Embaixadores 2 lock

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OS NOSSOS MELHORES EMBAIXADORES

COM O APOIO DE:

EDIÇÃO 2/4 ∙ NORTE E CENTRO

FOTO: DIELMAR

Produtos e compatriotas que deram corda aos sapatos e partiram

Filipe de Botton, presidente do Conselho da Diáspora p4

FOTO: DR

do Norte e Centro para o mundo

Vestuário para campeões europeus p5

Moldes: Indústria portuguesa de ponta p6

O profano e o pio no regresso à terra natal p7


AFH_CTT_Payshop_Imprensa_Pub_257x310.pdf

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01/08/16

10:21

02 | CADERNO EXTRA | OS NOSSOS MELHORES EMBAIXADORES ∙ MADEIRA E AÇORES

EDITORIAL

PORTUGAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

N

FOTO: DR

Não, não se trata de um apelo à emigração, é do Investimento Directo Estrangeiro que aqui se fala. O tempo que vivemos encurta distâncias, esbate fronteiras e unifica linguagens. Mas o sangue continua a ser derramado, a dor e a pobreza continuam a abrir noticiários e o fim da História, anunciado por Hegel e retomado por Fukuyama, ainda nem se vislumbra num horizonte longínquo. A liberdade de espírito e iniciativa e o desenvolvimento tecnológico tornaram imparável a globalização e o aumento da produção dos bens e serviços que nas últimas décadas arrancaram da pobreza mais extrema milhões de pessoas. Não sem danos colaterais. Um deles, o agravamento da distribuição desigual da riqueza, também nas economias mais desenvolvidas, tem vindo a dar voz grossa – e crédito junto de largos sectores sociais – a demagogos e populistas. Uma das suas bandeiras é o proteccionismo que quer voltar a erguer muros de triste memória. Os portugueses, que ocupam um lugar único na história da humanidade porque abriram novos mundos ao mundo, não podem cair nessa esparrela e embuste. A livre de circulação de ideias, pessoas e mercadorias é uma condição necessária para a saída da crise e o desenvolvimento do país. Outra dessas condições é a disponibilidade de capitais para investir. E se, como muitos sustentam, dentro de fronteiras existem meios, o que falta, nas condições presentes, é a vontade de os aplicar, que se criem então as melhores condições para captar mais investimento estrangeiro. Que seja bem-vindo e recebido. É urgente. António Salaviza Manso

as últimas dos décadas e num quadro macroeconómico em que atravessámos conjunturas internacionais bem distintas, a economia nacional no seu conjunto ficou marcada pelo abrandamento senão mesmo a quase estagnação do crescimento. Paradoxalmente, ou talvez não, o sector exportador português revelou uma enorme dinâmica nos planos macro e microeconómico e até mesmo anível estrutural. Comecemos por este. De 1995 a 2013, a indústria perde terreno para os serviços. Não surpreende: é o conhecido fenómeno da terciarização das economias mais desenvolvidas, ou da desindustrialização do país. De forma talvez surpreendente a contribuição do sector primário para as exportações cresce. É o resultado da integração crescente da agricultura tradicional na fileira agroalimentar, com os consequentes aumentos do investimento, nalguns casos estrangeiro, a introdução de processos produtivos inovadores e mão-de-obra mais qualificada e dinâmica. O que acaba por se traduzir em aumentos da produtividade e consequente “upgrading” da produção agrícola na cadeia de valor acrescentado. Apesar da retracção verificada no peso da indústria tranformadora no conjunto das exportações, Ricardo Pinheiro Alves, director do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia revela o que para si é um dos elementos mais salientes na alteração do perfil das exportações das portuguesas nos útimos 20 anos: “Em primeiro lugar, e muito importante, a indústria reestruturou-se e deixou de assentar nos baixos custos de produção para passar a competir apostando na qualidade, em mais valor acrescentado e maior orientação para o exterior, o marketing e a comercialização, como se tornou visível nos sectores do têxtil, calçado e do agroalimentar.” E acrescenta a requalificação os recursos humanos: “Repare que na Volkswagan, por exemplo, quem se encontara nas linhas de montagem, em muitos casos, são engenheiros. Mais qualificados e mais bem remunerados!” O quadro aqui publicado permite uma análise mais fina às dinâmicas do sector exportador, no que se refere ao contributo dos diferentes bens e serviços que as empresas portuguesas foram colocando ao longo dos últimos

