dos objetivos. Ao longo do percurso na organização, também acabamos por evoluir, ganhando experiência e paixão por aquilo que fazemos. Ricardo: Na Smart acaba por ser um pouco diferente, porque entramos para um determinado departamento e fazemos tarefas relacionadas com essa área. Entrei na Smart para aprender e aplicar na prática algumas coisas que já vinham do ensino secundário. Ao trabalhar com clientes e equipas multidisciplinares já se começa a desenvolver o nosso lado de líder. Quando comecei a crescer, subindo de membro para Diretor de Marketing, fui ganhando mais gosto por isto. Quais as qualidades para liderar uma organização como a AIESEC/ASB? Sara: Capacidade estratégica, de forma a conseguir estar atenta ao global da organização. As capacidades humanas são um fator importante pois é essencial lidar com pessoas e saber resolver conflitos. Ricardo: Sendo uma organização constituída por estudantes, que

acabam por não trabalhar num espaço físico, durante 8 horas por dia, acabamos por ter um espírito de conseguir ver o global da nossa organização e perceber onde é que há falhas, que nem sempre é fácil. O que temos de melhor na Smart são efetivamente os nossos recursos humanos, e nem sempre é fácil mantê-los motivados. São alguns, estão em departamentos dispersos, e por isso, temos que ter capacidade de ligar a Smart como um todo. Perante uma equipa tão diversificada, quais os principais problemas que têm surgido? Sara: Do meu ponto de vista ter uma equipa diversificada é mais enriquecedor, o fato de termos membros de diferentes áreas, com experiências e perspetivas diferentes também. Conseguimos chegar a outputs melhores. Ricardo: Na ASB temos vários departamentos e trabalhamos em vários projetos, alguns muito específicos. Neste momento temos a sorte de ter uma gestora de projetos que consegue manter todos os projetos “ligados”, e cada direção tenta estar a par de tudo! Somos 40 e poucos. Chegar a cada membro é, possivelmente, a maior dificuldade! Tentamos chegar aos grupos, e a partir daí perceber quais são as necessidades e problemas de cada um. Este ano, especialmente temos conseguido uma maior abertura. O fato da equipa ser constituída por elementos masculinos e femininos é uma mais-valia ou pode ser a causa de algum atrito? Sara: Para mim é uma mais-valia, sem dúvida. As pessoas são diferentes e por isso as suas perspetivas de trabalho e os seus modos de pensar são diferentes também, o que é uma vantagem para a organização. Ricardo: Também concordo. A UA tem a capacidade de abranger um grande leque de cursos, permitindo à Smart também ter um leque diversificado de serviços. Haver elementos masculinos e femininos, não causa problema algum, permite o equilíbrio, pois há maior diversidade de opiniões e ideias. Infelizmente, ainda não se conseguiu alcançar a igualdade de género. O trabalho masculino continua a ser mais valorizado do que o feminino? Ou És a favor de trabalho igual, salário igual? Sara: Acredito que, infelizmente, ainda não se conseguiu alcançar essa igualdade. Sou a favor das pessoas serem valorizadas pelo seu mérito, por aquilo que produzem, e o seu contributo para a organização, nada relacionado com o género! Ricardo: Estamos numa sociedade que ainda se denota essa diferença, o que não deveria acontecer de todo. As pessoas, independentemente, do género devem ser valorizados/renumeradas pelo seu mérito e trabalho. Há alguma diferença significativa no comportamento entre mulheres e homens, dentro da AIESEC/ASB? Sara: É uma questão que depende de pessoa para pessoa. A experiência, a vontade de estar e comunicar também difere. Contudo, as mulheres demostram mais os sentimentos à equipa como o nervosismo e o stress. Os homens uma forma diferente e a forma


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Sou estudante de EGI na UA. Sou uma pessoa que gosta de enfrentar sempre novos desafios, que quer aprender ao longo da vida e continuar a encontrar novas oportunidades para criar um impacto positivo. Valorizo ambientes de trabalho em equipa e aprendizagem contínua. Liderança e gestão de pessoas são os tópicos que mais me cativam. uma forma diferente e a forma como as apresentam também é distinta. Ricardo: Existem algumas diferenças, e o importante é encontrar o equilíbrio. Na Smart havia mais raparigas que rapazes, não sei bem porquê….Talvez se deva ao fato de as raparigas começarem a ter mais cedo uma atitude mais dinâmica, por serem mais maduras do que os rapazes. Conseguimos fazer perceber que aquela magenta não é por ser uma organização feminina. Há uns tempos, tive o prazer de estar presente numa palestra realizada pelo professor Manuel Oliveira, em que se falou sobre as qualidades dos lideres. O professor perguntava a um colega meu, se sabia fazer as lides de casa, concluindo que se o soubesse de certeza que seria um bom líder. Há que encontrar o equilíbrio e combinar a masculinidade com a feminilidade! Como motivas os tens colaboradores? Sara: É uma busca constante. Na AIESEC tentamos promover estágios e voluntariado e os membros conseguem ver na prática o impacto que cada ação deles tem no Mundo. Desenvolvemos também algumas soft skills, o que os leva a reconhecer a utilidade no futuro, tanto a nível profissional como pessoal.O próprio contexto da organização e aquilo que nós fazemos é algo tão apaixonante, que cria tanto impacto ajudando a mudar a nossa vida e a dos outros. Tentamos ainda fazer algumas atividades como o teambuiding para fortalecer os laços entre os membros. Ricardo: O propósito da Smart é um pouco diferente da AIESEC, somos uma associação sem fins lucrativos que presta serviços na área da consultadoria, apoio ao negócio e comunicação e imagem para outras empresas. Nenhum dos nossos colaboradores recebe valor monetário. Por isso aproveitamos os valores que recebemos dos projetos e aplicamos em formação, workshops, eventos,etc. Acaba por ser a nossa recompensa mais direta. Durante o ano, há ainda o levantamento de necessidades dos membros. Tentamos ter uma reunião mais geral, fazendo atividades de teambuilding, teamweekend, que nos ajuda a fortalecer, e dentro de cada departamento a própria equipa cria uma softmotivation e outras atividades que contribuem para o bem-estar de todos. Quais as qualidades que privilegiam num candidato à AIESEC/ASB? Sara: Potencial de cada pessoa de cada área. O que é que a pessoa quer, se está disposta a aprender. Aprecio uma pessoa proactiva, orientada para a solução e que dedique o seu tempo à organização. Ricardo: Na Smart também destacamos essencialmente a proatividade, o compromisso e o espírito de equipa. Recrutamos pessoas das mais diversas áreas, o que é preciso é ter paixão pelo seu trabalho. Como é que nós, estudantes universitários, nos podemos preparar para a vida profissional que em breve nos espera? Sara: Considero que aproveitar, sem dúvida, este tipo de organizações como a AIESEC, Smart e outras que temos na UA. Os jovens têm tempo suficiente para conseguir gerir e entrar nestas organizações. É possível desenvolver outro lado, que o curso por vezes não oferece. Desenvolver soft skills, visto que são muito procuradas pelas empresas, nos

