Cemeconfinpub17072013

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Economia e Finanças Públicas


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Economia e Finanças Públicas / Obra organizada pelo Instituto IOB - São Paulo: Editora IOB, 2013. ISBN 978-85-63625-69-4


Sumário

Capítulo 1 – Conceitos Fundamentais da Economia, 5 1. Definição de Economia, 5 2. Classificação dos Bens, 6 3. Classificação dos Mercados, 7 4. Curva de Possibilidade de Produção, 10 Capítulo 2 – Teoria Elementar de Equilíbrio, 12 1. Demanda, 12 2. Fatores que Deslocam a Curva de Demanda, 14 3. Preço dos Bens Relacionados, 17 4. Bens de Giffen, 18 5. Curva de Oferta, 20 6. Fatores de Deslocamento da Curva de Oferta, 22 7. Mudanças no Ponto de Equilíbrio no Mercado, 23 Capítulo 3 – Elasticidade, 27 1. Elasticidade, 27 2. Elasticidade Renda da Demanda, 29 3. Elasticidade Cruzada da Demanda, 30 4. Elasticidade Preço da Oferta, 32


Capítulo 4 – Produto e Custo, 35 1. Produção de Curto Prazo, 35 2. Custos de Produção, 37 Capítulo 5 – Teoria dos Mercados, 39 1. Tipos de Mercado, 39 Capítulo 6 – Produtos Nacional e Interno, 41 1. Produto Nacional e Produto Interno, 41 Capítulo 7 – Conceitos Macroeconômicos Básicos, 43 1. Moeda e Produto, 43 2. Conceitos Macroeconômicos Básicos, 45 Capítulo 8 – Balanço de Pagamentos, 46 1. Estrutura do Balanço, 46 2. Medidas que Melhoram o Saldo no Balanço, 47 Capítulo 9 – Mercado de Bens, 49 1. Equilíbrio no Modelo Keynesiano, 49 Gabarito, 52


Capítulo 1

Conceitos Fundamentais da Economia

1. Definição de Economia 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a definição de economia.

1.2 Síntese Economia é a ciência que estuda a escassez e, por isso, se preocupa em alocar os recursos orientando o que produzir, como produzir e para quem produzir com base em teorias e informações. Como os recursos são escassos e as necessidades humanas são ilimitadas, surge, então, o problema econômico que consiste em responder a três perguntas básicas: · O que produzir? · Como produzir? · Como distribuir?


6 As necessidades da população são infinitas. Todos querem cada vez mais, gerando um enorme problema. Quando os bens são escassos e existe demanda para eles, alguém será levado a exercer o direito de propriedade sobre esses bens e, por isso, é atribuído a eles um valor econômico. O ar é um bem livre, por isso, não é escasso. Um bem escasso não desejado pro ninguém, não há atribuição de valor econômico. Para o bem ser caracterizado como escasso e negociável, alguém tem de ser dono dele.

Exercício 1. (Gestor/Carlos Chagas/2000) O ar que respiramos pode vir a ter um preço na Lua, somente porque: a) Haverá o exercício do direito de propriedade sobre o ar, além do fato de que gastar-se-ão horas de trabalho para produzi-lo. b) Haverá um enfoque limitado do mesmo, além do fato de que haverá exercício do direito de propriedade sobre o mesmo. c) Serão utilizados fatores de produção escassos na sua produção. d) O ar é sempre demandado e será produzido por fatores de produção escassos, além do fato de que alguém exercerá o direito de propriedade sobre o mesmo. e) Haverá uma procura por ar, além do fato de que haverá a necessidade de produção de água (a água é um insumo na produção de ar).

2. Classificação dos Bens 2.1 Apresentação

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Nesta unidade, estudaremos a classificação dos bens.

2.2 Síntese Bem livre: é o bem que existe em abundância. Bem econômico: é um bem que tem valor econômico porque é escasso. Segundo Ronald Coase, é um bem que possui direito de propriedade. Bem adicionado: é aquele que é acrescido ao produto e determinará o bem final.


7 Bem intermediário: é o bem que está acrescido a um produto e que sofrerá algum processo de transformação, e que, portanto, não foi produzido naquele processo produtivo. Bem final: é o produto que, pela sua natureza, é final (pronto para o consumo). Ao contrário do bem intermediário, não será empregado como insumo na produção de outro bem. Bem de consumo: é aquele que será utilizado na satisfação direta das necessidades. Podem ser subdivididos em bens de consumo duráveis, quando o uso é prolongado, e bens de consumo não duráveis, quando o consumo se acaba com o tempo. Bem de capital: é aquele que não atende diretamente às necessidades. Ele serve para produzir outros bens e não são consumidos totalmente no processo de produção desses outros bens. Por exemplo, máquinas, equipamentos, ferramentas, entre outros.

Exercício 2. (Analista de Finanças e Controle/AFC/STN/Esaf/2002) Qualquer produto sujeito à lei da escassez é, por definição, um bem: a) De produção. b) Econômico. c) Livre. d) De consumo. e) De capital.

3. Classificação dos Mercados 3.1 Apresentação

3.2 Síntese Mercado de bens: aquele em que as firmas ofertam bens e serviços e as unidades familiares demandam bens e serviços. Quando o preço estiver alto, as pessoas irão demandar menos bens, por não quererem pagar um valor alto. Se o preço estiver pequeno, a quantidade será grande. Portanto, a demanda será uma função decrescente. Se o preço é alto, as empresas ofertantes vão querer ofertar muito. Se o preço é baixo, as empresas querem ofertar pouco.

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Nesta unidade, estudaremos a classificação dos mercados.


8 Mercado de fatores: aquele em que as unidades familiares ofertam fatores de produção (mão de obra, capital, empreendimento, matéria-prima e tecnologia) e as empresas demandam esses fatores de produção para poderem produzir. Observe que a demanda e a oferta nos dois mercados pertencem a agentes diferentes: Mercado de bens: Demanda à Famílias. Oferta à Empresas. Mercado de fatores: Demandaà Empresas. Oferta à Famílias. Obs.: Enquadra-se, no mercado de fatores, o mercado de trabalho. No fluxo circular da renda, os agentes econômicos são aqueles que, por meio de suas ações e decisões, interferem ou influenciam na economia. São eles: · Unidades familiares ou famílias; · Empresas; · Governo e · Setor externo. Num Sistema Econômico Simples, onde se considera a presença de apenas dois agentes econômicos, ou seja, as Unidades Familiares e as Empresas, pode-se montar o seguinte fluxo: Bens e serviços

Famílias

Fatores de produção Empresas Rendas

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Gastos

Pode-se observar a existência de dois tipos de fluxo: · Fluxo real: bens e serviços X fatores de produção; e · Fluxo monetário: rendas X gastos. Ou seja, as famílias vendem seus fatores de produção e são remuneradas em forma de salários, juros, aluguéis e lucros. Por outro lado, as famílias demandam bens e serviços produzidos pelas empresas e pagam por eles. É possível observar que isso conforma um fluxo contínuo. Além disso, verifica-se que a renda que sai das empresas para as famílias, depois retorna para as empresas, quando as famílias adquirem produtos. Por isso, o fluxo da renda é circular. Abaixo, é possível constatar os fatores produtivos e suas respectivas remunerações:


