Revista Manutenção & Gestão de Ativos - Edição 154

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NBR-ISO 55000 um marco para a Gestão de Ativos Requisitos da norma buscam aprimorar a atuação das empresas brasileiras e são aplicáveis a qualquer tipo de organização

Leia também:

Infra

Novas tecnologias ajudam no plano de manutenção de elevadores

Carreira

ano 27 edição 154

MBAs e Cursos de curta duração para romper fronteiras profissionais ISSN 0102-9401

IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT

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Palavra do Presidente

NBR-ISO 55000 abre uma nova era

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publicação da nova norma ISO 55000:2014 é um marco histórico no desenvolvimento da gestão de excelência nas empresas e sinaliza uma mudança de patamar para a comunidade de Manutenção e Gestão de Ativos. Fundada no pós-guerra com o objetivo de padronizar normas e procedimentos e oferecer especificações no estado da arte para produtos, serviços e boas práticas, a International Organization for Standardization (ISO) tem impactado decisivamente a indústria, a nível mundial, tornando-a mais eficiente e ajudando a romper barreiras para o comércio global. Mais de 19500 normas internacionais já foram publicadas pela organização, desde sua fundação, com foco em aspectos tecnológicos e empresariais em, virtualmente, todos os segmentos econômicos. A grande novidade da nova norma é que, pela primeira vez em sua história, a ISO envereda pela seara da Gestão de Ativos, ao propor princípios e terminologias padrão, que irão ajudar a desenhar e equalizar modelos avançados de administração para organizações de todos os tipos e tamanhos, desde a fase de planejamento de plantas e produtos, até o descarte final de máquinas e equipamentos. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que representa a ISO no Brasil, debru-

João Ricardo Barusso Lafraia, presidente da ABRAMAN

çou-se sobre a nova norma, em português, no âmbito da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Ativos, coordenada pela Abraman e pelo Instituto Brasileiro do Cobre, para adequação da ISO 55000:2014 a nossa realidade e disseminação dos seus conceitos. A Abraman foi pioneira na matéria ao publicar, no Brasil, a PAS 55, o embrião da ISO 55000:2014, desenvolvida pelo Instituto de Gestão de Ativos do Reino Unido (IAM) e pela British Standards Institution e liderou os esforços para que a publicação da NBR-ISO 55000 fosse simultânea à norma internacional. O processo é irreversível e a publicação da série ISO 55000:2014 demandará a formação de auditores credenciados, com conhecimento específico em Gestão de Ativos, para conduzir o processo de certificação de empresas, algo que teve início com a PAS 55 e que, a partir de agora, adquire uma nova dinâmica com a norma internacional. Ativos e valores que formam a base para a sustentação e sucesso dos negócios. A certificação pela NBR-ISO 55000:2014 será a chancela com reconhecimento internacional para atestar excelência de gestão e abrir para as empresas o exclusivo clube das organizações de classe mundial. Entramos, definitivamente, na nova era de Gestão de Ativos.

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notas

Supervia apresenta trem nacional com oito vagões Investimento de R$ 280 milhões inclui a construção de uma fábrica de montagem das composições

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oi apresentado em janeiro, na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, o primeiro trem, com oito carros, adquirido e fabricado no Brasil. A previsão é que esta composição inicie sua operação plena até o fim de março. “A renovação da frota dos trens do Rio será acelerada pela aquisição das composições fabricadas no País e que adquirimos com quatro anos de antecedência. Os nossos investimentos para revitalizar o sistema ferroviário do Rio de Janeiro contemplam a aquisição de novos trens, além de reformas de estações, troca de trilhos e dormentes e a renovação da rede aérea”, afirmou o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha. Todos os 80 novos carros nacionais contarão com design inovador, ar-condicionado, passagem interna entre os vagões, sistema que não permitirá a abertura de portas durante as viagens, circuito interno de câmera e painéis de LED, e capacidade para transportar até 2.600 passageiros por composição. O investimento total é de R$ 280 milhões e contempla, também, a construção de uma fábrica de montagem de trens nas dependências da empresa, em Deodoro, que será utilizada para concluir a produção das composições.

ÍNDICE / expediente

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Opinião - Jorge L. Videira

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Carreira

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Coluna Internacional

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Sustentabilidade

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Artigo - João Ricardo Barusso Lafraia

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Infraestrutura

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Trabalho Técnico

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Capa

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Filiais

MEMBRO FUNDADOR DO GLOBAL FORUM

Revista

ano 27 - edição 154

é uma publicação bimestral da Abraman Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos Av. Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20 020-080 Tel: (21) 3231-7000 / Fax: (21) 3231-7002 / www.abraman.org.br Críticas, dúvidas e sugestões: revistamanutencao@abraman.org.br Conselho Editorial: Alexandre Fróes (NSK); Antonio Carlos Vaz Morais (PETROBRAS); Arlete Paes (SKF); Bruno Ferreira (CEGELEC); Carlos Alberto Barros Gutiérrez (NM ENGENHARIA); Eduardo de Santana Seixas (RELIASOFT); Fabiana Gimenez (SKANSKA); Fabio Gomes (ABRAMAN); Joazir Nunes Fonseca (ELETROBRÁS - UNISE); Renata Gonçalves Ramos (COMAU); Wagner Gorza (ARCELORMITTAL); Produção: Comunicação Interativa Editora - Tel: (11) 3032.0262 - Jornalista Responsável: Jackeline Carvalho (MTB 12456); Consultor Editorial: Antonio Alberto Prado (AAPrado & Associados); Reportagem: Murilo Tomaz, Jackeline Carvalho, Luciana Robles e Mayra Feitosa; Direção Comercial: Marcelo Leite Augusto; direção de arte: Ricardo Alves de Souza; FOTO DA CAPA: Dreamstime

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FILIAIS

Filial X (MA-PI)

Filial X promove evento sobre a importância da Gestão de Ativos

Encontro também abordou a importância da Manutenção como elemento de sustentabilidade das organizações, além de discussões técnicas sobre as normas PAS 55 e ISO 55000.

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Filial X (MA-PI) da Abraman promoveu, no dia 9 de dezembro, o 7o Seminário Maranhense de Manutenção, na cidade de São Luís, no Hotel Luzeiros. O tema do evento foi “A importância da Gestão dos Ativos na competitividade das empresas”, e sua programação incluiu apresentações sobre o tema, sobre a importância da Manutenção como elemento de sustentabilidade das organizações, além de discussões técnicas sobre as normas PAS 55 e ISO 55000. O gerente executivo da Abraman, Athayde Tell Ribeiro, proferiu palestra representando o presidente da Abra-

man, João Ricardo Barusso Lafraia. Cerca de 50 pessoas participaram do evento, entre técnicos, engenheiros, gerentes, diretores e demais profissionais ligados direta ou indiretamente a área de Manutenção. Esses profissionais tiveram a oportunidade de partilhar experiências, além de poderem estar em contato com temas relativos ao progresso tecnológico e as modernas técnicas de gerenciamento e execução da Manutenção. O evento contou com o patrocínio da CEMAR (Companhia Energética do Maranhão) e o apoio da Fundação Gorceix. l

(Acima) Alan Kardec, coordenador da comissão de Gestão de Ativos da Abraman, João Esmeraldo, professor da Fundação Gorceix, Chrysthian Almeida, diretor da Cemar, e César Lobato, diretor da Filial X da Abraman.