dias de hoje. Apostar em línguas, pois é um fator chave. Ricardo: Penso que a palavra soft skills tem sido o chavão destes últimos tempos nas empresas. A maioria das vezes acabamos por não as desenvolver e aproveitar. Tendo organizações como a Smart, AIESEC, os próprios núcleos e outras que nos dão a oportunidade de desenvolver as hard e as soft skills, como também de alargar o networking pois falamos mais à vontade com outras pessoas, criamos uma conversa mais empresarial, ”do mundo mais crescido”. Na universidade é mais difícil pois só trabalhamos para professores e colegas…. Não temos equipas, não temos o “chefe”, nem “cliente”…. E isso é muito importante! O conhecimento científico é um fator fundamental na nossa carreira, mas o que falta nas instituições universitárias, para complementar a preparação para o mercado de trabalho? Sara: Gerir melhor as espectativas das pessoas. Considero que nem todos conseguem perceber o que se espera no mercado de trabalho. É uma questão de se aprender a gerir, quanto mais cedo, melhor. As universidades têm ajudado a preparar, no entanto acredito que em alguns cursos faltam um pouco a parte prática, assim como o desenvolvimento de soft skills. Mas cada vez mais, as universidades têm organizações, o que faz com que a pessoa, se quiser, complete a sua experiência, estando mais apta para o mercado de trabalho. Ricardo: O que falta, na maioria dos cursos é a parte prática, de trabalhar com casos mais reais. O conhecimento científico é importante, sim, mas acaba por não ser com isso que iremos trabalhar. A questão das espectativas é muito importante, mas pode partir um pouco de nós, alunos. Em quase todas as universidades há uma júnior empresa ou uma AIESEC…. Temos muitas oportunidades de crescer, de desenvolver essas competências e de perceber o que será o mundo do trabalho. Sem dúvida, que há aspetos do mundo académico que pode+riam ser melhorados, mas estamos a caminhar para isso!


ieua Incubadora de Empresas A IEU da Universidade de Aveiro

A

IEUA é um projeto criado em 1996 pela Universidade de Aveiro com o objetivo de proporcionar todas as condições necessárias para um desenvolvimento sustentado de ideias de negócio e de empresas inovadoras. Surgiu do facto de a UA apostar no empreendedorismo e querer através de uma cultura de inovação contribuir para o desenvolvimento e sustentabilidade de projetos.

fazer parte da IEUA é possuir uma ligação institucional à UA, por outro lado é preciso avaliar o grau de inovação da Ideia de negócio ou empresa, o número de postos de trabalho que serão criados, e outras questões relacionadas com o projeto. Quais os projetos que obtiveram mais sucesso?

Muitos são os projetos realizados, como a Sapo, a Fhold e a BeeVeryCreative, entre outos, que obtiveram sucesso contriQue recursos tem a IEUA para oferebuindo para que a IEUA seja reconhecicer ao desenvolvimento de projetos? da com mérito e seja premiada diversas A IEUA encontra-se dividida por três vezes. edifícios (IEUA Edifício 1; IEUA Fábrica; IEUA Santa Joana) que têm gabinetes individuais, espaços partilhados, gabi- Que atividades são desenvolvidas netes de coworking e de apoio. Dispõe pela IEUA juntamente com as suas empresas? de dois programas o IEUA Start e o IEUA Graduate, onde estão incluídos a disponibilização de espaços (p.ex. gabinetes A IEUA oferece visitas aos interessados, e salas) de equipamentos (p.ex telefo- para que conheçam melhor o espaço de ne, internet, projetor de vídeo, etc.), trabalho assim como as várias empresas de serviços (p.ex assessoria, apoio jurí- lá inseridas. dico, apoio ao início e actividade) e de O IEUA Sharing é um evento que coneventos de apoio a todas as etapas do ta com a presença de convidados que processo (p.ex workshops sobre ges- propõem temas, permitindo a partilha tão de startups,divulgação da atividade de conhecimento e experiências de emdesenvolvida,etc.). O programa IEUA preendedorismo. Há também uma parStart é indicado para quem quer de- ceria entre a BeeVeryCreative, a Universenvolver uma ideia de negócio, tendo sidade de Aveiro e o Parque de Ciência e uma duração de 150 semanas. O IEUA Inovação, de modo a que se conheça a Graduate é direcionado a empresas tecnologia de impressão 3D. que concluíram com sucesso o primeiro programa, e que desejam crescer rápido a custos baixos em mercados internacionais, tendo uma duração de 100 semanas. No entanto, os custos destes programas variam conforme o gabinete seleccionado e a fase em se encontram. Se tivermos um projeto, que ajuda podemos esperar da IEUA?

A candidatura à IEUA tem duas partes, primeiro é realizada uma reunião entre uma equipa da UATEC/IEUA e o candidato, na qual se fala sobre os programas de incubação os serviços disponibilizados, esclarecem-se dúvidas, analisa-se a proposta do candidato e identificam-se os recursos que serão adequados para responder às necessidades do candidato. Se após a reunião se verificarem condições para se avançar, é necessário formalizar a candidatura através do preenchimento e envio de um formulário. Uma das premissas para se poder

Edíficio central da IEUA


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O ecossistema de uma limonada deliciosa