9 FATORES DE PRODUÇÃO

REMUNERAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO = RENDA

MÃO DE OBRAà

SALÁRIO (S)

CAPITAL à

JUROS (J)

MATÉRIA-PRIMA à

ALUGUEL (A)

EMPREENDIMENTO à

LUCRO (L)

TECNOLOGIA1 à

ROYALTIES (R) = RENDA

3. (AFTN/Esaf/Adaptada/1991) Assinale a informação falsa: a) Um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas em “famílias” e empresas”, que integram em dois tipos de mercados: mercados de bens de consumo e serviços e mercados de fatores de produção. b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as empresas, enquanto o fluxo contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de salários, aluguéis, dividendos e juros. c) Os mercados desempenham cinco funções principais: (i) estabelecem valores ou preços; (ii) organizam a produção; (iii) distribuem a produção; (iv) racionam os bens, limitando o consumo à produção e (v) prognosticam o futuro, indicando como manter e expandir a capacidade produtiva. d) No fluxo circular da renda, há dois fluxos. O fluxo real onde se encontram as remunerações dos fatores de produção e os gastos com bens e serviços; e o fluxo monetário, onde se encontram os bens e serviços e os fatores de produção. e) Renda é tudo aquilo que provém de salários, juros, aluguéis e lucros.

1 Alguns autores não incluem a tecnologia como fator de produção e, portanto, não incluem os royalties como remuneração de fator de produção.

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Exercício1


10

4. Curva de Possibilidade de Produção 4.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a curva de possibilidade de produção.

4.2 Síntese A Curva de Possibilidade de Produção (CPP) mostra a combinação de bens que poderão ser produzidos com a utilização de todos os recursos disponíveis. É uma curva típica de curto prazo, onde os recursos produtivos são constantes. De acordo com a curva abaixo, podem-se definir quatro pontos distintos, ou seja: O = pleno desemprego, ou seja, a produção é nula. C = economia opera com capacidade ociosa, ou seja, não utiliza todos os recursos disponíveis. I = produção impossível, já que não há recursos suficientes para produzir aquela quantidade de X e Y conjuntamente. H = máxima produção obtenível já que se encontra sobre a curva de possibilidade de produção. Nesse ponto, todos os recursos produtivos estarão sendo utilizados. É importante saber que qualquer ponto sobre a curva de possibilidade de produção representa produção máxima.

Y

.H

I

.C Economia e Finanças Públicas

.O

X

Custo de oportunidade é a quantidade de produto que tem que ser reduzida para produzir mais de outro bem. O custo de oportunidade é crescente porque a capacidade de produção da empresa é limitada e os recursos não são plenamente substituíveis entre si, o que faz com que a curva seja côncava em relação à origem. Se a produção estivesse entre a origem e a Curva de Possibilidade de Produção, o custo de oportunidade seria zero, porque basta que se utilizem os recursos


11 ociosos para poder produzir mais, sem que haja custos de oportunidade, ou seja, para produzir mais de X, não é necessário abrir mão de Y e vice-versa. A curva de Possibilidade de Produção se desloca se houver modificação da dotação de fatores de produção ou se houver alteração do desenvolvimento tecnológico.

Exercício 4. (Bacen/Vunesp/1998) Considere a seguinte curva de possibilidade de produção para uma determinada economia fictícia.

.H

.C .O

I

 J X

Onde Y e X são os únicos bens produzidos na economia. Com base nesta curva, pode-se afirmar que: a) A economia só poderá atingir o ponto I se houver um aumento na disponibilidade de seus recursos produtivos e/ou através de inovações tecnológicas. b) Os pontos C, H, I representam condições em que todos os recursos produtivos disponíveis estão sendo utilizados. c) A partir do ponto C só é possível atingir o ponto H se houver um aumento na disponibilidade de recursos produtivos na economia. d) Somente o ponto H representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois destaca-se por ser o ponto mais alto da curva. e) No curto prazo, os pontos H e I representam maiores potenciais de crescimento econômico (elevação do produto interno bruto) em relação ao ponto C.

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Y


Capítulo 2

Teoria Elementar de Equilíbrio

1. Demanda 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a demanda.

1.2 Síntese Entende-se por Demanda a quantidade de bens ou serviços que um consumidor ou um grupo de consumidores está disposto a comprar, a determinado preço. No mercado de bens, a demanda vai refletir o comportamento dos consumidores, ou seja, quando o preço do produto aumenta, os consumidores demandarão uma quantidade menor de produto. Quando o preço do produto diminui, os consumidores demandarão uma quantidade maior de produto.


13 Observe o gráfico abaixo e perceba que a inclinação da demanda é negativa.

Px

D(x)

Qdx

P

D

Qd

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Dados: Px = Preço do bem X Qdx = Quantidade demandada de X D (x) = Demanda pelo bem X A quantidade demandada por um bem X vai ser função de vários fatores, entre eles: · Preço de X; · Preço de outros bens relacionados com o bem procurado; · Renda disponível e · Hábitos de consumo etc. Considerando uma variação nos preços e as demais variáveis constantes, diremos que: Qd (x) = f (Px) Obs.: É importante saber que demanda é diferente de quantidade demandada. Demanda ≠ Quantidade demandada (Qd). A quantidade demandada é uma simples variável, enquanto a demanda é uma relação inversa entre preço e quantidade demandada. Graficamente, a quantidade demandada é um dos eixos do gráfico, enquanto a Demanda é a própria função. Observe, abaixo:


14 A Demanda é uma relação de preços com quantidades. Por exemplo: Demanda 1 à Qd = 20 – 2p Já a quantidade demandada, é um ponto na ,reta ou seja: Demanda 1 à Qd = 20 – 2p; quando o preço é 5, a quantidade demandada é 10.

P

5 D 10

Qd

Observe que a quantidade demandada de 10 é um ponto na função, enquanto a Demanda é a própria função.

Exercício

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5. (Concurso público do Município de Breves/GB/Economista/Adaptada/2007) Segundo a teoria microeconômica, o principal fator a determinar a quantidade procurada de um bem é: a) A renda real do consumidor. b) O preço do próprio bem. c) A renda monetária do consumidor. d) Os preços dos diversos bens substitutos. e) A necessidade pelo bem.

2. Fatores que Deslocam a Curva de Demanda 2.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos os fatores que deslocam a curva de demanda.


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2.2 Síntese Analisando os principais fatores que influenciam a quantidade demandada e a demanda de um bem, tem-se: I – preço do bem; II – renda; III – gosto; IV – propaganda; V – preço dos bens relacionados (bens substitutos e bens complementares); VI – expectativa etc. Caso haja alteração no preço do bem, a quantidade demandada se altera, mas a curva de demanda não. Observe, abaixo: Dada a função Demanda: Qd = 20 – 2p Se p = 5 à Qd = 10 Se p = 6 à Qd = 8

P 6 5 D 10

Qd

Observe que a alteração no preço do próprio bem provocou o deslocamento “NA” própria reta. Portanto, uma variação nos preços desloca apenas Quantidade demandada (Qd) e nunca a Demanda (“D”). Em relação à renda do consumidor, pode-se ter quatro diferentes situações: quando o bem for normal, superior, inferior ou bem de consumo saciado. Havendo aumento da renda do consumidor e sabendo que: Qd = f(R) Onde: Qd = quantidade demandada R = renda Quando o bem for normal: a renda aumentando, a quantidade demandada do bem aumenta, ou seja: 0 ≤ Δ Qd / ΔR ≤ 1. Isso provoca o deslocamento da curva de demanda para a direita ou para cima. Quando o bem for superior: a renda aumentando, a quantidade demandada do bem aumenta numa proporção maior que o aumento da renda, ou seja: Δ Qd /ΔR > 1.

