Aa bibliotecas escolares do concelho de Almada

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ALMADAFORMA a revista do centro de formação da associação das escolas de almada

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nº14 | Julho | 2017


Índice Editorial As Bibliotecas Escolares do Concelho de Almada As Bibliotecas Escolares no século XXI As Bibliotecas Escolares no Agrupamento de Escolas Emídio Navarro Bibliotecas Escolares: para quê? A Utilização das Redes Sociais – ao serviço da promoção da leitura nas Bibliotecas Elias Garcia A Be/Cre na Escola Secundária Cacilhas-Tejo As Bibliotecas Escolares LOROSAE “Pequenas” Coisas, “Grandes” Consequências… na Biblioteca da E. B. D. António da Costa Bibliotecas Escolares – 1º Ciclo – A. E. Professor Ruy Luís Gomes No caminho da Informação e do Digital… com a BE – A. E. António Gedeão Bibliotecas Escolares – 1º Ciclo – A. E. António Gedeão Bibliotecas Escolares – A. E. Caparica Bibliotecas Escolares – A. E. Romeu Correia Um “Mar de Leituras”– Ler+Mar no Agrupamento Anselmo de Andrade Experimentar a Brincar com Ciência – ciências experimentais no 1º ciclo Pequenos Grandes Escritores – um projecto da EBS Professor Ruy Luís Gomes O Que Fazemos Nós Nas Bibliotecas? – Projeto privilegiado e a privilegiar – Leitura-a-par A Biblioteca e a Educação Especial – A. E. António Gedeão

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Ficha Técnica Directora: Maria Adelaide Paredes Silva Colaboradores: Alexandra Lopes, Ana Rodrigues, Álvaro Gradíssimo, Equipa CRE LOROSAE, Fernando Nabais, Isabel Braga, Isaura Carvalho, João Proença, Lurdes Gomes, Luzia Pequito, Margarida Pinho, Maria Carla Crespo, Maria de Lourdes Palma, Maria Luísa Batista, Maria Teresa Silva, Sara Cacela, Vanda Candido. Paginação e arranjo gráfico: Domitila Cardoso, Maria da Luz Vieira 2


Editorial Para todos os intervenientes na BE CRE de Almada a nossa estima e gratidão. É tempo de dar voz e vez à Biblioteca Escolar. Força mobilizadora de vontades e de sonhos, que se organiza em rede de pessoas comprometidas e empenhadas com a educação, a formação e a cultura. Força que atua no coração das organizações escolares, no seio dos contextos, na especificidade das comunidades educativas. Força humana em rede, promotora de desenvolvimento pessoal e social, que se afirma e valoriza em interações colaborativas, que proporcionam informação, conhecimento e ideias fundamentais para (con) viver na sociedade contemporânea, em princípios e valores de cidadania. O Centro de Formação Almada Forma congratula-se com a honrosa oportunidade de dedicar a 14ª edição da revista Almada Forma online ao tema -Biblioteca Escolar-Centro de Recursos. Na qualidade de parceiro de referência, cumpre-nos reconhecer e dignificar publicamente o mérito da ação educativa, informativa, cultural e recreativa da biblioteca escolar-centro de recursos. Esta tribuna tem o privilégio de interpelar o passado e convocar o presente para sinalizar e augurar um futuro promissor à BECRE. Como forma de celebrar o excelente serviço de 20 anos consagrados à educação, nas escolas e na comunidade educativa de Almada, rendemos homenagem a todos os coordenadores e professores bibliotecários que ousaram fazer-se à viagem, com sentido de missão, orientada por desígnios de inclusão, igualdade de oportunidades, qualidade educacional. Valorizamos os contributos de todos e de cada um, registos afetivamente vivenciados e partilhados em narrativas e imagens de eloquente reflexibilidade. Sublinhamos o potencial da criação de ambientes amigáveis para aprender, ler, interpretar, compreender e (inter) agir, ser, num mundo carente, que se deseja conhecer, melhorar, humanamente reinventar. Cumpre-nos reconhecer a qualidade da formação desenvolvida, em diferentes áreas e modalidades, por este Centro de Formação, assegurada, de forma voluntária e em dádiva contínua, pelo formador e coordenador da rede de bibliotecas escolares de Almada. Por vontade acrescentou décadas de conhecimento, competência, confiança e criatividade ao caminho e aos caminhantes, professores bibliotecários, que se sentem preparados e motivados para empreender práticas de mudança, com zeloso empenho e profissionalismo. Brindemos ao amor essencial que se constrói nas rotas da imaginação, no calor das bibliotecas, no sabor dos livros, na proximidade real e virtual, na rede que somos. Tantas as viagens quantos os sonhos dos viajantes. Entre aprendizagens, projetos, afetos, é possível acrescentar vida à escola, vida à gente, desde tenra idade. Sinais indeléveis, para sempre vivos no coração de nós. Todos.

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EDUCAÇÃO

As Bibliotecas Escolares do Concelho de Almada entraram mais 20 escolas, ficando, desde logo, a rede fechada no que respeita às escolas do ensino secundário e às escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico.

João Paulo Proença

Coordenador Interconcelhio para as Bibliotecas Escolares Concelhos de Almada e do Seixal jp.proenca@gmail.com

Um pouco mais de vinte anos se passaram e a rede de bibliotecas Escolares de Almada está consolidada. Almada tem neste momento, 49 escolas integradas na RCBEA de acordo com a seguinte distribuição:

Bibliotecas Escolares do concelho de Almada

Uma dinâmica de excelência procurando a criação e fidelização de leitores competentes aptos a ler em diversos suportes.

Agrupamento / Escola Não Agrupada

Em 1996 foi lançada a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e ainda em 1997 foram instituídos os serviços de apoio às bibliotecas escolares, os SABE, e lançadas as candidaturas concelhias que permitiram o trabalho conjunto de redes concelhias de bibliotecas municipais e escolares. O SABE da Rede Municipal das Bibliotecas de Almada RMBA1 foi criado no ano 2000 aquando o início da integração na RBE das Bibliotecas Escolares do Concelho de Almada.

AE Daniel Sampaio

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AE de Caparica

5

AE António Gedeão

6

AE Emídio Navarro

6

AE Monte de Caparica

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AE Elias Garcia

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AE Carlos Gargaté

2

AE Miradouro de Alfazina

2

AE Romeu Correia

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AE Francisco Simões

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AE Anselmo de Andrade

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AE Ruy Luís Gomes

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AE Trafaria

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ES Fernão Mendes Pinto

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ES Cacilhas Tejo

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Gerem estas bibliotecas escolares 27 professores bibliotecários, profissionais com dupla qualificação (para a docência de um grupo disciplinar e para a função de professor bibliotecário) que, de acordo com o nº 3 da Portaria n.º 192-A/2015, têm o seguinte conteúdo funcional:

Logo no em 2000, entraram 13 escolas para a rede concelhia e entre 2001 e 2003 (em 3 anos) 4


Artigo 3.º Conteúdo funcional

binete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GCRBE) em articulação com os órgãos de direção do agrupamento ou escola não agrupada;

1 — Ao professor bibliotecário cabe, com apoio da equipa da biblioteca escolar, a gestão da biblioteca da escola não agrupada ou do conjunto das bibliotecas das escolas do agrupamento.

j) Representar a biblioteca escolar, nos termos do regulamento interno.

2 — Sem prejuízo de outras tarefas a definir em regulamento interno, compete ao professor bibliotecário:

É deste trabalho de articulação curricular, de promoção das literacias da leitura, dos media, da informação e da promoção de parcerias que este número do jornal digital Almadaforma, publicado em 2017 se dedica. Queremos mostrar o trabalho, na área das bibliotecas, destes treze Agrupamentos de Escolas e das duas escolas não agrupadas do concelho de Almada.

a) Assegurar o serviço de biblioteca para os alunos do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada; b) Promover a articulação das atividades da biblioteca com os objetivos do projeto educativo do agrupamento de escolas ou escola não agrupada e dos planos de turma;

Este número temático do Jornal digital do Almadaforma tem ainda o objetivo de celebrar os cerca de 20 anos de existência da Rede de Bibliotecas Escolares, mostrando o bom trabalho que se faz, celebrando o percurso feito, mas também, e sobretudo, mostrando como se pode responder às exigências dos tempos que vivemos procurando que os jovens que frequentam as bibliotecas escolares sejam abertos, flexíveis, adaptáveis e exigentes de modo a serem aptos a viver e trabalhar num mundo cheio de desafios e oportunidades em que uma resposta “pronta a vestir e uniforme” já não o serve.

c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afetos à(s) biblioteca(s); d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afetos à biblioteca; e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação; f) Apoiar as atividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e práticas de leitura e das literacias da informação e dos média, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento de escolas ou escola não agrupada;

Boa “viagem” de descoberta do mundo das bibliotecas de Almada

g) Apoiar atividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no plano de atividades ou projeto educativo do agrupamento de escolas ou escola não agrupada; h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projetos de parceria com entidades locais;

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O conceito de Rede não pode ser confundido com qualquer sistema informático ou telemático. A Rede implica antes de mais a interação colaborativa de pessoas que partilham informações e colaboram na execução de tarefas comuns.

i) Implementar, anualmente, os procedimentos de avaliação dos serviços, definidos pelo Ga5


EDUCAÇÃO

As Bibliotecas Escolares no século XXI

de leitura – a leitura sequenciada, página após página; a consulta do índice; a leitura da capa e da contracapa; a leitura na diagonal só para ter uma ideia do assunto (por exemplo, numa livraria ou numa biblioteca antes de comprarmos ou requisitarmos um livro, avaliando previamente o seu potencial interesse)…, da mesma maneira a leitura em suporte digital tem as suas regras, os seus códigos, diferentes daqueles dos livros.

Maria Carla Crespo

Professora bibliotecária Biblioteca Escolar Fernão Mendes Pinto biblioteca@esfmp.pt

As bibliotecas escolares são hoje um espaço que ultrapassa a sua dimensão física, os anteriormente denominados Centros de Recursos Educativos (CRE). A nova designação (BE) não se deve a uma moda, mas encerra em si uma mudança de paradigma, uma nova conceção e um conjunto de valências que lhes são inerentes, aliadas a novos desafios que se lhes impõem.

Os textos na internet são geralmente mais curtos (excetuando os livros digitais / e-books); há maior profusão de imagens e o clique de texto em texto, de hiperligação em hiperligação é automático, sendo por isso tão difícil (e tão compreensivelmente difícil para os alunos) os utilizadores darem-se conta de todos os saltos dados, isto é, lembrarem-se de todas as consultas realizadas, de todas as páginas em que clicaram, dos avanços e recuos ou do conjunto de páginas que abriram ao mesmo tempo durante a pesquisa. Esta é, com efeito, uma tarefa difícil quando é preciso construir uma webgrafia, se esse cuidado não foi à partida acautelado, no início da navegação na web.

De Guttenberg ao digital Se, com a revolução da imprensa, Guttenberg nos trouxe o boom dos livros, esse suporte físico que tantos de nós prezamos, a revolução das TIC, que ora atravessamos, traz-nos o digital, com as suas novidades constantes, oportunidades e constrangimentos. A velocidade para que o digital nos arrasta facilita-nos indubitavelmente o acesso à informação – inegável vantagem face ao tempo dantes necessário para folhear as páginas de uma enciclopédia. Porém, o acesso à informação digital faz-se a partir do hipertexto: link leva a link, leva a link…, num “salta-pocismo” contínuo que, se por um lado fascina, por outro dispersa. E o saltitar de página em página, blogue em blogue, site em site produz mais conhecimento?

Da leitura à(s) literacia(s): que competências? As bibliotecas deixaram de ser, como dissemos, apenas um espaço físico com livros. Ler é, hoje em dia, ler em vários suportes e compreender vários mundos, daí que já não se fale tanto em “leitura” como em “literacias” e literacias no plural: literacia da leitura e da escrita (saber ler e escrever a um primeiro nível); literacia emocional ou dos afetos (saber relacionar-se consigo e com os outros); literacia motora (saber usar adequadamente o corpo para comunicar e desenvolver competências físicas); literacia ambiental ou ecológica (saber cuidar de e

Aprende-se mais? Tal como o livro possui um código ao qual fomos introduzidos para conhecermos os vários tipos 6


preservar a natureza); literacia financeira (saber usar o dinheiro e as transações e sua relação com o consumo); literacia da informação (saber localizar e selecionar a informação, sem recorrer ao copy / paste, apropriando-se dos conteúdos, assimilando o que se leu, usando a informação de modo próprio, por palavras suas, e referindo devidamente as fontes), etc. etc., etc.

Contudo, tal não nos deveria intimidar ou assustar ou fazer supor que “os alunos sabem mais do que nós”. São, sim, porventura mais arrojados, mais rápidos e mais destemidos no que respeita as tecnologias, o que não significa obrigatoriamente a aquisição de competências para além das motoras / sensoriais face aos gadgets nem implica necessária e automaticamente maior aquisição de conhecimentos.