E

se nos ensinassem que vender limonada para ganhar uns trocos (ou para fazer algo novo e arriscado com esses trocos) é mais relevante que obrigar os nossos familiares a comprarem umas rifas para uma viagem de finalistas ou para uma causa quem nem sabemos qual é? E se não fosse suficiente plantar uma qualquer árvore (para além de ter um filho e escrever um livro) e em alternativa ambicionássemos plantar um limoeiro, fazer limonada, vende-la numa banca, investir o lucro na compra de uma bicicleta para distribuir limonada em campos de golf, onde vamos apresentar o nosso projeto a alguém com recursos para apoiar a sua concretização? Ser empreendedor em Portugal não é o mesmo que ser empreendedor num país onde até na banda desenhada as personagens vendem limonada. Onde tentar é que é o assunto. Onde se acredita mais nas pessoas e na sua atitude do que nos seus diplomas e graduações. E que devemos apoiar quem quer fazer a limonada mais deliciosa e não quem põe mais água na limonada. Se acreditamos que ser empreendedor é ser parte da solução, e resposta às nossas ambições, então temos de educar e transformar “desenrascanço” em Design Thinking. Substituir a inercia do

IEUA Santa Joana

por Celso Carvalho, coordenador da IEUA

queixume e desilusão (embora existam muitas razões para o fazer) por superação e ambição. Tirar o palco aos que se concentram em evidenciar o erro dos outros ou em rotular negativamente quem tem sucesso. Mas para empreender, para arriscar, é preciso saber qual é a corrida que vamos correr, e essa corrida não pode estar sempre a ser alterada em favor de uns brincalhões destruidores de sonhos e de futuros. Não precisamos que nos ensinem a sonhar, a acreditar, a desenhar o nosso caminho. Precisamos que nos deixem sonhar e acreditar nas nossas capacidades. As políticas públicas de apoio ao empreendedorismo devem ser em si uma prática de visão empreendedora. Serem esclarecedoras dos objetivos que propõem e terem regras claras e estáveis para sabermos qual é a corrida que vamos e podemos correr. Serem dinâmicas na capacidade de se reformularem sem desvirtuar a estratégia inicial. Devem ser feitas para as pessoas e serem capazes de adicionar à cultura intrínseca a capacidade de, em rede, moldar o seu destino de acordo com as suas competências e compromissos. Aos decisores políticos “só” lhes cabe a tarefa de criarem um ambiente propício para que seja possível emergir uma atitude de fazer acontecer, com regras

e responsabilidades, educando e não condicionando, criando novas respostas aos novos paradigmas e não repetindo respostas que já não são solução. Como é que fazemos isto? Começando por criar o contexto para educar de forma inspiradora a atitude de empreender e os proveitos associados, em todas as fases de vida do indivíduo e em todos os sectores de actividade. Inspirar pelo que já somos e criar regras claras para que exista vontade de tentar. Empreender é também uma questão de atitude e todos temos um processo de aprendizagem a fazer.


à conversa com...

o i n é m Ar R ego

r dos outros” a o r a ir p es r as para r por cá apen roa d n a os m e tosterona eapde” tes m “não dev ta n ju o quand minilid ão melhoresação, masculinidade e fe s es çõ a iz n a “As org co mpetição e colabor do co mpetentes is a m gesterona, as o s es uipa p ara a sua eq p e lh co es er “O bom líd que ele”

> Considerado uma das pessoas mais influentes do DEGEIT, o professor Arménio Rego deixou-se entrevistar na 1ª edição da Indicium. Como não podia deixar de ser, conversou sobre liderança e comportamento organizacional no feminino e no masculino. Quem é o professor Arménio Rego? Fale-nos de si e do seu trabalho. Pai de dois filhos, que dão sentido à minha vida. Filho de extremosos pais, já no Além, mas sempre presentes. Professor desde há mais de duas décadas, com altos e baixos. Além de ensinar, investigar e escrever – quase nada mais sei fazer! Gosto de ler, viajar, aprender e conhecer outras culturas, especialmente as mais distantes da nossa. Aprecio a vida, apesar das adversidades. O que o distingue das outras pessoas? Sou como todos os humanos: capaz da virtude e do vício. Tive experiências amargas que preferia não ter tido, mas que me prepararam para vencer outras adversidades. Tive, e tenho, o privilégio de aceder a recursos e experiências que

dos cidadãos deste mundo gostaria, porventura, de ter. A área de Gestão de Recursos Humanos é uma paixão? É. Como todas as paixões, tem os seus momentos menos felizes! Nem tudo me agrada. Mas o que sempre me entusiasma é a possibilidade de compreender as pessoas nos seus contextos e o modo de conjugar dois elementos: o bem-estar dos indivíduos e a prosperidade das organizações. Como surgiu na vida do professor? Durante a licenciatura. Tive o privilégio de fazê-la no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, onde, naturalmente, as temáticas sociais e políticas assumem preponderância. Paradoxalmente, as minhas melhores classificações foram na área das finanças. Gosto

do cálculo. E trabalhei no mercado de capitais durante um ano. Mas foi precisamente durante esse ano que maturou a paixão pela compreensão e estudo do comportamento humano nas organizações. Foi um ano de afastamento que me aproximou do objeto do desejo! Enquanto docente universitário tem uma vida profissional preenchida. Como se organiza para escrever tantos livros? Trabalho, trabalho, trabalho. Foco, foco, foco. Capacidade de sacrifício. Disciplina. Privilégio de trabalhar com bons coautores, sobretudo Miguel Pina e Cunha. Finalmente, o gosto pela escrita, que vem desde a adolescência. Não sei se o gosto resultou de ter nascido no dia de Camões (!) ou se foi a forma de lidar com alguma solidão de infância. O meu pai foi


19 grante na Argentina durante anos, e a sua ausência pode ter-me criado o desejo de falar comigo próprio. Quais as maiores dificuldades com que o professor se deparou durante a integração no mundo empresarial ou mesmo no mundo académico? Confesso que a “politiquice” organizacional e o espírito servil gratuito me causaram e causam algum desconforto. Reconheço que errei, algumas vezes, por confundir a realidade organizacional com os meus ideais. Naturalmente, sobretudo numa fase inicial, cometi erros de imaturidade! Qual a chave para o sucesso? Perseverança. Disciplina. Resiliência para lidar com as adversidades. E, porventura mais importante: o significado associado ao que fazemos. Ter um propósito de vida com significado sempre me ajudou. E esse propósito foi, para mim, duplo. Por um lado, os meus filhos. Por outro, o desejo de fazer algo que possa melhorar a vida nas organizações. Por vezes, penso que esse desejo pode ser pretensioso. Quem sabe! Mas, como alguém me disse um dia: não devemos andar por cá apenas para respirar o ar dos outros. No dia 8 de Março celebrou-se o Dia Internacional da Mulher, como forma de reconhecer a importância das mulheres e o seu contributo na sociedade. Recentemente, surgiu a seguinte notícia: “Mulheres na liderança fazem empresas mais lucrativas”. Qual a opinião do professor? Concorda? De facto, um estudo recente publicado pelo Peterson Institute for International Economics, envolvendo milhares de empresas de dezenas de países, sugere que a presença de mulheres na liderança está associada a melhores desempenhos. Outro estudo recente sugere que os executivos com filhas conferem às suas empresas um maior pendor de responsabilidade social. Creio que o que realmente releva é a diversidade. As organizações são melhores quando juntam testosterona e progesterona, competição e colaboração, masculinidade e feminilidade.