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8


16 Isso provoca o deslocamento da curva de demanda para a direita ou para cima numa intensidade maior que de um bem normal. Quando o bem for inferior: a renda aumentando, a quantidade demandada do bem diminui. Por exemplo: a demanda por carne de segunda. Δ Qd / ΔR < 0. Isso provoca o deslocamento da curva de demanda para a esquerda ou para baixo. Quando o bem for de consumo saciado: a renda aumentando, a quantidade demandada não aumenta. Exemplo: a demanda por alimentos básicos como arroz, açúcar, sal etc. Δ Qd / ΔR = 0. Isso não provoca deslocamento da curva de demanda. Caso haja alteração no gosto do consumidor, podem ocorrer duas situações: · o gosto pelo bem ter aumentado e · o gosto pelo bem ter diminuído. Na primeira situação, haverá o deslocamento da curva de demanda para a direita e, no segundo caso, haverá o deslocamento da curva de demanda para a esquerda. Observe que a alteração no gosto do consumidor provocou o deslocamento “DA” curva de demanda. Caso haja maior divulgação do produto via propaganda, a demanda pelo bem aumenta. Caso contrário, a demanda pelo bem diminui. Na primeira situação, a curva de demanda se desloca para a direita e, na segunda situação, a curva de demanda se desloca para a esquerda. Observe que a alteração na propaganda provocou o deslocamento “DA” curva de demanda.

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Exercício 6. (Funape/UFPB/PRG/Coperve/Cagepa/2008) Considerando-se a relação entre demanda por um bem e a renda do consumidor, pode-se afirmar que: a) A relação entre renda e a demanda pelo bem é sempre positiva. b) Uma elevação na renda necessariamente eleva a demanda pelo bem. c) Uma elevação da renda não necessariamente eleva a demanda pelo bem. d) Não existe a possibilidade de a demanda pelo bem cair quando a renda aumenta. e) Elevações na renda causam necessariamente elevações na demanda pelo bem na mesma proporção.


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3. Preço dos Bens Relacionados 3.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos o preço dos bens relacionados.

Caso haja alteração do preço dos bens relacionados, há duas situações: quando se trata de bens substitutos ou quando se trata de bens complementares. Bens substitutos são bens concorrentes no consumo. O preço de um bem e a quantidade demandada de bens substitutos são diretamente proporcionais. Ex.: manteiga e margarina, carne bovina e frango, Coca-Cola e Pepsi-Cola. (Px↑Qy↑). Bens complementares são bens consumidos conjuntamente. O preço de um bem e a quantidade demandada do seu complementar são inversamente proporcionais. Ex.: terno e gravata; pão e manteiga; sapato e meia. (Px↑Qy↓) Supondo a elevação do preço do bem substituto (Py), a curva de demanda do bem em questão (Dx) se desloca para a direita. Supondo a elevação do preço do bem complementar (Py), a curva de demanda do bem em questão (Dx) se desloca para a esquerda. Observe que a alteração no preço dos bens relacionados provocou o deslocamento “DA” curva de demanda. Caso haja aumento das expectativas do consumidor, a demandada tende a aumentar e a curva de demanda se desloca para a direita. Caso haja diminuição das expectativas do consumidor, a demanda tende a diminuir e a curva de demanda se desloca para a esquerda. Observe que a alteração nas expectativas do consumidor provocou o deslocamento “DA” curva de demanda. Conclusão: somente a alteração no preço do próprio bem provoca um deslocamento “na” curva de demanda. Todas as outras alterações provocam deslocamento “da” curva de demanda.

Exercício 7. A elevação dos preços de um bem X promoveu a redução no consumo de um bem Y. Tudo o mais constante, podemos afirmar que estes bens são:

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3.2 Síntese


18 a) Complementares. b) Substitutos. c) Inferiores. d) Bens de Giffen. e) De consumo independente.

4. Bens de Giffen 4.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos os bens de Giffen.

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4.2 Síntese Os bens de Giffen são uma exceção à Lei Geral da Demanda, ou seja, há uma relação direta e não inversa entre a quantidade demandada e o preço do bem. É um caso especial de bem inferior. Observe o seguinte exemplo do consumo de batata na Irlanda, durante o século XVIII. Com a queda do preço da batata, o poder aquisitivo da população aumentou (a renda nominal permaneceu constante, mas a renda real aumentou), fazendo com que as pessoas consumissem outros produtos, já que o consumo da batata era saturado, ou seja, não conseguiam comer mais batatas do que habitualmente consumiam. Mas o consumo de outro bem obrigou a população a diminuir o consumo de batata, porque não suportava comer a quantidade de batata que comia, acrescida de um novo produto. Então, o que se observa é que o preço da batata caiu e a quantidade demandada também. Observe o esquema a seguir: Pb↓ R↑ Qdx↑ Qdb↓ Onde Pb = preço da batata R = renda real Qdx = quantidade demandada de outro bem Qdb = quantidade demandada de batata As condições, portanto, para satisfazer um bem de Giffen são: · ser um bem muito inferior; · apresentar consumo saturado; · ter alta participação no orçamento e · ter um comportamento coletivo. Entende-se por Oferta a quantidade de bens ou serviço que um produtor, ou um grupo de produtores, está disposto a vender, a determinado preço.


19 No mercado de bens, a oferta vai refletir o comportamento dos produtores, ou seja, quando o preço do produto aumenta, os produtores ofertam uma quantidade maior de produto. Quando o preço do produto diminui, os produtores ofertam uma quantidade menor de produto. Portanto: “O preço de um bem (p) e a sua quantidade ofertada (Qd) são diretamente proporcionais, ou seja, mantêm uma relação crescente entre si”. Observe o gráfico abaixo.

Px

O(x)

Qx A quantidade ofertada de um bem X vai ser função de vários fatores, entre eles: · Preço de X. · Preço de outros bens relacionados com o bem ofertado. · Preço dos insumos de produção. · Condições climáticas, etc. Considerando uma variação nos preços e as demais variáveis constantes, diremos que: Qo (x) = f (Px)

8. (Controlador da Arrecadação Federal/Prefeitura do RJ/FJG/Adaptada/2002) Um bem, cuja quantidade demandada cai quando o seu preço relativo diminui, é chamado bem: a) Normal. b) Inferior. c) Superior. d) De Giffen. e) Anormal.

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Exercício


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5. Curva de Oferta 5.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a curva de oferta.

