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CAPA
NA VANGUARDA DA SUSTENTABILIDADE, EMPRESAS BRASILEIRAS E ITALIANAS GANHAM ESPAÇO NO MERCADO INTERNACIONAL DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Crescimento do setor e compromisso com o combate ao aquecimento global foram destacados por comitiva brasileira na 27ª Conferência do Clima da ONU
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Com o objetivo de zerar as emissões de gases causadores do efeito estufa, assim como de preservar o meio ambiente, o Brasil e o mundo estão atentos às possibilidades de geração energia sustentável. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, quase metade da eletricidade gerada no país é originada de fontes renováveis. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), cerca de 10% da matriz energética brasileira é composta por geradores de origem eólica, enquanto 5% são de origem solar.
A energia limpa gerada por aqui também se destaca globalmente: um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que a matriz energética brasileira, em 2019, era composta por 45% de fontes renováveis, número que supera aqueles observados nos demais países do BRICS – bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Esses indicadores são justificados por uma agenda ambiental com forte apelo internacional, o que tem levado o poder público a lançar uma série de ações e programas de incentivo para que a trajetória de crescimento do consumo de energia sustentável se mantenha, ou, em um cenário ideal, ascenda em ritmo ainda mais acelerado.
Tratando-se da esfera federal, algumas dessas medidas são a eliminação de impostos para importação dos equipamentos utilizados no processo de geração energia solar, assim como a implantação da política nacional de biocombustíveis – que tem o objetivo de descarbonizar a matriz do transporte e da indústria em todo o país.
Em Minas, estado que abrange a maior malha de consumidores de energia solar do Brasil, também há um forte movimento para reconhecer empreendimentos que utilizam as energias limpas. Um exemplo dessa mobilização foi a entrega, em novembro deste ano, do Certificado de Energia Renovável CEMIG SIM – empresa do Grupo CEMIG que atua no mercado de energia solar por assinatura – para mais de 30 empresas que atuam no estado. O título atesta os atributos ambientais de empresas e instituições, por meio da rastreabilidade da origem de energia 100% limpa e renovável, constituindo valor aos empreendimentos, já que o acompanhamento permite zerar as emissões CO2 atreladas ao consumo de energia.
ENERGIA RENOVÁVEL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A Asja Ambiente Italia é um grupo internacional que opera no setor de renováveis, de eficiência energética e na redução dos gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas. Fundada em 1995, a empresa é líder na Itália em produção de energia elétrica a partir de biogás de aterro sanitário, e atua nos setores eólico, fotovoltaico e de biomassa.
De acordo com o diretor-geral da Asja Brasil, Rickard Schafer, “a energia verde produzida pela Asja no Brasil agora é parcialmente vendida no mercado livre e parcialmente consumida sob o regime de geração distribuída. No nosso portifólio de tecnologias temos também usinas eólica, fotovoltaica e de biometano e um biogás purificado, com teor de gás carbônico reduzido e remoção de gás sulfídrico e teor de água. O produto final tem mais de 90% de metano, sendo equivalente ao gás natural em sua composição”.
A Asja atua no setor de eficiência energética, através da fabricação e venda dos microcogeradores de alto rendimento TOTEM, equipamentos que produzem calor e energia elétrica simultaneamente com um único combustível, o metano. Além da forte presença em território italiano, a companhia conta hoje, no Brasil, com a operação de seis usinas de produção de eletricidade a partir de biogás de aterro sanitários localizadas em Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba, com um total de cerca de 50 megawatts instalados e produção anual da ordem de 250 gigawatts.
Rickard ainda explica que “a estratégia de desenvolvimento no Brasil prevê continuar a expandir nesse segmento de transformação de resíduos em energia em todo o território brasileiro, e hoje temos com um foco especial em Minas Gerais, onde vamos, por meio da expansão de usinas existentes ou do desenvolvimento de novos projetos, investir em aproveitamento energético do biogás. Queremos continuar repetindo o que já foi implementado com sucesso na Itália. Também estão sendo avaliados investimentos no setor de produção de biometano a partir de resíduos orgânicos, em áreas estratégicas com condições de mercado favoráveis ao desenvolvimento de plantas e redes de transporte e distribuição”.
A Asja iniciou as atividades no Brasil em 2005 já com a ideia de expandir os negócios, sempre respeitando os termos do Protocolo de Quioto – tratado internacional pioneiro na elaboração de rígidos objetivos de combate ao aquecimento global – e visando a execução de projetos vinculados ao CDM, Clean Development Mechanisms (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).