Como sabemos, tem havido mudanças significativas na sociedade; as mulheres foram conquistando o seu espaço, revindicando os seus direitos, lutando contra o preconceito…. Nos dias de hoje, já são mais evidentes situações onde a mulher ocupa cargos do topo (na liderança empresarial e partidária) …. O que pensa da política de quotas? Há ainda um longo caminho a percorrer em Portugal?onde a mulher ocupa Confesso que as quotas de género me causam algum desconforto, sobretudo quando o argumento apresentado é a necessidade de compensar as mulheres pela descriminação do passado. Uma tal compensação não compensa as mulheres discriminadas e pode beneficiar mulheres com origens privilegiadas em detrimento de homens com origens desfavorecidas. Note-se que filhos de mães discriminadas também foram e são, objetivamente, vítimas dessa discriminação. O que me parece essencial é assegurar o respeito e a igualdade de oportunidades, e criar condições (legais e sociais) para que mães e pais que trabalham possam ter Olhando para a sua experiência profissional, há alguma diferença significativa no comportamento entre mulheres e homens? Somos biologicamente diferentes. Somos fruto de diferentes condições sociais e culturais experimentadas ao longo de milhões de anos. A propósito: em todo o mundo, a esperança média de vida das mulheres é superior à dos homens (aqui não há igualdade de oportunidades!). Não surpreende que sejamos comportamental e emocionalmente diferentes. Nós, homens, tendemos a ser mais

“brutos”, isto é, agressivos, competitivos. Mas também fazemos uso de mais autocontrolo emocional. Enfim, somos diferentes, mas mais semelhantes do que diferentes! Uma curiosidade: a cada semestre, ofereço livros aos estudantes com melhores classificações. Quase invariavelmente (voltou a ocorrer no último semestre), a maioria é oferecida a … alunas! Talvez sejam mais focadas e maduras, pelo menos nesta fase!


Considera que é a própria sociedade que limita as mulheres ou são elas mesmas que, pensam não serem capazes? Ambas as coisas. Mas também há muitos homens nessa condição. Creio que é preciso progredirmos no sentido de evitarmos visões estereotipadas de ambos os lados. O mundo é melhor sem a guerra dos sexos. Na opinião do Professor Arménio, quais as características desejáveis para um líder? Referindo-me a um líder que se preocupa em fazer progredir as suas equipas, a sua organização e mesmo a sociedade, considero importantes a determinação, a resiliência e capacidade para lidar com o stresse, a empatia, a “humbição” (humildade casada com a ambição), a prudência, a coragem para tomar decisões difíceis, o amor pela aprendizagem, o bom exemplo, e a capacidade de atuar como coach desenvolvimentista dos liderados. Mas note-se que não há líderes perfeitos. O bom líder é o que sabe rodear-se de quem supre as suas carências. O bom líder escolhe para a sua equipa pessoas mais competentes do que ele. Que conselhos nunca prescrevem? Conhece-te a ti mesmo. Trata os outros como gostarias de ser tratado. Nunca é tarde. Aprender até morrer. O saber não ocupa lugar. Trata bem os teus pais. Faz o que tem que ser feito. A virtude está no meio. Lembra-te de que a vida é curta – e morrerás. Problemas sem solução deixam de ser problemas. A saúde é o maior bem. Qual o lema da sua vida? O que o move? Viver uma vida digna, ainda que isso possa trazer dissabores. Amar os meus filhos. Aprender para ensinar a aprender.

de AIESEC Experiência Voluntariado Paulo Pinto da Costa 25 anos de idade Ida: 12/10/2015 (chegada a Copenhaga); Regresso: 10/12/2016 (chegada ao Porto); Local do estágio: Rydhave Slots efterskole - Vinderup, Dinamarca Após uma oportunidade deixada de lado há 4 anos atrás, para me aventurar fora de portas e alguma insistência de alguns amigos (alguns deles da AIESEC), decidi finalmente aproveitar uma oportunidade no estrangeiro; não como aluno Erasmus é certo, no entanto era algo que não queria deixar mais uma vez passar. Já que podia, porque não? Não tinha nada a perder, aliás muito pelo contrário tinha muito a ganhar com esta experiência. Através da Diana Torres (uma das pessoas que mais me convenceu a embarcar nesta viagem e por isso lhe agradeço), entrei em contacto com o gabinete da AIESEC em Aveiro, mostrando todo o interesse em realizar um estágio de voluntariado no estrangeiro. Todo o processo até ser colocado no meu local de destino foi bem acompanhado por pessoas da AIESEC, que me ajudaram a perceber que de facto era algo que não podia desperdiçar, preparando-me para qualquer eventualidade que pudesse surgir, como por exemplo diferenças culturais. Este estágio aconteceu numa altura da minha vida em que precisava mesmo de fazer algo diferente, fora daquilo que é a minha área de estudos, algo que me fizesse crescer e que por um lado me obrigasse a desenrascar-me, sem ter o conforto de casa, be