vinte anos nos mercado internacionais. Destacamos alguns dos aspectos mais relevantes: Uma redução do peso dos bens no total das exportações, passando de 77,1% para 66,9%, com a redução do peso dos “Têxteis, vestuário e seus acessórios” de 17,4% para 6,6%; do “Calçado, peles e couros” de 6,3% para 2,9% e do “Material de transporte terrestre e suas partes” de 11,3% para 7,3%. Pelo contrário aumentou a importância relativa das Agro-alimentares” de 5,9% para 8,5%; dos “Energéticos” de 1,7% para 5,1% e dos “Químicos” de 4,6% para 8,4%; Um aumento do peso dos serviços (de 26,5% para 34%), com três categorias a variarem de forma positiva: “Outros serviços fornecidos por empresas” (de 1,9% para 6,2); “Transportes” (de 4,1% para 7,7%); “Viagens e Turismo” (de 14,7% para 15,4%).

C

Evolução do perfil das EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE BENS E SERVIÇOS

M

Y

Milhões de Euros (a preços constantes)

% do total dos Bens

1996

2005

1996

2005

2015

1996

2005

2015

Total B&S (Balança Pagamentos)

32.085

48.105 75.266

-

-

-

100,0

100,0

100,0

Total Bens

24.736 35.051

50.372 100,0

100,0

100,0

77,1

72,9

66,9

Agro-alimentares

1.891

3.063

6.419

7,6

8,7

12,7

5,9

6,4

8,5

Energéticos

555

1.426

3.851

2,2

4,1

7,6

1,7

3,0

5,1

Químicos

1.476

3.667

6.343

6,0

10,5

12,6

4,6

7,6

8,4

Madeira, cortiça e papel

2.289

3.129

4.087

9,3

8,9

8,1

7,1

6,5

5,4

Têxteis, vestuário e seus acessórios

5.584

4.648

4.948

22,6

13,3

9,8

17,4

9,7

6,6

Calçado, peles e couros

2.024

1.556

2.190

8,2

4,4

4,3

6,3

3,2

2,9

Minérios e metais

1.361

3.179

4.897

5,5

9,1

9,7

4,2

6,6

6,5

Máquinas e aparelhos e suas partes

4.000

6.807

7.347

16,2

19,4

14,6

12,5

14,2

9,8

Material de transp. terrestre e suas partes

3.628

4.516

5.468

14,7

12,9

10,9

11,3

9,4

7,3

Aeronaves, embarcações e suas partes

185

364

280

0,7

1,0

0,6

0,6

0,8

0,4

Produtos acabados diversos

1.743

2.697

4.542

7,0

7,7

9,0

5,4

5,6

6,0

Bens

Serviços

2015

Milhões de Euros (a preços constantes)

% do total dos Serviços

2015

% do Total de Bens e Serviços

% do Total de Bens e Serviços

1996

2005

1996

2005

2015

1996

2005

2015

Total B&S (Balança Pagamentos)

32.085

48.105 75.266

-

-

-

100,0

100,0

100,0

Total Serviços

8.515

13.713

25.601

100,0

100,0

100,0

26,5

28,5

34,0

Transportes

1.315

2.727

5.809

15,4

19,9

22,7

4,1

5,7

7,7

Viagens e Turismo

4.720

6.978

11.566

55,4

50,9

45,2

14,7

14,5

15,4

Ser. de trans. de recursos materiais pertencentes a terceiros

435

358

329

5,1

2,6

1,3

1,4

0,7

0,4

Serviços de manutenção e reparação

268

386

432

3,1

2,8

1,7

0,8

0,8

0,6

Construção

267

343

549

3,1

2,5

2,1

0,8

0,7

0,7

Serviços de seguros e pensões

38

93

127

0,5

0,7

0,5

0,1

0,2

0,2

Serviços financeiros

383

309

404

4,5

2,3

1,6

1,2

0,6

0,5

Direitos cobrados pela utilização de propriedade intelectual n.i.n.r.

17

42

80

0,2

0,3

0,3

0,1

0,1

0,1

Serviços de telecomunicações, informáticos e de informação

291

570

1.277

3,4

4,2

5,0

0,9

1,2

1,7

Outros serviços fornecidos por empresas

616

1.575

4.667

7,2

11,5

18,2

1,9

3,3

6,2

Serviços pessoais, culturais e recreativos

91

186

212

1,1

1,4

0,8

0,3

0,4

0,3

Bens e serviços das administrações públicas n.i.n.r

74

146

148

0,9

1,1

0,6

0,2

0,3

0,2

Fonte: GEE, Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, a partir de dados de base do INE e do BdP | Nota: Bens - INE, Comércio Internacional de Mercadorias | Serviços - Banco de Portugal, Balança de Pagamentos | Esta situação conduz a que os valores dos bens e serviços não correspondam à soma das partes e por conseguinte os pesos individuais dos bens e dos serviços não somem 100%.