Nesta panóplia de desafios frenéticos que pululam na sociedade atual, é fundamental o papel da escola, nomeadamente através das bibliotecas escolares, numa perspetiva educativa e integradora do seu público-alvo.

E o professor bibliotecário (PB)? É aqui que entra, então, o papel crucial das Bibliotecas Escolares (BE) e dos professores bibliotecários (PB). Como auxílio e orientação da pesquisa, para que esta se torne consciente, para que a informação se transforme em aprendizagem, em conhecimento efetivo. Como diria Jorge Luis Borges, “o verdadeiro labirinto é o deserto”.

Existe a ideia – certa – de que as crianças já nascem dotadas de destreza tecnológica e de que, ao contrário dos adultos, transferem o seu comportamento face ao digital para o objeto livro, como aquela criança que deslizava os dedinhos no desenho para o ver aumentar como se estivesse a ver uma imagem num tablet… É verdade! E nós, educadores, surpreendemonos – e por vezes intimidamo-nos até – com essa suposta perícia. É, de facto, inegável essa apetência motora para o digital e tecnológico.

Ilustração de Budi Satria Kwan

(clicar na imagem para ver o vídeo) 7


o que já se sabe e com o que se é como pessoa); ligação com o outro, com o mundo, com a cultura, com os afetos; ligação com o que ainda não (se) é, para criar utopias, que dão sentido à construção do eu, das sociedades e do futuro. Por tudo isto, as bibliotecas escolares possuem uma missão ambiciosa e exigem dos PB uma atualização e formação constantes a nível das literacias (várias), assim como do entendimento que se vai produzindo acerca do que é uma biblioteca no século XXI – algo que se constrói com erros, tateamentos e balbuceios, baseando-nos ora em práticas antigas e pouco apelativas, em aderência (como uma ventosa) com o passado, ora em práticas estimulantes e integradoras das novas tecnologias e dos novos utilizadores das

Uma biblioteca é um labirinto. Não é a primeira vez que me perco numa. Afonso Cruz, in Os livros que devoraram o meu pai, Caminho, 2010, p. 27 Parafraseando o professor David Rodrigues, os verdadeiros labirintos são a ausência de referências e cabe às escolas, designadamente através das suas bibliotecas e dos professores bibliotecários, cerzir os retalhos de informação recolhida, unificar os conteúdos dos vários links, unir o que se lê, ajudando a interpretar, a construir significados, a construir reflexão sobre e em ligação com: ligação consigo mesmo (com

BE, chamando-os, afinal, para uma única finalidade: aprender. Aprender a estudar; aprender a amar o conhecimento; aprender a ser. Numa palavra, formar-se, crescer, para ser feliz, contextualizado, inserido na sociedade atual, que o mesmo é dizer “aberto ao futuro”, com antevisão e sentido da realidade de um mundo em mudança ao alcance de um clique.

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De Livre e Espontânea Vontade

Imagem captada na Biblioteca Escolar Fernão Mendes Pinto em abril de 2016 Aparentemente inocente, revela, no entanto, significados múltiplos. Trata-se de um conjunto de jovens alunos que, de livre e espontânea vontade, se encontravam há dias a ler, cada qual o seu livro, na área de lazer da BEFMP. Isso indicia várias aprendizagens: • têm consciência de que a biblioteca escolar é um local de livre acesso à estante (podem ir à prateleira buscar um livro sem ter de pedir licença a ninguém), • sabem onde encontrar aquilo que querem (e, por isso, não necessitaram de pedir ajuda para descobrir o livro que pretendiam), • conhecem a área da BE reservada ao lazer (e, como tal, não se sentaram na área reservada nem ao estudo individual nem aos trabalhos de grupo), • sabem que podem aproveitar a luz, o sol e a tranquilidade da BE para passar bons momentos a ler e a ler por prazer, por iniciativa própria. São leitores como estes que as bibliotecas querem construir, a par dos leitores digitais, que procuram informação noutros suportes. Estes, para já, destacam-se positivamente. 9


ESCOLA

As Bibliotecas Escolares

no Agrupamento de Escolas Emídio Navarro

• diretrizes mais específicas segundo as quais, no contexto atual da sociedade de informação e do conhecimento, as bibliotecas se constituem como um importante polo de promoção das literacias e de interesse na vida social, cultural e educativa do meio escolar.

Sara Cacela Margarida Pinho

Professoras bibliotecárias bibliotecasaen@gmail.com

Numa ótica de gestão integrada, as bibliotecas escolares do agrupamento, asseguram os recursos capazes de apoiar o percurso formativo e curricular dos alunos e promovem a articulação vertical e transversal entre ciclos e níveis de ensino. As bibliotecas escolares do agrupamento têm por função apoiar todos os departamentos curriculares e as escolas do 1º ciclo quer nas atividades específicas desenvolvidas no âmbito das várias disciplinas, quer nos projectos de natureza disciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar, bem como desencadear ações promotoras das diferentes literacias e de trabalho com a comunidade, no sentido de divulgar e de facilitar a utilização dos seus recursos (acesso ao fundo documental e a equipamentos informáticos e Internet) e serviços (empréstimos, consulta, leitura e visionamento de documentos e outros recursos educativos e disponibilização de informação on-line).

No agrupamento, funcionam 6 bibliotecas escolares integradas na Rede de Bibliotecas Escolares, localizadas na ES Emídio Navarro, na EB D. António da Costa e em 4 escolas básicas do 1.º ciclo (EB da Cova da Piedade, EB de Almada, EB n.º 3 da Cova da Piedade e EB Cataventos da Paz). A acção desenvolvida pelas bibliotecas escolares do agrupamento enquadra-se no referencial definido pelo Manifesto da IFLA/UNESCO para as Bibliotecas Escolares e pelo Programa da Rede de Bibliotecas Escolares que determinam: • os princípios orientadores da missão e finalidades das bibliotecas escolares, centradas no desenvolvimento de competências para a aprendizagem ao longo da vida, que permitam aos alunos tornarem-se cidadãos responsáveis,

Tendo em conta o Projeto Educativo do Agrupamento, cujas linhas educativas estão organizadas segundo princípios orientadores da

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UNESCO, bem como os domínios de intervenção do programa da Rede de Bibliotecas Escolares (A) Apoio ao desenvolvimento curricular, (B) Leitura e literacia, (C) Projectos e parcerias e (D) Gestão da biblioteca escolar - e as orientações do SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares) da Câmara Municipal de Almada, as bibliotecas escolares do agrupamento, implementam um Plano Anual de Atividades que contempla um conjunto diversificado de actividades promotoras de aprendizagens. Atividades em destaque Domínio A e C - Apoio ao desenvolvimento curricular e Projectos e parcerias

|Participação em projectos: Os Melhores Leitores do Mundo (RBE/PNL), O meu Livro é para ti (colaboração com a associação de pais na campanha de troca de manuais), Projeto Gulbenkian (apoio às novas literacias e leitura na área das ciências), SHARP (projecto europeu), “LIVE” (projeto europeu Leonardo de Vídeo Educativo), PlayWEB (projeto europeu), PORDATA, Medialab (Diário de Notícias), Comemoração do cinquentenário da obra literária de Mª Alberta Menéres (parceria informal com BM de Almada), I e II Mostra de Vídeo Educativo de Almada, “Nós da cidade” (colaboração com o Centro UNESCO), Comemorações dos 8 séc. da língua Portuguesa/400 anos da Peregrinação (parceria informal com BM de Almada, CFAECA e outras BE do concelho).

• Apoio às atividades curriculares e apoio/integração em projetos |Semanas/sessões temáticas/exposições (ex: Semana dos Afetos, Dias Europeu das Línguas, dos Direitos Humanos, da Língua Materna, da Diversidade Cultural, do Livro e Direitos de Autor, celebração do Natal, da Páscoa, Semana do Agrupamento, Dias da António, etc) |Disponibilização de materiais e dinamização de sessões no âmbito das obras para educação literária |Colaboração/dinamização de áreas de cidadania no âmbito das temáticas UNESCO (a partir de 2013/14) – “Nós da Cidade”, Dias UNESCO, divulgação do Boletim CUCAE e Blogue CUCAE

|Projetos: Experimentar a Brincar: atividades experimentais das ciências para o 1º ciclo (parceria informal com ES Cacilhas-Tejo) e Levar-Ler-Libertar (projeto de bookcrossing apoiado pelo PAC da CMA). Domínio B - Leitura e literacia • Promoção da leitura e desenvolvimento das literacias |Empréstimo domiciliário e para sala de aula 11


|Comemoração do Mês das Bibliotecas Escolares: Visitas à BE, exposição de livros, implementação das atividades planificadas pelas BE do Concelho de Almada e participação no I e II Encontros das Bibliotecas Escolares de Almada com apresentação de comunicações. |Leitura presencial

|Semana da Leitura: exposições, encontro com escritores e sessões/maratona de leitura (colaboração de animadores e encarregados de educação)

|Clubes de Leitura |Encontros e atividades de e sobre leituras, escrita e outras expressões

Domínio D - Gestão da biblioteca escolar

|Concursos: Conta-nos uma História, 7 dias 7 dicas com os Média, Entre Palavras (Jornal Notícias e apoio do PNL), Concurso Nacional de Leitura, Faça Lá um Poema, Concurso de Cartazes Palavras do Mundo, La Atrevida, Leitura Expressiva, O Escritor do Mês; Soletração, Caligrafia, The Magic of Harry Potter, Dictation, Reading, Halloween Costumes, Halloween Works, My Favourite Foreign Word, Sigue La Estrella.

• Difusão da informação e produção de conteúdos |Blogues/sites |Exposições/cartazes/folhetos |Recursos e materiais de apoio em vários suportes |Disponibilização de catálogos online • Atividades de organização e gestão da BE e do fundo documental |Gestão do fundo documental/espaços/equipamentos |Revisão e elaboração de documentação estruturante da BE e contributo para os documentos estruturantes do agrupamento.

|Feiras do Livro

|Participação em reuniões de trabalho internas/SABE/RBE/outros parceiros

|Divulgação e/ou participação em atividades da Biblioteca Municipal |Articulação com ações PNL e PNC |Sessões/atividades/projetos para as literacias |Sessões de formação de utilizadores |Apoio técnico-pedagógico e atendimento ao utilizador 12


|Avaliação das BE

da leitura, comemorações, feiras do livro…) de incentivo e promoção das competências de leitura, algumas delas no âmbito do Plano Nacional de Leitura e das metas curriculares de português.

Em suma, constatem como nos temos divertido nestes últimos anos… Aqui vos deixamos “As nossas BE em 2minutos” https://youtu.be/W5R69ejW8do

• A relação de parceria estabelecida e o desenvolvimento de actividades/projectos entre as bibliotecas do agrupamento, com a Biblioteca Municipal e com outras bibliotecas/escolas.

Síntese global da actividade das Bibliotecas Escolares no Agrupamento |Pontos fortes identificados

• A participação em redes de trabalho e de formação e em reuniões concelhias e interconcelhias promovidas pela RBE, BM/ Serviço de Apoio as Bibliotecas Escolares (SABE), Centro de Formação ou outros.

• A disponibilização de apoio e de recursos no âmbito do desenvolvimento curricular e da literacia da informação e dos media. • A existência de um conjunto de recursos necessários ao uso das tecnologias digitais e Internet: catálogo online, blogues das bibliotecas escolares do agrupamento e materiais disponibilizados online para apoio à aprendizagem.

• A participação em projetos de âmbito regional e nacional. • Professoras bibliotecárias com formação (especializada e contínua) e competências adequadas ao seu conteúdo funcional nos termos da legislação vigente.

• A prática de um serviço de empréstimo domiciliário e para sala de aula.

• A disponibilização de condições de espaço e apetrechamento, na sua globalidade, adequadas à sua função.

• A promoção de actividades/eventos (sessões de leitura, encontros com autores, semanas 13


|Pontos fracos identificados

• O horário de funcionamento contínuo e alargado que responde eficazmente às necessidades dos utilizadores.

• A promoção, de forma contínua e regular, de um trabalho articulado com os docentes tendo em vista o planeamento e o ensino contextualizado das literacias.

• A integração na missão, princípios e objetivos da escola, estando contemplada nos documentos orientadores do agrupamento.

• A colaboração e participação regular dos pais/ EE.

• A aplicação de um sistema de avaliação contínua, pela operacionalização do modelo de avaliação da RBE, disponibilizando elementos para a avaliação interna e externa da escola.

• A afetação de verba, proveniente de fontes de financiamento oficiais, para renovação das bibliotecas, uma vez que, quando se pretende manter um certo nível de qualidade, não podem ser considerados como sistemas de financiamento o orçamento de escola (que não contempla uma rubrica para as bibliotecas nem consegue suprir todas as necessidades) ou as candidaturas a projetos financiados.

• A existência do documento Regulamento Interno das BE do Agrupamento, na lógica de agrupamento, aprovado pelo Conselho Pedagógico. • A taxa de execução do tratamento técnico documental, a permanente atualização da base de dados, o catálogo disponibilizado online e o serviço de empréstimos automatizado.