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outside my box. Após mostrar interesse em diversos estágios em países como a Sérvia, Polónia, Hungria, Itália, e outros, foi aquele que provavelmente menos expectativa tinha que mais rápido me contactaram, que escolhi como local para realizar o meu internship, a Dinamarca. Porquê dar o sim à Dinamarca? Pelo seu nível de desenvolvimento, pelo que ouvia de pessoas que já lá tinham estado, como o meu pai e inclusive de amigos que habitam em Copenhaga. Todos me aconselharam pela positiva a assumir esta viagem. Aquilo que no início eram receios, rapidamente se tornaram numa vontade enorme de rapidamente entrar no avião com destino a Copenhaga para dar início à minha aventura. Deixei para trás durante 2 meses família e amigos, mas tinha consciência que era isto que tinha que fazer, estava na altura de abrir horizontes. Assim, no dia 12 de Outubro embarquei no aeroporto Sá Carneiro, para finalmente meter mãos ao trabalho. Contudo, a minha aventura não começou na Dinamarca... Em Genebra- Suíça- tive que esperar quase 12 horas por avião, pois não tive vôo direto. E o que fazer durante todo este tempo num aeroporto? Porque não ir até ao centro da cidade, que se revelou mais longe do que o que inicialmente se pensava? Foi isso que fiz, saí do aeroporto e deambulei, pelas ruas de Genebra na esperança de que o tempo passasse mais depressa mas era mentira; após muito andar decidi voltar para trás (perdi-me no caminho de volta o que me fez demorar o dobro do tempo). A partir daqui comecei a gostar ainda mais da opção que tomei. Chegado a Copenhaga onde iria estar as 3 primeiras noites, conheci o pessoal da AIESEC que me iria acompanhar, revelando-se um apoio muito importante durante todo o tempo de estágio. Durante estes dias fomos preparados para o que iriamos enfrentar e para onde iriamos. A mim esperava-me uma escola com poucos alunos tendo em conta o número de alunos das outras escolas do mesmo género, numa vila chamada Vinderup, no norte da península da Jutlândia. O projeto estava relacionado com o acompanhamento de adolescentes dos 14 aos 17, num tipo de escola que na Dinamarca dão pelo nome de Efterskole. Estas escolas procuram ajudar na formação concedendo aos alunos maior liberdade naquilo que estes pretendem para si mesmos e para o seu futuro, tendo em conta que apenas lhes era impostas 3 disciplinas, escolhendo as restantes de um bom e diferente leque, como por exemplo, Metalomecânica, costura, Badmínton, cozinha, entre outras. Escolas diferentes daquilo a que estamos habituados que os capacita de características que mais tarde se podem

revelar bastante importantes no dia –a – dia. A minha escola, ao contrário de maior parte das outras tinha ainda um revés que curiosamente consegui ultrapassar ao fim de pouco tempo, provavelmente por conhecer ambientes semelhantes; a maioria dos alunos vinha de um ambiente em casa um pouco desfavorável, por azar algo que lhes tinha acontecido fê-los começar a ver as coisas de forma diferente demasiado cedo. Foi um desafio que encontrei mas que me fez de facto perceber que eu estava no sítio certo. Ao que no início era suposto ser um acompanhamento de alunos em sala de aula, passou a ser um acompanhamento diário quer em aulas, quer ao dizer as boas noites, ou simplesmente conversar a hora de almoço e nos intervalos, sempre em inglês claro. Passei a ter amigos em vez de alunos, de professores. O carinho que senti, a felicidade com que todos os dias era abraçado, fez-me perceber que de facto já deveria ter tido esta atitude há mais tempo, o espírito de aventura, a adrenalina que daí surgiu e ainda ter a oportunidade de ter algum impacto naqueles que me rodeavam foi algo que para mim neste momento me pesa bastante, foi um marco importante na minha vida, e por isso quero lá regressar antes do ano letivo terminar. Esta experiência foi muito importante para mim, fez-me ver que de facto há coisas pelas quais vale mesmo lutar para as ter ou realizar, porque nada tira a felicidade que se sente quando, e porque elas existem sempre, na despedida pessoas se dirigem a ti a agradecer pelo tempo que se passou em conjunto, pelas atividades que fizemos em conjunto e pelas conversas e histórias partilhadas. Aprendi algumas coisas em dinamarquês, da mesma forma que tive miúdos a pedir-me para lhes ensinar palavras ou expressões em português o que se revelava uma brincadeira espetacular. Um país diferente, pessoas diferentes, mas que para mim foi comoestar no melhor sítio do mundo durante 2 meses, a frieza e a simplicidade com que os dinamarqueses concedem um sorriso é deslumbrante e a forma como eles vivem é absolutamente fantástica. Aconselho a todos os que puderem a terem uma aventura igual ou noutro programa qualquer que vos faça sair da zona de conforto. A rotina pode ser boa mas ao fim de algum tempo cansa e sabe tão bem tirar um time off dela, além de nos enriquecermos e contribuirmos para o bem-estar de outros, aproveitamos aquilo que pode para alguns ser o renascer para o futuro que se avizinha. Arrisquem, não tenham medo! One opportunity comes once in a lifetime!


O Abstencionismo Português

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Por Marcelo Teixeira

o dia 24 de Janeiro realizaram-se as eleições presidenciais em Portugal, onde todos os portugueses escolheram quem queriam para governante da nação. O seu vencedor foi Marcelo Rebelo Sousa, apoiado por PSD/CDS. Algo que muito me surpreendeu foi o elevado número de candidatos, 10 no total, o que muito contribuiu para uma maior democratização destas eleições, pois no conjunto de candidaturas duas eram femininas. No entanto, a abstenção continua a ter uma forte influência no destino do País, situando se nos 51%. Como é que este valor pode ser analisado? A percentagem da abstenção mostra que mais de metade da população portuguesa não votou o que revela um enorme desinteresse pela políti-

ca nacional. Todos nós sabemos que Portugal é uma democracia jovem, contudo a população não se sente representada por quem escolheu para governar. Os portugueses não vêm com bons olhos os políticos nacionais muito por força dos casos de corrupção a eles ligados. Será a política portuguesa um abrigo para criminosos? Resta-nos esperar que não, pois quando a política deixar de existir também Portugal desaparecerá do mapa das democracias. Somos um país de esperança, um povo que mesmo nos momentos difíceis continuou o seu caminho mas tudo isso estará de certa forma em causa. Quanto mais abstenção houver menos democráticas as eleições serão e isso criará um novo ciclo na política portuguesa!

No gráfico abaixo, apresentamos os valores da abstenção nas eleições presidenciais ocorridas nos últimos 40 anos em Portugal.

C

om as mudanças do processo de Bolonha no ensino superior, algumas alterações foram sentidos nos currículos educativos. Notou-se a passagem de um ensino direcionado para a exposição de conteúdos para um ensino direcionado para o desenvolvimento de competências. Foi o início de um papel mais proactivo do aluno e a necessidade sentida de acrescentar ao currículo o desenvolvimento/aquisição de competências transversais. As competências técnicas são específicas para o desempenho de uma determinada função, enquanto as competências transversais são comuns a diversas atividades e transferíveis de função para função. Estas apresentam-se como fundamentais para garantir a empregabilidade a curto e longo prazo. Na sociedade atual, é necessário que todos sejamos portadores de competências que nos facilitem a integração e permitam fazer face às constantes mudanças, pois atualmente a entrada no mercado de trabalho requer do profissional uma adaptação rápida aos diversos desafios e imprevistos. Neste sentido, acrescentar à formação de competências técnicas um vasto conjunto de competências transversais será uma mais-valia para qualquer recém-graduado na entrada do mercado de trabalho. O papel da Universidade de Aveiro e do DEGEIT é igualmente a promoção destas outras competências, em contexto de sala de aula ou em atividades extra-aula. Estes últimos devem ser momentos muito importantes e sempre presentes e incentivados ao longo de toda a formação universitária.