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CARREIRA

INVESTINDO NA CARREIRA Abraman renova aliança com universidades em todo o País para oferecer oportunidade de formação aos associados

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lgumas das mais tradicionais instituições universitárias brasileiras têm mantido parcerias com a Abraman para a oferta de cursos de graduação, pós-graduação e MBA em Manutenção, com preços especiais para os associados. Na lista dos melhores programas oferecidos, destacam-se a Escola Politécnica da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, que rea-

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liza o MBA-ENGEMAN também em conjunto com o COPIMAN; a UFF – Universidade Federal Fluminense; a PUC, de Minas Gerais e a INPG/ Sustentare, de Santa Catarina. Nestes cursos, além dos descontos nas mensalidades, são oferecidas outras vantagens para os associados individuais da Abraman que estiverem em dia com suas anuidades. Os cursos de pós-graduação lato

sensu (MBA e Especialização) têm carga mínima de 360 horas, conforme exigência do MEC. Como exemplo, o MBAENGEMAN – Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção, está com as matrículas abertas para sua 28ª Turma, com início marcado para 15 de março de 2014, com duração de 400 horas (veja mais na reportagem “28ª turma da UFRJ”). Outras instituições empenhadas

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nestes programas avançados são a Unicastelo, de Campinas, SP - que já mantém, em associação com a Pragma Academy, parceria com a

Abraman para a realização de seu MBA em Gerenciamento da Engenharia de Manutenção e concede viagem-prêmio à África do Sul, sede

da Pragma, para o melhor Trabalho de Conclusão de Curso – a FGV, do Rio de Janeiro, e a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. l

PÓS GRADUAÇÃO EM MANUTENÇÃO (Latu Sensu) APOIADAS PELA ABRAMAN Condições Especiais para ABRAMAN

Mais Informações

Website

15 de março 28ª turma

Desconto para Associados Individuais

mba_engeman@poli.ufrj.br; jhbenzecry@yahoo.com.br (21) 2562-7280 / 25627290

www.poli.ufrj.br

MBA Gerenciamento da Engenharia de Manutenção

12 de abril 8ª turma

Desconto para Associados Individuais

Niterói (RJ)

Gestão Estratética da Produção e Manutenção (MBA - GPM)

2ª semana de abril 14ª turma

Desconto para Associados Individuais

mba@latec.uff.br (21) 2629-5619 / 2629-5621

www.latec.uff.br

INPG

Joinville (SC)

Engenharia da Manutenção

21 ou 22 de fevereiro 16ª turma

Desconto para Associados Individuais

sustentare@sustentare.net (47) 3026-4950

www.sustentare.net

UNIVIX

Vitoria (ES)

Engenharia da Manutenção

Abril 7ª turma

Contrapartida especificamente compactuadas

posgraduacao@univix.br (27) 3335-5616

www.univix.br

PUC-MG

Belo Horizonte (MG)

Engenharia da Manutenção

31 de Março 21ª turma

Contrapartida especificamente compactuadas

atendimento@pucminas.com.br (31) 3319-4444 / 3269-3259

www.pucminas.br/iec

Universidades

Cidade

Curso

Início e Turma (2014)

UFRJ (Escola Politécnica)

Rio de Janeiro (RJ)

Eng. Manutenção (MBA - ENGEMAN)

Unicastelo

Campinas (SP)

UFF (LATEC)

pragma.academy@ www.pragmabrasil.com.br pragmabrasil.com.br (11) 3395-8081 /(19) 3327-1719

28a turma da federal do rio de janeiro

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MBA-ENGEMAN - Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Manutenção, realizado em parceria pela Escola Politécnica da UFRJ e o COPIMAN, com apoio institucional da Abraman, está com as matrículas abertas para sua 28a Turma, com início marcado para 15 de março de 2014. O MBA-ENGEMAN tem uma duração de 400 horas e as aulas são ministradas aos sábados, nas instalações do Centro de Tecnologia da UFRJ, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, com estacionamento assegurado. Este curso, que já se tornou um referencial de excelência no mercado, está estruturado em 40 disciplinas distribuídas por 8 Módulos e um conjunto de atividades suplementares, abordando: Administração Estratégica da Engenharia de Manutenção; Planejamento e Controle da Função; Gerência Otimizada de Pessoal; Gestão de Recursos Materiais; Técnicas e Procedimentos da Manutenção Moderna; Controle Avançado de Custos; Modelos de Gestão da Qualidade para Alavancagem da Ativida-

de; Papel da Manutenção na Preservação da Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Contando com um corpo docente altamente qualificado, constituído por professores, mestres e doutores formados nas mais conceituadas universidades do Brasil e exterior, além de especialistas com larga experiência em grandes empresas nacionais e estrangeiras, o MBA-ENGEMAN promove maior produtividade, competitividade e sustentabilidade empresariais, incremento dos níveis de qualidade, segurança, saúde e respeito ambiental e otimização dos índices de confiabilidade e disponibilidade, favorecendo ainda o aumento da empregabilidade e a ascensão profissional. Tais resultados são atestados pelos 810 profissionais pós-graduados nas 27 Turmas realizadas desde 1995, oriundos de mais de 400 renomadas empresas e instituições, e estão respaldados na concepção do programa ministrado sempre com grande sucesso, adequando as monografias de conclusão do Curso à aplicação direta nas organizações participantes.

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CARREIRA

ABRAMAN INVESTE NA FORMAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS MBA em Gestão de Ativos está em linha com exigências do Global Forum O ano de 2013 marcou uma nova etapa para a Abraman e toda a comunidade de Manutenção do Brasil. Foi o ano da consolidação de todo o processo preparatório para a definição do curso de MBA em Gestão de Ativos que a entidade está conduzindo em sintonia com o “Global Forum”, organização constituída pela Austrália, África do Sul, Brasil (Abraman), Canadá, Estados Unidos, França e Inglaterra. O Congresso Brasileiro e o Congresso Mundial de Manutenção e Gestão de Ativos, realizados em Salvador (BA), ano passado, além do foco em Gestão de Ativos, contou com reconhecidos conferencistas internacionais e brasileiros que brindaram os congressistas com o que há de mais atual neste importante e indispensável novo processo de gestão. A Abraman, através da comissão de Gestão de Ativos – CGA, formatou as ementas e a programação de cada disciplina em sintonia com o Global Folrum, composta

de 32 disciplinas, agrupadas em seis grandes blocos. Como última etapa do processo, a Abraman já firmou acordo de parceria com duas importantes instituições de ensino do Brasil e está negociando um terceiro acordo. As duas instituições já formalizadas são: a Fundação Gorceix, ligada à Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, que foi a primeira instituição a formalizar o acordo; e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Estas instituições já abriram o processo de inscrições, estando previsto o início das aulas para o primeiro semestre de 2014. Contato para informações: • FUNDAÇÃO GORCEIX: Tel.: (31) 3551-3886 / 8828-9091 www.acttmg.com.br • UTFPR Tel.: (41) 3310.4934 email: rigoni@utfpr.edu.br rodrigo@utfpr.edu.b

