priorização de respostas a necessidades que podemos antecipar e que podem vir a provar como problemas efetivos. As soluções para estes temas são, necessariamente, o resultado do pensamento crítico, criativo e inovador, diversificado e amplificado através do trabalho colaborativo que aproveita as sinergias de pessoas, de equipas e de organizações públicas, articuladas em redes colaborativas onde a sociedade civil, o setor privado e os centros de conhecimento e investigação são partes interessadas, ativas e profícuas, na antevisão das possibilidades e na construção dessas soluções. Assim, nos processos de suporte à cadeia de valor das entidades públicas, fundamentais para o apoio à decisão e sustentação das estratégias a prosseguir, podemos identificar desde já o seguinte conjunto de competências chave: 1. Monitorização da envolvente (Radar): Esta competência consiste na capacidade de observação contínua do contexto da sociedade, no que releva para a dinâmica da organização pública, para a prestação de serviços aos seus destinatários e para as diferentes partes interessadas, bem como para os resultados obtidos. Implica a recolha sistemática de informação de diferentes fontes e através de diferentes canais e mecanismos, podendo envolver, ainda, estudos e iniciativas de benchmarking. Os elementos obtidos são agregados e disseminados em formatos facilitadores de reporte e preparatórios de análise. 2. Análise: Esta competência, que exige necessariamente pensamento crítico, permite organizar o acervo de dados sobre um tema, realizar operações sobre os dados, através de filtragem, identificação de padrões, agregação e relacionamento, e, desta forma, obter a informação que permite a compreensão alargada do tema. É uma competência hoje muito facilitada pelo digital, que permite trabalhar big data, utilizar técnicas de ciência de dados e inteligência artificial. Esta compreensão reforça a inteligência organizacional e contempla: 1) uma dimensão interna, que inclui a compreensão dos processos de negócio e de suporte executados, resultados apurados, desvios face a objetivos, propostas corretivas e de melhoria em organização e processos, aquisição ou reforço de competências e afetação ou desenvolvimento de recursos, incluindo tecnologia e 2) uma dimensão externa, que atende ao conjunto de destinatários e outras partes interessadas, em função do respetivo grau de correspondência a expetativas, dos níveis de satisfação, das necessidades atuais e futuras e das oportunidades identificadas de desenvolvimento de produtos e serviços. A análise produz instrumentos de reporte e outros de apoio 14