5.2 Síntese Obs.: É importante saber que oferta é diferente de quantidade ofertada. Oferta ≠ Quantidade ofertada (Qo). A quantidade ofertada é uma simples variável, enquanto a oferta é uma relação direta entre preço e quantidade ofertada. Graficamente, a quantidade ofertada é um dos eixos do gráfico, enquanto a Oferta é a própria função. Observe, abaixo:

O

P

Qo A Oferta é uma relação de preços com quantidades. Por exemplo: Oferta 1 à Qo = 20 + 2p Já a quantidade ofertada é um ponto na curva, ou seja: Oferta 1 à Qo = 20 + 2p; quando o preço é 5, a quantidade ofertada é 30.

O

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P

5

30

Qo


21 Observe que a quantidade ofertada de 10 é um ponto na função, enquanto a Oferta é a própria função. Os principais fatores que afetam a oferta de um bem são: · Preço do bem. · Preço dos insumos (custos). · Condições climáticas. · Tecnologia. · Preço dos bens relacionados (substitutos e complementares). · Impostos etc. Caso haja alteração no preço do bem, a quantidade ofertada se altera, mas a curva de oferta não. Observe, abaixo: Dada a função Oferta: Qo = 20 + 2p Se p = 5 à Qo = 30 Se p = 6 à Qo = 32

P

O

6 5 Qo 32

Observe que a alteração no preço do próprio bem provocou o deslocamento “NA” própria curva. Portanto, uma variação nos preços desloca apenas Quantidade ofertada (Qo) e nunca a Oferta (“O”). Caso haja alteração no preço dos insumos, haverá alteração na curva de oferta. Se o preço dos insumos aumentar à desloca a curva de oferta para a esquerda. Se o preço dos insumos diminuir à desloca a curva de oferta para a direita. Observe que a alteração no preço dos insumos provocou o deslocamento “DA” curva de oferta. Caso haja melhora ou piora nas condições climáticas, a curva de oferta se desloca para a direita e para a esquerda respectivamente. Observe que a alteração no clima provocou o deslocamento “DA” curva de oferta.

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30


22 Caso haja alteração tecnológica, a curva de oferta se deslocará: Para direita à se a tecnologia melhorar. Para esquerda à se a tecnologia piorar. Observe que a alteração na tecnologia provocou o deslocamento “DA” curva de oferta.

Exercício 9. (Controlador de arrecadação/Prefeitura do RJ/FJG/Adaptada/2002) A curva da oferta de determinado produto se desloca para a direita quando se verifica: a) Aumento da renda dos consumidores. b) Aumento da produtividade do trabalho. c) Alteração da preferência do consumidor. d) Redução do preço dos bens concorrentes. e) Gosto do consumidor.

6. Fatores de Deslocamento da Curva de Oferta 6.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos os fatores de deslocamento da curva de oferta.

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6.2 Síntese Caso haja alteração no preço dos bens relacionados, ou seja, de bens substitutos na oferta ou complementares na oferta, haverá deslocamento da curva. Bens substitutos na oferta são aqueles que são concorrentes na produção, ou seja, o produtor pode produzir um ou outro produto. Ex.: Feijão ou soja, açúcar ou álcool. O preço de um bem e a quantidade ofertada do substituto são inversamente proporcionais, ou seja, quando o preço do bem Y aumenta, a quantidade ofertada de Y aumenta e, como Y é substituto de X, então, a quantidade ofertada de X diminui, deslocando a curva de oferta de X para a esquerda. Bens complementares na oferta são complementares na produção, ou seja, são produzidos conjuntamente. Ex.: carne e couro, diesel e gasolina.


23 O preço de um bem e a quantidade ofertada do bem complementar são diretamente proporcionais, ou seja, se o preço de Y aumentar, a quantidade ofertada de Y aumenta. Como Y é complementar de X, a quantidade de X aumenta também, deslocando a curva de oferta para a direita. Observe que a alteração no preço dos bens relacionados provocou o deslocamento “DA” curva de oferta. Se houver alteração nos impostos no sentido de aumentá-los ou diminuí-los, a curva de oferta se deslocará para a esquerda ou para a direita respectivamente. Observe que a alteração nos impostos provocou o deslocamento “DA” curva de oferta. Conclusão: somente a alteração no preço do próprio bem provoca um deslocamento “na” curva de oferta. Todas as outras alterações provocam deslocamento “da” curva de oferta.

Exercício 10. (Economista do Ministério das Minas e Energias/adaptada/1984) Um deslocamento da curva de oferta de um bem para a direita pode representar satisfatoriamente o seguinte evento econômico: a) Um aumento na renda real dos consumidores. b) A aplicação de um subsídio à produção do bem. c) A queda de sua produção em decorrência de um acidente (uma greve, por exemplo). d) Uma diminuição na renda real dos consumidores. e) A aplicação de um imposto sobre vendas.

7.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos as mudanças no ponto de equilíbrio no mercado.

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7. Mudanças no Ponto de Equilíbrio no Mercado


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7.2 Síntese Px

O(x) E

PE

D(x) Qx

QE

O equilíbrio no mercado se dará no cruzamento da oferta e da demanda (E). Caso o preço esteja acima do preço de equilíbrio, então a quantidade ofertada será maior que a quantidade demandada, ou seja, ocasionará um excesso de oferta. Observe no gráfico abaixo:

Px

Excesso de oferta

O(x)

D(x) Qdx

Qx

Qox

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Caso o preço esteja abaixo do preço de equilíbrio, então a quantidade ofertada será menor que a quantidade demandada, ou seja, ocasionará um excesso de demanda. Observe no gráfico abaixo:

Px

Excesso de demanda

O(x)

D(x) Qox

Qdx

Qx


25 Supondo um deslocamento da curva de demanda para a direita, o novo ponto de equilíbrio (E2) apresentará um preço e uma quantidade mais elevados que o equilíbrio anterior. Observe o gráfico abaixo:

P E2

O

D2 D1

Q

Supondo um deslocamento da curva de demanda para a esquerda, o novo ponto de equilíbrio (E2) apresentará um preço e uma quantidade mais reduzidos que o equilíbrio anterior. Observe o gráfico abaixo:

P

O

E2 D2

D1

Q

Supondo um deslocamento da curva de oferta para a direita, o novo ponto de equilíbrio (E2) apresentará um preço menor e uma quantidade maior que o equilíbrio anterior. Observe o gráfico abaixo:

P

E2

D1

Q

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O1 O2


26 Supondo um deslocamento da curva de oferta para a esquerda, o novo ponto de equilíbrio (E2) apresentará um preço maior e uma quantidade menor que o equilíbrio anterior. Observe o gráfico abaixo:

O2 P

O1

E2

D1

Q

Exercício

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11. (Programa de Certificação de Qualidade/Curso de administração/ FGV/2009) Num mercado em concorrência perfeita, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qs = 48 + 10P e Qd = 300 – 8P, onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será (em unidades): a) 2. b) 188. c) 252. d) 14. e) 100.


Capítulo 3

Elasticidade

1. Elasticidade 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a elasticidade.

1.2 Síntese Por meio da Elasticidade, é possível se fazer uma análise do impacto da alteração percentual de qualquer variável sobre a outra. Pode ser entendida, portanto, como a sensibilidade de uma variável sobre a outra. A Elasticidade Preço da Demanda (EPD) mede o impacto de uma variação percentual no preço de um bem X (Px) sobre uma variação percentual na sua quantidade (Qdx).

