OS EFEITOS DAS ESTRATÉGIAS DE SUPERVISÃO NA FORMAÇÃO INICIAL SOBRE A PRÁXIS DOS PROFESSORES EM INÍCIO DE CARREIRA: Um estudo na área metropolitana de Lisboa Prof. Dout. Branca Miranda Doutoranda: Maria Gabriela Meireles
2 de fevereiro 2017
AGENDA A . Formulação e Caracterização do Problema 1. 2. 3. 4.
Problemática Questões de investigação Objetivos de investigação Enquadramento do tema
B . Metodologia e análise de dados 1. 2. 3. 4. 5.
Fundamentos metodológicos do estudo População amostra Instrumentos de recolha de dados Limitações do estudo Apresentação e análise dos dados
C . Considerações finais/ Novos desafios 2
A . FORMULAÇÃO E CARATERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Espaço Europeu de Ensino: desempenho, comparabilidade e convergência dos sistemas de ensino. Formação e desempenho dos professores recémdiplomados: a formação centrada na prática. Papel dos orientadores cooperantes na prática de ensino supervisionada. País em estudo:
Portugal: região de Lisboa 3
A.1 A PROBLEMÁTICA Tendo por referência a coexistência de diferentes percursos e contextos de formação inicial de professores, e as práticas de ensino supervisionadas em Portugal, pretendemos compreender qual o:
impacto dos modelos e estilos supervisivos do orientador cooperante no desempenho à posteriori da prática dos professores recém-diplomados.
impacto dos modelos (currículos) e contextos de formação inicial. contributo dos professores recém-diplomados na mudança das práticas dos professores experientes e na organização escola. 4
A.2 QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO O desempenho das práticas profissionais dos docentes recém-diplomados papel e qualidade da prática de ensino supervisionada? dos modelos (currículos) e contextos de formação inicial? são promotoras de novas práticas no âmbito do trabalho interativo com os outros professores? 5
A.3 OBJETIVOS DE INVESTIGAÇÃO AFERIR NAS ESCOLAS DA REGIÃO EM ESTUDO:
O papel dos modelos e estilos supervisivos dos orientadores cooperantes nas práticas decorrentes dos professores recém-diplomados. O impacto da práxis dos recém-diplomados nas mudanças das práticas dos professores experientes e da organização-escola. 6
A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA Da Supervisão à Supervisão Democrática Colaborativa:
“(…) melhoria e desenvolvimento acompanhado ou participado” (Roldão, 2014). “acompanhar para monitorizar e ativar percursos de desenvolvimento” (Alarcão & Canha, 2013). 7
A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) Da Supervisão à Supervisão Democrática e Colaborativa:
Supervisão Colaborativa - visa o desenvolvimento de um projeto comum sustentando-se na interação entre as pessoas(Alarcão & Canha, 2013).
Supervisão Colaborativa-Dimensão horizontal“os próprios alunos em formação desenvolvem um tipo de supervisão amigável e recíproca” (Alarcão & Canha, 2013). 8
A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) ESCOLA E UNIVERSIDADE: A PONTE ENTRE A TEORIA E PRÁTICA UNIVERSIDADE /INVESTIGAÇÃO TEORIA/PRÁTICA
I-A RECÉMDIPLOMADO
ESCOLA/ COLABORAÇÃO PRÁTICA/TEORIA
MUDANÇA DAS PRÁTICAS
MELHORIA DO ENSINO/APRENDIZAGENS 9
A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) ESCOLA E UNIVERSIDADE: A PONTE ENTRE A TEORIA E PRÁTICA
“(…) prática e a investigação podem (…) promover mais colaboração” (Flores, 2016, p. 221).
