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ENTREVISTA: DIOGO PILONI, SECRETÁRIO NACIONAL DE PORTOS E TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
“A GESTÃO DOS PORTOS BRASILEIROS NÃO CONSEGUE TER A MESMA EFICIÊNCIA DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA” A iniciativa privada já aderiu à pauta de desestatização do Porto de Itajaí, tendo em vista as vantagens de um modelo que vai atrair mais carga para o porto em um cenário de risco, em um ambiente extremamente concorrencial que é o de movimentação de contêineres nas regiões Sudeste e Sul do país. A afirmação é do secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, em entrevista exclusiva ao Informativos dos Portos, durante o 29º Congresso Latinoamericano de Portos. De acordo com Piloni, o governo brasileiro tem uma pauta que já é tradicional, que são os leilões de arrendamento. Somente em 2019, foram 33 leilões realizados pelo governo federal. Se, por um lado, conforme Piloni, o país tem uma grande eficiência na operação portuária, por outro, não consegue ter a mesma eficiência na gestão dos portos brasileiros. E é justamente essa eficiência que o governo busca com a desestatização que vem realizando em todo o país. Confira abaixo os principais trechos da entrevista. Informativo dos Portos: O governo brasileiro está promovendo uma revolução no sistema portuário nacional. O que o setor pode esperar deste novo modelo de gestão que está sendo implantado nos portos do país? Diogo Piloni: Temos diversas pautas no momento. Uma delas já
é tradicional, que são os leilões de arrendamento. Em 2019, fizemos 33 leilões de norte a sul do país. Foram autorizados R$ 6 bilhões de investimentos, que serão executados em até cinco anos. Temos desenvolvido projetos fora dos portos organizados, nos Terminais de Uso Privados (TUP), que também é uma pauta que estamos em voo de cruzeiro. Em 2019, assinamos mais de 100 contratos e mais de R$ 10 bilhões em investimentos. Ainda assim temos um grande desafio. Se temos uma grande eficiência na operação portuária, nem sempre conseguimos ter essa mes-
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