�P� �

%∆Qd %∆P


28 Supondo três situações diversas, é possível se verificar quando a Elasticidade Preço da Demanda é unitária, elástica ou inelástica. 1º Caso: Supondo que o preço se eleve de 20 para 22 e que isso acarrete uma diminuição da quantidade de 100 para 90. A variação percentual da quantidade demandada será:

10 1 100 10 ��� � � � 1 2 1 20 10

Qualquer variação percentual dos preços, acarreta na mesma variação da quantidade. Neste caso a elasticidade é unitária. 2º Caso: Supondo que o preço se eleve de 20 para 24 e que isso acarrete uma diminuição da quantidade de 40 para 20. A variação percentual da quantidade demandada será:

20 1 ��� � 40 � 2 � 2�5 4 1 20 5

Neste caso a elasticidade é elástica. 3º Caso: Supondo que o preço se eleve de 20 para 24 e que isso acarrete uma diminuição da quantidade de 100 para 90. A variação percentual da quantidade demandada será:

10 1 1 100 10 ��� � � � 4 1 2 20 5

Economia e Finanças Públicas

Essa situação é inelástica = pouco sensível. Quando é unitária é igual a 1. Quando é elástica > 1. Quando é inelástica < 1.

Exercício 12. (AFTN) A elasticidade preço da demanda do bem X é 0,5. Esta informação permite concluir que: a) Uma elevação do preço de X determina uma elevação de sua quantidade demandada em proporção maior que a elevação do preço. b) Uma redução do preço de X determina uma elevação de sua quantidade demandada em proporção maior que a redução no preço.


29 c) Uma elevação do preço de X determina uma redução de sua quantidade demandada em proporção menor que a elevação no preço. d) Uma redução do preço de X determina uma redução de sua quantidade demandada em proporção menor que a redução do preço.

2. Elasticidade Renda da Demanda 2.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a elasticidade renda da demanda.

2.2 Síntese A Elasticidade Renda da Demanda (ERD) mede o impacto de uma variação percentual na renda de um indivíduo (R) sobre uma variação percentual na quantidade (Qdx).

�R� �

%∆Qd %∆R

�8 �1 80 ��� � � 10 � �1 � �0�2 1 500 5 2 1.000

Quando o resultado é negativo, há um bem inferior. Significa que qualquer variação percentual da renda vai acarretar uma variação percentual na quantidade demandada em sentido oposto. Quando isso ocorre, diz-se que o bem em questão é um bem inferior.

Economia e Finanças Públicas

Quando ocorre uma variação percentual da renda, gera uma variação percentual da quantidade demandada, ou seja, um aumento do primeiro acarreta um aumento ou uma diminuição do segundo, bem como uma diminuição do primeiro acarreta um aumento ou diminuição do segundo. Portanto, a elasticidade renda da demanda será uma relação positiva ou negativa. Portanto, a análise do sinal é muito importante. Supondo três situações diversas, é possível se verificar quando a elasticidade renda da demanda é positiva e maior que um, positiva entre zero e um, inclusive, e negativa. Analisando cada um desses casos, tem-se: 1º Caso: Supondo que a renda se eleve de 1.000 para 1.500 e que isso acarrete uma diminuição da quantidade de 80 para 72. A variação percentual da quantidade demandada será:


30 2º Caso: Supondo que a renda se eleve de 1.000 para 1.500 e que isso acarrete um aumento da quantidade demandada de 80 para 112. A variação percentual da quantidade demandada será:

��� �

32 80 � 0,4 � 0,8 500 0,5 1.000

Significa que qualquer variação percentual da renda vai acarretar uma variação percentual na quantidade entre 0% e 100% desse aumento da renda, ou seja, a Elasticidade Renda da Demanda vai oscilar entre zero e um. 3º Caso: Supondo que a renda se eleve de 1.000 para 1.500 e que isso acarrete um aumento da quantidade demandada de 80 para 160. A variação percentual da quantidade demandada será:

80 1 ��� � 80 � � 2 1 500 2 1.000

Significa que qualquer variação percentual da renda vai acarretar uma variação percentual maior na quantidade demandada, ou seja, a ERD vai ser maior que um.

Exercício

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13. Quando a elasticidade renda da demanda por determinado bem é igual a (-) 0,5, o bem é considerado: a) Inferior. b) Normal. c) Inelástico. d) Superior. e) De luxo.

3. Elasticidade Cruzada da Demanda 3.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a elasticidade cruzada da demanda.


31

3.2 Síntese A Elasticidade Cruzada da Demanda (ECD) mede o impacto de uma variação percentual no preço de um bem (Y) sobre uma variação percentual na quantidade demandada de X (Qdx).

∆Qdx %∆Qdx Qdx ��� � � ∆Py %∆Py

��� � ����� � ���� 5 1 10 � 2 � 2�5 ��� � 20 1 100 5

Como ECD > 0, os bens X e Y são substitutos. Quando o preço de um bem Y sobe de 100 para 120 acarretando uma queda da quantidade demandada de um bem X de 100 para 80, a elasticidade cruzada da demanda será:

Economia e Finanças Públicas

Quando ocorre uma variação percentual do preço de Y, gera uma variação percentual da quantidade demandada de X, ou seja, um aumento do primeiro acarreta um aumento ou uma diminuição do segundo, bem como uma diminuição do primeiro acarreta um aumento ou diminuição do segundo. Portanto, a elasticidade renda da demanda será uma relação positiva ou negativa. Logo, a análise do sinal é muito importante. Analisando da seguinte maneira, tem-se: Se o preço de Y (Py) sobe de 100 para 120, levando a um aumento da quantidade demandada de X, de 10 para 15, então, diz-se que Y e X são bens substitutos e apresenta uma elasticidade cruzada da demanda positiva. Quando Py↓ Qdy↓ Qdx↑ à bens substitutos. Observe que o sentido da seta do Py e da Qdx é o mesmo. Se o preço de Y (Py) sobe de 100 para 120, levando a uma redução da quantidade demandada de X, de 100 para 80, então, diz-se que Y e X são bens complementares e apresenta uma elasticidade cruzada da demanda negativa. Quando Py↑ Qdy↓ Qdx↓ à bens complementares. Observe que o sentido da seta do Py e da Qdx é oposto. Quando o preço de um bem Y sobe de 100 para 120 acarretando uma elevação da quantidade demandada de um bem X de 10 para 15, a elasticidade cruzada da demanda será:


32

��� � ����� � ���� 20 100 ��� � � �1 20 100

Como ECD < 0, os bens X e Y são complementares. Obs.: Se os bens não apresentarem nenhuma relação um com o outro, então a Elasticidade Cruzada da Demanda é zero.

Exercício

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14. (MPE/AM/FGV/2002) Num sistema econômico hipotético, um setor industrial produz os bens A e B. Em decorrência do aumento da alíquota do Imposto de Importação da principal matéria-prima utilizada na produção do bem B, foi necessária a elevação de seu preço de venda. Sabe-se que: I. elasticidade cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B: 80%; II. quantidade do bem A antes da elevação do preço de B: 30.000 unidades; III. preço do bem B antes do aumento: $ 3,00; IV. variação no preço do bem B: 50%. De acordo com as informações acima, pode-se afirmar que a variação na quantidade demandada do bem A, em função da elevação do preço do bem B, corresponde a: a) 12.000 unidades. b) 15.000 unidades. c) 24.000 unidades. d) 42.000 unidades. e) 45.000 unidades.