CURSOS DE CURTA DURAÇÃO EM GESTÃO DE ATIVOS

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lém dos cursos de MBA, a Abraman, através da Comissão de Educação Continuada – CEC, concluiu o modelo e o acordo de parceria com instituições de ensino para a realização de sete cursos de curta duração, com disciplinas e ementas extraídas do curso de MBA. O lançamento destes cursos ocorrerá ainda neste primeiro semestre.

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CURSOS DISPONÍVEIS • CONCEITOS BÁSICOS E SISTEMAS DE GESTÃO DE ATIVOS – 40h • ATIVIDADES TÉCNICAS DA GESTÃO DE ATIVOS – 24h • ORGANIZAÇÃO E PESSOAS EM GESTÃO DE ATIVOS – 24h • GESTÃO DE COMPRAS E DE ESTOQUE EM GESTÃO DE ATIVOS – 16h • GESTÃO OPERACIONAL DE ATIVOS – 32h • FUNDAMENTOS ECONÔMICOS PARA A GESTÃO DE ATIVOS – 32h • GESTÃO DA CONFIABILIDADE E RISCOS EM GESTÃO DE ATIVOS – 40h

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SUSTENTABILIDADE

Solução para limpeza e manutenção foca em sustentabilidade Líquido com microorganismos vivos transforma óleo e graxa em água e CO2

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Ministério do Meio Ambiente (MMA) realiza anualmente, desde 1992, a pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”. Em 1992, 46% não mencionavam um problema ambiental em sua cidade por desconhecimento. Em 2012, a porcentagem caiu para 10%. O resultado mostra o aumento da preocupação do brasileiro com problemas ambientais. E como a nova forma de pensar o meio ambiente atinge todas as áreas da economia, as empresas e indústrias veem-se cada vez mais compelidas a adotarem soluções e políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável. Mas as empresas, antes, analisam o custo-benefício. “A maioria delas olha o custo da solução, o meio ambiente entra como segundo plano. Ainda é preciso uma mudança cultural”, afirma Marcos Camasso, sub-gerente de Vendas Químicas da Walter, empresa criadora de uma solução de limpeza para manutenção que está ganhando espaço no mercado. O sistema em questão é o Bio-Circle, solução que visa substituir alguns produtos utilizados durante a limpeza de peças para a manutenção por uma solução à base de água com microorganismos vivos. Isso porque, nas indústrias, a área de manutenção geralmente lida com produtos que trazem malefício ao ambiente e ao trabalhador: ácidos graxos, óleos, lubrificantes. E, para a limpeza, solventes.

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O documento “Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho”, divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em 2012, aponta que entre os fatores ambientais e ocupacionais relacionados com o câncer, destacam-se os solventes, o tetracloroetileno e o estireno, comumente utilizados para limpeza. Ainda segundo o documento, “o foco da prevenção para o câncer do pâncreas é a identificação e a eliminação da exposição”. Avanços tecnológicos e químicos permitem que a exposição seja minimizada. Um exemplo é o sistema defendido por Camasso. A solução é composta de uma cuba, de 1,10 m, que pode ser adaptada. “Ela pode ser adaptada a qualquer ambiente, desde que o cliente queira fazer limpeza

manual”. Esta cuba contém um líquido com microorganismos vivos, que transformam óleo e graxa em água e gás carbônico. “Normalmente, o pessoal usa solvente para fazer a limpeza, que é agressivo ao ambiente, para o operador, e você tem desgaste e ressecamento de borracha. A solução limpa tão bem quanto o solvente, mas é um produto à base de água”, diferencia Camasso. “O microorganismo é aeróbico e tem inibidor de corrosão”. Soluções com foco em meio-ambiente tendem a ser cada vez mais adotadas, até mesmo como forma de preservação da imagem frente aos clientes. Competitividade, lembra Camasso, também passa pela construção da imagem. l

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Infra

NOVAS TECNOLOGIAS AJUDAM NO PLANO DE MANUTENÇÃO DE ELEVADORES Qualidade dos serviços passa pela manutenção preventiva periódica dos equipamentos; e modernização pode ser alternativa para elevadores antigos

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te. Independente disso, a Atlas Schindler definiu como padrão a realização das manutenções preventivas mensais em todos os equipamentos sob seus cuidados técnicos, mesmo nas cidades em que não há lei a respeito deste assunto. A empresa possui um Centro de Treinamento, com simuladores, em São Paulo, e mini centros em cada regional. Técnico Em todo o Brasil, são cerca Atlas Schindler de três técnicos em cada um dos 150 postos de atendimento. Além disso, é realizada uma auditoria de qualidade na manutenção feita pelos técnicos. O gerente nacional de serviços da ThyssenKrupp Elevadores, Luciano Barros, informa que a empresa segue um cronograma anual de manutenções preventivas programadas com revisões técnicas (que podem ocorrer eventualmente) para redimensionar essa manutenção. Ele comen-

equipamento, como, principalmente, pelos aspectos relacionados à segurança dos usuários. Ele explica que nas grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, a periodicidade das manutenções preventivas é definida por Leis Municipais, sendo realizadas mensalmen-

divulgação / Atlas Schindler

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isponibilidade e segurança são as principais palavras quando se trata de elevadores, e a garantia destes requisitos passa, antes de tudo, por um plano de manutenção bem estabelecido. Hoje, as empresas que trabalham com elevadores dispõem de novas tecnologias que auxiliam na avaliação de desempenho dos equipamentos. Elas também oferecem alternativas que modernizam as funções do ativo. No entanto, na hora de fechar o contrato com uma empresa do ramo é importante conhecer e se certificar sobre o seu plano de manutenção preventiva periódica. De acordo com o diretor comercial e de operações da Atlas Schindler, Francisco Bosco, a manutenção periódica é essencial, porque é neste momento em que são verificados tanto os itens responsáveis pelo bom funcionamento do