Ficha Técnica | PÚBLICO • CADERNO EXTRA da responsabilidade da Direcção Comercial

Editor António Salaviza Manso | Textos Mário Lino | Paginação João Pedro Mota | Publicidade Mário Jorge Maia (director) Cristina Fernandes (coordenadora)

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CTT/PAYSHOP/ PAGAMENTO DE PORTAGENS/2016-07/3

IDE. É Um perfil dinâmico urgente. das exportações


04 | CADERNO EXTRA | OS NOSSOS MELHORES EMBAIXADORES ∙ MADEIRA E AÇORES

QUINTA, 01 SETEMBRO 2016 | CARDERNO EXTRA | 05

ANTÓNIO CALÇADA , DIRECTOR EXECUTIVO DE MARKETING DA REPSOL

DEPOIMENTO DE FILIPE DE BOTTON

O espaço económico e social ibérico é hoje uma realidade

Conselho da Diáspora Portuguesa FOTO: DR

FOTO: DR

António Calçada de Sá é sócio-fundador e membro do Conselho da Diáspora desde a sua constituição. Assumiu aí a missão de promover Portugal e a sua imagem. A trabalhar hoje no país vizinho, a sua carreira profissional já o levou a conhecer a vida em países tão díspares como a Itália, o Peru, o Brasil e a Argentina.

Onde nasceu, cresceu, estudou e que razões determinaram a sua saída para o estrangeiro? Nasci e cresci em Caminha, estudei em Viana do Castelo e licenciei-me em Engenharia Química (ramo de Tecnologia e Indústria) no Instituto Superior Técnico (IST) em Lisboa. Posteriormente realizei um MBA no IE Business School em Madrid e no IMD em Lausanne (Suiça). As minhas saídas para o estrangeiro – para Espanha e Itália no início da minha etapa laboral na Exxon Corporation e mais tarde com a Repsol na Espanha, Brasil e Argentina – estiveram essencialmente relacionadas com oportunidades que surgiram muito cedo na minha carreira nas multinacionais onde trabalhei e onde trabalho, com o meu perfil profissional, talvez a flexibilidade e o conhecimento de cinco idiomas e muito especialmente com a minha firme disposição, vontade e disponibilidade de conhecer novos mundos, novos horizontes pessoais e profissionais e também novas culturas. Que imagem de Portugal têm os cidadãos dos países por onde passou? Globalmente diria que “a imagem é positiva mas também é escassa”. Ela é positiva pois somos conhecidos como um país de gente séria, trabalhadora e estável e com uma cultura histórica de serviço muito relacionada com o turismo. Por outro lado existe uma imagem pouco actualizada sobre o Portugal moderno,com empresas, empresários e gestores de topo tanto na na Europa como no mundo. Afirmou uma vez que a “definição de ‘emigrante’ está um bocadinho ‘démodé”. Porquê? A definição está “demodée” de facto porque o “emigrante português” já não é o mesmo que viajou com muita determinação, esforço e coragem para o Brasil, América Latina ou Europa

nas duas pós-guerras. Nessa altura as condições eram tremendamente difíceis, eram “extremas”. Hoje em dia temos “emigrantes profissionais” muito mais integrados e muito mais preparados nos vários países. Temos operários altamente qualificados, quadros técnicos excelentes e gestores de topo liderando multinacionais de dimensão mundial. A Espanha é um dos maiores destinos das nossas exportações. Que imagem têm os nossos vizinhos dos produtos e serviços com a “marca Portugal”? Que podemos e devemos fazer para que as nossas quotas de mercado cresçam nesse destino? A imagem de Portugal em Espanha é boa a todos os níveis e o espaço económico e social ibérico é hoje uma realidade. É uma realidade que pode e deve ser melhorada, sem dúvida, mas não vejo que existam tensões ou prejuízos importantes desse ponto de vista. A imagem dos nossos produtos “marca Portugal” é boa e a nível dos serviços penso que é até excelente. Que podemos fazer para aumentar as nossas quotas de exportação? Depende certamente do sector em questão já que nem todos tem a mesma problemática mas para que as nossas quotas cresçam em termos objetivos temos que trabalhar e investir um pouco mais e talvez um pouco melhor na relação, divulgação e “networking” positivo dos nossos produtos e serviços diretamente com as empresas e também com o apoio das instituições que existem para esse efeito. Penso que é uma “agenda de médio prazo” e uma “agenda pensada” e não uma questão “spot”. Pessoalmente vejo certos problemas mas também muitas oportunidades na questão da