“(…) fortalecer a relação binária (teoria/prática) através de percursos formativos baseados na investigação (…) transforma as práticas” (Flores, 2016, p.221). 10
A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) MODELOS SUPERVISIVOS MODELO DIALÓGICO E INTEGRADOR Orientador cooperante
PRESSUPOSTOS:
FACILITADOR DAS APRENDIZAGENS
PRESSUPOSTOS: EQUIDADE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
COLABORAÇÃO
FORMANDO: APRENDIZ 11
A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) MODELOS SUPERVISIVOS SUPERVISÃO CLÍNICA E REFLEXÃO SUPERVISÃO CLÍNICA
PRÉ-OBSERVAÇÃO
PÓS-OBSERVAÇÃO
AÇÃO+ OBSERVAÇÃO INVESTIGAÇÃOAÇÃO
PLANIFICAÇÃO
REFLEXÃO
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A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) ARTICULAÇÃO ENTRE OS MODELOS E OS ESTILOS SUPERVISIVOS
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A.4 ENQUADRAMENTO DO TEMA (cont) PERFIL DO ORIENTADOR COOPERANTE Prof. de valor acrescentado (Formosinho, 2002) Prof. experiente (Nóvoa, 2009) Competências: Científicas; Pedagógicas; Relacionais Promotor de ambientes facilitadores de um trabalho eficaz 14
B. Metodologia investigação
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B.1 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO ESTUDO
METODOLOGIA QUALITATIVA ênfase na:
Descrição; Compreensão; Interpretação. Estudo descritivo
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B.2 AMOSTRA E INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS
Amostra por conveniência
N.º de escolas envolvidas no estudo
20 N.º de professores recém diplomados e orientadores cooperantes envolvidos no estudo 15 orientadores cooperantes 30 recém-diplomados (6 ou menos de serviço)
Instrumentos
Entrevista semi-estruturada permite descobrir a fundo uma determinada situação
Narrativas permite a compreensão dos contextos, dos processos
educativos e comportamentos dos professores
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B.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO Estudo circunscrito a 20 escolas da região de Lisboa
N.º limitado de professores participantes no estudo
Amostra por conveniência (professores recémdiplomados e orientadores cooperantes)
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B.4 MÉTODOS PREVISTOS PARA A ANÁLISE DE DADOS
Metodologia Qualitativa Entrevistas: análise de Conteúdo (Bardin, 1995) Metodologia Qualitativa Narrativas: modelo sociolinguístico (Labov, 1972- 1982)
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B.5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS IMPACTO DESEMPENHO DO ORIENTADOR COOPERANTE/ RECÉM-DIPLOMADO
(…)Desenvolver os espirito crítico do estagiário para se tornarem abertos à mudança, aceitar e experimentar novas ideias, não posso ser eu a dirigi-lo.(O.C.7)
(…)sempre disponível para nos ouvir(…) sempre aberta às nossas sugestões.(R.C.9)
(…)Senti que os professores estavam disponíveis para ter a nossa opinião em conta.(R.C.15) 20
B.5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS IMPACTO RECÉM-DIPLOMADO/COMUNIDADE DOCENTE (…)somos sensibilizados na faculdade para tentarmos contribuir para a mudança dos nossos pares(…)(R.C14).
(…) devagarinho nós conseguimos(…) usamos alguma ferramenta que não havia antes e desperta curiosidade aos outros colegas(R.C.16).
(…)estarmos dois na sala de aula, ajuda a quebrar preconceitos(R.C.15).
(…)depois já eram os próprios
professores a perguntar se os formandos podiam colaborar com eles nas suas aulas(O.C.8).
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B.5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS A DIMENSÃO DA PRÁTICA NOS CURRÍCULOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES (…) andar sempre em círculo(…) é a I-A, a metacognição.(O.C.3) (…)ir intercalando teoria com prática.(R.C.3) (…) a alternância teoria com prática é a melhor(…) ajuda a encarar a teoria de outra maneira porque já trabalhámos no terreno.(R.C.4) 22
B.5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS PONTE ENTRE ACADEMIA E ESCOLAS (…) integrar os colegas em grupos de investigação(…) .(O.C3) (…)os académicos deveriam vir às escolas de vez em quando(..) não lhe fazia mal nenhum!(R.C.4) havendo essa troca, percebermos de que maneira será possível reunir essas pontes. Será difícil? Certamente! Será necessário? Muito! E a forma mais simples de operacionalizar seria através da colaboração entre pares” ( R.C.12). 23
C. CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÃO 1-
PAPEL E QUALIDADE DAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PRÁTICAS SUPERVISIVAS DEMOCRÁTICAS
INDUTORAS DA TRANSFORMAÇÃO DAS PRÁTICAS
FACILITADOR DE AMBIENTES DE APRENDIZAGENS COLABORATIVOS 24
C. CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÃO IIMODELOS E CONTEXTOS DE FORMAÇÃO formação- Teoria/prática baseada na Investigação (I-A) experiências mais significativas em termos de aprendizagem profissional.
“(…) possibilidade de interagir com os alunos reais com os seus problemas e desafios”(Flores, 2014).
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C. CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÃO IIIRECÉM-DIPLOMADOS/COMUNIDADE DOCENTE
Recém-diplomados Novas abordagens metodológicas.
promotoras da (re)construção das práticas profissionais. 26
C. I ASPETOS INOVADORES DO ESTUDO Contribuir para que os recémdiplomados assumam um papel ativo na transformação das práticas dos outros docentes.
Evidenciar os benefícios da formação centrada na investigação da prática e das práticas colaborativas. 27
C. I DESAFIO: Se queres ir rápido vai sozinho, se queres ir longe vai acompanhado(R.C.12)
A mudanças dos professores deve-se fazer com os outros professores (Litlle, 2007) 28