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Ativos valiosos O elevador, como todos sabem, é um dos equipamentos mais valiosos e necessários de um condomínio. Segundo o diretor da Atlas Schindler, a maioria dos síndicos e administradores dos condomínios entende a importância de uma manutenção adequada para a preservação deste patrimônio. “Se o equipamento passar por adequada manutenção, troca de componentes necessários e utilização de forma correta, ele c­ ontinuará em uso por muitos anos”. O gerente da ThyssenKrupp também aponta que a qualidade no serviço da manutenção é que garante a valorização do ativo, pois quanto maior a qualidade dos serviços, menor será a quantidade de problemas dos equipamentos. Além disso, existe a preocupação com a segurança pelo responsável legal, pois há res-

remoto (telemetria) 24 horas por dia. Esse sistema, ao detectar uma anomalia no elevador, automaticamente envia as ocorrências de defeito para a central de serviços, que direciona de forma precisa a equipe. Na mesma linha, Francisco Bosco revela que os equipamentos mais modernos da empresa trabalham com sistemas que identificam o tipo de falha e informam o técnico de manutenção. Um deles é o Schindler FieldLink, ferramenta utilizada por meio de um smartphone e capaz de transmitir voz, dados e imagens em tempo real. “Com ele, os técnicos de manutenção do atendimento avançado têm acesso on-line a todas as informações necessárias para a realização da manutenção de elevadores, escadas e esteiras rolantes de nossos clientes”, indica. l

“Além da parte teórica, os técnicos são acompanhados por supervisores de campo durante visitas aos clientes e são avaliados por indicadores de performance e segurança” Luciano Barros, gerente nacional de serviços da ThyssenKrupp Elevadores

ponsabilidade civil e criminal caso ocorra algum acidente. “Alguns administradores buscam uma oferta supostamente melhor para reduzir custos sem uma visão em longo prazo. Nesses casos, é responsabilidade da empresa demonstrar a importância da manutenção preventiva e corretiva que é realizada de acordo com padrões estabelecidos pelo fabricante e por pessoas devidamente qualificadas, para que os equipamentos funcionem adequadamente e com segurança”, alerta Barros.

divulgação / ThyssenKrupp Elevadores

ta que todos os serviços oferecidos pela empresa são cobertos por um contrato que engloba a manutenção preventiva, corretiva, vistorias anuais e, dependendo da modalidade, também inclui a troca de peças. Os colaboradores da empresa têm à disposição centros de treinamentos locais responsáveis por sua capacitação. “Os centros estão localizados em nossa fábrica em Guaíba, no Rio Grande do Sul, e também em cada uma das nossas unidades de negócios em todo o Brasil. É importante destacar que existe uma grade de conteúdo técnico que deve ser seguida pelos colaboradores. Além da parte teórica, os técnicos são acompanhados por supervisores de campo durante visitas aos clientes e são avaliados por indicadores de desempenho e segurança”, afirma o gerente.

Tecnologias As novas tecnologias desenvolvidas especificamente para elevadores são as maiores aliadas nos planos de manutenção. Luciano Barros destaca que a ThyssenKrupp possui um sistema de gestão chamado GUS (Sistema de Gestão das Unidades) que faz o monitoramento dos defeitos e sugere como deve ser feita a intervenção preventiva. Fora isso, também existe o sistema de monitoramento

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Técnico ThyssenKrupp Elevadores

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Infra

ANÁLISE ANTECIPADA É ESSENCIAL NO PLANO DE GESTÃO DO ASFALTO PROFESSORA DA USP EXPLICA A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO ASFÁLTICA PARA AS PREFEITURAS SE ANTECIPAREM AOS PROBLEMAS E ECONOMIZAREM COM OBRAS

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grandes cidades brasileiras (Departamento Estadual de Trânsitêm quase a totalidade de to de São Paulo), de dezembro de suas vias pavimentadas. Po- 2013, a Secretaria de Coordenação rém, a qualidade do asfalto e os inú- das Subprefeituras de São Paulo meros buracos que aparecem, prin- (SMSP), informa que no início da décipalmente, na época de chuvas, são cada de 70, a cidade tinha uma potranstornos permanentes. A adoção pulação estimada em 5,9 milhões de de um plano de manutenção asfál- habitantes e com 14 mil quilômetros tica, que trabalhe de forma sistêmi- de ruas pavimentadas, a frota paulisca e preventiva, é a solução para os tana era de 965 mil veículos. Em 44 municípios economizarem, pois au- anos, a malha viária apresentou uma menta a durabilidade das pistas e expansão de mais de 20%, cheganevita que sejam reconstruídas em do, em 2014, a 17 mil quilômetros de vias pavimentadas. curto prazo. A quantidade de concreto asfáltiO Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE), com base no ma- co aplicado na cidade, em 2013, alterial colhido no Censo Demográfi- cançou 105.000 toneladas, utilizadas co de 2010, divulgou o estudo “Ca- em mais de 85 trechos de vias. Calracterísticas Urbanísticas do Entorno cula-se que, em média, são utilizados Domicílios”, onde é possível observar dados sobre a pavimentação de áreas urbanas. A pesquisa aponta que a cidade de São Paulo tem 97,2% das suas vias asfaltadas e o Rio de Janeiro 93,8%, enquanto o Brasil, como um todo, tem 81,7% de cobertura. No entanto, os números não refletem a conservação do asfalto, sendo que as queixas são muitas em todo o país e representam um grande problema para administrações municipais. A cidade de São Paulo é um Rosângela Motta, profa. do exemplo desse desafio. Com DET e pesquisadora do laboratório de uma frota de 7.577.216 veítecnologia de pavimentação da Poli/USP culos emplacados na capital paulista, pelos dados do DETRAN-SP

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dos 120 kg de concreto asfáltico por 1 m² de recapeamento. Porém, trabalhar para tapar buracos não é o jeito adequado. Conforme a professora do Departamento de Engenharia de Transportes e pesquisadora do laboratório de tecnologia de pavimentação da Escola Politécnica da USP, Rosângela Motta, antecipar a ocorrência dos problemas é a melhor solução para as prefeituras. “Quando chega o verão, percebemos que começam os problemas, muitas vezes porque não se tem uma gestão preventiva. Com fissuração no asfalto a água vai entrar, aí começam a surgir dificuldades que vão crescendo exponencialmente. O melhor é trabalhar no sentido de não deixar as coisas chegarem a esse ponto”, alerta a pesquisadora. MANUTENÇÃO PREVENTIVA Investir em equipamentos e materiais com maior durabilidade é obrigatório em um planejamento de manutenção. Com essa mentalidade é possível realizar esse processo e considerar as condições que envolvem a pista e o clima. A gestão preventiva, segundo a pesquisadora, permite ter um custo menor de manutenção asfáltica ao impedir que o material chegue a um estágio avançado de deterioração. Na opinião de Rosângela Motta, “o