4. Elasticidade Preço da Oferta 4.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a elasticidade preço da oferta.


33

4.2 Síntese A Elasticidade Preço da Oferta mede a variação percentual na quantidade oferta de x em decorrência de uma variação percentual no preço de x.

∆Qo %∆Qo Qo �P� � � ∆P %∆P P

Onde: %ΔQo = variação percentual na quantidade ofertada. %ΔP= variação percentual no preço. Sabendo que: %ΔQo = ΔQo / Qo %ΔP = ΔP / p Quando ocorre uma variação percentual do preço, há uma variação percentual da quantidade ofertada no mesmo sentido, ou seja, um aumento do primeiro acarreta um aumento do segundo, bem como uma diminuição do primeiro acarreta uma diminuição do segundo. Portanto, a elasticidade preço da oferta será uma relação sempre positiva. Supondo três situações diversas, é possível se verificar quando a elasticidade preço da oferta é unitária, elástica ou inelástica. 1º Caso: Supondo que o preço se eleve de 20 para 22 e que isso acarrete um aumento da quantidade de 100 para 110. A variação percentual da quantidade ofertada será:

EPO = 1 (elasticidade unitária) Significa que qualquer variação percentual dos preços vai acarretar igual variação percentual na quantidade ofertada. 2º Caso: Supondo que o preço se eleve de 20 para 24 e que isso acarrete um aumento da quantidade ofertada de 40 para 80. A variação percentual da quantidade ofertada será:

40 1 EPo � 40 � � 5 40 1 20 5

Significa que qualquer variação percentual dos preços vai acarretar uma variação percentual maior na quantidade ofertada.

Economia e Finanças Públicas

10 100 ��� � � 1 2 100


34 3º Caso: Supondo que o preço se eleve de 20 para 24 e que isso acarrete um aumento da quantidade ofertada de 100 para 110. A variação percentual da quantidade ofertada será:

10 1 100 10 ��� � � � 0�5 4 1 20 5

A variação percentual dos preços será: %ΔP = ΔP / p Ou seja: Logo, a elasticidade preço da oferta será: EPO = 0,5 (inelástica) Significa que qualquer variação percentual dos preços vai acarretar uma variação percentual menor na quantidade ofertada.

Exercício

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15. Quando a elasticidade preço da oferta é igual a “um”, diz-se que: a) A oferta é elástica. b) A oferta é inelástica. c) Um aumento de 10 nos preços provocará um aumento idêntico da quantidade ofertada. d) Um aumento dos preços desloca a função oferta para a direita. e) Um aumento percentual nos preços provoca um idêntico aumento percentual na quantidade ofertada.


Capítulo 4

Produto e Custo

1. Produção de Curto Prazo 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos o produto e custo.

1.2 Síntese Alguns conceitos básicos: Produto Médio (Pme) Produto Marginal (Pmg)

Produto Total (PT)

=

Quantidade Produzida (Q) =

Variação no Produto Total (ΔPT)

Variação na Quantidade Produzida (ΔQ) Curto Prazo em microeconomia é o tempo suficiente para que pelo menos um dos fatores de produção (K ou L) seja fixo.


36

Economia e Finanças Públicas

Considerando o Capital como um insumo fixo e a mão de obra como um insumo variável, observe o seguinte exemplo: Número de capital

Número de trabalhadores

Produção total

Produção média da mão de obra

Produção marginal da mão de obra

3

1

20

20

-

3

2

48

24

28

3

3

78

26

30

3

4

104

26

26

3

5

122

24,4

18

3

6

132

22

10

3

7

132

18,85

0

3

8

128

16

-4

Observe que o número de capital é constante, variando apenas o número de trabalhadores. Conforme o número de trabalhadores aumenta, a produção total aumenta também até que o 7º funcionário tenha sido empregado no processo produtivo, ou seja, a partir do 7º funcionário, a produção se mantém constante e o emprego de mais um de mão de obra, ou seja, o 8º trabalhador, acarretará uma diminuição da produção do total (a produção total de 132 cai para 128). Isso se dá porque, na medida em que se emprega mais “um” de mão de obra, a princípio, a produção sobe a taxas crescentes (observe que o produto marginal até o terceiro funcionário é positivo e crescente). A partir do 4º funcionário até o 6º funcionário, o produto total cresce, porém a taxas decrescentes, porque o produto marginal é positivo, porém decrescente. Isso significa que, apesar da contribuição para produção total pela contratação de mais um funcionário tenha sido positiva, ela foi também cada vez menor (observe o produto marginal a partir do 4º funcionário). Até o sexto funcionário, ela é positiva, indicando que a contribuição faz aumentar o produto total. Com o emprego do 6º trabalhador, a produção não aumenta, significando que a contribuição desse trabalhador a mais para a produção total foi igual a zero (observe que o produto marginal é zero). A partir do emprego do 8º trabalhador, a produção total tende a cair porque o produto marginal do 8º trabalhador é negativo, ou seja, é –4, significando que esse 8º trabalhador contribui negativamente para o produto total. A esse comportamento dá-se o nome de: Lei dos Rendimentos Físicos Marginais Decrescentes ou Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes ou simplesmente Lei dos Rendimentos Decrescentes.


37 A Lei dos Rendimentos Físicos Marginais Decrescentes afirma que a adição de “um” fator de produção variável, mantendo-se constante o outro fator, tem como resultado: · inicialmente o Produto Total cresce e o produto marginal da mão de obra é positivo e crescente. · depois, o Produto Total cresce e o produto marginal da mão de obra é positivo e decrescente. · depois, o Produto Total mantém-se constante e o produto marginal da mão de obra é zero. · depois, o Produto Total é decrescente e o produto marginal da mão de obra é negativo. Quando o Pmg é maior do que o Pme, este último é crescente. Quando o Pmg e Pme são iguais, o Pme é máximo. Quando Pmg for menor que o Pme, este último é decrescente.

Exercício 16. (IBGE) A lei dos rendimentos decrescentes ou do produto marginal decrescente afirma que: a) A taxa de variação da produção da firma é decrescente. b) Os rendimentos decrescentes de escala prevalecem em todas as etapas da produção. c) A produtividade média do fator de produção é decrescente. d) Quando todos os fatores de produção variam, a taxa de variação da produção aumenta, depois decresce e, por último, se estabiliza. e) No curto prazo, a produção cresce a taxas crescentes, inicialmente, depois cresce a taxas decrescentes e, por último, decresce.

2. Custos de Produção

Nesta unidade, estudaremos os custos de produção.