Mais informação pode ser consultada no blogue BiblioAlma disponível em http://bibliotecasescolaresaen.blogspot.pt/

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ESCOLA

Bibliotecas Escolares para quê?

Damos apenas três exemplos de atividades realizadas no Agrupamento para promoção da leitura. As atividades envolveram trabalho de parceria entre a Biblioteca e docentes de diferentes grupos disciplinares e ciclos de ensino e Educação Pré-escolar:

Maria de Lourdes Palma

Professora bibliotecária Agrupamento de Escolas Francisco Simões be@esfsimoes.edu.pt

«O relativismo dos saberes, assumido no século XXI, justifica a necessidade da existência de biblotecas escolares.» in MOREIRA, J. António et al (2012), Ensinar e Aprender Online com Tecnologias Digitais, Abordagens teóricas e metolodológicas, Porto Editora, 65.

A biblioteca escolar é hoje apresentada como espaço de integração social, de aprendizagem (conhecimento e inovação), de valências múltiplas que a tornam nuclear no contexto escolar. O título do livro Uma biblioteca é uma casa onde cabe toda a gente, de Luísa Ducla Soares, ilustra a exponencialidade da ação da biblioteca escolar. Ela é o espaço do encontro, da descoberta, da emoção, da criatividade, da imaginação, do conflito, do crescimento, enfim, o lugar da pessoa. Como tal, não pode uma biblioteca escolar oferecer o silêncio absoluto da exclusividade da leitura (aqui no sentido mais tradicional do termo); ela tem de exprimir-se em linguagens diversificadas, interativas, multimodais, conetivas. Ela tem de acolher grupos de trabalho, promover o diálogo entre colaboradores diversos, servir a comunidade educativa em situações diferenciadas e apelativas, promover a inclusão social. Neste contexto, a biblioteca escolar deve assumir a sua transversalidade na construção do conhecimento: desenvolvendo e promovendo atividades que facilitem o exercício das diversas literacias .

1) Encontro com escritores: Ana Ventura (28-29 maio 2015)/Letra Imaginária (Ed.) Total de crianças/alunos: 202 (pré-escolar e 1º ano) Total de docentes: 9 Locais de realização: JI do Feijó, EB1/JI Mª Rosa Colaço, EB1/JI Chegadinho Sinopse: Leitura e exploração pedagógica de uma parte do conto O Cato quer Mimos (indicada previamente pela escritora), dinamizada pela BE e pelos docentes das crianças/alunos envolvidos. Animação lúdico-pedagógica do conto feita pela escritora. A atividade foi muito bem acolhida pelos docentes, crianças e alunos e pedagogicamente enriquecedora. 15


EB1/JI Chegadinho

EB1/JI Maria Rosa Colaço

2) Exposição de biografias de autores de língua portuguesa, espanhola e inglesa, integrada na Semana da leitura, março 2016, na EBS Francisco Simões, proposta pelos docentes das línguas acima referidas:

JI do Feijó

3) Feira do Livro - Março de 2016 (Semana da leitura)

Sinopse: Elaboração de biografias pelos alunos dos Cursos Profissionais de Técnico de Turismo, Técnico de Multimédia, Técnico de Apoio à Gestão Desportiva e Animador Sociocultural (11º e 12º anos), nas disciplinas de espanhol e inglês. A biblioteca escolar sugeriu aos docentes (das disciplinas de espanhol e inglês) que os alunos utilizassem no seu trabalho uma ferramenta digital, no âmbito da literacia da informação. Acolhida a proposta, a biblioteca escolar realizou três sessões de 90’ com os alunos para formação relativa à ferramenta digital Tagul.

A Feira do Livro, na EBS Francisco Simões, é da responsabilidade da Biblioteca Escolar e integrou-se na Semana da Leitura. A Feira do Livro foi enquadrada pelas seguintes atividades de animação da leitura/oficina, realizadas com alunos de 5º ano e em articulação com os docentes do GR 200 (Português e HGP). Organização, Leitura e Dinamização – alunas do 11º A; disciplina de ASC (Curso Profissional de Animador Sociocultural). A - Animação da Leitura – “Uma tartaruga chamada Alface”, de Isabel Stilwell (Histórias para contar em minuto e meio, de Madalena, Francisco e Isabel Stilwell) Oficina – “Quando eu for grande…” (escrita criativa/construção de autoretrato de corpo inteiro

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Sinopse: A Matilde tem apenas 4 anos, mas já sabe o que quer ser quando for mais crescida! Vem conhecer a sua história e partilhar connosco as ideias que tens para o teu futuro. B - Animação da Leitura – “Língua de fora à Matemática”, de Isabel Stilwell (Histórias para contar em minuto e meio, de Madalena, Francisco e Isabel Stilwell) Oficina – “Por onde anda a Matemática?” (colagem a partir de revistas e jornais)

Sinopse: O João detestava a escola, os colegas e, sobretudo, a Matemática. Um dia, contou à professora onde andava com a cabeça e tudo se alterou. Se te sentes como o João se sentia no início desta história, não desanimes. Vais descobrir que, afinal, a Matemática está em todo o lado! Presença das BE nas redes sociais blogue das escolas básicas do 1º ciclo: otraquinas.blogspot.pt blogue da EBS Francisco Simões: http://be-esfs.blogspot.pt/ facebook: https://www.facebook.com/bibliotecaescolar.franciscosimoes 17


ESCOLA

A Utilização das Redes Sociais

ao serviço da promoção da leitura nas Bibliotecas Elias Garcia Alexandra Lopes Isaura Carvalho

Professoras bibliotecárias Agrupamento de Escolas Elias Garcia be.eliasgarcia@gmail.com

Apesar da velocidade vertiginosa com que as tecnologias evoluem, o uso das redes sociais continua a ser uma forma eficaz de promover a leitura nas bibliotecas escolares. A equipa das bibliotecas do AE Elias Garcia aderiu desde cedo ao desafio do uso das redes sociais na promoção dos livros e da leitura. Procurámos assim, e de forma mais ou menos consistente, divulgar atividades relacionadas com a leitura que vão ao encontro das necessidades dos nossos utilizadores. Além desta primeira função de divulgar atividades, iniciativas e projetos, as redes sociais têm a vantagem de fidelizar, criar novos utilizadores, e, em última análise, criar uma comunidade. Criar uma comunidade da biblioteca nas redes sociais pode ser uma estratégia de promoção da leitura muito eficaz.

fácil recuperação de informação. A primeira publicação no blogue Elias.com para promover os livros e a leitura data de 12 de dezembro de 2007. (Sobre uma Feira do Livro, na BECRE Elias Garcia). Neste momento, temos 52697 visualizações, 734 publicações e 31 membros seguidores. É enriquecido com os recursos do Diigo. https:// www.diigo.com/user/alexandralopes e https:// www.diigo.com/cloud/isauracarvalho?sort=4

- Blogue do Clube de Leitura http://eliasdevoralivros.blogspot.pt/

Procuramos assim diversificar as ferramentas e serviços que permitem criar conteúdos, partilhar recursos, recuperar e organizar informação e facilitar a interação entre os leitores. Usamos o Blogger, o Facebook e o Twitter com maior frequência. Passamos a descrever sumariamente essa utilização: - Blogue das Bibliotecas

As publicações de sugestões dos alunos animam este blogue do clube de leitura, com recurso a ferramentas como, por exemplo, do pinterest ou glogster. Exemplos: listagem de documentos sobre Anne Frank http://www.scoop.it/t/anne-frank-

http://becre-eliasgarcia.blogspot.pt/

As atividades são, em geral, organizadas de forma cronológica, tendo como foco a temática de cada blogue (geral, leitura e projetos), permite a interação com os utilizadores e uma

by-alexandra-lopes 18


A primeira publicação no blogue do clube de leitura data de 7 de jan. de 2013.

BE, 771 visualizações. http://pt.slideshare.net/IsauraCarvalho/pnl5-ano

- Blogue dos clubes e projetos

Em suma, consideramos que as redes sociais permitem comunicar com a comunidade educativa e corresponder aos seus interesses, desde a divulgação de atividades, de trabalhos escolares, de sugestões de livros, de filmes, de fotografias ou de links para blogues, que podem ser apresentadas de uma forma dinâmica aos utilizadores, criando um maior sentimento de pertença.

http://projectoelias.blogspot.pt/

A primeira publicação é de 24 de setembro de 2009 e conta com 64,825 visualizações e 692 publicações. Salientamos, como exemplo, uma atividade no âmbito do projeto Etwinning Decoding your world with art Projeto Etwinning: ateliê de poesia com o 3ºE -Facebook

Requerem no entanto uma atualização constante, a procura da interação com os utilizadores, exigindo da nossa parte uma dedicação e uma disponibilidade de tempo de que nem sempre dispomos, às vezes com algumas hesitações, quando surgem problemas técnicos ou imposições da tutela.

https://www.facebook.com/beselias.garcia

Como vantagens salientamos a facilidade de utilização. A criação e o uso do Facebook, desde 23 de setembro de 2010, não foi consensual. Alguns professores focaram-se essencialmente nos perigos inerentes à sua utilização. Atualmente conta com 1668 amigos, na sua maioria professores, alunos, ex-alunos e encarregados de educação. As suas publicações são seguidas por 166 pessoas.

Estamos, no entanto, convencidas de que as redes sociais são ferramentas ideais para promover a leitura. Apresentam custo zero e fácil manuseamento. Acima de tudo funcionam como elo de ligação entre a escola e a família.

- Twitter Como vantagens do Twitter, salientamos o incentivo do diálogo e a troca de opiniões e ideias com os utilizadores. As bibliotecas participam no Twitter desde outubro de 2009.

Blogue das bibliotecas Elias Garcia http://becre-eliasgarcia.blogspot.pt/

Blogue do clube de leitura das bibliotecas Elias Garcia

As redes sociais servem como plataforma para a partilha de recursos que vão sendo criados:

http://eliasdevoralivros.blogspot.pt/

Blogue dos clubes e projetos do AE Elias Garcia

- Youtube

http://projectoelias.blogspot.pt/

Escolhemos como exemplo um trabalho realizado sobre a obra A vida mágica da sementinha, com 4684 visualizações

Facebook

https://www.facebook.com/beselias.garcia

https://www.youtube.com/watch?v=VyK-BNisfNk

- Slideshare Escolhemos como sugestão de leitura http://pt.slideshare.net/alexandranuneslopes/obarco-de-chocolate

e a listagem de livros do PNL Listagens das obras para leitura orientada (5º e 6º ano) existentes na 19


ESCOLA

A Be/Cre

na Escola Secundária Cacilhas-Tejo

críticos e interventivos capazes de fazer face aos desafios de uma sociedade que exclui os que não dominam o acesso à informação.

Lurdes Gomes Professora bibliotecária Escola Secundária Cacilhas-Tejo becre@escacilhastejo.org

Por entendermos que a leitura, compreendida no seu sentido mais lato que inclui interpretação crítica e desenvolvimento de saberes, constitui uma competência que potencia a aprendizagem ao longo da vida desempenhando, por isso, um papel fundamental na atual sociedade, temos vindo a colocar particular ênfase neste processo de interação com o mundo. Conscientes de que o importante é “saber ler” (utilizando mais ou menos ambientes digitais ou de grafia) temos procurado dinamizar atividades que permitam aos alunos questionarem-se, pensarem e agirem de maneira crítica, de modo a tornarem-se cidadãos conscientes e responsáveis. Tendo sempre em vista a aquisição/desenvolvimento de competências leitoras e a promoção do gosto e hábitos de leitura, não só em termos das obras curriculares, como também de outros autores

“Letras, palavras, frases, páginas, folhas, livros, vinde, que bem-vindos sois, pois este é o vosso reino e mundo, cantaria alguém, se ali estivesse.” João Rebocho Pais*

Pensar a biblioteca da escola é pensar em jovens autónomos e críticos na utilização da informação, na construção do conhecimento e na condução do seu processo de aprendizagem ao longo da vida. Tarefa difícil, não há dúvida, até porque o aluno do século XXI faz parte de uma geração que nasceu e vive na era digital, o que exige da parte da escola um esforço acrescido no sentido de formar cidadãos autónomos,

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(nacionais e/ou estrangeiros) temos vindo a realizar diversas atividades, nomeadamente:

com obras de leitura obrigatória a colegas dos 10º e 11º anos de escolaridade. Estas sessões, supervisionadas por professores da disciplina, também presentes, têm registado um impacto significativo, dado que não só os oradores ganham em conhecimento, autoconfiança, autoestima, capacidade de enfrentar um público e responder a questões, como o auditório consegue mais facilmente apreender os conteúdos lecionados e colocar questões sobre eles.