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ideal é que se trabalhe de maneira preventiva, não tendo que chegar a um estágio de reconstrução”. Ela enxerga que não existe o costume de se fazer manutenção preventiva no País, situação que gera mais prejuízo para as administrações públicas. “Não temos essa cultura preventiva no Brasil, mas precisamos trabalhar para que isso mude, para evitar que os problemas se repitam ano a ano”. Projetos de via para tráfego pesado são feitos para terem vida útil entre 10 e 15 anos, revela a professora. Mas tudo isso depende do material utilizado. Por exemplo, no caso do concreto, a durabilidade é maior. Essas condições determinam o prazo em que a via precisa ser reavaliada, mas Rosângela indica uma média de dois anos para avaliações, com um tempo menor para vias de tráfego intenso. “É preciso ter em mente a manutenção da via desde o seu projeto de construção, onde sempre se faz uma projeção com base no tipo de pista, de uso e na expectativa de vida útil”, explica. A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras da cidade de São Paulo informa que a manutenção preventiva é realizada, principalmente, nas vias que comportam os micro-revestimentos asfálticos, feitos no “Minhocão” e na Marginal Tietê (trecho próximo a divisa de Guarulhos), com o objetivo de prolongar a vida útil do pavimento em 4 anos, evitando a desagregação e fissuras. EQUIPAMENTOS Como exemplos de equipamentos de análise que as Prefeituras podem adotar para posterior manutenção das pistas estão: o Perfilômetro a Laser, para avaliação funcional; e o Defletômetro FWD, para avaliação estrutural, ambos utilizados nas vias paulistanas.

CAMADA ASFÁLTICA

Percentual de vias asfaltadas, segundo o IBGE:

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São Paulo Rio de Janeiro

Segundo a Rosângela Motta, estes equipamentos são indicados para realizar o levantamento das condições do asfalto, já que em uma avaliação é preciso verificar se a superfície apresenta algum trincamento ou ondulação – nesse caso se utiliza o Perfilômetro a Laser – e também se a parte estrutural está comprometida com a necessidade de uma intervenção mais profunda – que pode ser detectada pelo Defletômetro FWD. Outra condição importante, não avaliada por essas tecnologias, é a aderência. “A textura em cima do asfalto é importante, porque a segurança é maior quando a superfície tem maior atrito com os pneus. É interessante pensar nisso para vias com uma velocidade mais alta, quando chove e fica aquela lâmina d’água”, diz a professora. Uma solução para a aderência pode estar no material empregado. Na capital paulista, nas vias de tráfego pesado, é usado o asfalto permeável chamado de CPA – Camada Porosa de Atrito. A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras normatizou o material com o objetivo de ter as funções mecânicas e estruturais de

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resistência impostas pelos tráfegos de veículos, associadas à função hidráulica que se caracteriza pelo armazenamento temporário de água no interior de suas camadas. A CPA evita a formação de poças d’água na superfície do pavimento, aumentando a segurança dos usuários, reduzindo os riscos de aquaplanagem, o que melhora a aderência entre pneu e pavimento. BANCO DE DADOS Em 2012, foi elaborada uma avaliação funcional e outra estrutural do viário principal (2.000 km) da cidade de São Paulo, pelo Laboratório de Mecânica de Pavimentação da EPUSP, em contrato com a SPUA (Superintendência das Usinas de Asfalto). O resultou em relatórios de priorização de trechos para manutenção em função do benefício dos usuários. Rosângela Motta opina que estudos como esse podem ser integrados à formação de um banco de dados para ajudar a estabelecer uma rotina de manutenção, porém, ela observa esse tipo de abordagem como pouco utilizada e complicada de implantar em grandes cidades.l

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NBR-ISO 55000 um marco para a Gestão de Ativos Requisitos da norma buscam aprimorar a atuação das empresas brasileiras e são aplicáveis a qualquer tipo de organização

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asce um novo cenário para o setor de Manutenção e Gestão de Ativos: a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou as normas de gestão de ativos do País. “A implantação da NBR-ISO 550000 é um marco histoórico. Surge um modelo seguido por todos os países, quando a questão for a aplicação dos conceitos universais da gestão de ativos”, diz o engenheiro João R. Lafraia, presidente da Abraman. As NBR ISO 55000 (Visão Geral, princípios e vocabulário), 55001 (Requisitos do Sistema de Gestão) e 55002 (Guidelines de aplicação da ISO 55001), que ficaram sob consulta pública até o dia 2 de janeiro, foram formuladas pela Comissão Especial de Estudo sobre Gestão de Ativos. “O interesse no assunto foi grande. No final de 2013 havia mais de 60 membros na comissão, representando cerca de 40 empresas. O trabalho foi realizado em tempo recorde: apenas dez meses de trabalho”, conta a engenheira Marisa Zampolli, secretária-executiva da comissão e consultora da International Copper Association (ICA). Os padrões ISO retratam a experiência e o consenso internacional das mais importantes organizações sobre o que seriam requisitos mínimos para se montar um sistema de gestão que, através da conscientização, documentação, treinamento e, principalmente, planejamento, ação e monitoramento, favoreça o alcance dos objetivos traçados em relação aos ativos. “Poder aproveitar os cerca de 20 anos de experiência internacional em gestão de ativos, que estão materializados na NBR-ISO 55000, é um enorme benefício”, afirma Henrique Eduardo Pinto Diniz, da Gerência de Planejamento da Operação e Manutenção da Distribuição da CEMIG.

Entre os requisitos da norma estão: Contexto da organização; Liderança (Comprometimento, Políticas, Papéis e Responsabilidades); Planejamento do Sistema de gestão de ativos; Suporte (Informações, recursos, competências, comunicação etc.); Operações (Planejamento e controle operacional, terceirização etc.); Avaliação de Desempenho de Ativos; e Melhoria no Sistema de Gestão de Ativos. Sobre a integridade dos requisitos, Francilei Pereira, consultor de Confiabilidade da Meridium, explica que não podemos dizer que existe um requisito mais importante ou mais crítico que o outro, “pois se o sistema de gestão não estiver trabalhando com todos os seus pilares em sinergia, os ativos não estarão agregando o valor esperado ao acionista”. A opinião é endossada por Wantuil Dionísio Teixeira, superintendente da Coordenação Executiva para Modernização de Usinas da Cemig: “é importante que os elementos do sistema de gestão de ativos sejam vistos como um conjunto de ferramentas, que in-

Henrique Eduardo Pinto Diniz, da Gerência de Planejamento da Operação e Manutenção da Distribuição da CEMIG

Wantuil Dionísio Teixeira, superintendente da Coordenação Executiva para Modernização de Usinas da Cemig

cluem: políticas, planos, processos de negócios e sistemas de informação, que são integrados. Acredito que integração seja a palavra chave para dar garantia que as atividades de gestão de ativos serão entregues”. Assim, tratar a NBR-ISO 55000 como somente mais um Sistema de Gestão ou uma “certificação” não é o melhor caminho. “Acredito que seja uma oportunidade das organizações repensarem seus modelos de gestão, tendo como pano de fundo esse novo padrão de gestão de ativos”, diz Teixeira. É importante identificar os ‘gaps’ do modelo de gestão que a organização utiliza e adequar-se a esse novo padrão no escopo e velocidade que ela definir. Unanimidade entre os especialistas, no entanto, é a importância da liderança ser a principal motivadora do processo a fim de estabelecer as diretrizes na busca do atendimento aos requisitos da norma. “O grande ponto para a implantação da ISO é que a alta direção das empresas assuma a gestão de ativos como um dia-a-dia. Se você