“dimensão” (é preciso ter tamanho ou dimensão para estar presente num mercado 4 vezes maior), na questão das organizações (é preciso entender organizativamente o espaço ibérico e ter organizações desenhadas e preparadas para o efeito) e finalmente é preciso gerar projetos ambiciosos onde empresas portuguesas e espanholas conjuntamente possam e queiram viajar juntas pela América Latina, Africa ou Brasil. Quais entende serem os principais entraves ao urgente crescimento do investimento directo estrangeiro em Portugal? Temos entraves mas também temos oportunidades porque: Existe muita concorrência noutros países ou regiões económicas. E esta concorrência é sempre mais feroz num cenário de crise ou pós crise. Falta-nos uma “agenda clara” : Que queremos como investimento? Em que sectores ? Com que modelo e parceiros? Falta uma “proposta país” que assegure “estabilidade” no tempo. Exemplos: as dimensões contratuaais, laborais, fiscais,… Falta dinamizar e articular essa proposta a nível integrado: empresas, associações empresariais, líderes de opinião, instituições e Governo. Finalmente falta um “road show” muito objectivo, com missão muito clara e objectivos muito ambiciosos. Onde se vê a passar os seus anos de reforma? Boa pergunta! Ainda falta muito e sinceramente não sei, mas posso desde já assegurar que onde quer que eu esteja Portugal estará sempre muito perto. A.S.M.

Filipe de Botton, presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa A 26 de Dezembro de 2012, com o alto patrocínio do Presidente da República Portuguesa, foi constituída uma associação sem fins lucrativos que assumiu a missão de divulgar ao mundo o Portugal “moderno e inovador”.

P

romover e organizar a institucionalização de uma rede de contactos entre os portugueses e luso-descendentes a residir no exterior; Estruturar e coordenar um processo de comunicação regular entre os membros dessa rede; Fomentar e aprofundar as relações e actividades de ligação entre os membros da associação e as instituições nacionais e, ainda, estabelecer e aprofundar as ligações da

associação com outras redes de comunidades portuguesas no exterior foram assumidos como eixos fundamentais de actuação do Conselho da Diáspora Portuguesa. A sua presidência foi desde logo assumida por um gestor e empresário que, com larga experiência de negociação nos mercados internacionais, já tinha estabelecido uma rede de sólidas relações ao mais alto nível. Filipe de Botton, que se mantém à frente dos destinos da associação, dá-nos conta das razões que o levaram a dinamizar e empenhar-se no processo do que é actualmente um verdadeiro lóbi dos interesses da comunidade portuguesa espalhada pelos cinco continentes: “Devo reconhecer que tive uma muito agradável surpresa quando

constatei o número impressionante de portugueses que, no estrangeiro, ocupavam lugares de destaque e de enorme responsabilidade e a forma discreta, sem aparecerem nos jornais, que através das suas redes de influência tinham para influenciar e ajudar o nosso país. Foi com o espírito de fazer convergir as vontades de compatriotas que vivem dentro e fora das fronteiras de Portugal que nasceu então o Conselho da Diáspora Portuguesa, CDP”. Um lóbi activo e a crescer Um ano depois do acto de fundação cerca de três dezenas dos então 52 conselheiros reuniam-se numa série de painéis de discussão à porta fechada no edifício da Cidadela de Cascais para, no quadro do futuro de Portugal, debater temas como os financiamentos alternativos à economia, a mobilidade inteligente e a energia verde. Além do Presidente da República por lá passaram o presidente da Comissão Europeia, o primeiro-ministro e vários membros do Governo, o secretário-geral do PS então na oposição, além de conselheiros como António Horta Osório, do Lloyd’s Bank, Carlos Tavares da Peugeot-Citroën e o actor Joaquim de Almeida. “Hoje vindos das áreas empresariais, da cidadania, da cultura, ciência e arte contamos com 87 membros do CDP, verdadeiros conselheiros de Portugal no mundo. Em 22 países e 44 cidades ajudam a divulgar e promover a imagem de Portugal e as suas instituições nos mais diversos planos”, refere-nos Filipe de Botton, que salienta ainda: “dado que nos compete garantir que a agenda do CDP, é sempre convergente e contribui para os interesses nacionais para nós é precioso o apoio institucional que nos é prestado pelos nossos presidente e vice-presidente honorários: Sua Excelência o Senhor Presidente da República e o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros”. O dirigenta da CDP reconhece que a afirmação internacional do país é um processo que leva tempo. “No primeiro encontro do CDP que realizámos em 2012 tivemos a preocupação de pedir a alguns dos nossos CPM’s para darem a sua visão sobre o que pensam ser a imagem do nosso país além fronteiras. Chegou-se à conclusão que Portugal não tinha uma imagem formada aos olhos estrangeiros, ou de não eram conhecidas as nossas realidades concretas. Isto abre-nos um conjunto de possibilidades de construção de uma imagem mais favorável”. E acrescenta Filipe de Botton: “pese o facto de hoje Portugal ‘estar nas bocas do Mundo’ e mercê de uma série de factores exógenos como um um incremento brutal da entrada de turistas precisamos, na minha opinião, de progredir no campo de uma imagem estruturada e uma

