5 minute read
MONITORAMENTO DE NAVEGAÇÃO NO COMPLEXO DO ITAJAÍ: REVOLUÇÃO NA OBTENÇÃO DE DADOS METEOCEANOGRÁFICOS
REPORTAGEM
Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta
Advertisement
Se aceita a proposta de prorrogação do contrato, a autoridade portuária continuará os trabalhos para agilizar adequação das áreas de expansão do porto
FOTOS
Ronaldo Silva Jr./Divulgação
Flávio Roberto Berger/Fotoimagem
REVISÃO
Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito.
Izabel Mendes
COMERCIAL
O município de Itajaí apresentou ao ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, um projeto para a prorrogação do convênio de delegação da Autoridade Portuária do Porto de Itajaí, cuja administração hoje é municipal. Com a prorrogação, o município manterá sob sua responsabilidade a administração e gestão do porto organizado.
Após implantação do SIMPORT, Itajaí avalia positivamente operações, que contam com dados em tempo real sobre as condições de navegação
Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br
PROJETO GRÁFICO
Elaine Mafra |Magic Arte
No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais.
Também ficará a cargo da Autoridade Portuária implantar a segunda fase da Bacia de Evolução, que inclui dragagem de aprofundamento do acesso aquaviário até o TUP Braskarne. Outra ação de responsabilidade da Autoridade Portuária será a adoção de medidas para avaliar e agilizar indenizações para as desapropriações a serem implementadas na fase final da Via Expressa, trazendo mais ordenamento à área de influência direta do porto organizado.
DIAGRAMAÇÃO E CAPA
O Porto de Itajaí chegou a entrar na lista de privatizações da administração federal anterior, mas a desestatização não ocorreu. A modelagem previa que a futura empresa concessionária administrasse o porto e operasse contêineres, prestando serviços aos usuários dos portos (embarcadores, exportadores e importadores).
Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br
PERFIL EDITORA
Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br aSegurançaemonitoramento24h aLocalizaçãoestratégiaa8kmdaPortonave aArmazenagemdecargassoltaseconteinerizadas
Em 2019, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes ganhou adequações e melhorias na sinalização náutica, que serviram de bases para a instalação de um moderno sistema de monitoramento meteorológico e oceanográfico do canal de acesso aos portos. O propósito da licitação aberta pela Superintendência do Porto de Itajaí na ocasião era, entre outras perspectivas, o de modernizar suas operações, além de obter dados sobre os ecossistemas de seu entorno.
Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável ao fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro.
Boa leitura!
O modelo proposto apresentado ao ministro dos Portos e Aeroportos prevê que a autoridade portuária permaneça responsável pela administração do porto, sem interferência nas áreas de movimentação de carga. O porto funciona, atualmente, com um contrato de arrendamento transitório da área operacional dos berços 1 e 2, operado pela APM Terminals, do grupo Maersk.
*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
O superintendente do Porto de Itajaí, o advogado Fábio da Veiga, explica que, se acatado o modelo de gestão proposto, a Autoridade Portuária poderá realizar, por exemplo, a remoção do casco soçobrado do navio Pallas (naufragado em 1893) para possibilitar uma futura dragagem de adequação da Bacia de Evolução nº 2 que passará para 530 metros de diâmetro. Com isso, o complexo portuário terá condições de receber navios de grande porte, gerando ganho de escala, aumento da produtividade e redução de custos.
Quase um ano após a implantação do SIMPORT (Sistema de Oceanografia Operacional em Áreas Portuárias), os resultados são considerados positivos pelo Porto de Itajaí. “O sistema tem sido muito bem utilizado pela Autoridade Portuária, Marinha e Praticagem no gerenciamento das manobras. Essa transmissão dos dados em tempo real é um excelente instrumento gerenciador de risco, porque, juntamente com batimetrias, dragagens e sinalização náutica, é mais um braço que vem auxiliar na segurança da navegação”, explica o engenheiro Andre Luiz Pimentel Leite da Silva Junior, diretor técnico do Porto de Itajaí.
O novo modelo de gestão foi elaborado por um grupo de trabalho que conta com a participação de representantes de entidades e sindicatos ligados aos trabalhadores portuários, associação empresarial, vereadores e outras autoridades municipais e federais. Se aceita a proposta de prorrogação do contrato, a autoridade portuária continuará os trabalhos administrativos para agilizar a aquisição e adequação das áreas de expansão do porto. Pelo projeto, a área do porto passará de 180 mil metros quadrados para 308 mil metros quadrados, promovendo o incremento da área total de pátios para armazenagem de contêineres no Porto de Itajaí.
O SIMPORT já opera com sucesso na baía da Babitonga e no Porto de Imbituba, em Santa Catarina, no Terminal Portuário de Paranaguá (TCP), no Paraná, e no Complexo do Porto-Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Ele monitora e informa os usuários em tempo real sobre as condições meteorológicas e oceanográficas que afetam diretamente a navegação. “Monitorar essas variações tem importância fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias (atracação, desatracação e navegabilidade), auxiliando a praticagem local na navegação e manobras de navios”, explica o oceanógrafo Emilio Dolichney, sócio da Acquaplan, empresa responsável pelo sistema.
Do ponto de vista operacional, o porto vive uma fase de recuperação da movimentação de cargas conteinerizadas. A estimativa é de que até o segundo semestre de 2023 chegue a movimentar entre 25 mil e 28 mil contêineres por mês. O operador portuário e a administração do porto estão empenhados em trazer novas linhas para o complexo, ao mesmo tempo que cresce a movimentação de carga geral no terminal, superando as inseguranças jurídicas causadas pelo processo de desestatização.
Segundo o engenheiro André, anteriormente à implantação do SIMPORT, a obtenção dos dados hoje dispostos pelo sistema era diferente. “Tudo era muito empírico: ligava-se para o navio para saber como estava o tempo lá fora, a correnteza era medida pela praticagem, mas hoje gerenciamos a abertura e o fechamento de barra com dados técnicos mais precisos e com maior agilidade, tendo certeza de que as condições ambientais estão propícias para a realização das manobras com segurança”.
Since its implementation, the Ministry of Transport, Ports and Civil Aviation has registered 114 requests to update lease contracts in the public ports. The government’s proposed new contract regime will open way for future appeals by companies, such as the extension of contract terms and revision of investments by signing amendments. The number of applications was consolidated in November 2017, and the analysis will be conducted by the National
Among the most significant changes proposed by the Decree are those relating to concessions, leases, and authorizations. In its original wording, the New Law of Ports gave responsibility for analysis to the National Waterway Transport Agency - ANTAQ, and for approval to the Federal Government, in relation the transfer of ownership of the concession contracts, leases, and authorization, as well as the transfer of shareholder control of the concession holders, leaseholders, and au-
Now, ANTAQ will become responsible for both the analysis and approval of transfers of corporate control of concession holders, leaseholders and authorized parties (Art. 3, I and VII). In practice, the power to approve transfers of shareholder control of concessions, leases and authorizations has been transferred from the Federal Government to ANTAQ. Thus, transfers of shareholder control will be examined and approved by the ANTAQ, without having to go through the Ministry. It is hoped that this will speed up the procedures, and enable companies