• “Um livro, uma vida”, uma tertúlia literária inserida no programa “4ªs, às 4”, no último segmento da tarde, especialmente dirigida aos alunos do 10º ano, uma vez que, como escola exclusivamente secundária que somos, poderemos realizar um trabalho continuado e observar a sua evolução. Os oradores são membros da comunidade educativa (professores, alunos, assistentes técnicos/ operacionais, encarregados de educação) que, despretensiosamente, apresentam a obra literária que mais os marcou (até ao momento esta atividade contou com três sessões dinamizadas por um professor e dois alunos, tendo sido apresentados os livros “O Pêndulo de Foucault”, “Os Maias” e “A Queda de um Anjo”. O facto de os alunos se encontrarem num ambiente familiar, quer em termos de espaço, quer no que respeita ao orador, leva-os à exposição espontânea das suas dúvidas/ opiniões em relação à obra e respetivo autor, criando momentos de efetivo envolvimento, interação, cumplicidade e construção de conhecimento. São oportunidades para alargamento do vocabulário, melhoria da expressão oral e escrita, ampliação da capacidade leitora, desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de argumentação, do respeito por diferentes pontos de vista e de enriquecimento cultural e académico. E os resultados projetar-se-ão, acreditamos, a médio e a longo prazos, com a adoção de uma nova atitude face ao livro e à biblioteca escolar até por que tem sido da iniciativa de alguns alunos autoproporem-se como dinamizadores/oradores de sessões posteriores o que implicou, da nossa parte, um reagendamento dos participantes.

• Exposições não só relativas a escritores (Bocage, Romeu Correia, Camilo Castelo Branco) mas também a trabalhos realizados pelos alunos, quer no que respeita a obras de caráter obrigatório, quer noutras vertentes curriculares (“Livro e Sinto”; “José Saramago – Olhares sobre O Memorial do Convento”; “AdventsKalendar”; “ A Criança e a Vida”). Tem sido extremamente gratificante para a equipa da biblioteca ver o “seu “ espaço “invadido” pelos trabalhos da população estudantil e alguns encarregados de educação orgulhosos do desempenho dos respetivos educandos. • Palestras no âmbito da articulação curricular, algumas solicitadas pelos Conselhos de Turma, visando o desenvolvimento das competências das expressões escrita e oral (“Estrutura do Discurso e Referências Bibliográficas”, dinamizado pelo professor Carlos Rocha; “O Novo Acordo Ortográfico”, com a professora Edite Prada; “A Retórica Na Arte de Pregar no Século XVII”, com a participação do Padre Fernando Paiva; “O Prazer do Texto”, com o escritor Didier Ferreira). • Concurso Nacional de Leitura - Sendo o seu objetivo estimular o treino da leitura e desenvolver competências de expressão escrita e oral, ao mesmo tempo que desenvolve a sensibilidade, imaginação e criatividade, foi nos diferentes anos de escolaridade exclusivamente dinamizado por

• Apresentação, por alunos do 12º ano, de conteúdos programáticos relacionados 21


elementos da equipa da biblioteca. Neste momento, a escola já tem selecionados os três representantes que irão estar presentes na fase distrital em Sines, durante o mês de maio.

Escola Secundária Cacilhas-Tejo, 16 de março, e o impacto junto da comunidade educativa foi enorme dada a riqueza e originalidade dos diferentes testemunhos. De referir que os alunos do 10º ano foram também solicitados a responder às mesmas questões mas, neste caso, no âmbito da disciplina de Desenho e Comunicação Visual, tendo sido realizada a sua apresentação oral no Dia da Escola para toda a comunidade educativa que, para além da comunidade escolar, incluiu alguns professores e alunos da Escola Básica Cataventos da Paz, bem como convidados da Associação Cívica “O Farol”. Se os nossos alunos admiraram a capacidade introspetiva e a profundidade de muitos escritos, os mais pequeninos ficaram maravilhados com o tratamento dado aos temas. Uma experiência a repetir.

• Declamação de poemas de diversos escritores e em diferentes momentos (“Reencontro com...”; “A aventura da Palavra e da Cor”; “25 de abril”). • Concursos (trabalhos expostos; poemas). • Apresentação de livros (“O Pijama da Gata” de Patrícia Ribeiro; “O Diário Poético de um Empregado de Balcão” e “Crónicas Lusitanas – O Inimigo de Roma” respetivamente pelos escritores e ex-alunos da Escola Didier Ferreira e David Soares). • “A Aventura da Palavra e da Cor”- Apesar de ter sido uma atividade que contou com a participação dos alunos do 1º ciclo das três escolas básicas do Agrupamento de Escolas Emídio Navarro, foi dinamizada pela biblioteca da Escola, numa parceria com a Associação Cívica “O Farol”. Tendo por base a obra “A Criança e a Vida” de Maria Rosa Colaço, os alunos foram chamados a dar resposta, através da palavra e/ou da ilustração, a quatro questões, um por ano de escolaridade, que constam da obra referida, respetivamente: “O que é um anjo?”; “O que é ser velho?”; “O que é o escuro?”; “O que é a vida?”. A atividade decorreu maioritariamente na biblioteca mas a professora bibliotecária, acompanhada de uma outra docente da Escola, deslocou-se pontualmente às Escolas Básicas nº3 de Almada e Cataventos da Paz. A exposição de trabalhos teve lugar no Dia da

Mas se, acreditamos que bastante tem sido feito em termos de competência leitora, outros valores há que consideramos fundamentais transmitir e desenvolver junto dos alunos, nomeadamente a solidariedade e o respeito pela diferença e, por isso, pelo outro. Neste âmbito queríamos destacar a atividade “Percurso Histórico da Educação Especial”, integrada num projeto multidisciplinar organizado pela biblioteca, In illo tempore: A Idade Média, e que, para além da presença da professora da Educação Especial, que começou por fazer uma preleção sobre o tema desde os tempos antigos até à atualidade, contou com ex-alunos portadores de deficiência, alguns acompanhados dos respetivos pais. A este respeito, queria referir que a Escola tem vindo, desde há muito, a pautar a sua ação no 22


sentido da inclusão, respeitando a diversidade e as diferenças individuais, coexistindo alunos portadores de necessidades educativas especiais (motores, sensoriais, com problemas de linguagem, síndromes diversos ou mesmo doenças terminais) em sala de aula com os seus pares. Têm sido, na verdade, vários os alunos que têm enriquecido a nossa comunidade escolar com a sua força de vontade e coragem, e a escola, ao nível das mais diferentes estruturas, tem estado ao presente para os ajudar a ultrapassar os inúmeros obstáculos nem que para tal tenha de se deslocar à residência do aluno ou digitalmente fazer chegar-lhe os materiais. Tem sido, sem dúvida, um caminho árduo, feito de esforço e empenho onde os alunos, a par da restante comunidade escolar, têm estado na primeira fila ao lado dos seus colegas sem esperarem qualquer recompensa que não a satisfação e o orgulho do dever cumprido. Nunca esquecerei as lágrimas no rosto dos presentes aquando da entrega da Notação de Mérito “Solidariedade”, a uma aluna que se ocupava diária e permanentemente de um colega em cadeira de rodas com espasticidade muscular crónica evolutiva.

para eles, do quanto esteve ao lado das suas dificuldades, partilhando tristezas, dores, mas também alegrias ou sucessos. Relataram os anos que passaram na escola e contrapuseramnos aos muitos obstáculos com que se haviam deparado, quer antes de serem alunos da Escola, quer depois da conclusão do Ensino Secundário, quando ingressaram na Universidade. Foram testemunhos emocionados e sentidos de pessoas que já tiveram da vida a sua quotaparte de injustiça e discriminação, tendo os pais complementaram as declarações. E o momento que se viveu foi mágico e intimista. Foi a alegria da partilha, da solidariedade, do amor… Muito mais tem sido o nosso trabalho na biblioteca: encontros com especialistas de diferentes áreas; workshops diversos; participação em outros projetos da comunidade escolar/educativa; apoio presencial aos utilizadores; apoio a projetos da iniciativa de alunos/professores ou a necessidades concretas de lecionação; criação e desenvolvimento de um blogue como recurso de apoio ao trabalho escolar e interação com a comunidade educativa; estabelecimento/consolidação de parcerias; organização do espaço da biblioteca de modo a obter uma maior eficácia/aproveitamento das áreas funcionais; gestão e tratamento documental… Todavia, e apesar do nosso empenho, muito mais há a fazer! Mas a vontade e a determinação que nos norteia dará, e nisso acreditamos, os seus frutos.

E se dúvidas houvesse, esta atividade foi a prova cabal do quanto esses jovens, frequentemente discriminados pela sociedade, se sentiram compreendidos, acarinhados, ajudados e amados pelos diversos elementos da comunidade escolar: direção, professores, assistentes técnicos, assistentes operacionais, colegas. Alguns acompanhados dos pais deixaram o seu testemunho do quanto a Escola significou

* Dizem que Sebastião (livro adotado para a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura)

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ESCOLA

As Bibliotecas Escolares LOROSAE sítio onde muitas destas leituras são feitas com as professoras de Português, aproveitandoEquipa Coordenadora das BE LOROSAE

Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté

se, ainda, esta oportunidade para a requisição domiciliária. A atividade “Ler em Família” visa envolver os Encarregados de Educação dos alunos do pré-escolar e 1º ciclo, contribuindo para a promoção dos hábitos da leitura em casa.

As Bibliotecas Escolares Lorosae pertencem ao Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté que se localiza na Charneca de Caparica. Delas fazem parte a biblioteca da escola-sede e a da Escola Básica Louro Artur. As BE Lorosae integraram o projeto a Ler+ em 2008 e, desde então, este projeto tem sido o foco mobilizador das atividades das bibliotecas escolares do nosso Agrupamento. É em função das suas linhas orientadoras, bem como dos objetivos do Projeto Educativo que a equipa de coordenação da BE elabora o Plano Anual de Atividades com enfoque para atividades de promoção da leitura e de articulação curricular.

O Projeto “Ler por Prazer”, implementado no âmbito do Plano de Ação Cultural da CMA, destina-se aos professores e assistentes operacionais da EB Carlos Gargaté e pretende reforçar o prazer de ler junto do público adulto. microESCRITORES e LER in English

AS BIBLIOTECAS NAS VÁRIAS DIMENSÕES DA LEITURA

Os projetos microESCRITORES e LER in English 2 têm como objetivo promover o gosto pela produção de texto, explorando a recetividade dos nossos alunos às ferramentas digitais, nomeadamente às redes sociais como é o Facebook, suporte de desenvolvimento destes projetos.

Alunos, pais, professores e assistentes operacionais Na tentativa de envolver as diferentes faixas etárias na promoção do livro e da leitura, as bibliotecas Lorosae têm vindo a realizar atividades que abrangem toda a comunidade educativa. Com as “Amostras para Ler+”, proposta da RBE, pretende-se estimular a leitura pessoal e autónoma, trazendo os alunos à biblioteca, 24


ECO-ESCOLAS A Biblioteca e os projetos do Agrupamento A nossa biblioteca pretende ser uma ECObiblioteca. Para isso, contamos com o contributo de todos os nossos utilizadores na separação do papel. A Biblioteca e o Planeta agradecem! Quer os microESCRITORES quer o LER in English 2 são desafios que envolvem a leitura e a escrita na língua materna e noutro idioma. Consistem na formação de grupos de escrita criativa no Facebook da nossa Biblioteca e são dinamizados com algumas turmas do 3º ciclo, em articulação com as disciplinas de Português e de Inglês.

CONCURSO DE LEITURA ONLINE Durante a semana da leitura, realiza-se o concurso de leitura online que envolve os três ciclos do Agrupamento. São selecionados dois alunos por turma, que, em dia e hora marcados, se deslocam à BE para responderem a um questionário sobre uma obra de leitura orientada, estudada durante o primeiro período.

Propõe-se aos alunos a redação de textos de diversas tipologias que, posteriormente, passam pela correção/ avaliação por parte das professoras das disciplinas. Como forma de melhorar e estimular as aprendizagens ao nível do domínio da língua, que é transversal ao currículo, estes projetos de escrita criativa apresentam uma proposta de intervenção que visa contribuir para o sucesso escolar dos alunos.

Esta atividade é mais uma forma de desenvolver as competências e as literacias de leitura dos nossos alunos.

Os melhores posts são publicados no jornal escolar do Agrupamento e divulgados na página do Facebook e no Blog.