estratégia clara de posicionamento internacional do nosso País”. Produtos fantásticos e empresas de excelência Quando questionado sobre os produtos e serviços que entende serem os nossos "melhores embaixadores" nos mercados externos o presidente da CDP revela os seus dotes de diplomata: “Não faria a distinção de nenhum em detrimento de outros, em todos existem vantagens competitivas que dependem do grau de inovação ou de sofisticação que lhes são incorporados pelas empresas que os produzem, ou exportam. Portugal tem gente extraordinária, produtos fantásticos e uma série de empresas de excelência. Tudo em si comprova que somos um país com condições para vencer no mercado global e assistimos actualmente à nossa afirmação internacional em praticamente todas as áreas de actividade económica: Refiro produtos milenares como o vinho, tradicionais como os têxteis, produtos e serviços novadores e de ponta como a informática. E noutros sectores da actividade, como a investigação científica, teremos sempre algo português para referenciar”. Quando questionado sobre o que considera ser determinante e urgente fazer para captar para a economia nacional um significativo e sustentado aumento do investimento directo estrangeiro o principal responsável do Conselho da Diáspora Portuguesa refere que uma das funções da associação é a de, através da rede de contactos dos seus conselheiros ajudar a divulgar o nosso País em total e perfeita articulação com a nossa rede diplomatica. “Certamente que além do trabalho de promoção externo feito por todos – Presidente da Republica, Governo, embaixadores, empresários, cientistas, artistas,.. é muito importante termos um país que queira e saiba atrair o investimento Internacional. Para tal é fundamental que Portugal seja um Estado de Direito, em que as regras sejam previsíveis e estáveis e em que estejam crieadas as condições para sermos vistos como um país em que vale a pena arriscar. Temos igualmente de criar condições para que – no mundo global onde vivemos – os portugueses que saíram possam voltar”. E o presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa conclui: “É com orgulho que afirmamos que a nossa associação – ao longo dos seus três curtos anos de existência – tem apresentando Portugal a investidores internacionais que acabaram por cá investir os seus capitais e ajudado várias empresas internacionais a escolherem o nosso país para apostar em sectores que vão da saúde oncológica, à biotecnologia e à exportação de serviços. A.S.M.

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO

Fatos à medida para embaixadores FOTO:DIELMAR

Já eram bons e com a vitória no Europeu afirmaram-se entre os nossos melhores embaixadores em todo o mundo. Em viagem e nas recepções oficiais vestem a rigor com a elegância do “made in Portugal” na lapela.

É

pelo Norte e Centro do país que se dispersam as mais de seis mil empresas do têxtil e vestuário, uma indústria que se estima poder vir a atingir os cinco mil milhões de euros de exportações no final deste ano. Com uma contribuição positiva de 1,1 milhões para o saldo da nossa balança de pagamentos (a diferença entre as exportações e importações) é uma das mais importantes indústrias da economia portuguesa. Representa 10% do total das exportações e 8% da produção, 8% do volume de negócios e 19% do emprego na indústria transformadora (cerca de 130 mil trabalhadores). Após anos de crise, o sector vive hoje um momento de optimismo. Apesar da quebra generalizada das exportações nacionais, no primeiro semestre de 2016 as exportações de têxteis e de vestuário cresceram cerca de 5% e, com perspectivas de crescimento superiores a 4% ao ano, o sector está a criar postos de trabalho. Foi durante décadas o paradigma de um modelo de crescimento da economia portuguesa assente na exploração de mão-de-obra barata. No início do século, em 2001, o valor das exportações igualava o recorde atingido no ano passado mas o número de empresas e trabalhadores empregues era o dobro do actual. Com a liberalização do comércio internacional e a entrada em cena da concorrência vinda dos produtores asiáticos e do Leste da Europa a indústria nacional entrou em crise. A viragem deu-se em 2013, ano que marca a descolagem para o crescimento sustentado de um sector que agora se reergue com um perfil de excelência, dirigido aos mercados de gama média alta e a nichos de mercado de alto valor acrescentado. Foi o resultado de uma aposta de muitas empresas nacionais na qualificação dos recursos humanos e na subida na cadeia de valor dos produtos e serviços apresentados aos mercados internacionais através da incorporação de factores críticos de competitividade: moda e design; marca; inovação e diferenciação; investiga-