Rickard Schafer, diretor-geral da Asja Brasil
Neste cenário, Minas despontou como um ambiente de oportunidades para a Asja, como detalha Rickard: “identificamos cedo que Minas Gerais tem um potencial grande. Nossa primeira usina no Brasil foi desenvolvida através um acordo firmado com a prefeitura de Belo Horizonte para instalar uma central de aproveitamento energético do biogás. Essa foi uma iniciativa pioneira e o maior projeto mitigador de efeito estufa de Belo Horizonte”.
Desde dezembro de 2007, o aterro não recebe mais resíduos sólidos urbanos da capital mineira, que são destinados ao aterro de Macaúbas, em Sabará, na Região Metropolitana. Lá, a companhia desenvolveu outro projeto, que coleta biogás suficiente para abastecer 20 mil casas com consumo inferior a 100 quilowatts por mês, por meio da distribuição da CEMIG. Em decorrência desta operação, deixaram de ser lançados na atmosfera cerca de quatro milhões de toneladas de resíduos equivalentes ao CO₂, no período de 15 anos.
Sobre a relação da empresa com a Câmara de Comércio Italiana de Minas Gerais para o mercado de energia renovável, Rickard pontua que “a Asja é membro da Câmara há vários anos e ainda estamos ativamente envolvidos em várias áreas, incluindo infraestrutura e sustentabilidade. Ao longo dos anos a Asja tem participado de seminários e eventos de divulgação das nossas atividades e como importante veículo de ligação com outras empresas do setor e entidades públicas”.
Planta de bio-gás da Asja, em Sabará, Minas Gerais
Rickard Schafer,
Diretor-geral da Asja Brasil.
ENEL GREEN POWER E O IMPACTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS NO COMBATE AO AQUECIMENTO GLOBAL
A Enel Green Power foi fundada em dezembro de 2008 e, como parte do Grupo Enel, gerencia e desenvolve atividades de produção de energia a partir de fontes renováveis em todo o mundo. A empresa tem, como alguns dos principais objetivos, a produção de energia verde para reduzir as emissões de CO2, contribuir para o acesso à energia em áreas desfavorecidas e tornar mais sustentáveis os negócios das empresas que nos escolhem como parceiros.
De acordo com Bruno Riga, responsável pela Enel Green Power no Brasil, são “mais de 50 instalações de geração limpa no Brasil, de fontes solar, eólica e hídrica, totalizando mais de 4,9 gigawatts de capacidade instalada. A empresa é atualmente a maior operadora solar e eólica em termos de capacidade instalada do país. Construiu e opera, no Brasil, o maior parque eólico e o maior complexo solar da América do Sul, os parques Lagoa do Ventos e São Gonçalo”.
Mesmo com o amplo campo de atuação já conquistado, “a empresa segue investindo na geração a partir de fontes renováveis para contribuir com a diversificação da matriz energética brasileira e com o desenvolvimento econômico e social das regiões em que atua”, explica Riga.
Parque solar São Gonçalo, o maior da América Latina
Apontado atualmente como um dos segmentos com maior potencial de crescimento no país, o mercado de energias renováveis é uma aposta da companhia que vem de longa data. Entre 2016 e 2021, a Enel Green Power investiu mais de R$ 15 bilhões em geração eólica e solar no Brasil, dos quais R$ 4,5 bilhões foram aplicados apenas no ano passado.
Riga destaca que “a empresa entende que o Brasil tem todas as condições de promover a diversificação de sua matriz energética apenas com fontes de geração verde. Somente em 2021, a companhia colocou em operação quatro novos empreendimentos renováveis no país, totalizando 1 gigawatts de nova capacidade instalada”.
A Enel acredita no forte potencial de produção de energia limpa do Brasil e nos investimentos na geração eólica e solar como forma de ajudar o país a descarbonizar ainda mais sua matriz energética. “As fontes solar e eólica são fundamentais nesse processo, porque se tornaram as tecnologias mais capazes de ampliar a disponibilidade de nova energia limpa a um custo economicamente competitivo e num curto de espaço de tempo de construção dos empreendimentos. As fontes renováveis já são mais baratas do que a aposta em formas de geração poluentes, como as termelétricas. Além disso, a recente crise hídrica enfrentada pelo Brasil no último ano evidenciou ainda mais a relevância da diversificação da matriz para reduzir a dependência dos reservatórios de hidrelétricas”, detalha Bruno Riga.