Professora Doutora Marta Ferreira Dias Coordenadora da Licenciatura em Economia da Universidade de Aveiro


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6 razões para estudar em Aveiro > Milhares de estudantes escolhem todos os anos a Universidade de Aveiro para iniciar a sua formação universitária. As 6 razões para se estudar em Aveiro são:

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1| Proximidade dos grandes centros urbanos: Aveiro, cidade de média dimensão e acolhedora, está ligada aos grandes centros urbanos como Porto e Lisboa através de comboios e autoestradas.

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2| Facilidade de deslocação dentro da própria cidade: esta cidade tem um sistema de utilização gratuita de bicicletas (BUGA) o que facilita a movimentação dentro da cidade a toda a população. 3

3| Variedade de locais de interesse para visitar: Sé de Aveiro, Museu Santa Joana, Salinas, Dunas de São Jacinto, Praias, entre outros, são pontos de interesse turístico, e que contribuem para o reconhecimento da cidade, também conhecida por “Veneza de Portugal”. 4

4| Reconhecimento internacional da Universidade de Aveiro: A UA é reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho na investigação, tendo vários projetos de investigação internacionais com outras universidades e um contacto alargado com as empresas que permite aos seus alunos desenvolverem capacidades que as empresas precisam para responder aos desafios diários que lhes surgem; além disso tem um campus concentrado com vários departamentos e cursos o que contribui para uma maior aproximação entre estudantes. 5

5| Empregabilidade dos cursos de investigação na UA em diversas áreas, cujo corpo docente é bastante qualificado. 6 6| Associativismo na UA: Existe uma grande variedade de núcleos e associações de diversas áreas que dão ao estudante

a possibilidade de melhorar as suas capacidades, como também, melhoram o currículo do mesmo.

Ria de Aveiro

BUGA: A bicicleta tradicional da cidade

Reitoria da UA

Museu de Santa Joana


Spark Agency A Spark é uma agência de recrutamento e gestão de talento. A empresa foi criada em 2012 por Miguel Gonçalves e ajuda empresas a inspirar, gerir e desenvolver as suas pessoas. Ao longo deste período, a empresa tem vindo a fazer evoluir as suas áreas de negócio e, atualmente, dedica-se a três grandes eixos de atividade: Bootcamp: > Recrutamento: Através da Proposta de valor da empresa e da função é realizada uma pesquisa para encontrar o candidato certo. > Employer Branding: Permite à empresa através de programas altamente estruturados como Academias de Trainees e Campanhas de Comunicação com um foco na Dzmarca de empregadordz atrair, selecionar, integrar e reter talento. > Pitch Bootcamp: É o acelerador de carreiras que aproxima jovens universitários, empresas e universidades. É um programa de dois dias que em cada edição coloca 130 jovens em contacto com 100 das melhores empresas a atuarem em Portugal e acontece em Universidades como a Nova SBE, o Técnico, a FEUP, o ISCTE-IUL, a FCT, o ISEG, entre outras. > O programa parte de uma premissa fundamental: “A tua carreira é um negócio e tu és o CEO”, e ao longo dos dois dias os participantes fazem uma análise de negócio às suas carreiras. > O Pitch Bootcamp pretende ser o melhor acelerador de carreiras da Europa. Depois do programa ter sido aplicado e testado 4 vezes em Barcelona (2014 e 2015), com resultados igualmente relevantes, a Spark está a trabalhar na sua expansão, estando previstas 25 edições no estrangeiro em 2016. Estão já agendadas edições em Barcelona, Madrid, Fortaleza, São Paulo, Dublin, Minsk, Maputo, Copenhaga, Casablanca, Paris e Bratislava.


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Testemunhos do Pitch Bootcamp: “O Pitch Bootcamp é uma excelente iniciativa que junta jovens promissores e profissionais de todos os sectores numa experiência enriquecedora e muito produtiva tanto para um público como para outro. É uma oportunidade única para os participantes treinarem a sua aproximação ao mercado de trabalho e receberem feedback em primeira mão. Muito bem organizado e fluído, é sem dúvida uma experiência a repetir. Obrigada Spark!” Ana Sanches, EDP “Participar no pitch bootcamp é tanto enriquecedor para os candidatos como para os júris. Numa breve manhã ou tarde, temos acesso a um grande número de jovens de grande potencial assim como a uma vasta plateia de júris de variadas empresas. Os primeiros prontos a aprender os segundos a ensinar, sem dúvida é uma iniciativa de enorme valor acrescentado para o mercado!” João Ceriz, NOS Um tempo fantástico que prima pela organização! Motivação é palavra de ordem, só não vale ficar quieto à espera das oportunidades! Para as empresas é o momento ideal para criar contactos, conhecer alunos, perceber o que motiva os jovens e fazer dos jovens de hoje os líderes do amanhã. Rita Mateus, Novabase

“Quem ainda não participou no Pitch Bootcamp, participe. Assim que possível, inscreva-se (cuidado com o limite de vagas!). Este é um evento fenomenal, pois além do que se pode aprender com o pessoal fantástico da Spark acerca da aproximação ao mundo do mercado de trabalho, é também dada a chance única de interagir com um número incrivelmente grande de empresas, o que pode trazer oportunidades que influenciarão o resto da vida de um participante.” João Graça, Pitch Bootcamp ISEG “Foi, muito provavelvemente das melhores experiências da minha vida, o dinheiro mais bem gastos de sempre e as horas mais intensas mas produtivas. Graças ao pitch neste momento olho para o mercado de outra forma, e vejo que existe possibilidades para os jovens competentes e interessados. Se no sábado estava cansada mas com o pensamento que tinha valido mesmo a pena, na terça-feira depois de receber resposta de três empresas percebi que muito provavelmente o pitch poderá mesmo ter mudado a minha vida. Obrigada pelo vosso trabalho e por acreditarem que esta geração não esta perdida, muito pelo contrario.” Jéssica Vieira, Pitch Bootcamp FEUP