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não tiver alta direção engajada em implantar uma gestão de ativos eficiente, ela não vai ter sucesso”, defende Ítalo Freitas, diretor de Operações e Manutenção da AES Tietê. “Não é possível atingir os objetivos sem uma liderança comprometida, competência das pessoas, informações completas e confiáveis, conscientização e participação de todos”, endossa Diniz. Para o executivo da Cemig, também são destaques os requisitos que abordam o contexto organizacional e o planejamento. “Sabe-se que a Ítalo Freitas, diretor de Operações e Manutenção da AES Tietê cultura brasileira é de planejamento mínimo e ação estabanada, o que quase sempre resulta em retrabalhos, desperdícios, muita pressão e ISO 55000 X PAS 55 A PAS não é uma norma internaaté acidentes”, diz. Ao colocar tais requisitos como os primeiros a serem cional, e sim um padrão de referênconsiderados, a ISO reafirma para to- cia consolidado pelo IAM (Institudos o que começou há 26 anos com te Asset Management), BSI (British a ISO 9000: “planejar é preciso, pa- Standards Institution) e empresas do Reino Unido, que está sendo adotadronizar é preciso”.

do pelo mercado. Foi a primeira referência para a elaboração da ISO, mas está focada na gestão de ativos físicos. Ela apresenta requisitos que, quando seguidos, garantem as organizações um melhor desempenho, especialmente àquelas cujos ativos físicos são fatores críticos para alcançar seus objetivos de negócio. “Já as normas NBR-ISO 5500x, são muito mais abrangentes (são normas que se referem a um ‘sistema de gestão’ para a gestão de ativos). Nestas normas a gestão de ativos está vinculada ao plano estratégico da empresa e a uma estratégia de sistema de gestão para atingir as metas das organizações”, explica Marisa Zampolli, do ICA. A norma ISO 55000 segue a mesma estrutura das demais NBR-ISO (9000, 14000, 31000), o que possibilita a total integração dos sistemas de gestão e uma forma holística de administrar o negócio – as diretrizes nelas contidas são tão importantes para o CEO

Vantagens da NBR-ISO 55000 Principais benefícios para os acionistas: • Aumenta a Garantia de Retorno: RAV e ROI • Diminuição dos riscos e redução de passivos; • Transparência, segurança e rastreabilidade dos investimentos; • Permite comparação de segmentos de negócio de forma globalizada. Para as companhias • Melhoria da reputação • Melhoria da sustentabilidade da empresa; • Aumento da eficiência e redução dos custos dos processos do ciclo de vida dos ativos e de terceiros; • Aprendizado organizacional e criação de conhecimento; • Melhorias na captação e distribuição de investimentos; • Consolidação e utilização de informações sobre os ativos; • Maior engajamento dos colaboradores.

• Confiança dos órgãos reguladores Para os colaboradores • Redução dos imprevistos e dos incêndios • Melhoria do relacionamento entre áreas e com fornecedores • Mais resultados • Valorização • Melhoria da qualidade de trabalho (trabalho flui mais fácil, diminuição expressiva dos eventos não programados) Para os clientes • Garantia de receber o contratado • Melhores produtos e serviços; • Preços mais justos; • Práticas empresariais mais responsáveis perante a comunidade; • Menores impactos ambientais. Fonte: Claudio Spanó e José Venâncio Monteiro, da Reliasoft

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José Venâncio Monteiro, diretor da ASSET 55

de uma empresa como para os fornecedores e prestadores de serviço. Isso porque, segundo as normas, as decisões de gestão de ativos deverão considerar as implicações econômicas, ambientais e sociais futuras. “Adotando as normas, as organizações que tiverem o sistema de gestão de ativos, transformarão a intenção estratégica em atividades técnicas, econômicas e financeiras, o que possibilitará melhor lucratividade”, completa Marisa. Obtendo a certificação Atualmente, a Abraman e o ICA/Procobre elaboram junto à ABNT o plano de trabalho para 2014, pois agora o objetivo da comissão é atender às necessidades de temas específicos ainda não tratados pelas normas recentemente publicadas, além das demandas do comitê internacional da ISO. A comissão prevê o lançamento nacional das normas de gestão de ativos ainda neste primeiro trimestre. Mas como as empresas devem se preparar para obter a certificação? Primeiramente, segundo os especia-

listas entrevistados, as empresas devem considerar a NBR-ISO 55000 não como uma meta final, mas como uma oportunidade de repensar o seu negócio do ponto de vista de seus ativos e internalizar uma cultura de planejamento e de trabalhar riscos. “Se forem capazes disso, certamente potencializarão os benefícios que podem extrair dos mesmos; e farão isso de forma sustentável, o que é de suma importância”, diz Diniz, da CEMIG. O desafio então é utilizar a norma para desafiar os padrões atuais de desempenho e introduzir no- Claudio Spanó, diretor executivo da ReliaSoft vas ferramentas e metodologias que melhorem a eficiência operacional (mudar o modelo mental atual). “Atualmente, a grande maioria dos a buscarem resultados. O executivo também ressalta que profissionais está reclamando do excesso de trabalho, e da necessidade benchmarking é uma ferramenta inconstante em absorver mais e mais teressante, mas copiar não é. “É preatividades para serem realizadas em ciso tomar cuidado em se comparar um curto espaço de tempo. E a ten- com indicadores de desempenho de dência é que os desafios aumentem outras empresas, pois os critérios de nos próximos anos. Desse modo, se medição normalmente não são claros, as empresas não buscarem mudar e já vimos muitas empresas deixando seu modelo mental e agir de forma profundas cicatrizes na organização inovadora e diferenciada, esses pro- ao tentar copiar modelos não adequablemas irão aumentar exponencial- dos a sua realidade”, explica. Mais immente”, defende Claudio Spanó, di- portante que os referenciais comparativos numéricos, são os referenciais retor executivo da ReliaSoft. Para José Venâncio Monteiro, di- comparativos de práticas e como é a retor da ASSET 55, nova unidade de sua implementação, pois cada emprenegócios da ReliaSoft voltada para sa possui uma cultura diferente. A comunicação também é pontoaprendizagem organizacional, sistemas de gestão estratégica e desen- -chave, lembrando que comunicar não volvimento de lideranças e equipes, é informar. Informar é uma parte, coé “também fundamental não ten- municar envolve falar e ouvir, considetar fazer tudo de uma vez, mas co- rar e dar feedback, explicar, alinhar, inmeçar agora”. A empresa deve fazer formar e assim sucessivamente, de forum diagnostico técnico e comporta- ma continua e sistemática, para todas mental da organização, focado nos as partes envolvidas e interessadas. “A padrões da norma e nos seus obje- comunicação deve ser foco, se a emtivos estratégicos e começar a revi- presa quer melhorar seu desempenho, sar e a introduzir as praticas, de for- e é um dos elementos chave da NBRma evolutiva, motivando as pessoas -ISO 55000”, finaliza Monteiro. l

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opinião

ZERO PARADAS NÃO PROGRAMAS. SIM, É POSSÍVEL! Cedo ou tarde as indústrias terão que adotar as melhores práticas em gestão de ativos, com objetivos bem claros para atingir a eficiência operacional Por Jorge L. Videira*

Toda planta de processos deve ter somente paradas programadas?