A sustentabilidade está no centro das decisões da empresa em sua jornada de liderança da transição energética global. Para a Enel, sustentabilidade social, econômica e ambiental estão intimamente ligadas. Como líder no setor de energia, a empresa optou por uma estratégia de negócios focada na transição energética para um sistema mais sustentável, essencial para o futuro do planeta.
Riga explica que “fazemos isso acelerando, por exemplo, a produção de energia renovável em todo o mundo [e] estamos comprometidos com a geração de valor compartilhado com todos os nossos públicos, aliando nossos objetivos industriais ao desenvolvimento socioeconômico das áreas onde atuamos, gerando oportunidades para todos. Não me refiro apenas aos impactos positivos diretos gerados com a construção de nossos empreendimentos de geração limpa, como o emprego e a renda, mas de enxergar a sustentabilidade como ferramenta de transformação social e de priorizar, em todos os aspectos de atuação da empresa, a adoção de padrões mais sustentáveis de produção”.
Sobre as estratégias adotadas pela Enel para manter o alinhamento entre economia, rentabilidade e sustentabilidade, ele acrescenta que “antes da construção, a empresa realiza análises do contexto local e promove o diálogo com os diferentes públicos para a compreensão das necessidades e expectativas das comunidades locais, além do alinhamento e definição de parcerias com autoridades públicas. A partir de
Fotos: Divulgação / Enel
então, define, em conjunto, as prioridades e as formas de desenvolver projetos de sustentabilidade que contribuam para o desenvolvimento local em diversas frentes, como educação ambiental, cidadania, saúde, diversidade, cultura e formação profissional, entre outras”.
Um exemplo desses processos é o fato de que, em 2021, a Enel Green Power realizou mais de 200 projetos de sustentabilidade em todas as suas usinas no Brasil, com mais de 105 mil beneficiados. São oficinas de qualificação e capacitação profissional e estímulo ao empreendedorismo, apoio e patrocínios locais e iniciativas de resgate e valorização da cultura local, entre outras ações.
Além disso, apenas no ano passado, a empresa gerou 2.400 empregos diretos em suas usinas em construção e R$ 15,5 milhões em renda nas comunidades locais, sobretudo com a geração dos empregos e iniciativas de empreendedorismo social que oferecem alternativas de renda para as famílias.
Riga ainda pontua que “a sustentabilidade se aplica também na rotina de obras nas instalações da empresa, incluindo os canteiros de obras durante a construção dos empreendimentos de geração eólica e solar. A empresa possui um modelo de ‘canteiros sustentáveis de obras’, os sustainable construction site, que reúnem diretrizes e ferramentas para garantir a adoção de ações socioambientais, como reaproveitamento de água, coleta seletiva, compostagem, reutilização de madeira e outros resíduos da construção civil, reaproveitamento de uniformes, viveiros de mudas, veículos de uso coletivo para redução de emissões e campanhas educativas direcionadas para a mão de obra envolvida nas construções”.
Sobre a importância da parceria entre a Enel Green Power e a Câmara de Comércio Italiana de Minas Gerais para o mercado de energia renovável, Riga afirma que “o estado de Minas se tornou uma das grandes potências na atração de investimentos em geração de energia limpa no Brasil nos últi-
Bruno Riga,
Responsável pela Enel Green Power no Brasil. Parque eólico Lagoa dos Ventos, o maior da América Latina
Bruno Riga: "valorizamos a atuação articuladora da Câmara no sentido de promover o potencial econômico do Estado."
mos anos. Como uma companhia multinacional com origem na Itália, a aproximação com a Câmara de Comércio Italiana de Minas Gerais representa um fator estratégico para o desenvolvimento de negócios da empresa na região. A empresa possui uma relação de parceria muito produtiva e transparente com a Câmara e vai seguir trabalhando para estreitar cada vez mais este relacionamento. A Enel valoriza a atuação articuladora da Câmara de Comércio Italiana de Minas Gerais no sentido de promover o potencial econômico do estado. Como parte do seu compromisso de liderar a transição energética no Brasil e seguir impulsionando a descarbonização da matriz e a eletrificação do consumo de energia, a Enel buscará sempre extrair o máximo das relações de parceria com entidades representativas, como a Câmara, construindo relações sólidas, profícuas e duradouras, em benefício de toda a sociedade”.
