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ECONOMIA 1
Câmara marca presença em evento na Fiemg para debater propostas do setor automotivo
Oportunidades e desafios do projeto Made in Brasil Integrado (Mibi) foram debatidos em um fórum da Câmara da Indústria Automotiva e Mobilidade da FIEMG, em 21 de outubro de 2022. O encontro, realizado na sede da Federação, em Belo Horizonte, reuniu especialistas, pesquisadores e representante do poder público.
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As possibilidades tecnológicas que permeiam a mobilidade urbana são tema central de atuação e discussão em um grupo de trabalho (GT) da Câmara, conforme explicou o presidente do colegiado, Valentino Rizzioli, lembrando ainda que algumas questões trabalhadas pelo Mibi foram incorporadas pelo GT. "A indústria automotiva deve estar atenta e unir esforços para encontrar caminho em consonância com as tendências da mobilidade no Brasil e no mundo", disse.
O Mibi – Rede Colaborativa para Aumento da Produtividade e da Competitividade do Setor Automotivo Brasileiro – foi criado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, com intuito de acelerar a produção de respiradores mecânicos no Brasil. O grupo atuou em várias frentes, mapeando demandas da cadeia produtiva, para evitar o desabastecimento do mercado brasileiro.
POLÍTICA PÚBLICA E PARCERIA
No âmbito federal, a coordenadora-geral de Implementação e Fiscalização de Regimes Automotivos do Ministério da Economia, Margaret Gandini, citou algumas ações que têm sido implementadas pela pasta para a formulação de políticas públicas. Uma delas diz respeito à descarbonização da mobilidade e logística pelo programa Rota 2030, “que tem como pilares a chamada economia verde, mercado de carbono, renovação da frota e outros”, disse.
A gestora lembrou ainda de algumas medidas adotadas pelo governo junto ao setor automotivo nos últimos anos na direção de oferecer ao mercado bens mais sustentáveis, como a etiquetagem de consumo em veículos e fomento à pesquisa e à inovação.
Já o diretor-presidente da SAE Brasil, que integra o conselho executivo da Mibi, Erwin Franiek, falou sobre as oportunidades e sinergias do programa com a Câmara, especificamente na elaboração de propostas conjuntas em prol da competitividade do setor. Entre outras ações, Franiek acredita que o Mibi e colegiado podem encontrar caminhos para que a indústria brasileira produza determinados componentes eletrônicos que atualmente são importados.
Instituído pelo governo federal por meio da Portaria nº 9.035, de 17 de setembro de 2021, o Mibi é composto por seis grupos de trabalho. São eles: GT 1: componentes metálicos, GT2: componentes eletroeletrônicos, GT3: conjuntos mecânicos, GT4: componentes plásticos, GT5: transmissões automáticas e GT6: semicondutores.
O fórum contou ainda com a participação do pesquisador chefe do Instituto SENAI de Inovação em Processamento a Laser em Joinville, Santa Catarina, Luís Gonzaga Trabasso, que falou a respeito do Projeto Magbras. A iniciativa contempla a produção de imãs permanentes para atender a demanda industrial brasileira com tecnologia nacional.
O pesquisador Marcos Antônio Berton, chefe do Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica em Curitiba, no Paraná, palestrou sobre o trabalho de um laboratório da entidade de produção de baterias de íons lítio. O encontro contou também com a exposição da gerente de Negócios e Parcerias da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), instituição ligada à UFMG, Janayna Bhering, que discorreu sobre os projetos desenvolvidos pela Fundação relacionadas à mobilidade urbana. Os debates foram mediados pelo diretor-executivo da Evebras e integrante da Câmara da Indústria Automotiva e Mobilidade, Leonardo Veloso. ||
(fonte: Imprensa / Fiemg