ção e desenvolvimento; comunicação e marketing; distribuição e logística avançada. A Dielmar é uma destas empresas. Fundada por quatro profissionais que deram o nome à sociedade – Dias, Hélder, Mateus e Ramiro – era há cinquenta anos atrás, na então aldeia de Alcains, uma pequena alfaiataria tradicional procurada pelos mais elegantes da cidade de Castelo Branco que sabiam que, feitos à medida, podiam encontrar aí os seus fatos de qualidade. Nas mãos de uma segunda geração familiar, e sem deixar nem a Beira Baixa e a sua agora vila de origem nem a qualidade e espírito artesão da alfaiataria tradicional, a Dielmar é hoje uma empresa líder na confecção de pronto-a-vestir para homem, direccionada para o segmento médio alto: factura cerca de 15 milhões de euros, emprega 400 colaboradores e na Europa, Ásia, África e América Latina veste homens de negócios, aristocratas e plebeus. Em 1999 quando assumiu um cargo de direcção na empresa que nasceu na alfaiataria de que o pai fora um dos fundadores, Ana Paula Rafael, protagonizou o lançamento da marca e de uma rede de lojas próprias. Actualmente espalhadas pelo país, em cada uma dessas lojas o cliente tem à sua disposição um alfaiate residente e um serviço personalizado de aconselhamento na es-

colha dos modelos e materiais. Das colecções de alfaiataria e cerimónia para executivos a oferta da marca estende-se presentemente aos acessórios da moda masculina: calçado, cintos, carteiras, óculos, luvas, botões de punho, laços e gravatas. O que começou por ser um projecto nacional, nascido no interior, rapidamente passou as fronteiras. Em 2008 a presidente executiva da empresa que veste a selecção nacional de futebol assumiu o compromisso de apostar forte na internacionalização do negócio e os frutos começaram a surgir dois anos depois. Hoje a Dielmar está presente em 27 países. Ana Paula Rafael deixa-nos aqui os objectivos que traçou para o futuro: “Aumentar a notoriedade da nossa marca, quer em Portugal quer sobretudo nos mercados internacionais, com a abertura de lojas e o estabelecimento de parcerias com operadores de outros países é o nosso objectivo principal. Por outro lado, como a inovação está no nosso ADN, a par da introdução de produtos inovadores em segmentos do específicos do mercado, como o do desporto, vamos continuar a apostar em processos de reestruturação interna capazes de tornar o processo produtivo cada vez mais eficiente”. A.S.M.


06 | CADERNO EXTRA | OS NOSSOS MELHORES EMBAIXADORES ∙ MADEIRA E AÇORES

QUINTA, 01 SETEMBRO 2016 | CARDERNO EXTRA | 07

BRUNO SANTOS / MUNICÍPIO DO SABUGAL

INDÚSTRIA DE MOLDES

INFORMAÇÃO ÚTIL

Na primeira divisão dos países mais competitivos A primeira Revolução Industrial chegou ao país pela mão do Marquês de Pombal que, em 1776, patrocinou a instalação de uma Fábrica de Vidro na Marinha Grande. É aí que estão as raízes de uma indústria de alta intensidade tecnológica que é hoje um exemplo para todos os sectores da economia nacional.

P

ortugal encontra-se entre os principais fabricantes mundiais de moldes, em particular na área dos moldes para injecção de plásticos em que ocupa o 8º lugar a nível global e o 3º a nível europeu. Impulsionadas quer pela procura externa quer pelo conjunto de competências e capacidades produtivas que oferecem aos seus clientes, as empresas nacionais que se dedicam à concepção, desenvolvimento e fabrico de moldes e ferramentas especiais continuam a crescer a bom ritmo e, em simultâneo, a consolidar a sua notoriedade no mercado internacional. A indústria nacional de moldes apresenta uma clara orientação exportadora: as vendas ao exterior são sempre superiores a ¾ da sua produção total, com esse valor a a atingir actualmente os 85%. Tendo aumentado 80% nos quatro anos anteriores – com vendas ao exterior realizadas em 89 países a demonstrar a dimensão internacional e global da indústria – o montante total das exportações do sector atingiu, no ano passado, os 591 milhões de euros. 2015 afirmou-se assim como o melhor de sempre em termos de produção e exportação, o que aconteceu pelo quarto ano consecutivo. Uma prova de que as empresas portugue-