COMPROMISSOS BRASILEIROS NA COP 27
Realizada entre os dias 7 e 18 de novembro em Sharm El-Sheihk, no Egito, a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) contou com a participação de representantes dos 198 países comprometidos, desde 1995, com o combate aos fenômenos climáticos causadores do efeito estufa e do aquecimento global.
O evento, que acontece anualmente, tem o objetivo de revisar as ações adotadas por cada país-membro para reduzir as emissões de carbono, avaliando os progressos de cada um deles. O encontro também serve para ajustar os protocolos necessários para alcançar a meta de neutralizar a concentração de gases poluentes na atmosfera terrestre, evitando consequências graves para o planeta, como a falta de alimentos e a extinção de espécies da fauna e da flora.
Os fatores econômicos também são uma grande preocupação da ONU. De acordo com estimativas da seguradora alemã Munich Re, eventos climáticos extremos associados ao aquecimento global – como as intensas ondas de calor na Europa e as inundações na Austrália – foram responsáveis por prejuízos de US$ 65 bilhões apenas no primeiro semestre de 2022. Já a empresa britânica Economist Intelligente Unit, que produz relatórios econômicos para diversos países, demonstrou que o prejuízo financeiro gerado pela crise climática pode chegar aos US$ 7,9 trilhões até 2050.
Para solucionar essas questões, o combate à crise energética é uma das chaves mais importantes, e, neste cenário, o Brasil surge com personagem principal, já que concentra grande parte das fontes renováveis de energia, como sol, vento e a produção de vegetais como milho, soja e cana-de-açúcar, utilizados na geração de biocombustíveis.
Durante a conferência, um dos compromissos do Governo Federal se deu por meio do lançamento da Agenda Brasil + Sustentável. O documento apresenta mais de 800 medidas adotadas nos últimos quatro anos, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como o Plano Safra 2022/2023 – que concede linhas de crédito a produtores rurais, com foco em pequenos agricultores e cooperativas – e o novo Marco Legal do Saneamento – que tem entre os objetivos a garantia ao acesso à água potável e tratamento de esgoto para 99% da população brasileira até 2033.
O país também foi destaque pelo avanço na geração de energia eólica, que passou de uma capacidade de 14 gigawatts em 2018 para 22 gigawatts em 2022. Na produção de energia solar, o crescimento foi ainda maior: a geração energética obtida a partir do sol passou de 2,3 gigawatts em 2018 para 22 gigawatts em 2022.
Além dos resultados já alcançados, o Brasil segue sob os holofotes mundiais no árduo caminho que ainda há pela frente até alcançar os objetivos propostos pela ONU. Neste cenário, uma das perspectivas mais significativas é a exploração das áreas marítimas, onde o vento tem potencial de gerar até 700 gigawatts de energia.
Esse é um processo que já está em curso e que ganhou ainda mais força em outubro, por meio da publicação de duas portarias, pelo Ministério de Minas e Energia, que definem, respectivamente, regramentos e diretrizes complementares para cessão de uso de áreas fora da costa (offshore), com vistas à geração de energia elétrica, e as diretrizes para criação de Portal Único de Gestão do Uso das Áreas Offshore. ||
ALL'AVANGUARDIA DELLA SOSTENIBILITÀ, AZIENDE BRASILIANE E ITALIANE CONQUISTANO SPAZIO NEL MERCATO INTERNAZIONALE DELLE ENERGIE RINNOVABILI
La crescita del settore e l'impegno nella lotta al riscaldamento globale sono stati sottolineati dalla delegazione brasiliana alla 27ª Conferenza delle Nazioni Unite sui cambiamenti climatici.
Con l'obiettivo di preservare l’ambiente e di azzerare le emissioni dei gas che provocano l’effetto serra, il Brasile e il mondo si mostrano attenti alle possibilità di generazione di energia sostenibile. Stando ai dati riportati dal Ministero delle Miniere e dell'Energia, quasi la metà dell’elettricità generata nel Paese proviene da fonti rinnovabili. Secondo il Gestore del Sistema Elettrico Nazionale (ONS), circa il 10% della matrice energetica brasiliana è costituita da generatori eolici, mentre il 5% è di origine solare.