*Jorge L. Videira é economista, pós–graduado em Marketing pela PUC-RJ; possui MBA em engenharia Industrial – UFRJ; MBA em Marketing – ESADE – Madrid; e diversas especializações na FGV. É Diretor Comercial para a América do Sul – da Pragma Brasil Consulting, com sede na África do Sul e operação em oito países

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á muito tempo os gestores de ativos produtivos e ou da engenharia da manutenção perseguem o que denominamos de “ZERO PARADA NÃO PROGRAMADA”. Bem, isso não é tarefa das mais fáceis de conseguir, pois exige uma série de cuidados, metodologias, disciplina e foco para chegarmos lá ou bem próximos. Na verdade, pelo menos na América do Sul, a maioria das corporações ainda não está atenta à verdadeira gestão de ativos físicos e/ou produtivos. Porém, cedo ou tarde terão que adotar as melhores práticas, com objetivos bem claros para atingir o que chamamos de eficiência operacional de excelência. Tudo é uma questão de cultura, que deve ser disseminada por toda a corporação. Afinal, de que adianta o gestor da manutenção especificar um componente de excelente qualidade, se o departamento de suprimentos, por uma questão de “saving”, adquirir um similar, com preço muito inferior, mas sem a durabilidade e resistência requerida na especificação? Pronto. Aí estará bem próxima uma parada não programada no processo produtivo, mesmo que estejam praticando manutenção de classe mundial. Toda planta de processos deve ter somente paradas programadas, onde as metas de produção estão preservadas. As paradas programadas são planejadas com antecedência, com o intuito de não haver perda na produtividade ou, em caso negativo, que seja recuperada em poucas horas. Metodologias desenvolvidas por consultorias especializadas em gestão de ativos, e que promovem a excelência operacional, já estão disponíveis na América Latina. Mas não é um caminho de curtíssimo prazo. Primeiro porque a alta direção da empresa precisa abraçar a causa e publicar seus objetivos a todos os gestores, e estes devem passar às suas equipes. Um processo de disciplina e muito trabalho focado em mudança cultural, que leva de 18 a 24 meses ou até 36 meses para chegar a patamares comparáveis aos praticados no Japão, EUA, Alemanha e outros países com alta produtividade em suas plantas de manufatura e ou de processos. É verdade que na América Latina algumas corporações estão bem perto do estado da arte em gestão de ativos e excelência operacional. Algumas, inclusive, estão no caminho da certificação na ISO 55000, que acaba de ser publicada oficialmente. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer até que a maioria das médias e grandes corporações pensem seriamente em perdas invisíveis com mão de obra, peças de reposição, paradas não planejadas etc. E digo mais: talvez esteja aí à saída para minimizar o custo Brasil. l

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Coluna Internacional

ELES ANDAM SOZINHOS E

ntre 1958 e 2025, a automóvel – este eterno brinquedo dos adultos – terá evoluído da direção assistida ao veículo 100% autônomo (autonomia completa de movimentos sem motorista). Esta é a análise feita pelos organizadores do Customer Eletronic Show (CES), em sua edição de 2014, em Las Vegas. Em 1958, a Chrysler experimentou, com sucesso, o primeiro regulador de velocidade. Depois, entre os anos 1960 e 2000, surgiram os primeiros GPS (“global positioning System”), seguidos dos controles de trajetória e das assistências a frenagens de urgência. Nosso século deu a vez ao estacionamento automático e aos detetores de hipovigilância do condutor (sonolência). Com todas estas inovações, o motorista que, inicialmente era o único no comando de seu automóvel, passou a utilizar assistências múltiplas. Esta evolução levou os construtores europeus a aceitar a ideia de que o motorista, no futuro, não somente não terá mais o controle do seu carro, como ele não mais precisara tê-lo, visto que os acionamentos automáticos geridos pela rede de sensores e inteligência eletrônica embarcada nos veìculos levam a uma velocidade de reação sensivelemente melhor do que a de qualquer humano no volante em situação de decisão. Isto dito, o veículo 100% autônomo não estará disponível tão cedo. 2025 é a data, ainda assim otimista, visto as questões de custos e de riscos destas novas tecnologias que ainda devem ser solucionadas corretamente.

Por Celso de Azevedo*

E O ASSET MANAGEMENT PEGOU A ESTRADA... A

Federal Highway Administration nos Estados Unidos está promovendo, com grande ênfase, uma modalidade de gestão diferenciada para as agências de transportes de todos estados americanos na distribuição de seus recursos financeiros, face às opções de investimentos necessàrias. Esta nova modalidade de se administrar os recursos públicos, segundo a Direção da FHA no US Department of Transportation, se chama “Asset Managemet” ! Não se trata somente de se imaginar infraestruturas rodoviárias assim geridas, mas de constatar localmente inúmeras empresas operadoras e agências de regulação liderando um verdadeiro movimento de integração da abordagem do Asset Management no mecanismo interno de preparação de novos projetos e investimentos. A título de exemplo, há dossiers em curso sobre: economia na gestão dos ativos a curto e longo prazo (“the highway economic requirements system-state version”) ou então a cenarização de momentos ótimos de regenerações de estradas e pontes baseadas no Life-Cycle Costing (aplicação mandatoria). Resultado: muito pode ser aprendido com aqueles que estão preparando suas organizações para o uso de rotinas do Asset Management neste setor. Para estimular esta iniciativa federal, espera-se que, nos próximos anos, novos casos de sucesso darão lugar a relatórios de Estado. Acredita-se que a exemplaridade destes casos de sucesso criará uma espriral virtuosa para que as agências de todo o país implementem programas de Asset Management em seus sistemas de gestão. Leia mais em www.dot.state.ny.us l

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* Celso de Azevedo é Diretor da Abraman e Diretor Presidente da Assetsman. Assina esta coluna com noticias internacionais recentes e relevantes para os profissionais brasileiros da Manutenção e da Gestão de Ativos

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artigo

Vivendo Gestão de Ativos A Abraman e o Asset Management Council da Austrália (AMC) estão empolgados em anunciar a publicação do livro “Vivendo Gestão de Ativos”. O livro é de nossa co-autoria com John Hardwick (Presidente do AMC e do GFMAN) e trata da necessidade de se ter liderança e cultura adequadas à Gestão de Ativos

João Ricardo Barusso Lafraia – É autor dos livros “Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e Disponibilidade”, “Liderança para SMS” e coautor dos livros “Gestão Estratégica e Confiabilidade”, “Criando o Hábito da Excelência” e “Liderança baseada em Valores”. É autor de vários artigos e palestras em Gestão da Excelência em Confiabilidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente. É atualmente gerente geral de Eficiência Operacional do Refino na Petrobras. É Presidente da Abraman e faz parte do Comitê Executivo do Global Fórum para Manutenção e Gestão de Ativos (GFMAM).

