RAÍZES ITALIANAS
PICCHIONI: Antecipar o futuro é a chave para promover a vanguarda do mercado financeiro Há mais de sete décadas, a ítalo-brasileira Picchioni vem criando robustas raízes, estreitando relacionamentos, fortalecendo vínculos e construindo a história do mercado financeiro em Minas com integridade, solidez, valores familiares e empreendedorismo inovador
O pioneirismo que define a histórica trajetória do grupo oportunidade valiosa para que muitos italianos utilizassem o Picchioni nas Minas Gerais remonta da ousadia e coragem da dinheiro estrategicamente poupado para comprar terras. Foi o família italiana natural de Stipes, uma pequena cidade que primeiro passo rumo à ascensão da família Picchioni no Brasil, integra a província de Rieti, na região graças ao investimento assertivo em do Lácio, situada a cerca de 900 meuma das fazendas mais importantes da tros acima do nível do mar, atualmente região. O ingresso no mercado financonsiderada um destino ideal para os ceiro não demorou a acontecer. “Meu Meu avô percebeu amantes da pesca de água doce. avô percebeu que os italianos foram que os italianos foram Com a bagagem carregada do geenriquecendo após a crise e tinham nuíno e peculiar significado atribuído cada vez mais necessidade de dinheiro enriquecendo após a ao nome da medieval Stipes, curiosapara organizar suas colheitas e investir crise e tinham cada mente conhecido entre os habitantes em suas terras”, conta Celso Picchiovez mais necessidade pela referência às moedas de ouro emni, ressaltando a visão de negócio da de dinheiro para pregadas como oferendas aos deuses, família. E assim nasceu a Casa Bancáa família Picchioni chega ao Brasil, logo ria Irmãos Picchioni, reconhecida por organizar suas após a Primeira Guerra Mundial, inauemprestar expressivos valores aos imicolheitas e investir gurando um próspero e sólido mercado grantes de Ribeirão Preto e São Paulo. em suas terras. para o câmbio, essencialmente marcaINEDITISMO EM BH do pelo perfil empreendedor e o olhar O fim da Segunda Guerra Mundial sempre focado no futuro. “Meu avô Ettore, a irmã dele, meu pai e outros primos de- desenhava o cenário para a fundação da tradicional casa de câmcidiram tentar a vida na América e foram a pé, com as malas bio mineira, clarificada pela mentalidade empreendedora e persde papelão e um salame, até o porto de Civitavecchia, onde picaz do italiano Ettore Picchioni, durante uma viagem a negócios embarcaram no primeiro navio que encontraram”, relata o di- à jovem capital em expansão. “Meu pai, que se chamava Ettore, retor da Picchioni Câmbio, Celso Picchioni, à frente da primeira como meu avô, abriu a casa de câmbio em Belo Horizonte, em 1945, que chamava a atenção pela vitrine com notas e moedas instituição do segmento instalada em Minas. O início da vida em solo brasileiro não foi fácil para os que ninguém pensou em roubar”, relembra o diretor do grupo. “Aos poucos, a empresa entrou no mercado de ações, de imigrantes recém-chegados em Santos e encaminhados para São Joaquim da Barra, perto de Ribeirão Preto, para trabalhar fundos públicos e desembaraço aduaneiro, começou a crescer arduamente nas plantações de café. Mas a ruína de diversos e nunca mais parou”, detalha, com orgulho. Atualmente, cada fazendeiros durante a crise de 1929 se transformou em uma shopping da capital possui uma casa de câmbio Picchioni, que
26 ITÁLIA 360º | N.4 | ABRIL DE 2022