L'energia pulita generata nel Paese spicca anche a livello globale: un'indagine dell’Istituto di Ricerca Economica Applicata (IPEA) sottolinea che la matrice energetica brasiliana, nel 2019, era composta per il 45% da fonti rinnovabili, un numero che supera quelli osservati in altri paesi dei BRICS, blocco economico formato da Brasile, Russia, India, Cina e Sud Africa.
Questi indicatori sono giustificati da un'agenda ambientale dal forte richiamo internazionale, che ha portato il governo a lanciare una serie di azioni e programmi di incentivazione affinché la traiettoria di crescita del consumo energetico sostenibile si mantenga stabile o, in uno scenario ideale, cresca a un ritmo accelerato.
Alcune di queste misure, che rientrano nella sfera del Governo Federale, sono l'eliminazione delle tasse per l'importazione di apparecchiature utilizzate nel processo di generazione di energia solare, nonché l'attuazione della politica nazionale sui biocarburanti, che mira a decarbonizzare la matrice dei trasporti e dell'industria in tutto il Paese.
In Minas, uno stato che comprende la più grande rete di consumatori di energia solare del Brasile, c'è anche un forte movimento che vuole dare un riconoscimento alle imprese che utilizzano energie pulite. Un esempio di questa mobilitazione è stata la consegna, nel novembre di quest'anno, del Certificato di Energia Rinnovabile da parte di CEMIG SIM – società del Gruppo CEMIG che opera nel mercato dell'energia solare in abbonamento – a più di 30 aziende operanti nello stato. Il titolo certifica gli attributi ambientali di aziende e istituzioni, attraverso la tracciabilità della fonte di energia pulita e rinnovabile al 100%, aggregando valore alle imprese, in quanto il follow-up consente di azzerare le emissioni di CO2 legate ai consumi energetici.
ENERGIE RINNOVABILI ED
EFFICIENZA ENERGETICA
Asja Ambiente Italia è un gruppo internazionale che opera nel settore delle rinnovabili, dell'efficienza energetica e della riduzione dei gas serra, responsabili del cambiamento climatico. Fondata nel 1995, l'azienda è leader in Italia nella produzione di energia elettrica da biogas di discarica e opera nei settori eolico, fotovoltaico e delle biomasse.
Secondo il direttore generale di Asja Brasil, Rickard Schafer, “l'energia verde prodotta da Asja in Brasile è ora in parte venduta nel mercato libero e in parte consumata in regime di generazione distribuita. Nel nostro portafoglio di tecnologie abbiamo anche impianti eolici, fotovoltaici, di biometano e un biogas depurato, a ridotto contenuto di anidride carbonica e rimozione di idrogeno solforato e contenuto di acqua. Il prodotto finale ha più del 90% di metano, essendo equivalente al gas naturale nella sua composizione”.
Asja opera nel settore dell'efficienza energetica, attraverso la produzione e vendita di microcogeneratori TOTEM ad
alto rendimento, apparecchiature che producono contemporaneamente calore ed energia elettrica con un unico combustibile, il metano. Oltre alla sua forte presenza in Italia, l'azienda gestisce oggi sei centrali elettriche in Brasile, che producono energia elettrica da biogas di discarica, situate a Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba, con una capacità totale di circa 50 megawatt installati e una produzione annua di circa 250 gigawatt.
Rickard spiega inoltre che “la strategia di sviluppo in Brasile prevede di continuare l’espansione su tutto il territorio brasiliano in questo segmento di trasformazione dei rifiuti in energia; oggi ci concentriamo in particolare sul Minas Gerais dove stiamo sviluppando nuovi progetti per l’utilizzo energetico del biogas, attraverso l'ampliamento di impianti esistenti o lo sviluppo di nuovi progetti. Vogliamo continuare a ripetere quanto già realizzato con successo in Italia, stiamo valutando investimenti anche nel settore della produzione di biometano da rifiuti organici, in aree strategiche con condizioni di mercato favorevoli per lo sviluppo di impianti e reti di trasporto e distribuzione”.
Asja ha iniziato le sue attività in Brasile nel 2005 con l'idea di espandere il proprio business, sempre nel rispetto dei termini del Protocollo di Kyoto, un trattato internazionale pionieristico nell'elaborazione di obiettivi rigorosi per combattere il riscaldamento globale, e puntando all'esecuzione di progetti legati al CDM, Clean Development Mechanisms (Meccanismi di Sviluppo Pulito).