2.2 Síntese No curto prazo, o Custo Total será a soma do Custo Fixo e do Custo Variável.

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2.1 Apresentação


38 CUSTO TOTAL (CT) = CUSTO FIXO (CF) + CUSTO VARIÁVEL (CV) Entende-se por: · Custo Fixo (CF): custo que não depende da quantidade produzida. Ex.: aluguel do prédio. Independente da quantidade produzida, o aluguel do prédio será constante. · Custo Variável (CV): custo que depende da quantidade produzida. Caso não haja produção, o CV é zero. O CV é uma função crescente. Ex.: matéria-prima. Quanto mais se produz, mais matéria-prima se utiliza. Define-se o Custo Total Médio (Cme) pela divisão do Custo Total pela quantidade produzida. Como o Custo Total é a soma do Custo Fixo e do Custo Variável, então, define-se o Custo Médio pela soma do Custo Fixo e Custo Variável dividida pela quantidade produzida, ou seja, pela soma do Custo Fixo Médio e Custo Variável Médio. O Custo Marginal é a relação entre a variação do Custo Total e a variação da quantidade, ou seja, é o custo que se tem ao se produzir uma unidade extra de produto. Cme =

Cme=

Custo Total (CT) Quantidade produzida

Custo Fixo Quantidade produzida

+

Custo variável Quantidade produzida

Cme= Custo fixo médio (CFme) + Custo variável médio (CVme) Cmg=

Variação do Custo Total Variação da quantidade

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Exercício 17. (Fiscal de Contribuições Previdenciárias/adaptada) Se o custo marginal de um produto é crescente, podemos afirmar que: a) O custo médio também é crescente. b) O custo médio é decrescente. c) O custo marginal é inferior ao custo médio. d) O custo médio é inferior ao marginal. e) Nada se pode afirmar com relação ao comportamento do custo.


Capítulo 5

Teoria dos Mercados

1. Tipos de Mercado 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos os tipos de mercado.

1.2 Síntese Mercado é o local onde se encontram vendedores e produtores de determinado bem. Mercado em Concorrência Perfeita é um tipo de mercado onde há um grande número de pequenos vendedores e muitos compradores, em que o produto transacionado é homogêneo e há perfeita mobilidade de fatores de produção. Há, também, livre mobilidade de empresas no mercado. Nessa estrutura de mercado, há pleno conhecimento de preços e salários. Há, portanto, simetria


40 de informações. Os compradores e vendedores da firma individual são tomadores de preço, ou seja, não afetam o preço de mercado. Portanto, uma firma isolada não pode alterar o preço, muito embora, todas as firmas juntas possam. Mercado em Concorrência Imperfeita é um tipo de mercado onde existe pelo menos um comprador ou vendedor com poder de alterar os preços. São exemplos de concorrência imperfeita: · Monopólio: mercado com um único vendedor. · Monopsônio: mercado com um único comprador. · Oligopólio: mercado onde existe um número reduzido de grandes firmas ofertando o produto. Na situação de haver duas empresas, ocorre o duopólio. · Oligopsônio: mercado onde existe um número reduzido de grandes compradores de um determinado produto. Concorrência Monopolística é o mercado no qual, apesar da existência de um grande número de vendedores e compradores, há uma certa heterogeneidade no produto fazendo com que, apesar do produto ser diferente, apresente substitutos passíveis de concorrência. Embora seja uma estrutura de mercado localizada entre a concorrência perfeita e o monopólio, não é um oligopólio porque na concorrência monopolística há muitos compradores e muitos vendedores. Vendedores esses que possuem poder concorrencial embora possuam produtos diferenciados e segmentos de mercado diferentes. A margem na determinação dos preços não é muito grande pela existência de substitutos no mercado, mas garante um certo poder sobre o preço apesar do mercado ser competitivo.

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Exercício 18. (Fundação Carlos Chagas) Uma estrutura de mercado caracterizada por muitas firmas e compradores, produtos homogêneos, livre entrada e saída do mercado, completo conhecimento e mobilidade, é conhecida como: a) Concorrência monopolista. b) Monopsônio. c) Oligopólio. d) Concorrência imperfeita.


Capítulo 6

Produtos Nacional e Interno

1. Produto Nacional e Produto Interno 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos o produto nacional e produto interno.

1.2 Síntese O Produto da economia pode ser Nacional ou Interno: Produto Nacional (PN) é o produto que pertence ao país independente de ter sido produzido dentro das fronteiras nacionais. Uma empresa brasileira instalada no exterior irá produzir no exterior e, por conseguinte, irá gerar uma renda. Essa renda quando enviada ao Brasil fará parte da Renda Nacional ou Produto Nacional. Produto Interno (PI) é o produto que é produzido dentro das fronteiras territoriais do país, independente de pertencer a esse país ou não. Assim, se uma


42 empresa multinacional, instalada no Brasil, produz aqui, o seu produto fará parte do Produto Interno brasileiro. Renda enviada e renda recebida não corresponde à mercadoria (importação e exportação). Renda se refere a salários, aluguéis, juros, lucros. Como o Brasil tem muitas empresas multinacionais, a renda que ele envia ao exterior é grande. Portanto, o produto interno é maior que o produto nacional.

Exercício

Economia e Finanças Públicas

19. (Analista-Susep/Esaf/Adaptada/2002 e MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento – APO – Mpog/Esaf/2008) De acordo com os conceitos de produto agregado, é incorreto afirmar que: a) O crescimento do produto agregado total pode não significar um crescimento do produto per capita. b) O Produto Interno tem sido maior que o Produto Nacional no Brasil. c) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedades de residentes. d) O PIB avaliado pela ótica do produto mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital. e) Não é possível o Produto Nacional ser maior que o Produto Interno.


Capítulo 7

Conceitos Macroeconômicos Básicos

1. Moeda e Produto 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a moeda e o produto.

1.2 Síntese Para que se possa medir o produto da economia, devem-se agregar (= juntar) todos os bens e serviços e avaliá-los por meio de uma única unidade monetária de medida denominada: Moeda Por meio da Moeda, é possível somar todos os bens que a economia produziu em unidades monetárias. Dessa forma, uma das maneiras de se determinar o produto (= bens e serviços) produzido pela economia é somar todas as quantidades produzidas e multiplicar pelo seu respectivo preço.


44 Produto = ∑ (quantidade x preço) Portanto, produto é o valor em unidades monetárias dos bens e serviços finais produzidos em uma economia em determinado período de tempo. Define-se produto per capita a relação entre o produto da economia e o número de pessoas residentes. Produto per capita =

Produto da economia

Número de pessoas residentes É importante frisar que o produto per capita não é um bom indicador para medir qualidade de vida ou bem-estar social de um país, já que o produto poderá estar concentrado nas mãos de poucos. Assim, se um país produz 1.000 e o número de residentes desse país é 100, o produto per capita é 10, o que não significa que cada residente, de fato, receberá 10, já que alguns podem ter recebido bem mais que 10 e outros bem menos. Existem índices como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o índice de Gini, que são capazes de fazer essa medição de maneira bem mais realista.

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Exercício 20. (Mpog/Analista de Planejamento e Orçamento – APO – Mpog/Adaptada/Esaf/2008) No que diz respeito aos agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das Contas Nacionais são as medidas de produto, renda e despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere aos agregados macroeconômicos: a) As medidas de produto, renda e despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo revelando várias etapas da atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. d) O Índice de Gini mede o nível de concentração de renda de um país. e) O IDH mostra que quanto maior a qualidade de vida de uma população, mais próximo de “um” se aproxima esse índice


45

2. Conceitos Macroeconômicos Básicos 2.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos os conceitos macroeconômicos básicos.