14 de fevereiro| DIA

http://www.crelorosae.net | http://belorosae.blogspot.pt/ | http://www.facebook.com/belorosae

DOS NAMORADOS

Dia dos namorados, da amizade ou dos afetos… Esta comemoração é sobretudo mais uma oportunidade para exprimirmos o quanto gostamos de alguém. A Biblioteca Escolar Lorosae assume publicamente: Nós gostamos de todos os nossos utilizadores! 25


ESCOLA

“Pequenas” Coisas, “Grandes” Consequências…

Biblioteca da Escola Básica D. António da Costa Mal houve oportunidade, adquiriu-se a coleção que foi divulgada no blogue das bibliotecas do agrupamento, marcando o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Isabel Braga

Professora bibliotecária Escola D. António da Costa braga.isabel1@gmail.com http://bibliotecasescolaresaen.blogspot.pt/

Coleção “Meninos Especiais” Um dia, a psicóloga estagiária dos Serviços de Psicologia, Nuri Ali, foi à biblioteca e perguntou-nos se havia a coleção de livros “Meninos especiais”, editada pela Associação Pais em Rede. Esses livros não existiam na biblioteca e ficamos com grande curiosidade e vontade de os adquirir, tanto mais que a nossa escola tem muitos alunos da educação especial que são utilizadores frequentes da biblioteca escolar, onde também fazem os trabalhos de casa. Os alunos integrados na Unidade de Educação Especial atravessam o nosso espaço, várias vezes ao dia, a caminho da sua sala (a biblioteca é o caminho mais fácil para lá chegar, caso contrário teriam um percurso complicado a percorrer com muitas escadas para subir e descer…). Conversam connosco, às vezes interessam-se por alguns livros e, sobretudo, adoram ver filmes, na pausa do almoço.

http://bibliotecasescolaresaen.blogspot. pt/2015/12/dia-internacional-das-pessoas-com.html

Ao mesmo tempo, também se fez a divulgação de proximidade junto do Serviço de Psicologia, do Grupo de Educação Especial e de professores de Português de turmas com alunos com deficiência. Pois um dos importantes objetivos da coleção é chegar aos outros meninos, darlhes a conhecer como são, o que sentem e o que fazem os meninos especiais, de forma a facilitar a criação de laços e o processo de integração. Para isso a coleção baseou-se no testemunho de meninos reais que contaram as suas histórias através de reconhecidos escritores e ilustradores. Desafiamos especialmente as Professoras de Educação Especial, a potenciar junto dos seus Conselhos de Turma a nossa preciosa aquisição e lá seguiram o seu caminho, os livrinhos dos “Meninos Especiais”…

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Propuseram-me um desafio: promover uma coleção de livros que tinha sido adquirida pela biblioteca da nossa escola. Sendo responsável por uma sala onde estão integrados seis jovens “especiais”, fazia todo o sentido aproveitar esta oportunidade e fazer um percurso interdisciplinar com os livros “Meninos Especiais”. Também não poderia deixar de aproveitar a oportunidade de estabelecer mais interação com a escola, num trabalho de sensibilização à problemática da educação especial. Mas a falta de recursos humanos, nomeadamente a nível de docentes, leva a que esteja sozinha a tempo inteiro na Unidade de Ensino Estruturado, o que não me permite um apoio individualizado. Neste contexto a ação pedagógica desenvolve-se em pequeno grupo, não sendo possível um trabalho específico aprofundado. Fazer a “ponte” com uma turma do ensino regular, era o caminho a seguir. Voltando à nossa coleção, o Tiago (personagem principal de um dos livros) é um menino com paralisia cerebral e na nossa sala temos o Miguel também com paralisia cerebral. O Miguel frequenta a turma nas aulas de português à sexta-feira, dia de leitura em sala de aula. Porque não ler o livro “Olá, eu sou o Tiago, um detetive em cadeira de rodas”? E foi assim que o Miguel requisitou o livro na biblioteca e levou para a turma uma “coisa para mostrar a todos os colegas”… (Delmira Santos – Docente de Educação Especial)

A professora de educação especial falou comigo sobre uma coleção de livros que abordavam temáticas de meninos que têm deficiências físicas e/ou cognitivas. Achei a ideia interessante porque a turma 3 do 5º ano tem integrado um aluno com paralisia cerebral. Esse aluno já vinha do 1º ciclo com alguns colegas da turma, mas o restante grupo não conhecia a problemática. Em parceria, eu e a professora de educação especial preparamos o aluno e, numa aula de português, o Miguel apresentou-se à turma, através do livro, com a minha ajuda. A turma gostou bastante e até brincaram dizendo que ele era «um herói». Estas atividades são importantes para que os alunos entendam as caraterísticas destes seus colegas e às quais nem sempre são muito sensíveis por desconhecimento. (Patrícia Martins – Professora de Português do 5º3)

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A docente de educação especial, na sequência do trabalho desenvolvido na disciplina de Português sobre o livro “Olá, eu sou o Tiago, um detetive em cadeira de rodas” e uma vez que um dos objetivos a trabalhar na terapia da fala era a resposta a questões, tendo por base uma história, solicitou-me colaboração neste contexto. Nas sessões de terapia da fala foi lida a história e formuladas questões sobre a mesma, às quais o aluno respondeu recorrendo a um programa de escrita com símbolos, complementando em sessão individualizada o trabalho realizado em sala de aula com a turma.

Texto, em pictogramas, produzido pelo Miguel nas sessões de terapia da fala, a propósito do livro “Olá, eu sou o Tiago, um detetive em cadeira de rodas”

(Carina Castro- Técnica de Terapia da Fala) Na biblioteca percorremos caminhos. Uma mera solicitação levou-nos à partilha e colaboração entre docentes e valências da escola. Um pequeno livro despoletou uma corrente de interação, aparentemente tão simples, mas cheia de significado e potencialidades de desenvolvimento. Este trabalho realizou-se ao longo deste ano, com esta turma e este menino mas despertou interesses, sensibilidades, relacionamentos e perspetivas de florescer no futuro. Pois a coleção tem ainda mais oito livros, a biblioteca muitos mais (e vontade de os potenciar!), a unidade tem mais meninos especiais e a escola muitas turmas onde o desenvolvimento de pequenos projetos como este fazem todo o sentido! (Isabel Braga e Delmira Santos) 28


Ateliês de manualidades e outras “pequenas” coisas

que a biblioteca é um espaço de excelência para a formação dos jovens, para o apoio às atividades das disciplinas, para o apoio ao estudo e aos trabalhos escolares e também para outras atividades. Por isso procuramos desenvolver entre nós um sentido de equipa, uma partilha de conhecimentos e preocupações. Isto implica, também, o envolvimento de todas nos pequenos e grandes projetos da nossa biblioteca…

O sucesso da nossa biblioteca passa, também, por algumas “ofertas” especiais, garantidas pelas nossas assistentes operacionais. Procuramos que o acolhimento aos alunos seja efetivo e formativo. E afetivo e social. A biblioteca da nossa escola tem a sorte de contar com assistentes operacionais que abraçam estas dimensões e partilham deste pensamento fundamental de

(Isabel Braga – Professora Bibliotecária)

Trabalhar na biblioteca escolar não é um emprego… é uma forma de estar na vida. É dar e receber. É poder transmitir o conhecimento e a experiência, ao longo dos anos adquiridos, e receber como resposta outro tanto, que nos faz chegar ao final do dia com uma agradável sensação de que estamos onde deveríamos estar. São muito variadas as tarefas a que nos dedicamos. Os apoios aos estudos e aos trabalhos, as conversas e um ouvido pronto a escutar um desabafo num momento menos bom fazem parte da rotina. Os ateliers temáticos fazem sucesso entre os mais novos… adoram os anjos de Natal e os postais para as mães mas o correio de S. Valentim é o mais apreciado. “Inventamos” material para reciclar em todos os pacotes, embalagens, fitas e laços e o resultado é muito satisfatório para todas as partes envolvidas. Os recursos são escassos, os apoios, de toda a ordem, são ainda menos. O atendimento é desgastante e sem expectativas de mudança mas as compensações ainda conseguem atenuar e suavizar os dias mais pesados.

(Senhorinha Salsinha – Assistente Operacional) 29


Cheguei à biblioteca da Escola D. António da Costa no início do ano letivo de 2014-15, muito apreensiva, sem saber se me iria adaptar, vinda da escola-sede do novo agrupamento, onde já estava há muitos anos. Também já tinha experiência de biblioteca e não seria por insegurança a esse nível. Era a mudança que me assustava mais, os alunos serem mais pequenos, todo um ambiente que não conhecia bem. Felizmente, posso dizer agora que me sinto muito realizada pois o convívio que tenho com os meninos, o que tenho aprendido nesta escola e na nossa biblioteca tem ultrapassado as minhas expectativas. Para apoiar as atividades de ateliê, tive de aprender muitas pequenas coisas que também me dão prazer a fazer e gosto em ensinar; acho muito interessante o esforço de reciclar os materiais para os trabalhos e daí fazer aparecer estrelas, anjos, envelopes, recortes, etc. Também gosto de incentivar os meninos a ler, ajudá-los nas pequenas dúvidas que colocam quando estão a fazer trabalhos nos computadores, dentro do que sei. Penso que estou integrada dentro das atividades da biblioteca. (Deolinda Costa – Assistente Operacional)

Colaboração das Antigas Professoras da Escola

Salientamos o contributo que ocorreu durante o projecto “Nós da Cidade”, em 2013-14. Este projecto direcionou-se numa perspectiva que privilegiou o encontro, o desenho de caminhos solidários e a consciência de que todos temos um papel relevante.

Leituras, escritores, memórias, encontro intergeracional Sempre que há oportunidade a colega professora bibliotecária da Escola D. António da Costa solicita a nossa colaboração, como professoras aposentadas da escola e presentemente professoras na Universidade Sénior de Almada, USALMA.

Por isso socorreu-se de atividades de âmbito intergeracional, a interação de públicos variados, a procura em valorizar todos os saberes, mesmo os daqueles que já se foram fisicamente , mas continuam entre nós pelos valores que nos deixaram e se transformaram já em património da nossa cidade. Referimo-nos aos escritores Romeu Correia e Maria Rosa Colaço, de cujas obras brotam uma intensa fraternidade, um olhar pleno de poesia perante os lugares e as pessoas e um profundo amor à sua cidade. Destes dois autores temos vindo a desenvolver atividades onde se pretende a sua divulgação e conhecimento e que com a co-organização da biblioteca desenvolvemos com turmas de Língua Portuguesa. O projeto contou também com a 30


colaboração de Educação Visual e Educação Tecnológica. Estivemos a apresentar Almada pelo olhar (literário) dos referidos escritores, quer através de aulas-conferência, quer através de leituras (sempre com o mesmo tema) por estudantes , nossos alunos na Universidade Sénior, das disciplinas de Encontro com a Poesia e de Literatura Almadense. Houve um clima cúmplice e amigo entre os alunos da escola e nós, professoras e estudantes da USALMA, num convívio intergeracional que foi extremamente positivo para todos. Ainda fizemos uma visita por Almada que privilegiou um roteiro relacionado com os escritores almadenses Romeu Correia e Maria Rosa Colaço. No fim de tarde em que ocorreu a festa da apresentação do projeto aos encarregados de educação e comunidade, apresentamos no palco do espaço polivalente da escola a leitura de pequenos excertos de obras dos referidos autores, referentes a pessoas e lugares almadenses, numa interação de públicos variados.

Costa, integrada nas atividades da Semana da Leitura do ano em curso, lendo para alunos da Escola D. António da Costa poesia ou algum conto a meu gosto. Optei por ler dois contos. O primeiro com o título “O JARDIM DE MEU PAI” escrito pela Californiana Linda Swartz Bakkar. Um bonito conto que relata o relacionamento entre pai e filha e que acho ser pura poesia. Escolhi ler este conto em primeiro lugar por crer ter estado perante alunos do quinto ou sexto ano. O segundo conto tem o título de “FAZ AOS OUTROS O QUE…” uma adaptação de Fábulas Africanas publicada pela Editorial Além-Mar em 1991. Os alunos que atentamente me escutaram já tinham uma idade mais avançada o que me leva a crer pertencerem, talvez, ao oitavo ou nono ano. O conto transmite o quantas oportunidades temos na vida para estender a mão a quem necessita e incita a que nunca deixemos de o fazer. Este foi o mote que me levou a ler este texto e partilhá-lo com aquela “plateia”. Gostei de ter participado até porque já o fizera no ano de 2013 lendo, dois poemas de Maria Alberta Menéres.

Notava-se alegria nos olhares de todos nós. Recordo a presença simpática da Dra. Fernanda Eunice, responsável das Bibliotecas Escolares da CM de Almada. Foi um momento envolvente para todos os presentes e para nós uma ocasião única de sentirmos o pulsar da escola numa interessante dinâmica, em que a biblioteca colaborou intensamente, constituindo-se uma ponte e plataforma para encontros e vivências novas em ambiente escolar.

A Professora Bibliotecária “agarrando” no que eu lera promoveu uma discussão entre os alunos sobre o que tinham acabado de escutar e foi interessantíssimo o que ouvi. Aproveito para lhe dar os meus parabéns pela forma calma e concisa como orientou aquele evento. Também recordo ter ouvido um aluno ler, muito bem, o poema “AS MÃOS” de Manuel Alegre.

(Profªs Edite Condeixa e Ângela Mota )

(José Rodrigues – Aluno da USALMA)

Hiperligação para o Projeto “Nós da Cidade”

http://bibliotecasescolaresaen.blogspot.pt/2014/03/ nos-da-cidade-na-escola-antonio-da-costa.html

Encontro Intergeracional Testemunho de alunos da USALMA Como estudante da USALMA, na disciplina “Encontro com a Poesia”, fui convidado a participar na Maratona da Leitura da Escola D. António da 31


Pequenos e grandes testemunhos…

As maratonas de leitura e outras sessões realizadas na biblioteca da Escola António da Costa são momentos que fascinam as crianças não só pelos contos infantis, mas também pela recitação de poesia.