In questo scenario, Minas è emerso come un ambiente di opportunità per Asja, come spiega Rickard: “Abbiamo visto, fin dall’inizio, che Minas Gerias ha un grande potenziale. Il nostro primo impianto in Brasile è stato sviluppato attraverso un accordo siglato con la città di Belo Horizonte per l'installazione di una centrale a biogas. Questa è stata un'iniziativa pionieristica e il più grande progetto di mitigazione dell'effetto serra a Belo Horizonte”.
Da dicembre 2007 la discarica non riceve più rifiuti solidi urbani dalla capitale del Minas Gerais, che vengono invece inviati alla discarica di Macaúbas, a Sabará, nella Regione Metropolitana. Lì l'azienda ha sviluppato un altro progetto che raccoglie biogas sufficiente a rifornire 20.000 abitazioni, con un consumo inferiore a 100 kilowatt al mese, attraverso la distribuzione di CEMIG. Grazie a questa operazione, nell'arco di 15 anni, si è evitato di immettere nell'atmosfera circa quattro milioni di tonnellate di rifiuti equivalenti al CO2.
Sul rapporto dell'azienda con la Camera di Commercio Italiana di Minas Gerais per il mercato delle energie rinnovabili, Rickard sottolinea che “Asja è membro della Camera da diversi anni e siamo ancora attivamente coinvolti in diversi ambiti, tra cui infrastrutture e sostenibilità. Negli anni Asja ha partecipato a seminari ed eventi per far conoscere le nostre attività e come importante veicolo di collegamento con altre aziende del settore ed enti pubblici”.
Rickard Schafer,
Direttore Generale di Asja Brasil
ENEL GREEN POWER E L'IMPATTO
DELLE ENERGIE RINNOVABILI NELLA
LOTTA AL RISCALDAMENTO GLOBALE
Enel Green Power è stata fondata nel dicembre 2008 e, come parte del Gruppo Enel, gestisce e sviluppa attività di produzione di energia da fonti rinnovabili in tutto il mondo. L'azienda ha, tra i suoi obiettivi principali, la produzione di energia verde per ridurre le emissioni di CO2, contribuire ad ampliare l'accesso all'energia nelle aree depresse e rendere più sostenibili le attività delle aziende che “ci scelgono come partner”.
Secondo Bruno Riga, responsabile di Enel Green Power in Brasile, ci sono “più di 50 impianti di generazione pulita in Brasile, da fonti solari, eoliche e idriche, per un totale di oltre 4,9 gigawatt di capacità installata. La società è attualmente il più grande operatore solare ed eolico in termini di capacità
installata nel Paese. Ha realizzato e gestisce in Brasile, il più grande parco eolico e il più grande complesso solare del Sud America; i parchi Lagoa do Ventos e São Gonçalo”.
Pur con l'ampia area di attuazione già conquistata, “l'azienda continua a investire nella generazione da fonti rinnovabili per contribuire alla diversificazione della matrice energetica brasiliana e allo sviluppo economico e sociale delle regioni in cui opera”, spiega Riga.
Indicato attualmente come uno dei segmenti con il maggior potenziale di crescita nel Paese, il mercato delle energie rinnovabili è un impegno di lunga data dell'azienda. Tra il 2016 e il 2021, Enel Green Power ha investito oltre 15 miliardi di reais nella generazione eolica e solare in Brasile, di cui 4,5 miliardi di reais solo lo scorso anno.
Riga sottolinea che “l'azienda comprende che il Brasile ha tutte le condizioni per promuovere la diversificazione della sua matrice energetica solo con fonti di generazione green. Solamente nel 2021 la società ha messo in esercizio quattro nuovi progetti rinnovabili nel Paese, per un totale di 1 gigawatt di nuova capacità installata”.
Enel crede nel forte potenziale del Brasile per la produzione di energia pulita e negli investimenti per la generazione eolica e solare come un modo per aiutare il Paese a decarbonizzare ulteriormente la sua matrice energetica. “Le fonti solare ed eolica sono fondamentali in questo processo, perché sono diventate le tecnologie maggiormente capaci di ampliare la disponibilità di nuova energia pulita a un costo economicamente competitivo e in tempi brevi per la realizzazione di progetti. Le fonti rinnovabili sono già più economiche rispetto alle forme di generazione inquinanti, come le centrali termoelettriche. Inoltre, la recente crisi idrica affrontata dal Brasile nell'ultimo anno, ha ulteriormente evidenziato l'importanza di diversificare la matrice per ridurre la dipendenza dai bacini idroelettrici”, precisa Bruno Riga.