2.2 Síntese Produto intermediário é o material utilizado para elaboração do produto, ou seja, são os insumos, os bens ou os serviços utilizados para que a produção seja possível. Produto adicionado é o produto somado ao que está sendo utilizado, ou seja, acrescentado ao produto (= consumo) intermediário. É a participação (contribuição) de cada setor na confecção do produto. É o valor que o setor adiciona ou agrega aos bens e aos serviços consumidos no seu processo produtivo. A soma dos produtos adicionados é, de fato, o produto final, ou seja, a soma dos produtos adicionados determina o produto agregado. É obtido pela subtração do consumo intermediário absorvido por essas atividades do valor Bruto de Produção (VBP). Produto agregado (ou adicionado) = VBP – Consumo Intermediário

Exercício

Produto

Valor do Produto

Insumos

Valor Adicionado

Trigo

10

0

10

Farinha

15

10

5

Pão 20 15 5 Nesse caso, o valor adicionado e o valor bruto da produção são, respectivamente, iguais a: a) 5 e 20. b) 20 e 20. c) 20 e 5. d) 20 e 45.

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21. (Economista/Petrobras/Cesgranrio/2005) Um país produz um único bem final, o pão, que é consumido por seus habitantes. O processo de produção do pão é descrito a seguir.


Capítulo 8

Balanço de Pagamentos

1. Estrutura do Balanço 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos a estrutura do balanço.

1.2 Síntese O Balanço de Pagamentos registra todas as transações entre residentes e não residentes de um país em um determinado tempo. Estrutura do balanço de pagamentos (depois de 2001) (apresentação resumida): · Balanço de pagamentos: – Conta-corrente; – Balança comercial; – Balança de serviços;


47

·

·

· · ·

– Balança de rendas (serviços fatores) e – Transferências unilaterais correntes. Ex.: ajuda humanitária. Conta capital: transferências entre capital, correspondente a patrimônio de migrantes. É nessa conta que se registra quando o país adquire patentes, marcas ou direito autoral. Conta financeira (capital autônomo e capital compensatório): – I – investimento direto: quando países do exterior investem positivamente no país. – II – investimento em carteira: títulos que o país vende lá fora. – III – derivativos: título em que se negociam a sua valorização. – IV – outros investimentos. Erros e omissões: lançamentos são feitos por valor estimado, e não se tem se tem o valor exato. Variação das reservas internacionais se o saldo for negativo. Atrasados.

Exercício 22. (AFRF/Esaf/2002 – II) Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que: a) As exportações de empresas multinacionais instaladas no Brasil são computadas na balança comercial do país. b) Os investimentos diretos fazem parte dos chamados movimentos de capitais autônomos. c) O saldo da conta transferências unilaterais faz parte do saldo do balanço de pagamentos em transações correntes. d) O saldo total do balanço de pagamentos não é necessariamente nulo. e) As chamadas rendas de capital fazem parte do denominado balanço de serviços não fatores.

2. Medidas que Melhoram o Saldo no Balanço

Nesta unidade, estudaremos as medidas que melhoram o saldo no balanço.

2.2 Síntese Caso o Balanço de Pagamentos encontre-se deficitário ou com saldo insatisfatório, algumas medidas podem fazer o resultado do Balanço de Pagamentos melhorar:

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2.1 Apresentação


48 · Conceder subsídios à exportação do país. · Redução do nível de atividades econômicas interna, afetando a importação. · Elevação da taxa de juros interna. · Desvalorização do Real, para que fique mais fácil a venda do nosso produto no exterior. · Desvalorização real da taxa de câmbio. · Restrições tarifárias e não tarifárias às importações. · Restrição à saída de capitais. · Redução do nível geral de preços internos.

Exercício

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23. (AFRF/Esaf/2000) São medidas que tendem a corrigir déficits no balanço de pagamentos: a) Redução do nível de atividade econômica, redução das taxas internas de juros, desvalorização da taxa nominal de câmbio. b) Elevação do nível de atividade econômica, redução das taxas internas de juros, desvalorização da taxa nominal de câmbio. c) Redução do nível de atividade econômica, redução no nível geral de preços internos, elevação das taxas internas de juros. d) Elevação do nível de atividade econômica, redução das taxas internas de juros, redução no nível geral de preços internos. e) Elevação do nível de atividade econômica, elevação das taxas internas de juros, elevação no nível geral de preços internos.


Capítulo 9

Mercado de Bens

1. Equilíbrio no Modelo Keynesiano 1.1 Apresentação Nesta unidade, estudaremos o equilíbrio do modelo Keynesiano.

1.2 Síntese Com o conhecimento do pensamento keynesiano, sabe-se que o Produto será determinado pela demanda por bens e serviços de todos os setores da economia, ou seja, o Produtor só irá produzir seu Produto se souber que tem para quem vendê-lo. A demanda agregada será constituída pela demanda de bens e serviços dos setores da economia, que são:


50 · Unidades familiares Setores da Economiaà

· Empresas · Governo · Setor Externo

Sabendo que a Demanda Agregada é a demanda por bens e serviços dos setores da economia e que esses setores demandam bens e serviços para: · Unidades familiares à Consumir àC Os setores da econo- · Empresas à mia demandam bens · Governo à e serviços para à · Setor Externo à

Investir àI Gastar àG (= consumo do governo) Exportar à X

Logo: Demanda Agregada = d.a. d.a. = C + I + G + X No equilíbrio, a demanda agregada (d.a.) vai ser igual à oferta agregada (o.a.), logo: d.a. = o.a. Como na economia os setores demandam bens que têm componentes importados, então a oferta de bens e serviços será composta do Produto Interno Bruto a preço de mercado mais o Produto que foi importado. o.a. = Produto Interno Bruto a preço de mercado + importação de bens e serviços não fatores o.a = PIBpm + M Chamando PIBpm de Y, tem-se: o.a. = Y + M Como no equilíbrio: o.a. = d.a. Então: Y + M = C + I + G + X Passando M para o outro termo, tem-se: Y = C + I + G + X – M

Economia e Finanças Públicas

Exercício 24. (UFRJ/IBGE/Adaptada/NCE/2001) Para uma economia fechada, os dados das Contas Nacionais são: Y = 5000 (produto agregado) G = 1.000 (gastos do governo) T = 1.000 (total do imposto) C = 250 + 0.75(Y – T) (consumo do setor privado) I = 1.000 – 50 r (investimentos) r = taxa de juros dada em porcentagem.


51

Economia e Finanças Públicas

Para essa economia, a taxa de juros de equilíbrio será dada por: a) 5%. b) 7,5%. c) 10%. d) 15%. e) 17,5%.


52

Economia e Finanças Públicas

Gabarito

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.

Letra D. Letra B. Letra D. Letra A. Letra B. Letra C. Letra A. Letra D. Letra B. Letra B. Letra B. Letra C.

13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

Letra A. Letra A. Letra E. Letra E. Letra E. Letra E. Letra E. Letra C. Letra D. Letra E. Letra C. Letra A.


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