“Ser Biblioteca” numa escola ou “ser Professor Bibliotecário” representa uma grande, uma enorme missão. Provavelmente inatingível, superior à capacidade real de qualquer pessoa ou de qualquer equipa. Contudo, não poderemos deixar de sentir orgulho no papel e importância da biblioteca na escola, aos quais não são estranhas as condições favoráveis de pertença à Rede de Bibliotecas Escolares que nestes 20 anos teve um desenvolvimento e ação notáveis no nosso país. Através de testemunhos variados procuramos mostrar algumas ações, por vezes tão simples, que vão acontecendo na nossa biblioteca, na sua interação com a escola e com o meio, na sua relação com os utilizadores. Terminaremos com o testemunho de alguns utilizadores diários da nossa biblioteca, que muito agradecemos e nos enternece. Porque o afeto também é uma das “pequenas coisas” que valorizamos.

Este tipo de atividade contribui principalmente para que os alunos adquiram gosto e interesse pela poesia e conhecimento de alguns autores de obras poéticas. Segundo uma perspetiva pedagógica, foi uma honra participar como júri nos concursos de leitura oral dos alunos do 2º ciclo, os quais, segundo o meu critério de avaliação, revelaram bons níveis de aprendizagem. (Briolanja Carmo- Aluna da USALMA)

(Isabel Braga – Professora Bibliotecária)

Fico muito agradada pelo facto da professora bibliotecária da Escola D. António da Costa me convidar para dizer poesia, no dia da maratona da leitura que promove, todos os anos.

A biblioteca da Escola D. António da Costa é a maior, podem crer. Eu sei pois eu própria passo a maior parte do dia nela!

Sinto-me muito feliz com o entusiasmo dos alunos, tanto a escutar-me e às minhas colegas, como a lerem e a dizerem poesia.

Na biblioteca pode-se fazer os TPC, estudar, fazer fichas ou testes, ler e pesquisar em livros e no computador, participar em sessões/ateliês/ concursos, requisitar livros, ver filmes, utilizar o e-mail, imprimir textos e imagens, jogar jogos educativos, ouvir música e ver vídeos educativos.

São momentos encantadores, em que estamos todos em sintonia, novos e velhos. (Virgínia Neto- Aluna da USALMA) 32


Vou começar a descrever a biblioteca: é um sítio respeitado, calmo, agradável e muito mais… As pessoas da biblioteca apoiam-nos muito. Por exemplo, a professora bibliotecária ajuda os alunos a compreenderem certas coisas no computador e as funcionárias /assistentes ajudam a melhorar o comportamento e cumprimento das regras da biblioteca, incentivam-nos a estudar e a ler, o que é importante para o nosso aproveitamento na escola. As atividades da biblioteca são várias como, por exemplo, os clubes de leitura, sessões sobre a biblioteca e os computadores, apoio nos estudos e nos trabalhos e ensinam-nos a respeitar o meio ambiente.

A Biblioteca da Escola António da Costa é um e espaço agradável e acolhedor onde os professores são convidados para trabalhos colaborativos, com os alunos. Os alunos encontram ambiente e condições para realizar os seus trabalhos, com ajuda, quando necessário e, o mais importante: espaço onde os alunos podem realizar um conjunto de trabalhos livres e lúdicos que estimulam a sua criatividade.

Não há biblioteca melhor do que a nossa!! (Maria Baptista, 5º 2)

(Júlia Alves, Profª de EMRC) A biblioteca escolar da EDAC é, na escola, o lugar onde a imaginação e o saber se abraçam num permanente encontro intercultural. Espaço de inclusão e diálogo tem um papel fundamental no desenvolvimento das capacidades daqueles que a frequentam.

“Ler sem parar em todas as situações.”

(Isabel Aldinhas Ferreira – Profª de Inglês)

A biblioteca é onde tu podes conviver e trabalhar em conjunto. E podes ler, requisitar livros, utilizar o e-mail e fazer trabalhos. Podes falar com os amigos nas cadeiras confortáveis e ver filmes. Podes vir! (Carolina Almeida , 6º 4) A biblioteca é um local onde se pode requisitar e ler livros. Também se pode fazer trabalhos, usar o computador e ver filmes. Eu gosto da biblioteca porque me ajuda a trabalhar em paz e sossego. (Francisco Coelho, 6º 6) 33


ESCOLA

Bibliotecas Escolares – 1º Ciclo A. E. Professor Ruy Luís Gomes

As obras e os respectivos autores são apresentados em contexto de biblioteca e as atividadessão realizadas quer nas bibliotecas quer nas salas de aula, ou até noutros espaços das escolas. Os alunos realizam leituras, fichas de trabalho, atividades de escrita criativa, desenhos, dramatizações e utilizaram os PC’s para fazer pesquisas e copiar textos.

Maria Teresa Silva

Professora bibliotecária

Madalena Cardoso

Equipa da BE http://becre.ruyluisgomes.org/ https://www.facebook.com/bibliotecaruyluisgomes

Metas Curriculares A equipa da Biblioteca Escolar do 1º Ciclo do Agrupamento desenvolve um projeto intitulado “Caminhos da Leitura”, onde cada turma do 3º e do 4º ano dispõe de uma hora por semana para trabalhar as obras selecionadas, no âmbito das metas curriculares.

Visitas às Bibliotecas Municipais Um dos pontos que a equipa das bibliotecas escolares do 1º Ciclo se dispôs a melhorar diz respeito ao Domínio C, nomeadamente o “Desenvolvimento de atividades e serviços colaborativos com outras escolas/bibliotecas”.

Após a seleção das obras, feita por cada grupo de ano, no início do ano letivo, a equipa da BE planifica com os professores titulares as atividades a realizar para cada obra e em cada período.

Deste modo, temos vindo a organizar algumas atividades em parceria com as bibliotecas municipais. Estas visitas têm como objetivo

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levar os alunos a realizar atividades a partir da leitura de obras bem como conhecer espaços municipais de cultura e lazer.

Foi uma visita bastante enriquecedora que nos proporcionou vivências de aprendizagem em contexto mais lúdico e fora da sala de aula, porque afinal há muitos lugares onde é possível aprender e alargar a nossa cultura geral.

Neste contexto, são dinamizadas pelas BM diversas atividades que envolvem os nossos alunos, nomeadamente: a hora do conto e ateliês de expressão escrita, corporal, musical e artística. Eis exemplos de atividades que realizámos:

A professora bibliotecária e os professores titulares do 2ºC e do 2ºE da EB Nº1 do Laranjeiro acompanharam os alunos nas visitas de estudo à Biblioteca Municipal Romeu Correia para assistirem à audição de um conto baseado numa canção tradicional polaca intitulado “A Maruxa”.

A professora bibliotecária e o professor titular do 2ºD da EB Nº1 do Laranjeiro, acompanharam os alunos numa visita de estudo à Biblioteca José Saramago para assistirem à apresentação de um conto intitulado “O urso caça-borboletas”.

A animadora fez a exploração e contextualização da história, apelando à intervenção dos alunos através da verbalização das suas opiniões.

O objectivo desta história foi trabalhar os valores da amizade e da partilha. A animadora fez a exploração e contextualização, apelando à intervenção dos alunos através da verbalização das suas opiniões.

Os alunos tiveram oportunidade de cantar e realizar coreografias a partir da canção, construindo momentos de pura animação.

No final, fez-nos uma visita guiada a toda a BE, mostrando-nos os diversos setores e falando-nos um pouco das atividades que se poderão realizar em cada espaço.

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Como atividade prática final, foi proporcionado um ateliê onde os alunos ”meteram as mãos na massa”, amassaram e moldaram o seu próprio papo-seco que depois foi devidamente embalado e cada qual pôde levar para casa para cozer e provar o pão feito pelas suas mãos.

ouviam, foi extraordinário, “fora do normal”. No fim, o menino disse ao professor que tinha sido a melhor aula da sua vida e, à noite quando adormeceu, teve sonhos extraordinários.

Como sempre, estas visitas são muito interessantes porque motivam os alunos e comprovam que, fora da escola, também se pode aprender muitas coisas novas.

Projeto “Conta-nos uma história” A equipa da Biblioteca Escolar continua o desafio aos Encarregados de Educação e às famílias dos alunos do 1º e do 2º ano. Através desta história os alunos foram transportados para aquela aula extraordinária. A Ana passou uma música e a turma começou a desenhar no papel as imagens e as palavras que lhes vinham à cabeça e, no final, todos partilharam o que a música lhes sugeriu.

Estamos a continuar e a fazer crescer este projeto nas 3 escolas, uma vez que contar histórias às crianças é uma forma de as motivar para a leitura. Estas atividades são partilhadas com os intervenientes através das redes sociais.

Obrigada Ana por esta actividade “anormal”… os alunos, a professora Manuela e a equipa da BE agradecem os momentos que partilhaste connosco.

Eis algumas das atividades realizadas: Ana Alegria, mãe do Francisco do 1º ano da EB do Alfeite, dinamizou a história “Era uma vez um dia normal de escola” de Collin McNaughton.

A BE da Nº2 do Laranjeiro recebeu o senhor Miguel Sousa, pai da aluna Sofia do 2º C, que nos trouxe a história “Robin dos Bosques”.

O menino estava habituado a que os dias na escola fossem sempre “normais”, mas um professor de música ensinou os alunos a escrever o que

Nesta história que todos conhecem, o herói defende os pobres devolvendo-lhes os bens rou36


bados pelo vilão. A justiça e a amizade surgem como valores dos quais não podemos abdicar. Na personagem do Robin, vemos alguém destemido, corajoso e solidário para com aqueles que são seus amigos e que precisam da sua ajuda.

Projeto PAC – Crescer e Partilhar Este projeto, criado pela equipa da BE em 2011 na EB Nº1 do Laranjeiro, é desenvolvido em parceria com as educadoras das três salas do Jardim de Infância e duas instituições de apoio à 3ª idade do Laranjeiro: Alma Alentejana e Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Laranjeiro e Feijó (ARPILF).

Sónia Duarte, a mãe e encarregada de educação do aluno Francisco Oliveira, do 2ºAno B veio à BE da Nº1 do Laranjeiro dinamizar uma atividade de leitura sobre a obra “O grufalão” de Axel Scheffler e Júlia Donaldson.

Pretendemos estimular a interação e a partilha de saberes e experiências entre os idosos e as crianças. É um projeto significativo para a construção dos valores fundamentais do ser cidadão, nomeadamente a solidariedade, a amizade, o respeito, a partilha e a interajuda. Salientamos alguns dos momentos de afeto e alegria, vivenciados por todos os intervenientes (equipa da BE, educadoras, crianças, idosos, assistentes operacionais e responsáveis das instituições).

Vamos cantar as Janeiras Os “avós” da ARPILF trouxeram um reportório cheio de músicas infantis tradicionais e intemporais que todas as crianças acompanharam.

A história é baseada na esperteza de um rato que, apesar de pequeno, conseguiu impor a sua vontade e amedrontar outros animais de muito maior porte. Conseguiu demonstrar que ser grande não é sinónimo de valentia e que mais vale ser “rato ”. 37


No final, as 3 salas de JI tinham uma surpresa preparada, um lanchinho, que serviu para terminar esta festa. Gostámos muito e já temos mais encontros agendados com os “avós”.

Crianças desejam boa Páscoa aos “avós”

Carnaval com os “avós” As 3 salas do Jardim de Infância receberam visitas especiais, os “avós do coração” da ARPILF e da Alma Alentejana.

Os meninos da sala B, a educadora Arminda, a professora Madalena e a auxiliar Teresa foram desejar uma Páscoa feliz aos “avós” da Alma Alentejana.

Integrada no âmbito do projeto PAC, esta atividade proporcionou momentos de convívio e animação.

Estava tudo preparado para nos receberem e os “avós” até tinham feito “miminhos” alusivos à quadra festiva para oferecer às crianças.

Os avós da ARPILF prepararam para as nossas crianças uma dramatização da história “O Espantalho Triste”, que adaptaram à quadra festiva. Houve também um baile de Carnaval, onde “avós” e “netos” dançaram.

Num primeiro momento, duas crianças com a ajuda da educadora apresentaram a história “Os avós”, que prepararam especialmente para este encontro. Tal como na história, onde o avô e a avó oferecem uma flor um ao outro, cada criança foi entregar uma flor de papel feita por si a cada um dos avós. Foi um momento ternurento, muito do agrado de todos os utentes.

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Num segundo momento, os alunos cantaram a “Canção do Caracol” e para terminar seguiu-se o, sempre desejado, lanche. Antes de nos despedirmos, os avós deram às crianças os presentes que elaboraram.

Antes de sairmos, os avós presentearam as crianças com um coelhinho de papel que elaboraram e algumas amêndoas.