> Em 2015, a Spark lançou a primeira edição do estudo d’As Empresas Mais Atrativas de Portugal, uma das mais compreensivas investigações realizadas com população universitária portuguesa e apurou quais as empresas com maior Employer Brand para 2600 jovens universitários de duas grandes áreas de formação: Gestão e Tecnologia. A investigação centrou-se na análise da relação de jovens com empresas e teve como motivação contribuir para a determinação das componentes de atratividade de um empregador e também analisou quais os objetivos de carreira, os critérios relevantes para escolher uma empresa, expectativas salariais e quais os canais de comunicação mais relevantes para estarem em comunicação com as empresas. Resultados: Critérios para escolher empresas: Ganhar experiência que reforce a carreira, trabalhar num local caracterizado pela honestidade, justiça, e respeito pessoal e onde reconheçam o mérito e o desempenho dos seus colaboradores. Objetivos de carreira: Ter equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, ser desafiado a nível competitivo e intelectual e ter uma vida profissional empolgante.

Exemplos de programas de Employer Branding: > Academia de Trainees AKI; > Management Trainee Programme; > Campus Ambassadors; > Academia de Verão da CGD > University Challenge EDP

> Tendo em consideração o tema central desta edição, que destaca o comportamento feminino e masculino nas organizações, a Spark Agency revela os critérios de atratividade mais relevantes para ambos os géneros!


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Experiência Erasmus Viver e Estudar em Roma Por Alexandra Silvano 7:20h, 9 de Setembro: Acabei de deixar as minhas 3 malas e estou sentada no avião. Vou à janela e estou tão nervosa que nem senti o descolar. Estava a começar o maior desafio da minha vida. Se me perguntassem qual foi, até hoje... sem dúvida que a minha resposta iria de encontro à minha experiência Erasmus! Escolher Roma, não foi um problema. Conhecendo-me, à minha personalidade e aos meus interesses, facilmente, percebi que a minha escolha seria uma cidade que respira História e Arte. Sempre me considerei uma pessoa independente, que gosta de desafios e esta pareceu-me a experiência ideal para pôr à prova as minhas capacidades. Roma é uma confusão. As burocracias, o trânsito, as pessoas, o ritmo de vida... Mas de certo modo, é uma confusão boa e apesar da agitação, o choque cultural não é muito grande. Antes de ir, ainda a preparar a viagem, a nossa maior dificuldade, para mim e para a minha colega Mafalda,

foi arranjar alojamento. A universidade para onde íamos não tinha residências universitárias, então vasculhámos todos os sites possíveis e imaginários de quartos para arrendar. Posso dizer que não tivemos muita sorte e acabámos por ir parar a uma casa que descobrimos inesperadamente, no facebook, com outra estudante de Erasmus da Lituânia e um italiano. Foi um risco, eu sei. Naquela altura foi a única solução que encontrámos. E não correu mal. Acabámos também por ter lá em casa uma programadora chinesa que vivia nos Estados Unidos e achava fantástico existirem fogões que não fossem elétricos, porque com 28 anos nunca tinha visto nada assim. No que diz respeito à universidade, tivemos alguns contratempos no que diz respeito a equivalências e datas de exames. Na verdade, cheguei a ter de mudar o voo do Natal e do regresso porque os professores mudavam as datas dos exames em cima da hora, ou simplesmente se tinham enganado a escrever a data e avisaram apenas dias antes. No entanto, em relação ao ensino acho que me acrescentou muito. Tinham uma relação muito próxima com as empresas o que nos possibilitou muitas vezes poder ouvir experiências e receber conselhos de alguns gestores ou diretores executivos das mesmas. Era uma universidade bastante exigente e, acrescido ao facto de estar a estudar tudo numa língua diferente da minha, fez com que tivesse de adaptar os meus métodos de estudo e de organização. Pizza, gelattos, panzerotti, bruschetta, lemoncello... É impossível sair à rua e não ter vontade de atacar uma destas coisas. Há pizzarias e gelatarias por todo o lado, e tenho de confessar: por mais gelados que coma, nenhum deles me vai saber tão bem como o de sabor a

kiwi vendido mesmo ao lado do Vaticano. Roma é linda! E as pessoas - as mais simpáticas e expressivas que alguma vez conheci. Acho que isso é sem dúvida a coisa que me deixa mais saudade. Sair de casa para passear e haver sempre alguma coisa nova que ainda não tinha visto. Desde monumentos mais conhecidos como o Coliseu ou a Fontana di Trevi, a basílicas. como a Basílica de San Giovani ou até mesmo a sítios mais tradicionais como o Campo di Fiori... É difícil conseguir escolher o que mais gostei! Para além da cidade... Milão, Veneza, Nápoles, Florença, Verona, Pompeia ou até mesmo cidades mais pequenas e próximas de Roma, como Bagnoregio e Orvieto foram alguns dos sítios que tive oportunidade de visitar. É fácil e relativamente barato viajar dentro do país e foi das coisas que mais gostei de fazer e que me mais me enriqueceu. Roma- 17:10h, 3 de Fevereiro: É tempo de voltar para casa. Para a família e para os amigos de que tantas saudades tive. Apesar da ansiedade de querer voltar para a normalidade, fica para trás aquela que foi a minha casa durante estes últimos cinco meses. Vou ter saudades.