La sostenibilità è al centro delle decisioni dell'azienda che, con la sua leadership, guida il cammino della transizione energetica globale. Per Enel sostenibilità sociale, economica e ambientale sono strettamente collegate. In qualità di leader nel settore energetico, l'azienda ha scelto una strategia aziendale incentrata sulla transizione energetica, verso un sistema più sostenibile essenziale per il futuro del pianeta.
Riga spiega “lo facciamo accelerando, ad esempio, la produzione di energia rinnovabile in tutto il mondo, mentre ci impegniamo a generare valore condiviso con tutti i nostri stakeholder, coniugando i nostri obiettivi industriali con lo sviluppo socioeconomico dei territori in cui operiamo, generando opportunità per tutti.
Non mi riferisco solo agli impatti positivi diretti derivanti dalla realizzazione dei nostri progetti di generazione pulita, come l'occupazione e il reddito, ma a anche alla sostenibilità vista come uno strumento di trasformazione sociale e privilegiando, in tutti gli aspetti dell'operatività dell'azienda, l'adozione di più modelli di produzione sostenibili”.
Riguardo alle strategie adottate da Enel per mantenere l'allineamento tra economia, redditività e sostenibilità, Riga aggiunge che “prima della costruzione, l'azienda effettua analisi del contesto locale e promuove il dialogo con i diversi pubblici per comprendere i bisogni e le aspettative delle comunità locali, oltre ad allineare e definire partnership con le autorità pubbliche. Da quel momento in poi definisce, in congiunto, le priorità e le modalità per sviluppare progetti di sostenibilità che contribuiscano allo sviluppo locale su più fronti, come l'educazione ambientale, i diritti dei cittadini, la salute, la diversità, la cultura e la formazione professionale, tra gli altri”.
Un esempio di questi processi è il fatto che, nel 2021, Enel Green Power ha realizzato più di 200 progetti di sostenibilità in tutti i suoi stabilimenti in Brasile, raggiungendo oltre 105mila
Bruno Riga,
Responsabile di Enel Green Power in Brasile.
beneficiari. Si tratta, tra le altre azioni, di laboratori di qualificazione e formazione professionale e incoraggiamento all'imprenditorialità, sostegno e sponsorizzazioni locali e iniziative per salvare e valorizzare la cultura locale.
Inoltre, solo lo scorso anno, l'azienda ha creato 2.400 posti di lavoro diretti presso gli impianti in costruzione e generando redditi, nelle comunità locali, per 15,5 milioni di reais soprattutto con la creazione di posti di lavoro e iniziative di imprenditoria sociale che offrono alle famiglie fonti alternative di reddito.
Riga sottolinea inoltre che “la sostenibilità vale anche per il lavoro di routine nelle strutture dell'azienda, compresi i cantieri durante la costruzione di progetti di generazione eolica e solare. L'azienda ha un modello di 'cantieri sostenibili', sustainable construction site, che raccoglie linee guida e strumenti per garantire l'adozione di azioni socio-ambientali, come il riutilizzo dell'acqua, la raccolta differenziata, il compostaggio, il riutilizzo del legno e di altri scarti dell’edilizia, il riuso delle divise, i vivai di piantine, i mezzi di trasporto collettivo per abbattere le emissioni, e campagne educative rivolte alla mano d’opera legata all’edilizia”.
Sull'importanza della partnership tra Enel Green Power e Camera di Commercio Italiana nel Minas Gerais, per il mercato delle energie rinnovabili, Riga afferma che “lo stato del Minas è diventato, negli ultimi anni in Brasile, uno dei territori con maggior capacità di attrarre investimenti rivolti alla generazione di energia pulita. In quanto azienda multinazionale con origini in Italia, la vicinanza con la Camera di Commercio Italiana di Minas Gerais rappresenta un fattore strategico per lo sviluppo del business dell'azienda nella regione. L'azienda ha una partnership molto produttiva e trasparente con la Camera e continuerà a lavorare per rafforzare ancora di più questa relazione. Enel valorizza il ruolo chiave della Camera di Commercio Italiana del Minas Gerais nella promozione del potenziale economico dello Stato. Nell'ambito del proprio impegno a condurre la transizione energetica in Brasile e continuare a guidare la decarbonizzazione della matrice e l'elettrificazione dei consumi energetici, Enel cercherà sempre di trarre il massimo dai rapporti di partnership con soggetti rappresentativi, come la Camera, costruendo solide relazioni, feconde e durature, a beneficio di tutta la società”.