Os meninos das salas A e C, as educadoras Marta e Nídia, as auxiliares Teresa e Agostinha e as professoras da BE Teresa e Madalena foram desejar uma Páscoa feliz aos “avós” da ARPILF. Num primeiro momento, as crianças e os avós descontraíram com uma aula de ginástica e um jogo. Numa roda com todos, houve lugar para alguns movimentos de aquecimento e um jogo onde uma bola passava de mão em mão e, quem a recebia, tinha de dizer um nome de uma fruta ou de um legume.

Podem visualizar estas atividades e muitas outras acedendo ao blogue laranjinhasnabe.blogspot.com/ e ao facebook https://www.facebook. com/Laranjinhas-a-Ler

EBS Prof. Ruy Luís Gomes

Depois, um dos avós declamou um poema sobre o “ser criança”. Seguiu-se um momento musical onde todos cantaram a dançaram. As educadoras e as crianças entregaram os folares aos avós, explicando que tinham sido elaborados na escola e que todos tinham participado na sua confeção.

Vídeo realizado com os alunos do Curso Profissional de Técnico de Fotografia no âmbito da comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares.

Antes de nos despedirmos, a instituição convidou todos para o “célebre” lanche de confraternização onde as crianças partilharam o folar com os avós.

https://www.youtube.com/watch?v=l3wG1jrt1cE

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ESCOLA

No caminho da Informação e do Digital… com a BE A. E. António Gedeão

devem promover a utilização das ferramentas gratuitas existentes na Web aos alunos e professores de modo a contribuir para o desenvolvimento e preparação de cidadãos cada vez mais despertos para a sociedade da informação e do conhecimento. Um bom exemplo são os LMS (Learning Management Systems) – plataformas de apoio à aprendizagem - que vieram permitir efetuar a gestão de um conjunto de ferramentas de apoio à formação à distância online, sendo o Moodle uma das mais populares. Estas plataformas disponibilizam recursos em diferentes formatos como texto, vídeo, áudio, apontadores para sites, interação professoraluno através de ferramentas de comunicação, de apoio à aprendizagem colaborativa e registo de atividades efetuadas pelos alunos. Como exemplo destaca-se o Concurso de Gramática, para o 7º e 8º anos, numa parceria entre a biblioteca e o Grupo Disciplinar de Português.

Fernando Nabais

Professor bibliotecário AE António Gedeão ageantoniogedeao.pt/ http://esagbib.blogspot.pt/ http://bibliotecaxcompanhia.blogspot.pt/ http://biblioteca1ciclo.blogspot.pt/

“Uma longa caminhada começa sempre pelo primeiro passo” (Provérbio chinês)

As bibliotecas só realizam a sua função se tiverem utilizadores e estes só frequentarão a biblioteca se estas lhes satisfizerem as necessidades, isto é, têm de proporcionar novos rios com vários afluentes: aprendizagem/conhecimento, aprendizagem fora dos limites de uma sala de aula, participação ativa do utilizador, partilha/ colaboração, redes sociais… A Biblioteca Escolar deve assumir, assim, uma missão fundamental na escola: apoiar professores e alunos no desenvolvimento de competências de literacia de informação e digital, disponibilizando informação em diferentes formatos e suportes, promovendo a sua utilização e colaborando na planificação e dinamização de atividades de aprendizagem. A Biblioteca Escolar deve, pois, ser a ponte entre a Escola e este mundo envolto em tecnologia. Neste sentido a biblioteca participa em diversos projetos, nomeadamente a Literacia 3D, em conjunto com a Porto Editora, com o Grupo Disciplinar de Português, Ciências e Matemática e os Desafios do Álea, em conjunto com o Grupo Disciplinar de Matemática.

Os novos desafios devem ser encarados, pelo Professor Bibliotecário, como uma oportunidade de valorização da Biblioteca. Este deve criar as condições necessárias para a dinamização de novos serviços e produtos e sua consequente otimização e, finalmente, promover a partilha de forma a incentivar e acompanhar/apoiar a escola na mudança. Necessária, mas sempre tão difícil. Independentemente da postura que cada um possa ter em função dos seus interesses e personalidade própria, o fundamental é gerar situações que envolvam os alunos na aprendizagem, de forma a que estes desenvolvam o pensamento crítico e se preparem para a tomada de decisão, numa sociedade cada vez mais globalizada e concorrencial.

A Biblioteca Escolar e o professor bibliotecário 40


ESCOLA

Bibliotecas Escolares – 1º Ciclo A. E. António Gedeão

Hoje em dia uma das principais preocupações de pais e professores é fazer com que os alunos tenham vontade em aprender e se dediquem com empenho e motivação nas atividades escolares.

Álvaro Gradíssimo

Professor bibliotecário AE António Gedeão ageantoniogedeao.pt/ http://esagbib.blogspot.pt/ http://bibliotecaxcompanhia.blogspot.pt/ http://biblioteca1ciclo.blogspot.pt/

Para um estudo de qualidade os alunos necessitam de uma boa dose de concentração, reflexão e vontade, sendo assim cabe à escola, aos professores e às bibliotecas escolares cativar os alunos para despertar esse desejo pelo saber.

Na sociedade atual uma escola de qualidade é composta por diversos pilares entre eles estão a educação para a cidadania o desenvolvimento de literacias, da leitura, da informação, dos media, entre outros.

Ao longo deste ano letivo nas Bibliotecas Escolares das Escolas Básicas, EB nº1 da Cova da Piedade, EB nº3 do Laranjeiro, EB nº1 do Alfeite e na EB nº2 da Cova da Piedade foram concebidas e desenvolvidas diversas atividades com os alunos do pré escolar e do primeiro ciclo no contexto do espaço bibliotecário, através da planificação e organização do ambiente educativo, bem como a participação de projetos curriculares e extracurriculares tendo como principal objetivo a construção das aprendizagens dos utilizadores desse espaço. Promoveram-se encontros com escritores, ilustradores e dinamizadores de leitura, nomeadamente com os escritores João Manuel Ribeiro, Vera Sousa, e Pedro Soromenho; divulgou-se e incentivou-se a participação dos 41


alunos/professores nas atividades promovidas pelas Bibliotecas Municipais, nomeadamente no projeto de Filosofia para crianças, QUEM SOMOS? LER O NOSSO MUNDO, através de uma abordagem com base na filosofia prática, aliando a leitura a escrita e a arte.

através do recurso a fichas de trabalho, trabalhos plásticos que voluntariamente os alunos realizaram com o apoio dos professores e pais, e que alguns estão expostos nas respectivas bibliotecas e divulgados no blog da biblioteca. Foram lançados concursos tais como Miúdos a Votos, Imagens contra a corrupção e Arte Postal.

Visando a implementação do PNL e suas diretrizes, comemorou-se o mês das Bibliotecas Escolares e o desenvolvimento de literacias, respeitante ao apoio a projetos e no âmbito do currículo.

O espaço da biblioteca é um espaço de imaginação e de criatividade, onde através das diversas áreas de expressão, as crianças manifestam sempre prazer em estar, pois são atraídas pelas histórias ali exploradas, o que contribui para a aquisição e enriquecimento do vocabulário, assim como para o desenvolvimento da oralidade através do conto, do reconto e do diálogo; o conhecimento das personagens das histórias, dos textos e das poesias ali trabalhadas.

Fez-se a promoção do livro e da leitura, fomentando o empréstimo domiciliário de livros, e a formação de utilizadores na literacia da informação/literacia digital. Em todas as Escolas Básicas, consolidaram-se conhecimentos sobre os temas específicos,

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ESCOLA

Bibliotecas Escolares A. E. Caparica

potencialidades das bibliotecas, para também para fomentarem, junto da comunidade educativa, o diálogo sobre o trabalho colaborativo e as novas situações de aprendizagem.

Luzia Pequito

Professora bibliotecária AE Caparica http://maislivrosquemares.blogspot.pt/

https://prezi.com/ynukjcq1tzpm/apresentacao-asnossas-bibliotecas-agrupamento-da-caparica/

O incremento que as novas tecnologias vieram dar ao mundo da educação é inegável e irreversível. As bibliotecas que, por inerência, constituem um centro de informação, em todas as suas vertentes, estão aptas a oferecer as condições necessárias para os alunos desenvolverem competências para transformarem informação em conhecimento, através da aplicação da analise critica e poderem agir como prosumers. Neste enquadramento, as professoras bibliotecárias do Agrupamento de escolas da Caparica realizaram um Prezi, não só para sistematizar as

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ESCOLA

Bibliotecas Escolares

A. E. Romeu Correia

Natália Pinto Isabel Pinheiro

Professoras bibliotecárias AE Romeu Correia bibliotecalembranca@gmail.com http://beromeu.blogspot.pt/

O Agrupamento Romeu Correia é composto por cinco escolas, (EB1 Feijó 1, EB1 Feijó 2, EB1 Vale Flores, EB2/3 da Alembrança e Escola Secundária com 3º ciclo Romeu Correia) todas elas com bibliotecas escolares.

O projeto da Yara/Iara surgiu numa das várias idas à biblioteca municipal José Saramago. Os alunos que participaram no projeto descobriram, através do livro Yara/Iara, outros formas de viver, de aprender e de partilhar a informação. https://www.youtube.com/watch?v=6HRLovsNlFg

Em articulação com alunos de Marketing foi elaborado um vídeo “A BE em 2 minutos” onde se pretende apresentar as bibliotecas escolares do agrupamento.

No âmbito das comemorações do centenário do Romeu Correia a biblioteca escolar homenageou o patrono do agrupamento

https://www.youtube.com/watch?v=y_WsrArKNfg

https://www.youtube.com/watch?v=VEqLfT-3ASY

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PROJECTO

um “Mar de Leituras”

Ler+Mar no Agrupamento Anselmo de Andrade O nº de turmas envolvido distribui-se por todos os níveis de escolaridade e tem vindo paulatinamente a aumentar, atingindo, no préescolar e 1º ciclo, a totalidade dos alunos.

Vanda Cândido

Professora bibliotecária AE Anselmo de Andrade biblioteca@anselmodeandrade.pt

Juntamente com a decisão de envolvimento de todas as escolas do Agrupamento, o enriquecimento do fundo documental, o trabalho colaborativo com os docentes envolvidos, a articulação com o currículo e com outros projetos em desenvolvimento, bem como a integração das vertentes ambiental, científica, literária, histórica, desportiva e artística constituem-se como as grandes linhas orientadoras do desenvolvimento do projeto.

O projeto Ler+Mar encontra-se em desenvolvimento no Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade desde o ano letivo 2013/14, com a designação “Mar de Leituras” e dinamização da Biblioteca Escolar. Procura-se abordar a temática do mar de modo a, por um lado, promover a leitura de diferentes tipos de texto em língua portuguesa e, por outro, desenvolver iniciativas de cruzamento da leitura com as diversas áreas curriculares, incentivando em simultâneo a criatividade dos alunos.

O trabalho desenvolvido inclui atividades que vão da pesquisa/seleção/ ilustração/produção de textos de diferentes tipologias, à sua reinterpretação/ representação em diferentes registos e suportes, à realização de visitas de estudo e workshops, a sessões de leitura dramatizada, palestras, atividades de produção literária e artística.

Foram envolvidos os diferentes estabelecimentos e níveis de escolaridade do Agrupamento, com destaque, no 1º ciclo, para Língua Portuguesa, Estudo do Meio e Expressões; no 2º e 3º, para Português, História, Geografia, Ciências Naturais, Português e Educação Visual; no Secundário, para Português, História e Cultura das Artes, Inglês, Desenho, Biologia e Representação Gráfica.

A título de exemplo, refira-se o ciclo de atividades com o pré-escolar a partir da “Menina Gotinha de Água”, de Papiniano Carlos, e que incluiu leitura em voz alta pela professora bibliotecária,

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o reconto oral coletivo pelos alunos, o desenho e construção de máscaras, a visita ao aquário Vasco da Gama e o encontro com um escritor.

A abordagem do tema procurou igualmente a espessura temporal – perceber como conheceram e se relacionaram com o mar povos de outras épocas e civilizações e qual o impacto do mar nas suas vidas são grandes questões a que a mitologia, a cartografia e os relatos de viagens permitem uma aproximação.

No 1º ciclo, entre outras obras, “A Flor vai ver o mar”, de Alves Redol, “Osman, o pescador”, de Anne Hosmann, e “A cidade marinha”, de Isabel Furini, suscitaram a leitura, o debate, a ilustração, numa dinâmica em que se cruzam as perspetivas de educação para os valores e educação ambiental.

A articulação com o Prémio Anselmo de Andrade, promovido pelo Agrupamento, e que numa das suas edições elegeu o mar como tema comum aos trabalhos a concurso, foi outra via de mobilização de atenções e vontades para o tratamento do tema, encerrando-se este artigo com as palavras de um trabalho premiado:

Junto dos mais velhos, a proximidade do mar proporcionou atividades de ilustração de textos poéticos selecionados/produzidos pelos alunos com fotografia realizada em família à beira-mar e deu azo à questão “Que livro lerias na tua praia favorita?”, bem como a abordar a questão dos comportamentos a ter pelos banhistas para poder usufruir da praia em segurança.