10 passos para encontrar trabalho

Por Dora Ribeiro. Em colaboração com o GESP-UA

> A conclusão do curso acarreta o início de uma nova etapa na vida de cada um de nós, e que mais não é, do que a aventura de encontrar o emprego que queremos seja o ideal.P ara isso direcione os seus esforços. Não esqueça que encontrar trabalho é “ a full time job”. É importante que se organize de forma a perceber alguns aspetos importantes. Aqui ficam 10 passos importantes: 1. Defina em que empresas/organizações quer efetivamente trabalhar; 2. Quem é, e que tipo detarefas/funções gostaria mais de desempenhar; 3. O que é que o atrai especialmente naquela empresa ou organização; 4. Estude-a... Investiga-a. Quem são? O que fazem? Em que mercados estão? Qual a sua missão e objetivos? Quantos funcionários têm?... etc., etc. 5.Agora que percebeu melhor quem é epara quem vai trabalhar, faça uma lista das suas competências, profissionais e pessoais, que melhor servem as necessidades das empresas e foque-se nessas. Lembre-se! Importante é chamar a atenção da empresa para as suas competências. 6. Fixe objetivos diários (elaborar pelos menos 5 CV’s por dia), semanais (no mínimo ter contactado 25 empresas) e mensais (quantas empresas contactei, quantas respostas recebi). 7. Coloque o seu CV online em todos os sites de emprego (Sapo, Net emprego, Trovit, etc.). Inscreva-se no IEFP. 8. Contacte as empresas de recrutamento e veja como pode fazer a sua inscrição ou a entrega do seu CV. Pergunte se existem de momento vagas para a sua área de formação. 9. Reveja com alguma frequência os procedimentos, especialmente se não está a obter respostas. 10. Aproveite o tempo em que está à procura de emprego para fazer “coisas”. Faça voluntariado, cursos de línguas, estágios voluntários, desporto, participe em tertúlias, debates, leia, informe-se. Mantenha-se ativo, transmitindo assim a ideia de que é uma pessoa interessada e motivada. Depois, é preciso elaborar um muito bom CV. Mas isso é outra estória!

Oportunidades de estágio e emprego EMPREGO Aveiro > Consultor de incentivos financeiros e fiscais (m/f) Tipo de empresa: Consultoria Tarefas: Preparação e apoio na submissão de candidatura a incentivos financeiros e fiscais; Enquadramento estratégico e fundamentação de projetos de investimento; Gestão de projeto. Requisitos: Recém-licenciado ou profissional com experiência até 2 anos; Bom inglês; Capacidade de escrita, análise e tratamento de informação; Carta de condução. > Gestor de Mercado (m/f) Tarefas: Prospeção de novos clientes (no contexto internacional); Preparação e execução de ações de marketing; Elaboração e negociação de propostas comerciais; Preparação de visitas a mercados; Elaboração de documentos de carácter estratégico sobre os mercados; Seguimento comercial dos clientes e leads (back-office); Participação na criação de meios de divulgação novos e mais adaptados ao mercado em específico. Requisitos: Licenciado; Excelente inglês e francês;Gosto pela área de vendas; Disponibilidade para viajar. > Gestor de produção (m/f) Tipo de empresa: Produção e comercialização de produtos como autoclismos plásticos e componentes para a indústria cerâmica. Requisitos: Licenciado com conclusão entre 2013-2015; Bom inglês; Carta de condução. Nota: Horários rotativos. Tarefas: Definir o plano de produção detalhado, de acordo com as encomendas; Garantir a disponibilidade dos materiais e recursos para o cumprimento do plano de produção; Acompanhar a execução dos planos de produção e proceder à sua alteração, sempre que necessário; Garantir o cumprimento dos prazos de entrega das encomendas; Elaborar e analisar indicadores, periodicamente; Otimizar processos.Requisitos: Licenciado; Bom inglês e alemão; Carta de condução. > Engenheiro de Projeto Tarefas: Desenho e projeto de ferramentas; Acompanhamento na montagem das novas ferramentas; Acompanhar na entrada em produção das amostras iniciais. Requisitos: Finalista/Licenciado/; Bom inglês; Carta de condução

Coimbra > Chefe de Call Center Tipo de empresa: Call Center Tarefas: Definição do workflow funcional das atividades; Planeamento da agenda individual dos elementos da equipa e definição de tarefas; Construção de métricas de avaliação contínua dos níveis de esforço e eficiência dos elementos da equipa; Interação direta com clientes em momentos de maior tensão; Problem solving imediato. Requisitos: Experiência profissional de 5 anos; Bom inglês e francês; Disponibilidade full-time, a partir de Abril de 2016.


27 > Software Sales Manager Tipo de empresa: Sistemas de informação de suporte à gestão Tarefas: Prospeção de mercado e levantamento de oportunidades no setor industrial; Geração de leads, apresentação de propostas comerciais e demonstrações tecnológicas em potenciais clientes. Requisitos: Licenciado; Bom inglês.

Lisboa > Data Analyst Tarefas: Produzir e interpretar relatórios de atividades operacionais; Análises quantitativas e qualitativas de indicadores operacionais; Criar relatórios que reflitam esses indicadores; Criar apresentações em PowerPoint concisas, organizadas e graficamente apelativas; Propor sugestões na otimização de processos e interagir com o Account Manager. Requisitos: Licenciado; Excelente inglês; Fluência noutra língua; Conhecimentos avançados em Excel e PowerPoint; Problem solving; Capacidade de comunicação.

ESTÁGIOS Aveiro > Área: Contabilidade e Auditoria Estágio remunerado numa Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Requisitos: Licenciatura; Formação na área de Contabilidade e Auditoria; Bom inglês; Conhecimentos de informática; Elevada capacidade de organização; Responsabilidade; Carta de condução. > Área: Financeira – indústria alimentar Este estágio tem uma componente internacional. Requisitos: Licenciatura, com data de conclusão entre 2015 e 2016; Excelente inglês; Conhecimentos de informática (Excel); Capacidade de antecipação de problemas; Sentido de planificação e organização; Capacidade analítica; Sentido de organização; Capacidade de trabalho em equipa; Autonomia e resiliência; Carta de condução. > Área: Gestão de clientes Estágio remunerado num banco de referência a nível mundial. Tarefas: Angariação e prospeção de clientes; Acompanhamento da carteira de clientes; Análise e controlo da valorização das carteiras. Requisitos: Licenciatura ou Mestrado; Vocação comercial; Proatividade; Sentido de responsabilidade. > Área: Comercial – Setor alimentar Merchandiser Requisitos: Licenciatura, com data de conclusão entre 2014 e 2016; Excelente inglês; Conhecimentos de Espanhol e Francês; Conhecimentos de MS Office; Capacidade de resistência ao stress; Excelentes competências analíticas, de organização e de método; Maturidade e elevado sentido de responsabilidade; Iniciativa e pro-atividade; Residente na zona do Porto/Lisboa; Carta de condução.

Membros da equipa (da esquerda para a direita): Ana Filipa Campante; Juliana Rocha; Marta Pereira; João Silva; Rita Martins; Maria Teixeira; Alexandra Silvano; Jorge Castro; Carla Barbosa; Letícia Azevedo; Marcelo Teixeira; Mariana Madeira; Mafalda Brito; Ana Margarida Teixeira


A melhor forma de pr


rever o futuro é criá-lo Peter Drucker



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