GLI IMPEGNI DEL BRASILE ALLA COP 27
Svoltasi dal 7 al 18 novembre a Sharm El-Sheihk, in Egitto, la 27ª Conferenza dell’Onu sui Cambiamenti Climatici ha visto la partecipazione dei rappresentanti di 198 Paesi impegnati, dal 1995, a contrastare i fenomeni del cambiamento climatico che provocano l'effetto serra e il riscaldamento globale.
L'evento, che si svolge con cadenza annuale, ha l'obiettivo di fare il punto sulle azioni adottate da ciascun Paese membro per ridurre le emissioni di carbonio, valutandone i progressi. L'incontro serve anche ad adeguare i protocolli necessari per raggiungere l'obiettivo di neutralizzare la concentrazione di gas inquinanti nell'atmosfera terrestre, evitando gravi conseguenze per il pianeta, come la mancanza di cibo e l'estinzione di specie di fauna e flora.
I fattori economici sono anche una delle principali preoccupazioni per le Nazioni Unite. Secondo le stime della compagnia di assicurazioni tedesca Munich Re, solo nella prima metà del 2022 gli eventi meteorologici estremi associati al riscaldamento globale, come le intense ondate di caldo in Europa e le inondazioni in Australia, sono stati responsabili di perdite per 65 miliardi di dollari. L’impresa britannica Economist Intelligente Unit, che produce rapporti economici per diversi paesi, ha dimostrato che il danno finanziario generato dalla crisi climatica potrebbe raggiungere i 7,9 trilioni di dollari entro il 2050.
Per risolvere questi problemi la lotta alla crisi energetica è una delle chiavi più importanti e, in questo scenario, il Bra-
Per risolvere questi problemi la lotta alla crisi energetica è una delle chiavi più importanti e, in questo scenario, il Brasile emerge come protagonista poiché concentra gran parte delle fonti energetiche rinnovabili.
sile emerge come protagonista poiché concentra gran parte delle fonti energetiche rinnovabili, come il sole, il vento e la produzione di vegetali come mais, soia e canna da zucchero, utilizzati nei processi di fabbricazione dei biocarburanti.
Durante la conferenza, uno degli impegni del Governo Federale è stato il lancio dell'Agenda Brasil + Sustentável. Il documento presenta oltre 800 misure adottate negli ultimi quattro anni, in linea con gli Obiettivi di Sviluppo Sostenibile delle Nazioni Unite, come il Piano Safra 2022/2023 – che concede linee di credito ai produttori rurali, concentrandosi su piccoli agricoltori e cooperative – e il “Marco Legal do Saneamento”, nuovo quadro normativo delle aziende che operano nel campo delle infrastrutture igienico-sanitarie, che ha tra i suoi obiettivi la garanzia dell’accesso, entro il 2023, all’acqua potabile e al trattamento delle acque reflue per il 99% della popolazione brasiliana.
Il Paese si è messo in evidenza per il progresso nella generazione di energia eolica, che è passata da una capacità di 14 gigawatt del 2018 a 22 gigawatt del 2022. Nella produzione di energia solare, la crescita è stata ancora maggiore: la generazione di energia ottenuta dal sole è passata da 2,3 gigawatt nel 2018 a 22 gigawatt nel 2022.
Oltre ai risultati già raggiunti, il Brasile prosegue, sotto gli occhi del mondo, il faticoso cammino che ancora lo attende per raggiungere gli obiettivi proposti dall'Onu. In questo scenario, una delle prospettive più significative è lo sfruttamento delle aree marittime, dove il vento ha il potenziale per generare fino a 700 gigawatt di energia.
Si tratta di un processo già in atto e che ha preso ancora più slancio nel mese di ottobre, attraverso la pubblicazione di due ordinanze del Ministero delle Miniere e dell'Energia, che definiscono, rispettivamente, linee guida e regole complementari per l'affidamento in uso delle aree al di fuori della costa (offshore), nell’ottica della generazione di energia elettrica, e le linee guida per la realizzazione di un Portale Unico per la Gestione dell'Uso delle Aree Offshore. ||
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