sas apresentam elevada capacidade de adaptação às necessidades dos seus clientes e às evoluções, quer dos mercados, quer das tecnologias. Também se mostrou muito significativa a contribuição de sector dos moldes para a melhoria da nossa balança comercial, com o saldo externo positivo do sector a passar dos 232,64 milhões de euros em 2005 para 442,54 milhões em 2015. Um aumento de 90%. Registando, nos últimos anos e em média, 79% do total, o mercado europeu é o principal destino das nossas exportações, com a Alemanha (22%), Espanha (19%), França (18%), Reino Unido (5%), Republica Checa (5%) e Polónia (4%) nos lugares cimeiros. A fechar o “top ten” encontra-se o México (3%) e os EUA, Brasil e Bélgica (cada um com 2%). A queda da posição ocupada pelos Estados Unidos, que há dez anos era o nosso quarto destino, explica-se essencialmente pela deslocalização das empresas americanas para países com baixos custos de mão-de-obra e pela forte depreciação do Dólar Americano face ao Euro. No que diz respeito aos sectores a jusante da produção de moldes a indústria automóvel tem vindo a consolidar o seu crescimento e importância como o principal cliente de moldes: de um peso relativo de apenas 14%, em 1991, saltou para os 74% em 2014. Sendo este um seus dos pontos fortes, João Faustino, presidente da CEFAMOL, a associação empresarial representativa do sector, aponta-o também como uma potencial ameaça à indústria: “Estamos muito condicionados pela situação política e económica no plano internacional. Se surgir uma grave crise nos países asiá-

Nas scuts sem chatices

F A Capeia Arraiana do Sabugal

oram muito propagandeadas como “sem custos para o utilizador” mas em Dezembro de 2011 passaram a ser mais umas centenas de quilómetros de auto-estrada onde o automobilista que por lá circule tem de pagar (ver mapa ao lado). E como não viu nenhuma cabine de portagem, umas semanas depois de ter passado pelos pórticos electrónicos o cidadão mais distraído, e sem o dispositivo da Via Verde instalado na sua viatura, pode ser surpreendido por uma certidão de dívida emitida pelas Finanças em que o valor a pagar se multiplica, devido às coimas que lhe são aplicadas.

Há um sítio na internet onde pode evitar todas as chatices daí decorrentes: www.ctt.pt/financas-epagamentos/portagens/ portagens-em-divida Basta inserir aqui a matrícula do seu carro e os CTT dão-lhe a conhecer o valor das portagens em dívida e as referências que vai precisar para o seu pagamento no multibanco. Em alternativa pode dirigir-se a qualquer loja Payshop, uma empresa do universo empresarial CTT, onde pode fazer o pagamento em dinheiro, sem quaisquer complicações.

FESTAS DE ALDEIA, FESTAS DO MUNDO

FOTO: DR

O religioso e o pagão Não é um laboratório de investigação. São instalações fabris de uma das mais de 400 empresas nacionais do sector, a TJ Moldes ticos ou nos Estados Unidos todo o tecido económico, e o nosso sector em particular, será gravemente afectado porque é evidente que, em primeiro lugar, as pessoas têm de comer, têm de se vestir e de se sentir em segurança e bem instaladas nas suas casas para então poderem comprar automóveis”. Mas os moldes são necessários e indispensáveis também noutras fileiras que não a dos transportes. Uma delas é a das embalagens, que tem vindo a crescer de uma forma sustentada, representando neste momento 10% da procura da produção nacional de moldes. Outros clientes de peso são as indústriais de grande importância para o desenvolvimento de novos produtos na economia mundial. Está a umentar, por

exemplo, a procura oriunda de novas áreas e nichos tais como as indústrias aeronáutica e de dispositivos médicos. Para ganhar autonomia em mercados e conjunturas em constante alteração e com o objectivo de potenciar e tornar sustentáveis os resultados positivos dos anos mais recentes, algumas empresas de moldes tem vindo, com maior intensidade desde 2004, a estender a sua presença à indústria dos plásticos, um sector a jusante na cadeia de valor da fileira industrial em que se inserem. O indústria portuguesa de moldes conta, actualmente, com cerca de 450 empresas que empregam cerca de 8.000 trabalhadores. Com 65% dos fabricantes na zona