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ivendo Gestão de Ativos” enfatiza o imenso potencial para desenvolver e mudar os estilos de liderança, a cultura e os comportamentos de forma que a Gestão de Ativos possa produzir os resultados que esperamos. Os ativos físicos e os sistemas de gestão são visíveis e tangíveis como o tronco de uma árvore. Liderança, emoções, cultura e comportamento são invisíveis e intangíveis. Mesmo assim, eles são essenciais para as organizações. Assim como uma árvore não é somente um conjunto de tronco, galhos e folhas, uma organização também não é uma mera coleção de ativos, processos e planos.

John Hardwick – É executivo da Estratégia de Redes da NWW. John tem mais de 30 de experiência na indústria de energia Elétrica. Completou seu MBA na escola Australiana de Gestão. É responsável por toda manutenção e programa de investimento e substituição dos ativos de distribuição na Ausgrid (Energia da Austrália). Atualmente é presidente do GFMAM e da AMCouncil (Associação Australiana de Gestão de Ativos).

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Sem adequar liderança, cultura e comportamentos as organizações não conseguem produzir os resultados almejados, assim como uma árvore não produz frutos se não possuir solo, nutrientes, meio ambiente e jardineiros adequados. Não está se dizendo que o lado tangível e “duro” da gestão de ativos não seja importante. Ele é. O uso eficaz e eficiente dos ativos físicos é um habilitador chave que permite às organizações desempenharem bem: elas podem baixar os custos e os riscos e elevar o desempenho e o valor das ações quando gerenciados corretamente. Ativos existem para fornecer valor para as organizações e suas partes interessadas. E a forma como as organizações gerenciam seus ativos determinará o valor obtido. Entretanto, determinantes chaves para apoiar o gerenciamento dos ativos físicos são liderança e comportamentos associados à cultura organizacional corretos. Gestão de ativos é mais do que ativos e sistemas de gestão. Gestão de ativos engloba segurança, preservação da saúde humana e do meio ambiente como também o desempenho organizacional e o valor agregado. O desafio da gestão de ativos envolve questões de mudanças culturais e de liderança. Muitas destas questões demandam mudanças em hábitos, modelos mentais, emoções e comportamentos. Estes envolvem uma dinâmica de mudança cultural e seu relacionamento estreito com o desenho organizacional, estilos de liderança, processos e procedimentos, sistemas de gestão e maturidade organizacional. “Vivendo Gestão de Ativos” fornece uma visão geral sobre os fundamentos da gestão de ativos e também explora o impacto que o desenho organizacional, estilos de liderança processos e procedimentos, emoções, comportamento e cultura podem ter no desempenho organizacional e no valor entregue. Martin Kerr, Estrategista em Gestão de Ativos e mudança e líder em melhorias de negócios, com 20 anos de experiência em indústrias de transporte e fabricação, faz os seguintes comentários sobre o livro Vivendo Gestão de Ativos: “Eu realmente gostei da lógica da organização do livro e como está alinhado com as normas ISO 55.00x. A analogia com os frutos, as árvores e a plantação fornecem uma estrutura para o livro, que é ao mesmo tempo neutro e não mecânico.” Os inúmeros exemplos

e associações com o lado “macio” são robustos e existem vários ganchos para os praticantes mais experientes da gestão de ativos, bem como para os iniciantes no assunto. O tema liderança atinge a todos que leem o livro, pela maneira simples como é tratada. Um dos grandes aprendizados que tive é que a liderança pode ser acionada em qualquer lugar e em qualquer tempo e, uma vez acionada ela contribui para uma visão ampla. Executivos irão gostar da natureza holística de “Vivendo Gestão de Ativos”e o seu alinhamento aos resultados e à sustentabilidade. O livro oferece conteúdo para quem quer se lançar na jornada da liderança ou para aqueles que desejam avaliar seu grau de experiência nesta atividade, e apoia a ambos a seguirem adiante. Para os gerentes de áreas operacionais é um tiro na “mosca” do alvo, porque o livro trata sobre pessoas e como elas podem fazer diferença (como elas fazem com segurança no dia a dia). Para as pessoas da área técnica, o livro traz muitas informações, que são apresentadas de modo prático e encorajador. Os estudos de casos apresentam um método simples de unir o lado “macio” com o lado “duro”, e indicam que o uso do gerenciamento visual é uma mensagem mensagem simples e poderosa. As fases de maturidade em gestão de ativos estão bem explicadas e, mesmo sem um método de avaliação formal, as pessoas saberão onde se encontram nestas fases. As figuras do livro propiciam uma ligação com cada tópico e, ao mesmo tempo, fornecem referências adicionais se o leitor assim desejar.”

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Para maiores informações, ou para reservar a sua cópia do livro Vivendo Gestão de Ativos, contate a Abraman.

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MCI - MANUTENÇÃO, CIÊNCIA E INFORMAÇÃO

TRABALHO TÉCNICO PREMIADO EM 2o LUGAR NO 28o CBMGA

MÉTODO DE ELIMINAÇÃO DE PEQUENAS FALHAS Antonio Carlos Leal de Castro Júnior - Vale Jose Regivaldo de Carvalho Júnior - Vale Liana de Amaral Melo - Vale

RESUMO

O

objetivo principal deste trabalho é demonstrar o processo de tratamento de perdas desenvolvido em 2012 através da identificação e priorização das perdas relacionadas à manutenção em falhas nos equipamentos da área do Embarque no Porto da Ponta da Madeira em São Luis-Maranhão. O método aplicado ao sistema de embarque de minério de ferro da VALE usa a engenharia de confiabilidade para atacar e eliminar pequenas falhas de forma imediata e definitiva. O trabalho começou em maio de 2012 quando o sistema de embarque apresentava uma

DI (Disponibilidade Intrínseca) de 71% e um total de 300h de HMC (Horas de Manutenção Corretiva). Com o trabalho diário do GPF (Grupo de Pequenas Falhas) e a aplicação da Engenharia de Confiabilidade, foi possível obter uma DI de 91% e alcançar o recorde de HMC de 80 horas. Será mostrada a implementação do método RCA (Análise de Causa Raiz) na eliminação/redução de pequenas falhas do embarque no Porto Norte a fim de garantir menor número de horas corretivas na manutenção, assegurando maior confiabilidade nos equipamentos, bem como seus respectivos resultados.

Conheça o trabalho técnico completo no site da Abraman: http://www.abraman.org.br/28-cbm

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