Eu sou a mulher Que fez do mar mar, Que lhe ensinou o sopro Da brisa a passar.

As visitas de estudo realizadas - o Oceanário foi um local de eleição - foram oportunidade para produção de materiais lúdico-didáticos e para a realização de reportagens.

Se quiser saber mais, visite-nos em ESPAÇO DAS PALAVRAS http://bibliotecadoagrupamentoanselmode.blogspot.pt/

O mar tem sido tratado também em articulação com intuitos de embelezamento do espaço escolar, com a inserção em pontos específicos de painéis e outros elementos decorativos produzidos pelos alunos no âmbito do projeto.

AEAA_BIBLIO https://twitter.com/aeaa_biblio

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PROJECTOS

Projeto Experimentar a Brincar com Ciência uma parceria para as ciências experimentais no 1º ciclo

projecto e integrou, até essa data, a equipa coordenadora.

Sara Cacela Margarida Pinho

Após estes sete anos, neste ano lectivo, o oitavo ano de execução, o projeto inicia uma nova etapa, com a designação de Projeto “EBC – Experimentar a Brincar com Ciência”, uma vez que passa a ser promovido apenas dentro do agrupamento, numa parceria entre a Biblioteca Escolar e o grupo disciplinar de Biologia e Geologia.

Professoras bibliotecárias bibliotecasaen@gmail.com

Objetivos •Contribuir para o ensino experimental das ciências no agrupamento •Promover a literacia científica •Fomentar o gosto pelas Ciências Experimentais.

O Projeto “Experimentar a Brincar”, iniciado em Setembro de 2009, é um projeto colaborativo que até ao ano lectivo 2015/2016 foi desenvolvido em parceria entre o Agrupamento de Escola Emídio Navarro e a Escola Secundária CacilhasTejo, na pessoa da professora de biologia Jocélia Albino que despoletou a implementação do

•Desenvolver o espírito científico dos alunos e o gosto pela investigação. •Promover o trabalho colaborativo junto dos alunos e entre professores de diferentes ciclos/níveis de ensino.

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Metodologia

como realizam exercícios didáticos no quadro interativo.

•Identificar o problema a investigar;

As actividades experimentais desenvolvem-se no âmbito de princípios básicos das ciências naturais, 1 sessão no laboratórios da Escola Secundária Emídio Navarro e 1 sessão em contexto de sala de aula, nas escolas do 1.º ciclo.

•Formular hipóteses (o que pensamos que vai acontecer e porquê); •Propor, quando e se possível, o processo investigativo para testagem da hipótese; •Controlar a experiência através de variáveis independentes (o que vamos mudar); •Controlar a variável dependente escolhida (o que vamos medir); •Registar os dados (através de tabelas, quadros e gráficos); •Tirar conclusões (o que aconteceu e porquê). O projeto, que abrange todas as turmas de 4.º ano de todas as escolas do 1.º ciclo do agrupamento, contempla a vertente científica ao partir sempre de uma situação problema à volta da qual se desenvolve uma investigação, dinamizada por professores de Biologia e professores bibliotecários, em interação com os alunos e professores do 1.º CEB. No final da exploração de uma atividade/ experiência os alunos elaboraram um relatório, que tem a finalidade de consolidar, as aprendizagens adquiridas durante a actividade experimental. Posteriormente, na sala de aula ou na biblioteca, realizam outras atividades onde podem aplicar ou ampliar as noções abordadas. Durante todas as actividades laboratoriais os alunos exploram também simulações de actividades experimentais interativas, bem 48


Atividades

Atividades Experimentais programadas (2016/2017)

Impacto Nos alunos:

“Solo Vivo” - Biodiversidade numa amostra de solo – laboratório da ESEN

• Encorajar a interacção e cooperação • Incentivar a fundamentação das suas ideias e verbalização do seu raciocínio

“Passa ou não Passa” - Permeabilidade e biodiversidade – escola do 1.º ciclo

• Promover uma atmosfera de reflexão/acção pela via das questões

“Vamos Espreitar” – Observação de células laboratório da ESEN

• Promover a recolha e organização de informação

“Onde me Arrumo” – Classificação dos seres vivos - escola do 1.º ciclo

• Desenvolver os níveis de literacia científica

“Volta ao Princípio” – Ciclo da água - laboratório da ESEN

Nos professores • Trabalho colaborativo (com especial destaque para o que decorre nas sessões laboratoriais) entre professores de ciclos de níveis diferentes bem como de diferentes disciplinas.

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• Desenvolvimento pessoal e profissional dos professores envolvidos – oportunidade de formação contínua informal pois adquiremse competências que ajudam a promover a educação científica das crianças

de translação e aparente do sol-construção de um relógio de sol; Reflexão, refração e decomposição da luz num prisma ótico • Magnetismo - Materiais atraídos por um íman e atração e repulsão de ímanes

Na prática pedagógica

• Eletricidade -Acender uma lâmpada

• Articulação entre os vários ciclos e níveis de ensino (melhor conhecimento dos programas e práticas experimentais)

Identificação de Nutrientes (2012|2013) • Identificação Açucares (Glícidos) - Roda dos alimentos; Identificação de glícidos (hidratos de carbono) simples e complexos; Identificação de vitaminas

• Trabalho colaborativo Supervisão • Ao nível da produção de materiais e recursos educativos:

• Sistemas digestivos- Digestão com um catalisador enzimático (dióxido de manganês) e digestão com enzimas (amílase salivar)

• Relatórios das actividades

• O sistema digestivo

Protocolos experimentais Atualmente a equipa coordenadora do projeto é constituída pelos professores Luísa Santos e Carlos Cardoso (Biologia/Geologia) da ES Emídio Navarro e as professoras bibliotecárias do agrupamento Margarida Pinho e Sara Cacela.

Gastronomia molecular (2013|2014) • Pipocas – o saboroso resultado de uma explosão • Produção de manteiga • Pão - nem mesa sem pão, nem exército sem capitão

Atividades experimentais desenvolvidas ao longo do projeto

Luz e Cristalografia (2014|2015)

Biodiversidade (2009|2010)

• Rochas, Minerais e Cristais

• Biodiversidade numa amostra de solo • Micro-organismos numa infusão

• Luz e Cor

• Observação da biodiversidade a nível celular

• Extração de Pigmentos e Fotossíntese

• Classificação de folhas

Educação para a prevenção - Cancro ponto e vírgula (2015|2016)

•Extração de clorofila

• Observação de células (animais, vegetais e bacterianas)

• Translocação nas plantas • Reprodução nas plantas

• Observação de células/tecidos do trato digestivo

• Germinação de sementes • História da Terra e dos Fósseis

• Observação de células de tecidos da pele (epiderme, outros tipos de revestimento)

Água (2010|2011) • Dissolução e Flutuação

Informação disponível no blogue das Bibliotecas Escolares

• Propriedades do ar Física (2011|2012)

http://bibliotecasescolaresaen.blogspot.pt/search/ label/Experimentar%20a%20Brincar

• Propagação da luz -Movimento de rotação, 50


PROJECTO

Pequenos Grandes Escritores

um projecto da EBS Professor Ruy Luís Gomes de reunir os nossos pequenos autores com os já consagrados Carlos Completo e Mónica Gonçalves, num encontro muito participado no dia 4 de dezembro.

Maria Luísa Batista Professora bibliotecária becre@ruyluisgomes.org https://www.facebook.com/bibliotecaruyluisgomes

Na última etapa, a vinte do mês de janeiro, os nossos “Pequenos, Grandes Escritores “ viram o seu projeto apresentado à escola e à família. No auditório da escola, as crianças presentearam todos com leituras expressivas dos contos, que haviam escrito, e deliciaram-se com o afeto que receberam dos seus professores e família. No final da apresentação - e porque tinham sido, desta vez, anfitriões - agradeceram a presença de todos e autografaram os livros. Foi um momento que jamais esquecerão. De crianças a “escritores”!

Pequenos Grandes Escritores foi um dos projetos desenvolvidos, durante o 1º período com os alunos do 5ºano, para incentivar a escrita e a leitura, em colaboração com a disciplina de Português. A editora Grafitexto dinamizou esta atividade com a colaboração do escritor Carlos Completo, autor de livros infanto-juvenis da coleção Os Lobos. Numa primeira fase, em sala de aula, os alunos do 5º ano foram desafiados a criar a sua própria estória. Carlos Completo animou esta sessão com exemplos das suas estórias e suscitou um enorme interesse nos pequenos ouvintes que, bastante motivados, iniciaram o seu percurso como autores. Na segunda fase, esse percurso foi solidificado com a ajuda dos professores de Português, de Educação Cívica, de Apoio ao Estudo. A Biblioteca promoveu várias sessões com todos os alunos do 5ºano para continuar a desenvolver os tópicos fundamentais para a criação da estória: a ideia, a linha da estória, as personagens e o enredo. Estas sessões contribuíram para estimular a imaginação e motivar os alunos para a escrita criativa. Num terceiro momento, a Biblioteca desenvolveu um concurso de leitura sobre a vida e obra do escritor Carlos Completo, tendo contado com a participação de 102 alunos e contribuído para um aumento significativo dos índices de leitura desta coleção. Também houve oportunidade 51


PROJECTOS

O Que Fazemos Nós Nas Bibliotecas?

um Projeto privilegiado e a privilegiar – Leitura-a-par conhecimento do mundo, a criatividade...”.

Ana Rodrigues

E de alunos:” Eu gostei muito, porque é muito giro estarmos a fazer uma atividade com os nossos pais. É uma atividade muito lúdica e um grande incentivo à leitura”;

Coordenadora das bibliotecas AE António Gedeão

“Gostei muito desta semana, porque passei mais tempo com a minha mãe e aprendi novo vocabulário.” Assim sendo, este projeto tem feito o seu caminho, de há seis anos para cá, em duas vertentes distintas:

No contexto da promoção da leitura e do livro e associado à formação para leitores, o Projeto leitura-a-par, tem sido desenvolvido nas nossas bibliotecas, pretendendo promover o gosto pela leitura, proporcionar competências mais significativas ao nível de fluência, correção e compreensão da leitura, mas sobretudo tornar a leitura um verdadeiro prazer.

-Leitura-a-par, entre pais/ Encarregados de Educação e os respectivos educandos, tendo a leitura um tempo de realização entre 5 a 15 m, no mínimo quatro a cinco vezes por semana. Quando há disponibilidade, cria-se uma bolsa de voluntários (Enc. de Educ.) na escola, que realiza a Leitura-a-par, com alunos que tenham mais problemas na leitura;

Sendo incontestável a crescente influência positiva de programas de envolvimento das famílias e da escola, a leitura-a-par, de pais com filhos, revela-se eficaz, traduzindo-se em atitudes mais favoráveis em relação à escola e a relações mais positivas entre professores e pais.

- Leitura-a-par, na Biblioteca, entre Coordenadora da BE e alunos que não tenham hipótese de realizar a leitura-a-par em casa, com horário marcado, em sessões de 10/15 m. As leituras são feitas de acordo com o contexto sócio-cultural dos intervenientes no projeto (diversos suportes de leitura – livros de prosa, poesia, jornais, revistas, etc), sendo os textos adequados à sua idade, à sua cultura e aos seus interesses. Os diversos níveis de leitura devem ser progressivos, para que, à medida que são atingidos, se sinta um maior prazer na leitura.

Alguns comentários dos Enc.de.Educação: “Mais uma vez…uma excelente iniciativa que une pais e filhos à volta dos livros.Uma atividade muito importante desenvolvida no meio familiar”; “É interessante quando o papel se reverte e os nossos filhos nos contam histórias. É uma experiência ativa para desenvolver o gosto pela leitura. Atividade a repetir!”;

Trata-se de motivar para ler, ler para ser mais feliz!

“Este projeto é importante para os alunos, cria neles hábitos de leitura, que os ajuda a desenvolver a sua personalidade, fortalece-hes a capacidade de concentração, aumenta-lhes o

Ou como testemunhou uma aluna: “Adoro ler! É uma coisa espetacular! Viajamos na nossa mente...”. 52


PROJECTOS

A Biblioteca e a Educação Especial no Agrupamento de Escolas António Gedeão

pela bilioteca, pelos livros...e os trabalhos, em tom maior, foram aparecendo.

Ana Rodrigues

Coordenadora das bibliotecas AE António Gedeão

No Mês das Bibliotecas Escolares, na Semana da Leitura, se a palavra era “ordem”, para fazer, as imagens dos meninos transformavam-se em cartazes sentidos e bonitos.

Esta aventura veio devagar, mas determinada e a parceria tornou-se mais que uma presença, uma pequena história de afetos.

Sou eu que agradeço, por ser uma privilegiada. Ao longo destes anos, por estar e sentir com eles.

Ao longo dos anos, pedimos criatividade, imaginação e curiosidade. Pela vida, pela pessoas,

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