Centro do país, a produção concentra-se em torno das cidades da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis, onde está instalado o Grupo Simoldes, o líder europeu no fabrico de moldes para a indústria automóvel que, empregando já mais de 4900 trabalhadores nas suas diversas unidades em Portugal e no estrangeiro, anunciou no ano passado a criação de 300 novos postos de trabalho até 2017 e o investimento, até 2018, de 33 milhões em tecnologias ainda indisponíveis em Portugal. O Grupo anunciou também que neste horizonte temporal previa abrir "seis ou sete novas unidades" no estrangeiro, para acrescentar àquelas que já possuia no Brasil, França, Roménia, Polónia, Alemanha e Argentina.

De “aldeia” só têm o nome. São festas que reúnem milhares de participantes e curiosos. Pelas estradas encantadas em serpente, rumo ao coração das gentes, encontramos os portugueses que estão fora o resto do ano. Matam saudades e renascem na razão das coisas. No interior, junto à raia, ou no palco que o mar oferece.

F

oi o primeiro “emigrante de sucesso” de Torre de Moncorvo, ainda no séc. XIX. Nos últimos anos, a vila ganhou uma Festa em sua honra para lembrar o “rei dos floristas”, que encantou cortes europeias e ganhou fama em Paris. Embaixador de Portugal no mundo, é o mesmo Constantino que dá nome ao jardim público lisboeta. A Festa das Flores na vila transmontana prolonga-se por todo o mês de Maio e deixa marcas para a dos Santos Populares, com varandas, ruas e ruelas engalanadas. Santos que inundam as noites com o pregão e a folia, o cheiro a manjerico, o fumo cuspido pelos fogareiros como dragões, da sardinha à bifana, o caldo verde e o vinho. Nomear uma aldeia será desprimor para a vizinha, mas é no Porto que a festa sanjoanina soa mais alto e por um mês. As ruas ficam estreitas para receber quem vem admirar o fogode-artifício junto ao rio Douro, entre o Porto e Gaia. Um pouco por todas as aldeias, Junho é também o mês da festa de Corpo de Deus, mas Monção, Minho, tem o dom de chamar milhares de pessoas. Uma procissão religiosa e

uma feira medieval enquadram as festividades que têm como ponto alto a Batalha entre S. Jorge e o dragão Coca. Em Ponte de Lima, cobrem-se as ruas com tapetes de flores para receber a mesma festa. É também em Viana do Castelo que se realiza em Agosto uma das romarias mais espectaculares, dedicada a Nossa Senhora da Agonia, com pinturas de rua muito elaboradas, desfiles de trajes típicos, bombos e batucadas, gigantones e cabeçudos. Quando a noite vira dia ao som dos tambores, estamos em Amarante. O concurso não deixa pregar olho e, em honra de S. Gonçalo, a cidade renova-se também com feira de gado, mercado de artesanato e procissão de Domingo. Na cidade berço, entrada livre nas Festas de Cidade e Gualterianas. Danças folclóricas, concertos de rock, corridas de touros e concursos misturam tradições seculares com modernidade, ao longo de quatro dias. Em Espinho, convocados por Nossa Senhora do Mar, homens e mulheres vestidos com o rigor da faina, desfilam perante milhares de visitantes. Por praças e terreiros ganham volume as sonoridades mescladas pelas expressões de origem francesa. Sabugal, distrito da

Guarda, é um desses sítios. A Capeia Arraiana – festa tauromáquica única no mundo, defendem os locais – é aquele desassossego que une os aficionados desejosos de um regresso às origens. As memórias da década de 50, da emigração e do contrabando também são aqui contadas numa recriação histórica que chama sempre muita gente à cidade beirã, endereço do único castelo de cinco quinas do país. A tradição de mercados e feiras ainda é o que era em Trancoso, sede de uma das mais antigas do país: a de S. Bartolomeu. A Aldeia Histórica reconta a união entre El Rei D. Dinis e D. Isabel de Aragão, com humor e mestria na Feira Medieval. Outra, a de Óbidos, retrata mercado, torneios, tradições e costumes ao longo de 16 dias. Gente de Foz Côa, dos concelhos vizinhos e emigrantes dos quatro cantos do mundo participam religiosamente na Festa da Nossa Senhora da Veiga, com o Douro como testemunha. Tal como as anteriores que ponteiam o país, é um acto de fé e de pertença a este canto da Europa que um dia ajudou a descobrir o mundo.

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Bombos na Nossa Senhora da Agonia em Viana do Castelo

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